Cartilha UFES 2023.1

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UFES turma 112

CARTILHA
2023/1
Medicina - Universidade Federal do Espírito Santo
turma 112

SUMÁRIO

1. Introdução.................................................................................................... 2
2. Notas dos aprovados pela ampla concorrência............... 3
3. Notas dos aprovados pela cota L5............................................ 4
4. Notas dos aprovados pela cota L6............................................
5. Notas dos aprovados pela cota L14..........................................
6. Notas dos aprovados pela cota L1............................................. 5
7. Notas dos aprovados pela cota L2............................................
8. Estatísticas da turma CXII................................................................ 6
9. Dados sobre quem mora sozinho.............................................. 11
10. Termo de adesão...................................................................................
11. Redações..................................................................................................... 12
12. Campus......................................................................................................... 19
13. Auxílios........................................................................................................... 20
14. DAMUFES,CLEV E PROGRAD.......................................................... 21
15. Ligas................................................................................................................. 23
16. Sites úteis.................................................................................................... 24
17. Sobre Vitória.............................................................................................. 25
18. Atlética........................................................................................................... 30
19. GVBUS............................................................................................................ 31
20. Depoimentos............................................................................................. 33
21. Agradecimentos...................................................................................... 43
turma 112

INTRODUÇÃO
Queridos futuros calouros e calouras,

Nós, a Centésima Décima Segunda turma de Medicina da


Universidade Federal do Espírito Santo, ingressantes em 2023/1,
preparamos com muito zelo essa cartilha para ajudá-los a
continuar a caminhada na Medicina – já iniciada no período do
vestibular – que sabemos não ser nada fácil, mas que com
poucos meses de aula já podemos assegurar a vocês que vale
muito a pena e vocês não irão se arrepender!

Pretendemos com esse arquivo retribuir à comunidade


vestibulanda da mesma forma com que contribuíram para a
nossa decisão ao escolher a Universidade, por meio da
plataforma DesempenhosMed.

A cartilha conta muitas informações sobre a UFES, sobre o


curso médico e sobre como é a vida na cidade de Vitória, a
Maior do estado! 💜❤️💛

Ainda, coletamos estatísticas e informações sobre nossa


preparação, nosso ENEM e nosso SISU. Ter em mãos
informações como essas faz grande diferença na percepção
sobre os estudos e tem grande impacto na decisão do local no
qual colocarão suas notas no período do Sistema de Seleção
Unificada. Esperamos, assim, tranquilizar aqueles que estão
tentando o ENEM e motivar os que pensam em começar ou
voltar a estudar para o vestibular.

Nossa turma conta com alunos de diversas idades e realidades,


desde os que passaram direto do Ensino Médio até os que
caminharam muitos anos – estudando sozinhos ou fazendo
cursinho – para chegar até aqui. Não importa o caminho: é
possível!

A Medicina UFES é para você e para todos! Venha ser parte de


uma das melhores do Brasil! Vem ser Chapola!

@medufes112 página 2
SISU turma 112

AMPLA CONCORRÊNCIA
Linguagens Humanas Matemática Natureza Redação Total de Média
acertos | nota acertos | nota acertos | nota acertos | nota nota acertos UFES

3 43 736,3 42 817,7 34 897,2 35 768,6 920 154 826,21


4 36 682 41 779 37 906 38 787 940 152 821,87
5 39 - 39 - 37 - 37 - 960 152 820,93
6 38 681 40 718,4 35 910,5 34 758,1 980 147 816,88
8 41 740,5 42 794,1 33 872,3 27 696,1 960 143 811,91
9 - 669 - 711,2 - 880,4 - 783,2 960 - 810,87
10 37 700,9 34 688,4 38 924,5 38 742,5 960 147 809,23
11 33 646,2 35 672,4 40 972,1 40 787,1 940 147 809,07
12 30 632 37 715,2 37 921,5 37 800,2 940 141 808,68
13 - 700,8 - 793,4 - 855,4 - 740,6 940 - 808,16
14 38 693,6 39 713,7 35 885,8 37 768,3 940 149 807,53
15 33 655,1 39 705,7 37 946,1 36 767,9 940 145 806,7
16 38 688,8 40 728,6 37 884,6 35 739,3 960 150 806
17 35 672,3 39 707,9 36 909,5 36 748,1 960 146 805,61
18 - 699,6 - 726,9 - 843,2 - 790,2 920 - 805,32
19 36 712,4 38 709,6 30 780 35 758,9 980 139 804,8
20 38 709,6 38 725,8 35 886,8 27 699,7 980 138 804,69

Lista de espera
1 35 641,7 38 747,6 - 839,9 - 757,5 980 - 803,34
2 32 636,2 34 689,6 35 895 36 798,6 940 137 802,15
3 31 631 38 - 43 - 35 - 960 147 801,51

página 3
SISU turma 112

ESCOLA PÚBLICA (L5)


Linguagens Humanas Matemática Natureza Redação Total de Média
acertos | nota acertos | nota acertos | nota acertos | nota nota acertos UFES

1 - 710,3 - 770,8 - 837,1 - 742,3 960 - 810,39


3 - 667,4 - 687,7 - 903,9 - 763,2 960 144 805,21
4 38 705,4 40 735,8 30 832,7 35 780 920 143 803,52

Lista de espera

1 - 702,8 - 664,3 - 928,1 - 724,5 940 - 796,75

ESCOLA PÚBLICA + PPI (L6)


Lista de espera
Linguagens Humanas Matemática Natureza Redação Total de Média
acertos | nota acertos | nota acertos | nota acertos | nota nota acertos UFES

2 - 652,1 - 697,7 - 790 - 671,3 940 - 758,46


3 - 627 - 680 - 810 - 690 940 - 757,55
4 32 642,9 34 691,1 33 814,9 23 639,9 960 122 756,02
7 - 652,1 - 695,8 - 788,8 - 634 960 - 745,37
8 30 625,9 30 637,4 31 837 30 687,8 900 121 745,18

L14
1 - - - - - - - - - - -

página 4
SISU turma 112

ESCOLA PÚBLICA + RENDA (L1)


Lista de espera
Linguagens Humanas Matemática Natureza Redação Total de Média
acertos | nota acertos | nota acertos | nota acertos | nota nota acertos UFES

1 31 656,9 31 691,2 29 815,8 37 763,9 920 128 781,35


3 34 668,4 39 717,9 35 845,1 29 686 920 137 770,35
6 - 652,9 - 677,7 - 890,9 - 676,5 920 - 765,46
15 38 650 39 706,5 - 768 - 652 940 - 750,81

ESCOLA PÚBLICA + PPI


+ RENDA (L2)
Linguagens Humanas Matemática Natureza Redação Total de Média
acertos | nota acertos | nota acertos | nota acertos | nota nota acertos UFES

3 - 618,9 - 663,8 - 790,2 - 712,3 960 - 763,59

Lista de espera

2 30 609,4 36 689,4 - 701,7 - 678,1 960 - 744,19


4 34 639,5 35 683,4 22 722,6 19 621,7 960 110 737,15
7 33 625,2 30 635,2 26 741,2 27 646,6 940 116 731,65
17 - - - - - - - - 960 - 718,67

página 5
UFES turma 112

ESTATÍSTICAS
DA TURMA CXII
SEXO IDADE

17
18
19
20
FEMININO
21
45%
22
MASCULINO
23
55%
24
25
27
29
0 5 10 15

ENFRENTOU DIFICULDADES FAZIA ACOMPANHAMENTO


PSICOLÓGICAS DURANTE A PSICOLÓGICO E/OU
PREPARAÇÃO? PSIQUIÁTRICO?

NÃO
20%

NÃO
32.5%

SIM
67.5%

SIM
80%

página 6
turma 112

MAIORES DIFICULDADES DURANTE O PROCESSO DE ESTUDO

CANSAÇO FÍSICO E MENTAL

ANSIEDADE

ORGANIZAÇÃO E DISCIPLINA

FALTA DE APOIO

MONOTONIA DA ROTINA

ABDICAR DE SAÍDAS

CONCILIAR TRABALHO E ESTUDO

0 5 10 15 20

FEZ ATIVIDADE FÍSICA TRABALHOU ENQUANTO


NESSE PERÍODO? ESTUDAVA?

SIM
5%

ÁS VEZES
30%

SIM
45%

NÃO
25%
NÃO
95%

página 7
turma 112

ONDE FEZ O ENSINO FEZ CURSINHO NO ANO EM


MÉDIO? QUE FOI APROVADO?

NÃO, PASSEI DIRETO DO E.M


5%
ESTUDEI SOZINHO
17.5%

PARTICULAR
40%

PÚBLICA
60%

SIM
77.5%

FEZ QUANTO TEMPO DE PRESTOU O ENEM COMO


CURSINHO? TREINEIRO? SE SIM,
QUANTAS VEZES?
4 ANOS
2.8% MAIS DE 2 VEZES
17.5%

1 ANO
3 ANOS 33.3%
25% 1 VEZ
40%

2 VEZES
25%

2 ANOS NÃO
36.1% 17.5%

página 8
turma 112

NAS OUTRAS VEZES EM QUE LOCAL DE ORIGEM


PRESTOU O ENEM, VOCÊ FICOU
PERTO DE PASSAR NA UFES?

