PCC 3 Artes Visuais UNIP

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Prática de Ensino: Integração Escola/Comunidade

Iniciamos os estudos da Prática de Ensino: Integração Escola/Comunidade


com a contextualização da disciplina. De modo geral, a Prática de Ensino:
Integração Escola/Comunidade busca oferecer diretrizes para a realização dos
trabalhos solicitados, tendo como base a parte teórica já estudada; o objetivo é
aproximar o futuro docente à educação, por meio da observação e do estudo
integrado entre uma unidade escolar e a comunidade em que está inserida.

A atividade baseia-se na caracterização de uma unidade escolar, ou seja,


identificar, analisar criticamente o ambiente físico, gestão escolar, organização
administrativa e pedagógica, demais atividades desenvolvidas e as
expectativas dos alunos em relação a escola. O mesmo conceito de
caracterização pode ser aplicado à comunidade, visando identificar
peculiaridades e características para levantar dados e promover a articulação
esperada. Caracterizar a comunidade envolve a localização geográfica,
equipamentos sociais, densidade demográfica, perfil econômico da população,
uso do solo predominante e levantamento das expectativas da população em
relação ao trabalho da escola.

Estudamos, também, os conceitos de escola e comunidade. A escola pode ser


definida como um estabelecimento público ou privado destinado ao ensino
coletivo, devendo ser devidamente reconhecida e registrada no Ministério da
Educação. Segundo Libâneo (2004), sua principal função social e pedagógica é
assegurar o desenvolvimento das capacidades cognitivas, operativas, sociais e
morais pelo seu empenho na dinamização do currículo, no desenvolvimento
dos processos cognitivos, na formação da cidadania e da ética. Já a
comunidade, caracteriza-se à população que vive em um determinado lugar ou
região, ligada por interesses comuns; tanto o lugar enfocado quanto a
população que ali reside são de interesse da pesquisa para a disciplina, pois
compõem, juntamente com a escola, um só objeto de estudo, em que nada
ocorre isoladamente, mas de modo integrado.

A atividade se inicia através da pesquisa e, para isso, vimos algumas


características importantes. Para que a pesquisa seja caracterizada como
científica, precisa obedecer a alguns critérios e técnicas para a obtenção de
dados pertinentes ao conhecimento e para a compreensão do problema
levantado da realidade.

A seguir, passamos para o questionário, um dos instrumentos utilizados para


levantar dados e informações, podendo apresentar perguntas fechadas e/ou
abertas e entrevistas, dirigidas quando existe um roteiro previamente
planejado, ou não dirigidas quando não há um roteiro e a conversa flui
livremente.

Outro ponto importante é o papel do professor. A inserção da comunidade na


escola exige do professor práticas que venham a romper com o isolamento da
escola em seus modelos pedagógicos, o que depende de uma ação educativa
sólida do professor, caminhando para uma educação de qualidade. Diante da
necessidade de uma real integração entre escola e comunidade, o professor
precisa refletir constantemente em sua prática, a fim de favorecer a
participação da comunidade nas decisões e necessidades da escola e a
elaboração de projetos de integração, visando o desenvolvimento de ambas.

Para a realização do projeto proposto, foi necessário identificar a escola e a


comunidade bases para a pesquisa e, uma vez identificadas, foi feita a
caracterização dos ambientes. Com base nos dados identificados, foi
necessário elaborar o projeto de integração.

Estrutura e Funcionamento da Educação Básica

A disciplina trabalha, principalmente, com o funcionamento da educação básica


brasileira, que se apoia numa estrutura definida pela legislação. A legislação
educacional pode ser definida como um conjunto de diplomas legais e
documentos correlatos que regulam a educação.

Iniciamos os estudos definindo as noções básicas de legislação. O ciclo


evolutivo de uma lei: desde a iniciativa, que pode vir de um legislador ou de
todo o legislativo; a discussão e a votação, que ocorrem no legislativo; a
sanção, prerrogativa do Poder Executivo, é a aprovação da deliberação do
legislativo; a promulgação, ordem para a execução da lei; a publicação, que
ocorre no Diário Oficial; até o veto. Também vimos as classificações das leis,
federais, estaduais e municipais, e a hierarquia entre elas, constitucionais,
complementares e ordinárias.

