Manual Ufcd 6654 Ler A Imprensa Escrita
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MANUAL
de
APONTAMENTOS
DESIGNAÇÃO
Viver em Português
Componente /
Domínio:
UFCD: 6654 – Ler a Imprensa Escrita
Duração: 25 Horas
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Manual de Apontamentos
UFCD: 6654 – Ler a Imprensa Escrita
Índice
Capítulo 1 ...................................................................................................................................... 4
Jornal escrito e Jornal televisionado
Capítulo 2 ...................................................................................................................................... 7
Tipos de jornais
Generalistas: nacionais e regionais
Especializados_ desportivos, arte, científicos, entre outros
Capítulo 3 .................................................................................................................................... 13
Géneros jornalísticos e respetiva estrutura
Capítulo 4 .................................................................................................................................... 16
Análise da estrutura das primeiras páginas de jornais
Capítulo 5 .................................................................................................................................... 18
Análise do conteúdo das diferentes secções e tipos de texto de um jornal
Bibliografia .................................................................................................................................. 26
Webgrafia .................................................................................................................................... 26
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Manual de Apontamentos
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Objetivos do Manual
Pretende-se com este manual que os formandos identifiquem e caracterizem
diferentes tiposde textos jornalísticos; distingam jornais da imprensa escrita e desenvolvam
o espírito crítico e a capacidade comunicativa.
Destinatários
Formandos do 2.º Técnico de Manutenção de Máquinas de Marroquinaria e Calçado.
Pré-requisitos
Noções básicas sobre a imprensa escrita.
Introdução
Este manual pretende ser uma resposta aos resultados propostos no referencial do
curso de aprendizagem de Técnico (a) de Vendas, em que o formando deve identificar e
caracterizar diferentes tipos de textos jornalísticos, distinguir jornais da imprensa escrita e
desenvolver o espírito crítico e a capacidade comunicativa.
No final desta UFCD, deverá ser capaz de distinguir Jornal escrito de jornal televisionado;
identificar diferentes tipos de jornais (Generalistas: nacionais e regionais; Especializados:
desportivos, arte, científicos, entre outros). Distinguir os diferentes géneros jornalísticos e
respetiva estrutura e ser capaz de analisar a estrutura das primeiras páginas de jornais e o
conteúdo das diferentes secções e tipos de texto de um jornal.
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AS FUNÇÕES DE UM JORNAL
Para além dos factos, um jornal pode e deve trazer análises e opiniões sobre os
acontecimentos, já que estes géneros jornalísticos dão aos leitores diferentes perspetivas da
atualidade que contribuem para alargar a sua perceção do mundo. Quer os factos noticiados,
quer as opiniões veiculadas contribuem para lançar o debate público, incentivar a troca de
ideias e, assim promover uma cidadania participada e mais responsável — uma das missões
centrais de um jornal.
Uma das funções do jornalismo é vigiar os diferentes agentes de poder de uma sociedade,
analisando os seus atos, explicando o seu contexto e as suas consequências. A sua função é
também trazer a público assuntos de interesse que podiam passar despercebidos ou assuntos
mal esclarecidos que merecem ser clarificados. Mas não só. O jornalismo deve informar sobre
todos os acontecimentos e problemáticas que dizem respeito aos cidadãos e isto inclui
acontecimentos culturais e desportivos, notícias de economia, acidentes, etc. Outras das funções
essenciais de um jornal é a de contribuir para a formação cívica dos leitores (sensibilizando-
os para as questões ambientais, por exemplo) e também para o seuentretenimento.
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“Sendo o jornal uma empresa que produz e divulga notícias, não pode servir interesses
criados, nem outros interesses além do seu interesse de informar. O jornal não serve para dar
cumprimentos, tecer loas, promover partidos, personalidades ou ideais, ganhar eleições, forjar
mitos, arregimentar hostes ou empreender guerras santas. Nem o inverso. O jornal não
serve para desacreditar pessoas ou instituições, pagar favores, perseguir inimigos, encetar
campanhas, comprometer-se com ações de propaganda ou servir de trampolim para se
atingirem fins velados de natureza pessoal.” Anabela Gradim, Manual de Jornalismo, Livro de
Estilo do Urbi et Orbi (jornal digital do Curso de Ciências da Comunicação da Universidade da
Beira Interior), www.bocc.ubi.pt
CONCEITOS-CHAVE
Jornalismo
É a atividade profissional que lida com factos e notícias. Jornalismo define-se também
como a prática de recolher, redigir, editar e publicar informações sobre acontecimentos da
atualidade.