SIM
5.9%

ALGUMAS VEZES 2
29.4% 1 1

4 30
1
NÃO 1
64.7%

QUAIS MÉTODOS DE ESTUDO QUANTOS SIMULADOS DO


FORAM OS MAIS UTILIZADOS? ENEM OU PROVAS ANTIGAS,
EM MÉDIA, VOCÊ FAZIA POR
MÊS?
VIDEOAULAS NENHUM
5%
4
22.5%
FLASHCARDS 5 OU MAIS
20%

RESUMOS

SIMULADO
APENAS 1
3 7.5%
15%

PROVAS ANTIGAS

OUTROS 2
30%

0 10 20 30

página 9
turma 112

EM RELAÇÃO ÀS EDIÇÕES COMO SE AUTO


ANTERIORES DO ENEM, O QUE DECLARA?
VOCÊ ACHOU DO NÍVEL DA
PROVA DE 2022?
PRETO
5%

PARECIDO
32.5%

PARDO
35%

BRANCO
60%
MAIS DIFÍCIL
67.5%

QUAL FOI A PROVA MAIS QUANTAS REDAÇÕES ERAM


DIFÍCIL DO ENEM 2022? FEITAS POR SEMANA?

HUMANAS 3 OU MAIS NENHUM


5% 7.5% 10%

2
MATEMÁTICA 12.5%
20%

NATUREZA
57.5%

LINGUAGENS
17.5%

1
70%

página 10
turma 112

SOBRE QUEM
MORA SOZINHO
EM QUAL BAIRRO QUANTO É SEU CUSTO DE VIDA
MORA? APROXIMADO EM VITÓRIA
POR MÊS?
OUTRO BAIRRO 8
21.4%

6
OUTRA CIDADE
39.3%
4

MARUÍPE/BONFIM 2
14.3%

0
,0 E

<

0 <

00 DE
00 D

,0 X

,0 X

0
JARDIM CAMBURI
0

,0
15 OS

30 IS
00 <

00 <

A
20 ,OO

25 ,00
10.7%
0
R$ EN

M
JARDIM DA PENHA
R$ 00
M

R$ 00

R$
14.3%
20
15

R$
R$

TERMO
DE ADESÃO
A tabela, a seguir, apresenta os
pesos e a nota mínima
necessária em cada área para
concorrer as vagas no SISU

https://sisu.ufes.br/sites/sisu.uf
es.br/files/field/anexo/termo_d
e_adesao_2022.2_final.pdf

página 11
SISU turma 112

REDAÇÕES
Um dos desafios que apresentam à contemporaneidade é a questão do
reconhecimento dos povos tradicionais no Brasil. Nesse sentido, esse
obstáculo se torna um problema coletivo, uma vez que traz, em seu
contexto, processos como a falta de políticas públicas e o capitalismo
vigente. Assim sendo, cabe avaliar os fatos que insistem em perpetuar
nessa conduta, como também elementar ações que visem amenizar tais
impactos sociais e ambientais.
Diante disso, é válido ressaltar que a invisibilidade acomete as
comunidades pioneiras, visto que pouco se debate acerca desses povos.
À vista disso, nota-se que a falta de políticas públicas é um fator que
dialoga com e conceito de Cidadania Mutilada de Milton Santos, dado que
a escassez de assistências descumpre com a garantia dos direitos
básicos de um cidadão. Ademais, o descompasso presente ocasiona na
dificuldade de manter um lugar seguro para os povos, já que são
invadidas por grileiros ou empresas privadas. Logo, medidas são
importantes para a preservação da cultura pioneira.
Perante o exposto, evidencia-se que a desarmonia entre o
desenvolvimento tecnológico e o uso da natureza influenciam de forma
negativa nessa problemática. Nesse viés, o consumo exacerbado de bens
naturais potencializa a desestruturação dos costumes indígenas e dos
indivíduos tradicionais, tendo em vista que processos como, o
desmatamento e a desertificação prejudicam a forma de subsistência
dos povos. Outrossim, a diversidade socioambiental assegura a
manutenção de hábitos, porém os espaços são devastados pela
Urbanização, haja vista que lugares ocupados por indústrias geram capital.
Sendo assim, é necessário um olhar mais crítico sobre as expansões de
regiões, para não extinguir outros modos de organização social.
É preciso, portanto, promover ações que possam alterar esse quadro de
desvalorização das comunidades tradicionais. Em um primeiro momento,
cabe ao Ministério de Desenvolvimento Regional, em conjunto com as
empresas privadas, criar projetos que objetivem dar maior visibilidade aos
povos, por meio de espaços integrativos entre os saberes tradicionais e a
expansão de mercado, como centros de integração especializados em
técnicas de cultivos sustentáveis, com o intuito de valorizar o saber de
todo cidadão. Tudo isso, a fim de zelar os costumes tradicionais e
reconhecê-los como sociedade.

Nota: 960 página 12


SISU turma 112

Pero Vaz de Caminha, ao escrever a Carta do Descobrimento endereçada


ao Rei de Portugal, descreve os povos nativos como seres inferiores: "sem
fé, sem Iei, sem rei”. Dessa forma, traçando um paralelo com o Brasil
hodierno, observam-se marcas da colonização eurocêntrica que
permeiam o tecido social, na medida em que a omissão governamental e
uma base educacional lacunar constituem desafios para a valorização das
comunidades tradicionais no país, de modo a provocar um contexto hostil
para essa parcela da população verde-amarela. Assim, deve-se combater
tal revés.
Sob essa perspectiva, vale apontar a insuficiência de ações práticas como
fator determinante para a morosidade estatal no que tange à
problemática. Nesse viés, para o economista britânico Maynard Keynes, o
Estado deve garantir o bem-estar social dos seus integrantes. Contudo,
há, no Brasil, uma visão etnocêntrica de mundo que subjuga as
necessidades dos povos tradicionais aos interesses daqueles que estão
no poder. Exemplo disso são as recorrentes invasões aos territórios
indígenas que, a fim de expandirem a fronteira agrícola e gerar lucro para
o agronegócio, são ações criminosas raramente punidas ou sequer
fiscalizadas.
Obviamente, conclui-se que enquanto a negligência governamental for
regra, o reconhecimento das culturas diversas será exceção. Outrossim, é
evidente que as falhas educacionais corroboram a longevidade do
problema. Nesse sentido, o baixo discernimento social sobre a pluralidade
dos povos tradicionais perpetua um cenário de ignorância. Ainda sob essa
lógica, o conceito elaborado pela socióloga alemã Hannah Arendt acerca
da "banalidade do mal" confirma a premissa de que quanto mais um
comportamento excludente é reproduzido, mais se torna normal e é
aceito. Ademais, o -quase- inexistente ensino sobre os saberes
tradicionais e a importância desses povos para a preservação da natureza
-como as quebradeiras de babaçu, por exemplo- apaga parte do legado
histórico brasileiro e silencia as origens do país da miscigenação.
Certamente, tal realidade deve ser revertida.
Portanto, cabe ao Ministério da Educação, órgão de autoridade no Brasil,
financiar um projeto nacional que, por meio da orientação de profissionais
capacitados, irá instruir os estudantes acerca da valorização das
comunidades tradicionais, a fim de preservar as diferentes facetas da
cultura brasileira. Além disso, é mister punir os transgressores da lei que
ferem a ordem territorial nacional. Logo, conter-se-á o preconceito
colonial à medida que o respeito é instaurado.

