W - Problema de Saúde Oral - FINAL
W - Problema de Saúde Oral - FINAL
W - Problema de Saúde Oral - FINAL
1. Introdução...............................................................................................................................3
2.1.3. Halitose.............................................................................................................................8
3. Considerações finais.............................................................................................................11
4. Referências bibliográficas.....................................................................................................12
1. Introdução
Saúde Pública é a ciência e a arte de evitar doenças, prolongar a vida e desenvolver a saúde
física e mental e a eficiência, através de esforços organizados da comunidade para o controlo
de infecções na comunidade, a organização de serviços médicos e para-médicos para o
diagnóstico precoce e o tratamento preventivo de doenças, e o aperfeiçoamento da máquina
social que irá assegurar a cada indivíduo, dentro da comunidade, um padrão de vida adequado
à manutenção da saúde, como por exemplo a promoção de estilos de vida saudáveis.
Historicamente, a prática de clínica dentária, o ensino da medicina dentária e as políticas de
saúde oral foram dominados por uma perspectiva biomédica. Os factores genéticos e
biológicos eram, assim, considerados como os principais factores etiológicos de doenças orais,
orientando o tratamento clínico e prevenção para interpretações a nível microbiológico.
Doenças orais como a cárie dentária, a doença periodontal, o cancro oral, lesões nas mucosas
orais associadas ao vírus da imunodeficiência humana (VIH/ SIDA), noma, tuberculose ou
malária constituem, nestes países, os principais problemas de saúde oral.
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2. Problema de Saúde Oral
Os hábitos de higiene individual e colectiva devem fazer par te do dia-a-dia dos nossos alunos e
professores. Desde que eras pequeno os teus pais te ensinaram a ser responsável pela tua higiene
pessoal.
A higiene pessoal inclui: tomar banho, limpar os ouvidos, pentear o cabelo e lavar os dentes.
Cada um destes comportamentos tem muita importância para poderes ter um óptimo nível de
saúde.
A saúde oral é parte integrante da saúde global em qualquer idade, no entanto na população
infantil e juvenil torna-se ainda mais relevante, uma vez que uma pobre saúde oral pode provocar
graves repercussões no futuro. Sendo a saúde oral das crianças e adolescentes um grave
problema de saúde pública, torna-se essencial perceber as medidas globais de promoção e
prevenção de saúde oral, passíveis de ser usadas em cuidados de saúde primários, que possam
contribuir para ganhos efectivamente importantes.
A saúde oral tem recebido actualmente uma especial atenção por se destacar como um
importante indicador da saúde geral. A cárie dentária é uma das doenças de saúde oral mais
comuns. Esta caracteriza-se por ser uma doença multifatorial, infecciosa, transmissível e dieta
dependente, que produz uma desmineralização das estruturas dentárias.
A cavidade oral, ou boca, constitui uma porção do sistema digestivo, mais particularmente onde
este se inicia, e encontra-se delimitada anteriormente pelos lábios, posteriormente pela fauce
(abertura para a faringe), lateralmente pelas bochechas, superiormente pelo palato e
inferiormente por um pavimento. A revesti-la tem um epitélio estratificado pavimentoso que a
protege da abrasão (Seeley, 2003).
Sendo a saúde oral é um aspecto fundamental para a saúde sistémica do indivíduo e este procura
muitas vezes o farmacêutico em situações de dor localizada e no sentido de adquirir um alívio
imediato (Baseer, 2012). Cabe a este orientar o utente para além de situações como esta,
aproveitando a proximidade que se estabelece geralmente entre ambos, para o informar de
medidas a adoptar no sentido da prevenção de doenças orais num contexto individual e familiar.
(Spolarich, 2012).
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A saúde oral das crianças tem a beneficiar com este aconselhamento parental e aos educadores
em geral, uma vez que a proximidade destes profissionais de saúde à população é geral e
independente da estratificação social, podendo auxiliar assim todos os segmentos da população
(Lyons, 2013).
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Por vezes, a saúde oral é negligenciada. Mas a saúde da boca é tão importante quanto a de outros
órgãos e mantê-la saudável não requer muito esforço. Com bons hábitos de higiene é possível
reduzir e prevenir diversos problemas orais.
