2022 - Vaz, Manuel Jose
2022 - Vaz, Manuel Jose
2022 - Vaz, Manuel Jose
FACULDADE DE ENGENHARIA
CURSO DE LICENCIATURA EM ENGENHARIA CIVIL
Autor : Supervisor:
Manuel José Vaz Engo Celso Nicols
Tabela 1. - Classificação dos solos (HRB) Highway Research Board. Fonte: SENÇO.W.
Manual de Técnicas de Pavimentação.São Paulo: Pini, 1997.v.2. 671p. ...................... 22
Tabela 2. - Sistema unificado de classificação dos solos. Fonte: DINIT, 2006 ............. 24
Tabela 3. - Resultado de valores de teor de água óptima e baridade máxima seca.
(Autor, 2022) ................................................................................................................. 46
Indece de Gráficos
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 1
1.1. OBJECTIVOS ........................................................................................................ 1
1.1.1. Objectivo Geral .................................................................................................. 1
1.1.2. Objectivos Específicos ....................................................................................... 2
1.2. APRESENTAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ACOLHEDORA ......................................... 2
1.2.1. Atribuições do LEM ............................................................................................ 3
1.2.2. Departamento de Geotécnia .............................................................................. 4
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA....................................................................................................................... 5
2.1. Historia da Geotécnia ............................................................................................ 6
2.2. Cararacterísticas dos Solos para Estrutura de Pavimentos................................... 6
2.3. Origem e Formação dos solos ............................................................................ 12
2.3.1. Classificação dos solos quanto à sua origem .................................................. 13
2.3.2. A Escolha de Materiais Naturais Para a Pavimentação .................................... 16
2.3.3. Sistema de Classificação dos Solos ................................................................ 17
2.3.4. Sistema Rodoviáro de classificação................................................................. 18
2.3.5. Sistema Unificado de Classificação dos Solos (S.U.C.S.) ............................... 22
3. CARACTERIZAÇÃO DO SOLO EM ESTUDO ........................................................................................... 26
4. METODOLOGIA ................................................................................................................................... 27
4.1. Caracterização Geotécnica .................................................................................. 28
4.1.1. Ensaio de Granulometria ................................................................................. 28
4.1.2. Ensaio de Limites de Consistência .................................................................. 32
4.1.2.1. Preparação das Amostras ............................................................................ 32
4.1.2.2. Limite de Liquidez ......................................................................................... 33
4.1.2.3. Limite de Plasticidade ................................................................................... 33
4.1.2.4. Indice de Plasticidade (IP) ............................................................................ 34
4.1.3. Ensaio de Compactação .................................................................................. 35
4.1.4. Ensaio de Corte Direto – Caixa de Corte ......................................................... 38
4.1.4.1. Objetivo e a Finalidade. ................................................................................ 38
4.1.5. Ensaio edométrico ........................................................................................... 39
Pressão De Pré-Adensamento............................................................................. 41
5. CASO DE ESTUDO ................................................................................................................................ 42
5.1. Enquadramento do Problema .............................................................................. 42
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................................................... 42
6.1. Analise Granulométrica ....................................................................................... 42
6.2. Limite de Consistência ........................................................................................ 44
6.2.1. Limite de Liquidez ............................................................................................ 44
6.2.2. Limite de Plasticidade ...................................................................................... 44
6.3. Classificação para Pavimentação Rodoviária (TRB) ........................................... 45
6.4. Classificação Geotécnica dos Materiais (SUCS) ................................................. 46
6.5. Ensaio de Compactação ..................................................................................... 46
6.6. Ensaio de corte directo ........................................................................................ 47
6.7. Ensaio Edométrico .............................................................................................. 49
7. CONCLUSÃO ........................................................................................................................................ 51
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ........................................................................................................... 52
1. INTRODUÇÃO
1.1. OBJECTIVOS
Esse trabalho tem como objetivo analisar e classificar o solo do bairro de Albazine na
cidade de Maputo para fins de aplicação como camada de pavimento. Para essa
avaliação foram realizados ensaios em laboratório, a fim de levantar as informações
técnicas a respeito do solo; Foram utilizados ensaios tradicionais como: Limite Liquidez,
Limite de Plasticidade, Granulometria, ensaio de corte direto, ensaio Edometrico e ensaio
de Compactação Protor normal.
1
1.1.2. Objectivos Específicos
2
A 9 de Junho de 1998 foi alterado o Estatuto Orgânico do LEM através da publicação
oficial, no Boletim da República (I Série, Número 22, 5º Suplemento), do Decreto nº 28/98
de 9 de Junho. Este documento determina que:
A finalidade do LEM é garantir a investigação, homologação e controlo de
qualidade no domínio da engenharia civil e dos materiais de construção,
especialmente em relação às obras públicas;
O LEM tem por atribuições empreender, coordenar, homologar os
resultados da investigação e os estudos experimentais no campo de
engenharia civil e dos materiais de construção e colaborar com
estabelecimentos de ensino na preparação do pessoal técnico dos vários
graus de especialização e revisão dos respectivos currículos.
3
Licenciar laboratórios comerciais na área de engenharia civil e de materiais de
construção;
Selecçionar, recrutar e enquadrar trabalhadores nacionais ou estrangeiros
necessários para as suas actividades, nos termos legais;
Efectuar estudos de investigação e desenvolvimento no âmbito da normalização
e regulamentação técnica e elaborar a documentação necessaria e colaboração
com outros organismos;
Defender a propriedade intelectual dos estudos e projectos do LEM;
Manter intercâmbio científico e técnico no quadro das suas atribuições, tanto no
plano interno como internacional;
Prosseguir as demais atribuições que lhe forem conferidas pelo Ministro das
Obras Públicas, Habitação e Recursos Hidricos.
