Materialestudo Percurso 4 Gestao de Operações
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Sumário
3. Lean Production.
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Neste Percurso, buscaremos nos apro-
fundar a respeito do processo de Pla-
nejamento e Controle da Produção, co-
nhecido nas empresas pela sigla – PCP.
O PCP pode ser o grande elo entre as
estratégias da empresa e o seu sistema
produtivo. Assim, os engenheiros de
produção em uma companhia devem ter
o propósito de constante aprimoramen-
to do planejamento e dos controles, ga-
rantindo que os processos da produção
ocorram de forma eficaz e produzam
produtos e serviços de acordo com os
requisitos, sempre crescentes, de seus
consumidores. Logo, a implementação Olá
de um sistema de controle da produção
se torna, portanto, imprescindível para
buscar resultados superiores no pro-
cesso de produção, seja em ambientes
industriais ou não. Esse equilíbrio pode
viabilizar a continuidade da empresa
em que o engenheiro está atuando, con-
siderando que determinados seguimen-
tos se tornam crescentemente compe-
titivos.
4
1.
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Planejamento e Controle da Produção – PCP
Ainda no início do século XX, Henry Ford aplicou a teoria da administração científica
na indústria automotiva, que ainda engatinhava naquela época. Entre as principais
características desse tipo de produção, estava a padronização das especificações de
produto a partir de desenhos-modelo, visando à produção em escala. Assim, ele conseguiu
os primeiros resultados substanciais em termos de ganhos de custos de manufatura por
meio da mecanização das linhas de montagem, treinamento da mão de obra e utilização
de peças intercambiáveis (CHASE et al, 2006).
IMPORTANTE:
Essas transformações foram fundamentais para o aprimoramento
da engenharia de produção em termos de agilidade, otimização de
custos e qualidade, assim, conceitos como os de produção enxuta e
o just in time tiveram viabilidade e colaboraram com as atuais formas
de inovação nos sistemas produtivos.
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de sobrevivência das empresas no atual mercado. Desse modo, o uso da tecnologia no
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controle da produção industrial impactou, positivamente, o resultado dos produtos e
serviços.
A melhoria constante nos processos internos e a análise detalhada dos fluxogramas que
compõem cada uma das atividades de uma empresa são hoje os potenciais de vantagens
competitivas em um cenário em que a satisfação dos clientes é cada dia mais difícil de
atingir devido às justas exigências comparativas feitas entre concorrentes.
Neste cenário, fica clara a necessidade das empresas de identificar e tomar decisões de
acordo com estratégias produtivas, isto é, definir um conjunto de padrões de processos
produtivos que deem subsídio à competitividade sustentável no segmento de mercado
em que estão inseridas.
Assim, deve-se especificar como a produção irá suportar ou se ajustar tanto quando
estiver em vantagem competitiva quanto quando tiver que ajustar estratégias funcionais
para manter sua condição de concorrente naquele setor.
Nesse sentido, o controle de produção garante a busca pela máxima eficiência possível
durante os inúmeros processos de produção de uma empresa.
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IMPORTANTE:
As funções elementares do processo de controle de produção são:
lançamento de ordens de produção, emissão das ordens de fabricação,
determinação das quantidades de cada item a serem produzidas,
movimentação de materiais, controle de estoques e inventário.
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Produção, de modo geral, é a junção das atividades que transformam os insumos
em produtos ou serviços destinados aos clientes. Para que tal transformação
gere bons resultados, são necessárias competências dos atores envolvidos no
planejamento e no controle da produção.
PLANEJAR
DESENVOLVER
PDCA
AGIR
CHECAR
Retroação ou
“feedback”
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IMPORTANTE:
O PCP é, em princípio, um sistema processador de informações, que
possui uma função de transformação, a qual relaciona as entradas
(ideias, necessidades, insumos básicos, matérias primas etc.), que
serão transformadas em saídas e podem se apresentar tanto como
bens tangíveis como serviços.
Considerando este ponto de vista, o PCP e uma função complexa que deve ser decomposta
em três etapas, abrangendo atividades de planejamento (longo prazo), programação
(curto prazo antecedendo a produção) e controle (curto prazo, durante e após a produção).
Como existem muitas variáveis que podem afastar a realização de um plano de sua
expectativa inicial, como mudanças no público consumidor que alteram as demandas
iniciais, alterações nos cenários econômicos e de governo, falhas de fornecimento,
imprevistos em máquinas, equipamentos e utilidades industriais, acidentes de trabalho,
entre outros, os métodos e modelos de controle de produção são as ferramentas para
ajustar esses eventos imponderáveis.
