Aula 06

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 88

Aula 06

Noções de Administração p/ ANVISA (Técnico Administrativo) - Com videoaulas

Professores: Rodrigo Rennó, Tulio Gomes

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Aula 6: Regime Jurídico Único

Olá pessoal, tudo bem?


Nessa aula, iremos cobrir o seguinte tópico:

 Administração Pública; Regime Jurídico Único: Lei nº 8.112, de


11 de dezembro de 1990; Carreiras e cargos das Agências
Reguladoras: Lei nº 10.871, de 20 de maio de 2004.
Espero que gostem da aula!

04491090386

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Sumário
Os Agentes Públicos e a sua gestão, normas legais e constitucionais aplicáveis ............... 4
Regimes Jurídicos ............................................................................... 4
Regime Estatutário ........................................................................... 5
Regime Celetista ............................................................................. 6
Criação e Extinção de Cargos .................................................................. 7
Concurso Público ............................................................................... 8
Admissão ...................................................................................... 10
Nomeação .................................................................................. 11
Promoção ................................................................................... 11
Reintegração ................................................................................ 12
Recondução ................................................................................. 12
Readaptação ................................................................................ 13
Aproveitamento ............................................................................ 13
Reversão .................................................................................... 13
Acumulação de Cargos, Empregos e Funções Públicas. .................................... 14
Contratação Temporária ...................................................................... 18
Estágio Probatório ............................................................................ 20
Direitos, Deveres e Responsabilidades dos Servidores ..................................... 21
Vencimento Básico ........................................................................ 21
Vantagens ................................................................................... 23
Licenças .................................................................................... 27
Afastamentos ............................................................................... 32
Concessões ................................................................................. 35
04491090386

Aposentadoria ................................................................................. 36
Regime Disciplinar ........................................................................... 38
Deveres ..................................................................................... 38
Proibições................................................................................... 39
Responsabilidades ............................................................................ 42
Penalidades .................................................................................... 43
Advertência ................................................................................. 43
Suspensão................................................................................... 44
Demissão ................................................................................... 45

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Lei nº 10.871, de 2004. .......................................................................... 47


Competências............................................................................... 51
Investidura nos Cargos ..................................................................... 52
Vencimentos dos Cargos................................................................... 53
Contratação por Tempo Determinado ..................................................... 55
Deveres e Proibições ....................................................................... 56
Questões Comentadas ........................................................................... 57
Lista de Questões Trabalhadas na Aula. ........................................................ 75
Gabaritos. ........................................................................................ 86
Bibliografia ...................................................................................... 86

04491090386

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Os Agentes Públicos e a sua gestão, normas legais e


constitucionais aplicáveis

Regimes Jurídicos

A nossa Constituição Federal, de 1988, no caput do art. 39, resolve


que os entes Federativos, isto é, a União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios, devem estabelecer um Regime Jurídico Único (RJU) aos
servidores públicos no universo de sua competência.
A Constituição também dispõe que cabe, aqueles entes, a criação
de planos de carreira aos servidores da administração direta, autárquica
e fundacional de uma forma que seja única a todos os servidores do ente.
Isto quer dizer que se pode adotar qualquer um dos regimes
jurídicos existentes, como o estatutário e o celetista, desde que seja
aplicado de modo único a todos.
O que vemos, de uma maneira geral, é a aplicação do regime
estatutário aos servidores da administração direta, fundações, autarquias,
enquanto que o pessoal que trabalha nas empresas públicas e nas
sociedades de economia mista é regido pelo regime celetista.
Vocês podem está percebendo que há uma incoerência no que foi dito
no parágrafo anterior, e há! Mas tudo será esclarecido! Primeiro, foi dito
que cada Ente Federativo pode atribuir um, e somente um, tipo de regime
jurídico aos seus servidores.
Foi dito depois que se poderia escolher qual regime a ser adotado
desde que fosse único, não foi isso? No entanto, no final do parágrafo,
também foi dito que a União adota regimes jurídicos diferentes entre os
servidores da administração direta e alguns da Administração indireta.
Acontece que, em 1998, com a Emenda Constitucional no 19, o art.
39 da CF/88 ficou prejudicado, pois se aboliu a exigência em se adotar
um regime jurídico único.
04491090386

Daí que, em 1990, aprovou-se a Lei nº 8.112 que estabelece o regime


estatutário; e, em 2000, sancionou-se a Lei nº 9.962, tratando sobre o
regime celetista.
Só que aquela EC 19 possuía vício formal, pois foi aprovada apenas
por 3/5 da Câmara dos Deputados, não sendo apreciada pelos senadores.
Logo, esses não observaram o regime bicameral essencial para se aprovar
uma Emenda Constitucional.
Isso fez que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidisse
conceder uma liminar suspendendo a eficácia do art. 39 e,
consequentemente, mantendo o RJU. Tal medida, entretanto, aplica-
se a partir de 02/08/2007, ou seja, com efeitos ex nunc, autorizando
manter como válida a legislação editada durante a vigência desse artigo.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Regime Estatutário

Pessoal, a nossa Carta Magna trata sobre os servidores públicos em


vários artigos, principalmente na Seção II, que inclui desde o artigo 39 ao
41, além de dispor em outras passagens como o artigo 37.
Tentarei abordar todo o assunto relativo aos servidores públicos
federais de forma enxuta e simples para que a compreensão do assunto
seja fácil, ok? Então, vamos lá.
O artigo 39 relata que tanto a União, quanto os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios terão o quadro de pessoal designados por
servidores públicos, e não mais funcionários públicos, como se
denominava antigamente. Tais servidores, como já fora analisado, fazem
parte da Administração Direta, das Autarquias e das Fundações Públicas.
Segundo o autor Gasparini1, o conceito de servidores públicos
seria:
“Os que se ligam, sob um regime de dependência,
à Administração Pública direta, às autarquias e às
fundações públicas, mediante um vínculo de
natureza institucional para lhes prestar trabalho de
natureza profissional e perene, titularizando cargos
de provimento efetivo ou de provimento em
comissão. ”
De acordo com a CF/88, no parágrafo 1o, II, “c”, art. 61, quem possui
a iniciativa privativa de projeto de lei que trate sobre o regime jurídico dos
servidores públicos, assim como, a forma de provimento de cargos, a
aposentadoria etc. é o chefe do Poder Executivo. Como vimos antes, na
esfera federal, a Lei 8.112/90 estabeleceu o regime jurídico
estatutário.
Cabe lembrar que tal regime pode ser alterado, a qualquer momento,
04491090386

pela pessoa política competente, pois, segundo a Suprema Corte, não


há direito adquirido sobre o regime jurídico. Vale ressaltar, apenas,
que se observe uma mudança por meio de outra lei de mesma (ou maior)
hierarquia.
Diante disso, nota-se ser impossível a troca de regime jurídico
através de contrato, por exemplo. No regime estatutário, atribui-se, ao
servidor público, “cargos” e não “empregos”.

1
(Gasparini, 2012)

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Como os cargos foram definidos em lei, pode-se afirmar que os


servidores estão vinculados legalmente a uma situação jurídica definida a
qual institui responsabilidades e atribuições ao titular do cargo público.
Tais atribuições relacionam-se com a função pública que um
determinado cargo representa. Assim, podemos afirmar que, nesse regime,
temos servidores providos em cargos com funções públicas e
também temos servidores com funções públicas, porém sem
cargos.
Isto acontece em algumas ocasiões em que se destina pessoal para
execução de funções temporárias, como a contratação por um prazo
definido ou para exercer uma função de confiança.
Os servidores estatutários podem estar em cargos de provimento
efetivo ou em comissão. No primeiro caso, há a necessidade de
aprovação anterior em concurso público para o respectivo provimento.
No segundo, há a possibilidade de ocupação por qualquer
pessoa, mesmo que tenha realizado concurso público, para poder ocupar
cargos de direção, chefia e assessoramento.
Os servidores estatutários ficam estáveis após: três anos de
exercício, aprovação no estágio probatório e em avaliação especial de
desempenho por uma comissão instituída para esta finalidade.
Finalmente, cabe observar que, um servidor pode ocupar tanto
cargo de comissão, quanto função de confiança. Na função de
confiança, o agente deve possuir um cargo efetivo, sendo, portanto,
concursado.
Para fechar o raciocínio: um servidor que tenha provimento efetivo
pode ter cargo em comissão ou exercer uma função de confiança para
realizar atividades de direção, chefia e assessoramento. Um servidor não
concursado pode ter cargo de provimento em comissão para trabalhar nas
mesmas atividades.
Vamos falar mais sobre esses temas durante a nossa aula, além de
resolver diversas questões relativas ao assunto, ok?
04491090386

Regime Celetista

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) uniformiza o regime


trabalhista o qual é aplicado tanto nas empresas públicas e sociedade de
economia mista, quanto na iniciativa privada.
Neste caso, temos a figura do empregado e, naquela parcela da
Administração Indireta, temos o empregado público; tendo em ambos
uma relação de contrato e não legal, como observamos no regime
estatutário.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

O que devemos atentar aqui é que, apesar de serem regidos pela


CLT, os empregados públicos devem seguir algumas regras
existentes no regime estatutário, como: contratação feita por meio de
concurso público, observância do limite do teto remuneratório, controle
administrativo pelo Tribunal de Contas da União, entre outras.
Dessa forma, segundo Alexandre Mazza2,
“o regime aplicado ao emprego público é
predominantemente privado, mas não
exclusivamente privado, sofrendo marcante
influência de princípios e normas do Direito
Administrativo.”

Vamos praticar agora?

(CESPE - PRF – AGENTE ADMINISTRATIVO) O regime estatutário,


como o instituído pela Lei n.º 8.112/1990, abrange somente os
servidores titulares de cargos efetivos).

Pessoal, a Lei 8.112/90 que instituiu o Regime Jurídico dos


Servidores Públicos Civis da União abrangeu, como servidores, aqueles
titulares de cargos efetivos e os em comissão.
O Regime Jurídico a que a Lei se refere é o já conhecido Regime
Estatutário e passam a “fazer parte” dele aqueles que forem nomeados
em caráter efetivo ou em comissão. Assim sendo, o gabarito é questão
errada.

Criação e Extinção de Cargos

A EC 32/2011 alterou o texto da Constituição Federal de 1988


04491090386

disciplinando sobre a criação, extinção, transformação de cargos, empregos


e funções públicas.
Conforme o art. 48, X, tal disciplina ocorre por meio de lei aprovada
pelo Congresso Nacional. E ainda, de acordo com o parágrafo 1o, inciso II,
alíneas “a”, “c”, “e” do art. 61 da Carta Magna, cabe ao Presidente da
República a iniciativa privativa de lei que disponha sobre a criação de
cargos, funções, empregos públicos na Administração Direta e
autárquica; sobre servidores públicos da União e Territórios, seu regime

2
(Mazza, 2011)

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria; sobre


criação e extinção de Ministérios e órgãos da Administração pública.
O art. 84 reza, na alínea VI, que ao Presidente da República
compete privativamente dispor, mediante decreto, sobre organização
e funcionamento da administração federal, quando não implicar
aumento de despesa, nem criação ou extinção de órgãos públicos e
também sobre a extinção de funções ou cargos públicos quando vagos.
Observamos, portanto, que, para se extinguir funções ou cargos
públicos (que foram criados por meio de lei), deve haver a necessidade de
estarem vagos para que, assim, o Presidente da República conclua a
extinção mediante decreto.
Se eles não estiverem vagos, deve-se recorrer novamente à lei com
tramitação pelo Congresso Nacional. Neste último caso, se o servidor for
estável, ele deverá ser posto em disponibilidade, recebendo remuneração
proporcional ao tempo de serviço até conseguir um aproveitamento em
outro cargo. Caso contrário, isto é, se não estável, deverá ser exonerado
do cargo.
Finalmente, vale salientar que o mesmo não pode ocorrer com as
empresas públicas e as sociedades de economia mista, pois é
admissível que se crie ou se extingue empregos por meio de atos próprios
da entidade.

Concurso Público

A CF/88 prega, no a art. 37, inciso I, que “os cargos, empregos e


funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos
estabelecidos em lei, assim como os estrangeiros, na forma da lei.”
Com isso, percebe-se que, no caso da realização de concurso público
para o provimento aos cargos públicos, a Administração Pública não pode
exigir condições por meio do edital. Isso só pode ocorrer se houver lei.
04491090386

E, ainda assim, conforme lembram os autores Marcelo Alexandrino e


Vicente Paulo3, a lei não pode conter restrições discriminatórias, como
relativas à origem, religião, raça, sexo idade, cor, estado civil, respeitando
o princípio da isonomia. Não se admite, portanto, que um ato
administrativo restrinja o provimento de um cargo público.
A Lei Maior impõe a realização de concurso público de provas ou
provas e títulos, conforme a natureza e a complexidade dos cargos ou
empregos públicos, para o provimento efetivo na Administração Direta
e Indireta, inclusive as empresas públicas e as sociedades de economia

3
(Alexandrino & Paulo, Direito administrativo descomplicado, 2009)

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

mista. Vale lembrar que não há essa exigência em casos de nomeação


para cargos em comissão, nem em contratação por tempo determinado.
Deve-se sempre ter em mente que a realização do concurso público
tem que respeitar o princípio da isonomia. Dessa maneira, não pode haver
privilégios a pessoas que já trabalhem na Administração para obter
vantagens como o aumento na pontuação final do concurso.
Entretanto, o STF já se pronunciou favoravelmente na possibilidade
de se classificar candidatos por regiões ou por áreas de especialização.
Os mestres Marcelo Alexandrino & Vicente Paulo lembram que,
conforme a jurisprudência, a Administração Pública tem o direito de marcar
e remarcar as datas das provas, cancelar a realização do concurso e até
invalidá-lo caso ocorra alguma ilegalidade4.
Salientaram também que o exame de irregularidade de um
concurso público também pode ser avaliado pelo Poder Judiciário.
Entretanto, não cabe a este Poder examinar o mérito administrativo,
como os gabaritos, os conteúdos das questões, a correção, a ligação entre
a matéria do edital e o conteúdo das questões das provas.
Neste último ponto, deve-se atentar ao fato de mudança no
entendimento do STF, em 2005, pois, em um julgado, a Suprema Corte
afirmou que o edital de concurso público é a “lei” do concurso, logo o
programa nele incluso obriga tanto o candidato quanto à
Administração Pública.
A Lei 8.112/90, que dispõe sobre o regime jurídico, prevê que a
realização do concurso público para provimento de cargos deve
obedecer a ordem de classificação e o prazo de validade.
Este prazo é estabelecido na CF/88, sendo de até dois anos,
prorrogável uma vez por igual período, antes de expirar o prazo inicial, sem
que se interrompa o período. Logo, dentro desse prazo, a administração
pode nomear ou contratar os candidatos aprovados.
Isso não quer dizer que a Administração seja obrigada a nomear ou
contratar dentro desse prazo. O que o STF vem se posicionando
04491090386

ultimamente é no direito subjetivo – adquirido (e não mais na expectativa


de direito) à nomeação do candidato quando este for classificado
dentro do número de vagas no cargo pretendido.
Porém, se houver uma classificação superior ao número de vagas
ofertadas pelo edital do concurso, não há obrigatoriedade de se nomear ou
contratar os candidatos classificados fora do número de vagas.
Por último, falemos sobre a prioridade na nomeação. A CF/88, em
seu art. 37, inciso IV, prega que durante o prazo improrrogável do
concurso previsto no edital, quem for aprovado será convocado com

4
(Alexandrino & Paulo, Direito administrativo descomplicado, 2009)

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

prioridade sobre os novos concursados para assumir o cargo ou


emprego na carreira.
Isto significa que a Administração até pode realizar um novo
concurso público para provimento de mesmo cargo ou emprego
dentro do prazo de validade do concurso anterior, ainda com
candidatos classificados, porém só poderá nomear ou contratar os
candidatos aprovados no segundo concurso caso chame todos os
classificados no primeiro.
Atenção: na esfera federal, a Lei 8.112/90 veta a realização de um
novo certame enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior
com prazo de validade ainda não expirado, ok?

Admissão

Uma pessoa pode assumir um cargo público no Brasil desde que


preencha alguns requisitos. Uma das exigências para exercer um cargo é
que o interessado se qualifique em uma das formas de provimento.
O ilustre autor Marçal5 define provimento como sendo:
“Consiste em um ato administrativo unilateral, por
meio do qual o Estado atribui a determinado
particular a condição de titular do cargo”.
A partir de agora, vamos comentar um pouco sobre cada uma das
modalidades de provimento para que alguém desempenhe um cargo
público. Antes, vejam o quadro listando as formas de provimento contidas
na Lei nº 8.112/90:

04491090386

5
(Justen Filho, 2011)

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

nomeação;
promoção;
readaptação;
reversão;
aproveitamento;
reintegração;
recondução.
Figura 1. Formas de provimento de cargo público.

Nomeação

A nomeação é a investidura em um cargo público classificada como


originária. Todas as outras modalidades que veremos daqui para a frente
classificam-se como derivadas.
Na nomeação, o servidor tem a possibilidade de exercer cargo efetivo
ou em comissão. No primeiro, se pressupõe que o servidor tenha sido
classificado em um concurso público de provas ou de provas e títulos. No
segundo, ele exercerá um cargo de confiança.
Vale salientar que quando a nomeação se dá após a aprovação de um
concurso público para provimento de cargo efetivo, será considerado ato
04491090386

administrativo vinculado. Entretanto, se esse provimento se der para cargo


em comissão, será considerado ato administrativo discricionário.

Promoção

A promoção, segundo Marçal6, seria:

6
(Justen Filho, 2011)

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

“O provimento do sujeito em um cargo de


hierarquia superior na carreira, relativamente
àquele a que se detinha. ”
Já vimos antes que a promoção seria um tipo de provimento derivado,
não é verdade?
O que vocês devem ter em mente é que, sendo derivado, a promoção
não serve para um servidor mudar de carreira. Isto é, não cabe promover
um servidor de uma carreira X para outra Y melhor que a anterior. A
promoção se dá dentro da mesma carreira, onde um servidor alcança níveis
mais altos dentro da mesma carreira.

Reintegração

O conceito dessa forma de provimento derivado está expresso na Lei


8.112/90. Segundo o legislador, a reintegração seria “a reinvestidura do
servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo
resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão
administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens. ”
Vale ressaltar que se o cargo anteriormente ocupado for extinto, o
servidor ficará em disponibilidade. Agora, se houver outro servidor no seu
lugar, o que normalmente ocorre, este último é quem ficará em
disponibilidade (ou reconduzido ao cargo antes ocupado) e o servidor
reintegrado ocupará o seu cargo antigo.

Recondução

Pessoal, quando um servidor estiver estável, ele poderá passar em


outro concurso, não é verdade?
Caso passe, ele provavelmente exercerá um cargo no qual terá que
04491090386

cumprir um novo período de estágio probatório. Se ele for inabilitado


durante o estágio probatório, ele será “reconduzido” ao seu cargo de
origem.
Ou então, se um servidor que ocupava esse cargo for, por algum
motivo, reintegrado a esse cargo, o atual, conforme vimos:

 Será posto em disponibilidade ou;


 Reconduzido ao cargo de origem.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Readaptação

O artigo 24 da Lei 8.112/90 conceitua a modalidade de provimento


denominada readaptação da seguinte forma:
“É a investidura do servidor em cargos de
atribuições e responsabilidades compatíveis
com a limitação que tenha sofrido em sua
capacidade física ou mental verificada em
inspeção médica”
Se acaso o estado físico, ou mesmo o estado mental de um servidor
for modificado, ele terá suas atribuições readaptadas a sua condição com
a finalidade de torná-lo apto a exercer suas atividades, dentro das
limitações que tenha padecido.