4
Pesquisar e desenvolver técnicas para a determinação e julgamento das
propriedades dos solos para construção, Propor recomendações sobre as
condições do solo e seu emprego;
Estudar, desenvolver e desseminar técnicas para a determinação e julgamento
das propriedades mecânicas e fisicas dos solos na construção civil;
Desenvolver e implementar críterios de avaliação e certificação da qualidade dos
materiais usados na construção civil.
Realizar estudos de caracterização do comportamento de elementos de fundação
e obras de aterro.
Investigar e desenvolver técnicas experimentais e analíticas para o
dimensionamento de estruturas.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
5
2.1. Historia da Geotécnia
O ano de 1925, data em que o Prof. Karl Terzaghi publicou o seu famoso livro
Erdbaumechanik, * constitui um marco decisivo na nova orientação a ser seguida no
estudo do comportamento dos solos. Àquela data, nascia a MECÂNICA DOS SOLOS,
ou seja, a mecânica dos sistemas constituídos por uma fase sólida granular e uma fase
fluida. Con- quanto os seus princípios fundamentais, alguns dos quais hoje já revistos,
tenham sido então publicados, somente por ocasião do Primeiro Congresso Internacional
de Mecânica dos Solos e Fundações, realizado em 1936, essa ciência aplicada
consagrou-se de maneira definitiva. (CAPUTO, 1983)
6
Figura 1. - Sistema de Várias Camadas. Fonte: SENÇO, (2007)
O Sistema de camadas de pavimento que está sujeito às cargas dos veiculos é estudado
pela área de engenharia civil conhecida como a mecânica dos pavimentos, no qual se
determina as tensões, deformações e deslocamentos através dos parâmetros de
deformabilidade. (MEDINA e MOTA, 2005)
7
A tensão horizontal aplicada na superficie exige que o revestimento possua uma coesão
minima para suportar a parcela do esforço de corte.
8
as camadas de betão asfáltico seriam as responsaveis pela absorção dos esforços de
tração, como também de repassar esses esforços as camadas do subleito.
A classificação tradicional de pavimentos pode ocorrer de uma forma geral como flexível,
semi-rígido e rígido.
a) Pavimento Flexível:
b) Pavimento Rígido:
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c) Pavimento Semi-rígido:
Subleito:
É o terreno de fundação onde será apoiado todo o pavimento. Deve ser considerado e
estudado até as profundidades em que atuam significativamente as cargas impostas pelo
tráfego (de 60 a 1, 50 m de profundidade).
Reforço do subleito:
É a camada de espessura constante transversalmente e variável longitudinalmente, de
acordo com o dimensionamento do pavimento, fazendo parte integrante deste e que, por
circunstâncias técnico econômicas, será executada sobre o subleito regularizado. Serve
para melhorar as qualidades do subleito e regularizar a espessura da sub-base.
Sub-base:
Camada complementar à base. Deve ser usada quando não for aconselhável executar
a base diretamente sobre o leito regularizado ou sobre o reforço, por circunstâncias
técnico-econômicas. Pode ser usado para regularizar a espessura da base. Nos
pavimentos rígidos esta camada é usada para evitar bombeamento de solo do subleito.
10
Base:
Camada destinada a resistir e distribuir ao subleito, os esforços oriundos do tráfego e
sobre a qual se construirá o revestimento. Nos pavimentos rígidos normalmente essa
camada é dispensada.
Revestimento:
É camada, tanto quanto possível impermeável, que recebe diretamente a ação do
rolamento dos veículos e destinada econômica e simultaneamente:
- Melhorar as condições de conforto e segurança do usuário;
- Resistir aos esforços horizontais que nele atuam, tornando mais durável a superfície de
rolamento;
- Deve ser resistente ao desgaste. Também chamada de capa ou camada de desgaste.
A analise do solo para ser empregado na pavimentação precisa também que se determina
qual valor do indice de grupo (IG). Esse valor é determinado pela equação (1)
apresentada a seguir. Esse indice só caracteriza os solos com fracção fina, por causa
dos valores de limites de consistência.
Equação 1.
IG = (f200 – 35)[ 0,2 + 0,005 (LL – 40)] + 0,01 (f200 – 15)(IP-10) (12)
Sendo:
f200 – Percentagem que passa na peneira N°200
LL – Limite de Liquidez
IP – Indice de Plasticidade
De acordo com Balbo (2007) é de fundamental importância o estudo de solos para a
pavimentação, seja no ponto de vista da analise de materiais ou como analise de
projecto.
No entanto, em Moçambique esse estudo para finalidades rodoviárias demanda um
coonhecimento além do comportamento da mecânica dos solos tradicional, devido a
existência dos solos nas regiões com clima tropical úmido terem comportamentos
diferentes.
11
2.3. Origem e Formação dos solos
Segundo (Lancellotta, 1995) a formação de solos e seus depósitos são devido a sua
composição, estrutura e propriedades os quais resultam da história geológica do solo.
O autor afirma ainda que a porção externa e superficial da crosta terrestre é formada por
vários tipos de corpos rochosos que constituem o manto rochoso. Estas rochas estão
sujeitas a condições que alteram a sua forma física e sua composição química. Estes
fatores que produzem essas alterações são chamados de agentes de intemperismo.
Pode-se então conceituar o intemperismo como o conjunto de processos físicos e
químicos que modificam as rochas quando expostas ao tempo.
12
Cada rocha e cada maciço rochoso se decompõem de uma forma própria. Porções mais
fraturadas se decompõem mais intensamente do que as partes maciças, e certos
constituintes das rochas são mais solúveis que outros. (TEXEIRA, 2000)
As rochas que se dispõem em camadas, respondem ao intemperismo de forma diferente
para cada camada, resultando numa alteração diferencial. O material decomposto pode
ser transportado pela água, pelo vento, etc.