A saúde oral está intimamente ligada com o bem-estar geral de cada um de nós, sendo um
factor que contribui para manter ou restabelecer as condições físicas, emocionais e sociais
necessárias ao aumento das nossas capacidades individuais, melhorando a nossa qualidade de
vida.
A preocupação com a saúde oral das crianças assume por isso uma posição relevante no que
se refere aos cuidados de saúde, uma vez que as doenças orais constituem um dos principais
problemas de saúde da população infantil, (Areias, 2010).
Crianças que e adolescentes que apresentem bons hábitos de higiene oral, terão maior
probabilidade de mantê-los na idade adulta, (Levin e Curie, 2010).
Infelizmente podemos dizer que quase 100% da nossa população em geral sofre das principais
doenças orais, a Cárie dentária e a Doença periodontal (doença das gengivas). É assim
urgente que a educação e promoção da saúde oral se torne uma realidade no nosso país.
Os cuidados de higiene oral devem fazer parte da rotina de higiene dentária do bebé. Esta
higiene deverá começar antes da erupção dos primeiros dentes, uma vez que a colonização
com bactérias cariogénicas pode ocorrer muito precocemente (Cosme, 2005).
A saúde oral da criança começa no período pré natal, como tem vindo a ser revelado em
estudos recentes que comprovam a importância da manutenção de uma boa higiene oral
durante a gravidez. No entanto, muito poucas mulheres parecem dar a importância devida aos
cuidados de manutenção de uma boa higiene oral durante esta fase, como resultado de falta de
informação, o que poderia prevenir o aparecimento de patologias orais nos seus filhos, (Silva,
2011).
Os pais e educadores são os que mais se encontram responsáveis pela educação da criança e
deverá ser através destes que a prevenção de futuros problemas dentários deverá ser iniciada.
Essa prevenção passa pela inclusão de bons hábitos de higiene oral, uma alimentação cuidada
e um acompanhamento médico eficaz, (Prabhu et al., 2013).
Os pais deverão ser responsáveis pela higiene oral da criança, desde antes a erupção do
primeiro dente, até esta conseguir realizar a higiene oral de forma autónoma. Deverão servir
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de exemplo, uma vez que a criança tende a imitar comportamentos, sendo mais fácil a
aquisição desses hábitos.
A boca e os dentes foram sempre zonas de grande interesse para o Homem, devido à sua
importância na comunicação, alimentação e função estética. Uma higiene oral deficiente,
poderá resultar em cáries dentárias, gengivite (processo inflamatório na gengiva que resulta
em vermelhidão, inchaço e eventual sangramento) e que se não for devidamente tratada
poderá resultar numa doença periodontal que provoca entre outros sintomas retração gengival,
podendo culminar na deterioração do osso e perda de dentes, (Eusébio, 2009).
O inimigo nº 1 dos nossos dentes é a placa bacteriana. A placa bacteriana é uma massa
esbranquiçada, que se forma diariamente, colonizada por bactérias, fortemente aderente à
superfície dos dentes e gengivas. A placa acumula-se em maior quantidade no sulco gengival
(espaço entre o dente e a gengiva) e nos espaços interdentários.
De acordo com Areias et al. (2008), as principais doenças orais mais comum no mundo são:
Cárie é uma doença infecciosa que se manifesta após a erupção do dente e que origina o
amolecimento progressivo das estruturas dentárias levando à formação de cavidade. Para que
se inicie uma cárie, as bactérias da placa bacteriana produzem ácidos que vão destruir o
esmalte dentário. Estes ácidos são o resultado da fermentação dos alimentos ricos em
açúcares, também chamados hidratos de carbono (por exemplo os doces), (Costa et al. 2008).
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2.1.2. Gengivite e Periodontite
A Gengivite e a Periodontite são doenças que afectam os tecidos que envolvem e suportam os
dentes e podem mesmo chegar a envolver todo o periodonto (o que rodeia o dente, a gengiva,
o osso e outros tecidos que são responsáveis por manter os dentes firmes nos maxilares). Mais
uma vez são as bactérias da placa bacteriana que dão início à infecção. Esta doença tem
sintomas muito característicos, pois é normalmente detectada pela inflamação e hemorragia
das gengivas, causadas na maioria dos casos pela acumulação de placa bacteriana.