A seguir, trabalhamos com a história da educação nas constituições brasileiras,


desde 1549, com a chegada dos jesuítas ao Brasil e a educação para a
catequese, passando pela primeira e segunda constituições, a constituição pós
ditadura em 1946, a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação, em 1961,
a segunda em 1971, e a terceira, e atual LDB em 1996.

Quanto ao sistema escolar brasileiro, pode ser definido como o conjunto de


elementos que dependem reciprocamente uns dos outros, formando um todo
organizado. Esse sistema é aberto, ou seja, se insere em um supersistema
mais amplo, a sociedade, e possui subsistemas que selecionam elementos que
entram e saem do sistema. A sociedade insere alguns elementos, como os
objetivos, que expressam os anseios e as tradições da sociedade; o conteúdo
cultural, extraído da história e do desenvolvimento tecnológico social, gerando
currículos e programas; recursos humanos, que devem atender às exigências
do subsistema de fronteira; recursos financeiros, enormes orçamentos públicos
e particulares, que tendem a crescer cada vez mais; e os alunos, onde há uma
pressão constante da população por novas oportunidades educacionais,
gerando o gigantismo do sistema.

Finalizando a disciplina, estudamos a estrutura do sistema, a rede de escolas,


que se dedica à atividade fim do sistema, e pode apresentar a estrutura
didática em duas dimensões: vertical, com diferentes graus de ensino, ou
horizontal, com diferentes modalidades de ensino. Já a estrutura de
sustentação, que se refere a administração compreende: elementos não
materiais, como normas, diplomas legais e programas, entidades
mantenedoras, o Pode Público, entidades particulares ou autarquias, e a
administração, que envolve ministérios, secretarias e conselhos.

Didática Geral

Nesta disciplina, iniciamos os estudos com a contextualização geral da didática


e outros termos inerentes a ela, pois estão totalmente interligados e fazem
parte da realidade de todo professor. Começamos pela educação, que pode
ser definida como uma fração do modo de vida dos grupos sociais que a criam
e recriam, formas de educação que produzem e praticam o saber, os códigos
sociais, as regras, a arte e a tecnologia de um povo; dessa forma, podemos
dizer que a educação é um fenômeno social, pois está em tudo que a
sociedade abrange.

Vimos, também, o conceito de pedagogia, que se caracteriza como a ciência


que estuda a educação. Tudo que envolve educação como fenômeno e como
processo social deve ser estudado e compreendido pela pedagogia. Já a
didática, é o principal ramo de estudo da pedagogia. Aquele que investiga os
fundamentos, as condições e as maneiras mais apropriadas de realizar a
instrução e o ensino; toda forma de ensinar reflete uma busca educativa,
pedagógica e pressupõe uma relação entre aquele que ensina, os
conhecimentos em si, o sujeito que aprende e a sociedade que irá acolhê-lo.

A instrução pode ser associada à formação intelectual e ao desenvolvimento da


capacidade de conhecer, de acordo com o domínio de certo nível de
conhecimentos sistematizados pelo professor; o ensino, por sua vez,
corresponde às ações, aos meios e às condições para que se possa instruir e,
por isso, está ligado diretamente à instrução.

Quanto à aprendizagem, podemos defini-la como um processo de aquisição e


assimilação, mais ou menos consciente, de novos padrões e novas formas de
perceber, ser, pensar e agir; ao professor, compete atuar diretamente no
comportamento do aluno, garantindo sua aprendizagem de maneira suportada,
eficiente e eficaz.

