O Uso Do Chat GPT No Processo de Ensino e Aprendizagem
O Uso Do Chat GPT No Processo de Ensino e Aprendizagem
O Uso Do Chat GPT No Processo de Ensino e Aprendizagem
OU ALIADO?
THE USE OF GPT CHAT IN THE TEACHING AND LEARNING PROCESS: VILLAIN OR
ALLY?
Objetivo do estudo
O estudo teve como objetivo identificar a percepção do uso do Chat GPT® junto aos públicos
envolvidos nos processos de ensino e aprendizagem, tendo como proposta identificar em que medida o
Chat GPT® pode colaborar ou comprometer os processos de ensino.
Relevância/originalidade
Contribuição para o conhecimento científico por meio de uma abordagem teórico-empírica, o que
possibilita a reflexão sobre a temática em questão de forma mais aprofundada. Na dinâmica
operacional por oferecer uma avaliação quanto ao uso do Chat GPT® no processo de ensino.
Metodologia/abordagem
Estudo de caso de natureza descritiva e caráter qualitativo Para tanto aplicou-se um roteiro de
entrevistas junto aos docentes e discentes dos cursos de engenharia da UEMG. Após a coleta os dados
foram analisados por meio da análise de conteúdo.
Principais resultados
Os resultados permitiram compreender a contribuição da ferramenta no processo educacional. Como
aspectos positivos destacaram a facilidade de acesso às informações e ganho de tempo. Quanto às
limitações, destacaram-se a falta de fonte da informação e a solução de cálculos avançados.
Contribuições teóricas/metodológicas
Como contribuição teórica, colabora para a ampliação do campo de estudos e melhor compreensão da
aplicação do Chat GPT no processo de ensino e aprendizagem associados aos cursos de engenharia.
Como contribuição prática permitiu compreender aspectos contributivos e limitantes do Chat GPT.
Study purpose
The study aimed to identify the perception of the use of the Chat GPT® among the public involved in
the teaching and learning processes, with the aim of identifying to what extent the Chat GPT® can
collaborate or compromise the teaching processes.
Relevance / originality
Contribution to scientific knowledge through a theoretical-empirical approach, which makes it
possible to reflect on the subject in question in more depth. In operational dynamics for offering an
evaluation regarding the use of Chat GPT® in the teaching process.
Methodology / approach
Descriptive and qualitative case study For that purpose, a script of interviews was applied to
professors and students of engineering courses at UEMG. After collecting the data, they were analyzed
using content analysis.
Main results
The results allowed understanding the contribution of the tool in the educational process As positive
aspects, they highlighted the ease of access to information and saving time As for the limitations, the
lack of source of information and the solution of advanced.
1. Introdução
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diálogos. O modelo é treinado a partir de uma grande quantidade de dados de texto. Esta ação
permite que a ferramenta desenvolva a capacidade de produzir textos de forma coerente e coesa,
além de reconhecer padrões. O excesso de dados não rotulados sobre os quais a ferramenta é
treinada permite o aprendizado da linguagem natural sem intervenção de registros manuais. De
acordo com Brown et. al. (2020), o Chat GPT® é capaz de executar uma extensa variedade de
tarefas relacionadas ao processamento de linguagem natural. Essas tarefas incluem tradução
automática, resumo automático de texto, geração de texto, preenchimento de lacunas em textos,
entre outras. Além disso, o modelo pode ser adaptado para desempenhar funções específicas,
como os chatbots para atendimento ao cliente, assistentes virtuais e análise de sentimentos em
redes sociais. Essa flexibilidade do modelo permite sua aplicação em diversas áreas, fornecendo
soluções eficientes e adaptadas às necessidades específicas de cada contexto.
A partir de todo o contexto supracitado surgem duas realidades distintas. No campo da
literatura, enquanto Ouyang, Zheng e Jiao (2022) sustentam que o Chat GPT® pode ser uma
plataforma eficaz para o desenvolvimento de habilidades de escrita, leitura e comunicação,
Blikstein e Blikstein (2021) evidenciam a preocupação legítima em relação ao impacto da
dependência excessiva de tecnologias inteligentes na criatividade e habilidade crítica dos
alunos, tornando-os passivos em relação ao processo de aprendizagem. Diante destes cenários
opostos, emergem algumas questões reflexivas que motivam este estudo: Qual a percepção do
uso do Chat GPT® pelos públicos envolvidos nos processos de ensino e aprendizagem? Os
envolvidos nos processos de ensino e aprendizagem percebem a ferramenta como um ‘vilão’
ou como ‘aliado’? Em que medida o Chat GPT® pode colaborar ou comprometer os processos
de ensino e aprendizagem?