Imprensa
Designa o conjunto de meios de comunicação onde é exercido o jornalismo e outras
formasde comunicação informativa.
A palavra “imprensa” tem origem no processo de impressão criado por Gutenberg no
século XV e que foi usado para imprimir jornais a partir do século XVII. A partir de meados do
século XX, para além de impressos em papel, os jornais passaram a ter lugar noutros media
(rádio, televisão, Internet), mantendo-se, contudo, o termo “imprensa” para os designar.
Liberdade de imprensa
Liberdade de imprensa é um dos princípios através dos quais os estados democráticos
asseguram a liberdade de expressão aos seus cidadãos e associações. Diz sobretudo respeito às
publicações escritas que são postas em circulação, mas, segundo alguns autores, o termo
“imprensa” pode alargar-se a outros media. A liberdade de imprensa, o direito a informar e a
ser informado estão consagrados nas Constituições de diversos países e fazem parte da
Declaração Universal dos Direitos do Homem e da Carta fundadora da UNESCO.
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Diferenças:
Jornal escrito/ impresso: Atinge um grande público, mas com exceções. Uma pessoa com
poucas instruções, um deficiente visual não tem acesso a leitura, de certa forma. O leitor
obedece a uma ordem de leitura. (cadernos) Presença de imagens, legendas que
acompanham gráficos e desenhos.
IMPRESSO
ON-LINE
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• Digital: são projetados para serem mostrados em formato digital em dispositivos eletrónicos
para uso pessoal. Geralmente são gratuitos, embora existam também os que são pagos.
• Diariamente: neste tipo de jornais são as notícias mais recentes e importantes que são
transmitidas, como o próprio nome indica, todos os dias. O conteúdo de notícias abrange
quase todo o espaço dessas publicações.
• Semanalmente: distribuído uma vez por semana, normalmente aos sábados ou domingos, e
geralmente contém as notícias expandidas e complementadas com detalhes adicionais.
Tendem a dar mais espaço para trabalhos de jornalismo investigativo, bem como artigos de
opinião de personalidades conhecidas.
• Quinzenalmente, mensalmente ou semestralmente: com esta periodicidade, as publicações
institucionais ou empresariais são distribuídas. O tipo de conteúdo incluído nos jornais
normalmente confinado ao interesse de um público muito menor e geralmente refere-se às
realizações e projetos da organização em causa.
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para que os seus leitores os possam "consumir" nas primeiras horas da manhã.
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• Local: oferecem as informações mais recentes e relevantes que interessam aos habitantes de
uma localidade específica. Os seus pontos de formato, design e distribuição estão adaptados às
necessidades e costumes dos habitantes desse espaço geográfico. Normalmente, dedicam um
espaço importante para refletir as queixas sociais e as suas respostas pelas autoridades
competentes.
• Comunidade: o seu raio de ação é menor. Promove o conceito de jornalismo popular, uma vez
que geralmente inclui textos e informações escritas por pessoas que não são necessariamente
jornalistas.
• Nacionais: inclui tópicos de interesse para todo o país e são distribuídos na maior extensão
possível desse território. São maiores porque geralmente incluem seções que refletem os
interesses dos diferentes setores da vida da nação.
• Internacionais: embora os jornais nacionais geralmente incluam uma seção referente a
questões que ocorrem noutras latitudes, há também jornais que estão num país específico. Os
seus pontos de distribuição são muito específicos porque geralmente são voltados para
comunidades de imigrantes.
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• Grátis: A sua distribuição é gratuita e geralmente está ligada a um jornal maior que apoia
sua produção. Inclui informação sumária daquele jornal maior e, normalmente, surgem em
lugares públicos e da grande afluência como meios de transporte e estabelecimentos
comerciais.
1. título: deve ser preciso e expressivo, para chamar a atenção do leitor, pode ser acompanhado
por um antetítulo ou por um subtítulo;
Entrevista
Estrutura da entrevista
• Título e, por vezes, subtítulo (opcional): com o nome do entrevistado e/ou o assunto.