Os solos são misturas complexas de materiais inorgânicos e resíduos orgânicos
parcialmente decompostos. Para o homem em geral, a formação do solo é um dos mais
importantes produtos do intemperismo. Os solos diferem grandemente de área para
área, não só em quantidade (espessura de camada), mais também qualitativamente.
Os agentes de intemperismo estão continuamente em atividade, alterando os solos e
transformando as partículas em outras cada vez menores. O solo propriamente dito é a
parte superior do manto de intemperismo, assim, as partículas diminuem de tamanho
conforme se aproximam da superfície. (PINTO, 2006)
Os fatores mais importantes na formação do solo são:
- Ação de organismos vivos;
- Rocha de origem;
- Tempo (estágio de desintegração/decomposição);
- Clima adequado;
- Inclinação do terreno ou condições topográficas.
13
intemperismos decrescentes, podem-se identificar as seguintes camadas: solo
residual maduro, saprolito e a rocha alterada.
O solo é constituído de uma fase fluida (água e/ou gases) e de uma fase sólida. Pode-
se dizer que solo é um conjunto de partículas sólidas que deixam espaços vazios entre
si, sendo que estes vazios podem estar preenchidos com água, com gases
(normalmente o ar), ou com ambos.
Partículas sólidas:
a) Poligonais ângulares
- São irregulares, exemplo de solos: areias, siltes e cascalhos.
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b) Poligonais arredondadas
-Possuem a superfície arredondada, normalmente devido ao transporte sofrido quando
da ação da água. Exemplo: seixo rolado.
c) Lamelares
-Possuem duas dimensões predominantes, típicas de solos argilosos. Esta forma das
partículas das argilas responde por alguma de suas propriedades, como por exemplo, a
compressibilidade e a plasticidade, esta última, uma das características mais
importantes.
d) Fibrilares
- Possuem uma dimensão predominante. São típicas de solos orgânicos. As partículas
poligonais (areia) apresentam menor superfície específica que as lamelares (argila),
proporcionando às areias atrito interno.
Água:
A água contida no solo pode ser classificada em:
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d) Água capilar - é a que, nos solos finos, sobe pelos vazios entre as partículas, até
pontos acima do lençol freático (ascensão capilar). Pode ser totalmente eliminada
quando submetida a temperaturas acima de 100ºC.
e) Água livre - é aquela formada pelo excesso de água no solo, abaixo do lençol
freático, e que preenche todos os vazios entre as partículas sólidas. Pode ser
totalmente eliminada quando submetida a temperaturas acima de 100ºC.
Gases:
Dependendo do tipo de solo e das suas propriedades (principalmente porosidade),
podemos ter os vazios preenchidos com ar. Em algumas regiões pantanosas, podemos
ter gases (alguns tóxicos) preenchendo estes vazios.
Como vimos, o solo é composto por partículas sólidas que apresentam vazios entre si.
Estes vazios podem estar preenchidos por água e/ou ar. Assim, temos 3 fases:
16
Para a seleção e a caracterização dos agregados, emprega-se tecnologia tradicional,
pautada principalmente na distribuição granulométrica e na resistência, forma e
durabilidade dos grãos. Para os materiais constituídos essencialmente de agregados
graúdos e de agregados miúdos, prevalecem as propriedades dessas frações
granulares. Para os materiais granulares com presença de frações mais finas, passantes
na peneira nº 200, costuma-se tradicionalmente limitar a porcentagem e a atividade
dessas frações de solo para uso como materiais de construção de pavimentos. A
limitação dos finos, feita em geral pela plasticidade, advém do fato que, na maior parte
das vezes esses finos reduzem a permeabilidade dos materiais e sua rigidez, aumentam
sua deformabilidade e, principalmente, aumentam sua expansão volumétrica em
presença de água, o que causa também uma redução da sua resistência. Mas, essas
características indesejadas dos finos podem não ser observadas em solos tropicais, cuja
natureza, estrutura e propriedades mecânicas podem diferir substancialmente dos solos
finos que ocorrem nas regiões de clima frio e temperado, locais onde a maior parte da
tecnologia de pavimentação foi concebida e desenvolvida. (BERNUCCI, 2008)
O autor afirma ainda que os materiais utilizados na execução de camadas de base, sub-
base e reforço do subleito podem ser classificados relacionando o comportamento frente
ao esforço: materiais granulares, solos, materiais estabilizados quimicamente ou
cimentados, e materiais asfálticos.
A melhor classificação para o solo consiste em relacionar o seu potencial quanto a uma
dada aplicação em camada de pavimento, ou seja, não é apenas as propriedades físicas,
mas sim o comportamento observado quando empregado no pavimento. (BALBO, 2007)
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gradual, ou seja, não ocorre de forma brusca, e por esse motivo não é possível definir o
local exato da mudança de solo.
Os sistemas de classificação do solo, são indispensáveis para todas áreas que utilizam
como objecto de estudo, isso se deve pela necessidade de se ter uma referência para
se apresentar os resultados baseado em algum tipo de solo. Segundo Terzaghi, citado
por Pinto (2006) a classificação de um solo deve ter limites bem definidos, para que todos
tenham um entendimento análogo.
18
O indice de grupo é um elemento que auxilia na definição da capacidade de suporte do
terreno de fundação do pavimento. É um número inteiro com variação de 0 a 20 e seus
extremos representam solos óptimos ou maus respectivamente, ou seja, a determinação
dos melhores tipos de solos para utilização em pavimentos. O cálculo leva em
consideração os valores dos indices LL e IP, além da percentagem de material que passa
na peneira n° 200. (SANTOS, 2006)
Grupo A-1 – o solo caracteristico deste grupo é formado por mistura de fragmentos bem
graduados de pedras ou pedregulhos, areia grossa, areia fina e um aglutinante de solo
não plástico ou fracamente plástico.