Diante desta inquietude, este paper teve como objetivo identificar a percepção do uso
do Chat GPT® junto aos públicos envolvidos nos processos de ensino e aprendizagem. A
relevância deste estudo reside na sua contribuição para o avanço do conhecimento científico
por meio de uma abordagem teórico-empírica, o que possibilita a reflexão sobre a temática em
questão de forma mais aprofundada e significativa. Ressalta-se ainda que, devido ao caráter
relativamente novo dessa temática, há uma carência de literatura de impacto, sobretudo no
âmbito brasileiro. Este cenário abre espaço para inúmeras possibilidades e recortes de pesquisa.
Na dinâmica educacional, justifica-se por oferecer aos envolvidos e demais interessados a
oportunidade de autoavaliação e benchmarking comparativo, quanto ao melhor método de uso
da ferramenta Chat GPT® no processo de ensino e aprendizagem. Para tanto, realizou-se uma
pesquisa descritiva de natureza qualitativa, tendo como unidade de análise a Universidade
Estadual de Minas Gerais (UEMG) - Campus Divinópolis – MG. Para a coleta dos dados
aplicou-se um roteiro de entrevistas semiestruturado junto aos docentes e discentes, a fim de
avaliar a percepção sobre a ferramenta Chat GPT®, bem como identificar possíveis
oportunidades e desafios. Após a coleta, os dados foram organizados, categorizados e
analisados por meio da técnica de análise de conteúdo, conforme proposto por Bardin (2016).
Este artigo está organizado em seções que abordam diferentes aspectos da pesquisa.
Nesta seção 1 apresentou-se a introdução deste estudo científico. Na seção 2, são discutidos os
referenciais teóricos que fornecem embasamento para o estudo. Na seção 3, são apresentados
os procedimentos metodológicos adotados para a coleta e análise dos dados. Os resultados
empíricos do estudo são apresentados e analisados na seção 4. Por fim, na seção 5, são
apresentadas as considerações finais à luz dos objetivos propostos, seguidas pelas referências
utilizadas no trabalho. Ressalta-se que essa estrutura permite uma abordagem sistemática e
completa da pesquisa, garantindo uma maior clareza e integridade dos resultados obtidos.
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2. Referencial Teórico
2.1. O Uso da Inteligência Artificial na Educação
A IA se dedica ao estudo do fenômeno da inteligência e o ramo da engenharia que
desenvolve ferramentas e sistemas capazes de auxiliar a inteligência humana. Essas ferramentas
podem se manifestar por meio de mecanismos físicos ou softwares avançados (Kerckhove,
2003). Hassabis, Kumaran, Summerfield e Botvinick (2017) afirmam que a IA ainda pode ser
considerada como uma ferramenta poderosa para aprimorar as capacidades humanas,
proporcionando às pessoas acesso a informações e soluções de problemas de maneira ainda
mais eficiente e eficaz. Baker et. al. (2019, p. 10) ainda sustentam que a IA consiste em
“computadores que executam tarefas cognitivas, geralmente associadas a mentes humanas,
particularmente aprendizagem e resolução de problemas”.
As primeiras propostas de utilização da IA como ferramenta de aprendizagem surgiram
com os chamados Sistemas de Instrução Assistida por Computador. Porém, com o
desenvolvimento acelerado das capacidades gráficas dos computadores, foi possível a criação
de sistemas que oferecem interações complexas, fundamentadas em recursos audiovisuais
(Bittencourt, Pozzebon & Frigo, 2004). Este avanço permitiu diversas aplicações da IA na área
da educação, incluindo aprendizagem adaptativa, mundos virtuais, Sistemas de Tutores
Inteligentes (STI’s), gamificação, ferramentas de diagnósticos, classificação de estilos de
aprendizagem, sistemas de recomendação e mineração de dados (Vicari, 2018; Tavares, Meira
& Amaral, 2020). Essas soluções podem oferecer suporte tanto aos professores quanto aos
alunos, sem negligenciar o aspecto humano e as habilidades essenciais, como ética,
responsabilidade, trabalho em equipe e flexibilidade. Além disso, ressalta-se que a IA pode
complementar e fortalecer as competências relacionadas ao pensamento crítico, resolução de
problemas, criatividade e gestão do conhecimento (Bates, 2015).
