Atlas Hematologia Clinica Reduzido

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI – UFSJ

INSTITUIDA PELA LEI Nº.10.425 DE 19/04/2002 – D.O.U. DE 22/04/2002


CAMPUS CENTRO-OESTE DONA LINDU – CCO

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Eritrócito: célula completamente madura, anucleada, contendo grande


quantidade de hemoglobina, conferindo à mesma o aspecto acidófilo. Seu
tamanho oscila entre 7 a 8μm.

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Figura 11: Eritrócitos normocíticos e normocrômicos.

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1. ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DOS ERITRÓCITOS

1.1 QUANTO AO TAMANHO

ANISOCITOSE: consiste na variação do volume dos eritrócitos. Geralmente o


RDW, expressão numérica da anisocitose, está > 14,5%, indicando população
heterogênea de eritrócitos.

Microcitose: condição com eritrócitos de tamanho menor do que o normal,


abaixo de 7,2µm, geralmente consequente à deficiência na síntese de
hemoglobina. Eritrócitos microcíticos estão presentes, principalmente, nas
anemias ferropênicas, nas talassemias, na intoxicação pelo chumbo e em
algumas anemias sideroblásticas.

Macrocitose: condição com eritrócitos de tamanho maior do que o normal,


geralmente acima de 8µm. Os macrócitos podem ser arredondados ou ovais
(macrovalócitos) estando presentes em condições clínicas diferentes. Os
macrócitos arredondados podem estar presentes em condições fisiológicas nos
recém-nascidos, Geralmente o VCM (volume corpuscular médio) está >100fL.

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Figura 12: Anisocitose com macrovalócitos (seta vermelha)


e eritrócitos microcíticos (seta preta).

Figura 13: Anisocitose com macrovalócitos (seta vermelha),


eritrócitos microcíticos (seta preta), e ao centro um
eritroblasto ortocromático (seta azul).

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Figura 14: Macrócitos policromatófilos (seta vermelha)


e eritroblastos ortocromáticos (seta preta).

Figura 15: Macrócito policromatófilo.

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1.2 QUANTO À COR

ANISOCROMIA OU ANISOCROMASIA: consiste na variação da cor dos


eritrócitos. Tal variação frequentemente é observada no início das anemias
ferroprivas, bem como durante o seu tratamento.

Hipocromia: eritrócitos com coloração mais clara que o normal. Quando existe
redução do conteúdo de hemoglobina o halo claro central aumenta. Dessa
forma, ocorre nos casos onde há deficiência na síntese de hemoglobina.
Geralmente a área central é > 1/3 do diâmetro do eritrócito.

Policromasia ou policromatofilia: eritrócitos imaturos com coloração róseo-


azulada, particularmente reticulócitos jovens com maior teor de RNA.

Nas Figuras 16 a 20 estão apresentadas as alterações morfológicas dos


eritrócitos quanto à cor.

Figura 16: Anisocromia com maioria de eritrócitos hipocrômicos.

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Figura 17: Intensa hipocromia.

Figura 18: Alguns macrócitos policromatófilos no campo


refletindo reticulocitose.

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Figura 19: Alguns macrócitos policromatófilos no campo


refletindo reticulocitose (seta preta). Presença de 2
eritroblastos ortocromáticos no campo (seta vermelha).

Figura 20: Alguns macrócitos policromatófilos no campo


refletindo reticulocitose (seta preta). Presença de 3
eritroblastos ortocromáticos no campo (seta vermelha).

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1.3 QUANTO À FORMA

POIQUILOCITOSE: consiste na variação da forma dos eritrócitos. As principais


formas anormais, com significado clínico, são apresentadas abaixo nas Figuras
21 a 37.

Drepanócitos ou eritrócitos falciformes: eritrócitos em forma de foice. Estão


presentes na doença falciforme em maior número (SS)

Figura 21: Alguns drepanócitos ou eritrócitos falciformes


no campo (observar as pontas afiladas).