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Grupo A-2 – Este grupo inclui uma grande variedade de materiais. Estão incluidos todos
os solos com 35% ou menos de materiais passados na peneira n° 200, mas que não
podem ser classificados como A-1 ou A-3, devido ao teor de finos que contém, ou a
plasticidade, ou ambos excedendo os limites estabelecidos para os outros grupos.
Subgrupos A-2-4 e A-2-5 – Neste subgrupo estão incluísos os solos que contém 35%
ou menos, passados na peneira n° 200 com uma porção menor retida na peneira n° 40
possuindo as caracteristicas dos grupos A-4 ou A-5. Estes grupos abangem os materiais
tais como pedregulho e areia grossa, em que o teor de silte e indice de plasticidade
ultrapassam os limites estabelecidos para o grupo A-1, e ainda areia fina com silte não
plastico excedendo os limites do grupo A-3.
Grupo A-3 – O tipo de solo presente nesse grupo é areia fina de preia ou de deserto,
sem silte ou argila, ou possuindo pequena quantidade de silte não plástico. O grupo inclui
também misturas de areia fina mal graduada e quntidades limitadas de areia grossa e
pedregulhos depositados pelas correntes.
Grupo A-5 – o material desse grupo é semelhante ao que foi descrito anteriormente,
exceto que ele é, geralmente de carácter diatomáceo ou micáceo, altamente elástico,
conforme indica o seu elevado limite de liquidez. Os valores dos indices do grupo vão de
1 a 12; esses valores crescentes revelam o efeito combinado do aumento dos limites de
liquidez e das percentagens decrescente de material grosso.
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Grupo A-6 – O tipo de solo presente nesse grupo é argiloso, plástico, geralmente, 75%
ou mais de material passando na peneira n° 200. O grupo inclui também misturas de
solos finos argilosos podendo conter até 64% de aria e pedregulho retidos na peneira n°
200. os solos deste grupo comumente sofrem elevada mudança de volume entre o
estado úmido e seco. Os valores de indice de grupo variam de 1 a 16.
Subgrupo A-7-5 – o solo tipico desse subgrupo possui elevados indices de plasticidade
em relação aos limites de liquidez, estando sujeitos elevadas mudanças de volume.
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Tabela 1. - Classificação dos Materiais de Subleito de Rodovias. Fonte: Braja M. Das,
Fundamentos de Engenharia Geotecnica, 2007.v.6. 71p.
22
como parâmetros mais representativos para a sua classificação, enquanto que para
fração fina, Casagrande optou por usar os limites de consistência, por serem parâmetros
mais importantes do que o tamanho das partículas. (PINTO, 2006)
Segundo o mesmo autor, refere que os solos grossos ou granulares são os que possuem
partículas menores que 75mm e que tenham mais do que 50% de partículas com
tamanhos maiores do que 0,075mm (# 200). Uma subdivisão separa os solos grossos
em pedregulhos, quando mais do que 50% da fração grossa tem partículas com tamanho
maior do que 4,8mm (retido na # 4), e areias, quando uma porcentagem maior ou igual,
destas partículas, tem tamanho menor que 4,8mm (passa na # 4). Sempre que as
porcentagens de finos estiver entre 5 e 12%, o solo deverá ser representado por um
símbolo duplo, sendo o primeiro o do solo grosso (GW, GP, SW, SP), enquanto que o
segundo símbolo dependerá da região onde se localizar o ponto representativo dos finos
desse solo.
De acordo com o autor, a tabela abaixo do Sistema SUCS apresenta a classificação do
solo levando em consideração a porcentagem que passa na peneira nº 200, em vista
disso o solo possui três divisões principais: Solos de granulação grossa (fica retido mais
de 50% do seu peso na peneira nº 200), solos de granulação fina (fica retido menos de
50% do seu peso na peneira nº 200) e solos altamente orgânicos.
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Tabela 2. – Resumo do Sistema unificado de classificação dos solos. Fonte: Adaptado de Matos
Fernades, 2012.
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Tabela 3. – Terminologia do Sistema Unificado
G Cascalho
S Areia
M Silte
C Argila
O Solo Organico
W Bem Graduado
P Mal Graduado
H Alta Compressibilidade
L Baixa Compressibilidade
Pt Turfas
A amostra do solo utilizado para a realização deste estudo foi extraido no bairro de
Albazine, situado a noroeste do bairro de Chiango e a sudeste de Guava na cidade de
Maputo que está localizada no sul de Moçambique, a oeste da Baía de Maputo,
no Estuário do Espírito Santo, onde desaguam os rios Tembe, o Umbeluzi, o Matola e
o Infulene. Está situada a uma altitude média de 47 metros. Os limites do município se
encontram entre as latitudes 25º 49' 09" S (extremo norte) e 26º 05' 23" S (extremo sul)
e as longitudes 33° 00' 00" E (extremo leste - considerada a ilha de Inhaca) e 32° 26' 15" E
(extremo oeste).
O município de Maputo possui uma área de 346,77 quilómetros quadrados e faz fronteira
com o distrito de Marracuene, a norte; o município da Matola, a noroeste e oeste; o
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distrito de Boane, a oeste; e o distrito de Matutuíne, ao sul; todos, pertencentes
à província de Maputo. A cidade de Maputo está situada a 120 quilómetros da fronteira
com a África do Sul e 80 quilómetros da fronteira com o Essuatíni.
No local escolhido para a retirada da amostra foi feita, inicialmente, uma limpeza na área,
retirando a vegetação superficial, raízes e qualquer outra matéria estranha ao solo, para
só depois iniciar o processo de coleta. Foi feita uma escavação até um metro abaixo da
superfície do terreno, com uma ferramenta apropriada, até a cota de interesse e, em
seguida, a amostra foi coletada; Retirou-se uma quantidade suficiente de solo para a
realização dos ensaios. O Laboratório responsável pela realização dos ensaios foi o
Laboratório de Engenharia de Moçambique (LEM).