Segundo Piletti (2010), o currículo escolar tem significado as matérias


ensinadas na escola ou a programação de estudos; atualmente, o termo tem
sido utilizado em sentido mais amplo para se referir à vida e a todo o programa
da escola. Assim, podemos imaginar que todas as atividades que ocorrem na
escola possuem uma função didática ou pedagógica; didática porque se
estruturam estrategicamente para dar condições de se realizarem de acordo
com a melhor forma, para permitir melhor aproveitamento por parte dos alunos,
e pedagógica porque pretendem ser formativas da personalidade dos alunos,
preparando-os para a vida em sociedade.
Dados os conceitos didáticos, passamos para a conceituação da filosofia, da
sociologia e da psicologia na educação. Segundo Lorieri e Rios (2004), a
filosofia busca a compreensão, que diz respeito ao sentido, ao valor. Se
apresenta como uma maneira de pensar que possui conteúdo próprio: os
aspectos fundamentais da realidade e da existência humana. A filosofia,
interligada com a educação, questiona a mesma para que se chegue a um
nível de compreensão mais preciso e seguro antes de se colocar a executá-la
nas escolas.

A sociologia, na educação, preocupa-se mais especificamente em como as


pessoas socialmente se organizam e como a educação se envolve com esse
fator. É necessário um ambiente de criticidade, que garanta uma compreensão
mais aprofundada do fenômeno que envolve a vida social, as condições de
trabalho, as divisões de classe, a ideologia etc.

Já a psicologia educacional, preocupa-se em estudar como os aspectos físico-


motor, intelectual ou cognitivo, afetivo-emocional e social se desenvolvem e
interferem na capacidade de aprender, evitando uma atividade desvinculada
das capacidades humanas e dos limites das possibilidades de cada um. O
professor que negligencia aspectos importantes das dinâmicas de
desenvolvimento e aprendizagem corre o risco de não apenas deixar de
ensinar, como também de trazer sérios problemas a capacidade de aprender e
se desenvolver dos alunos.

A seguir, trabalhamos com as tendências didático-pedagógicas. Segundo


Libâneo (1985), verificam-se três tipos de tendências que interpretam o papel
da educação na sociedade: a educação como redenção, a educação como
reprodução e a educação como transformação da sociedade. Saviani (2003)
chama de teorias não críticas o que Libâneo (1985) chama de tendências
liberais de educação ou educação como redenção. Esses termos convergem
para a crença ingênua de que a educação seria, por si só, suficiente como fator
de ascensão social, sem que fosse necessário adentrar nas questões
sociopolíticas que a determinam. Das tendências teóricas citadas, foram
aprofundadas durante a disciplina: pedagogia liberal tradicional, pedagogia
liberal renovada progressivista, pedagogia liberal renovada não diretiva,
pedagogia liberal tecnicista, pedagogia progressista, pedagogia progressista
libertadora, pedagogia progressista libertária e pedagogia progressista crítico-
social dos conteúdos.

Estudamos, também, os objetivos, conteúdos e procedimentos de ensino. Os


objetivos antecipam os resultados e processos esperados do trabalho conjunto
doo professor e dos alunos, expressando conhecimentos, habilidades e hábitos
(conteúdos) a serem assimilados de acordo com as exigências metodológicas
como o nível de preparo prévio dos alunos, as peculiaridades do conteúdo e as
características do processo de ensino.

Quanto aos conteúdos de ensino, podem ser definidos como o conjunto de


conhecimentos, habilidades, modos valorativos de atuação social, organizados
pedagógica e didaticamente, tendo em vista a assimilação e a aplicação pelos
alunos de sua prática de vida e englobam: conceitos, ideias, fatos, processos,
leis científicas, regras etc. São expressos nos programas oficiais, nos livros
didáticos, nos planos de ensino e de aula, nos métodos e nas formas de
organização do ensino.

Já o método de ensino, deve implicar a visão do objeto de estudo nas suas


propriedades e em suas relações com outros objetos e fenômenos, sob vários
ângulos, especialmente em seu envolvimento com a prática social, uma vez
que a apropriação de conhecimentos se justifica na sua ligação com as
necessidades da vida humana e com a transformação da realidade social.