• Introdução (opcional): breve apresentação do entrevistado e do assunto a ser tratado.
• Corpo da entrevista: conjunto de perguntas e respostas.
• Conclusão (opcional): síntese das principais questões abordadas.
Elaboração do guião da entrevista
• Fazer perguntas breves sobre o tema.
• Criar perguntas abertas (respostas livres) e fechadas (respostas do tipo sim/não).
• Decidir o número de perguntas e organizá-las.
• Prever perguntas estratégicas que reponham o tema central quando necessário.
• Recorrer a uma linguagem corrente, clara e acessível ao público em geral.
Reportagem
Características:
• É frequentemente acompanhada de fotografias e testemunhos que reforçam o seu carácter
documental.
• Exige do repórter poder de seleção e organização dos dados recolhidos e uma perspicaz
interpretação dos factos.
Linguagem:
• Apresenta um estilo cuidado, mas acessível.
• A transmissão de informação deve ser feita de uma forma detalhada e objetiva. Pode conter
algumas marcas de subjetividade.
Estrutura:
• Título – e, eventualmente, um antetítulo e vários entretítulos, cuja função é a de quebrar a
extensão da própria reportagem e salientar alguns aspetos mais importantes;
• Lead – primeiro parágrafo, que, geralmente, informa acerca do conteúdo da reportagem;
• Corpo da reportagem – um desenvolvimento, o corpo da reportagem, que contempla todas
as observações, entrevistas e dados complementares colhidos e enriquecidos pelo repórter.
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Crónica
Os cronistas são pessoas que escrevem com regularidade para um jornal.
As crónicas contam histórias (verídicas ou não) sobre a realidade e podem versar sobre as
mais diversas temáticas (crónicas policiais, sociais, desportivas, locais, de um enviado especial,
entre outras).
Em geral, as crónicas não obedecem a muitas regras: devem ser textos leves, criativos, de
leitura fácil e que despertem o interesse do leitor.
Editorial
Os editoriais dão a conhecer aos leitores o posicionamento do jornal sobre um
determinado assunto da atualidade e são quase sempre escritos por um elemento que faz
parte da direção do jornal (ou por alguém da sua confiança). Um editorial deve ser redigido
com todo o cuidado, pois traduz a posição coletiva do jornal.
A notícia mais importante numa publicação é aquela que, quer pela sua atualidade, quer pela
proximidade do público em geral, merece destaque de primeira página. Pode intervir no sucesso
dessa edição, ou seja, a manchete poderá refletir no número de jornais vendidos. O público
deverá identificar-se com essa notícia e procurar saber mais sobre esse acontecimento.
Uma manchete emblemática, além de primar pela sua exclusividade num jornal, é aquela que
marca a edição daquele jornal, pela sua relevância e atração exercida sobre o leitor e até outros
órgãos de comunicação que poderão fazer referência a essa manchete.
MANCHETES
Uma manchete revela o trabalho árduo de um repórter. O texto principal, ou a notícia mais
importante da edição de um jornal é estudada e investigada cuidadosamente. Num jornal os
acontecimentos que determinam as grandes notícias podem ser com base no imediato ou numa
investigação ou estudo seguidos pelo jornalista, sempre com atenção à atualidade e
exclusividade impacto do assunto relatado na sociedade.
CONCEITOS-CHAVE
Manchete
Manchete é o título principal da primeira página de um jornal, ou o assunto que ocupa
essa posição de destaque. Poderá haver mais do que uma manchete numa primeira página.
Caixa
É um texto curto, graficamente inserido numa moldura, à margem, mas relacionado com a
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manchete ou texto principal. Funciona como atrativo para a leitura desse texto.
Jornalismo de investigação
Lead
Primeiro parágrafo da notícia que deve responder às quatro questões essenciais: o quê?,
quem?, quando? e onde?. O jornalismo contemporâneo produziu várias alternativas a esta
regra, chamando ao primeiro parágrafo o epicentro da notícia, a frase mais forte ou uma
descrição que mobilize o leitor a continuar a leitura. Qualquer das formas de utilizar o lead
respeita um mesmo objetivo: introduzir o leitor no tema da notícia e conquistar a sua atenção.