Aproveitamento

O aproveitamento é uma modalidade de provimento de cargo público


derivado em que um servidor, que estivera em disponibilidade, retorna
às atividades em algum cargo semelhante ao que ocupara
anteriormente e, obviamente, com remuneração análoga.
O servidor terá um prazo para entrar em exercício. Se não o fizer, o
aproveitamento será considerado sem efeito e a disponibilidade anterior
será cassada, exceto em caso de doença atestada por junta médica oficial.

Reversão

Segundo a Lei nº 8.112/90, a reversão é o retorno à atividade de


servidor aposentado por invalidez ou no interesse da administração
no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação.
04491090386

Um servidor pode vir a se aposentar por motivo de invalidez, não


é verdade? No entanto, o mesmo servidor pode se sentir apto a voltar a
trabalhar e, inclusive, exercer as mesmas funções que anteriormente
exercia. Ou então, a Administração pode considerar que os motivos para a
aposentadoria não foram consistentes.
Neste caso, a reversão nada mais é do que o retorno às atividades
de um servidor que aposentara por motivo de invalidez, após decisão
favorável de junta médica, de modo voluntário ou compulsório.
A Administração também pode ter interesse na reversão, desde que
preencha os requisitos listados abaixo:

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Reversão por interesse da Administração:


a)tenha solicitado a reversão;
b) a aposentadoria tenha sido voluntária;
c) estável quando na atividade;
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à
solicitação;
e) haja cargo vago.

Figura 2. Reversão por interesse da Administração.

Por fim, vale lembrar de que não poderá reverter o aposentado que
já tiver completado a idade de aposentadoria compulsória.

Vamos praticar agora?

(CESPE - ANAC – ANALISTA ADMINISTRATIVO) A investidura do


servidor em cargo de atribuições e responsabilidades
compatíveis é denominada reversão.

Um servidor tem o direito de ser investido em outro cargo por ter


se sofrido limitações mentais e físicas. Esse outro cargo deve ter
atribuições e responsabilidades de acordo com suas limitações.
04491090386

A esse fenômeno tem-se o que a Lei denomina de Readaptação, e


não de Reversão, como informa a questão. A Reversão seria a volta de
um servidor que fora aposentado por invalidez, e, de ofício, ou por
interesse da Administração, após avaliação de uma junta médica, ele
retorne ao serviço público. Dessa forma, o gabarito é questão errada.

Acumulação de Cargos, Empregos e Funções Públicas.

A regra observada no ordenamento brasileiro é a de impossibilidade


de acumulação de cargos. No entanto, a CF/88, em seu art. 37, incisos XVI

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

e XVII e também nos artigos 38 e 128, expressamente autoriza os casos


em que se podem acumular cargos, empregos e funções por agentes
públicos.
Devemos lembrar sempre que se trata de um rol taxativo e que,
mesmo assim, deve-se observar que há a obrigatoriedade de haver uma
compatibilidade de horários.
Vale salientar também que o acúmulo deve ser de, no máximo, dois
cargos e que deve obedecer ao teto remuneratório previsto na
Constituição.
Por fim, não se permite acumular cargos entre esferas de Poder, isto
é, é inadmissível que se acumule cargo, emprego ou função pública
federais, com cargo, emprego ou função pública estaduais e/ou municipais,
exceto se acaso enquadrar em uma das possibilidades previstas na CF/88.
A relação de acumulação constitucionalmente prevista é a
seguinte:

A de dois cargos de professor (art. 37, inciso XVI, alínea a);

A de um cargo de professor com outro, técnico ou científico (art. 37,


inciso XVI, alínea b);
A de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com
profissões regulamentadas (art. 37, inciso XVI, alínea c);
A de um cargo de vereador com o exercício de outro cargo, emprego ou
função pública (artigo 38, inciso III);
A de um cargo de juiz com outro de magistério (art. 95, parágrafo único,
I);
A de um cargo de membro do Ministério Público com outro no
Magistério (art.128, parágrafo 5o, II, d).
04491090386

Figura 3. Acumulação de cargos prevista na CF/88.

Há, ainda, mais uma possibilidade de acumulação prevista no


parágrafo único do artigo 9º da Lei nº 8.112/1990. Segundo a Lei, o
servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial
poderá ser nomeado para ter exercício, interinamente, em outro
cargo de confiança, sem prejuízo das atribuições do que atualmente
ocupa. Nesse caso, ele deverá optar pela remuneração de um deles
durante o período da interinidade.
É preciso lembrar a vocês que o STJ já se pronunciou a respeito do
cargo técnico ou científico, o qual é permitido acumular com o de

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

professor. Segundo esse Tribunal, tal cargo é aquele cujo exercício se


exige conhecimentos técnicos específicos e habilitação legal, não
necessariamente de nível superior.
Quanto às proibições de acumulação, a Carta Magna reza, no inciso
XVII do art. 37, que a não permissão de acumular estende-se a empregos
e funções, além de abranger as autarquias, fundações públicas, empresas
públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e sociedades
controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público.
Ainda de acordo o §10º do artigo 37 da CF/88, é vedada a percepção
simultânea de proventos de aposentadoria com a remuneração de cargo,
emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma
desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão
declarados em lei de livre nomeação e exoneração.
Atenção para um limite de acumulação de cargos quem vem sendo
cobrada em provas de concurso. De acordo com o Parecer (GQ – 145/1998)
da Advocacia Geral da União (AGU), não é possível a acumulação de
um cargo de professor com outro de caráter técnico ou científico se
a soma da carga horária ultrapassar o limite de sessenta horas
semanais.
Na mesma linha, o informativo 549, de 05/11/2014, do STJ, também
concluiu que é vedada a acumulação de dois cargos públicos
privativos de profissionais de saúde quando a soma da carga
horária referente aos dois cargos ultrapassar o limite máximo de
sessenta horas semanais.
Ainda conforme o STJ, “merece relevo o entendimento do TCU no
sentido da coerência do limite de sessenta horas semanais - uma vez que
cada dia útil comporta onze horas consecutivas de descanso interjornada,
dois turnos de seis horas (um para cada cargo), e um intervalo de uma
hora entre esses dois turnos (destinado à alimentação e deslocamento) -,
fato que certamente não decorre de coincidência, mas da preocupação em
se otimizarem os serviços públicos, que dependem de adequado descanso
dos servidores públicos (TCU, Acórdão 2.133/2005, DOU 21/9/2005)”.
04491090386

A Lei 8.112/90, que rege os servidores públicos estatutários da esfera


federal da Administração Direta, autarquias e fundações, proíbe, no art.
118, parágrafo 1o, a acumulação de empregos e funções em
Autarquias, Fundações Públicas, Empresas Públicas, Sociedade de
Economia Mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos
Territórios e dos Municípios, suas subsidiárias e sociedades
controladas, direta ou indiretamente pelo Poder Público.
Por fim, a referida Lei também trata os casos de acumulação ilegal
de cargos, empregos ou funções públicas no artigo 133. A autoridade que
tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a
sua apuração imediata, notificando o servidor, por intermédio de sua chefia
imediata, para apresentar opção de qual dos cargos ele ficará dentro

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

do prazo improrrogável de dez dias, contados da data da ciência. Se o


servidor fizer a opção no último dia de prazo, não será configurada má-fé.
Se a acumulação for caracterizada como ilegal e provada a má-
fé do servidor, ele não terá a opção de escolha. Neste caso, aplicar-se-á a
pena de demissão, destituição ou cassação de aposentadoria ou
disponibilidade em relação aos cargos, empregos ou funções públicas.
Caso o servidor se omita, e não apresente sua opção, a autoridade
adotará procedimento sumário para a apuração e regularização imediata,
cujo processo administrativo disciplinar se desenvolverá nas seguintes
fases:
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão,
a ser composta por dois servidores estáveis, e simultaneamente indicar a
autoria e a materialidade da transgressão objeto da apuração.
II - instrução sumária, que compreende indiciação, defesa e
relatório;
III – julgamento.
Por fim, o § 10º do artigo 37 da CF/88 traz outra impossibilidade de
acumulação de cargos. De acordo com o referido parágrafo, é vedada, por
exemplo, a percepção simultânea de proventos de aposentadoria dos
servidores titulares de cargos efetivos com a remuneração de cargo,
emprego ou função pública.
A CF/88 admite exceções, ou seja, pode haver a acumulação citada
no parágrafo anterior com os cargos acumuláveis previstos na própria
Carta, assim como com os cargos eletivos e os cargos em comissão
declarados em lei de livre nomeação e exoneração.
Vejamos, abaixo, um quadro-resumo sobre a acumulação ilegal de
empregos, cargos ou funções públicas segundo a CF/88 e a Lei nº
8.112/90:

04491090386

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Abrangência da probição de acumular:


Adimistração Direta;
Autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades
de economia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas,
direta ou indiretamente, pelo poder público.

Proibições:
percepção simultânea de proventos de aposentadoria com a
remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados
os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos
eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre
nomeação e exoneração;
um cargo de professor com outro de caráter técnico ou
científico se a soma da carga horária ultrapassar o limite de
sessenta horas semanais;
dois cargos públicos privativos de profissionais de saúde quando
a soma da carga horária referente aos dois cargos ultrapassar o
limite máximo de sessenta horas semanais.

Providências tomadas pela autoridade competente:


promover a sua apuração imediata, notificando o servidor, por
intermédio de sua chefia imediata, para apresentar opção de
qual dos cargos ele ficará dentro do prazo improrrogável de
dez dias, contados da data da ciência.
Caso o servidor se omita, e não apresente sua opção, a
autoridade adotará procedimento sumário para a apuração e
regularização imediata, cujo processo administrativo
04491090386

disciplinar.

Figura 4. Quadro-resumo sobre a proibição de acumulação de cargo, empregos e funções públicas.

Contratação Temporária

Segundo o artigo 37, inciso IX da CF/88, lei estabelecerá os casos de


contratação por tempo determinado para atender à necessidade
temporária (exercer uma função pública) de excepcional interesse
público.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Para atender a esse dispositivo constitucional, foi promulgada a Lei


nº 8.754, de 1993, que disciplina a contratação por tempo determinado
dentro da Administração Direta Federal, autarquias e fundações
públicas federais. Portanto, as empresas públicas, as sociedades de
economia mista, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não se
submetem a essa Lei.
Vale salientar que não cabe a realização de concurso público para se
contratar temporariamente um agente. O que ocorre é um procedimento
chamado de Processo Seletivo Simplificado. Esse procedimento pode
ser dispensado em caso de calamidade pública ou de emergência
ambiental.
O contrato temporário, como o próprio nome já diz, tem prazo
definido. A Lei 8.754/93 estabelece que o prazo máximo
(improrrogável ou prorrogável até o limite máximo) deve estar
conforme o enquadramento do contrato, podendo ser de seis meses, um,
dois, três, quatro anos.
A extinção do contrato se dá a pedido do contratado, de
iniciativa da Administração ou por findar o prazo determinado.
Apenas no segundo caso é que gera indenização ao contratado.
O art. 2o da Lei enumera os casos de necessidade temporária de
excepcional interesse público:
“I – assistência a situações de calamidade pública;
II - assistência a emergências em saúde pública;
III – realização de recenseamento e outras
pesquisas de natureza estatística;
IV – admissão de professor substituto e professor
visitante;
V - admissão de professor e pesquisador visitante
estrangeiro;
VI – atividades especiais como organização das
04491090386

Forças Armadas, assistência à saúde da


comunidade indígena;
VII – admissão de professor, pesquisador e
tecnólogo substitutos para suprir a falta de
professor, pesquisador ou tecnólogo ocupante de
cargo efetivo, decorrente de licença para exercer
atividade empresarial relativa à inovação;
VIII – admissão de pesquisador, nacional ou
estrangeiro, para projeto de pesquisa com prazo
determinado, em instituição destinada à pesquisa;
IX – combate a emergências ambientais, na
hipótese de declaração, pelo Ministro de Estado do

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Meio Ambiente, da existência de emergência


ambiental na região específica;
Conforme Alexandrino & Paulo7, o vínculo funcional com a
Administração Pública possui caráter jurídico-administrativo, e não
trabalhista, pois não possuem um “contrato de trabalho” e sim um
“contrato de direito público”.
O Regime Geral de Previdência Social é o aplicável a esses
servidores contratados por tempo determinado. As lides
trabalhistas são tratadas na Justiça Comum (Justiça Federal) e não
na Justiça do Trabalho.
Por fim, observa-se que o art. 6o da Lei proíbe que um servidor ou
empregado público seja contratado temporariamente, exceto nos
casos de: professor substituto nas instituições federais de ensino, contanto
que ele não já seja ocupante de cargo efetivo de magistério em instituição
federal de ensino superior ou profissional de saúde para atendimento em
hospital federal nos casos de calamidade pública.
Nesse último caso também há a condição de que o contratado não
ocupe cargo efetivo, nem emprego público federal.

Estágio Probatório

Para o ilustre autor Marçal, o conceito de estágio probatório seria o


seguinte:
“O estágio probatório consiste no exercício pelo
servidor das funções correspondentes ao cargo
efetivo no qual foi investido, visando à avaliação
de sua aptidão e capacidade durante o período
de três anos”.
Após esses três anos, o servidor poderá adquirir a estabilidade no
serviço público. Durante esse tempo, o servidor é capaz de exercer as
04491090386

atribuições do cargo de modo efetivo.


Para o Superior Tribunal de Justiça – STJ, um servidor em estágio
probatório submete-se à fase final de um processo com o intuito de obter
a titularidade de um cargo público.
Durante o período de estágio probatório, o servidor realizará uma
avaliação especial de desempenho quanto a vários requisitos, como:

 a frequência,
 a produtividade,

7
(Alexandrino & Paulo, Direito administrativo descomplicado, 2009)

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

 a habilidade em iniciativas,
 a responsabilidade,
 a disciplina.
Caso o servidor não consiga sua aprovação no estágio
probatório, ele se submeterá à exoneração no respectivo cargo.
Por fim, um servidor em estágio probatório não pode ser dispensado
discricionariamente. Ele deve se submeter a um devido processo legal no
qual caberá apresentar o contraditório e a ampla defesa. Se a exoneração
vier a ocorrer definitivamente, podem deflagrar duas situações:

 Servidor estável em cargo anteriormente ocupado: em terá o


direito de ser reconduzido ao cargo no qual era estável;
 Servidor não estável em cargo anteriormente ocupado: será
desligado do serviço público.

Vamos praticar agora?

(CESPE - TJ-AC – ANALISTA JUDICIÁRIO) É permitido à


administração pública exonerar o servidor público que esteja em
estágio probatório por motivos de conveniência administrativa.

O servidor público que estiver em estágio probatório passou pela


nomeação, após aprovação em concurso público. Ele tomou posse e
entrou em exercício em determinado cargo público.
Todos esses passos vieram de atos vinculados e não
discricionários. Dessa forma, o servidor não pode ser exonerado do
cargo por conveniência e oportunidade da Administração Pública. Ele
deve passar por todo um procedimento em que lhe é assegurado defesa.
Diferente de nomeação para cargo em comissão, onde há livre
nomeação e exoneração. Este, sim, seria caso de ato discricionário.
Desse modo, o gabarito é questão errada.
04491090386

Direitos, Deveres e Responsabilidades dos Servidores

A partir do artigo 40 da Lei 8.112/90, são listados alguns dos direitos


e das vantagens atribuídos aos servidores públicos civis.

Vencimento Básico

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

O Capítulo I, do Título III, que dispõe sobre os direitos e as vantagens


dos servidores públicos civis, daquela Lei, reserva os primeiros direitos
garantidos, que nada mais são do que o Vencimento e a Remuneração.
O servidor presta um serviço à Administração Pública e a sua
contraprestação se dá por meio de uma retribuição em pecúnia, pois,
conforme o artigo 4o dessa Lei:
“É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo
os casos previstos em lei”.

É necessário que primeiro diferenciemos vencimento de


remuneração.

I - Vencimento

O Artigo 40 da Lei 8.112/90 conceitua o Vencimento como a


retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em
lei. Não podendo esse valor ser inferior a um salário mínimo.
Vale ressaltar que conforme a Súmula Vinculante no 6 do Supremo
Tribunal Federal, não ocorre violação constitucional estabelecer
remuneração inferior ao salário mínimo para “praças” prestadoras
de serviço militar inicial.
A nossa CF/88, no art. 37, inciso XV, também permite a redução de
vencimentos em casos de ajuste de valor ao limite do teto
constitucional.
Por tanto, não se esqueçam de levar para a prova que essas vedações
de limites mínimos e máximos não são absolutas, pois permitem exceções.

04491090386

II - Remuneração

O artigo 41 da Lei dos Servidores Públicos Civis define a


Remuneração como o vencimento do cargo efetivo, acrescido das
vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.
Isto significa, nada mais, que a remuneração é a parcela básica, ou
seja, o vencimento, mais alguns ganhos, em dinheiro, estabelecidos por
lei, como as gratificações. Tais vantagens poderão ser reduzidas ou
extintas, diferentes do vencimento básico que é irredutível.
O §3º do artigo 41 dispõe que o vencimento do cargo efetivo,
acrescido das vantagens de caráter permanente, (ou seja, a remuneração)
é irredutível, entretanto, vale salientar que há divergência na doutrina.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Retribuição pecuniária
Vencimento
Irredutível, com exceções

Vencimento + Vantagens
Remuneração pecuniárias

Figura 5 - Vencimento e Remuneração

Continuemos a análise da Lei 8.112/90. O artigo 42 informa que a


remuneração dos servidores não poderá ultrapassar, no âmbito dos
respectivos Poderes, a remuneração dos ministros de Estado, dos Membros
do Congresso Nacional e dos Ministros do Supremo Tribunal Federal.
O parágrafo desse artigo completa indicando exceções a esse limite,
como, por exemplo: décimo terceiro salário, adicional de férias, hora-extra,
salário-família, diárias, ajuda de custo e transporte.
Do total do vencimento, poderão ser abatidos valores referentes a
atrasos, ausências, faltas, saídas antecipadas (iguais ou acima de sessenta
minutos). Se as ausências forem justificáveis, o servidor poderá compensar
o horário até o mês subsequente ao da ocorrência, conforme critério
estabelecido pela chefia imediata.
Em relação aos descontos, quero que vocês saibam que o servidor
público pode autorizar que haja consignação em sua folha de pagamento a
favor de terceiros, a critério da administração. Pessoal, esse é o caso de
empréstimos consignados por um banco, ou financiamento bancário para
aquisição de imóvel que todos conhecemos bem. 04491090386

Por fim, é necessário enfatizar que esse direito do servidor que


estamos estudando (vencimento, provento, remuneração) não será
objeto de arresto, sequestro ou penhora, exceto quando um juiz
determinar para fins de pensão alimentícia. Tudo isso se deve ao fato
dessa prestação ter natureza alimentar.