Finalizando a disciplina, estudamos os recursos de ensino, a avaliação e o


planejamento. Piletti (2010) define os recursos de ensino como componentes
do ambiente da aprendizagem que dão origem à estimulação para o aluno;
esses componentes podem ser recursos visuais, como projeções, cartazes e
gravuras, recursos auditivos, como rádios e gravações, ou recursos
audiovisuais, como cinema, televisão etc.

A avaliação é uma tarefa didática necessária e permanente do trabalho do


professor, que deve acompanhar passo a passo o processo de ensino e
aprendizagem; através dela os resultados que podem ser obtidos no decorrer
do trabalho conjunto do docente e do aluno são comparados com os objetivos
definidos, a fim de constatar progressos, dificuldades e orientar o trabalho para
as correções necessárias.
O planejamento, por fim, é um processo mental que envolve análise, reflexão e
previsão; atividade tipicamente humana, está presente na vida de todos os
indivíduos. O plano é o resultado desse processo, como um esboço das
conclusões resultantes do processo mental de planejar. Na educação, trata-se
de prever algumas dificuldades que poderão surgir durante todo o processo e
poder superá-las mais facilmente, evitar repetir de maneira desordenada os
cursos e as aulas, adequar os conteúdos, atividades e avaliações aos objetivos
propostos e de acordo com os recursos disponíveis e às características dos
alunos.

Percepção Visual: Teoria e Psicologia das Cores

Iniciamos a disciplina estudando o funcionamento do aparelho visual. Desde a


entrada de luz na retina, como é formada a sensação de cores e seus efeitos,
até a esquematização da retina e dos olhos como um todo.

A seguir, trabalhamos com a mescla de cores aditiva (cores luz), e a mescla de


cores subtrativa (cores pigmento). Vimos, também, o conceito do espectro da
luz visível onde, da imensa área de radiação solar a vista humana alcança
apenas uma pequena faixa compreendida entre os raios infravermelhos e os
ultravioletas cujos limites extremos são, de um lado, o vermelho com 700
milimícrons, e do outro, o violeta com 400 milimícrons de comprimento de
onda.

Alguns conceitos importantes relacionados à cor: características, como


variações de brilho, saturação ou tonalidade, o trabalho de Joseph Albers,
associando a interação das cores entre si, o trabalho de Wassily Kandinsky,
que atrelou as cores às formas geométricas, Johann Wolfgang, com a criação
do triângulo cromático e as interações harmônicas e Karl Gerstener, que
relacionou a cor com a forma tridimensional, cores e formas complexas e a
instabilidade das cores.

Já na segunda unidade, trabalhamos com as nomenclaturas da cor. Fenômeno


do cromatismo: dentro desse fenômeno cromático temos a cor dominante,
aplicada nas superfícies com maior dimensão, a cor tônica, complementar à
dominante, usada em detalhes, e a cor intermediária, que realiza a transição
entre a tônica e a dominante, atenuando a oposição entre elas. As cores
dominantes, tônica e intermediária, quando aplicadas adequadamente,
proporcionam equilíbrio, proporção, ritmo e destaques, que são vitais para uma
perfeita harmonia.

Combinações harmônicas: denomina-se combinação de cores a propriedade


que têm certos pares de cores de formas acordes – cores que se ajustam umas
às outras, em duplas ou conjuntos. Por efeito de ação de contrastes
simultâneos, todas as combinações tendem, em maior ou menor grau, a formar
acordes harmônicos ou desarmônicos, segundo sua própria natureza.

Na terceira unidade da disciplina, estudamos o caráter subjetivo da cor. Por


meios da história, nossas atitudes – pessoais ou profissionais – em relação à
cor são moldadas pelos gostos e normas dominantes; as associações de cor
diferem entre culturas e indivíduos. Uma cor, ou uma composição de cores,
pode significar algo completamente diferente para cada pessoa que olha para
ela. Sendo assim, podemos dizer que a cor não é somente a sensação
formada na retina, mas tem todo um caráter sociocultural envolvido em sua
formação.