Segundo Slack (2008), o controle faz os ajustes que permitem à operação atingir os
objetivos que o plano estabeleceu, mesmo que as suposições feitas por ele não se
confirmem. Em um ambiente industrial competitivo, o pensamento do controle de produção
deve ser uma prática, pois todos os envolvidos no processo devem ter a consciência da
importância de controlar todas as variáveis nos mínimos detalhes, de forma a corrigir
desvios inesperados e encontrar potências de melhorias para redução de custos por meio
de eliminação de desperdícios de tempo, movimentações, materiais e mão de obra.
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Assim, não basta planejar e executar o planejamento de produção, é necessário monitorar
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o desempenho e os indicadores de produção. Nesse sentido, os termos eficiência e
eficácia devem estar sempre presentes nas análises dos engenheiros de produção. Só
assim os ajustes e eventuais correções no plano de produção poderão ser executados
em tempo hábil, para que não comprometam os resultados esperados.
Quanto mais completos os modelos de controle de produção, mais flexível e ágil poderá
ser a linha de montagem e a busca por níveis elevados de qualidade e produtividade pode
se tornar viável.
IMPORTANTE:
Assim, é importante compreender o controle de produção como uma
função que mede, avalia, ajusta os desvios, previne falhas e busca
potenciais melhorias do processo produtivo de uma organização.
Nesse sentido, a busca de indicadores se torna a base para qualquer sistema de controle.
Os indicadores devem contemplar ao menos a verificação do estágio em que se encontram
as atividades programadas, a comparação entre o planejado e o realizado, a análise dos
desvios, planos de ações corretivas, controle das ações corretivas e levantamento de
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indicadores comparativos, análise de desempenho de cada processo do sistema de
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produção e relatório das operações para os demais departamentos da empresa que
dependem desses dados, como as áreas de marketing e vendas.
De modo geral, nos últimos tempos, está acontecendo uma verdadeira revolução nos
tradicionais métodos de planejamento e controle de produção e os resultados estão
sendo extremamente positivos.
IMPORTANTE:
O principal movimento que vem acontecendo é o desenvolvimento
de sistemas de produção que substituam o chamado controle
“empurrado” de produção pelo chamado controle “puxado”.
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alcançados para que os investimentos e custos se igualem aos lucros. Já a chamada
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“margem de contribuição” tem a ver com o quanto cada unidade vendida contribui para
reduzir os custos e despesas fixas de uma empresa.
Segundo Garther e Fraizer (2006, p. 12) as tarefas básicas de um sistema PCP são:
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• Programar as atividades de produção para que a equipe e as equipes
trabalhem corretamente.
• Controlar para que a produção seja realizada dentro dos prazos previstos e
com a melhor eficiência possível.
O resultado desse crescimento foi a geração de estoques que ficam cada vez mais
volumosos em variedade e quantidade. Estoques de matéria-prima, de peças, de material
em produção e de produtos embalados existem, hoje, em quantidades inimagináveis há
poucas décadas. Com isso, a administração da produção e do pessoal se transformou
em um grande desafio.
Logo, o novo cenário industrial passou a exigir novas técnicas de gestão, mais científicas
e mais ajustadas à nova complexidade de produção. Tais técnicas, embora ainda estejam
sendo estudadas e, consequentemente, estejam sob transformação, já são capazes de
promover resultados promissores no sistema produtivo.
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organizacionais, com o objetivo de melhorar sua eficiência. O processo de controle de
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recursos está diretamente relacionado aos processos de gerenciamento e planejamento
de produção e estoques dentro da cadeia de suprimentos.
Assim, é preciso manter uma gestão eficiente de todos esses fatores, que são fundamentais
para uma efetiva agregação de valor ao negócio. Nesse sentido, algumas empresas
buscam explorar técnicas inovadoras na área de gestão, planejamento e controle de
produção e de materiais em geral (estoques e armazenagem).
IMPORTANTE:
A gestão e o planejamento de estoques são considerados elementos
fundamentais para a redução e o controle dos custos totais e a
melhoria do nível de serviço prestado pelas empresas.