O relatório "Tendências em Inteligência Artificial na área da Educação" revela que, no
período de 2017 a 2030, sua aplicação será reconhecida como um campo de estudos multi e
interdisciplinar, abrangendo o uso de mecanismos tecnológicos de IA em sistemas cujo objetivo
principal será o aprimoramento do processo de ensino e aprendizagem (Vicari, 2018). Ainda
com base em uma matéria divulgada no jornal da USP - Universidade de São Paulo, no ano de
2018, pesquisadores e professores do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação
(ICMC) de São Carlos destacaram que os mecanismos tecnológicos da IA têm a capacidade de
ampliar a inteligência humana. Além disso, ressaltaram a possibilidade de identificar estratégias
educativas que possuem um maior potencial de auxiliar a aprendizagem e apoiar os professores
na tomada de decisão pedagógica (Santos, Zimmermann & Guimarães, 2022).
A utilização da IA na educação é um tema que gera controvérsias, especialmente quando
analisado sob uma perspectiva objetivista. Nesse contexto, há argumentos de que a IA possui
potencial para substituir tarefas desempenhadas por seres humanos. Esta reflexão também foi
ponderada pelo filósofo Vilém Flusser: “A escola não mais será lugar de ensino e de elaboração
de dados. A escola alternativa será o lugar no qual inteligências artificiais serão programadas
para que façam funcionar máquinas automatizadas” (Flusser, 2005, p. 6). Porém, ao avançar na
análise, é possível compreender que a IA empregada não busca substituir os professores, mas
sim oferecer ferramentas e recursos adicionais que podem aprimorar o processo educacional
(Tavares, Meira & Amaral, 2020). Na mesma linha de investigação, estudos de Gardin e
Oliveira Wolowski (2021) concluíram que a presença crescente da IA nos processos
educacionais é inevitável, porém é essencial garantir que a tomada de decisões continue a ser
supervisionada e controlada pelos seres humanos, preservando sua presença e soberania.
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2.2. Chat GPT®: Conceitos e versões
No âmbito da IA, emerge a ferramenta Chat GPT® (Conditional Hierarchical Attention
Transformer - Generative Pre-Trained Transformer), a qual consiste num sistema de
Processamento de Linguagem Natural (NPL), desenvolvido pela OpenAI®, em novembro de
2022. A ferramenta é treinada a captar o contexto de uma conversa e gerar respostas que
apresentam um tom confiável (Radford, Narasimhan, Salimans & Sutskever, 2018; Borji, 2023;
Olite, Suarez & Ledo, 2023; Santos et. al. 2023). A OpenAI® define que o Chat GPT® é uma
ferramenta de IA que gera conteúdo de alta qualidade, utilizando aprendizado de máquina
(OPENAI, 2020). Como estrutura de desenvolvimento, a ferramenta é fundamentada em uma
arquitetura avançada de rede neural chamada Transformer. Essa arquitetura possui uma alta
capacidade de processar sequências textuais de maneira altamente eficiente, superando
inclusive arquiteturas anteriores, como as redes neurais recorrentes (RNNs) e as redes neurais
convolucionais (CNNs). Além disso, o Chat GPT® é treinado com uma quantidade significativa
de dados não rotulados, o que permite que ele aprenda a linguagem natural sem depender de
anotações manuais. Em outras palavras, é um sistema que está em constante evolução e
aprimoramento, de forma sistemática e consistente (Santos et. al., 2023).