Vimos, também, a psicologia das cores ou a cor como capacidade de


significância psíquica. A aplicação em que a cor concorda perfeitamente com a
natureza pode ser denominada simbólica, pois a cor é utilizada em
consonância com o efeito, e a verdadeira relação exprime imediatamente o
significado; a aplicação alegórica é quando o sentido do signo nos deve ser
transmitido antes que saibamos o que deve significar.

Na quarta, e última, unidade da disciplina trabalhamos com os conceitos da


percepção. Existem regras básicas fundamentais no design a serem aplicadas
para fazer um ambiente funcional, e a percepção do espaço provoca
sensações e emoções ao usuário, permitindo a funcionalidade e qualidade de
um ambiente.

Vídeo – Princípios e Técnicas

O vídeo pode ser definido como um conjunto de imagens em movimento, é


uma mídia eletrônica que se utiliza de outras linguagens, como a do cinema, do
rádio, da literatura e da computação gráfica. A primeira apresentação pública
na história é marcada pelos irmãos Lumière, na França. Iniciamos a disciplina
com as fases de produção: na pré-produção, com a ideia, o casting, a
elaboração e a criação do cenário, o roteiro e o estudo dos planos de câmera,
na produção, com a produção do cenário, a iluminação, o roteiro técnico, o
cronograma de gravação, a captação da imagem e do som e as equipes e, na
pós-produção, com a decupagem, a montagem, a edição, a finalização, a
exibição e a divulgação.

A seguir, trabalhamos com os formatos analógico e digital. No analógico, com


as fitas cassete, ao armazenar, copiar e transmitir imagens, acontecem perdas
de qualidade; utiliza-se do sistema decimal para armazenar a informação; e é
utilizado comumente em sistemas de TV analógicos. Já no formato digital, não
existem perdas significativas no processo de armazenamento, cópia e
transmissão; utiliza-se do sistema binário para armazenamento; e é utilizado
em sistema de TV digitais.

Quanto ao som ou áudio, pode ser captado de diversas formas, seja por lapela,
microfone de mão, mão com canopla etc. Para a edição, podemos utilizar as
seguintes tecnologias: tesoura, edição linear, edição não linear etc., em
softwares como Apple Final Cut ou Adobe Première.

Na segunda unidade da disciplina, estudamos os elementos da obra


audiovisual. Classificação, que pode ser um filme, curta-metragem,
documentário, videoclipe, animação ou registro pessoal. Ideia, que surge,
geralmente, pela vida cotidiana de alguém, seja nas ruas, no trabalho ou
conversando com outras pessoas, sempre haverá circunstâncias que trarão
fatos ou fenômenos que são percebidos pelo indivíduo como algo que desperta
sua criatividade.

Estrutura, envolvendo os seguintes conceitos: a fábula, como a alma da


história, um gênero narrativo e versátil em que ações são organizadas em
ordem cronológica, o enredo ou a trama, como o esqueleto da história, seu
desenrolar de acontecimentos independe de uma ordem cronológica, podendo
começar pelo meio e etc., e o argumento, como o assunto, contexto ou
afirmação seguida de uma justificativa, é o desenvolvimento detalhado.
Elaboração do roteiro, que pode ser comercial, filme, educativo, infantil,
documentário ou jornalismo; envolve a definição dos personagens e seus
arquétipos, como herói, mentor, sombra, protagonista, antagonista etc., além
de toda a escolha do elenco, de acordo com o perfil do personagem, idade, tipo
físico e a disponibilidade dos atores.

Gravação, que pode ser definida como a fase mais importante e delicada da
produção da obra audiovisual, exigindo organização e pontualidade por parte
de toda a equipe. A direção de fotografia, que tem a importante tarefa de
imprimir uma identidade no projeto, pontuando enquadramentos, dimensões e
proporções, luzes, sombra, perspectivas, eixos de câmera, além das cores. Já
a direção de arte, tem por função cuidar do aspecto estético da obra, como o
cenário, o figurino, os efeitos visuais, os veículos e as pesquisas necessárias.