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Figura 22: Alguns drepanócitos ou eritrócitos falciformes no


campo (observar as pontas afiladas).

Figura 23: Alguns drepanócitos ou eritrócitos falciformes no


campo (observar as pontas afiladas).

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Figura 24: Alguns drepanócitos ou eritrócitos falciformes no


campo (observar as pontas afiladas). Presença de 1
eritroblasto ortocromático (seta vermelha).

Eliptócitos ou ovalócitos: eritrócitos em forma elíptica ou oval,


respectivamente. Podem surgir em diversas condições adquiridas e
hereditárias. Quando em grande quantidade, são decorrentes de eliptocitose ou
ovalocitose hereditárias, que são doenças causadas por alterações de
proteínas da membrana dos eritrócitos. Também podem ocorrer na anemia
ferropriva, talassemias e anemia megaloblástica, dentre outras.

Figura 25: Ovalócito (seta preta) e eliptócito (seta


vermelha) no campo.

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Figura 26: Ovalócito (seta preta) e eliptócito (seta vermelha)


no campo.

Figura 27: Alguns ovalócitos (seta preta) e eliptócitos (seta


vermelha) no campo.

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Esferócitos: eritrócitos menores, em forma esférica e sem halo claro central.


Como mantêm o mesmo conteúdo de hemoglobina em um volume celular
menor, perdem o halo claro central. Estão presentes, principalmente, em maior
número na esferocitose hereditária, nas anemias hemolíticas autoimunes e
queimaduras extensas e, em menor número nas anemias hemolíticas em geral.

Figura 28: Numerosos esferócitos no campo (seta preta).


Presença de 1 macrócito policromatófilo (seta vermelha).

Equinócitos: eritrócitos com numerosas projeções pequenas e regulares em


volta da membrana. Estão presentes, principalmente, como artefato de
estocagem, mas pode ocorrer em pacientes com uremia e naqueles em estado
crítico, além de anemias microangiopáticas e deficiência de piruvato quinase.
Amostras de sangue de recém-nascidos prematuros frequentemente
apresentam crenações por serem mais susceptíveis.

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Figura 29: Numerosos equinócitos no campo.

Figura 30: Numerosos equinócitos no campo.

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Figura 31: Numerosos equinócitos no campo.

Acantócitos: eritrócitos com poucas projeções e irregulares em volta da


membrana. Estão presentes, principalmente, na abetalipoproteinemia, nas
queimaduras extensas, doença hepática grave, bem como nas anemias
hemolíticas em geral.

Figura 32: Alguns acantócitos no campo (seta preta);


macrócitos policromatófilos (seta vermelha); eritroblastos
ortocromáticos (seta azul).

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Esquizócitos: eritrócitos fragmentados. Estão presentes, principalmente, nas


anemias hemolíticas microangiopáticas (púrpura trombocitopênica trombótica,
síndrome hemolítico-urêmica, coagulação intravascular disseminada, sepse),
mas podem ser vistos em múltiplas situações que incluem anemia
megaloblástica, carcinomas disseminados, pré-eclâmpsia e eclâmpsia,
próteses valvares cardíacas e queimaduras graves, além do uso de fármacos
oxidantes e rejeição de transplantes.

Figura 33: Numerosos esquizócitos no campo.

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Dacriócitos: eritrócitos em forma de lágrima. Estão presentes, principalmente,


nas anemias hemolíticas em geral e nas anemias megaloblásticas. Pode
ocorrer também na anemia ferropriva.

Figura 34: Alguns dacriócitos no campo.

Figura 35: Alguns dacriócitos no campo.

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Figura 36: Alguns dacriócitos no campo.