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IMPORTANTE:
Atualmente, as empresas dão grande importância aos sistemas de
planejamento e controle de gestão de estoques, como o Plano Mestre
de Produção (PMP), o planejamento dos recursos materiais (Materials
Requirements Planning – MRP I), o planejamento dos recursos de
manufatura (Manufacturing Requirements Planning – MPR II) e o
planejamento de recursos empresariais (Enterprise Ressources
Planning – ERP).
Entre as ferramentas citadas, uma delas, o MRP, atua de forma direta e sistêmica nos
processos de planejamento, programação e controle da produção e dos materiais. Esta
ferramenta é utilizada visando a organização do planejamento e o controle de produção.
Indo ao encontro dessas necessidades, o MRP pode ser descrito como um método
de rotina ou sistemática para planejar todos os itens e materiais necessários para se
produzir um conjunto presente no programa mestre de produção. Assim, cada ordem do
planejamento via MRP define, ao menos, a quantidade necessária, data, hora e local de
utilização de cada peça.
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IMPORTANTE:
De modo geral, o MRP usa um algoritmo de programação regressiva
que define datas de vencimento nas quais os pedidos devem ser
concluídos para satisfazer os requisitos no próximo nível de lista de
peças e materiais (BOM – bill of materials).
Segundo Slack (2008), é muito fácil se confundir ao buscar entender o que é MRP, pois
o processo tem duas definições diferentes, porém, de forma geral, as duas tratam do
mesmo tema: a organização do planejamento e o controle das necessidades de recursos
em um sistema produtivo. Quando se pensa em planejar as necessidades de matéria-
prima ou quando se pensa em planejar os recursos de manufatura, em síntese, está se
definindo mentalmente uma estrutura de MRP.
Na maioria das empresas, essas estruturas são elaboradas por softwares os quais auxiliam
a equipe de engenharia de produção que atua no planejamento e controle da produção
(PCP) e dos materiais e também nos processos de gestão de operações. A Figura 2, a
seguir, ilustra de forma simplificada esse conceito, frisando a interface que existe, nos
sistemas MRP, entre as atividades de fornecimento e as atividades de demanda.
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IMPORTANTE:
A cadência de produção é determinada a partir das informações dos
sistemas que as disponibilizam em forma de ordens de compra e
ordens de produção.
Assim, deve-se iniciar pelo nível zero de cada lista, verificando quanto estoque há
disponível de cada produto, subconjuntos e itens isolados, para que se possam calcular as
necessidades para atendimento das demandas. Logo, para que um sistema MRP funcione
a contento, é fundamental que os registros de estoque estejam sempre atualizados.
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Percebem que, de maneira geral, um sistema MRP é abastecido com as informações a
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respeito das datas e quantidades de produção, a política de lotes mínimos e máximos
que varia de empresa para empresa, os volumes de estoque de segurança, que dependem
das características de fornecimento de cada fornecedor e a base de clientes geradores
das demandas.
Por outro lado, com informações úteis de saída, os sistemas oferecem informações que
dizem respeito ao plano diretor de produção, que é definido no nível diretivo de acordo com
o direcionamento estratégico de médio e longo prazos da companhia, aos indicadores de
performance e aos dados para aquisição de material. Assim, o MRP pode ser usado em
situações em que a utilização de materiais específicos ou itens comprados é altamente
instável durante o ciclo normal de produção. Dessa forma, as informações de saída de
um sistema MRP podem ser sintetizadas como:
Assim, o estoque de segurança se torna menor do que o estoque médio habitual. Dessa
forma, pode-se dizer que o MRP é um modelo de produção empurrada, que elabora as
ordens de produção e compras de materiais em função do programa mestre de produção,
materiais e estoques.
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Ao longo do tempo, os engenheiros de produção e operações que trabalham com controle
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de produção perceberam que a metodologia MRP precisaria sofrer pequenos ajustes para
evoluir e cobrir demais áreas do planejamento. A primeira grande melhoria foi a inclusão
dos recursos de manufatura na análise. Para isso foi proposto o MRP II (manufacturing
requirements planning), que, além de responder às três perguntas fundamentais do MRP
– O quê? Quanto? Quando? - passou a considerar as dimensões de recursos disponíveis
como pessoal, máquinas e equipamentos instalados. Assim, acrescentou-se a busca da
resposta para uma quarta pergunta: Como?
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garantir a capacidade de entrega de itens ou serviços aos seus clientes. Para evitar essa
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necessidade de controles paralelos e a conivência com riscos potenciais é que se tomam
de assalto os conceitos defendidos pela sistemática do MRP II, que parte da mesma
tática de cálculo, adicionando também as necessidades de recursos nessa matemática.