Vimos, também, as transformações midiáticas do vídeo. A internet, ambiente


construtivo e participativo, além de descentralizador, vem favorecer a
construção coletiva de conhecimento, e faz surgir novos modelos
socioeconômicos baseados no compartilhamento em espaços virtuais, gerando
resultados que seriam possíveis representações emocionais ou tradicionais dos
participantes no mundo real, definidos pelo convívio de interesses comuns e
não por possíveis acidentes de proximidade ou mercadológicos. A produção
audiovisual se transformou radicalmente com a chegada da internet e de sites
de compartilhamento de conteúdo.

Além disso, a produção de vídeos educacionais como material didático


explodiu após o advento da internet e suas correlatas evoluções tecnológicas,
principalmente quanto à sua disponibilização em sites de compartilhamento de
vídeos como o YouTube, e nas plataformas de ensino a distância.

Computação Gráfica e Ilustração

A disciplina Computação Gráfica e Ilustração inicia com o conceito de


ilustração. De acordo com o Guia do Ilustrador, “ilustração é toda imagem,
desenho ou foto, que sirva para ilustrar algo, normalmente um texto, de forma a
facilitar sua compreensão” (ANTUNES, 2007). Em uma definição apoiada mais
na prática de mercado, a ilustração propriamente dita diverge da fotografia e
das artes plásticas; a fotografia mantém um status próprio, com formação
específica, modo de trabalho e resultados, entretanto, em relação às artes
plásticas, a confusão é comum. A ilustração, no entanto, é feita, em geral, a
partir de uma encomenda, seguindo um briefing determinado pelo cliente. Ela
se destina para um uso específico dentro de um projeto de comunicação,
mediante uma remuneração. Constitui-se mais como uma prestação de serviço
do que uma atividade artística.

Na segunda unidade, trabalhamos com o mercado publicitário, a ilustração a


serviço da publicidade. Quando falamos de ilustração para o mercado
publicitário, nos referimos à ilustração voltada à prática de publicidade e
marketing, ou seja, ela age decisivamente dentro do mecanismo de venda
como ferramenta de comunicação e promoção mercadológica. Destacamos
ilustrações para anúncios publicitários, ilustração para embalagens e criação
de personagens de marcas.

A seguir, na terceira unidade da disciplina, observamos as categorias da


ilustração e suas características. No audiovisual, ela atua como uma importante
ferramenta no planejamento e desenvolvimento de projetos, ajudando a dar
forma às criações; pode ser utilizada nos storyboards, concept boards, concept
arts, cenografia etc. Na ilustração científica, mercado bastante específico,
abrange as ilustrações voltadas aos estudos científicos de diversas áreas,
como biologia, anatomia, física etc. Além do conhecimento artístico é
fundamental o conhecimento preciso do que se está ilustrando.

Quanto ao estilo, em ilustração, trabalha dentro da mensagem que se quer


construir; ele diz respeito mais aos elementos gráficos e à forma de
representação do que propriamente aos autores. Pode ser incorporado de
escolas artísticas ou define-se apenas nas características do autor. Classificar
as ilustrações quanto a estilos é uma tarefa complicada dada a diversidade de
estilos existentes, contudo a disciplina propõe classificá-los de acordo com os
seguintes aspectos: representação gráfica, hiper-realistas, realistas e caricatos;
traço, limpo, sujo e inexistente; linguagem, impressionista, abstrata e
representativa; público-alvo, infantil, juvenil e adulto; temas, realidade e
fantasia.
Outra forma de categorizar as ilustrações é quanto às técnicas e materiais
usados. Técnicas manuais: englobam técnicas tradicionais de ilustração,
utilizando pigmentos e ferramentas diversas, como nanquim, grafite, carvão,
lápis de cor, marcadores, aerógrafos, aquarela, guache, pastéis – seco ou
oleoso – tinta a óleo, pintura acrílica etc. Técnicas digitais: entre as técnicas de
computação gráfica, podemos dividi-las em três grandes categorias, pintura
digital, edição de imagens e modelagem 3d. Além disso, muitos artistas
trabalham utilizando a técnica mista, ou seja, trabalhos que combinam técnicas
manuais e digitais.