Intertítulo
Título que intercala a notícia ou reportagem, destacando um determinado tema do texto;
em regra o assunto do intertítulo reflete o conteúdo do primeiro parágrafo que se segue.
Antetítulo
Frase de contextualização que precede o título propriamente dito; pode referir locais e
datas ou prestar uma informação adicional de suporte ao título. Numa entrevista, por
exemplo, o título pode ser uma citação do entrevistado e o antetítulo o nome do entrevistado
e a sua profissão ou função que desempenha.
Citação
Frase que expressa a afirmação de uma determinada pessoa em entrevista ao jornal ou em
declarações públicas à imprensa. Deve surgir entre aspas, uma vez que representa o discurso
direto – trata-se de uma afirmação da responsabilidade de terceiros que o jornal publica sem
adulterar. Exemplo: “Hoje jogámos para ganhar”, disse Scolari no fim do jogo. A frase está entre
aspas porque é uma citação. Podia ser usada, no discurso indireto, sem que fossem necessárias
aspas: No fim do jogo, Scolari disse que ontem a equipa jogou para ganhar.
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Todas as manhãs, os editores do jornal reúnem-se para distribuir as páginas do jornal pelas
diversas editorias, de acordo com a atualidade e os acontecimentos previstos na agenda.
A IMPORTÂNCIA DA ORGANIZAÇÃO
A IMPORTÂNCIA DA ORGANIZAÇÃO
A organização de um jornal faz parte da sua identidade e é facilmente reconhecida pelos
seus leitores habituais. A sua estrutura é fundamental para orientar a leitura e ajudar as pessoas
a encontrarem mais facilmente as diferentes secções. A maneira como um jornal está
estruturado é também um contributo importante para a sua objetividade. Por exemplo,
normalmente, os artigos de opinião surgem junto do editorial ou em páginas separadas das
restantes notícias, procurando-se assim que a opinião e os factos se distingam claramente.
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Cultura:
acontecimentos culturais de maior relevo da sociedade (teatro, música, cinema, literatura,artes
plásticas, entre outros)
Desporto:
notícias da atualidade desportiva, em todas as suas modalidades. Treinos e resultados,
contratações, provas, atletas, etc.
A classificação dos assuntos próprios de cada editoria pode variar, assim como o nome
dado às próprias editorias. Exemplos:
– em alguns jornais o tema “Ambiente” entra na auditoria “Sociedade”, enquanto noutros tem
uma editoria própria;
– a editoria que agrupa as notícias nacionais pode chama-se em alguns jornais “País” e
noutros “Nacional”;
– a “Política” pode ter direito a uma editoria própria ou ser tratada na editoria “Nacional”.
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Para além destas editorias, digamos que principais, podem existir outras secções, como:
Local (ou Cidade): reúne as notícias de interesse regional ou local.
Polícia: acontecimentos relacionados com segurança (crimes, ações de proteção civil, etc).
Social:
notícias sobre a vida em sociedade, geralmente sobre "celebridades" públicas. Nos
jornais de maior circulação é costume existirem também editores específicos de Arte e Fotografia.
O editor de Arte ou editor Gráfico é responsável pelo “aspeto” do jornal. A sua função é manter
a linha gráfica do jornal (uma parte muito importante da identidade do jornal) e encontrar
soluções, dentro desta linha, para tornar a informação organizada, clara, legível, bem
hierarquizada. Em simultâneo, deve preocupar-se em tornar as páginas atraentes aos olhos dos
leitores.
As editorias abrangem temas bastante diversos, alguns deles mais populares, outros um
pouco menos atraentes aos olhos dos leitores, pela especificidade de conhecimentos a que
obrigam ou porque dizem respeito a assuntos que lhes são distantes.
Alguns exemplos:
– A editoria que cobre as notícias locais ou regionais é muitas vezes a que é mais sujeita às
pressões dos leitores por poder ser uma via de defesa dos seus direitos como cidadãos,
consumidores ou eleitores.
– Por cobrir acontecimentos que têm lugar fora do país e dizer respeito a pessoas e
acontecimentos que estão distantes, a editoria “Internacional” pode ter algumas dificuldades
em prender a atenção dos leitores. As notícias devem ter um enfoque claro, explicando
claramente o que está em causa, devem também saber contextualizar os leitores, recorrendo
a mapas, glossários, listagem de perguntas/respostas, etc.