4. METODOLOGIA
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Consulta das Normas que regem cada um dos ensaios a realizar (Limite
Liquidez, Limite de Plasticidade, Granulometria, ensaio de corte direto, ensaio
Edometrico e Compactação Protor normal);
Contacto visual e observação dos vários ensaios realizados pelo LEM;
Processamento de dados obtidos nos ensaios;
Comunicação com os técnicos da empresa;
Comunicação com os supervisores (LEM & UEM);
Compilação do texto e elaboração do relatório.
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no qual, sobre o eixo das abscissas temos as dimensões das partículas e no eixo das
ordenadas as porcentagens, em peso, da dimensão média da fração considerada, isto
é, se o peneiramento foi feito entre peneiras de 5/16” (8mm) e ¼”(6.3mm) devemos
considerar para este intervalo uma dimensão média de 7.15mm. Definem-se nas curvas
granulométricas, segundo (Hazen, A, 1892), os dois seguintes parâmetros: Diâmetro
efetivo e Grau de uniformidade. Diâmetro efetivo (Def) é o diâmetro que corresponde a
10% em peso total de todas as partículas menores que ele, também conhecido como
D10. Este parâmetro nos fornece uma indicação da condutividade hidráulica de areias.
O coeficiente de uniformidade (Cu) é a razão entre os diâmetros correspondentes a 60%
e a 10%, tomados na curva granulométrica cumulativa.
𝐷60
𝐶𝑢 = (1)
Def
Onde:
Cu = Coeficiente de uniformidade;
Def = Diâmetro efetivo;
D60 = Diâmetro em que 60% partículas são menores.
Esta relação nos indica, na verdade, a falta de uniformidade, quanto menor seu valor
mais uniforme o material:
• Muito Uniforme: Cu < 5;
• Uniformidade média: 5 < Cu < 15;
• Desuniforme: Cu > 15.
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e individualmente. Caso tal não aconteça, os flocos sedimentarão muito mais depressa,
falseando a distribuição granulométrica. A desfloculação ou dispersão consiste em
remover os materiais de agregação (cimentos), o que é conseguido adicionando à
mistura solo-água determinados produtos químicos designados por antifloculantes
(solução de hexametafosfato de sódio). O principal cimento a remover nos solos das
regiões temperadas é a matéria orgânica. Quando haja carbonatos nos solos, estes
actuam também como cimentos.
Por outro lado, a lei de Stokes aplica-se a partículas esféricas. No entanto, muitas das
partículas mais pequenas - precisamente aquelas cujas dimensões são determinadas
usando o processo de sedimentação - têm uma forma muito diferente da esférica. Assim,
o que acaba por ser determinado pelo processo da sedimentação não é verdadeiramente
o diâmetro da partícula mas o diâmetro equivalente, ou seja, o diâmetro de uma esfera
do mesmo material que a partícula e que sedimenta com a mesma velocidade desta.
Os resultados da análise granulométrica são registados num grafico de ensaio elaborado
para o efeito, em que as dimensões das partículas (em mm) são representadas em
abcissas, em escala logarítmica, enquanto as percentagens (em peso) de material com
partículas inferiores a uma determinada dimensão surgem em ordenadas. Assim, um
determinado valor da curva obtém-se da soma de todos os outros valores que lhe são
inferiores.
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A expressão da lei de Stokes é dada pela equação 2:
2 g∗ (γg − γa) 𝑑²
V= + ∗ (2)
9 n 2
Onde:
η = Coeficiente de viscosidade do líquido (m²/s);
d = Diâmetro equivalente da partícula (m);
g = Aceleração da gravidade (m/s²);
γg = Peso específico das partículas do solo(kg/m³);
γa = Peso específico do líquido(kg/m³);
v = Velocidade de sedimentação da partícula (m/s)
Lembrando que a lei de Stokes só é válida para partículas menores que 0.2mm de
diâmetro e aquelas que são afetadas pelo movimento browniano, isto é,
aproximadamente 0.2 mícron.
a) b)
Figura 5. - a) Conjunto de peneiros para a realização da peneiração; b) proveta com solo em
suspensao e outra com água destilada que contém no interior o densimetro e o termómetro.
31
4.1.2. Ensaio de Limites de Consistência
A amostra de solo deve passar pelo processo de secagem e destoramento com auxilio
de almofariz e a mão de gral com o cuidado de não destorar o tamanho das particulas.
Logo após essa etapa é feita a separação da amostra representativa que podera ser
realizado pelo método de esquarteiamento ou com auxilio de repartidor de amostra. O
tamanho da amostra depende do tipo de solo a ser ensaiado, sendo 1500g para argilosos
ou siltosos, e 2000g para arenosos ou cascalhosos.
Em seguida, o material selecionado para o ensaio deve ser passado na peneira com
abertura de 2 mm. Essa amostra é recolhida, e novamente passada em outra peneira
com abertura 0,42 mm, e sempre observando para que todos torrões tenham sido
destorrados, caso contrário é realizado o procedimento com almofariz e a mão de gral
novamente para destorramento dos mesmos. Após esse procedimento, é realizado a
separação das amostras para os ensaios de caraterização. Da quantidade de solo
recolhido e separado cerca de 70 g para o ensaio de limite de liquidez e 50 g para o
ensaio de limite de plasticidade. As figuras mostram os aparelhos utilizados para a
realização dos ensaios de consistência.
32
Figura 6. - Aparelhos utilizados para a realização dos ensaios de consistência.Fonte: O Autor
O Limite de Liquidez é descrito como teor de umidade do solo para que uma ranhura
aberta no solo, seja fechada em 25 golpes, após a realização de várias tentativas, com
o solo em diferentes umidades vai sendo anotado o número de golpes para fechar a
ranhura e por interpolação chega-se ao resultado.