Silva (2023) sustenta ainda que o Chat GPT® corresponde a um modelo de linguagem
que passou por um treinamento extensivo com o objetivo de responder perguntas e executar
tarefas em texto natural. Utilizando técnicas avançadas de Deep Learning, o Chat GPT® foi
alimentado com milhões de exemplos de textos provenientes da Internet. Essa abordagem
permitiu que o modelo adquirisse a habilidade de compreender o contexto e o significado das
perguntas, fornecendo respostas precisas e coerentes que imitam o comportamento humano
durante uma conversa. A técnica Deep Learning, amplamente utilizada no Chat GPT®, é
definida como um conjunto de técnicas de aprendizado de máquina que viabilizam a construção
de modelos de redes neurais profundas, capacitados a resolver desafios complexos relacionados
ao reconhecimento de padrões (Deng, 2019).
Olite, Suarez e Ledo (2023) afirmam que se trata de uma chatbot de conversação
baseado na arquitetura de ‘transformers’, possuindo a habilidade de gerar textos em resposta às
perguntas dos usuários. Diferentemente de apenas reproduzir informações de uma base de
dados, o Chat GPT® tem a capacidade de criar conteúdo "original" e altamente preciso com
base nas questões colocadas. Vale ressaltar que, de acordo com a OpenAI®, o Chat GPT® não
é uma linguagem de programação, mas sim um modelo de linguagem treinado através de
aprendizado de máquina. Sua funcionalidade não requer o uso de códigos de programação, mas
é possível solicitar exemplos de scripts com códigos para diversos programas de computador,
como Python e R, através do chat. Os autores ainda declaram que o Chat GPT® tem
experimentado um notável processo de evolução, impulsionado por sua arquitetura estruturada
que integra várias camadas e parâmetros. Essa estrutura avançada permite que o Chat GPT®
processe uma vasta quantidade de informações existentes na Internet, contando com milhões
de dados para aprimorar suas capacidades, resultando em respostas mais abrangentes e precisas.
O Quadro 1a apresenta uma síntese das principais características do Chat GPT®, contemplando
versão, ano de lançamento e características e/ou funções, conforme versões publicadas.
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destacam a importância de se garantir uma integração coerente entre o Chat GPT®, a estrutura
curricular e os objetivos educacionais. A implantação da ferramenta não pode ser realizada de
forma aleatória e como substituição às práticas pedagógicas já implantadas. Requer um
planejamento detalhado e a integração entre desenvolvedores de tecnologia e educadores.
Borji (2023) apresenta uma série de outras limitações e desafios associados ao Chat
GPT®, enumerando as seguintes falhas: i) não possui compreensão abrangente do mundo físico
e social, nem a capacidade de raciocinar sobre as conexões entre conceitos e entidades; ii)
possui carência de raciocínio para pensar em um problema e chegar a uma conclusão; iii) possui
limitação de cálculo envolvendo expressões matemáticas; iv) contém erros factuais em relação
à imprecisão das informações; v) produz estereótipos pelos vieses gerados pelo modelo de
linguagem; vi) geram palavras que muitas vezes assumem formas de piadas, sátiras ou ironia,
em vez de traduzir o humor; vii) produz códigos imprecisos ou inferiores ao desejado; vii)
apresenta falhas na estrutura sintática, ortografia e gramática e; ix) não é autoconsciente. O
autor ainda afirma que o Chat GPT® não possui conhecimento detalhado sobre sua própria
arquitetura, o que inclui as camadas e parâmetros específicos do seu modelo.
Em uma análise mais avançada, Borji (2023) elencou ainda alguns cenários em que o
Chat GPT® pode não atender a demanda, conforme o esperado. Dentre esses: i) dificuldade do
uso de expressões idiomáticas; ii) carência de criação de termos que traduzem emoções e
pensamentos reais; iii) condensação de assunto, não permitindo uma perspectiva distinta sobre
ele; iv) tendência a ser excessivamente abrangente e detalhado, explorando um tópico sob várias
perspectivas, já que, em algumas situações, isso pode levar a respostas inadequadas quando
uma resposta direta e concisa é necessária; v) por sua natureza, carece da capacidade humana
de interpretação e divergências, o que pode resultar em respostas excessivamente literais e,
consequentemente, erros em certas situações e; vi) geralmente produz respostas formais devido
à sua programação para evitar o uso de linguagem informal. Todas essas propostas mencionadas
ratificam a importância do uso da ferramenta tecnológica com cautela, considerando-a como
um recurso complementar ao processo de ensino e aprendizagem. É fundamental evitar o uso
excessivo e indiscriminado, sem critérios, tornando-a um recurso padronizado e amplamente
difundido (Halverson & Sheridan, 2014; Olite, Suarez & Ledo, 2023).