Na última unidade, vimos os principais hardwares e softwares para se trabalhar


com computação gráfica, suas características e aplicações. Os hardwares:
computador, mesa digitalizadora e scanner de mesa. Já quanto aos softwares:
Adobe Photoshop, Corel Painter, Adobe Illustrator, Corel Draw e, para
ilustrações em 3d, Maya e 3Ds Max.

Percepção e Representação

Iniciamos a disciplina trabalhando com a percepção e a psicologia das formas,


através da Psicologia Gestalt. Ela foi desenvolvida pelo filósofo e psicólogo
austríaco Christian Von Ehrenfels no final do século XIX. A Escola Gestalt de
Psicologia Experimental surgiu no intuito de estudar, principalmente, o
fenômeno psicológico em seus aspectos mais naturais da percepção humana,
amparando-se nos resultados pictóricos sobre obras de arte. O movimento
gestaltista somente se solidificou como metodologia da forma por volta de
1910, através dos psicólogos alemães Kurt Koffka e Wolfgang Köhler e do
psicólogo tcheco Max Werteimer, que contribuíram para a mais relevante teoria
dos estudos da percepção, fundamentando, através de pesquisas
experimentais no campo da linguagem, inteligência, aprendizagem, memória e
motivação, a conduta exploratória e dinâmica dos grupos sociais.

A fundamentação da Gestalt parte do princípio de que o que enxergamos é


diferente do que ocorre em nosso cérebro; no processo de percepção não
haveria uma sensação da forma e uma subsequente confirmação da forma,
pois a primeira percepção já seria a forma global e unificada, mesmo que essa
percepção seja de uma ilusão de ótica. Portanto, podemos entender que,
diante da ilusão de ótica, não enxergamos as partes como fechadas, mas
percebemos as relações que há entre as partes; dessa forma, a ilusão de ótica
corrobora a afirmação de que o todo é maior do que as partes. Esse processo
psicofisiológico é regido por forças espontâneas, internas ou externas, da
nossa estrutura cerebral que buscam organizar as formas de modo coerente e
unificado. O embasamento científico das leis de Gestalt parte do princípio de
que tais forças regem a percepção da forma, sendo elas: unidade, segregação,
unificação, fechamento, continuidade, proximidade, semelhança e pregnância
da forma.

Vimos, também, a definição e classificação dos elementos básicos da


percepção visual. Tomamos como base o estudo de Rudolf Arnheim, “Arte e
Percepção Visual: uma Psicologia da Visão Criadora”, de 1954. Percebe-se a
riqueza dessa obra tanto em suas categorias visuais explicitadas como nas
relações estruturais que estão em ação; não se pretende substituir a intuição
espontânea e sim aguça-la ainda mais, tornando seus elementos
comunicáveis. Os tópicos apresentados na disciplina referem-se aos meios
visuais, principalmente ao desenho, à pintura e a escultura, e são eles:
equilíbrio, forma, luz, configuração e expressão.

Já na segunda unidade, trabalhamos com a percepção e a criatividade, o ser


consciente-sensível-cultural. A criatividade nada mais é do que dar forma a
algo novo; nos estudos teóricos sobre criatividade e percepção, a artista
plástica Faya Ostrower descreve o ato de criar como algo que vai além disso,
como a capacidade de compreender, relacionar, ordenar, configurar e
significar. Mais que possibilidades adquiridas do homem, criar seriam
potencialidades que se convertem em necessidades inerentes ao ser humano,
pois ele não cria porque quer ou gosta, mas porque necessita ordenar e dar
forma às suas percepções. Enquanto muitos realçam a capacidade do
inconsciente como fator indispensável à criatividade e enfatizam o consciente
como um determinante negativo, repressor e anticriativo, Ostrower acredita na
percepção consciente como prerrogativa do processo criador; ela crê que o
ápice desse poder se encontra na aliança entre saber, conhecer, pensar e
imaginar, ordenando suas qualificações.
A criatividade se articula potencialmente com a sensibilidade, que é a porta de
entrada de nossas sensações. Em graus e áreas diferentes, não podemos
afirmar que o homem seja inerte de sensibilidade; a condição de vida recebe e
reconhece estímulos e, consequentemente, reage a eles.