• Planejamento da produção;
• Controle de fábrica.
3. Lean Production
De acordo com Ohno (1997), a ideia inicial do STP surgiu no Japão, na década de 1940,
mas o desenvolvimento e a aplicação efetiva, como exposto anteriormente, foram
realizados na Toyota Motor Company, na década de 1950.
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O STP é um sistema que visa integrar todo o processo de fabricação em proces-
sos ininterruptos, em que cada setor faz a sua parte e passa a responsabilidade
para o setor subsequente, e assim por diante, até o produto chegar a sua fase final.
Em 1973, ocorreu uma crise mundial, denominada crise do petróleo. Muitas pessoas
ficaram desempregadas e vários países entraram em crise, devido à recessão dos
mercados. Essa crise afetou as empresas e sociedades do mundo inteiro. O Japão
também foi fortemente afetado, e a economia japonesa caiu para um nível de crescimento
nulo, sendo que diversas empresas tiveram inúmeros problemas para sobreviver à crise
e se reestruturarem. Embora os lucros tivessem diminuído consideravelmente, a Toyota
passou pela crise com razoável saúde financeira, em função de seus processos eficientes
e de suas técnicas modernas de fabricação.
O caminho encontrado por Taiichi Ohno (OHNO, 1997), criador da Toyota, para direcionar
melhorias na fábrica foi tentar aumentar, ao máximo, o valor agregado por cada um dos
recursos disponíveis, fazendo o tempo em que o produto sofre, efetivamente, alguma
modificação ou manufatura ser o mais próximo possível do tempo de ciclo determinado
pelo mapa de processo.
IMPORTANTE:
Desse conceito importante, surge a base fundamental do STP, da
qual fazem parte a Produção Enxuta e o Mapeamento de Fluxo de
Valor (MFV). Por meio da representação do fluxo de valor, é possível
visualizar, por exemplo, a relação entre os diversos processos e
fluxos informacionais, os tempos e métodos de processamento, as
distâncias percorridas e as quantidades em estoque dos itens.
O STP e a Produção Enxuta se baseiam em alguns pilares, que são fundamentos básicos
do bom funcionamento do sistema. O conceito JIT (com seus fundamentos e suas
ferramentas) é um pilar fundamental do STP. As ferramentas, os fundamentos e os
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pilares do STP e da produção enxuta foram amplamente difundidos e disseminados a
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partir de seus usos na indústria automobilística já que dentro desse segmento industrial,
existe um alto grau de complexidade operacional nos processos. Além do JIT, citam-se
os principais pilares e fundamentos do STP e do Lean Production:
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O Sistema Toyota de Produção e a Produção Enxuta têm, dentre os seus vários pilares de
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sustentação e que devem ser entendidos, a classificação clássica dos desperdícios do
STP segundo Ohno (1998), que são:
De acordo com Vieira & Coelho (2017), hoje, a maioria das empresas tem técnicas de
produção inspiradas no Sistema Toyota de Produção. Isso se deve ao acirramento
da concorrência entre as empresas e à extrema necessidade de inovação, criação e
implantação de técnicas de produção mais eficientes, para que seja possível ganhar
espaço no mercado, atrair novos clientes e fidelizar os clientes já existentes.
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Figura 5 - Oito desperdícios do Lean Manufacturing
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Fonte: Adaptado de MONDEM,1984.
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4. Tendências em gestão de operações
Segundo Wang et al. (2016), a definição de tecnologia ou Indústria 4.0 vem da chamada
Quarta Revolução Industrial, pois consiste na digitalização de todos os setores industriais.
Essa chegada do digital não só afetou novas maneiras de se comunicar com as pessoas
por meio das redes sociais como também promoveu uma mudança das atividades
tangíveis.
EXEMPLO:
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Tudo isso constitui uma verdadeira mudança de paradigma, que força as empresas do
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setor a modificarem e otimizarem seus processos atuais, a fim de responder às demandas
novas e emergentes de um setor em crescimento. Além disso, os novos modelos digitais
também mudaram processos e os modos de comunicação e de negócios.
EXEMPLO:
IMPORTANTE:
Atualmente, quase todas as atividades cotidianas são caracterizadas
pela conectividade e pela possibilidade de serem controladas
remotamente, para que funcionem juntas ou, se quisermos, separadas.