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Alguns exemplos:
– um jornalista que cubra os acontecimentos da editoria “Local” ou “Cidade” deve ser alguém
que se adapte a uma grande variedade de abordagens. Deve conhecer as instituições públicas
e privadas, as ONG’s e associações de cidadãos locais, as suas responsabilidades, causas e
reivindicações. Deve ter boas noções sobre a legislação relacionada com ambiente,
construção, direitos do consumidor, arquitetura, património, saúde pública, etc.
– um jornalista da editoria de “Política” deve ser alguém capaz de analisar os acontecimentos
em diferentes cenários de curto, médio e longo prazo, antecipando as consequências que
poderão afetar os cidadãos. Deve ser alguém extremamente imparcial, que não confunda
notícias ou reportagens com crónicas de opinião, uma vez que a forma como relata os
acontecimentos poderá dar origem a juízos de valor, escolhas partidárias, etc., com
consequências nos destinos do país. Deve, igualmente, possuir um grande background de
informação sobre História Contemporânea, Política, Economia, etc.
CONCEITOS-CHAVE
Secção
Corresponde a cada uma das áreas temáticas de um jornal.
Editor de secção
Tem como funções coordenar os trabalhos da sua secção, ajudar a definir o ângulo de
abordagem das notícias com os jornalistas e ainda editar as peças jornalísticas realizadas
para a sua secção.
Conselho Editorial
É um órgão consultivo que integra notáveis e colaboradores do jornal. São funções deste conselho:
definir a linha editorial da publicação, verificar se a linha editorial traçada está a ser cumprida e aconselhar
a direção.
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Alguns exemplos:
– um jornalista que cubra os acontecimentos da editoria “Local” ou “Cidade” deve ser alguém
que se adapte a uma grande variedade de abordagens. Deve conhecer as instituições públicas
e privadas, as ONG’s e associações de cidadãos locais, as suas responsabilidades, causas e
reivindicações. Deve ter boas noções sobre a legislação relacionada com ambiente,
construção, direitos do consumidor, arquitetura, património, saúde pública, etc.
– um jornalista da editoria de “Política” deve ser alguém capaz de analisar os acontecimentos
em diferentes cenários de curto, médio e longo prazo, antecipando as consequências que
poderão afetar os cidadãos. Deve ser alguém extremamente imparcial, que não confunda
notícias ou reportagens com crónicas de opinião, uma vez que a forma como relata os
acontecimentos poderá dar origem a juízos de valor, escolhas partidárias, etc., com
consequências nos destinos do país. Deve, igualmente, possuir um grande background de
informação sobre História Contemporânea, Política, Economia, etc.
CONCEITOS-CHAVE
Secção
Corresponde a cada uma das áreas temáticas de um jornal.
Editor de secção
Tem como funções coordenar os trabalhos da sua secção, ajudar a definir o ângulo de
abordagem das notícias com os jornalistas e ainda editar as peças jornalísticas realizadas
para a sua secção.
Conselho Editorial
É um órgão consultivo que integra notáveis e colaboradores do jornal. São funções deste
conselho: definir a linha editorial da publicação, verificar se a linha editorial traçada está a ser
cumprida e aconselhar a direção.
Além desses, há outros cuja estrutura é mais complexa e a ocorrência vai além-jornal,
comoa crónica, o artigo de opinião, artigo científico.
O Jornalismo Digital
Em toda a história da imprensa, esta talvez seja a época que tem trazido mudanças mais
rápidas ao mundo do jornalismo.
Grande parte destas mudanças estão relacionadas, como não podia deixar de ser, com o
acesso à Internet de um número cada vez maior de pessoas. De praticamente qualquer ponto
do mundo, a qualquer hora, milhões de pessoas têm acesso a uma gigantesca quantidade de
portais, sites e blogs com informação, fotografias e vídeos de acontecimentos que podem ter
acabado de acontecer. Como ouvimos tantas vezes dizer, “o mundo tornou- se uma aldeia
global”.