A determinação do limite de liquidez (LL) é feita pelo aparelho de Casagrande, conforme
a Norma NP 143 da ASTM (Determinação do limite de liquidez (LL)).
O ensaio é realizado através da obtenção de cinco pontos, conforme, que obedecem
cinco intervalos de números de golpes do aparelho de Casagrande: de 5 a 15 (ponto 1),
de 15 a 25 (ponto 2), de 25 a 35 (ponto 3), de 35 a 45 (ponto 4) e de 45 a 55 golpes
(ponto 5). A umidificação do solo permite a variação do número de golpes.
As cinco amostras são, então, colocadas em estufa por um período de 24±4 horas, sendo
pesadas após. Com os valores obtidos, traça-se a linha de escoamento do material, a
qual tem o intervalo compreendido entre 05 e 55 golpes. Por definição, o limite de liquidez
(LL) do solo é o teor de umidade para o qual o se fecha com 25 golpes.
33
O ensaio é realizado conforme a Norma NP – 143 da ASTM e para o seu
desenvolvimento há a moldagem de cinco cilindros, baseada em um gabarito (de 3 mm
de diâmetro e cerca de 100 mm de comprimento), até que haja o aparecimento de
fraturas neles.
O Limite de Plasticidade é caracterizado como o menor teor de umidade onde é possível
moldar um cilindro com 3 mm de diâmetro, sendo utilizada a palma da mão para rolar o
solo. As amostras são, então, colocadas em estufa por um período de 24±4 horas, sendo
pesadas após para a obtenção das umidades e, consequentemente, do valor do limite
de plasticidade. A determinação do limite de plasticidade do solo é realizada seguindo-
se o seguinte procedimento:
1) Prepara-se uma pasta com o solo que passa na #40, fazendo-a rolar com a palma da
mão sobre uma placa de vidro esmerilhado, formando um pequeno cilindro.
2) Quando o cilindro de solo atingir o diâmetro de 3mm e apresentar fissuras, mede-se
a umidade do solo.
3) esta operação é repetida pelo menos 5 vezes, definindo assim como limite de
plasticidade o valor médio dos teores de umidade determinados.
𝐼𝑃 = 𝐿𝐿 − 𝐿𝑃 (4)
Ele define a zona em que o terreno se acha no estado plástico e, por ser máximo para
as argilas e mínimo para as areias, fornece o critério para se ajuizar do caráter argiloso
de um solo, assim, quanto maior for o IP, tanto mais plástico será o solo (Caputo, 1976).
Os solos podem ser classificados como:
34
Materiais como areia que não apresentam plasticidade, considera-se o índice de
plasticidade nulo e escreve-se IP = NP, que significa não plástico. Uma pequena
percentagem de matéria orgânica pode elevar o valor de LP, sem elevar o LL, por
isso apresentam um baixo IP. Ainda quanto maior for o Índice de plasticidade mais
compressíveis serão as argilas.
Compactação é o processo que pode ser manual ou mecânico que visa reduzir o volume
de vazios do solo, melhorando as suas características de resistência, deformabilidade e
permeabilidade. Sua aplicação prática se dá na engenharia geotécnica no caso de uma
investigação de um solo para futuras obras, onde são avaliados os requisitos
estabelecidos em projetos para aquele determinado solo e determinar sua viabilidade
tanto técnica como financeira a respeito das características presentes no solo relativas
a resistência.
Os fundamentos da compactação de solos são recentes foram desenvolvidos por Ralph
Proctor, que, na década de 20, postulou ser a compactação uma função de quatro
variáveis:
a) Peso específico seco,
b) Umidade,
c) Energia de compactação e,
d) Tipo de solo (solos grossos, solos finos, etc.).
A compactação dos solos tem uma grande importância para as obras geotécnicas, já
que através do processo de compactação consegue-se promover no solo um aumento
de sua resistência estável e uma diminuição da sua compressibilidade e permeabilidade.
Em 1933, o Eng. Norte americano Ralph Proctor postulou os procedimentos básicos para
a execução do ensaio de compactação. A energia de compactação utilizada na
realização destes ensaios é hoje conhecida como energia de compactação "Proctor
Normal".
35
A seguir são listadas, de modo resumido, as principais fases de execução de um ensaio
de compactação. Ao se receber uma amostra de solo (no caso, deformada) para a
realização de um ensaio de compactação, o primeiro passo é colocá-la em bandejas de
modo que a mesma adquira a umidade higroscópica (secagem ao ar). O solo então é
destorroado e passado na peneira #40, após o que adiciona-se água na amostra para a
obtenção do primeiro ponto da curva de compactação do solo. Para que haja uma
perfeita homogeneização de umidade em toda a massa de solo, é recomendável que ela
fique em repouso por um período de aproximadamente 24 horas. Após preparada a
amostra de solo, a mesma é colocada em um recipiente cilíndrico com volume igual a
1000ml e compactada com um soquete de 2500g, caindo de uma altura de
aproximadamente 30cm, em três camadas com 25 golpes do soquete por camada.
O ensaio de Compactação Proctor é realizado para a obtenção do teor de umidade ótima
e da densidade (massa específica) Aparente Seca de solos compactados. O ensaio de
compactação é baseado na Norma “ASTM D 2166-00 - (E 197- 1966 LNEC); Que definem
os procedimentos para a sua execução e determina os parâmetros específicos de acordo
com o projeto de pavimentação requerido.
É feita a moldagem de cinco corpos-de-prova com teores crescentes de umidade para
caracterizar a curva de compactação.
Sabe-se hoje que o aumento do peso específico de um solo, produzido pela
compactação depende fundamentalmente da energia dispendida e do teor em água no
solo. Observe que “compactação” é a expulsão de ar, e “adensamento” a expulsão de
água.