Portanto, o Chat GPT® oferece inúmeras vantagens em comparação a outros recursos
tecnológicos utilizados na educação, principalmente devido à sua habilidade de compreender e
produzir linguagem natural, bem como sua capacidade de personalizar a experiência de
aprendizagem. No entanto, é crucial estar ciente dos desafios e limitações associados a essa
tecnologia, assegurando seu uso adequado e responsável para impulsionar a qualidade do ensino
e da aprendizagem (Santos et al., 2023)
3. Metodologia
No intuito de atingir os objetivos propostos neste artigo, os procedimentos
metodológicos se sustentaram em uma pesquisa descritiva e de caráter qualitativo. Optou-se
por um estudo descritivo por permitir a identificação de informações e características associadas
a um problema específico. A escolha por uma abordagem qualitativa deu-se por proporcionar
reflexões acerca da temática em estudo, além de permitir a avaliação de percepções e a obtenção
de um entendimento mais aprofundado das variáveis envolvidas (Collis & Hussey, 2005).
Como unidade de análise, selecionou-se a Universidade do Estado de Minas Gerais
(UEMG) – Campus Divinópolis – MG – em decorrência da representatividade universitária na
região e acessibilidade. A instituição oferece 18 cursos de graduação, distribuídos entre as
modalidades de bacharelado e licenciatura, e conta com 238 colaboradores no corpo docente e
2.098 alunos. Os cursos oferecidos são: Ciências biológicas, Comunicação Social (Publicidade
e Propaganda), Educação Física (Bacharelado), Educação Física (Licenciatura), Enfermagem,
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Engenharia Agronômica, Engenharia Civil, Engenharia da Computação, Engenharia de
Produção, Fisioterapia, História, Jornalismo, Letras (Português e Inglês), Matemática,
Pedagogia, Psicologia, Química (Licenciatura) e Serviço Social.
Como unidades de observação, foram entrevistados 03 professores e 03 alunos dos 04
cursos de engenharia (Engenharia Agrônoma, Engenharia Civil, Engenharia da Computação, e
Engenharia de Produção), mais diretamente envolvidos com a ferramenta em análise (Chat
GPT®) nos processos de ensino e aprendizagem. A escolha dos envolvidos se deu, portanto,
por critérios de intencionalidade e de acessibilidade dos autores. Como instrumento de coleta
de dados, utilizou-se um roteiro de entrevistas semiestruturado aplicado aos docentes e
discentes. A coleta dos dados ocorreu em formato presencial nos períodos de junho e julho de
2023. Após a coleta, os dados foram organizados, categorizados e analisados por meio da
análise de conteúdo, conforme sustentado por Bardin (2016).
Para consultas rápidas tenho usado com frequência o Chat GPT. É rápido, prático e
atende aos requisitos de pesquisa, sobretudo na disciplina que trabalho aqui na
universidade. É um ganho de tempo no momento das pesquisas e sempre quando
pesquiso a plataforma tem devolvido respostas coerentes ao conteúdo solicitado. Um
detalhe importante é saber usar a ferramenta. Para que ela seja eficaz e assertiva é
preciso filtrar e detalhar bem o que deseja no prompt de busca (Docente 10 –
Engenharia de Produção).
O fragmento declarado pela docente 10 remete a importância do conhecimento quanto
ao uso da ferramenta, conforme sustentado por Celik, Dindar, Muukkonen e Järvelä (2022). Os
autores destacam que a utilização eficaz de ferramentas tecnológicas baseadas em IA só é
possível a partir da preparação e treinamento dos docentes. Somente por meio de uma
capacitação sólida e abrangente, os educadores estarão aptos a extrair todo o potencial dessas
tecnologias inovadoras para enriquecer o processo de ensino e aprendizagem.
Num segundo momento, avaliou-se a qualidade, confiabilidade e utilização das
respostas geradas pelo Chat GPT®. Neste quesito de análise identificou-se um equilíbrio entre
os docentes entrevistados; enquanto alguns se manifestaram de forma satisfatória, outros,
porém, relataram ressalvas, sobretudo na confiabilidade das respostas geradas pelo Chat GPT®.