Mas, embora as máquinas funcionem do lado dos controles, podemos
também controlá-las a partir de um ponto central de controle de
informações.
O que é realmente muito bom sobre tudo isso é o controle absoluto dos tempos.
Não há mais uma divisão entre físico e digital. A Indústria 4.0 implica otimização e
aprimoramento em todos os aspectos da cadeia de suprimentos, com o objetivo
de interconectar tudo para aumentar a produtividade da cadeia e melhorar os
processos. Dessa forma, podemos reduzir tempo, métodos, processos, custos
e uso de energia com ações simples, como colocar um GPS nas remessas,
reduzindo o tempo das rotas; geolocalizando os clientes, podemos automatizar
remessas, pagamentos e economizar dinheiro com rastreabilidade dos pacotes.
Segundo Shankar et al. (2015), os processos digitais estão cada dia mais presentes no
cotidiano das pessoas e empresas. Podemos perceber esse fenômeno em aplicações
que são consideradas rotineiras nesse momento, tais como leituras de livros eletrônicos,
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sites de músicas disponibilizadas em formato digital e, até mesmo, na grande e massiva
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utilização dos aplicativos mais modernos para transporte urbano, como táxi e Uber.
IMPORTANTE:
Percebe-se que, com o avanço da digitalização, diversas mudanças
são feitas em nosso cotidiano, pois muitas soluções serão dadas em
áreas consideradas problemáticas e restritivas ao desenvolvimento.
EXEMPLO:
IMPORTANTE:
Um desafio não menos importante é o atendimento de saúde que tenha
real penetração territorial em um país com as dimensões continentais
do Brasil, com o desenvolvimento, por exemplo, de soluções de saúde
a distância.
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Figura 6 - Ambiente da Indústria 4.0
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Fonte: Adaptado de INDUSTRY 4.0, 2014.
Dentro da Indústria 4.0, existe uma ideia muito clara de integração de processos. A Figura
7, nos mostra alguns elementos de integração na Indústria 4.0 e também algumas das
áreas que podem ser integradas.
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Figura 7 - Elementos de integração na Indústria 4.0
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Fonte: Adaptado de CNI, 2016.
Com base no documento Desafios para a Indústria 4.0 no Brasil (CNI, 2016), há algumas
tecnologias habilitadoras por trás dessa revolução industrial, que incluem a já mencionada
Internet das Coisas, o Big Data, a computação em nuvem, a robótica avançada, a IA,
os novos materiais e as novas tecnologias de manufatura aditiva (impressão 3D) e
manufatura híbrida (funções aditivas e de usinagem em uma mesma máquina).
Efetivamente, existem muitos impactos industriais que estão associados à Indústria 4.0
e eles vão muito além de ganhos de produtividade e eficiência associados ao chão de
fábrica. Além dos vários impactos relacionados à parte industrial, essa nova estratégia
industrial associada com a Indústria 4.0 envolve o encurtamento do time to market (prazos
de lançamento de novos produtos no mercado). Além disso, pode proporcionar maior
flexibilidade operacional e produtiva das linhas de produção, com possível aumento da
produtividade e da eficiência no uso de recursos de entrada da operação (materiais e
energia, por exemplo) e, até mesmo, na capacidade das empresas de se integrarem em
cadeias globais de valor.
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maior no que se refere ao processo de comunicação instantânea associada aos mais
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diferentes elos da cadeia produtiva e de suprimentos e ao permanente desenvolvimento
de sistemas de automação altamente flexíveis, que podem possibilitar a produção de bens
customizados e adaptados às preferências/necessidades de diferentes consumidores
em um grau de eficiência que, até pouco tempo, só era possível com a produção em
massa (Fordismo).
IMPORTANTE:
Esses processos modernos de customização em massa são novos
modelos produtivos e de resposta aos clientes e, claramente, tratam-
se de novas tendências e novas características da atividade industrial
moderna.
Com base na CNI (2016), milhares de empresas deverão participar do processo de difusão
e adaptação dessas novas tecnologias, paulatinamente, de acordo com as trajetórias,
capacitações e estratégias delas. Esse processo e o seu bom direcionamento serão
questões de sobrevivência para as empresas no futuro. Nesse contexto, o foco de uma
iniciativa visando ao desenvolvimento da Indústria 4.0, no Brasil, deve ser o de empresas
que vão se adaptar a esse novo paradigma produtivo e de suprimentos e estimular as
demais empresas parceiras a apressarem sua inserção na nova onda, sob o risco de não
conseguirem sobreviver nos novos ambientes competitivos.
