Caderno de Metodologias Ativas - ALAGOAS
Caderno de Metodologias Ativas - ALAGOAS
Caderno de Metodologias Ativas - ALAGOAS
p r á t i c o
um guia ssores
a ra p r o f e
p
ESTADO DE ALAGOAS
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
ESTADO DE ALAGOAS
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COLABORAÇÃO
SEDUC- Pernambuco
APOIO
Instituto Sonho
Grande
7. Referências
imagem livro vídeo texto podcast site
Vivemos em um mundo em constantes transformações que têm sido impulsionadas e potencializadas por
avanços tecnológicos, crises sanitárias, fatores sociais, econômicos, políticos, ambientais, só para mencionar
alguns. A complexidade, não linearidade e ambiguidade dos desafios que enfrentamos demandam que
soluções multidimensionais sejam criadas e implementadas.
Em resposta a estes grandes desafios, escolas de todo o Brasil têm repensado as suas práticas pedagógicas
mais tradicionais, e têm encontrado caminhos para que, de fato, formem crianças e jovens de forma
integral. Neste sentido, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) propõe que a escola promova ações
educacionais que acolham, reconheçam e desenvolvam cada estudante globalmente, a partir das dimensões
individual e social. Aponta para o uso de metodologias ativas como um caminho profícuo para que os
estudantes desenvolvam competências e habilidades fundamentais para o século XXI e projetos de vida.
Sabemos que em nosso país, em grande parte, os estudantes do ensino médio vivenciaram a escola no
sentido tradicional, ou seja, participaram de aulas centradas no professor e na transmissão de conteúdos.
A proposta do Novo Ensino Médio que vem sendo implementada em várias redes de ensino do país visa
oferecer uma experiência escolar mais alinhada com as expectativas e necessidades dos jovens, para além
das demandas do mercado de trabalho. A pandemia e toda a sua complexidade veio para nos mostrar que,
mais do que nunca, precisamos, como educadores, estar prontos para repensar e realizar mudanças em
nossa prática para que os estudantes tenham maior protagonismo e aprendam de forma significativa.
rial,
b o r a r e ste mate
Ao ela ar
e r a m o s apresent
esp
o s e variadas
cam in h
a s p a r a que você,
perspectiv r im o r e, reform
ule
, a p
educador e s u a s p ráticas
ob r
e reflita s d a s a la de aula.
fora
dentro e
Pelo uso (e adaptação), no contexto educacional onde atua, de metodologias ativas consolidadas. As
metodologias ativas consolidadas são aquelas bastante disseminadas na literatura da área da educação
e que contam com etapas ou procedimentos mais estruturados.
Pelo uso de estratégias que promovem o protagonismo dos estudantes e que, quando combinadas
com outras estratégias, permitem que você, educador, seja autor de metodologias ativas adequadas
para a realidade local da escola.
Você educador pode ler este material de acordo com o seu interesse e na ordem que desejar.
Ou seja, cada trecho pode ser explorado de forma isolada e a partir de demandas que encontra em
sua prática docente. Incluímos no material filtros que devem ajudá-lo a localizar, de forma ágil, as
metodologias/estratégias mais adequadas para o tipo de atividade e/ou projeto a ser desenhado
e implementado por você e seus estudantes na escola.
Além disso, você encontra nas fichas links para outras metodologias/estratégias que podem ser usadas
de forma complementar durante a realização de uma atividade ou projeto. Você também vai notar que o
material contém imagens, fluxogramas, infográficos, quadros dentre outras representações visuais que
visam organizar os temas abordados de forma mais clara e acessível.
Esperamos que o contato com este material seja fonte de inspiração para que adote em suas práticas
metodologias ativas consolidadas e estratégias centradas nos estudantes. Todavia, nossa principal
expectativa é que você crie as suas próprias estratégias e metodologias ativas dando a seus estudantes
a oportunidade de atuarem de forma autônoma, responsável, criativa e como protagonistas de
seu processo de aprendizagem. Com isso, entendemos que você irá inovar na sua prática docente
e encontrará novas formas de ser agente de transformação na vida dos estudantes, na escola e na
comunidade.