Confesso que estou admirada com a capacidade do GPT. Eu conheci há praticamente
1 mês e o que eu tenho percebido é que em muitas pesquisas que eu faço o Chat GPT
tem devolvido respostas confiáveis, inclusive até utilizo para o meu contexto
pedagógico. Apesar da limitação ser até setembro de 2021, tem me ajudado bastante
em minhas pesquisas (Docente 1 – Engenharia Agronômica).
A rapidez de respostas é algo incrível. É melhor que o Google, porém não é confiável.
Inclusive eu já estou deixando de usar essa ferramenta. Existem cálculos e linguagem
de programação que não são confiáveis e que a ferramenta não consegue te responder.
Um exemplo desta limitação é a linguagem Assembly. Por mais que detalhemos no
prompt de busca não dá pra confiar integralmente. Tem muita informação que é
correta, porém nem tudo é confiável (Docente 7 – Engenharia da Computação).
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discente cursando o 2º período. Ressalta-se que os cursos em análise possuem uma duração de
05 anos, na modalidade presencial e com regimes de matrícula semestral.
4.4. Avaliação da percepção do corpo discente
Nesta segunda etapa da coleta dos dados qualitativos, envolvendo os discentes, utilizou-
se novamente um roteiro de entrevistas semiestruturado composto por questões relacionadas
aos aspectos associados ao Chat GPT®, como experiência, qualidade, confiabilidade,
utilização, planejamento e uso em sala de aula, vantagens, oportunidades de melhoria e
recomendação. No constructo associado à experiência quanto ao uso do Chat GPT®, todos os
discentes entrevistados avaliaram a ferramenta de forma positiva.
É muito bom. Já vem tudo prontinho. Na minha turma nós falamos que o Chat GPT é
‘vida’. A IA nos ajuda muito em nosso contexto universitário. No meu curso por
exemplo temos um volume muito grande de trabalhos avaliativos e o Chat GPT nos
ajuda no desenvolvimento e inclusive na conferência para identificarmos se estamos
desenvolvendo de maneira correta (Discente 3 – Engenharia Agronômica).
Por enquanto não tive problemas. Confesso que utilizei poucas vezes, mas sempre que
utilizei nas minhas pesquisas procurei detalhar bem o que eu queria e ele me devolveu
respostas confiáveis e com qualidade, sendo possível a utilização destes resultados
nos trabalhos da universidade (Discente 2 – Engenharia Agronômica).
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acadêmicos, a qualidade das respostas, o uso em sala de aula, sobretudo para pesquisas rápidas
e estímulos ao debate e a complexidade das respostas em pesquisas de cunho mais teórico.
Uma das maiores vantagens do Chat GPT é a rapidez das respostas. Isso torna a
ferramenta mais atrativa, trazendo um ganho de tempo na realização de pesquisas que
são exigidas no curso. Em pesquisas mais teóricas, a ferramenta devolve respostas
completas e com alto nível de detalhamento e variáveis, enriquecendo a pesquisa.
Inclusive a professora de Geoprocessamento Aplicado tem usado a ferramenta em sala
de aula para pesquisas rápidas e debates. As aulas têm se tornado atrativas e
enriquecedoras (Discente 5 – Engenharia Civil).
Quanto às vantagens, identificou-se praticamente as mesmas considerações feitas pelo
corpo docente, com destaque para a rapidez das informações e praticidade da ferramenta. Já em
relação às desvantagens, os discentes, em sua maioria, evidenciaram a dificuldade da
ferramenta em trazer soluções em assuntos complexos, apresentando resultados superficiais,
inconsistentes e informações desatualizadas, principalmente em conteúdos que envolvem
cálculos, códigos e linguagens computacionais.
Tenho percebido que conteúdos mais simples o Chat GPT tem atendido de forma
muito positiva, porém quando se trata de um assunto mais complexo e mais atual ele
não tem gerado resultados satisfatórios. Na disciplina de arquitetura de computadores
é um caso sério. Muitas pesquisas complexas que envolvem códigos e linguagens o
Chat GPT não consegue responder. Por mais que detalhemos no prompt de busca ele
ainda deixa a desejar (Discente 7 – Engenharia da Computação).