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A verdade é que a televisão não matou os jornais, como tantos diziam ser mais do que
certo. Da mesma maneira que não matou a rádio e nem sequer o cinema. A história tem
provado que, depois de uma fase de “ajuste” (em que as pessoas que passam de uns meios
para outros), os media têm tendência a voltar a estabilizar. No entanto, também não se pode
ignorar que a Internet veio, de facto, para ficar e revolucionar o modo como acedemos à
informação e ao entretenimento. A maioria dos jornais tem sabido acompanhar esta
mudança, mantendo, a par das suas edições em papel, portais de informação dinâmicos, onde
para além das notícias do dia é possível consultar uma grande quantidade de informação extra
como dossiers especiais, vídeos, fóruns, inquéritos, galerias de fotografias etc.
A tendência tem sido a de procurar explorar sinergias entre os dois suportes (papel e digital),
procurando fazer da Internet uma extensão natural do jornal em papel, onde os leitores
encontram maior interatividade e suportes que até há pouco tempo eram exclusivos das
televisões e da rádio (clips em formato vídeo e áudio, por exemplo).
Vantagens do papel
Vantagens do digital
• São suportes mais interativos
• Permitem uma reação imediata às notícias
• Facilitam a realização de inquéritos, debates, webcasting, etc.
• Permitem criar ligações a dossiers ou artigos de fundo com mais desenvolvimentossobre os
temas.
• Permitem economizar na impressão e distribuição.
Qualquer pessoa com um computador e uma ligação à Internet pode, hoje, fazer um
jornal e dá-lo a conhecer ao mundo. Isto significa que qualquer pessoa pode plagiar
conteúdos, produzir notícias falsas, corromper a informação original,não seguindo as regras
básicas do jornalismo, como verificar dados ou cruzar diferentes fontes. A Internet traz ainda
um outro perigo que é o da rápida multiplicação de um erro: da mesma maneira que uma
notícia verdadeira corre o mundo, também uma informação errada se espalha com a maior
das facilidades, podendo ser repetida até ao infinito.
Por todas estas razões, será cada vez mais importante e valorizada a credibilidade e o
bom nome de um jornal. Os leitores precisarão cada vez mais de referências reputadas dentro
do meio jornalístico: jornais e jornalistas que inspirem a sua confiança.
Em papel ou digital, a verdade dos factos e o jornalismo feito com ética continuará a ser
aquele que a maioria dos leitores querem ler, ver e ouvir.
CONCEITOS-CHAVE
RSS
Significa “Really Simple Syndication”. Permite fazer uma assinatura para ter acesso a
um feed de informação que é transmitido para um leitor RSS ou programa de navegação na
Internet.
Feed
Microblogging
É um modo de publicação em blog que permite aos donos dos blogues fazerem atualizações
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breves de texto (normalmente menos de 200 caracteres) e publicá-las para que sejam vistas por
todos ou apenas por um grupo restrito de pessoas. Os textos podem ser enviados via web, SMS,
e-mail, MP3 etc (exemplo: Twitter).
Web 2.0
Designa uma segunda geração de comunidades e serviços na Internet, como wikis (conteúdo
feito com a participação dos utilizadores) ou redes sociais. Caracteriza-se por uma maior
colaboração e interação entre usuários. Não diz respeito a uma mudança técnica na web oua
uma nova web, mas a uma mudança na forma como a web é utilizada pelas pessoas.
Podcasting
É um sistema de transmissão de arquivos através da Internet que permite receber
automaticamente, por exemplo, notícias, programas de rádio ou vídeo sem ter que se visitar o
site onde estes conteúdos são produzidos. Sempre que há uma nova edição, a pessoa é
avisada e o podcast é descarregado no seu computador.
Para receber um podcast, basta que a pessoa faça uma assinatura do conteúdo que lhe
interessa receber.
Bibliografia
• ESTRELA, Edite, & CORREIA, J. David Pinto, Guia Essencial da Língua Portuguesa para
a Comunicação Social
• RAIMUNDO, Orlando, A entrevista no Jornalismo Contemporâneo, Livraria Minerva
• RICARDO, Daniel, 1989, Manual do Jornalista, Edições “O Jornal”, Lisboa
Webografia
www.iefp.pt
https://pt.slideshare.net/olguete/jornalismo-impresso-vs-jornalismo-on-line
http://nescolas.dn.pt/nescolasv2/index.php?a=kitmedia&p=2_5