Nota: 980 (C1: 180 pontos) página 13


SISU turma 112

A colonização do espaço tupiniquim teve como base a destruição dos


indivíduos nativos, pela submissão da sua cultura ao domínio
eurocêntrico. Embora longínqua, temporalmente, tal panorama se mostra
ilustrativo do quadro brasileiro hodierno, em que as comunidades e povos
tradicionais, no Brasil, ainda enfrentam desafios para serem valorizados, na
medida em que tomam posição periférica no viés populacional e, aliás, no
governamental. A partir disso, faz-se relevante analisar não só como essa
lógica de escassez na compreensão da diversidade social tem origem na
história do país, mas também como a insuficiente atuação da estrutura
pública limita o exercício de direitos dessa minoria.
Em primeiro plano, é inegável que esse desconhecimento a respeito
dessa variedade é resultado da vulnerabilidade da coesão social, pautada
na sua fragmentação histórica. Nesse contexto, é válido ressaltar que,
segundo a antropóloga Lilia Schwarcz, não há, no Brasil, um ideal coletivo
de integração—correspondente a uma nação, em que há o
reconhecimento da sua diversidade cultural. Nesse sentido, por
conseguinte, engendra-se uma conjuntura nacional de intolerância e de
desigualdade—quanto à visibilidade social de povos minoritários. Ou seja,
devido a essa falta de alteridade, as comunidades tradicionais brasileiras
encontram-se negligenciadas, como minoritárias, além de possuírem,
historicamente, seus costumes não considerados, por efeito dessa
disparidade. Dessa forma, verifica-se a origem desse óbice e a urgência
de sua desconstrução.
Ademais, é fato que, por consequência desse estorvo, essas populações
não possuem, atualmente, os seus direitos à terra e à liberdade de
expressão cultural assegurados. Sob esse viés, é fulcral salientar que, de
acordo com o historiador José Murilo de Carvalho, para haver o pleno
exercício da cidadania, é axial a coexistência de direitos civis, sociais e
políticos. Contudo, ainda que tais questões sejam determinadas pelos
artigos 5º e 6º da Constituição Federal, é notória a omissão do Estado em
garantir a posse da terra a esses grupos, que, pelos seus atos, tem esse
fator como intrínseco à sua expressão. Assim, nota-se a negligência
estatal no que tange a esse empecilho e à garantia de notoriedade dos
saberes autóctones.
Portanto, diante de tal problemática, é essencial buscar soluções práticas
para reverter esse cenário. Destarte, ao considerar o caráter tenro da
obtenção de valores altruístas e de respeito, vê-se que cabe ao Ministério
da Educação integrar os diversos corpos culturais nacionais, em
consonância com o ideal coletivo citado por Schwarcz. Tal medida deve
ocorrer pela promoção, nas escolas, de atividades que extrapolam a sua
zona territorial, ao inserir os jovens nos contextos de povos tradicionais,
com o fito de efetivar a sua valorização. Outrossim, é papel do Ministério
da Cidadania garantir os direitos desses cidadãos, pela fiscalização de
casos de denúncias que evidenciam a existência de sua carência, com o
objetivo de defender a expressão cidadã. Doravante, com ações desse
nicho, espera-se solucionar esse entrave, de modo a combater ações
intolerantes como a da colonização brasileira.

Nota: 960 (C1: 160 pontos) página 14


SISU turma 112

No romance “ A forma da água, de Guilhermo del Toro e Daniel Kraus, é


retratada a coação de uma tribo indígena sul-americana, realizada pela
equipe do militar Strickland, com o objetivo de usurpar -lhe um exemplar
biológico. Analogamente à ficção, no Brasil contemporâneo, as
comunidades originárias e os demais povos tradicionais enfrentam
diversas ameaças à manutenção de seus modos de vida. Nesse sentido, o
preconceito social e as pressões financeiras sobre os territórios
despontam como desafios para a valorização desses sujeitos.
Sob esse viés, convém destacar, a princípio, que a estigmatização de tais
grupos pela coletividade tupiniquim engendra o óbice. Nesse contexto,
nota-se que a parca disseminação de informações a respeito das
idiossincrasias e dos saberes dos núcleos humanos com organização
destoante dos valores ocidentais hegemônicos fomenta concepções
equivocadas s simplistas sobre suas culturas. Acerca disso, é fulcral
reportar à declaração da filósofa brasileira Djamila Ribeiro de que “para
pensar soluções para uma realidade, é necessário retirá-la da
invisibilidade”, a qual promove uma crítica a lacuna informativa
supracitada. Dessa forma, enquanto a riqueza das tradições desses
indivíduos permanecer oculta, perenizar-se-á seu menosprezo.
Outrossim, vale ressaltar que o apelo capitalista exercido sobre as terras
pertencentes a essas populações agrava o impasse. Sob essa
perspectiva, cabe mencionar a série nacional “Aruanas”, a qual apresenta
uma cena de massacre numa aldeia indígena, motivado pelo interesse de
garimpeiros ilegais pela localidade. Nesse aspecto, a produção aproxima-
se da conjuntura hodierna, visto que a ganância de setores vinculado à
exploração de recursos naturais -como madeireiros e mineradores-
impulsiona invasões e atos de violência. Dessa maneira, intensifica-se a
situação de vulnerabilidade socioespacial desses entes.
Depreende-se, portanto, que a intolerância e a lógica econômica
constituem facetas do imbróglio. Urge, então, que o Ministério da
Educação -órgão encarregado do sistema educacional do país- promova
a ampliação da divulgação de informações acerca organização social e
das contribuições culturais das comunidades tradicionais e nas
instituições de ensino. Isso será possível por intermédio da maior inserção
desses conteúdos nos materiais didáticos d do fornecimento de cursos
de capacitação dos docentes, a fim de incentivar o respeito a esses
povos e coibir práticas preconceituosas. Ademais, é mister que o
Governo Federal fortaleça o monitoramento dos territórios pertencentes
a esses núcleos, de modo a evitar a apropriações indevidas por grupos
econômicos. Dessarte, mitigar-se-ão violações similares às retratadas em
“A forma da água”.

Nota: 920 página 15


SISU turma 112

No decorrer da obra “O Mal-estar na Civilização”, Sigmund Freud defende


a ideia de que para se subsistir em sociedade, deve haver leis e ordens
capazes de agir sobre as relações mútuas. Ao considerar esse imperativo
psicanalítico, para fundamentar a discussão acerca dos desafios para a
valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil, vê-se que há
fortes impactos para o equilíbrio social. Nesse sentido, cabe não só
analisar de que forma a negligência do Estado agrava essa situação, mas
também inquirir por que a raiz histórica é um impasse a ser superado.
Em face dessa ideia inicial, vale ressaltar o distanciamento estatal da sua
responsabilidade de garantir assistência socioeconômica ao povo
brasileiro. Nessa perspectiva, atesta-se a reflexão de Freud, na medida em
que faltam políticas governamentais de preservação da diversidade
cultural do país, uma vez que regiões de baixo IDH, Como Norte e
Nordeste, não usufruem do acesso à educação, à saúde e à moradia para
uma boa qualidade de vida. Há, evidentemente, a partir disso, a
dificuldade das autoridades para mapear locais habitados por indígenas,
quilombolas e outras organizações populacionais, pois muitos desses
grupos vivem em contato com a natureza, longe dos principais núcleos de
administração pública. Dessa forma, esses indivíduos encontram-se
vulneráveis socialmente, em um contexto de falha do governo em
direcionar recursos capitais para a concretização da integralidade
humana das culturas históricas, de maneira a faltar segurança, escolas e
renda – prejudicando o valor dessas comunidades no âmbito nacional.
Outrossim, nota-se a permanência de uma relação de exploração entre a
sociedade e o meio ambiente, fruto do passado colonial do país. Sob essa
ótica, ganha foco a percepção de Baudrillard ao afirmar, em sua obra “A
Sociedade do Consumo”, que a contemporaneidade é marcada pela
simplificação de fatos naturalmente complexos, sendo a análise crítica
ignorada pelo tecido social. Essa ideia, na essência, revela a apatia dos
indivíduos diante da destruição de florestas e de paisagens naturais
pertencentes aos povos tradicionais, a exemplo da ausência de
denúncias, por parte da população, contra a invasão desses territórios por
empresas ligadas ao extrativismo vegetal, que deslocarão pescadores e
índios de suas moradias reconhecidas pelo Estado. Logo, pode-se
perceber a conexão direta entre a violação dos direitos à terra e os
resquícios de uma mentalidade populacional de não preservar o meio.
Infere-se, portanto, a necessidade de alternativas para solucionar esse
impasse. Inicialmente cabe ao Ministério da Mulher, da Família e dos
Direitos Humanos promover políticas públicas de assistencialismo às
minorias, a partir de transferências financeiras às regiões vulneráveis
culturalmente e socialmente – de modo a garantir hospitais, centros
escolares e órgãos policiais – com objetivo de preservar a vivência
harmônica de grupos históricos. De modo complementar, é dever das
instituições educacionais realizar uma formação ética dos alunos, a partir
do investimento em palestras e rodas de seminários, com profissionais da
diversidade cultural, nas escolas, com finalidade de desmistificar
preconceitos enraizados no país. Espera-se que, com ações como essa,
os desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais do
Brasil possam ser superados, em busca da lei e da ordem.
Nota: 980 página 16
SISU turma 112