Quando se realiza a compactação de um solo, variando a Teor em água para uma dada
energia, obtemos a curva de variação de peso específico (γ), em função do teor em água
(h).
Para traçarmos a curva de compactação utilizamos a equação número 5:
𝑦𝑛
𝑦𝑑 = (5)
1+h
Onde:
γd = Peso específico do solo seco (kg/m³);
γn = Peso específico natural do solo (kg/m³);
36
h = Teor em água.
Analisando o gráfico, a curva nos mostra que há um determinado ponto para qual γd é
máximo com sua hot. Para cada solo, sob uma dada energia de compactação, existe,
então, um teor em água ótima e um peso específico aparente máximo.
O comportamento do solo pode ser explicado considerando que à medida que cresce o
teor de Teor em água, até um certo valor (hot), o solo se torna mais trabalhável, daí
resultando γd maiores e teores de ar menores. Como, porém, não é possível expulsar
todo o ar do solo, a curva de compactação nunca alcançará a curva de saturação
(Volume de ar = 0), justificando-se assim a parte descendente da curva de compactação.
Considerando volume de vazios sendo igual o volume de água (volume de ar = 0), para
o peso específico aparente (γd) temos:
𝑆
𝑦𝑑 = 𝑠 ∗ (1+h)∗S ∗ 𝑦𝑎 (7)
Ainda da equação (7) podemos tirar outra que nos permite calcular o teor em água
necessária para saturar um solo:
𝑦𝑎 1
ℎ=( − ) ∗ 100 (8)
ys s
37
Figura 7. - Utensilios utilizados para a realização do ensaio de compactação.
Fonte: O Autor
Podemos definir a resistência ao corte do solo como a máxima tensão cortante que o
solo pode resistir sem sofrer ruptura das massas, ou uma combinação das tensões
normal e tangencial que podem produzir alterações plásticas na massa de solo e até o
deslocamento de algumas partículas relacionada às outras. Na (Figura 8) é
esquematizado o ensaio da caixa de corte:
Atrito: Força de contato que atua quando dois corpos se colidem e tendem a se
movimentar. Uma parte da resistência relacionada ao atrito pode ser demonstrada
com o atrito entre grãos e também com o problema de deslizamento de um corpo
sobre uma área plana horizontal.
38
Coesão: Força de atração entre os átomos e moléculas que resiste que um corpo
quebre. A atração química entre as partículas pode provocar a existência de uma
coesão real; A lei utilizada é a lei de Mohr-Coulomb.
39
Durante a realização do ensaio, o corpo de prova pode também ser inundado ao final de
qualquer estágio. Isso possibilita a medição de colapso ou expansão do solo. Ensaios
para determinação do coeficiente de permeabilidade à carga variável também podem ser
realizados após a inundação e ao final de cada estágio de carregamento. Além disso,
pode-se também determinar a expansão do solo pelo alívio das cargas ao final dos
carregamentos.
40
Calcula-se a altura do CP correspondente a 50% do adensamento primário:
H50 = H0 – 5/9 (H0 – H90) (9)
Cv = 0,848 (0,5 H50)2 / t90 (10)
Traça-se o gráfico Cv x Log. da pressão média do estágio.
Pressão De Pré-Adensamento
41
5. CASO DE ESTUDO
5.1. Enquadramento do Problema
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES
42
Em relação a composição granulométrica em si, pode se afirmar que a amostra
apresentou percentagens de materiais com valores de composição de 70% de Areia,
19% de Argila, 10% de Silte e 1% de Cascalho.
Da composição granulométrica apresentada pela amostra, é possivel destacar que o solo
ensaiado apresenta uma granulação fina, sendo que há predominância de particulas da
fração areia com caracteristicas mal graduadas.
100,00
90,00
80,00
70,00
60,00
50,00
40,00
30,00
20,00
10,00
0,00
0,001 0,01 0,1 1 10 100
43
6.2. Limite de Consistência
44
36,0
35,0
34,0
Limite de Liquidez (%)
33,0
32,0
31,0
30,0
29,0
28,0
27,0
26,0
10 15 20 25 30 35 40
No. de Pancadas
IG = (f200 – 35)[ 0,2 + 0,005 (LL – 40)] + 0,01 (f200 – 15)(IP-10) (12)
45
material deve ter no maximo 35% passando na peneira nº 200, limite de Liquidez no
maximo 40 e Indice de Plasticidade de no minimo 11.
A amostra analizada foi classificada como solo mal graduado pertecente ao grupo SP
(areia mal graduada) e possui 29% de material passando na peneira nº 200.
A tabela abaixo apresenta os valores de teor de água óptima (12.3 W %), e de baridade
máxima seca (1.91 γmáx (g/cm³)), para o solo.
Tabela 3. - Resultado de valores de teor de água óptima e baridade máxima seca. (Autor,
2022)
46
2,000
1,950
Densidade Seca Máxima (g/cm3)
1,900
1,850
1,800
1,750
1,700
8,0 9,0 10,0 11,0 12,0 13,0 14,0 15,0 16,0 17,0
Umidade Óptima(%)
Grafico 2. - Curva de Compactação Proctor Normal. Fonte: (Autor, 2022. Adaptado do Microsoft
Excel).
Percebe-se que, pela curva de compactação, cresce na medida em que aumenta o teor
de água, e quando o material atinge a saturação, (baridade seca máxima ou densidade
máxima) ele decresce. Logo o teor de água é directamente proporcional a baridade seca
máxima.