Vantagens

O artigo 49 da Lei 8.112/90 traz as vantagens que poderão ser pagas


ao servidor.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Tais vantagens não integram os vencimentos. No entanto, elas


podem, ou não, estar inclusas na remuneração.
Vocês se lembram do conceito de remuneração visto há pouco, não
lembram? Pois então, vamos conhecer quais vantagens um servidor público
civil pode integrar no total de pecúnia (dinheiro) recebido.

Além do vencimento, poderão ser


pagas, ao servidor, as seguintes
vantagens:
I - indenizações;
II - gratificações;
III - adicionais.
Figura 6. Vantagens pagas aos servidores.

As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para


qualquer efeito. Já as gratificações e os adicionais incorporam-se ao
vencimento ou provento nos casos previstos em lei.
Portanto, apenas as gratificações e os adicionais são passíveis
de incorporação ao vencimento. Mas o que devemos ter em mente é:
se tais vantagens forem incorporadas, elas não poderão fazer parte do
cálculo de concessão de qualquer outro acréscimo pecuniário
posteriormente, sob mesmo título ou com fundamentação igual.
Vamos falar um pouco de cada vantagem.
04491090386

Indenizações

Caso um servidor tiver que realizar certos gastos em decorrência do


seu trabalho, ele fará jus a uma indenização, como forma de ser restituído.
Pelo motivo de ser uma parcela paga aleatoriamente, na ocorrência de
certos custos pontuais, as indenizações não incorporam ao vencimento.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Constituem indenizações pagas ao servidor:


I - ajuda de custo;
II - diárias;
III - transporte.
IV - auxílio-

Figura 7. Indenizações pagas ao servidor.

A ajuda de custo poderá se dar por motivo de mudança do servidor,


com ou sem a família, ou por falecimento do servidor.
Quando, por interesse da Administração, o servidor for
removido para outra localidade, em caráter permanente, ele
receberá uma ajuda de custo equivalente a até 3 (três) meses de
remuneração.
Agora, se o servidor vier a falecer na nova localidade de trabalho, a
sua família receberá uma ajuda com fins de custear os gastos para se
mudar de volta ao local de origem. Tal mudança se dará em até um ano da
data do óbito do servidor.
Continuando com as indenizações. Se um servidor se deslocar para
outra localidade, em caráter temporário, ele receberá uma indenização
chamada de diária. Tal indenização servirá para custear gastos como
alimentação, hotéis, locomoção.
No entanto, não é difícil de entendermos que o servidor que se
locomover dentro da mesma região metropolitana de onde trabalha ou em
áreas de controle integrado não terá direito à diária. Assim como aquele
que esteja em um cargo cujo deslocamento seja exigido inerentemente.
04491090386

Se um servidor estiver em um cargo que exija sua locomoção para


realizar serviços externos com meios próprios, ele receberá uma
indenização de transporte. Esse é o conhecido auxílio-transporte. Não
devemos confundi-lo com diárias, ok?
Para finalizarmos as indenizações, vamos agora ao auxílio-moradia.
“Art. 60-A. O auxílio-moradia consiste no
ressarcimento das despesas
comprovadamente realizadas pelo servidor
com aluguel de moradia ou com meio de
hospedagem administrado por empresa hoteleira,
no prazo de um mês após a comprovação da
despesa pelo servidor. ”

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

O auxílio-moradia não será concedido por prazo superior a 8 (oito)


anos dentro de cada período de 12 (doze) anos.
Devemos atentar às seguintes exigências para o servidor poder
receber o auxílio-moradia:

 Primeiro, tanto o servidor quanto o seu cônjuge ou


companheiro não devem ocupar um imóvel funcional. E se não
ocuparem, será necessário que não haja imóvel funcional
disponível para uso.
 Também, não pode haver acumulação de recebimento de
auxílio-moradia do servidor com pessoas que moram com ele.
Caso alguém que conviva sob o “mesmo teto” já receber esse
auxílio, fica vedado o recebimento dessa indenização.
 Outra exigência para fazer jus a essa vantagem também diz
respeito ao servidor e seu cônjuge ou companheiro. Nenhum
deles pode possuir ou já ter possuído imóvel no município
aonde for exercer o cargo.
 Há também a exigência de que o deslocamento não tenha sido
por força de alteração de lotação ou nomeação para cargo
efetivo.
 Receberá o auxílio-moradia aquele que tiver se mudado para
exercer cargo de comissão ou função de confiança (DAS, níveis
4, 5 e 6) ou de Natureza Especial, de Ministro de Estado.
Quanto ao último ponto listado acima, vale lembrar que o município
não pode pertencer à mesma região metropolitana a qual o servidor se
mudará. Também não pode ser em município o qual o servidor já tenha
residido nos últimos doze meses.

Gratificações e Adicionais
04491090386

Vejam, no quadro abaixo, as gratificações e os adicionais que um


servidor público tem direito.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Gratificações:
O servidor público tem o direito de ser retribuído pelo exercício de
função de direção, chefia e assessoramento, cujo provimento seja
em comissão ou de natureza especial;
Gratificação natalina. Tal gratificação equivale ao décimo terceiro
salário e o cálculo de seu pagamento se faz sobre a remuneração do
mês de dezembro, na proporção de um doze avos por mês
trabalhado ao ano;
Gratificação por encargo de curso ou concurso, quando atuar como
instrutor de curso de formação ou participar de uma banca
examinadora de concurso, por exemplo.
Adicionais:
Pelo exercício de atividades insalubres (risco à saúde), perigosas
(risco à vida) ou penosas (relacionado ao local de lotação dele,
como o caso de servidores em exercício em zonas de fronteiras),
desde que realizem o trabalho de forma habitual;
Pela prestação de serviço extraordinário;
Adicional noturno e
Adicional de férias (este corresponde a um terço da remuneração do
período de férias, independente da solicitação do servidor. Nada
mal, não é verdade?).

Figura 8. Gratificações e Adicionais

04491090386

Licenças

O artigo 81 da Lei 8.112/90 enumera as licenças que poderão ser


concedidas aos servidores. São elas:

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Licenças concedidas ao servidor

I - por motivo de doença em pessoa da família;


II - por motivo de afastamento do cônjuge ou
companheiro;
III - para o serviço militar;
IV - para atividade política;
V - para capacitação;
VI - para tratar de interesses particulares;
VII - para desempenho de mandato classista.

Pessoal, vamos falar um pouco de cada licença para termos uma


visão geral delas.

I- Doença em pessoa da família:

O tempo máximo que o servidor poderá se licenciar será de 150


dias quando pais, filhos, enteados, cônjuge/companheiro ou dependente,
que viva a expensas do servidor, estiverem doentes e necessitando de
auxílio.
Quanto à remuneração, os primeiros 30 dias serão remunerados.
No entanto, os 30 dias seguintes, só serão remunerados se houver
concordância após avaliação de junta médica oficial. Os 90 dias
restantes, serão sem remuneração.
Quanto ao tempo de serviço, será contado, apenas para efeitos de
04491090386

aposentadoria e disponibilidade, o período remunerado. Já o período não


remunerado, contará apenas como tempo de serviço.
Essa licença poderá ser concedida ao servidor cuja assistência ao ente
familiar seja indispensável e que não tenha possibilidade de exercício
concomitante do cargo.
Em casos de prazo para se tomar posse, o servidor terá direito a
prorrogá-la enquanto estiver de licença ou nomear, por procuração
específica, alguém que a represente no ato da posse.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

II - Afastamento do cônjuge:

Por um tempo indeterminado e sem recepção da


remuneração, o servidor público poderá se licenciar para acompanhar
cônjuge que se desloque para outro ponto do território nacional, do
exterior, ou para o exercício de mandato eletivo dos poderes Executivos ou
Legislativo.
Neste caso, o tempo de serviço não será computado.
Vale salientar que tal licença é discricionária à Administração e caso
o servidor licenciado tiver que tomar posse em algum cargo durante o
período de licença, ele não terá o direito de prorrogar essa posse.

III - Serviço militar:

Enquanto o servidor prestar serviço militar, ele terá direito à licença,


garantindo a computação do tempo de exercício, a remuneração e a
prorrogação de posse, caso seja nomeado.
No entanto, ele deverá voltar ao antigo cargo em até trinta dias
após o fim da licença. Com isso, enquanto não reassumir o cargo, não
receberá sua remuneração.

IV - Atividade Política:

O prazo em que o servidor será licenciado para exercer atividade


política será desde início da escolha do servidor em convenção partidária
até o 10º dia após a eleição. O total do período máximo será, portanto,
de três meses.
Nestes casos, o servidor ficará sem remuneração a partir da
04491090386

escolha em convenção partidária até o dia anterior ao registro da


candidatura. Entretanto, ele receberá a remuneração desde o
registro da candidatura até o 10º dia seguinte ao pleito, respeitando
o período máximo de 3 meses.
Assim, como na licença por doença em pessoa da família, a licença
para o exercício de atividade política não conta o tempo de serviço no
período sem remuneração. Porém, o tempo restante é contado para
efeito de aposentadoria e disponibilidade.
O estágio probatório ficará suspenso durante a licença para atividade
política, e será retomado a partir do término do impedimento.
Este é mais um caso em que a posse em outro cargo não poderá ser
prorrogada durante o período licenciado.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

V Capacitação:

Vocês se lembram da antiga licença prêmio que era concedida aos


servidores públicos civis federais? Ela foi retirada do ordenamento jurídico.
No entanto, a Lei nº 9.527 de 1997 inseriu outra licença a ser concedida, a
critério da Administração, para capacitação do servidor.
Após cinco anos de efetivo exercício, não acumulável, o servidor
poderá solicitar, por até três meses, o afastamento de suas funções,
por meio de licença, para se capacitar profissionalmente.
Neste caso, o servidor afastado fará jus à sua remuneração e poderá
prorrogar a sua posse caso seja nomeado em outro cargo.

VI - Tratar de interesses particulares:

Essa licença claramente mostra que é de total interesse do servidor.


Assim como as licenças dessa natureza, isto é, as que não trazem nenhuma
vantagem à Administração, ela só pode ser concedida se essa quiser, com
motivação expressa no caso de indeferimento.
A duração será de até três anos, podendo ser interrompida a
qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse da
administração.
Neste caso, enquanto durar a licença, o servidor, que deve estar
estável no serviço público, nem receberá sua remuneração, nem terá
o tempo de serviço contado e nem poderá solicitar a prorrogação
de posse caso seja necessário.
Portanto, o servidor público que estiver cumprindo estágio
probatório não faz jus à licença para tratar de interesses particulares a
critério da administração pública. 04491090386

Vamos praticar agora?

(CESPE - ANVISA – TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Um servidor


público da ANVISA solicitou a concessão de licença para tratar
de interesses particulares, pelo período de seis meses. O
servidor, com cinco anos de efetivo exercício e que nunca gozou
de qualquer licença, teve seu pedido indeferido sob a alegação
de que não havia interesse administrativo na concessão dessa
licença. Considerando essa situação hipotética, julgue o item

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

subsequente.
O referido indeferimento é ilegal, pois a concessão de licença
para tratar de interesse é direito de todo servidor que conta com
três anos de efetivo exercício, sendo, portanto, descabido o seu
indeferimento por razões de interesse da administração.

A lei 8.112/90 dispõe que um servidor público que já tenha


concluído o estágio probatório poderá obter uma licença para tratar de
interesses particulares a cada cinco anos de exercício. Tal licença será
concedida pela Administração discricionariamente por até 3 (três) anos)
e pode ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor, ou no
interesse da Administração.
Dessa forma, o indeferimento sob a alegação de que não havia
interesse administrativo em conceder essa licença é legal, uma vez que
há discricionariedade em tal ato administrativo. O gabarito, portanto, é
questão errada.

VII - Desempenho de mandato classista:

Servidores públicos, ao serem eleitos para cargos de direção,


representação em confederação, federação, associação de classe
âmbito nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade
fiscalizadora da profissão, podem se licenciar dentro do período de
duração do mandato, podendo ser prorrogada, uma única vez, no caso
de reeleição.
Esse tipo de licença garante ao servidor a representação de sua
04491090386

carreira, logo conta-se o tempo de serviço para todos os efeitos, exceto


para promoção por merecimento.
Vale lembrar também que o servidor licenciado não fará jus à sua
remuneração, nem poderá solicitar a prorrogação de posse em nomeação
em cargo.
Outro impedimento é a remoção ou redistribuição para localidade
diversa da qual o servidor exerce o mandato.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Afastamentos

A lei 8.112/90, em seu Capítulo V, prevê possibilidades de


afastamento por um servidor público. São elas:

I- para servir II - para exercício III - para estudo


outro de mandato ou missão no
órgão/entidade; eletivo; e, exterior.

Figura 9. Afastamentos permitidos a um servidor público.

Vamos ver cada uma em mais detalhes?

Afastamento para servir outro órgão/entidade

O órgão cedente empresta um servidor ao órgão cessionário


sem limite de tempo e com remuneração garantida.
Pessoal, a remuneração será paga ao servidor afastado, porém,
quem arcará com o ônus dependerá para quem o servidor público
federal será cedido. Vejamos, portanto.
Caso seja cedido para órgãos estaduais (incluindo Distrito Federal)
04491090386

ou municipais, o ônus será da cessionária. No entanto, se for cedido para


outro órgão ou poder da União, o cedente arcará com o ônus.
Também podemos observar aqueles afastamentos para trabalhar em
empresas públicas ou sociedade de economia mista. Nesta situação, quem
cede o servidor deverá arcar com o seu pagamento. Posteriormente, a
cessionária ressarcirá o cedente.
Em qualquer desses casos, o tempo de efetivo serviço será contado
para efeitos de aposentadoria e disponibilidade.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Afastamento para exercício de mandato eletivo

Pessoal, vejamos agora os casos em que um servidor público,


investido em mandato eletivo, federal, estadual ou distrital, bem como no
mandato de Prefeito, poderá se afastar do cargo enquanto durar o
mandato. O tempo de serviço será contado.
Caso seja eleito para mandato federal, estadual ou de Prefeito, o
servidor será afastado do cargo de origem. No caso de mandato de
Vereador, ele poderá acumular tanto as funções e quanto a remuneração.
Se não for possível a compatibilidade, ele poderá optar pela remuneração.
O servidor investido no mandato de Prefeito poderá também optar
pela remuneração que lhe for mais conveniente. Já aqueles investidos em
mandatos federais e estaduais receberão subsídios. E se o servidor já fora
aposentado, ele terá o direito de acumular os proventos com os subsídios.

Mandatos
Não acumula função, nem remuneração;
federais e Recebe subsídios.
estaduais

Não acumula função, nem remuneração;


Prefeitos Pode optar pela remuneração.

Pode acumular função e remuneração, desde


que haja compatibilidade de horários;
Vereadores Se não houver compatibilidade de horários,
pode optar pela remuneração.
04491090386

Figura 10 - Afastamentos para exercício de mandato eletivo

Afastamento para estudo ou missão no exterior

Finalmente, vamos dar uma olhada na terceira possibilidade de


afastamento de um servidor público federal.
Conforme § 1º do artigo 95 da Lei 8.112/90, dentro de um limite
de quatro anos, o servidor poderá se ausentar do país para estudar
ou realizar uma missão. Tal ausência deverá ser autorizada pelo

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Presidente da República, Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo e


Presidente do Supremo Tribunal Federal.
Devemos ter em mente que esse tipo de afastamento não se aplica
aos servidores da carreira diplomática.
Quanto à remuneração, se o servidor vier servir em Organismo
Internacional do qual o Brasil coopere ou participe, haverá perda da
remuneração.

Afastamento para participação em Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu no


País

Pessoal, a Lei 8.112/90 só trazia aquelas três possibilidades de


afastamento de um servidor. No entanto, a Lei nº 11.907, de 2009, incluiu
mais essa possibilidade.
O art. 96-A dispõe o seguinte:
“O servidor poderá, no interesse da
Administração, e desde que a participação não
possa ocorrer simultaneamente com o exercício do
cargo ou mediante compensação de horário,
afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a
respectiva remuneração, para participar em
programa de pós-graduação stricto sensu
instituição de ensino superior no País.
(...)
§ 2º Os afastamentos para realização de programas
de mestrado e doutorado somente serão
concedidos aos servidores titulares de cargos
efetivos no respectivo órgão ou entidade há pelo
menos 3 (três) anos para mestrado e 4 (quatro)
04491090386

anos para doutorado, incluído o período de estágio


probatório, que não tenham se afastado por licença
para tratar de assuntos particulares para gozo de
licença capacitação ou com fundamento neste
artigo nos 2 (dois) anos anteriores à data da
solicitação de afastamento
Os servidores beneficiados pelos afastamentos previstos deste tópico
terão que permanecer no exercício de suas funções após o seu retorno por
um período igual ao do afastamento concedido.
Entretanto, se o servidor solicitar exoneração do cargo ou
aposentadoria, antes de cumprido o período de permanência previsto no

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

parágrafo anterior, ele deverá ressarcir o órgão ou entidade dos gastos com
seu aperfeiçoamento.

Concessões

O artigo 97 da Lei que estamos estudando traz algumas formas de


um servidor ser abonado de faltas justificadas, sem prejuízo,
portanto, da remuneração.
Dentre as possibilidades, podemos listar:

Concessões: I- Doação de Sangue. Qualquer servidor poderá doar sangue a qualquer


tempo. Ao fazer esse gesto nobre, que pode salvar vidas, ele será
beneficiado com um dia de falta.

II - Alistamento eleitoral ou rercadastramento eleitoral. O servidor terá


dois dias de faltas abonadas em virtude de se alistar como eleitor.

III Casamento. O servidor terá falta justificada por oito dias consecutivos
em razão de ter realizado o matrimônio.

IV - Morte em pessoa da família (cônjuge, companheiro, pais, madrasta


ou padrasto, filhos, enteados, menor sob a guarda ou tutela e irmãos).
Assim como no item anterior, o servidor será abonado por oito dias
consecutivos de falta.

Ao servidor estudante, um horário especial será concedido


quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da
repartição, sem prejuízo do exercício do cargo. Neste caso, deverá haver a
04491090386

compensação de horário no órgão ou entidade que tiver exercício,


respeitada a duração semanal do trabalho.
Se o servidor for portador de deficiência, será concedido horário
especial, quando comprovada a necessidade por junta médica oficial,
independentemente de compensação de horário. O mesmo será
concedido ao servidor que tenha cônjuge, filho ou dependente portador de
deficiência física, exigindo-se, porém, neste caso, compensação de horário.
Se o servidor atuar como instrutor em curso de formação, de
desenvolvimento ou de treinamento regularmente instituído no âmbito da
administração pública federal ou participar de banca examinadora ou
de comissão para exames orais, para análise curricular, para correção de
provas discursivas, para elaboração de questões de provas ou para
julgamento de recursos intentados por candidatos: será concedido

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

horário especial, vinculado à compensação de horário a ser


efetivada no prazo de até 1 (um) ano.