Estomatócitos: eritrócitos que apresentam uma fenda semelhante a uma boca


na região central da célula. Estão presentes, principalmente, em pequeno
número em indivíduos hígidos (nas áreas mais delgadas do filme sanguíneo) e
em maior número em algumas anemias hemolíticas, na hepatopatia alcoólica e
na estomatocitose hereditária. Em filmes sanguíneos de recém-nascidos,
durante o uso de asparaginase e no raro fenótipo Rh nulo, estomatócitos
podem ocorrer também.

Figura 37: Alguns estomatócitos no campo.

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1.4 QUANTO À DISPOSIÇÃO DE HEMOGLOBINA

Eritrócitos em alvo (codócitos, dianócitos ou células em diana): eritrócitos


com excesso de membrana que no filme sanguíneo apresentam uma
distribuição central de hemoglobina rodeada por halo claro. Estão presentes,
principalmente, nas anemias hemolíticas em geral (principalmente
hemoglobinas variantes e talassemias); na icterícia obstrutiva, nas
hepatopatias graves, nas alterações lipídicas do plasma e, raramente, na
deficiência de ferro, esplenectomia e tratamento com asparaginase. Nas
Figuras 38 e 39 estão apresentados eritrócitos em alvo.

Figura 38: Numerosos eritrócitos em alvo no campo.

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Figura 39: Numerosos eritrócitos em alvo no campo.

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1.5 QUANTO À DISPOSIÇÃO DOS ERITRÓCITOS

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SÉRIE BRANCA

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1. PRECURSORES GRANULOCÍTICOS
A produção dos leucócitos granulócitos ocorre exclusivamente na medula
óssea a partir de precursores, que se originam da stem cell, cujo processo
maturativo envolve vários estágios conforme apresentado abaixo.

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Mieloblasto: precursor mieloide mais imaturo que pode ser identificado na


medula óssea. Esse tipo celular se caracteriza por ser grande e volumoso,
citoplasma com basofilia, núcleo apresenta cromatina frouxa e delicada, um ou
mais nucléolos visíveis e alta relação núcleo/citoplasma. Pode apresentar raros
grânulos no seu citoplasma e bastão de Auer em alguns tipos de leucemias.
Seu tamanho oscila entre 15 a 20μM.

Figura 1: Mieloblastos.

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Promielócito: esse tipo celular se caracteriza por ser grande e volumoso, às


vezes, maior que o mieloblasto, com citoplasma basófilo, muitos grânulos
grosseiros de coloração vermelho-púrpura (grânulos indiferenciados ou
inespecíficos, chamados azurófilos) e, frequentemente, apresenta arcoplasma
(área clara próxima ao núcleo). O núcleo é arredondado ou oval, apresenta
cromatina frouxa e delicada, um ou mais nucléolos visíveis. O promielócito
também pode apresentar bastão de Auer, inclusive em feixes, quando este tipo
celular é denominado de “célula de Faggot”. Seu tamanho oscila entre 14 a
24μM.

Figura 2: Promielócitos.

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Mielócito: esse tipo celular se caracteriza por citoplasma com grânulos mais
finos em comparação ao estágio anterior, já diferenciados ou específicos
neutrofílicos, eosinofílicos ou basofílicos. Os grânulos neutrofílicos são finos e
de coloração acinzentada. Os grânulos eosinofílicos são maiores,
arredondados e alaranjados. Os grânulos basofílicos são grosseiros na cor azul
escuro ou pretos. O núcleo é arredondado ou oval e apresenta cromatina com
áreas de condensação e sem nucléolos visíveis. Seu tamanho oscila entre 12 a
18μM.

Figura 3: Mielócito neutrófilo (seta preta), mielócito


eosinófilo (seta vermelha) e mielócito basófilo (seta verde).

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Metamielócito: esse tipo celular se caracteriza por citoplasma com muitos


grânulos também diferenciados ou específicos neutrofílicos, eosinofílicos ou
basofílicos. Os grânulos neutrofílicos são finos e de coloração acinzentada. Os
grânulos eosinofílicos são maiores, arredondados e alaranjados. Os grânulos
basofílicos são grosseiros na cor azul escuro ou pretos. O núcleo apresenta
chanfradura e cromatina mais condensada. Seu tamanho oscila entre 10 a
15μM.

