A Santidade de Deus - Sermão 1
A Santidade de Deus - Sermão 1
A Santidade de Deus - Sermão 1
Introdução
A - Um cristão que completa a frase “Deus é” certamente usa a palavra “amor”: Deus é amor.
Mas se você pedisse a um profeta de Israel que completasse a mesma frase, com toda certeza
ele usaria a palavra “santo”: Deus é Santo. Mais precisamente, ele diria: Deus é Santo, Santo,
Santo. Ao contrário da língua portuguesa, o hebraico não possui adjetivos superlativos. Para
expressar a ideia de algo lindíssimo, por exemplo, a língua hebraica lança mão da repetição
“lindo, lindo”. A Bíblia traz expressões como “vaidade de vaidades” (Ec 1.2, RA) e “em verdade,
em verdade” (Jo 5.24-25, RA) quando o texto deseja conferir ênfase. Por essa razão se usa
“Santo, Santo, Santo” para expressar a absoluta santidade de Deus, o Santíssimo.
O atributo essencial do Deus de Israel é a santidade. O profeta Isaías se refere a Deus como “o
Santo de Israel” (Is 17.7; 41.14; 47.4).
B- Na Torá, lemos que Deus recomenda ao seu povo: “Sejam santos, pois eu, o SENHOR, seu
Deus, sou santo” (Lv 19.2). A santidade de Deus como imperativo para a santidade de todos os
que se relacionam com ele também é presente na tradição cristã.
• O Novo Testamento, por meio do apóstolo Pedro, cita a exigência da Lei de Moisés:
“Agora, porém, sejam santos em tudo que fizerem, como é santo aquele que os chamou.
Pois as Escrituras dizem. ‘Sejam santos, porque eu sou santo’” (1Pe 1.15-16).
• Em suas epístolas, Paulo se refere aos cristãos como “povo santo” (Rm 1.7; 1Co 1.1-2;
Fp 1.1; Fm 1.5). O apóstolo também afirma categoricamente que a vontade de Deus
para os seus filhos é que “vivam em santidade” (1Ts 4.3).
C- O autor da carta aos Hebreus é ainda mais radical, chegando a dizer que sem santidade, sem
santificação, “ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14), o que torna a santidade uma condição
imprescindível para nossa experiência de Deus e com Deus.
Como se descreve, portanto, uma vida santa? O que é viver em santidade? O que é ser santo,
santa? 1) O que você entende por santidade?, e 2) O que você pensa quando ouve a palavra
santo ou santa?
Consegui identificar pelo menos quatro conceitos que resumem o senso comum a respeito de
santidade.
1 - Muitas respostas poderiam ser agrupadas a partir da noção de santidade como estado de
pureza associada à perfeição moral. Para a grande maioria das pessoas, ser santo ou santa é ser
sem pecado. A santidade seria um estado de perfectibilidade moral, ou seja, santo, disseram, é
aquele que não possui pecado, o que equivale a ser moralmente perfeito. Para essas pessoas, o
pecado se define como falha moral.
3 - Muitas pessoas responderam que, ao ouvirem a palavra santo ou santa, o que lhes vem à
mente é que santidade se trata de algo inatingível, um estado inalcançável. Sabemos que
ninguém é sem pecado e que não existem pessoas perfeitas. A própria Bíblia chama de
mentiroso aquele que se diz sem pecado (1Jo 1.8), e por essa razão a ideia de santidade remete
a uma possibilidade muito remota ou praticamente impossível de ser vivenciada por pessoas
comuns.
4 - Isso nos conduz também a uma quarta noção de santidade, bem presente na cultura religiosa
brasileira. Muita gente pensa em santidade como uma condição de excepcionalidade, isto é,
santas são aquelas pessoas extraordinárias e por isso mesmo muito raras. Alguns chegaram a
dizer: “Santo mesmo, só Jesus”.
D- As quatro percepções a respeito do que é ser santo ou santa sugerem que essa qualidade de
vida é uma experiência remota, que a santidade mora em um lugar muito distante e os santos e
santas habitam uma terra que fica lá longe. O senso comum participa da intuição de que são
verdadeiras não apenas a noção de que ninguém é santo, como também e mais ainda a de que
não é possível ser santo.
Convivemos com a paradoxal ideia de que a santidade em nossa tradição cristã é ao mesmo
tempo um imperativo inegociável para a experiência espiritual e uma impossibilidade, ou pelo
menos uma condição que somente algumas poucas pessoas são capazes de alcançar.