Aposentadoria

A aposentadoria é um direito que um servidor titular de cargo efetivo


de todas as esferas estatais (União, estados, DF e municípios) tem de
auferir valores mesmo estando inativo, isto é, mesmo não exercendo
atividades.
Para adquirir esse direito, o servidor deverá ter contribuído, de forma
proporcional ou integral, enquanto estava em exercício.
A Constituição Federal, 1988, trata especificamente sobre a
aposentadoria dos servidores públicos a partir do artigo 40. Segundo o
constituinte, os tipos de aposentadoria os quais os servidores estariam
sujeito seriam:
I - por invalidez permanente
II – compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de
contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco)
anos de idade, na forma de lei complementar.
III – voluntariamente
Vamos agora fazer algumas considerações sobre esses tipos de
aposentadorias. O servidor que se aposentou por invalidez permanente
auferirá proventos proporcionais ao tempo de contribuição. Há exceções
em que ele terá direito em receber os valores integrais, como no caso de
invalidez que decorra de moléstia profissional ou doença grave, contagiosa
ou incurável, acidente em serviço.
Vale salientar que o recebimento de proventos integrais na invalidez
permanente não terá relação com o tempo de contribuição e com a idade.
Terá direito e ponto.
04491090386

A aposentadoria compulsória, como o próprio nome diz, é


obrigatória, pois se terá atingido uma idade considerada limite,
independente do sexo da pessoa. Lembre-se de que o recebimento dos
proventos será proporcional ao tempo de contribuição. Se ele também tiver
cumprido todos os requisitos para aposentadoria voluntária, ele receberá o
valor integral e não proporcional.
A EC 88/2015 trouxe duas alterações na aposentadoria compulsória.
A primeira, conforme o artigo 100 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias, foi que obrigou os ministros do Supremo Tribunal Federal, dos
Tribunais Superiores e do Tribunal de Contas da União aposentarem-se
compulsoriamente aos 75 anos de idade e não mais aos 70 anos.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

A segunda é que lei complementar, aprovada pelo Congresso


Nacional, regulamente o aumento de idade dos servidores públicos sujeitos
ao Regime Próprio de Previdência Social para que se obriguem a aposentar
aos 75 anos de idade, e não aos 70.
Diante disso, foi aprovada a LC nº 152, de 2015, que, em seu artigo
segundo, dispôs que serão aposentados compulsoriamente, com proventos
proporcionais ao tempo de contribuição, aos 75 (setenta e cinco) anos de
idade:
I - os servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações;
II - os membros do Poder Judiciário;
III - os membros do Ministério Público;
IV - os membros das Defensorias Públicas;
V - os membros dos Tribunais e dos Conselhos de Contas.

No último tipo de aposentadoria, a voluntária, o servidor que


cumprir certos requisitos, terá direito a receber os proventos
integralmente. Vejamos um gráfico com o resumo da aposentadoria
voluntária.

Homem - proventos integrais


Idade: 60 anos
Tempo de Contribuição: 35 anos

Homens - proventos proporcionais


Idade: 65 anos

Mulher - proventos integrais 04491090386

Idade: 55 anos
Tempo de Contribuição: 30 anos

Mulher - proventos proporcionais


Idade: 60 anos

Figura 11. Aposentadoria Voluntária

Conforme se observa no gráfico, o servidor terá direito a se aposentar


voluntariamente, recebendo proventos integrais ou proporcionais.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Vale apenas ressaltar que o tempo de contribuição e a idade serão


reduzidos em 5 (cinco) anos, no caso de proventos integrais, apenas, para
o servidor que for professor e conseguir provar tempo exclusivo de efetivo
exercício de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e
médio.
Por fim, o parágrafo 6o do artigo 40 da CF/88 dispõe sobre a regra da
acumulação de proventos, senão vejamos:
“Art. 40.
(...)
§6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos
cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é
vedada a percepção de mais de uma aposentadoria
à conta do regime de previdência previsto neste
artigo.”
Ora pessoal, é proibido acumular mais de um provento de
aposentadoria, no entanto, em casos no qual for permitida a acumulação
na ativa, a Carta Magna também autorizou que perceba juntamente na
inativa.

Regime Disciplinar

A partir de agora, vamos estudar um pouco sobre o regime disciplinar


do servidor público civil federal. Até porque, nem só os direitos e as
vantagens o alcançam, não é mesmo?

Deveres

Art. 116. São deveres do servidor:04491090386

“I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do


cargo”.
Ele deve obediência aos seus superiores e zelo às atribuições do
cargo. Também deve agir de forma ética, com assiduidade e urbanidade,
isto é, ter cortesia.
Continuando, o servidor também deve:
“II - ser leal às instituições a que servir.
III - observar as normas legais e regulamentares.
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando
manifestamente ilegais.”

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Este é um dever de o servidor seguir as previsões legais, não podendo


cumprir ordens manifestadamente ilegais. Deve, portanto, representar o
ato de ilegalidade à autoridade superior àquela que praticou tal conduta.
Outros deveres são:
“V - atender com presteza.
a) ao público em geral, prestando as informações
requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;
b) à expedição de certidões requeridas para defesa
de direito ou esclarecimento de situações de
interesse pessoal;
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública“.
VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em
razão do cargo ao conhecimento da autoridade
superior ou, quando houver suspeita de
envolvimento desta, ao conhecimento de outra
autoridade competente para apuração.
Este é um dever de o servidor seguir as previsões legais, não podendo
cumprir ordens manifestadamente ilegais. Deve, portanto, representar o
ato de ilegalidade à autoridade superior àquela que praticou tal conduta.
“VII - zelar pela economia do material e a
conservação do patrimônio público.
VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição.
IX - manter conduta compatível com a moralidade
administrativa.
X - ser assíduo e pontual ao serviço.
XI - tratar com urbanidade as pessoas.
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou
abuso de poder”.
Lembrem-se: não pode haver preconceito, nem distinção de raça,
04491090386

cor, idade, religião, sexo, nacionalidade, cunho político e posição social.

Proibições

Além dos deveres, os servidores públicos devem atentar para


algumas proibições, que, se não forem seguidas, lhes acarretarão algumas
penalidades.
Essas proibições estão enumeradas no artigo 117 da Lei estudada em
nossa aula. Vamos tentar falar de todas elas a seguir.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

O servidor não pode ausentar-se do serviço durante o horário de


trabalho sem que o chefe imediato tenha autorizado, nem retirar qualquer
documento ou objeto da repartição sem prévia anuência.
Para preservar a continuidade e a legitimidade, o servidor não pode
recusar fé a documentos públicos, nem opor resistência injustificada ao
andamento de documento e processo ou execução de serviço.
Fica proibida manifestar apreço ou desapreço no recinto da
repartição, praticar usura, proceder de forma desidiosa.
Não pode utilizar de pessoal ou recursos materiais da repartição para
proveito próprio, resolvendo assuntos particulares. Também não pode
exercer quaisquer atividades incompatíveis com o exercício do cargo ou
função no horário de trabalho.
Para manter a impessoalidade dentro do órgão público, fica proibido
atribuir a um servidor funções estranhas ao cargo que ocupa, exceto em
situações de emergência e transitórias, que justifiquem tais atribuições.
Nesse mesmo raciocínio, é vedado cometer a pessoa estranha à
repartição o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade
ou de seu subordinado, exceto, claro, nos casos previstos em lei.
Caso seja solicitado que atualize seus dados cadastrais, o servidor
não pode recusar-se.
Fica proibida a participação de gerência ou administração de
sociedade privada, personificada ou não personificada. Também não deve
exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou
comanditário.
Ao servidor, não é permitido coagir ou aliciar subordinados para
poderem se filiar à associação profissional ou sindical, ou a partido político.
Muito menos, ele pode se valer do cargo para lograr proveito pessoal ou de
outrem, em detrimento da dignidade da função pública.
Por questão de probidade, fica proibido manter sob sua chefia
imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou
parente até o segundo grau civil. Assim como atuar, como procurador ou
04491090386

intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de


benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau,
e de cônjuge ou companheiro.
Por fim, é totalmente vedado receber propina, comissão, presente ou
vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições e também
aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro.
Bom pessoal, fechamos os deveres e as proibições relativas aos
servidores públicos. Mas antes de seguirmos adiante, gostaria apenas de
enfatizar só mais um caso considerado vedação ao servidor.
Constitucionalmente, é vedada a acumulação de cargos públicos, com
algumas exceções. Considera acumulação a atividade remunerada de mais
de um cargo público. Tanto faz que seja na Administração Direta ou na

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Indireta de qualquer esfera de Poder (Federal, Estadual ou Municipal).


Assim como se devem observar limites para o exercício de gerência de
empresas privadas, exceto como acionista ou cotista.
Agora, se o servidor quiser acumular o seu cargo efetivo com outro
cargo em comissão, ele poderá, contanto que os horários sejam
compatíveis.

Vamos praticar agora?

(CESPE – MPU – TÉCNICO – 2015) Os impedimentos, as


proibições e os deveres previstos na Lei n.º 8.112/1990 somente
se aplicam ao servidor público após a posse, momento em que
ocorre a investidura no cargo.

Realmente, a investidura no cargo ocorre com a posse, mas só


haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação8.
No entanto existem vários impedimentos aplicáveis a uma pessoa
que já é servidor antes da posse em outro cargo, como, por exemplo:
servidor que se encontre de licença por motivo de: doença em pessoa
da família; para o serviço militar; para capacitação.
Ou mesmo por motivos de afastamentos, como nos casos de
férias; participação em programa de treinamento ou em programa de
pós-graduação stricto sensu no País; júri e outros serviços
obrigatórios por lei; licença: à gestante, à adotante e à paternidade;
por motivo de acidente em serviço ou doença profissional.
Dessa forma, os impedimentos, as proibições e os deveres
previstos na Lei n.º 8.112/1990 se aplicam antes da posse, uma vez que
se considera haver vários impedimentos aplicáveis ao servidor antes da
posse. Gabarito, portanto, questão errada.
04491090386

8
§4º, artigo 13 da Lei nº 8.112/90.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Responsabilidades

O mestre Mazza9 denomina a responsabilização nas esferas civil,


penal e administrativa dos servidores como “Tríplice Responsabilidade dos
Servidores Públicos”.
Ele também conceitua essas responsabilidades como10:
“Civil: decorre do ato omissivo ou comissivo,
doloso ou culposo, que resulte em prejuízos ao
erário e a terceiros;
Penal: abrange os crimes e contravenções
imputadas ao servidor, nessa qualidade;
Administrativa: resulta de ato omissivo ou
comissivo praticado no desempenho do cargo ou
função. ”
O artigo n° 121 da Lei 8.112/90 impõe que o servidor deverá
responder civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de
suas atribuições. Essas penalidades poderão ou não se acumular.
Como vimos, o servidor poderá responder a uma instância, a duas ou
até a três ao mesmo tempo. No entanto, só há uma forma de uma decisão
de uma instância interferir em outra quando ocorrerem no mesmo
momento.
Isto é, quando a decisão de uma esfera puder interferir em outra
esfera. Seria o caso de afastamento da responsabilidade civil e
administrativa do servidor quando este for absolvido penalmente por
negativa da existência do fato ou de sua autoria.
Resumindo, se, na esfera penal, o servidor for considerado culpado,
essa decisão acarretará a culpabilidade dele nas esferas civis e
administrativas. Entretanto, se for considerado inocente por negativa de
autoria ou inexistência do fato, ocorrerá, cumulativamente, a sua
absolvição nas outras instâncias. Isso não seria possível se acaso o servidor
04491090386

vier a ser inocentado penalmente por insuficiência de provas.


Dessa forma, a absolvição criminal somente terá repercussão no
procedimento administrativo se ficar provado, no âmbito judicial, a
inexistência do fato ou que o servidor não foi o autor do crime.
Por ter causado prejuízo material à Administração, o servidor público,
responsabilizado civilmente, terá que arcar com o prejuízo. Se vier a
falecer, os herdeiros deverão ressarcir o dano até o limite da herança.

9
(Mazza, 2011)
10
(Mazza, 2011)

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Por último, é importante lembrar de que nenhum servidor poderá ser


responsabilizado civil, penal ou administrativamente por dar ciência à
autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, a
outra autoridade competente para apuração de informação concernente à
prática de crimes ou improbidade de que tenha conhecimento, ainda que
em decorrência do exercício de cargo, emprego ou função pública.

Penalidades

As penalidades disciplinares aos servidores estão listadas no artigo


127 da Lei nº 8.112/1990. Vale destacar que a imposição de uma
penalidade deve ter um fundamento legal, assim como a causa da sanção
disciplinar. Vejamos, no quadro abaixo, quais são essas penalidades.

Penalidades:

Advertência;
Suspensão;
Demissão;
Cassação de aposentadoria ou
disponibilidade;
Destituição de cargo em comissão;
Destituição de função comissionada.
04491090386

Na aplicação das penalidades, serão consideradas a natureza


e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o
serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os
antecedentes funcionais.

Advertência

A advertência será aplicada por escrito, nos seguintes casos:

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

1 - Caso o servidor viole as seguintes proibições:

ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe


imediato;
retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou
objeto da repartição;
recusar fé a documentos públicos;
opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou
execução de serviço;
promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;
cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o
desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu
subordinado;
coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional
ou sindical, ou a partido político;
recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado;
manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge,
companheiro ou parente até o segundo grau civil.

2 - Caso haja inobservância de dever funcional previsto em lei,


regulamentação ou norma interna, que não justifique imposição de
penalidade mais grave

Suspensão 04491090386

A suspensão é a penalidade que está entre a advertência e a


demissão. Dessa forma, a suspensão será aplicada em caso de reincidência
das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que
não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão. Devendo ser
aplicada a pena de suspensão por até 90 (noventa) dias.
Há casos em que a lei determina a quantidade máxima de dias que o
servidor ficará suspenso, como quando, injustificadamente, recusar-se a
ser submetido à inspeção médica determinada pela autoridade competente.
Nesta situação, a pena será de até 15 (quinze) dias. Entretanto, caso o
servidor decida cumprir a determinação, os efeitos da suspensão são
cessados.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Há ainda casos em que a administração, por conveniência, converte


a penalidade de suspensão em multa. Dessa forma, o servidor ficaria
obrigado a permanecer em serviço e pagaria uma multa na base de 50%
(cinquenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração que deveria
ter ficado afastado.
Atenção para um detalhe que já foi cobrado em provas de concurso.
As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros
cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo
exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período,
praticado nova infração disciplinar.

Demissão

Vejamos, no quadro abaixo, os casos que o servidor sofrerá a pena


de demissão:

Pena de Demissão:
crime contra a administração pública;
abandono de cargo;
inassiduidade habitual;
improbidade administrativa;
incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;
insubordinação grave em serviço;
ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima
defesa própria ou de outrem;
aplicação irregular de dinheiros públicos;
revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;
lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
corrupção;
04491090386

acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;


transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117 da Lei nº 8.112/90.

Lembrando de que há mais uma pena de demissão prevista ao


servidor público que se encontra em outro dispositivo legal, a Lei nº 8.429,
de 1992, a Lei de Improbidade Administrativa.
De acordo com o artigo 13º, “será punido com a pena de demissão,
a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o
agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro
do prazo determinado, ou que a prestar falsa”.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Pessoal, é possível um servidor público aposentado ter sua


aposentadoria cassada. A Lei 8.112/1990 prevê que, se ele houver
praticado alguma falta enquanto estava na ativa, desde que esta falta seja
punível com pena de demissão, ele terá a aposentadoria cassada. Dessa
forma, somente será cassada a aposentadoria do servidor se o mesmo for
condenado pela prática, quando ainda na atividade, de falta que teria
determinado a sua demissão.
Por exemplo, se um servidor, antes de se aposentar, tiver se
apropriado indevidamente de bens da União que estavam sob sua guarda
e, após a sua aposentadoria, a administração descobriu a infração, ele terá
sua aposentadoria cassada.
Quando o servidor que foi demitido ou destituído de cargo em
comissão por ter utilizado do cargo para lograr proveito pessoal ou de
outrem, em detrimento da dignidade da função pública; ou ter atuado,
como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo
quando tratava-se de benefícios previdenciários ou assistenciais de
parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro, não poderá
ter nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 5
(cinco) anos.
Agora, nos casos de demissão ocorridos devido ao crime contra a
administração pública; improbidade administrativa; aplicação irregular de
dinheiros públicos; lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio
nacional e corrupção, ele não poderá retornar ao serviço público.
Então, vocês devem se perguntar quem possui o dever legal de
aplicar as penalidades, não é verdade? O artigo 141 da Lei lista os
responsáveis para tal, senão vejamos:
“Art. 141. As penalidades disciplinares serão
aplicadas:
I - pelo Presidente da República, pelos
Presidentes das Casas do Poder Legislativo e
dos Tribunais Federais e pelo Procurador-
Geral da República, quando se tratar de demissão
04491090386

e cassação de aposentadoria ou disponibilidade de


servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou
entidade;
II - pelas autoridades administrativas de
hierarquia imediatamente inferior àquelas
mencionadas no inciso anterior quando se tratar
de suspensão superior a 30 (trinta) dias;
III - pelo chefe da repartição e outras autoridades
na forma dos respectivos regimentos ou
regulamentos, nos casos de advertência ou de
suspensão de até 30 (trinta) dias;

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 46 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

IV - pela autoridade que houver feito a


nomeação, quando se tratar de destituição de
cargo em comissão”.
Percebem que à medida que a pena for mais gravosa, maior a
hierarquia do cargo responsável pela aplicação da pena, ok?
Por fim, é importante lembrar que há um prazo para aplicar a ação
disciplinar, ou seja, há um prazo prescricional (que começa a correr da data
em que o fato se tornou conhecido) conforme descreverei a seguir.

 Quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de


aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo
em comissão – ação prescreve em 5 (cinco) anos;
 Quanto às infrações puníveis com suspensão – ação prescreve
em 2 (dois) anos;
 Quanto às infrações puníveis com advertência – ação
prescreve em 180 (cento e oitenta) dias.
A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar
interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade
competente. No entanto, interrompido o curso da prescrição, o prazo
começará a correr a partir do dia em que cessar a interrupção.

Lei nº 10.871, de 2004.