A versão do GPT que utilizamos é muito boa para a geração de textos. Para cálculos
mais complexos não dá pra confiar na ferramenta. O curso de Engenharia Civil por
exemplo tem muitas disciplinas que envolve cálculos. Na disciplina de Mecânica
Vetorial por exemplo nem precisa perder tempo com GPT. A ferramenta não consegue
trazer resultados corretos (Discente 6 – Engenharia Civil).
Além das desvantagens supracitadas, o discente 4 relatou também o mesmo problema
evidenciado pela docente que orienta os TCC’s no curso de Engenharia Civil, ao sustentar que
o Chat GPT® é uma ferramenta de grande auxílio, porém não traz consigo a origem das
autorias, ratificando novamente o uso da ferramenta com cautela e responsabilidade.
E como últimos aspecto, questionou-se aos discentes se os mesmos recomendariam o
uso do Chat GPT®, com base em suas experiências, para outros alunos. Novamente os dados
coletados evidenciaram que, apesar das limitações elencadas, todos recomendariam seu uso,
porém com cautela e responsabilidade, principalmente em conteúdos que envolvem cálculos,
códigos e linguagens computacionais, contexto evidenciado também na percepção do corpo
docente avaliado.
Os resultados supracitados revelam que, na maioria dos resultados, as percepções do
corpo discente confirmaram e se alinharam às avaliações evidenciadas pelo corpo docente.
Percebe-se que o uso do Chat GPT® no processo de ensino e aprendizagem é uma ferramenta
que traz muitos benefícios aos envolvidos, porém o uso de maneira correta e responsável, com
cautela, é essencial para o alcance dos objetivos acadêmicos.
5. Considerações finais
Este paper teve como objetivo identificar a percepção do uso do Chat GPT® junto aos
públicos envolvidos nos processos de ensino e aprendizagem. Para atingir esta proposta,
realizou-se uma pesquisa descritiva e de caráter qualitativo com os públicos envolvidos no
processo de ensino e aprendizagem (docentes e discentes). Sua realização ratifica a importância
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do Chat GPT®, ferramenta baseada em IA, no sentido de avaliar a contribuição da ferramenta
no âmbito educacional, sobretudo por se tratar de uma temática relativamente nova.
Os resultados alcançados permitiram compreender os aspectos contributivos da
ferramenta no processo de ensino e aprendizagem, bem como suas limitações. Quanto aos
aspectos positivos, destacaram-se a facilidade de acesso às informações, ganho de tempo,
fornecimento de respostas precisas, completas e rápidas, capacidade de simplificar e agilizar
tarefas além do feedback e assistência ao longo do processo de aprendizagem. Quanto às suas
limitações, destacaram-se a falta de fonte da informação, o impacto negativo na educação, como
no caso de plágios, a solução de cálculos, linguagens e códigos computacionais mais
detalhados, resultados superficiais e inconsistentes em assuntos de alta complexidade e
informações desatualizadas. Ressalta-se que aspectos associados à exclusão digital e à
privacidade dos dados não foram evidenciados pelos envolvidos durante as entrevistas.
Como contribuição teórica, o estudo colabora para a ampliação do campo de estudos e
compreensão do uso do Chat GPT® nos processos de ensino e aprendizagem. Como
contribuição prática, consolida a aplicação da ferramenta como um instrumento aliado e
colaborativo no âmbito educacional, e não como substituição às práticas pedagógicas já
implantadas. Portanto, confirma-se que o presente trabalho cumpriu integralmente com os
objetivos propostos, se mostrando inovador em sua essência e resultados apresentados, e
confirmando as contribuições teóricas sustentadas.
Para futuras pesquisas, sugere-se um número maior de unidades de observação,
envolvendo outros cursos, tanto do corpo docente e como discente, permitindo um estudo de
caráter mais estatístico, além de estudos que se aprofundem nos diversos aspectos
característicos da ferramenta, permitindo avaliar os benefícios gerados a partir de futuras
atualizações. Sugere-se ainda que a ferramenta seja avaliada por outras instituições
educacionais com cursos semelhantes, permitindo estudos comparativos sobre as percepções
do corpo docente e discente. Por fim, espera-se que a temática em questão seja fomentada por
novas investigações que estimulem o conhecimento sobre o assunto e promovam aplicações
práticas da ferramenta como instrumento colaborativo ao processo de ensino e aprendizagem.
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