A Constituição Federal de 1988 garante uma série de direitos sociais,


dentre eles o direito à vida. Entretanto, apesar de tal garantia, o que se
percebe é a não aplicação dessa prerrogativa na prática, visto que o Brasil
enfrenta desafios para a valorização dos povos e comunidades
tradicionais. Dessa forma, destaca-se a falta de ações governamentais e o
silenciamento social como causas notórias da questão.
Em primeiro plano, evidencia-se a ausência de políticas públicas como
geradora do óbice. Nesse sentido, Abraham Lincoln, célebre político
estadunidense, criticou a atuação política ao dizer que: "a política é serva
do povo e não ao contrário". Com efeito, em relação às dificuldades para o
reconhecimento dos povos tradicionais, o que é percebido é justamente
o oposto do que Lincoln defendeu, pois não há um conjunto de planos, de
ações e de metas públicas eficientes voltadas para a mitigação de
algumas graves consequências do entrave, como os genocídios de grupos
indígenas e quilombolas, orquestrados por grandes produtores rurais,
visando o controle das terra ocupadas por esses grupos.
Ademais, nota-se a insuficiência de debate como perpetuadora do
imbróglio. Em consonância a isso, a autora Martha Medeiros discorreu
sobre a falta de discussão social ao afirmar que: "o indivíduo silencia
aquilo que não quer que venha à tona". Nessa lógica, é evidente a relação
entre a afirmação da escritora e a desvalorização das comunidades
tradicionais, já que a sociedade e a mídia mantêm a questão silenciada,
porque sua discussão traria a exposição e fundamentação e algumas das
causas do problema, como o etnocentrismo, fruto do sentimento de
superioridade cultural do colonizador europeu.
Portanto, é imperiosa a resolução do revés. Logo, cabe aos governos
estaduais, através de um projeto social online, a criação de uma
campanha de incentivo, com alcance nacional, com o fito de cobrar do
poder governamental maiores ações voltadas para a defesa da cultura,
terras e sobrevivência das populações tradicionais. Já ao Ministério da
Educação - órgão supremo garantidor da educação e cidadania - , cabe,
através das universidades e escolas públicas, a realização de palestras,
rodas de conversas e debates acerca da importância da preservação e
valorização dos saberes, tradições e cultura dos povos tradicionais.
Espera-se que, dessa maneira, a população tenha seus direitos
respeitados e possa exercer seu protagonismo em parceria com o poder
público.

Nota: 900 página 17


SISU turma 112

A escola literária do Romantismo, em sua primeira fase, caracteriza-se


pela exaltação da figura do índio, reconhecendo e elogiando suas
singularidades. Séculos após o movimento, indo de encontro à estética
romântica, o Brasil contemporâneo carece na valorização não somente da
população indígena, mas também dos inúmeros outros povos tradicionais
do território brasileiro. Nesse sentido, entende-se a carência educacional
acerca dos grupos citados, bem como a não garantia dos seus direitos
como os principais desafios para a proteção da sua dignidade.
Mediante tal contexto, a escassez informacional em relação à existência e
à história das comunidades originárias corrobora atitudes de negligência e
de preconceito. A esse respeito, cita-se o educador Paulo Freire, o qual
afirma ser a educação o único caminho para a concretização de um
cenário social positivo. Analogamente, entende-se a ausência de
conhecimento populacional sobre a cultura, a herança e as tradições que
envolvem os múltiplos povos nativos como fator determinante para a sua
marginalização e, por conseguinte, para a estigmatização das suas
características e dos seus costumes. Logo, ratifica-se a ideia de Freire ao
confirmar a importância do ensino para a harmonia coletiva.
Além disso, a ineficácia na proteção dos direitos básicos dos grupos
tradicionais oportuniza a ocorrência de injustiças e impossibilita uma
conjuntura igualitária. Na perspectiva da relevância das garantias sociais, o
geógrafo Milton Santos, a partir do conceito de “cidadanias mutiladas”,
sustenta a sua falta como razão da disparidade na promoção da
democracia no Brasil, marcada pela exclusão de minorias. À luz desse
pensamento, comprova-se a flexibilização das leis ambientais, a não
demarcação territorial e o desrespeito aos saberes ancestrais como
algumas das circunstâncias vigentes na realidade das comunidades em
questão que culminam na ameaça à sua liberdade e na precarização da
sua condição como cidadãos. Assim, entende-se o prejuízo da
desigualdade democrática para a valorização e para a preservação das
populações brasileiras.
Portanto, a fim de solucionar o problema, o Ministério da Educação,
enquanto órgão responsável pelo ensino, deve investir na difusão
informacional acerca dos povos tradicionais, por meio da inserção, no
currículo escolar, de disciplinas que abordem a sua história, visando à
conscientização coletiva. Ademais, é imprescindível que o Ministério do
Desenvolvimento Social, como instituição encarregada de garantir a
cidadania plena, atue intensificando ações de proteção às comunidades,
a partir da fiscalização, por equipes especializadas, dos seus territórios,
com o fito de impedir quaisquer atos que violem seus direitos. Dessa
forma, pode-se pensar em um futuro no qual o caráter de exaltação dos
povos brasileiros faça-se, tal qual na literatura romântica, muito mais
presente.

Nota: 980 página 18


UFES turma 112

CAMPUS
O Centro de Ciências e Saúde da UFES (CCS) localiza-se no bairro de
Maruípe e compreende duas partes principais: a parte alta, composta
principalmente pelo HUCAM e o Elefante Branco e a parte baixa, onde
localizam-se os prédios do Básico I e II, o RU e a lanchonete (parada
cardíaca)

Como o campus é bem grande, aqui vai uma dica para que os calouros
não se sintam perdidos. Durante o 1° período as aulas da 112
aconteceram nos seguintes prédios:

Anatomia e Habilidades, Atenção


Integração Biologia Celular Primária à Saúde (APS),
Básico-Clínica e Embriologia Gestão em Saúde e Saúde
(IBC) e Sociedade
Básico II Básico I Elefante Branco

página 19
UFES turma 112

AUXÍLIOS
Muitas vezes, os custos para fazer medicina na capital podem se tornar
um fator complicador na vida dos estudantes, mas existe uma boa
notícia: a UFES oferece variados tipos de auxílios, que serão explicados à
frente.

O órgão responsável por esses auxílios é o PROAES (Programa de


Assistência Estudantil da UFES), que é realizado pela PROAECI (Pró-
Reitoria de Assuntos Estudantis e Cidadania).

Recentemente, os principais auxílios da UFES foram unificados em


apenas um valor bruto mensal, que depende da faixa em que o
estudante se encontra.

Auxílio permanência unificado

- Faixa 1: R$ 550,00 + Acesso gratuito ao restaurante universitário +


Empréstimo estendido de livros
- Faixa 2: R$ 375,00 + Acesso gratuito ao restaurante universitário +
Empréstimo estendido de livros
- Faixa 3: R$ 200,00 + Acesso gratuito ao restaurante universitário +
Empréstimo estendido de livros
- Faixa 4: Acesso gratuito ao restaurante universitário + Empréstimo
estendido de livros

Para cada uma dessas faixas, existe um pré-requisito, que é definido


pelos editais do PROAES. Os pré-requisitos básicos para fazer parte do
PROAES são estar matriculado em um curso de graduação presencial
da UFES e possuir renda mensal familiar menor que um salário e meio
per capita, e, a partir disso, o estudante é classificado em alguma das
faixas de auxílio levando em conta outros fatores pessoais, como por
exemplo a distância do campus e as condições inerentes à família.

Vale destacar que esses editais e o processo de


preenchimento ficam abertos sempre no início do
semestre letivo, então é importante ficar ligado!

página 20
UFES turma 112

Também existem auxílios específicos para determinados casos:

Auxílios específicos

- Auxílio Educação Infantil: 04 parcelas no valor de R$ 400,00 para


estudante para cada filho ou menor sob sua guarda com idade de até 6
anos incompletos.
- Auxílio Material Didático de Alto Custo: Parcela única de R$3.000,00
a estudantes matriculados no 5º período do curso de Odontologia.
- Auxílio Acesso ao Estudo de Língua Estrangeira: Bolsas para curso de
língua estrangeira no Núcleo de Línguas.

DAMUFES,
CLEV E PROGRAD
O Diretório Acadêmico de Medicina da
UFES, ou DAMUFES, é a entidade
estudantil que representa e defende os
interesses e direitos dos estudantes
da MEDUFES. É formado por diversas
diretorias (como de Patrimônio, de
Eventos, de Comunicação) que são
constituídas por alunos do curso, sendo
possível se candidatar para integrar
alguma diretoria no período de eleições.
Há o espaço físico do DA na UFES
disponível para os alunos de medicina
com uma sala de convivência e uma
área aberta com um deck.

página 21
UFES turma 112

O primeiro contato dos calouros com o DA é, provavelmente, a


Cerimônia do Jaleco, evento que o Diretório organiza para os calouros
nos primeiros dias de aula explicando como é o curso e sendo uma
transição para a vida acadêmica de Medicina ao entregar um jaleco
para cada calouro. A cerimônia tem a presença de alguns professores
do curso, membros do DA e os calouros, sendo comum que muitos
levem a família ou amigos como convidados!

A CLEV UFES (Coordenação


Local de Estágios e Vivências
da UFES) é a Diretoria de
Relações Internacionais do
DAMUFES. Ela é responsável
por organizar, planejar e
auxiliar os intercâmbios
filiados a outras instituições,
tanto internacionais quanto
nacionais. Os estudantes podem se candidatar aos editais de diversas
modalidades de intercâmbio, sendo uma oportunidade de ter
experiências incríveis pela UFES! O Instagram @clevufes tem muitas
informações de como funcionam as viagens e como se inscrever.