Dentre outras providências, a Lei nº 10.871, de 20 de maio de 2004,


dispõe sobre a criação de carreiras e organização de cargos efetivos
das autarquias especiais denominadas Agências Reguladoras.
Logo “de cara”, o artigo primeiro cria vários cargos (tanto de nível
superior, quanto de nível intermediário) a serem exercidos exclusivamente
nas carreiras das agências reguladoras, com jornada de trabalho de 40
04491090386

(quarenta) horas semanais, como as de:

 Regulação e Fiscalização de Serviços Públicos de


Telecomunicações;
 Regulação e Fiscalização da Atividade Cinematográfica e
Audiovisual;
 Regulação e Fiscalização de Recursos Energéticos;
 Especialista em Geologia e Geofísica do Petróleo e Gás Natural;
 Regulação e Fiscalização de Petróleo e Derivados, Álcool
Combustível e Gás Natural;
 Regulação e Fiscalização de Saúde Suplementar;

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 47 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

 Regulação e Fiscalização de Serviços de Transportes


Aquaviários;
 Regulação e Fiscalização de Serviços de Transportes
Terrestres;
 Regulação e Fiscalização de Locais, Produtos e Serviços sob
Vigilância Sanitária
 Suporte à Regulação e Fiscalização de Serviços Públicos de
Telecomunicações;
 Suporte à Regulação e Fiscalização da Atividade
Cinematográfica e Audiovisual;
 Suporte à Regulação e Fiscalização de Petróleo e Derivados,
Álcool Combustível e Gás Natural;
 Suporte à Regulação e Fiscalização de Saúde Suplementar;
 Suporte à Regulação e Fiscalização de Serviços de Transportes
Aquaviários;
 Suporte à Regulação e Fiscalização de Serviços de Transportes
Terrestres;
 Suporte à Regulação e Fiscalização de Locais, Produtos e
Serviços sob Vigilância Sanitária;
 Analista Administrativo;
 Técnico Administrativo;
 Regulação e Fiscalização de Aviação Civil;
 Suporte à Regulação e Fiscalização de Aviação Civil.
Essas duas últimas carreiras estão vinculadas à ANAC, sendo a de
Regulação e Fiscalização de Aviação Civil, composta de cargos de nível
superior de Especialista em Regulação de Aviação Civil, com atribuições
voltadas às atividades especializadas de regulação, inspeção,
fiscalização e controle da aviação civil, dos serviços aéreos, dos serviços
auxiliares, da infraestrutura aeroportuária civil e dos demais sistemas que
compõem a infraestrutura aeronáutica, bem como à implementação de
políticas e à realização de estudos e pesquisas respectivos a essas
04491090386

atividades.
Já a carreira de Suporte à Regulação e Fiscalização de Aviação
Civil é composta de cargos de nível intermediário de Técnico em
Regulação de Aviação Civil, com atribuições voltadas ao suporte e ao
apoio técnico especializado às atividades de regulação, inspeção,
fiscalização e controle da aviação civil, dos serviços aéreos, dos serviços
auxiliares, da infraestrutura aeroportuária civil e dos demais sistemas que
compõem a infraestrutura aeronáutica, bem como à implementação de
políticas e à realização de estudos e pesquisas respectivos a essas
atividades. Ou seja, essa carreira está voltada ao suporte e ao apoio técnico
especializado à carreira de Regulação e Fiscalização de Aviação Civil.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 48 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Todas as carreiras de nível superior, com exceção a de Analista


Administrativo, possuem as seguintes atribuições específicas:

 Formulação e avaliação de planos, programas e projetos


relativos às atividades de regulação;
 Elaboração de normas para regulação do mercado;
 Planejamento e coordenação de ações de fiscalização de alta
complexidade;
 Gerenciamento, coordenação e orientação de equipes de
pesquisa e de planejamento de cenários estratégicos;
 Gestão de informações de mercado de caráter sigiloso; e
 Execução de outras atividades finalísticas inerentes ao exercício
da competência das autarquias especiais denominadas
Agências Reguladoras de que trata a lei estudada nesta aula.
Quanto às atribuições comuns, todas as carreiras devem:

 Implementação e executar os planos, programas e projetos


relativos às atividades de regulação;
 Subsidiar e dar apoio técnico às atividades de normatização e
regulação; e
 Subsidiar a formulação de planos, programas e projetos
relativos às atividades inerentes às autarquias especiais
denominadas Agências Reguladoras.
Vale ressaltar que, com exceção das carreiras de Analista e Técnico
Administrativo, as demais carreiras possuem, ainda, as seguintes
atribuições comuns:

 Fiscalizar o cumprimento das regras pelos agentes do mercado


regulado;
 Orientar os agentes do mercado regulado e ao público em
geral; e 04491090386

 Executar outras atividades finalísticas inerentes ao exercício da


competência das autarquias especiais denominadas Agências
Reguladoras de que trata a lei estudada nesta aula.

O regime jurídico dos cargos e carreiras das autarquias especiais


(ANATEL, ANCINE, ANEEL, ANP, ANS, ANTAQ, ANTT, ANVISA, ANA, ANAC)
é o mesmo instituído na Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, devendo
apenas observar algumas peculiaridades previstos na Lei estudada.
Uma das vedações previstas na Lei estudada é a de aplicação do
instituto da redistribuição aos servidores ocupantes de cargos e carreiras
das Agências Reguladoras (citados no início da aula) e para as Agências

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 49 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Reguladoras referidas no parágrafo anterior. Dessa forma, não poderá um


servidor da ANATEL ser redistribuído para a ANAC, nem um Especialista em
Regulação de Aviação Civil da ANAC ser redistribuído para o cargo de
Técnico em Regulação de Aviação Civil da ANAC.
Pessoal, citamos no início desse tópico as carreiras previstas na Lei
estudada. Sabemos que cada carreira é composta por diversos cargos.
Vocês devem ter em mente, ainda, que os cargos são organizados em
classes e padrões. Vejamos, no quadro abaixo a diferença entre carreira,
classe e padrão:

Carreira:
o conjunto de classes de cargos de mesma profissão, natureza do
trabalho ou atividade, escalonadas segundo a responsabilidade e
complexidade inerentes a suas atribuições;
Classe:
a divisão básica da carreira integrada por cargos de idêntica
denominação, atribuições, grau de complexidade, nível de
responsabilidade, requisitos de capacitação e experiência para o
desempenho das atribuições; e

Padrão:
a posição do servidor na escala de vencimentos da carreira.

Figura 12. Diferença entre Carreira, Classe e Padrão de um cargo.

E como se dá o desenvolvimento do servidor nos cargos das


carreiras previstas na Lei nº 10.871, de 2004? O servidor terá o seu
desenvolvimento mediante progressão funcional e promoção,
obedecendo aos princípios da anualidade, da competência e
04491090386

qualificação profissional e da existência de vaga. Vejamos, a seguir,


a diferença entre a progressão funcional e a promoção:

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 50 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

a passagem do servidor para o padrão de


vencimento imediatamente superior dentro
Progressão de uma mesma classe - levando em conta o
Funcional seu desempenho no exercício do cargo.

a passagem do servidor do último padrão de


uma classe para o primeiro padrão da classe
Promoção imediatamente superior

Figura 13. Diferença entre progressão funcional e promoção.

Para que o servidor consiga a promoção e a progressão funcional, ele


deverá observar a sistemática da avaliação de desempenho,
capacitação e qualificação funcionais. Entretanto, cada Agência
Reguladora regulamentará a forma específica, devendo apenas observar a
vedação de progressão de ocupante de cargo efetivo antes de
completado o interstício de 1 (um) ano de efetivo exercício em cada
padrão, com uma exceção prevista.
E qual seria essa exceção? A Lei prevê que, mediante resultado de
avaliação de desempenho ou da participação em programas de capacitação,
o princípio da anualidade aplicável à progressão poderá sofrer redução de
até 50% (cinquenta por cento), conforme disciplinado em regulamento
específico de cada Agência.
04491090386

Competências

Pessoal, vejamos agora as competências de responsabilidade de


cada Agência Reguladora referida anteriormente (ANATEL, ANCINE, ANEEL,
ANP, ANS, ANTAQ, ANTT, ANVISA, ANA, ANAC):

 Administrar os cargos efetivos de seu quadro de pessoal,


bem como os cargos comissionados e funções de confiança
integrantes da respectiva estrutura organizacional;

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 51 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

 Definir o quantitativo máximo de vagas por classe e


especificar, em ato próprio, as atribuições pertinentes a cada
cargo de seu quadro de pessoal, referidos nesta Lei,
respeitadas a estruturação e a classificação dos cargos efetivos
definidas na Lei estudada;
 Editar e dar publicidade aos regulamentos e instruções
necessários à aplicação da Lei nº 10.871, de 2004; e
 Implementar programa permanente de capacitação,
treinamento e desenvolvimento destinado a assegurar a
profissionalização dos ocupantes dos cargos de seu quadro de
pessoal ou que nela tenham exercício, no prazo de até 1 (um)
ano, a contar da data da conclusão do primeiro concurso de
ingresso regido pelo disposto nesta Lei.

Investidura nos Cargos

E como se dá a investidura nos cargos efetivos previstos na Lei


que dispõe sobre a criação de carreiras e a organização de cargos efetivos
das autarquias especiais? De acordo com o artigo 14, a investidura dar-se-
á por meio de concurso público de provas ou de provas e títulos,
realizado para provimento efetivo de pessoal no padrão inicial da classe
inicial de cada carreira.
Deve-se, portanto, observar a exigência de curso de graduação
em nível superior ou certificado de conclusão de ensino médio de
acordo com o nível do cargo pretendido, com atenção, ainda, para o
regulamento específico de cada entidade.
Cabe apenas um alerta sobre o concurso. Este poderá ser realizado
por áreas de especialização, organizado em uma ou mais fases, incluindo,
se for o caso, curso de formação, conforme dispuser o edital de abertura
do certame, o qual definirá as características de cada etapa do concurso
04491090386

público, os requisitos de escolaridade, formação especializada e experiência


profissional, critérios eliminatórios e classificatórios, bem como eventuais
restrições e condicionantes.
A instância de deliberação máxima da entidade é quem deve
propor os concursos públicos para provimento dos cargos previstos na
Lei e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão é quem os
autorizará após observar a disponibilidade de orçamento e de vagas.
Como de regra, o concurso público observará o disposto em edital de
cada entidade, devendo ser constituído de prova escrita e podendo, ainda,
incluir provas orais e avaliação de títulos.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 52 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Fará parte obrigatória do concurso, para os cargos que exigem nível


superior (com exceção o de Analista Administrativo), curso de formação
específica, com efeito eliminatório e classificatório.

Vencimentos dos Cargos

Os vencimentos dos cargos das carreiras previstas na Lei estudada


constituem-se de:
I - Vencimento básico e Gratificação de Desempenho de Atividade
de Regulação - GDAR para os cargos de todas as carreiras, com exceção
da seguinte: Analista e Técnico Administrativo.
II - Vencimento Básico e Gratificação de Desempenho de Atividade
Técnico-Administrativa em Regulação - GDATR para os cargos das
carreiras de Analista e Técnico Administrativo.
Os padrões de vencimento, conforme vimos, são a posição do
servidor na escala de vencimentos da carreira. Esses padrões são
estabelecidos em lei.
Por fim, os servidores integrantes dos cargos das carreiras previstas
na Lei ora estudada não fazem jus à percepção da Vantagem Pecuniária
Individual - VPI devida aos servidores públicos federais dos Poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário da União, das autarquias e fundações
públicas federais, ocupantes de cargos efetivos ou empregos públicos, ok?
Pessoal, as gratificações de desempenho (GDAR e GDATR) poderão
ser incorporadas aos proventos da aposentadoria ou às pensões, desde que
já sejam recebidas há pelo menos 5 (cinco) anos. O cálculo do GDAR e
GDATR deverá ser pela média aritmética dos percentuais de gratificação
percebidos nos últimos 60 (sessenta) meses anteriores à aposentadoria ou
à instituição da pensão, consecutivos ou não.
Isso não quer dizer que se a GDAR e a GDATR forem percebidas por
um período inferior a 60 meses que o servidor não poderá incorporá-las.
04491090386

Poderá sim, desde que observe uma das seguintes situações:


I - para as aposentadorias concedidas e pensões instituídas até 19 de
fevereiro de 2004:
a) a partir de 1o de julho de 2008, em valor correspondente a 40
(quarenta) pontos, observados o nível, a classe e o padrão do servidor; e
b) a partir de 1o de julho de 2009, em valor correspondente a 50
(cinquenta) pontos, observados o nível, a classe e o padrão do servidor;
II - para as aposentadorias concedidas e pensões instituídas após 19
de fevereiro de 2004:
a) quando ao servidor que deu origem à aposentadoria ou à pensão
se aplicar o disposto nos arts. 3º e 6º da Emenda Constitucional nº 41, de

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 53 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

19 de dezembro de 2003, e no art. 3º da Emenda Constitucional nº 47, de


5 de julho de 2005, aplicar-se-ão os percentuais constantes das alíneas a
e b do inciso I do parágrafo único deste artigo; e
b) aos demais aplicar-se-á, para fins de cálculo das aposentadorias e
pensões, o disposto na Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004.

Vamos praticar agora?

(CESPE – ANTT – TODOS OS CARGOS) É vedada a especialista em


regulação que se aposenta a incorporação ao salário da
gratificação de desempenho de atividade de regulação (GDAR)
que recebia quando em atividade.

Conforme vimos, as gratificações de desempenho poderão ser


incorporadas aos proventos de aposentadoria ou às pensões. Gabarito,
portanto, questão errada.

Continuando, a GDATR será devida aos ocupantes dos cargos de


Analista Administrativo e Técnico Administrativo (em função do
desempenho individual e do desempenho institucional) quando em
exercício de atividades inerentes às atribuições do respectivo cargo nas
Agências Reguladoras referidas nesta aula.
Em caso de afastamentos e licenças considerados como de
efetivo exercício, sem prejuízo da remuneração e com direito à percepção
de gratificação de desempenho, o servidor continuará percebendo a GDATR
em valor correspondente ao da última pontuação obtida, até que seja
processada a sua primeira avaliação após o retorno.
Isso, portanto, não vale para os casos de cessão de servidor, ou
seja, quando ele for autorizado a exercer cargo em comissão ou função de
04491090386

confiança, ou para atender situações previstas em leis específicas, em outro


órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, sem alteração da lotação no órgão de origem.
O servidor recém-nomeado para cargo efetivo e aquele que tenha
retornado de licença sem vencimento ou cessão ou outros afastamentos
sem direito à percepção da GDATR no decurso do ciclo de avaliação
receberão a gratificação no valor correspondente a 80 (oitenta) pontos até
que seja processada a primeira avaliação de desempenho individual que
venha a surtir efeito financeiro.
A avaliação de desempenho individual visa a aferir o
desempenho do servidor, no exercício das atribuições do cargo ou

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 54 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

função, com foco na sua contribuição individual para o alcance das metas
institucionais.
A avaliação de desempenho institucional visa a aferir o
desempenho no alcance das metas institucionais, podendo considerar
projetos e atividades prioritárias e condições especiais de trabalho, além
de outras características específicas de cada entidade.
A avaliação de desempenho dos empregados das Agências será
estabelecida por meio de critérios padronizados, em conformidade com as
características das funções exercidas, observados os seguintes:

 Produtividade no trabalho, com base em padrões previamente


estabelecidos de qualidade e economicidade;
 Capacidade de iniciativa;
 Cumprimento das normas de procedimentos e de conduta no
desempenho das atribuições do cargo; e
 Disciplina.
Se algum dos requisitos acima for desatendido, de forma habitual, o
desempenho apurado em avaliação será considerado insuficiente para
obtenção de progressão ou promoção por merecimento.

Contratação por Tempo Determinado

ANATEL, ANCINE, ANEEL, ANP, ANS, ANTAQ, ANTT, ANVISA, ANA e


ANAC, poderão efetuar contratação por tempo determinado, pelo prazo de
12 (doze) meses, mediante processo seletivo simplificado (PSS), do pessoal
técnico imprescindível ao exercício de suas competências institucionais.
O PSS compreenderá, obrigatoriamente, prova escrita e,
facultativamente, análise de curriculum vitae sem prejuízo de outras
modalidades que, a critério da entidade contratante, venham a ser
04491090386

exigidas.
A remuneração do pessoal contratado por tempo determinado terá
como referência os valores definidos em ato conjunto da Agência e do órgão
central do Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal - SIPEC.
Vale ressaltar que houve a exigência de que, a partir de 1º de janeiro
de 2005, o quantitativo de contratos por tempo determinado firmado com
base nas leis de criação das respectivas Agências Reguladoras deve ser
reduzido anualmente, de forma compatível com as necessidades da
entidade, no mínimo em número equivalente ao de ingresso de servidores
nos cargos previstos na Lei analisada nesta aula.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 55 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Deveres e Proibições

Os servidores em efetivo exercício nas Agências Reguladoras


(ANATEL, ANCINE, ANEEL, ANP, ANS, ANTAQ, ANTT, ANVISA, ANA, ANAC)
devem observar alguns deveres e das proibições, além daqueles
previstos na Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, os seguintes:
O dever de manter sigilo sobre as operações ativas e passivas e
serviços prestados pelas instituições reguladas de que tiverem
conhecimento em razão do cargo ou da função, conforme regulamentação
de cada Agência Reguladora.
Se esse dever não for observado, considera-se como falta grave,
sujeitando o infrator à pena de demissão ou de cassação de aposentadoria
ou disponibilidade.
Além disso, eles possuem as seguintes proibições:
a) prestar serviços, ainda que eventuais, a empresa cuja atividade
seja controlada ou fiscalizada pela entidade, salvo os casos de
designação específica;
b) firmar ou manter contrato com instituição regulada, bem como
com instituições autorizadas a funcionar pela entidade, em condições mais
vantajosas que as usualmente ofertadas aos demais clientes;
c) exercer outra atividade profissional, inclusive gestão
operacional de empresa, ou direção político-partidária, excetuados os
casos admitidos em lei;
d) contrariar súmula, parecer normativo ou orientação técnica,
adotados pela Diretoria Colegiada da respectiva entidade de lotação; e
e) exercer suas atribuições em processo administrativo, em
que seja parte ou interessado, ou haja atuado como representante de
qualquer das partes, ou no qual seja interessado parente consanguíneo ou
afim, em linha reta ou colateral, até o 2º (segundo grau), bem como
04491090386

cônjuge ou companheiro, bem como nas hipóteses da legislação, inclusive


processual.
Casos essas proibições não forem observadas, o infrator será punido
com a pena de advertência, de suspensão, de demissão ou de cassação de
aposentadoria, de acordo com a gravidade, conforme estabelecido na Lei
nº 8.112, de 1990.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 56 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Questões Comentadas

1. (CETRO – ANVISA – ANALISTA – 2013) O artigo 20-A da Lei nº


10.871/2004 institui a Gratificação de Desempenho de Atividade
Técnico-Administrativa em Regulação (GDATR), devida aos
ocupantes dos cargos de Analista Administrativo e Técnico
Administrativo de que tratam as Leis nº 10.768/2003 e
10.871/2004, quando em exercício de atividades inerentes às
atribuições do respectivo cargo nas Agências Reguladoras
referidas no Anexo I da Lei nº 10.871/2004 (incluído pela Lei nº
11.292/2006). O artigo 20-B (incluído pela Lei nº 11.292/2006)
estabelece que a GDATR seja atribuída em função do
desempenho:
a) da instituição, medido pelos indicadores de qualidade,
mediante um processo avaliativo dos usuários do serviço
prestado.
b) individual do servidor e do desempenho institucional de cada
Agência, para os respectivos servidores referidos no artigo 20-A
da referida Lei.
c) individual do servidor, medido pelos indicadores de qualidade
no processo de autoavaliação, referidos no artigo 20-A da
referida Lei.
d) institucional, medido pelos indicadores de qualidade focados
nos resultados.
e) individual do servidor referido no artigo 20-A da referida Lei,
medido pelos indicadores de qualidade focados nos processos.

Vejam a letra do artigo 20-B da Lei nº 10.871, de 2004:


“Art. 20-B. A GDATR será atribuída em função
do desempenho individual do servidor e do
04491090386

desempenho institucional de cada Agência,


para os respectivos servidores referidos no art. 20-
A desta Lei.
(...)”.
Questão “copia-cola” da Lei. Gabarito, portanto, letra B.