Estudos recentes indicam que o homem surgiu na história como um ser


cultural; suas ações são baseadas a partir e/ou dentro de uma cultura. Os
hominídeos pré-humanos foram assim classificados pela realização de suas
obras, pela capacidade de manufaturar suas ferramentas – e não somente por
saber usá-las – e essa habilidade baseia-se no conhecimento de matéria-
prima, bem como em buscar a eficiência no manuseio.

A partir do momento em que o homem se deu conta de sua existência


individual, se conscientizou de ser papel social. O ser consciente é aquele que
percebe e interroga a si mesmo e é induzido a interpretar todos os fenômenos;
isso significa que o fator cultural vai além do natural, ou seja, a natureza se
manifesta filtrando no consciente os valores culturais.

Para finalizar, trabalhamos com a memória e a representação. A memória tem


papel de destaque em nosso consciente, principalmente por ser responsável
por interligar o ontem e o amanhã, algo que não acontece com os animais; é
ima reserva de dados interligados de conteúdos experimentais da vida
conectados entre si, ordenando nossas ações futuras e vivências do passado.
Se não houvesse possibilidade de ordenação através da memória, seria
impossível pensarmos, estabelecer qualquer tipo de relacionamento ou
funcionarmos mentalmente.

Plano de aula

Tema: Didática Geral – Formas e Tarsila do Amaral - 7º ano, Ensino


Fundamental II

Objetivos
- Explorar, conhecer e identificar trabalhos da artista Tarsila do Amaral,
reconhecer e distinguir figuras e formas geométricas, apreciar, avaliar e se
expressar através da arte.
Resumo do plano de aula
- Tarsila do Amaral foi uma pintora e desenhista brasileira, uma das artistas
centrais da pintura brasileira e da primeira fase do modernismo brasileiro. Seu
quadro mais conhecido, o Abaporu, de 1928, inaugurou o movimento
antropofágico nas artes plásticas. Já o estudo da geometria é indispensável
para o pleno desenvolvimento do aluno, ajudando na compreensão do mundo,
desenvolvendo o raciocínio lógico e proporcionando um melhor entendimento
de outras áreas do conhecimento, devido à grande importância que a
geometria assume no cotidiano.

Pesquisa - O conteúdo do plano de aula pode ser encontrado no Labe Arte.

Desenvolvimento
- Apresentação da artista e suas obras.
- Debate com os alunos identificando as formas geométricas que eles podem
encontrar nas pinturas e relacioná-las aos materiais disponíveis na sala de
aula.
- Estimular os alunos a criarem suas próprias obras, utilizando materiais
simples como palitos, embalagens de papelão, tampinhas plásticas etc.

Atividade
- Os alunos deverão criar suas próprias obras, baseando-se na geometria
encontrada nas obras de Tarsila e utilizando materiais recicláveis.

Avaliação
- A avaliação se dá pelo interesse do aluno, pela habilidade de identificar as
formas presentes nas imagens apresentadas, além do capricho e resultado
coerente da obra feita por ele.

Referências
UNIP INTERATIVA. Labe-Arte/ArtesVisuais. Projeto: nos espaços da
matemática e da arte. Disponível em: https://lab.unip.br/Arte/ArtesVisuais.
Acesso em: 21 nov. 2023.

PORTAL DO PROFESSOR. Como explorar as formas geométricas,


relacionando-as aos objetos que fazem parte do nosso dia a dia?
Disponível em http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?
aula=36794. Acesso em: 21 nov. 2023.

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