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RESUMO DO PERCURSO DE APRENDIZAGEM
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Neste Percurso, de forma geral, vimos que as atividades de um ambiente de produção
exigem o estudo de métodos de controle de produção para possibilitar a otimização
do processo e o atendimento das exigências competitivas impostas pelo mercado. A
pressão por estoques menores, respostas mais rápidas e custos de transformação mais
baixos incessante, e exige do profissional de controle de operações uma postura de
agente transformador, buscando o constante melhoramento do relacionamento com os
clientes e fornecedores, dos seus processos internos e controles, para, enfim, conseguir
fixar as bases da empresa e expandir sua posição de forma gradual no mercado.
Neste Percurso, vimos também que o termo Lean Production (produção enxuta) é o
nome dado ao sistema de produção que direcionou o Japão a se tornar uma das maiores
potências econômicas mundiais nos anos 1970 e 1980. Inicialmente, esse sistema foi
chamado de Sistema Toyota de Produção (STP), mas ele foi evoluindo com o passar
do tempo e, após grandes evoluções e estudos aprofundados dos conceitos desse
sistema, houve a convergência para a expressão ocidentalizada Produção Enxuta ou
Lean Production.
Vimos também que, em se tratando de Lean Production e Indústria 4.0, de modo geral,
existem muitas oportunidades nas fábricas no que se refere ao aumento de eficiência,
produtividade e competitividade das empresas, sendo que, para isso, é possível direcionar
o uso de técnicas simples de gerenciamento, assim como direcionar e estabelecer
conexões entre essas possibilidades e o estudo e a aplicação da manufatura enxuta.
Nesse sentido, é possível aprender uma série de conceitos e fundamentos já testados,
em termos de eficácia, e que podem contribuir significativamente para a melhoria dos
resultados de um sistema de produção ou de manufatura.
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REFERÊNCIAS
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BATALHA, Mário Otávio (coord.). Gestão da produção e operações: abordagem integrada.
São Paulo: Atlas, 2019. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/
books/9788597021288. (DIGITAL) (Cód.:27451).
INDUSTRY 4.0: challenges and solutions for digital transformation and use of exponential
technologies. Deloitte, 2014. Disponível em: <https://www2.deloitte.com/content/dam/
Deloitte/ch/Documents/manufacturing/ch-en-manufacturing-industry-4-0-24102014.
pdf>. Acesso em: 01 Nov. 2021.
32
SHANKAR, U. et al. How the Internet of Things Impacts Supply Chain. Inbound logistics,
Voltar ao sumário
4 ago. 2015. Disponível em: <http://www.inboundlogistics.com/cms/article/how-the-
internet-of-things-impacts-supply-chains>. Acesso em: 01 Nov. 2021.
WOMACK, J. P.; JONES, D. T.; ROSS, D. A Máquina que Mudou o Mundo. São Paulo:
Campus, 2004.
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UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR)
Presidência
Lenise Queiroz Rocha AUTOR
ADRIANO ROGÉRIO KANTOVISCKI
Vice-Presidência
Manoela Queiroz Bacelar
Doutorando em Engenharia pela Universidade Federal do
Reitoria Paraná. Mestre em Engenharia Mecânica pela Universidade
Fátima Maria Fernandes Veras
Tecnológica Federal do Paraná. Possui MBA em Gestão de
Vice-Reitoria de Ensino de Graduação e Pós-Graduação Projetos e MBA em Gestão Empresarial pela Universidade
Maria Clara Cavalcante Bugarim Positivo. Graduado em Engenharia de Materiais pela Uni-
Vice-Reitoria de Pesquisa versidade Estadual de Ponta Grossa. Atua como professor
José Milton de Sousa Filho
universitário de graduação e pós-graduação, há mais de 15
anos, em cursos de Engenharia de Produção, Engenharia
Vice-Reitoria de Extensão Mecânica, Engenharia Automotiva, Engenharia Civil e Ad-
Randal Martins Pompeu ministração de Empresas.
Vice-Reitoria de Administração
José Maria Gondim Felismino Júnior
Diretoria de Planejamento
Marcelo Nogueira Magalhães
Diretoria de Tecnologia
José Eurico de Vasconcelos Filho
RESPONSABILIDADE TÉCNICA
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