2. (CETRO – ANVISA – ANALISTA – 2013) A Lei nº 10.871/2004,


dispõe sobre a criação de carreiras e organização de cargos
efetivos das autarquias especiais denominadas Agências
Reguladoras. A esse respeito, assinale a alternativa correta.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 57 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

a) O interstício de 1 ano, de efetivo exercício em cada padrão,


para a progressão do ocupante de cargo efetivo, poderá ser
reduzido em até 50% mediante resultado de avaliação de
desempenho ou da participação em programas de capacitação.
b) Os cursos de especialização com carga horária mínima de 140
horas-aula, em área de interesse das entidades, poderão ser
equiparados a cursos de pós-graduação em sentido amplo,
inclusive sem a necessidade de avaliação do Comitê Especial
para Concessão de Gratificação de Qualificação.
c) Para a progressão e promoção na carreira, a chefia imediata
do servidor fará a aprovação baseada apenas na comparação
entre a escolaridade do servidor e a exigida pelo cargo almejado.
d) É vedada às Agências Reguladoras, referidas no anexo I dessa
lei, a contratação de pessoal não concursado.
e) É de 44 horas semanais a jornada de trabalho dos integrantes
dos cargos a que se refere essa lei.

A letra A está correta, pois, conforme vimos, mediante resultado de


avaliação de desempenho ou da participação em programas de capacitação,
o princípio da anualidade aplicável à progressão poderá sofrer redução de
até 50% (cinquenta por cento).
A letra B foi invenção do examinador, pois não há essa previsão na
Lei.
A letra C está errada, pois, para fins de progressão e promoção na
carreira, os ocupantes dos cargos referidos na Lei nº 10.871, de 2004,
serão submetidos anualmente à avaliação de desempenho funcional,
obedecendo ao disposto nesta Lei, na forma do regulamento.
A letra D está errada, pois pode haver contratação por tempo
determinado, mediante processo seletivo simplificado.
A letra E está errada, pois a jornada de trabalho é de 40 horas
04491090386

semanais. Dessa forma, o gabarito é letra A.

3. (CETRO – ANVISA – TÉCNICO - 2013) De acordo com a Lei nº


10.871/2004, aos ocupantes de cargos efetivos, aos
requisitados, aos ocupantes de cargos comissionados e aos
dirigentes das Agências, é correto afirmar que:
a) é permitido o exercício de outra atividade profissional, em
qualquer ponto do território nacional, a quem estiver habilitado
nelas, de acordo com as leis federais, e possuir título registrado.
b) é vedado o exercício regular de outra atividade profissional,
inclusive gestão operacional de empresa ou direção político-
partidária, exceto os casos admitidos em lei.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 58 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

c) nenhum ocupante de cargo comissionado poderá exercer a


direção técnica de mais de uma agência.
d) é permitido o exercício regular de outra atividade profissional
apenas aos servidores que já exerçam a profissão antes da
homologação do concurso para o qual foi aprovado.
e) é vedado acumular cargo em comissão com função de
confiança.

A letra A está errada, pois o exercício de outra atividade


profissional, inclusive gestão operacional de empresa, ou direção político-
partidária é proibido aos servidores em efetivo exercício nas Agências
Reguladoras, excetuados os casos admitidos em lei. Dessa forma, a letra
B está correta, sendo o gabarito da questão.

4. (CETRO – ANVISA – TÉCNICO – 2013) De acordo com a Lei nº


10.871/2004, a data de publicação no Diário Oficial da União do
ato de fixação das metas de desempenho institucional constitui
o marco temporal para o:
a) início da adequação da formação acadêmica às atividades
desempenhadas pelo servidor.
b) início da fixação das vagas colocadas em concorrência.
c) cumprimento de requisitos técnico-funcionais, acadêmicos e
organizacionais necessários ao desempenho das atividades de
supervisão, gestão ou assessoramento, quando em efetivo
exercício do cargo.
d) início do período de avaliação.
e) início da prorrogação do período de estágio probatório.

A data de publicação no Diário Oficial da União do ato de fixação das


04491090386

metas de desempenho institucional constitui o marco temporal para o início


do período de avaliação. Gabarito, portanto, letra D.

5. (CETRO – ANVISA – ANALISTA – 2013) De acordo com a Lei nº


10.871/2004, a avaliação de desempenho individual e a
avaliação de desempenho institucional visam a aferir,
respectivamente:
a) a responsabilidade, a assiduidade, o compromisso, a eficiência
e eficácia dos gestores e chefes de equipes na luta para atingir
as metas institucionais; os resultados obtidos, em termos de
satisfação dos usuários do serviço em pauta, em consonância
com as metas da entidade.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 59 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

b) a efetividade dos servidores, a capacidade de produzir um


efeito, que pode ser positivo ou negativo, possibilitando, dessa
forma, verificar o impacto da implantação de um programa ou
projeto; a efetividade da instituição na implantação de um
programa ou projeto, podendo considerar projetos e atividades
prioritárias e condições especiais de trabalho, além de outras
características específicas de cada entidade.
c) a eficiência da entidade, ou seja, a capacidade de utilizar
produtivamente os recursos para atingir as metas institucionais;
eficácia dos servidores, ou seja, a capacidade de realizar
objetivos propostos e a efetividade, ou seja, a capacidade de
realizar a coisa certa para transformar a situação existente, de
acordo com as diretrizes institucionais.
d) o desempenho do servidor, no exercício das atribuições do
cargo ou função, com foco na sua contribuição individual para o
alcance das metas institucionais; o desempenho no alcance das
metas institucionais, podendo considerar projetos e atividades
prioritárias e condições especiais de trabalho, além de outras
características específicas de cada entidade.
e) o desempenho no alcance das metas institucionais,
considerando os programas, projetos e atividades prioritárias,
além de outras características específicas de cada instituição; o
desempenho do servidor, no exercício das atribuições do cargo
ou função, com foco na eficiência, na eficácia e na efetividade
individual para o alcance das metas institucionais.

A questão pede que se diferencie avaliação de desempenho individual


de avaliação de desempenho institucional. A letra D traz os conceitos
constantes na Lei nº 10.871, de 2044, sendo, portanto, o gabarito da
questão.

6. (CETRO – ANVISA – ANALISTA – 2013) De acordo com a Lei nº


04491090386

10.871/2004, que dispõe sobre a criação de carreiras e


organização de cargos das Agências Públicas, é correto afirmar
que:
a) a jornada de trabalho semanal é de 44 horas.
b) o desenvolvimento do servidor em seu cargo obedecerá aos
princípios da anualidade e da competência e qualificação
profissional, não importando, para tanto, a existência ou não de
vaga.
c) em caso de afastamento ou considerados como de efetivo
exercício, o servidor continuará a perceber sua remuneração,

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 60 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

sem direito, no entanto, à percepção de gratificação de


desempenho (GDAR).
d) a avaliação de desempenho realizada pelas agências
reguladoras detém critérios padronizados de mensuração do
desempenho de seus empregados contando apenas os seguintes
critérios legais: produtividade no trabalho, capacidade de
iniciativa, cumprimento das normas de procedimentos e de
conduta no desempenho das atribuições do cargo, disciplina e
tempo de casa.
e) até que seja processada a primeira avaliação de desempenho
individual que venha a surtir efeito financeiro, o servidor recém-
nomeado para cargo efetivo terá direito à percepção da GDAR no
decurso do ciclo de avaliação no valor correspondente a 80
pontos.

A letra A está errada, pois a jornada de trabalho é de 40 horas


semanais. A letra B também está errada, pois os princípios a serem
observados ao seu desenvolvimento mediante progressão funcional e
promoção, são: princípios da anualidade, da competência e
qualificação profissional e da existência de vaga.
A letra C está errada, pois em caso de afastamentos e licenças
considerados como de efetivo exercício, sem prejuízo da remuneração e
com direito à percepção de gratificação de desempenho, o servidor
continuará percebendo a GDATR em valor correspondente ao da última
pontuação obtida, até que seja processada a sua primeira avaliação após o
retorno.
A letra D está errada, pois os critérios observados são: produtividade
no trabalho (com base em padrões previamente estabelecidos de qualidade
e economicidade); capacidade de iniciativa; cumprimento das normas de
procedimentos e de conduta no desempenho das atribuições do cargo; e
disciplina. Não se fala, portanto, de tempo de casa, nem de produtividade
no trabalho. 04491090386

Por fim a letra E está correta, sendo, portanto, o gabarito da questão.

7. (CETRO – ANVISA – ANALISTA – 2013) De acordo com a Lei nº


10.871/2004, é correto afirmar que a Gratificação de
Desempenho de Atividade Técnico- Administrativa em Regulação
(GDATR) é devida aos analistas:
a) de regulação e técnicos em regulação.
b) de regulação e técnicos em vigilância sanitária.
c) de vigilância sanitária e técnicos em regulação.
d) administrativos e técnicos administrativos.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 61 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

e) administrativos e técnicos em vigilância sanitária.

Questão tranquila. Conforme vimos, o GDATR é devido aos


integrantes dos cargos das carreiras de Analista e Técnico Administrativo.
Gabarito, portanto, letra D.

8. (CETRO – ANVISA – ANALISTA – 2013) De acordo com a Lei nº


10.871/2004, acerca do que cabe às Agências Reguladoras, no
âmbito de suas competências, assinale a alternativa incorreta.
a) Administrar os cargos efetivos de seu quadro de pessoal, bem
como os cargos comissionados e funções de confiança
integrantes da respectiva estrutura organizacional.
b) Firmar ou manter contrato com instituição regulada, bem
como com instituições autorizadas a funcionar pela entidade, em
condições mais vantajosas que as usualmente ofertadas aos
demais clientes.
c) Definir o quantitativo máximo de vagas por classe e
especificar, em ato próprio, as atribuições pertinentes a cada
cargo de seu quadro de pessoal, referidos nessa lei, respeitadas
a estruturação e a classificação dos cargos efetivos definidas no
Anexo III dessa lei.
d) Editar e dar publicidade aos regulamentos e instruções
necessárias à aplicação dessa lei.
e) Implementar programa permanente de capacitação,
treinamento e desenvolvimento destinado a assegurar a
profissionalização dos ocupantes dos cargos de seu quadro de
pessoal ou que nela tenham exercício.

Questão copiada do artigo 13 da Lei nº 10.871, de 2004, o qual define


as competências cabíveis às agências reguladoras, senão vejamos:
04491090386

“Art. 13. Cabe às Agências Reguladoras referidas no


Anexo I desta Lei, no âmbito de suas competências:
I - administrar os cargos efetivos de seu quadro de
pessoal, bem como os cargos comissionados e
funções de confiança integrantes da respectiva
estrutura organizacional;
II - definir o quantitativo máximo de vagas por
classe e especificar, em ato próprio, as atribuições
pertinentes a cada cargo de seu quadro de pessoal,
referidos nesta Lei, respeitadas a estruturação e a
classificação dos cargos efetivos definidas no Anexo
III desta Lei;

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 62 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

III - editar e dar publicidade aos regulamentos e


instruções necessários à aplicação desta Lei; e
IV - implementar programa permanente de
capacitação, treinamento e desenvolvimento
destinado a assegurar a profissionalização dos
ocupantes dos cargos de seu quadro de pessoal ou
que nela tenham exercício”.
Dessa forma, o gabarito é letra B, sendo a única alternativa não
disposta como competência prevista na Lei estudada.

9. (CESPE – ANTT – TODOS OS CARGOS – 2013) A depender do


resultado da avaliação de desempenho ou da participação em
programas de capacitação, o analista administrativo pode
progredir funcionalmente em menos de um ano, conforme
regulamentação específica da respectiva entidade.

Conforme vimos, a promoção e a progressão funcional deverão


observar a sistemática da avaliação de desempenho, capacitação e
qualificação funcionais, observando a vedação de progressão de
ocupante de cargo efetivo antes de completado o interstício de 1 (um)
ano de efetivo exercício em cada padrão.
Entretanto, há uma exceção prevista: mediante resultado da
avaliação de desempenho ou da participação em programas de capacitação,
o servidor pode progredir funcionalmente em menos de um ano, conforme
regulamentação específica da respectiva entidade. Gabarito, portanto,
questão correta.

10. (CESPE – ANAC – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE AVIAÇÃO


CIVIL – 2012) É permitido ao servidor da ANAC prestar serviços
eventuais a empresa cuja atividade seja fiscalizada por essa
agência, sendo considerados eventuais os serviços de duração
04491090386

inferior a doze horas, realizados somente uma vez a cada período


de dois meses.

Exceto nos casos de designação específica, fica proibida a prestação


de serviços, ainda que eventuais, a empresa cuja atividade seja controlada
ou fiscalizada pela entidade. Gabarito, portanto, questão errada.

11. (CESPE – ANS – ANALISTA – 2005) Agência reguladora, em


sentido amplo, seria, no direito brasileiro, qualquer órgão da
administração direta ou entidade da administração indireta com
função de regular a matéria específica que lhe está afeta. Se for

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 63 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

entidade da administração indireta, ela está sujeita ao princípio


da especialidade, o que significa que cada qual exerce e é
especializada na matéria que lhe foi atribuída por lei. Maria
Sylvia Zanella Di Pietro. Direito administrativo, 17.ª ed. São
Paulo: Atlas, 2004 (com adaptações).
Considerando o texto acima e com fundamento na Lei n.º
10.871/2004, que dispõe sobre a criação de carreiras e a
organização de cargos efetivos das agências reguladoras, julgue
o item a seguir.

A Lei n.º 10.871/2004 criou agências reguladoras sob o regime


fundacional. A Agência Nacional de Saúde (ANS) é um caso típico
de fundação pública com poder de regulação, inspeção,
fiscalização e controle da assistência suplementar à saúde e
pertence, pois, à administração indireta.

A Lei nº 10.871, de 2004, dispôs sobre a criação de carreiras e a


organização de cargos efetivos das autarquias especiais denominadas
Agências Reguladoras.
Dessa forma, o gabarito é questão errada, pois a agências
reguladoras são autarquias especiais e não fundações públicas.

12. (FCC – TRT-23 – ANALISTA – 2016) Além dos vencimentos


ordinariamente pagos aos servidores públicos federais, de
acordo com a Lei n° 8.112/1990, podem lhes ser atribuídas
algumas vantagens. Dentre elas,
A) distinguem-se as indenizações das gratificações, pois estas
podem se incorporar aos vencimentos dos servidores, conforme
disposto na lei, assim como os adicionais.
B) equiparam-se os adicionais às gratificações para fins de
04491090386

incorporação aos vencimentos dos servidores, tendo em vista


que ambas as vantagens passam a integrar a remuneração ou
proventos dos servidores em sua integralidade, para todos os
fins.
C) distinguem-se as indenizações das gratificações, pois as
primeiras se incorporam à remuneração para todos os fins,
enquanto as gratificações perduram apenas enquanto durar o
evento que lhes justifica.
D) estão as indenizações, gratificações e adicionais, que se
incorporam aos vencimentos dos servidores para todos os fins,
sempre que ficar configurada habitualidade no recebimento por
prazo superior a um exercício orçamentário.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 64 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

E) destacam-se as indenizações e os adicionais, que se


incorporam aos vencimentos dos servidores e ficam excluídas do
teto de remuneração.

As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para


qualquer efeito. Já as gratificações e os adicionais incorporam-se ao
vencimento ou provento nos casos previstos em lei. Assim, apenas as
gratificações e os adicionais são passíveis de incorporação ao vencimento.
A letra A está logo correta e é o gabarito da banca.
Já a letra B está incorreta. Se estas vantagens forem incorporadas,
elas não poderão fazer parte do cálculo de concessão de qualquer outro
acréscimo pecuniário posteriormente, sob mesmo título ou com
fundamentação igual. Ou seja, o final da frase (“para todos os fins”) torna
a afirmativa incorreta.
A letra C está também errada, pois as indenizações não são
incorporadas. Pelo mesmo motivo, a letra D e a letra E estão equivocadas.
O gabarito é mesmo a letra A.

13. (FCC – TRT-23 – ANALISTA – 2016) A Administração pública está


sujeita a deveres e prerrogativas no seu mais amplo espectro de
atuação, que se dá por intermédio de agentes públicos. Os
servidores públicos, no exercício de suas funções, também estão
sujeitos a deveres e responsabilidades. Considerando o que
dispõe a Lei n° 8.112/1990,
A) o servidor está sujeito a responsabilização somente quando
agir com dolo, conduta que deverá ser objeto de processo
disciplinar, sem prejuízo da apuração dos danos civis causados.
B) o servidor responde diretamente, perante terceiros, pelos
danos que a eles causar, não cabendo ação direta contra a
Fazenda Pública.
C) a responsabilidade dos servidores, na esfera civil ou
04491090386

administrativa, decorre de condutas comissivas ou omissivas


praticadas no exercício do cargo ou da função, dolosa ou
culposamente.
D) a responsabilidade por infrações penais deve ser apurada
antes da responsabilidade civil ou administrativa, porque as
absorve, devido a menor gravidade.
E) as infrações no campo civil, administrativo e penal podem ser
processadas em paralelo, mas as sanções não podem se cumular,
devendo ser aplicada a sanção mais gravosa.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 65 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

A letra A está incorreta, pois o servidor está sujeito a


responsabilização por ato omissivo ou comissivo, com dolo ou culpa. A
letra B está igualmente incorreta porque cabe sim ação perante a Fazenda
Pública. Já a letra C está correta e é o nosso gabarito.
A letra D está equivocada. O artigo n° 121 da Lei 8.112/90 impõe
que o servidor deverá responder civil, penal e administrativamente pelo
exercício irregular de suas atribuições. Essas penalidades poderão ou não
se acumular. Não existe a necessidade de a ação penal ser feita antes das
outras.
Pelo mesmo motivo (as ações podem ser cumuladas), a letra E está
também errada. O gabarito é mesmo a letra E.

14. (FCC – DPE-RR – TÉCNICO – 2015) A expressão agentes públicos


é bastante abrangente, compreendendo categorias sujeitas a
distintos regimes jurídicos. Dentre as várias espécies de agentes
públicos inserem-se os servidores públicos estatutários,
A) que ocupam cargos públicos e os empregados públicos, cujo
vínculo é pautado na legislação trabalhista, excluindo-se os
servidores temporários, porque não podem se vincular
definitivamente à Administração Pública.
B) que ocupam cargos públicos, os empregados públicos, cujo
vínculo é pautado na legislação trabalhista e os servidores
temporários, contratados por tempo determinado, para atender
a necessidades temporárias de excepcional interesse público.
C) celetistas e temporários e os agentes políticos, excluindo-se
os particulares em colaboração com o Poder Público, por não
manterem com o Poder Público vínculo empregatício.
D) que ocupam cargos públicos e os servidores temporários,
contratados por tempo determinado, excluindo-se os
empregados públicos, por não se submeterem a concurso
público. 04491090386

E) celetistas e temporários e os particulares em colaboração com


o Poder Público, excluindo-se os agentes políticos, porque foram
investidos por eleição nos respectivos cargos.

A questão é um pouco confusa, mas cobra o conceito dos agentes


administrativos, que está inserido no rol de agentes públicos. O conceito
de agente público engloba11: os agentes políticos, os agentes
administrativos (estatutários, celetistas e temporários), os agentes
honoríficos, os agentes delegados e os agentes credenciados.

11
(Alexandrino & Paulo, Direito Administrativo Descomplicado, 2014)

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 66 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Deste modo, o gabarito da banca é mesmo a letra B.