Se não for tratada a tempo, esta patologia evolui e pode destruir as gengivas, os ligamentos e
as estruturas ósseas.
A gengiva fica inflamada, vermelha e sangra com facilidade. Para voltar ao seu estado
normal, basta remover a placa bacteriana do sulco gengival (escovar os dentes com a técnica
correcta).
Se a Gengivite não for tratada, pode evoluir para uma Periodontite, ou seja o ligamento e o
osso de suporte do dente vão se perdendo e os dentes ficam com mobilidade. Nestes casos há
também uma predisposição do indivíduo para esta doença.
Se a gengivite progredir sem tratamento, pode desencadear uma doença mais grave que
afecta os tecidos de suporte do dente: a periodontite.
2.1.3. Halitose
O mau hálito é provocado por diferentes causas. No entanto, 60% dos casos têm a sua origem
na cavidade oral, em resultado da acumulação de bactérias na boca.
Essa afecção conduz muitas vezes a problemas psicológicos e sociais, como falta de auto-
estima, rejeição social ou depressão.
Quando estamos afectados por estas doenças devemos recorrer ao apoio médico pois o nosso
estado geral de saúde está alterado. Podemos ter complicações tais como:
Dor
Gengivas que sangram
Mau hálito
Perca de dentes
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Mau posicionamento dentário
Alterações na estética, fonética, mastigação etc.
O Flúor é uma substância que protege os dentes contra a cárie dentária. Pode ser encontrado
em gotas ou comprimidos, sob a forma de elixir para a execução de bochechos em casa, nas
pastas dentífricas e ainda sob a forma de gel. Consoante a criança, o médico poderá
aconselhar qual destas formas, combinadas ou não será a mais adequada.
A escovagem dos dentes inicia-se após a erupção do primeiro dente. Deve ser realizada a
seguir às principais refeições, sendo imprescindível escová-los antes de dormir.
A escova de dentes:
É um objecto pessoal que não deve ser partilhado com outras pessoas
Pêlos de nylon
Cabeça pequena (a parte que escova os dentes)
Macia ou média
Tem uma duração média de 3 meses
Escovagem Interdentária
É a remoção da placa bacteriana dos espaços entre os dentes, aonde a escova não
consegue chegar.
Pode ser feita com o fio/fita dentária ou com o escovilhão interdentário.
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3. Considerações finais
Feito o trabalho, percebeu-se que a saúde oral é o bom estado de saúde da boca,
especialmente a ausência de doenças nos dentes, nas gengivas e noutras estruturas
relacionadas com ela (lábios, língua, mucosas orais).
Contudo, de facto, uma higiene oral deficiente poderá trazer consequências económicas
indesejáveis (individuais ou comunitárias), psicológicas e mais diretamente sobre a saúde do
Indivíduo. Apesar dos recentes esforços e investimentos na área, a saúde oral continua a ser
uma das áreas mais negligenciadas a nível da saúde global. A morbidade das doenças orais é
manifestamente elevada para os grupos populacionais desfavorecidos em países
desenvolvidos e subdesenvolvidos. Em muitas culturas existentes nos países tropicais,
condicionadas pelo clima, falta de saneamento básico e acesso a água potável, bem como pela
ausência de cuidados de saúde oral, as práticas de higiene oral são deficitárias, edependem
quase exclusivamente de meios artesanais, recorrendo a varas de mascar, arbustos e pastas
naturais.
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4. Referências bibliográficas
Areias C. et al. (2010). Cárie Precoce na Infância - o estado da arte. Acta Pediatr.Por.; 41(5):
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Areias C. et al. (2008). Saúde Oral em Pediatria. Acta Pediatr.Por.; 39(4): 163-70
Baseer, M. (2012). Oral Health Knowledge, attitudes and practices among health professionals
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Cosme P., Marques P.F. (2005). Cáries Precoces de Infância – Uma revisão bibliográfica.
46, 109-16.
Costa, C. et al. (2008). Higiene Oral na Criança: Boca Sã, Família Vigilante. Acta Med. Port;
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Levin, K.A & Curie, C. (2010). Adolescent tooth brushing and the home environment:
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Nobile, C.G.A et al. (2014). Pattern and severity of early childhood in Southern Italy: a Port.
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