A PROGRAD (Pró-Reitoria de
Graduação) é responsável
pelas políticas relacionadas à
graduação e à vida acadêmica
na UFES. É ela quem vai cuidar
da coordenação de
matrículas, expedição de
diplomas, acompanhamento
de currículo, registro de
estágios, entre outros.
Caso o aluno tenha alguma dúvida com relação a essas questões, é
possível entrar em contato com a PROGRAD no Campus de Goiabeiras
ou em prograd.ufes.br/faleconosco.

página 22
UFES turma 112

LIGAS
LIPED - Liga de Pediatria
LIGOES - Liga de Ginecologia e Obstetrícia
LIGAHE - Liga de Hepatologia e Enterologia
LACLIM - Liga de Clínica Médica
LINFECTO - Liga de Infectologia
LANNeC - Liga de Neurologia e Neurocirurgia
LANES - Liga de Nefrologia
LIRES - Liga de Reumatologia
LICIR - Liga de Cirurgia

LAMFAC - Liga de Medicina de Família e Comunidade


LIPLAST - Liga de Cirurgia Plástica
LACONCC - Liga de Oncologia Clínica e Cirúrgica
LANEMP - Liga de Anestesiologia e Medicina Perioperatória
LAEM - Liga de Endocrinologia e Metabologia
LADECC - Liga de Dermatologia Clínica e Cirúrgica
LAGEP - Liga de Geriatria e Cuidados Paliativos
LAICARD - Liga Integrada de Cardiologia
LAITE - Liga de Atendimento Integrado ao Trauma
LAIFiPat - Liga Integrada de Fisiopatologia
LAIGGES - Liga Integrada de Genética e Genômica
LAICA - Liga Interdisciplinar da Criança e do Adolescente
LAMuFe - Liga Multiprofissional de Feridas

Outras atividades extracurriculares


InfoHansen @infohansen
Medicina na Rua @medicinanarua
Salvando Vidas @salvandovidas.ufes

PAD @padufes
CEPAS @cepas.ufes

página 23
SITES ÚTEIS
Portal do aluno da UFES
É onde os alunos têm acesso a
documentos e informações
importantes, como o seu horário
individual, as matérias que são
ofertadas naquele período, os planos
de aula de cada matéria, notas de
algumas provas e mensagens de professores. É também por esse
portal que os alunos se inscrevem nas matérias de cada período,
exceto no primeiro, no qual o aluno é automaticamente inscrito
nas matérias. Por fim, nele é possível gerar sua Identidade UFES,
documento que funciona para adquirir descontos de meia-
entrada em cinemas, teatros, shows, etc.
Meu Pergamum
É o site da biblioteca da UFES, onde o aluno pode ver os livros
que estão com ele e as datas na qual cada um deles deve ser
devolvido. Além disso, é possível estender a locação do livro que
está com você (caso ele não esteja reservado) e pagar as multas
caso você esqueça de devolver na data correta.

CLASSROOM
É o aplicativo pelo qual os professores nos enviam avisos e
atividades, como os casos clínicos de Integração Básico Clínica, e
os estudos dirigidos de Anatomia e Embriologia.

Biblioteca digital
Site que reúne convênios da universidade com bibliotecas
virtuais parceiras

página 24
turma 112
VITÓRIA
A cidade de Vitória é a capital do estado do Espírito Santo e
centro da Região Metropolitana do Espírito Santo, uma pequena
metrópole formada pela capital e cidade aos arredores.

É formada por uma parte continental e um arquipélago de 33 ilhas,


sendo que a maior delas (e também a principal região da cidade)
é a Ilha de Vitória. Apesar dos menos de 500 mil habitantes,
apresenta o segundo melhor Índice de Desenvolvimento
Humano entre as capitais brasileiras (0.875).

Locomoção
A cidade e os arredores são
muito bem conectados por um
sistema viário, com o transporte
sendo realizado de forma
predominante por automóveis
privados, serviços de transporte
como táxi e Uber e a rede
pública de transporte, o
Transcol, com uma série de
linhas de ônibus que conectam
os diversos pontos da cidade e
terminais de ônibus para as
cidades vizinhas. Sendo a capital
do estado, o trânsito na cidade
pode se apresentar
congestionado durante o
período da manhã e no final da
tarde, então a observância do
horário de locomoção até a
faculdade ou voltando dela é
importante. Mais informações
sobre o sistema de ônibus
podem ser encontradas mais a
frente desta cartilha.

página 25
Segurança
A capital do Espírito Santo, assim como as demais cidades do
país, também sofre de episódios de violência urbana, sendo
considerada uma das cidades mais violentas do estado. Ainda
assim, o patrulhamento pela Guarda Municipal e pela Polícia Militar
é visível pelas ruas da cidade, com o Quartel da Polícia Militar do
Espírito Santo sendo localizado a pouco menos de um quilômetro
do Campus de Maruípe da Universidade Federal do Espírito Santo.
Além disso, a segurança do campus é garantida por uma pequena
patrulha que atua diretamente dentro das limitações das áreas de
estudo.

Custo de Vida
Sendo uma capital, o custo mensal de vida pode variar
consideravelmente conforme o bairro escolhido para se morar
caso essa seja a realidade. O campus onde ocorrem as aulas do
curso de Medicina fica no bairro de Maruípe, um bairro mais
humilde da capital, pode apresentar aluguéis mais baratos, alguns
por menos de 1000 reais, além de contar com uma distância
reduzida da faculdade. No entanto, a maioria dos estudantes opta
por morar no bairro de Jardim da Penha, um bairro litorâneo da
parte continental de Vitória, mais caro, geralmente acima dos
1500 reais, porém mais próximo de áreas de lazer. A escolha pelo
local de vida vai depender muito das condições de pagamento
dos custos.

Outras informações, como alimentação e outros bens essenciais,


http://www.custodevida.com.br/es/vitoria/
página 26
Como também nem tudo é só estudar (apesar de ser a maior
parte), Vitória e as cidades próximas apresentam uma série de
pontos turísticos e locais de lazer para visitar quando as aulas
derem uma relaxada.

Parque da Pedra da Cebola:


Parque localizado no bairro de
Goiabeiras, é um local de
recuperação ambiental após
anos atuando como uma
pedreira. É marcada por uma
rocha que, após anos de erosão,
lembra uma cebola
descascando.

Horto de Maruípe: Parque


pouco distante do campus de
Maruípe. Pode ser um bom lugar
para descansar a cabeça após
um cansativo dia na faculdade.

Botânico da Vale: Parque


localizado em Jardim Camburi,
administrado pela Vale do Rio
Doce. É um dos poucos locais
onde se pode encontrar a Mata
Atlântica em estado de
preservação, além de ofertar
uma série de pequenos eventos
sobre o ambiente local.

Paneleiras de Goiabeiras: Um
dos marcos da cultura capixaba,
a produção artesanal de panelas
de bairro é localizada no bairro
de Goiabeiras. É uma
oportunidade para apreciar o
trabalho cultural manual e
aprender um pouco sobre a
cultura do estado.

página 27
Escadaria Maria Ortiz: Local de
importância histórica para o
Espírito Santo, onde a jovem
Maria Ortiz instigou a população
local a expulsar os invasores
holandeses da cidade. Também,
nas proximidades da Escadaria,
podemos encontrar outros
pontos importantes da cidade,
como o Palácio Anchieta (antiga
escola jesuíta e atual palácio do
governo do estado) e a Catedral
Metropolitana de Vitória.

página 28
Praia de Camburi: A maior praia da
cidade de vitória, se estendendo de
Jardim da Penha até Jardim
Camburi. Possivelmente um bom
lugar para limpar a mente após uma
semana cansativa. Aos domingos, a
avenida beira-mar é interditada e
permite o trânsito livre de pedestres.
Curva da Jurema: Uma praia que
apresenta uma série de anexos
em suas proximidades, como uma
série de quiosques e alguns parques.
É uma boa opção para aqueles que
moram na parte insular da capital.
Rua da Lama: A Rua da Lama é toda
uma rua em Jardim da Penha com
uma série de bares e lanchonetes. A
grande maioria dos eventos e festas
realizados pela UFES e outras
universidades na Região
Metropolitana acabam ali.

página 29
ATLÉTICA
A Atlética é o centro de
integração interna da medicina
na UFES. Foi fundada em 2015
como uma diretoria do DAMUFES,
com o intuito de manter os
estudantes de medicina com um
estilo de vida ativo e, de forma
saudável, competitivo.
Basicamente, cuida de tudo relacionado ao esporte, incluindo as
seguintes modalidades: vôlei, futsal, futebol, handebol,
basquete e natação. Além dos cheerleaders e, claro, a nossa
incrível bateria, a chapolodum. Como se não bastasse, a nossa
atlética ainda organiza as festas, nossos famosos “rocks” e cuida
da encomenda e confecção de produtos exclusivos para os
universitários.
Já participamos de eventos
como a “Copa UFES”, entre
os cursos da UFES, a
“Copamed”, entre turmas da
MEDUFES, “JCM - Jogos
Capixabas de Medicina”,
entre outras faculdades de
medicina do estado, e o
carro-chefe “Intermed -
RJ/ES".

página 30
Nossa querida atlética
@chapola.medufes

A melhor bateria do estado


@chapolodum

Para saber mais sobre os eventos


JCM - @jogoscapixabas.med
Intermed - @intermedrjes

A maior é federal!