Seguem-se os resultados obtidos nos ensaios de corte directo, da amostra. Neste ensaio
utilizou-se sistematicamente velocidade de corte de 0.16mm/min, sendo esta a mais
baixa compatível com a realização de ensaio durante um dia de trabalho, visto que o
equipamento de corte directo disponível não está equipado para registar
automaticamente os resultados do ensaio à medida que este decorre. A selecção da
47
velocidade mais baixa exequível nas condições laboratoriais disponíveis justificou-se
pela necessidade de obter condições de ensaio que permitissem obter resultados
próximos dos de ensaios em condições drenadas, ou seja, resultados que poderão ser
tomados como estimativa dos parâmetros de resistência em termos de tensões efectivas.
É de notar que neste tipo de ensaio não é realmente possível assegurar que os ensaios
decorrem em condições drenadas, visto que não é possível monitorizar as tensões
neutras geradas no interior das amostras pela distorção provocada pelo corte. Neste
contexto, a única possibilidade prática de minimizar os efeitos das tensões neutras
geradas durante o corte consiste na redução da velocidade de corte para o valor mais
baixo exequível. As cargas aplicadas nos provetes constam da tabela em anexo e os
resultados obtidos nos ensaios de corte estão resumidos na tabela. As curvas de
variação da tensão de corte com o deslocamento de corte corrigido estão no grafico.
Como seria de esperar, no ensaio da amostra intacta, obtiveram-se picos de resistência
ao corte razoavelmente definidos, aos quais se seguiram decréscimos de resistência
para patamares de valores que se assumem como próximos de condições residuais.
60
50
40
30
C ≈ 0 kPa
ϕ=35,37ºͦ
20
10
0
0 50 100 150 200 250
48
Nas envolventes das resistências representadas no grafico acima constata-se que o
ensaio apresenta uma coesão de aproximadamente igual a 0, 0 KPa, do qual
corresponde a um ângulo de atrito de 35, 37º.
140
120
σN=49,73 kPa
100
σN=100.062 kPa
Tensão (kPa)
80
σN=200,124 kPa
60
40
20
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Delocamento Horizontal (mm)
Grafico 4. - Envoltoria de Resistencia de pico do solo estudado. Fonte: (Autor, 2022. Adaptado
do Microsoft Excel).
49
De forma a enunciar todas as relações obtidas do ensaio edométrico são apresentados
os resultados completos da amostra indeformada, nas direções transversal e vertical.
0,900
0,800
Indice de Vazios (e)
0,700
0,600
0,500
0,400
0,300
1 10 100 1000
Tensão Vertical (kPa)
Grafico 5. – Tensão Vertical vs Indice de Vazios. Fonte: (Autor, 2022. Adaptado do Microsoft
Excel)
50
7. CONCLUSÃO
Após a realização dos ensaios, constatou se que a fração predominante é a areia, vindo
a seguir a fração de argila; Da observação dos valores, nota-se que o solo possui ainda
pequena quantidades de silte e cascalho. Com os valores encontrados, foi buscado junto
à tabela de classificação SUCS, identificar o tipo de solo, chegando à conclusão que o
solo do local estudado é classificado como SP (Areia mal graduada).
Apesar da metodologia adotada não ser conclusiva sobre a avaliação destes solos para
fins rodoviários, esta avaliação permitiu uma análise preliminar do seu potêncial de
utilização como base ou sub-base de pavimentos rodoviários. A partir deste estudo,
novos trabalhos podem ser conduzidos para melhoria das propriedades geotécnicas do
solo (no caso dos solos arenosos da região baixa de Albazine).
51
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
52
ANEXOS
ANEXO 1 – Tabela de Granulometria
A-1
ANEXO 2 – Tabelas de Limites de Concistência
Limite de Liquidez
N° de Pancadas 15 28 35
Capsula n° L 42 L 18 L 10
Peso do Solo humido + Tara (g) 37.02 40.03 36.98
Peso do Solo seco + Tara (g) 31.47 33.78 31.62
Tara 14.96 14.8 14.86
Peso da Agua (g) 5.55 6.25 5.36
Peso do Solo seco (g) 16.51 18.98 16.76
Teor em Agua 33.62 32.93 31.98
Limite de Plasticidade
Capsula n° L 8 L 47 L 30
Peso do Solo humido + Tara (g) 23.63 22.57 22.82
Peso do Solo seco + Tara (g) 22.34 21.32 21.61
Tara 15.11 14.95 14.9
Peso da Agua (g) 1.29 1.25 1.21
Peso do Solo seco (g) 7.23 6.37 6.71
Teor em Agua 17.84 19.62 18.03
A-2
ANEXO 3 – Tabelas de Ensaios de Compactação e Corte Direto:
Agua=240 ml
Volume do Molde=2298 1 2 3 4 5
Peso do Cilindro+ amostra humida ( g ) 9560 9760 9890 9810 9710
Peso do Cilindro ( g ) 4970 4970 4970 4970 4970
Peso da amostra humida ( g ) 4590 4790 4920 4840 4740
Peso especifico humida ( g/cm³ ) 2 2.08 2.14 2.11 2.06
Capsula n° P1 F 15 F3 F5 F 10
Peso da amostra humida + tara ( g ) 57.9 61.91 75.66 72.74 70.32
Peso da amostra seca + tara ( g ) 55.11 58.18 69.73 66.47 63.75
Peso da agua ( g ) 2.79 3.73 5.93 6.27 6.57
Tara ( g ) 23.13 23.37 22.94 22.33 22.41
Peso da amostra seca ( g ) 31.98 34.81 46.79 44.14 41.34
Teor em agua - W % 8.72 10.7 12.67 14.2 15.9
Peso especifico seco ( g/cm³ ) 1.84 1.88 1.9 1.85 1.78
A-3
ANEXO 4 – Tabela de Ensaio Edométrico
1 0.776
12.5 0.697
25 0.659
50 0.603
100 0.546
200 0.480
300 0.445
600 0.420
1600 0.383
1600 0.383
1 0.383
A-4