A Bíblia Sagrada, entretanto, fala da santidade como o fluir natural da experiência com o Deus
que se revelou na tradição de Israel. Mais de oitocentas vezes, na lei de Moisés, nos livros
poéticos e de sabedoria, e nos profetas, o termo qadosh e seus derivados — qodesh e
qadesh — aparecem adjetivando o modo de viver das pessoas que se relacionam com o
Santo, Santo, Santo.
A santidade é, assim, a experiência natural de quem se relaciona com Deus. Ser com Deus
significa ser santo. A igreja é descrita na Bíblia como “nação santa” (1Pe 2.9-10).
Será mesmo que santidade é sinônimo de perfeição moral? Ser santo é ser sem pecado? O
oposto de santidade é imoralidade? Pecado é apenas uma questão de comportamento moral?
A moralidade é o critério último da santidade? A experiência espiritual banalizada no ambiente
religioso fez a vivência da santidade escorrer entre nossos dedos. Não sabemos mais o que é
santidade. Perdidos em um amontoado de clichês religiosos, acomodamo-nos no pensamento
de que santidade é algo irreal, incomum ou inatingível.
Porque passamos a acreditar numa santidade possível apenas para pessoas extraordinárias,
deixamos de almejar a vida santa, resignamo-nos à mediocridade espiritual e acabamos por
desenvolver estilos de vida em que já não se faz muita distinção entre quem crê em Deus e quem
anda longe dele.
1 - Este é o grande atributo moral de Deus. Quando vamos pensar nas qualidades do nosso
Deus esta é a primeira que devemos ter em mente.
A palavra hebraica para Santo é q’dôsh, que significa cortar, separar. Separado, retirado do
uso comum ( Eichrodt).
Exemplo:
As vestes sacerdotais eram Santas ( Êx 28:2)
O lugar específico para a preparação do Sacrificio ( Ex 29:31)
Os vasos usados no templo ( 1 Rs 8.4)
Porém esse mesmo raciocínio não pode ser usado para Deus. Deus não é separado de modo
diferente. Ele é separado de toda forma possível de existência criada, porque ele está além e
sobre cada uma delas, e também por causa de sua natureza majestosa.
Isaías 57:15
Porque assim diz o alto e sublime que habita na eternidade e cujo nome é SANTO.
Em êxodo 3: 13,14 Deus revela seu nome a moisés. Seu nome revela a sua grandeza e
santidade ( separação) EU SOU significa que ele não é como ninguém. Quando o seu nome é
pronunciado há temor e reverência.
Em êxodo 20:7 diz “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão.”
A natureza de Deus é o padrão para a sua Santidade. Portanto, a nossa santidade é medida
pelas leis e a Santidade de Deus faz parte de quem Ele é. Não existe nada que possa ser
comparado. Não havendo nada mais elevado para jurar ele jura por sua própria santidade.
Salmos89:34-36.
O Reino de Deus possui uma legislação que foi deixada por Deus e por ser santo ele não se
mistura com o pecado.
A santidade de Deus pode ser vista no reflexo da sua natureza que é a sua lei.
A lei de Deus é Santa ( Rm 7:12)
A lei de Deus é pura ( Sl 19:8)
A Lei é o espelho do caráter de Deus! Por isso devemos amar a lei.
A Lei moral:
São os juízos de Deus que proíbem o pecado e revelam a perfeição divina. Ex Os
mandamentos.
Contudo é necessário acrescentar que essa lei moral não se revela somente na lei moral do
antigo testamento, mas também nas páginas do novo testamento, Shedd diz que:
“o sermão do monte é uma edição revisada do decálogo, e constitui-se na base legal da nova
aliança. Cristo no sermão do monte, interpreta e espiritualiza os Dez Mandamentos.
Isaías 6: 1 e 2 Os serafins cobriam os pés e o rosto. ( Os anjos não tiraram a brasa com a mão)
Êxodo 3:5 Moisés tira as sandálias pois pisa em Terra Santa.
Deus não muda. Continua sendo Santo. Se não fosse o sangue de Jesus hoje estaríamos
fulminados pelas bizarrices que cometemos.
1 Pedro 1:15- Sede Santos como é Santo aquele que vos chamou.
Estudar a santidade de Deus não é pra sermos pessoas melhores apenas. É uma ordem. ( 1 Jo
3:3)
Provérbios 15:8 O sacrifício dos ímpios é abominação para o Senhor, mas o coração dos
corretos lhe é agradável. Tudo q é feito pelos impuros ofende a santidade de Deus.
Isaías 6:1-7