GVBUS
O transporte público vigente na região
que abrange a Grande Vitória é
sistematizado pela CETURB-ES, por
intermédio do sistema TRANSCOL, que
é um sistema metropolitano integrado
de estrutura Tronco-alimentadora, que
interliga os municípios da Região
Metropolitana da Grande Vitória.
É possível viajar de um terminal a outro e pegar outros ônibus
dentro de um terminal sem pagar uma nova passagem. Caso
você desça em um ponto comum, fora do terminal, e pegue outro
ônibus, você terá que pagar uma nova passagem. O sistema
TRANSCOL conta com a Bilhetagem Eletrônica administrada pela
GVBus, baseada no uso de cartões magnéticos dotados de um
chip de memória, que armazena os créditos que serão
descontados ao longo do uso.
Não é mais possível pagar a passagem em dinheiro a um trocador
dentro do ônibus, então para utilizar o sistema, você deve adquirir
um cartão, que pode ser carregado em máquinas de atendimento
próprio nos terminais ou por aplicativos como o PICPAY. Adquirir
um cartão para pagar passagens inteiras é simples, basta
buscar nos terminais ou certas farmácias (conferir no site) sem
nenhuma burocracia.
página 31
Para o caso dos estudantes universitários, existem mais duas
modalidades de cartão: escolar, que garante 50% de desconto e
estudante gratuito, destinado a estudantes universitários com
comprovação de renda. Para obter esses dois últimos cartões, é
necessário fazer um cadastro no site do GVBus. O site de
cadastro tem orientações mais detalhadas de como emitir seu
cartão. O código do nosso campus da UFES para o cadastro no
TRANSCOL é 360 para a modalidade de Estudante 50% e 1312
para a modalidade Estudante Gratuito com Comprovação de
Renda.

É importante ressaltar que Vitória não possui terminais, apenas


as cidades vizinhas. Os números de linhas até 370 são municipais
de Vitória e a partir de 500 são metropolitanas. Por fim, existe
um aplicativo do GVbus, chamado “ÔnibusGV”, que pode ser
baixado no Google Play ou na Apple Store, no qual você tem
acesso aos horários dos ônibus e as linhas que passam em cada
ponto.
Link do site para se cadastrar
https://www.gvbus.org.br/cadastro-
recadastro-de-estudantes-cartao-
transcol/
DEPOIMENTOS

Lucas Tonon

Bom, eu me formei no ensino médio no começo de 2021 (por


causa dos atrasos gerados pela pandemia), porém desde 2020 já
vinha me preparando para o vestibular. Foram 3 anos de cursinho
muito custosos, mas muito diferentes. Meu primeiro ano de
cursinho talvez tenha sido o de maior ânimo e empolgação, só que
o fato de ter boa parte online e ter que conciliar o ensino médio
técnico com o cursinho me fizeram desenvolver muitas crises de
ansiedade, no fim minha nota não foi tão boa. Não desisti, comecei
o segundo ano de cursinho menos animado, mas com a
esperança de que um ano fazendo apenas pré-vest seria a chave
para entrar na MEDUFES, nesse ano (2021) tudo foi mais agradável,
ter mais aulas presenciais fez com que eu criasse alguns amigos
que tenho até hoje e tudo aconteceu de maneira mais leve. O
resultado disso foi que minha nota teve um bom aumento e
cheguei bem perto entrar, fiquei de fora por conta de um pequeno
deslize na redação. Enquanto todos aqueles amigos de 2021
tinham entrado em alguma faculdade, eu decidi não ir para alguma
particular e tentar mais uma vez. Sendo sincero, já estava achando
que a ufes era um sonho distante, mas eu não deixei de me
dedicar. Nesse último ano de cursinho (2022) foi definitivamente
o ano que meu psicológico estava bem, eu estudava muito e ao
mesmo tempo consegui sair e descansar sem peso na
consciência. Meus simulados começaram a ter resultados muitos
bons e eu estava bem confiante. Infelizmente, no fim de 2022 eu
tive um problema familiar bem grave, só que em momento
nenhum eu deixei de me dedicar, nem sei como kkkkkk era muita
vontade de não precisar estudar em alguma particular. E aí a
aprovação finalmente veio! Uma notícia que me trouxe muita
felicidade inicialmente e muitoooo mais depois de começar o
curso. Esses últimos meses estão sendo uns dos melhores da
minha vida e ser da família MEDUFES é incrível!

página 33
Karina D'Avila Demuner

"O que vai ser quando crescer?" sempre foi a frase que me seguiu
por toda a vida. Até o final do meu terceiro ano eu não conseguia
decidir qual curso escolher. Estava em dúvida entre medicina e
psicologia, mas no final foi a medicina que mais me chamou
atenção e me conquistou.
Eu sabia que o percurso não iria ser nada fácil, que eu precisaria
manter a mente tranquila para conseguir estudar com calma e ter
bom rendimento.
A fase para entrar na faculdade foi um dos períodos mais
complicados que tive que passar para realizar o meu sonho de
passar na UFES. Foram momentos difíceis, de muita dedicação, de
perseverança, de muito choro, mas de muita esperança também.
Se não fosse a presença da minha família, dos meus amigos e dos
meus professores, essa jornada poderia ter sido bem mais difícil
sozinha. Ter esse apoio me motivou cada dia a fazer o meu melhor.
Fiz meu terceiro ano do ensino médio em ano de pandemia,
quando o EAD comecou e tudo era muito incerto. Meu primeiro
ano de pré vestibular também começou de maneira online e
apesar de ser complicado, eu consegui motivação para continuar
estudando.
Foi necessário mais um ano de cursinho para que eu pudesse
entrar na faculdade e nesse último ano eu sentia, desde o
começo, que a minha vez de conseguir uma vaga em medicina
havia chegado. Gosto de falar que no ano que eu passei, não
deixei de fazer atividade física, valorizei muito o horário do sono e
comecei a praticar atividades de meditação. Esses hábitos com
certeza me ajudaram a manter minha estabilidade emocional e
física, para que eu pudesse passar por esse momento de muito
estudo de uma maneira mais tranquila.
O conhecimento foi sendo construído a cada ano que precisei
fazer o ENEM. A cada ano que passava eu conseguia ver minha
evolução nas matérias, até mesmo na matemática que era meu
ponto fraco. Eu não iria desistir até conseguir.
Agora basta olhar para trás e ficar feliz por ter lutado tanto. Poder
ter orgulho de todos os momentos que enfrentei para estar
escrevendo isso hoje e por estar motivando as pessoas que
desejam entrar na UFES também.
Todos os dias sorrio por estar fazendo medicina na UFES.
página 34
É um alívio poder dizer que eu consegui!
Eduardo Cota

Então, eu me formei no EM em 2019, mas só consegui passar em


medicina em 2023. Toda minha educação foi em escolas públicas
e, por ter tido muita facilidade, nunca aprendi a de fato estudar,
tive que aprender durante os anos de cursinho. A UFES sempre
foi minha única opção, porque não teria como pagar uma
particular, e minha renda não é compatível com PROUNI 100%.
Medicina sempre foi meu sonho desde que tinha 3 anos de idade
e ganhei um kit com estetoscópio, termômetro e esfigmo, de
brinquedo…e nunca tive outra opção de curso em vista.
No meu 3º ano, mesmo fazendo o ENEM já pra valer, não estudei
focado em passar. Isso porque fazia inglês no Centro Estadual de
Idiomas e tive a oportunidade de participar do processo seletivo
para um intercâmbio de 3 meses com tudo custeado pelo
governo, e eu não sabia quando, nem se, teria outra oportunidade
dessas, logo, resolvi focar nisso. Fui aprovado no intercâmbio em
setembro de 2019, mas, por causa da pandemia, o programa foi
cancelado. Como não estudei, passei longe de conseguir entrar,
com meus míseros 690 pontinhos.
Em 2020, estudei totalmente online, pelo Me Salva!, o que já me
ajudou bastante, apesar de que hoje, eu sei que não era o
suficiente para conseguir pontuação para entrar na UFES. Esse
ano foi um caos…não conseguia focar pra estudar todos os dias,
ou quando conseguia, não passava de 1 hora por dia. Só o que
salvou foi a redação mesmo. Depois desse tempo todo de
preparo, incertezas e muita ansiedade e medo, finalmente chegou
o dia da prova…e eu esqueci meus documentos em casa (e a
escola que eu fui alocado era simplesmente a 20km da minha
casa kkkkkkcrying). Chorei muito, fiquei muito mal por mais ou
menos 1 semana, mas meus pais sempre foram meus maiores
apoiadores e conseguiram me fazer enxergar que não era o fim do
mundo, eu ainda teria mais quantas chances eu precisasse.
Chegou em 2021, e eu estava determinado a fazer aquele ano ser
meu último ano de pré-enem. Renovei o plano com o Me Salva! e
assinei mais alguns outros de matérias específicas. Consegui ter
um ritmo de estudos constante e estava finalmente aprendendo o
que funcionava ou não pra mim, e estava pegando o jeito.