15. (FCC – TRE-PB – TÉCNICO – 2015) Marina é servidora federal


estatutária e aposentou-se há cerca de 9 meses. Não tendo se
acostumado à inatividade, apresentou requerimento à
Administração pública que integrava, externando intenção de
voltar à ativa. O pedido, de acordo com o que prevê a Lei
nº 8.112/1990:
A) não é passível de ser acolhido, pois a readaptação somente
pode ser deferida no caso de anulação do ato de concessão de
aposentadoria.
B) é direito subjetivo da servidora, tendo em vista que ainda não
decorridos cinco anos desde a concessão da aposentadoria.
C) deve ser deferido imediatamente após a próxima
aposentadoria ocorrida no mesmo órgão onde estava
classificada a servidora.
D) pode ser deferido, considerando o prazo decorrido, desde que
a reversão se dê no interesse da Administração e que haja cargo
vago para ser ocupado.
E) pode ser deferido se a recondução for feita dentro do prazo
prescricional para revisão do ato de aposentadoria e desde que
haja interesse público no atendimento.

Segundo a Lei nº 8.112/90, a reversão é o retorno à atividade de


servidor aposentado por invalidez ou no interesse da administração no
mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação.
O caso da questão é claramente o de aposentadoria a pedido. Ele
pode ser concedido, no interesse da Administração desde que as seguintes
condições sejam cumpridas pelo servidor:
a) tenha solicitado a reversão;
04491090386

b) a aposentadoria tenha sido voluntária;


c) estável quando na atividade;
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos
anteriores à solicitação;
e) haja cargo vago.
A letra B está incorreta por dizer que o direito da servidora é
subjetivo. Ele é objetivo, pois existem normas descrevendo o que deve ser
feito. Subjetivo seria fazer valer o direito. Deste modo, o gabarito é mesmo
a letra D.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 67 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

16. (FCC – TRT-PR – TÉCNICO – 2015) Entende-se como forma de


provimento em cargos públicos por servidores públicos, na
forma da Lei nº 8.112/90:
A) Readaptação, que consiste na investidura em cargo público de
provimento efetivo, por servidor público concursado, quando
não tiver obtido aprovação integral no estágio probatório, mas
tiver recebido recomendação de ocupação de cargo com
atribuições e exigências de nível imediatamente inferior.
B) Reversão, que se presta a prover em cargo público servidor
público que tenha revertido sua demissão
judicialmente, mediante anulação do ato que ilegalmente lhe
imputou conduta tipificada e punida com aquela penalidade.
C) Reintegração, que consiste no retorno à ativa de servidor
público aposentado por invalidez, quando a aposentadoria
tenha sido anulada por reconhecimento de ausência de
requisitos autorizadores da concessão inicial.
D) Recondução, que se presta a ensejar o retorno do servidor
público ao cargo que anteriormente ocupava por qualquer razão
ou fundamento em direito admitido, tenha o funcionário obtido
a decisão por ato administrativo ou judicial, discricionário ou
vinculado.
E) Aproveitamento, que consiste no provimento em cargo por
servidor anteriormente colocado em disponibilidade,
observada a compatibilidade de atribuições e vencimentos com
o cargo anteriormente ocupado.

A letra A está errada. O artigo 24 da Lei 8.112/90 conceitua a


modalidade de provimento denominada readaptação da seguinte forma:
“É a investidura do servidor em cargos de
atribuições e responsabilidades compatíveis
com a limitação que tenha sofrido em sua
04491090386

capacidade física ou mental verificada em


inspeção médica”
A letra B está igualmente errada. Segundo a Lei nº 8.112/90, a
reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado por
invalidez ou no interesse da administração no mesmo cargo ou no
cargo resultante de sua transformação.
A letra C está também incorreta. Segundo o legislador, a reintegração
seria “a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente
ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando
invalidada a sua demissão administrativa ou judicial, com ressarcimento
de todas as vantagens. ”

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 68 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Na letra B, a recondução ocorre com a volta do servidor estável que


assumiu outro cargo e foi inabilitado durante o estágio probatório.
Finalmente, a letra E está correta e é o gabarito da banca.

17. (FCC – TRT-PR – ANALISTA – 2015) A Constituição Federal


emprega os termos cargo, emprego e função pública em
dispositivos diversos, referindo-se a vínculos mantidos com a
Administração pública, sujeitos a regimes jurídicos distintos. Por
sua vez, a Lei no 8.112/1990 dispõe sobre o regime jurídico dos
servidores públicos civis da União, autarquias e fundações
públicas federais. Para efeitos dessa Lei, são servidores públicos
os ocupantes de cargo
A) e emprego público e os que exercem função pública,
investidos por meio de concurso público de provas ou de provas
e títulos, distinguindo-se uns dos outros pela natureza do vínculo
mantido com a Administração pública federal.
B) e emprego público, investidos por meio de concurso público,
excluindo-se os que exercem função pública, porquanto estes
últimos não ingressam no serviço público por meio de prévia
habilitação em regular concurso público.
C) e emprego público, investidos por meio de regular concurso
público e os contratados temporariamente, com base no artigo
37, IX, da CF, para qual não se exige, necessariamente, concurso
público.
D) público, investidos por meio de regular concurso público e os
nomeados para cargo em comissão, de livre nomeação e
exoneração.
E) público, investidos por meio de regular concurso público,
excluindo-se os nomeados para cargo em comissão, de livre
nomeação e exoneração.
04491090386

Segundo o autor Gasparini12, o conceito de servidores públicos seria:


“Os que se ligam, sob um regime de dependência,
à Administração Pública direta, às autarquias e às
fundações públicas, mediante um vínculo de
natureza institucional para lhes prestar trabalho de
natureza profissional e perene, titularizando cargos
de provimento efetivo ou de provimento em
comissão. ”

12
(Gasparini, 2012)

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 69 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Assim, os servidores públicos ocupam cargos públicos, sejam eles de


provimento efetivo ou de provimento em comissão. Os empregados
públicos estão regidos pela CLT. Deste modo, o gabarito só pode mesmo
ser a letra D.

18. (FCC – TRE-AP – TÉCNICO – 2015) Sobre o provimento, nos


termos da Lei n° 8.112/90, é correto afirmar que
A) a investidura no cargo se dá com a entrada em exercício.
B) a nomeação é ato feito exclusivamente no caso de cargos de
confiança vagos.
C) a posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da
realização da inspeção médica.
D) o servidor estável só perderá o cargo em virtude de processo
administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurado a ampla
defesa.
E) a promoção não interrompe o tempo de exercício.

A letra A está errada, pois a investidura no cargo se dá com a posse,


não com a nomeação. A letra B está também errada, pois a nomeação
também ocorre nos cargos em caráter efetivo.
A letra C está também incorreta. A posse tem sim o prazo de trinta
dias, mas é a partir da data do ato de provimento, não da inspeção médica.
A letra D também está equivocada. De acordo com o artigo nº 22 da lei
8112/90:
“O servidor estável só perderá o cargo em virtude
de sentença judicial transitada em julgado ou
de processo administrativo disciplinar no qual lhe
seja assegurada ampla defesa”
Finalmente, a letra E está perfeita e é o gabarito da banca.
04491090386

19. (ESAF - SMF-RJ – Agente - 2010) Em relação à estabilidade do


servidor público e conforme as disposições da Constituição
Federal, assinale a opção correta.
(A) São estáveis, após um ano de efetivo exercício, os servidores
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de
concurso público.
(B) Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor
público estável, ele será reintegrado.
(C) Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor
público estável não ficará em disponibilidade.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 70 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

(D) O servidor público estável pode perder seu cargo mediante


decisão judicial liminar.
(E) Não é cabível a perda do cargo do servidor público estável
mediante processo administrativo.

A letra A está errada, pois são necessários três anos de efetivo


exercício. Já a letra B está perfeita. Se o servidor tiver sua demissão julgada
inválida pela justiça, terá o direito de ser reintegrado ao cargo.
No caso da letra C, o erro está na negativa inserida na frase. Neste
caso, ele ficará sim em disponibilidade. A letra D também está incorreta,
pois ele não perderá seu cargo em decisão liminar – apenas no trânsito em
julgado da sentença. Finalmente, é sim possível a perda do cargo pelo
servidor público estável diante processo administrativo. O gabarito é,
assim, a letra B.

20. (ESAF - SMF-RJ – AGENTE - 2010) Assinale a opção correta em


relação às normas da Constituição Federal que tratam do
servidor público.
a) Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração, aplica-se o
regime geral de previdência social.
b) O servidor público não é afastado do seu cargo mesmo quando
investido no mandato de Prefeito, recebendo cumulativamente
os rendimentos da função pública e do seu cargo estatutário.
c) É possível, mediante lei ordinária, adotar requisitos e critérios
diferenciados para a concessão de aposentadoria a servidores,
vinculados a regime próprio de previdência, quando exerçam
atividades de risco.
d) É possível a acumulação remunerada de quatro cargos de
professor. 04491090386

e) A fixação dos padrões de vencimento do servidor não deve


observar a natureza, o grau de responsabilidade e a
complexidade dos cargos componentes da carreira.

A primeira frase está correta e é o gabarito da banca. Já a letra B


está equivocada, pois a CF/88 estipula que o servidor investido no cargo
de prefeito deve ser afastado do cargo e terá a faculdade de escolher qual
das remunerações receberá.
A letra C também está equivocada, pois isto depende, de acordo com
a CF/88 (art. °40), de lei complementar e não de lei ordinária. No caso da
letra D, o erro está na quantidade de cargos acumuláveis, que são somente
dois – e não quatro.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 71 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Finalmente, a letra E está claramente equivocada, pois o que a CF/88


estipula é exatamente o contrário. O gabarito é, assim, a letra A.

21. (ESAF - SEFAZ-SP – APO - 2009) Acerca dos servidores públicos


e da Constituição Federal de 1988, assinale a opção correta.
(A) As nomeações para cargo em comissão, declarado em lei de
livre nomeação e exoneração, dependem de seleção simplificada
para admissão.
(B) É permitida a acumulação remunerada de cargos públicos,
independentemente da compatibilidade de horário, mas desde
que sejam dois cargos de médico.
(C) É possível a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies
remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do
serviço público.
(D) É vedada a contratação por tempo determinado para atender
à necessidade temporária de excepcional interesse público.
(E) A administração fazendária e seus servidores fiscais terão,
dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência
sobre os demais setores administrativos.

A banca está querendo a alternativa correta. Assim, não devemos


marcar a letra A, pois a nomeação para cargos em comissão não depende
de nenhum tipo de concurso. Esses cargos são de livre nomeação e
exoneração.
A letra B também está equivocada. Primeiro, porque os horários
devem ser compatíveis. Além disso, existem outras possibilidades de
acumulação (dois cargos de professor, professor mais algum técnico ou
científico e dois cargos privativos de profissional da saúde).
A letra C está dizendo exatamente o contrário do que está expresso
no art. 37 da Constituição Federal, 04491090386

“XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de


quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de
remuneração de pessoal do serviço público”
Da mesma forma, a letra D está equivocada porque a contratação
temporária é permitida. Finalmente, a letra E está perfeita e é o nosso
gabarito.

22. (ESAF – STN – AFC - 2008) Em relação ao regime jurídico dos


servidores públicos, pode-se afirmar corretamente:
(A) a investidura em todo e qualquer cargo ou emprego público
depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 72 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade


do cargo ou emprego, na forma prevista em lei.
(B) durante o prazo improrrogável previsto no edital de
convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou
de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos
concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira.
(C) são condições para a aquisição da estabilidade aos
servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em
virtude de concurso público: dois anos de efetivo exercício e
avaliação especial de desempenho por comissão constituída para
essa finalidade.
(D) adquirida a estabilidade, o servidor público passa a ter
direito adquirido ao regime estatutário a que está submetido,
diferentemente do que ocorre com as relações contratuais
trabalhistas.
(E) o servidor público estável somente perderá o cargo em
virtude de sentença judicial transitada em julgado ou mediante
procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma
de lei complementar, assegurada ampla defesa.

A primeira alternativa está incorreta, pois os cargos em comissão são


de livre nomeação e exoneração. Para estes cargos, não existe concurso
público. Já a letra B está perfeita e é o gabarito da banca.
No entanto, a letra C está equivocada. O prazo anteriormente era de
dois anos, mas atualmente o servidor só fica estável após três anos de
efetivo serviço, aprovação no estágio probatório e na avaliação especial de
desempenho.
A letra D também está errada, pois o STF já decidiu que não existe
direito adquirido ao regime jurídico. Finalmente, a letra E não mencionou a
possibilidade do servidor perder o cargo através de processo
administrativo, desde que lhe seja garantido a ampla defesa, e também o
04491090386

caso do excesso de despesas com pessoal. Desta maneira, o gabarito é


mesmo a letra B.

23. (ESAF – PGFN – PROCURADOR - 2006) Em 1981, João passou a


ocupar, sem prévia aprovação em concurso público, um cargo
efetivo de auxiliar administrativo, em administração direta
municipal. Em 1985, seu irmão, Tomás, passou a ocupar cargo
efetivo de fiscal, em autarquia vinculada ao Ministério da
Fazenda, também sem prévia aprovação em concurso público.
Levando em conta que a lei não declara tais cargos como de livre
exoneração, que ambos permanecem em exercício desde a data

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 73 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

de suas posses, bem assim as disposições de nossa Constituição


Federal sobre a matéria, é correto afirmar que, na atualidade
a) João e Tomás são servidores estáveis.
b) João é servidor estável; Tomás, não.
c) Tomás é servidor estável; João, não.
d) por terem ingressado no serviço público sem prévia aprovação
em concurso, nenhum dos dois detém estabilidade nos cargos
que ocupam.
e) não há informações suficientes, no comando desta questão,
para saber se João e Tomás são servidores estáveis.

Esta questão trata de uma exceção ao instituto do concurso público.


Quando a Constituição Federal foi criada em 88, existiam diversos casos
destes citados pela banca.
A assembleia constituinte acabou criando uma “regra de adequação”,
dando estabilidade aqueles funcionários que já estivessem há mais de cinco
anos em efetivo exercício (ADCT, art. 19).
Alguns ainda chamam esta decisão do constituinte de um “trem da
alegria”, mas é a lei. Como somente João estava trabalhando em 1983
(cinco anos antes da CF), somente ele estaria estável no serviço público.
Deste modo, o gabarito é a letra B.

24. (ESAF – MPOG – EPPGG - 2005) O regime jurídico do pessoal


contratado em caráter temporário, por excepcional interesse
público, conforme a previsão do inciso IX do artigo 37 da
Constituição Federal, adotado pela União Federal, classifica-se
como:
a) regime contratual de direito público
b) regime celetista 04491090386

c) regime estatutário
d) regime contratual de direito privado
e) regime de função pública temporária

Esta questão foi muito polêmica na época e a ESAF foi bastante infeliz
no gabarito. A letra A está correta e é o gabarito da banca. Entretanto, a
letra C também está correta, pois o regime temporário é estatutário (lei
8.745/93) – apesar de não ser regido pela lei 8112/90.
Por fim, a letra E também está certa, pois estes profissionais não
ocupam cargos, mas funções públicas temporárias. Apesar disso, a banca
não anulou a questão, mantendo o gabarito como letra A.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 74 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Lista de Questões Trabalhadas na Aula.

1. (CETRO – ANVISA – ANALISTA – 2013) O artigo 20-A da Lei nº


10.871/2004 institui a Gratificação de Desempenho de Atividade
Técnico-Administrativa em Regulação (GDATR), devida aos ocupantes
dos cargos de Analista Administrativo e Técnico Administrativo de que
tratam as Leis nº 10.768/2003 e 10.871/2004, quando em exercício de
atividades inerentes às atribuições do respectivo cargo nas Agências
Reguladoras referidas no Anexo I da Lei nº 10.871/2004 (incluído pela
Lei nº 11.292/2006). O artigo 20-B (incluído pela Lei nº 11.292/2006)
estabelece que a GDATR seja atribuída em função do desempenho:
a) da instituição, medido pelos indicadores de qualidade, mediante um
processo avaliativo dos usuários do serviço prestado.
b) individual do servidor e do desempenho institucional de cada Agência,
para os respectivos servidores referidos no artigo 20-A da referida Lei.
c) individual do servidor, medido pelos indicadores de qualidade no
processo de autoavaliação, referidos no artigo 20-A da referida Lei.
d) institucional, medido pelos indicadores de qualidade focados nos
resultados.
e) individual do servidor referido no artigo 20-A da referida Lei, medido
pelos indicadores de qualidade focados nos processos.

2. (CETRO – ANVISA – ANALISTA – 2013) A Lei nº 10.871/2004, dispõe


sobre a criação de carreiras e organização de cargos efetivos das
autarquias especiais denominadas Agências Reguladoras. A esse
respeito, assinale a alternativa correta.
a) O interstício de 1 ano, de efetivo exercício em cada padrão, para a
progressão do ocupante de cargo efetivo, poderá ser reduzido em até
50% mediante resultado de avaliação de desempenho ou da
participação em programas de capacitação.
04491090386

b) Os cursos de especialização com carga horária mínima de 140 horas-


aula, em área de interesse das entidades, poderão ser equiparados a
cursos de pós-graduação em sentido amplo, inclusive sem a necessidade
de avaliação do Comitê Especial para Concessão de Gratificação de
Qualificação.
c) Para a progressão e promoção na carreira, a chefia imediata do
servidor fará a aprovação baseada apenas na comparação entre a
escolaridade do servidor e a exigida pelo cargo almejado.
d) É vedada às Agências Reguladoras, referidas no anexo I dessa lei, a
contratação de pessoal não concursado.
e) É de 44 horas semanais a jornada de trabalho dos integrantes dos
cargos a que se refere essa lei.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 75 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

3. (CETRO – ANVISA – TÉCNICO - 2013) De acordo com a Lei nº


10.871/2004, aos ocupantes de cargos efetivos, aos requisitados, aos
ocupantes de cargos comissionados e aos dirigentes das Agências, é
correto afirmar que:
a) é permitido o exercício de outra atividade profissional, em qualquer
ponto do território nacional, a quem estiver habilitado nelas, de acordo
com as leis federais, e possuir título registrado.
b) é vedado o exercício regular de outra atividade profissional, inclusive
gestão operacional de empresa ou direção político- partidária, exceto os
casos admitidos em lei.
c) nenhum ocupante de cargo comissionado poderá exercer a direção
técnica de mais de uma agência.
d) é permitido o exercício regular de outra atividade profissional apenas
aos servidores que já exerçam a profissão antes da homologação do
concurso para o qual foi aprovado.
e) é vedado acumular cargo em comissão com função de confiança.

4. (CETRO – ANVISA – TÉCNICO – 2013) De acordo com a Lei nº


10.871/2004, a data de publicação no Diário Oficial da União do ato de
fixação das metas de desempenho institucional constitui o marco
temporal para o:
a) início da adequação da formação acadêmica às atividades
desempenhadas pelo servidor.
b) início da fixação das vagas colocadas em concorrência.
c) cumprimento de requisitos técnico-funcionais, acadêmicos e
organizacionais necessários ao desempenho das atividades de
supervisão, gestão ou assessoramento, quando em efetivo exercício do
cargo.
04491090386

d) início do período de avaliação.


e) início da prorrogação do período de estágio probatório.