Figura 4: Metamielócitos neutrófilo, eosinófilo e basófilo, respectivamente.

Figura 5: Metamielócito neutrófilo.

Bastonete: esse tipo celular se caracteriza por citoplasma com muitos grânulos
também diferenciados ou específicos neutrofílicos, eosinofílicos ou basofílicos.
Os grânulos neutrofílicos são finos e de coloração acinzentada. Os grânulos
eosinofílicos são maiores, arredondados e alaranjados. Os grânulos basofílicos
são grosseiros azul escuro ou pretos. O núcleo, em forma de bastão em “C” ou
“S” e cromatina condensada. Constrições, quando presentes, a largura é
superior a 1/3 da parte mais larga do núcleo. Esse precursor já pode ser
encontrado no sangue periférico. Seu tamanho oscila entre 10 a 15μM.

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Figura 6: Bastonetes neutrófilos.

Segmentado neutrófilo: apresenta núcleo usualmente com 3 a 5 segmentos


com cromatina condensada, ligados por um istmo de cromatina. Citoplasma
com numerosas granulações finas e acinzentadas. Essa forma totalmente
madura se encontra no sangue periférico, constituindo o tipo de leucócito mais
frequente. Seu tamanho oscila entre 10 a 15μM.

Figura 8: Segmentados neutrófilos.

Segmentado eosinófilo: apresenta núcleo usualmente com 2 a 3 segmentos


com cromatina condensada, ligados por um istmo de cromatina. Citoplasma
com numerosas granulações grosseiras e arredondadas de cor alaranjada. Seu
tamanho oscila entre 10 a 17μM.

Figura 9: Eosinófilos.

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Segmentado basófilo: apresenta núcleo usualmente com forma pouco


definida e cromatina condensada. Citoplasma com numerosas granulações
grosseiras que, frequentemente, cobrem toda a célula mascarando a forma do
núcleo. Pode-se observar também granulações que se acumulam na
membrana citoplasmática. A maturação dos basófilos ocorre em paralelo à do
neutrófilo e eosinófilo. No entanto, o encontro de estágios imaturos são muito
raros e, geralmente, são vistos apenas em distúrbios proliferativos dos
basófilos. Seu tamanho oscila entre 10 a 15μM.

Figura 10: Basófilos.

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2. PRECURSORES MONOCÍTICOS
Os monócitos são considerados células em trânsito no sangue e não totalmente
amadurecidas, pois são capazes de atravessar as paredes dos vasos fixando-
se nos tecidos, onde completam seu amadurecimento e recebem o nome de
macrófago.

MONOBLASTO PROMONÓCITO MONÓCITO

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Monócito: apresenta núcleo usualmente com forma bastante pleomórfica (irregular),
raramente arredondado ou ovalado, e cromatina delicada e frouxa, a qual se apresenta
frequentemente em alto relevo (cromatina “montanhosa” com depressões e elevações),
com “dobras” ou “pregas”. Citoplasma levemente basófilo e abundante. Pode
apresentar vacúolos citoplasmáticos. Seu tamanho oscila entre 12 a 20μM.

Figura 13: Monócitos.

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3. PRECURSORES LINFÓIDES

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Linfócito: apresenta núcleo usualmente com forma arredondada ou ovalada,


ou com pequenas reentrâncias e cromatina na maioria das vezes bastante
condensada e plana. Quanto ao tamanho, o linfócito pode ser pequeno, médio
e grande. Citoplasma levemente basófilo, podendo ser escasso nos pequenos
linfócitos ou abundante nos médios e grandes linfócitos. Seu tamanho oscila
entre 7 a 18μM.

Figura 16: Linfócitos pequenos.

Figura 17: Linfócitos médios.

Figura 18: Linfócitos grandes.

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