página 35
Fiz o ENEM, e achei que iria muito mal, mas quando saiu a nota, vi
que não tinha sido esse desastre todo que estava esperando. No
SISU 2022/1 não consegui, mas, ainda assim, não desisti. Veio o
SISU 2022/2 e, como todos já sabem, as notas tendem a cair um
pouco, e eu fiquei em uma posição até ok. Consegui ficar em uma
posição relativamente boa na lista de espera - 10º para 3 vagas -
(na modalidade L6, que na UFES a lista costuma rodar bastante, já
que passamos por uma entrevista e a banca é bem rigorosa ). Fui
fazer a entrevista da banca de confirmação de cota racial, e deu
tudo certo, mas chamaram até o 9º, e eu fiquei de fora.
2022 começou e lá fui eu de novo começar a estudar. Dessa vez,
resolvi não renovar o Me Salva!, pesquisei muito e resolvi fechar
com a Gama…e essa foi uma das melhores decisões que eu
poderia tomar. O curso é super individualizado e específico para
as suas necessidades, além de focar muito mais em questões, que
era o que estava faltando pra mim. Foi tudo maravilhoso, sentia e
era perceptível o quanto estava melhorando. Até que chegou
agosto e eu tive um episódio depressivo. Não conseguia comer,
não conseguia estudar, só sabia chorar ficar deitado o dia todo.
Sempre fui o tipo de filho que não dá trabalho e não gosta de
incomodar, procurei ajuda sozinho, e comecei meu tratamento no
fim de setembro…aos poucos voltei a me reconhecer, voltei a ser
falante como era, voltei a sorrir, voltei a ter ânimo pra sair da cama.
Fiz o que consegui, para não perder esse resto de tempo de
estudos. Fiz o ENEM e, depois da 2ª semana, eu desabei. Tive
certeza que iria muito mal, porque meus acertos estavam muito
longe da minha média nos simulados que fiz ao longo do ano.
Estava decidido a desistir do sonho da medicina se não passasse,
e estava pe
nsando até em nem sequer usar a nota para medicina já no SISU
2023/1. Mas, com ajuda da minha psicóloga e dos meus pais, eu
não desisti. Chegou o SISU, joguei minha nota pra UFES e pra UFJF,
e foi uma angústia sem fim, por causa dos 8 dias do sistema
aberto. Saiu o resultado, e eu já sabia que na chamada regular eu
não passaria, e realmente não passei. Teria que escolher em qual
eu deixaria meu nome na lista. Estava em 6º de 5 vagas na UFJF, e
16º de 5 na UFES. Fiquei muito tentado a permanecer na UFJF,
mas, conversando com meus pais e com os professores e
mentores da Gama, resolvi deixar na UFES.
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Logo que saiu o resultado, eu fiquei dias acompanhando os perfis
das turmas da MedUFES, e quando vi a recepção dos calouros,
fiquei muito triste por não estar vivendo aquilo.
Chegou o dia da minha entrevista de comprovação de cota racial,
e eu estava muito tranquilo, porque já tinha sido aprovado nessa
etapa há menos de 6 meses. Foi aí que tudo deu errado…fui
indeferido. Mas não me abalei, porque algo me dizia que ia dar
tudo certo. Preenchi a solicitação de recurso, fiz a entrevista
novamente e com outra banca, às 13h da terça feira dia 28 de
março. Saí da entrevista com ânsia de vômito de tanta ansiedade.
Voltei para casa e checava o e-mail e o portal do candidato de 5
em 5 min. Até que às 17h 01min chegou o e-mail da UFES. Eu já
estava preparado para mais um indeferimento, mas, quando abri
era uma mensagem de boas vindas e me informando meu número
de matrícula. Nessa hora eu comecei a chorar e contei pros meus
pais, mas ainda estava achando que não estava certo. Só acreditei
de verdade na hora que consegui acessar o portal do aluno e
conferir meu horário individual. Só nesse momento que minha
ficha começou a cair e eu comecei a acreditar que meu esforço
valeu a pena e que finalmente meu sonho de tantos anos estava
se realizando.
Por fim, só queria deixar registrado uma coisa: NÃO desista, não
importa o que aconteça! Eu sei que a gente pensa em desistir em
vários momentos, que nos sentimos incapazes se não
conseguimos passar de primeira. Mas, o importante é tentar até
conseguir. E eu te digo, VALE muito a pena…esses 4 meses em que
eu estou fazendo o curso que eu amo, na faculdade que eu
sempre quis, estão sendo os melhores meses da minha vida,
mesmo com toda a dificuldade, todo estudo incansável, eu estou
realizado. Conheci pessoas maravilhosas, que eu quero levar pra
toda vida, passei pela experiência de torcer pelos times da
atlética…tudo, absolutamente tudo que rolou nesses 4 meses me
fizeram ter certeza de que estou no lugar certo.

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Esther Vescovi

Durante o Ensino Médio, eu ainda não tinha escolhido um curso, e


acabei decidindo tentar medicina no 3° ano porque era a única
profissão em que eu me enxergava exercendo e gostando do que
estaria fazendo. Acho que foi o ano em que eu mais estudei, só
que sem fazer nenhum prova (o PIOR erro do mundo)... Quando
saiu a nota do ENEM em janeiro de 2020, eu fiquei muito feliz,
apesar de não ter nota para a minha modalidade (ampla
concorrência)... Eu acabei passando na UVV e meus pais disseram
que era uma possibilidade e eu comecei... apesar da nossa
situação financeira ser boa, não tinha condições de sustentar uma
faculdade de medicina, e a pandemia só atrapalhou as coisas.
Então, acabei fazendo apenas um semestre e tranquei... Estava
triste por ter saído da faculdade mas completamente sensata e
de cabeça erguida para tentar a Federal, porque esse tempo
confirmou meu desejo de que eu realmente queria medicina.
Tinha feito minha inscrição pro ENEM, mas não tinha estudado
nada e realmente não deu pra passar naquele ano.
No ano seguinte, eu fiz cursinho à noite e foi uma outra péssima
escolha! Não estudei de verdade, não tinha uma rotina de estudos,
me sentia mal por isso e ficava mais preocupada em assistir as
aulas do que estudar sozinha, sendo que são os momentos em
que eu sou mais produtiva. Ainda não fazia provas do ENEM
porque, na minha cabeça, eu tinha que saber todo o conteúdo,
que só assim eu conseguiria saber meu desempenho... Só que eu
fazia muitos simulados que a escola disponibilizava. Esse ano,
2021, foi um dos piores anos em questão de ansiedade, tristeza,
frustração, chorava por qualquer coisa e etc. Inclusive, tive uma
crise de choro durante o primeiro dia de prova do ENEM, e não
consegui terminar o exame. O resultado foi que eu não passei e as
minhas notas só diminuíam a cada ano...
Totalmente abalada, nem queria ouvir sobre SISU e sobre ter que
estudar outro ano, mas minha amiga acabou entrando em um
cursinho integral presencial em Goiabeiras e eu fui junto! Mas
decidi que seria o meu último ano de pré vestibular e faria de
forma diferente pra dar certo!

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Não via praticamente nenhuma aula(porque já sabia a matéria e
achava que estava perdendo tempo), fazia resumos rápidos e
muitas provas ENEM, já tinha até decorado as questões. Ainda
tinham episódios de ansiedade mas estava bem mais segura
comigo mesma, e como eu tinha me preparado, fiz a prova
tranquila! Só que quando eu fui corrigir as provas, me angustiei e
até joguei a prova fora...
Tinha zero expectativas de passar na UFES, parecia um sonho
distante, estava procurando outras faculdades federais pelo
Brasil... Quando saiu a nota, depois de meses, veio a surpresa!
Simplesmente superou todas as minhas expectativas, e eu já tinha
no meu coração que estava dentro! Acabei ficando na 21º posição
da ampla concorrência e fui chamada na suplência junto com
mais 2 pessoas.

Fábio Wanzeler

Minha jornada para ingressar na MedUfes foi um pouco diferente


em comparação com a grande maioria dos candidatos. O motivo
é que tenho 29 anos, sou funcionário público há 10 anos, terminei
o ensino médio em 2012 e cursava licenciatura em matemática no
IFES. Tive dúvidas se a ideia de mudar de área de estudo e me
preparar para o Enem era realmente desafiadora. Mas tive que
escolher e entender o que realmente gostaria de estar fazendo
daqui a 15 anos.