5. (CETRO – ANVISA – ANALISTA – 2013) De acordo com a Lei nº


10.871/2004, a avaliação de desempenho individual e a avaliação de
desempenho institucional visam a aferir, respectivamente:
a) a responsabilidade, a assiduidade, o compromisso, a eficiência e
eficácia dos gestores e chefes de equipes na luta para atingir as metas
institucionais; os resultados obtidos, em termos de satisfação dos
usuários do serviço em pauta, em consonância com as metas da
entidade.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 76 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

b) a efetividade dos servidores, a capacidade de produzir um efeito, que


pode ser positivo ou negativo, possibilitando, dessa forma, verificar o
impacto da implantação de um programa ou projeto; a efetividade da
instituição na implantação de um programa ou projeto, podendo
considerar projetos e atividades prioritárias e condições especiais de
trabalho, além de outras características específicas de cada entidade.
c) a eficiência da entidade, ou seja, a capacidade de utilizar
produtivamente os recursos para atingir as metas institucionais; eficácia
dos servidores, ou seja, a capacidade de realizar objetivos propostos e
a efetividade, ou seja, a capacidade de realizar a coisa certa para
transformar a situação existente, de acordo com as diretrizes
institucionais.
d) o desempenho do servidor, no exercício das atribuições do cargo ou
função, com foco na sua contribuição individual para o alcance das
metas institucionais; o desempenho no alcance das metas institucionais,
podendo considerar projetos e atividades prioritárias e condições
especiais de trabalho, além de outras características específicas de cada
entidade.
e) o desempenho no alcance das metas institucionais, considerando os
programas, projetos e atividades prioritárias, além de outras
características específicas de cada instituição; o desempenho do
servidor, no exercício das atribuições do cargo ou função, com foco na
eficiência, na eficácia e na efetividade individual para o alcance das
metas institucionais.

6. (CETRO – ANVISA – ANALISTA – 2013) De acordo com a Lei nº


10.871/2004, que dispõe sobre a criação de carreiras e organização de
cargos das Agências Públicas, é correto afirmar que:
a) a jornada de trabalho semanal é de 44 horas.
b) o desenvolvimento do servidor em seu cargo obedecerá aos princípios
da anualidade e da competência e qualificação profissional, não
importando, para tanto, a existência ou não de vaga.
04491090386

c) em caso de afastamento ou considerados como de efetivo exercício,


o servidor continuará a perceber sua remuneração, sem direito, no
entanto, à percepção de gratificação de desempenho (GDAR).
d) a avaliação de desempenho realizada pelas agências reguladoras
detém critérios padronizados de mensuração do desempenho de seus
empregados contando apenas os seguintes critérios legais:
produtividade no trabalho, capacidade de iniciativa, cumprimento das
normas de procedimentos e de conduta no desempenho das atribuições
do cargo, disciplina e tempo de casa.
e) até que seja processada a primeira avaliação de desempenho
individual que venha a surtir efeito financeiro, o servidor recém-

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 77 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

nomeado para cargo efetivo terá direito à percepção da GDAR no


decurso do ciclo de avaliação no valor correspondente a 80 pontos.

7. (CETRO – ANVISA – ANALISTA – 2013) De acordo com a Lei nº


10.871/2004, é correto afirmar que a Gratificação de Desempenho de
Atividade Técnico- Administrativa em Regulação (GDATR) é devida aos
analistas:
a) de regulação e técnicos em regulação.
b) de regulação e técnicos em vigilância sanitária.
c) de vigilância sanitária e técnicos em regulação.
d) administrativos e técnicos administrativos.
e) administrativos e técnicos em vigilância sanitária.

8. (CETRO – ANVISA – ANALISTA – 2013) De acordo com a Lei nº


10.871/2004, acerca do que cabe às Agências Reguladoras, no âmbito
de suas competências, assinale a alternativa incorreta.
a) Administrar os cargos efetivos de seu quadro de pessoal, bem como
os cargos comissionados e funções de confiança integrantes da
respectiva estrutura organizacional.
b) Firmar ou manter contrato com instituição regulada, bem como com
instituições autorizadas a funcionar pela entidade, em condições mais
vantajosas que as usualmente ofertadas aos demais clientes.
c) Definir o quantitativo máximo de vagas por classe e especificar, em
ato próprio, as atribuições pertinentes a cada cargo de seu quadro de
pessoal, referidos nessa lei, respeitadas a estruturação e a classificação
dos cargos efetivos definidas no Anexo III dessa lei.
d) Editar e dar publicidade aos regulamentos e instruções necessárias à
aplicação dessa lei.
e) Implementar programa permanente de capacitação, treinamento e
04491090386

desenvolvimento destinado a assegurar a profissionalização dos


ocupantes dos cargos de seu quadro de pessoal ou que nela tenham
exercício.

9. (CESPE – ANTT – TODOS OS CARGOS – 2013) A depender do resultado


da avaliação de desempenho ou da participação em programas de
capacitação, o analista administrativo pode progredir funcionalmente
em menos de um ano, conforme regulamentação específica da
respectiva entidade.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 78 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

10. (CESPE – ANAC – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL –


2012) É permitido ao servidor da ANAC prestar serviços eventuais a
empresa cuja atividade seja fiscalizada por essa agência, sendo
considerados eventuais os serviços de duração inferior a doze horas,
realizados somente uma vez a cada período de dois meses.

11. (CESPE – ANS – ANALISTA – 2005) Agência reguladora, em sentido


amplo, seria, no direito brasileiro, qualquer órgão da administração
direta ou entidade da administração indireta com função de regular a
matéria específica que lhe está afeta. Se for entidade da administração
indireta, ela está sujeita ao princípio da especialidade, o que significa
que cada qual exerce e é especializada na matéria que lhe foi atribuída
por lei. Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Direito administrativo, 17.ª ed.
São Paulo: Atlas, 2004 (com adaptações).
Considerando o texto acima e com fundamento na Lei n.º 10.871/2004,
que dispõe sobre a criação de carreiras e a organização de cargos
efetivos das agências reguladoras, julgue o item a seguir.

A Lei n.º 10.871/2004 criou agências reguladoras sob o regime


fundacional. A Agência Nacional de Saúde (ANS) é um caso típico de
fundação pública com poder de regulação, inspeção, fiscalização e
controle da assistência suplementar à saúde e pertence, pois, à
administração indireta.

12. (FCC – TRT-23 – ANALISTA – 2016) Além dos vencimentos


ordinariamente pagos aos servidores públicos federais, de acordo com a
Lei n° 8.112/1990, podem lhes ser atribuídas algumas vantagens.
Dentre elas,
A) distinguem-se as indenizações das gratificações, pois estas podem se
incorporar aos vencimentos dos servidores, conforme disposto na lei,
assim como os adicionais. 04491090386

B) equiparam-se os adicionais às gratificações para fins de incorporação


aos vencimentos dos servidores, tendo em vista que ambas as
vantagens passam a integrar a remuneração ou proventos dos
servidores em sua integralidade, para todos os fins.
C) distinguem-se as indenizações das gratificações, pois as primeiras se
incorporam à remuneração para todos os fins, enquanto as gratificações
perduram apenas enquanto durar o evento que lhes justifica.
D) estão as indenizações, gratificações e adicionais, que se incorporam
aos vencimentos dos servidores para todos os fins, sempre que ficar
configurada habitualidade no recebimento por prazo superior a um
exercício orçamentário.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 79 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

E) destacam-se as indenizações e os adicionais, que se incorporam aos


vencimentos dos servidores e ficam excluídas do teto de remuneração.

13. (FCC – TRT-23 – ANALISTA – 2016) A Administração pública está sujeita


a deveres e prerrogativas no seu mais amplo espectro de atuação, que
se dá por intermédio de agentes públicos. Os servidores públicos, no
exercício de suas funções, também estão sujeitos a deveres e
responsabilidades. Considerando o que dispõe a Lei n° 8.112/1990,
A) o servidor está sujeito a responsabilização somente quando agir com
dolo, conduta que deverá ser objeto de processo disciplinar, sem
prejuízo da apuração dos danos civis causados.
B) o servidor responde diretamente, perante terceiros, pelos danos que
a eles causar, não cabendo ação direta contra a Fazenda Pública.
C) a responsabilidade dos servidores, na esfera civil ou administrativa,
decorre de condutas comissivas ou omissivas praticadas no exercício do
cargo ou da função, dolosa ou culposamente.
D) a responsabilidade por infrações penais deve ser apurada antes da
responsabilidade civil ou administrativa, porque as absorve, devido a
menor gravidade.
E) as infrações no campo civil, administrativo e penal podem ser
processadas em paralelo, mas as sanções não podem se cumular,
devendo ser aplicada a sanção mais gravosa.

14. (FCC – DPE-RR – TÉCNICO – 2015) A expressão agentes públicos é


bastante abrangente, compreendendo categorias sujeitas a distintos
regimes jurídicos. Dentre as várias espécies de agentes públicos
inserem-se os servidores públicos estatutários,
A) que ocupam cargos públicos e os empregados públicos, cujo vínculo
é pautado na legislação trabalhista, excluindo-se os servidores
temporários, porque não podem se vincular definitivamente à
04491090386

Administração Pública.
B) que ocupam cargos públicos, os empregados públicos, cujo vínculo é
pautado na legislação trabalhista e os servidores temporários,
contratados por tempo determinado, para atender a necessidades
temporárias de excepcional interesse público.
C) celetistas e temporários e os agentes políticos, excluindo-se os
particulares em colaboração com o Poder Público, por não manterem
com o Poder Público vínculo empregatício.
D) que ocupam cargos públicos e os servidores temporários, contratados
por tempo determinado, excluindo-se os empregados públicos, por não
se submeterem a concurso público.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 80 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

E) celetistas e temporários e os particulares em colaboração com o Poder


Público, excluindo-se os agentes políticos, porque foram investidos por
eleição nos respectivos cargos.

15. (FCC – TRE-PB – TÉCNICO – 2015) Marina é servidora federal estatutária


e aposentou-se há cerca de 9 meses. Não tendo se acostumado à
inatividade, apresentou requerimento à Administração pública que
integrava, externando intenção de voltar à ativa. O pedido, de acordo
com o que prevê a Lei nº 8.112/1990:
A) não é passível de ser acolhido, pois a readaptação somente pode ser
deferida no caso de anulação do ato de concessão de aposentadoria.
B) é direito subjetivo da servidora, tendo em vista que ainda não
decorridos cinco anos desde a concessão da aposentadoria.
C) deve ser deferido imediatamente após a próxima aposentadoria
ocorrida no mesmo órgão onde estava classificada a servidora.
D) pode ser deferido, considerando o prazo decorrido, desde que a
reversão se dê no interesse da Administração e que haja cargo vago
para ser ocupado.
E) pode ser deferido se a recondução for feita dentro do prazo
prescricional para revisão do ato de aposentadoria e desde que haja
interesse público no atendimento.

16. (FCC – TRT-PR – TÉCNICO – 2015) Entende-se como forma de


provimento em cargos públicos por servidores públicos, na forma da Lei
nº 8.112/90:
A) Readaptação, que consiste na investidura em cargo público de
provimento efetivo, por servidor público concursado, quando não tiver
obtido aprovação integral no estágio probatório, mas tiver recebido
recomendação de ocupação de cargo com atribuições e exigências de
nível imediatamente inferior. 04491090386

B) Reversão, que se presta a prover em cargo público servidor público


que tenha revertido sua demissão judicialmente, mediante anulação do
ato que ilegalmente lhe imputou conduta tipificada e punida com aquela
penalidade.
C) Reintegração, que consiste no retorno à ativa de servidor público
aposentado por invalidez, quando a aposentadoria tenha sido anulada
por reconhecimento de ausência de requisitos autorizadores da
concessão inicial.
D) Recondução, que se presta a ensejar o retorno do servidor público ao
cargo que anteriormente ocupava por qualquer razão ou fundamento em
direito admitido, tenha o funcionário obtido a decisão por ato
administrativo ou judicial, discricionário ou vinculado.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 81 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

E) Aproveitamento, que consiste no provimento em cargo por servidor


anteriormente colocado em disponibilidade, observada a
compatibilidade de atribuições e vencimentos com o cargo
anteriormente ocupado.

17. (FCC – TRT-PR – ANALISTA – 2015) A Constituição Federal emprega os


termos cargo, emprego e função pública em dispositivos diversos,
referindo-se a vínculos mantidos com a Administração pública, sujeitos
a regimes jurídicos distintos. Por sua vez, a Lei no 8.112/1990 dispõe
sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União,
autarquias e fundações públicas federais. Para efeitos dessa Lei, são
servidores públicos os ocupantes de cargo
A) e emprego público e os que exercem função pública, investidos por
meio de concurso público de provas ou de provas e títulos, distinguindo-
se uns dos outros pela natureza do vínculo mantido com a Administração
pública federal.
B) e emprego público, investidos por meio de concurso público,
excluindo-se os que exercem função pública, porquanto estes últimos
não ingressam no serviço público por meio de prévia habilitação em
regular concurso público.
C) e emprego público, investidos por meio de regular concurso público
e os contratados temporariamente, com base no artigo 37, IX, da CF,
para qual não se exige, necessariamente, concurso público.
D) público, investidos por meio de regular concurso público e os
nomeados para cargo em comissão, de livre nomeação e exoneração.
E) público, investidos por meio de regular concurso público, excluindo-
se os nomeados para cargo em comissão, de livre nomeação e
exoneração.

18. (FCC – TRE-AP – TÉCNICO – 2015) Sobre o provimento, nos termos da


Lei n° 8.112/90, é correto afirmar que
04491090386

A) a investidura no cargo se dá com a entrada em exercício.


B) a nomeação é ato feito exclusivamente no caso de cargos de
confiança vagos.
C) a posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da realização da
inspeção médica.
D) o servidor estável só perderá o cargo em virtude de processo
administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurado a ampla defesa.
E) a promoção não interrompe o tempo de exercício.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 82 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

19. (ESAF - SMF-RJ – Agente - 2010) Em relação à estabilidade do servidor


público e conforme as disposições da Constituição Federal, assinale a
opção correta.
(A) São estáveis, após um ano de efetivo exercício, os servidores
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso
público.
(B) Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor público
estável, ele será reintegrado.
(C) Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor público
estável não ficará em disponibilidade.
(D) O servidor público estável pode perder seu cargo mediante decisão
judicial liminar.
(E) Não é cabível a perda do cargo do servidor público estável mediante
processo administrativo.

20. (ESAF - SMF-RJ – AGENTE - 2010) Assinale a opção correta em relação


às normas da Constituição Federal que tratam do servidor público.
a) Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração, aplica-se o regime
geral de previdência social.
b) O servidor público não é afastado do seu cargo mesmo quando
investido no mandato de Prefeito, recebendo cumulativamente os
rendimentos da função pública e do seu cargo estatutário.
c) É possível, mediante lei ordinária, adotar requisitos e critérios
diferenciados para a concessão de aposentadoria a servidores,
vinculados a regime próprio de previdência, quando exerçam atividades
de risco.
d) É possível a acumulação remunerada de quatro cargos de professor.
e) A fixação dos padrões de vencimento do servidor não deve observar
04491090386

a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos


componentes da carreira.

21. (ESAF - SEFAZ-SP – APO - 2009) Acerca dos servidores públicos e da


Constituição Federal de 1988, assinale a opção correta.
(A) As nomeações para cargo em comissão, declarado em lei de livre
nomeação e exoneração, dependem de seleção simplificada para
admissão.
(B) É permitida a acumulação remunerada de cargos públicos,
independentemente da compatibilidade de horário, mas desde que
sejam dois cargos de médico.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 83 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

(C) É possível a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies


remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço
público.
(D) É vedada a contratação por tempo determinado para atender à
necessidade temporária de excepcional interesse público.
(E) A administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de
suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais
setores administrativos.

22. (ESAF – STN – AFC - 2008) Em relação ao regime jurídico dos servidores
públicos, pode-se afirmar corretamente:
(A) a investidura em todo e qualquer cargo ou emprego público depende
de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e
títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou
emprego, na forma prevista em lei.
(B) durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação,
aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos
será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir
cargo ou emprego, na carreira.
(C) são condições para a aquisição da estabilidade aos servidores
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso
público: dois anos de efetivo exercício e avaliação especial de
desempenho por comissão constituída para essa finalidade.
(D) adquirida a estabilidade, o servidor público passa a ter direito
adquirido ao regime estatutário a que está submetido, diferentemente
do que ocorre com as relações contratuais trabalhistas.
(E) o servidor público estável somente perderá o cargo em virtude de
sentença judicial transitada em julgado ou mediante procedimento de
avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar,
assegurada ampla defesa.
04491090386

23. (ESAF – PGFN – PROCURADOR - 2006) Em 1981, João passou a ocupar,


sem prévia aprovação em concurso público, um cargo efetivo de auxiliar
administrativo, em administração direta municipal. Em 1985, seu irmão,
Tomás, passou a ocupar cargo efetivo de fiscal, em autarquia vinculada
ao Ministério da Fazenda, também sem prévia aprovação em concurso
público. Levando em conta que a lei não declara tais cargos como de
livre exoneração, que ambos permanecem em exercício desde a data de
suas posses, bem assim as disposições de nossa Constituição Federal
sobre a matéria, é correto afirmar que, na atualidade
a) João e Tomás são servidores estáveis.
b) João é servidor estável; Tomás, não.

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 84 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

c) Tomás é servidor estável; João, não.


d) por terem ingressado no serviço público sem prévia aprovação em
concurso, nenhum dos dois detém estabilidade nos cargos que ocupam.
e) não há informações suficientes, no comando desta questão, para
saber se João e Tomás são servidores estáveis.

24. (ESAF – MPOG – EPPGG - 2005) O regime jurídico do pessoal contratado


em caráter temporário, por excepcional interesse público, conforme a
previsão do inciso IX do artigo 37 da Constituição Federal, adotado pela
União Federal, classifica-se como:
a) regime contratual de direito público
b) regime celetista
c) regime estatutário
d) regime contratual de direito privado
e) regime de função pública temporária

04491090386

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 85 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Gabaritos.
1. B 9. C 17. D
2. A 10. E 18. E
3. B 11. E 19. B
4. D 12. A 20. A
5. D 13. E 21. E
6. E 14. B 22. B
7. D 15. D 23. B
8. B 16. E 24. A

Bibliografia
Alexandrino, M., & Paulo, V. (2009). Direito administrativo descomplicado.
São Paulo: Forense.
Alexandrino, M., & Paulo, V. (2014). Direito Administrativo Descomplicado.
Rio de Janeiro : Forense; São Paulo: Método.
Gasparini, D. (2012). Direito Administrativo. São Paulo: Saraiva.
Justen Filho, M. (2011). Curso de Direito Administrativo. Belo Horizonte:
Fórum.
Mazza, A. (2011). Manual de direito administrativo (1° Ed. ed.). São Paulo:
Saraiva.

04491090386

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 86 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 06

Por hoje é só pessoal! Estarei disponível no e-mail abaixo para


qualquer dúvida.
Bons estudos e sucesso!

Rodrigo Rennó
rodrigorenno99@hotmail.com
https://www.facebook.com/profrodrigorenno/
http://twitter.com/rrenno99
https://www.youtube.com/user/rodrigorenno99/

Conheça meus outros cursos atualmente no site!


Acesse http://estrategiaconcursos.com.br/cursos-professor/2800/rodrigo-
renno

04491090386

Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 87 de 87

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo

Você também pode gostar