Como trabalho por escala, a ideia de estudar em um pré-


vestibular presencial era inviável devido à necessidade de
conciliar minha presença em todas as aulas com o cansaço
decorrente do trabalho. Optei por estudar a distância, por meio de
um cursinho pré-vestibular online, e para otimizar meu tempo,
busquei fortalecer minha base de estudos de acordo com o foco
e o peso dos conteúdos exigidos pela UFES. Não tinha a intenção
de tentar outra universidade federal devido à dificuldade de
conciliar o trabalho com os estudos. Considero que o foco em
fortalecer minha base para a redação foi o diferencial para a
minha aprovação.

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Não consegui passar de primeira, mas entendi que estava no
caminho certo. Busquei aperfeiçoar meus pontos fracos e planejar
novamente minha preparação, sempre focando nas áreas de
maior peso para o ingresso na MedUfes. Tive minhas dificuldades
ao longo desse processo, em alguns momentos pensei em
desistir, mas a aprovação foi um momento prazeroso e de
reconhecimento pessoal, mostrando que todo o esforço valeu a
pena.

Lays Vieira

Desde pequena,a medicina pra mim sempre foi um sonho e que


eu sempre imaginei que iria conquistar. Esse desejo se iniciou
quando meu tio brincava comigo que eu seria uma excelente
médica pediatra, sempre repetindo a mesma coisa e a partir disso
criamos um vínculo muito grande. Muitos anos se passaram,meu
tio faleceu por negligência hospitalar e por ter inúmeros
problemas cardiovasculares,depois desse fato eu tive ainda mais
a certeza que queria a medicina e que me tornaria uma excelente
médica para ajudar as pessoas e ser uma pessoa para trazer paz e
amor mesmo em momentos de dor. Antes da minha vida
acadêmica começar meus estudos sempre foram em escolas
públicas,desde meu ensino fundamental e durante o ensino médio
eu notei a necessidade de fazer um pré vestibular, devido o baixo
nível de ensino e preparação para os vestibulares nas escolas
estaduais.
No meu 2° ano de ensino médio eu já comecei preparar meu
psicológico e até fiz um cursinho bem básico para conhecer o
Enem, porém não estudei e só fiz a prova como treineiro mesmo.
Durante o meu 3° ano,em 2019, eu me empenhei para estudar
realmente para a prova. Comecei um cursinho e me dediquei
dividindo os estudos para o ensino médio e pré vestibular, porém
o cursinho que eu fiz não tinha muita organização e apesar de ter
bons professores, tive uma boa nota mas não suficiente. Em 2020,
ano da pandemia todos os cursinhos presenciais tiveram que
mudar seus métodos de ensino, inclusive o meu que já não era
muito bom presencial e piorou online. Não consegui me adaptar
estudando somente em casa, precisava me adaptar bem ao
estudar em casa,principalmente tendo uma organização e
dedicação, e não consegui uma boa prova.
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Em 2021, esse cursinho demorou a retornar e como na minha
cidade não tem muitas opções de pré vestibulares e os que tem
são muito caros eu continuei em casa, encontrei um excelente
professor de redação online e me dediquei mais para estudar, já
que eu tive uma experiência em casa e poderia melhorar. Tive um
bom resultado no Enem 2021, porém não foi suficiente para
conseguir medicina. Eu tinha entendido que por não ter uma boa
base de ensino na rede estadual eu precisaria me dedicar muito
para aprender mais ainda, por isso em 2022 decidi entrar em um
pré vestibular maravilhoso que temos no estado, que tem
excelentes professores e que me ajudaram muito. Durante minha
caminhada nesse pré vestibular tive a oportunidade de melhorar
muito o meu estudo, com muitos simulados, redações sempre
com boas notas e muitas questões de matemática. O ano foi
passando e eu coloquei minha nota no fies, Sisu, ProUni e passei
no ProUni 2022/2 na Universidade de Uberaba-MG, inclusive 2
finais de semana antes do Enem eu fui até lá para conhecer e levar
meus documentos, porém sem uma certeza que iria ficar na
faculdade pois os documentos deveriam ser aprovados. Apesar
disso, desde que eu soube que tinha sido chamada eu continuei
me dedicando o máximo para ter uma melhor nota no Enem e vir
para mais perto de casa, já q sou do Espírito Santo. Fiz a prova e
como a maioria da galera me assustei com ciências da natureza,
ainda mais por eu já está cansada de estudar e fazer Enem, o meu
psicológico não aguentava estudar mais um ano se eu não fosse
realmente aprovada na faculdade particular ou se conseguisse
não no início de 2023. Pós prova, foi maravilhoso poder dormir
kkkk mas logo recebi a notícia que minha documentação tinha
sido aprovada e rapidinho comecei a arrumar minha mudança,
atrás de um apartamento pra alugar e alguém pra dividir, já que eu
não conhecia ninguém e estaria a 17h de distância de casa. No final
de janeiro me mudei para Uberaba e iniciei no dia 1° de fevereiro
na na Uniube. Tive a oportunidade de conhecer uma faculdade
incrível, com muitos materiais e com excelentes professores, além
de uma ótima estrutura e, diferente de muitas particulares ou que
as pessoas acham, tínhamos muita cobrança e eram bem puxado.

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Fiquei nessa faculdade durante quase 3 meses, foi então que,
como eu estava na lista de espera na UFES, fui chamada para fazer
a entrevista e apesar da distância da posição, comparado a
quantidade de vagas, eu vi uma possibilidade de conseguir entrar
e vir para UFES, que sempre foi um sonho que eu não imaginava
conseguir. Tive muitas dificuldades para vir fazer a entrevista, por
conta da distância e por estar em semana de prova, mas não
desisti, vim e mandei meus documentos para aprovação, o que
mais deu trabalho, confesso, mas não desisti e consegui minha
vaga tão almejada. Por isso, digo que vale a pena tentar, mesmo
que sejam poucas vagas ou até que sua nota não foi a
desejada,tente e confie, tenha fé e certeza que você vai alcançar
seu sonho. Não se desespere, cuide do seu psicólogo, cuide do
seu corpo e não deixe de aproveitar seu tempo livre também.
Confie, espere e não desista! Te esperamos na MEDUFES, a melhor
de todas ❤️

Luanna Almeida
O meu caminho até aqui foi feito de altos e baixos, com aquela
apreensão, ansiedade e medo, juntamente com o desejo
incontrolável de realizar o meu maior sonho, que era cursar
medicina. Durante toda essa caminhada, estudei sozinha em casa,
carregando uma bagagem péssima, resultado de um ensino médio
fraco. No entanto, sempre acreditei que, em algum momento, esse
sonho se realizaria. Meus conselhos para vocês, vestibulandos,
são: cuidem da sua saúde mental, busquem uma rede de apoio,
estratégias direcionadas e, principalmente, NÃO DESISTAM!

Meus conselhos para os meus novos calourinhos são: ao entrar na


faculdade, não se desesperem, não se comparem com os colegas.
Saibam que existirão matérias em que cada um se destacará e
outras em que terão dificuldades, e isso não definirá a sua
qualidade como médico. Vivam intensamente cada fase,
aproveitem as festas e as novas amizades. Não tentem ser os
melhores em tudo, saibam direcionar o seu estudo e foquem no
que realmente importa. Vai dar tudo certo, arrasem!!!

Em resumo, sei que não é um caminho fácil. É cansativo, solitário e


pesado, mas tudo vale a pena. No momento da nossa aprovação,
tudo se reinicia e uma nova fase de altos e baixos começa.
Contem com a 112 para o que precisarem!
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, agradecemos a cada colega da 112ª turma
MedUFES pelo empenho em contribuir com a confecção da nossa
cartilha. Aos que nos acompanharam, dando apoio emocional,
acadêmico, psicológico, estrutural ou financeiro: nossa eterna
gratidão! Sem vocês, a realização desse sonho não seria possível.

Mencionamos honrosamente, também, o projeto


@desempenhosmed, que ajuda milhares de estudantes pelo
Brasil e que nos ajudou quando ainda estávamos do outro lado da
telinha como os vestibulandos da interlocução.

A você que desfrutou dessa cartilha: muito obrigado! Te


esperamos com muito prazer na nossa Universidade. Desejamos
muito sucesso e paz, acima de tudo, nesse mar de lutas e
escolhas. Perseverança, coragem e foco: seu esforço será
recompensado!

Qualquer dúvida, estamos à disposição. Entre em contato


conosco!

Com carinho,

Turma 112
EQUIPE
Esther Vescovi Isabela Bianchini
@esthervescovi @isabela_bianchini

Letícia Gomes Lizandra Zanetti


@leticia.gf03 @lizandrazm

Gabriella França Alice Viçosi


@gabriella_francaa @alicevvicosi

Beatriz Furtado
@beatriz_bgf
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