Bom proveito!
a r e s p onsável:
Consult o r
C o s t a C avalcanti
lina
Dra. Caro
técnica: a
Coor d e n a ç ã o
io M o r g a do da Silv
Anton ti
Dr. Marco C o s t a Cavalcan
lin a
Dra. Caro
t a s c o n v idados:
Especialis la Droichi aes
Profa . G a b r ie
s P e r e ir a de Nov
ita
r o f a . F r ancila Fre
P
V a n e s s a Queiroz
Profa.
c a s o , o papel da
Nest e
e s timular o
educa ç ã o é
a s c a p a c idades,
har dess
desabroc d e m mudar
c o p o
que pou e s t ím ulos, de
d e o
em função e do próprio sujeit
ias
experiênc
Conforme demonstram as pesquisas de Fernando Becker foram atualizados. Conjugam-se a eles as demandas da
(1993), embora à primeira vista possa parecer contraditó- revolução digital e mudanças na constituição das subjeti-
rio afirmar que perspectivas tão diferentes sejam a base vidades, no acesso fácil e rápido a informações, nas rela-
do ensino tradicional, ambas estão presentes no discurso ções interpessoais, na política, nos problemas socioam-
e nas práticas pedagógicas tradicionais e compartilham a bientais e no mundo do trabalho. Tais desafios passam
premissa de que o sujeito não tem um papel ativo em sua a exigir, ainda mais, a formação de sujeitos autônomos,
própria aprendizagem. criativos e críticos, que conheçam e saibam lidar com
suas emoções, que considerem o outro em suas neces-
Na primeira metade do século XX, o ensino tradicional sidades e direitos e, enfim, que sintam-se responsáveis
atendia com algum grau de êxito as demandas das sa- e se engajem em ações para preservar as conquistas da
las de aula, tanto porque era aplicado a um grupo ho- humanidade e construir uma sociedade mais justa, de-
mogêneo (branco, das elites) e reduzido de estudantes, mocrática e sustentável.
quanto porque garantia essa homogeneidade ao excluir
qualquer estudante que não correspondesse aos seus Como se vê, não se trata apenas de proporcionar uma for-
pressupostos. Contudo, a partir da segunda metade do mação técnico-científica, pois, se a escola é a instituição
século XX, a democratização e universalização do acesso responsável por preparar as crianças e adolescentes para
ao ensino operou mudanças significativas nas formas a vida em toda sua complexidade, isso implica contribuir
de pensar e fazer educação, deflagrando o que Este- com a formação de um ser humano em sua integralidade,
ve (2004) denomina de terceira revolução educacional. sem dissociar seus componentes físico, social, cognitivo,
Com ela, a escola deixou de ser um privilégio e tornou- afetivo e ético.
-se um direito. Passou a abarcar, em um mesmo espaço,
uma maior quantidade e diversidade de classes, raças, Tais desafios demandam dos intelectuais e profissionais
gêneros, crenças e também crianças e adolescentes da educação repensar a função social da escola, os obje-
com deficiência. Essa diversidade, juntamente com os tivos e as práticas pedagógicas, os tempos e espaços de
diferentes ritmos e formas de aprender, passou a fazer aprendizagem, e o papel dos professores e estudantes.
parte do cotidiano escolar. Somado a isso, desde o início
do século, passaram a emergir teorias e pesquisas no As Metodologias Ativas de Aprendizagem se inscrevem
campo da educação que contestavam as epistemologias nesse contexto como uma potente ferramenta ao colo-
empiristas e aprioristas, e defendiam o papel ativo dos car os estudantes - com seus conhecimentos, habilidades,
estudantes nos processos de aprendizagem mediante a interesses e valores - no centro dos processos de ensino-
interação não apenas com o professor, mas com seus -aprendizagem.
pares e em ambientes de aprendizagem fora da sala de
aula. Alguns dos autores que, guardadas suas diferen-
ças, defendiam essa nova perspectiva são Jean Piaget, 2.2. Ensino Médio, BNCC e
Lev Vygotsky, John Dewey, Celestin Freinet, Paulo Freire
e Maria Montessori.
Formação Integral Visando
ao Desenvolvimento das
Todos esses fatores colocaram em evidência as contra-
dições e limitações do ensino tradicional e trouxeram à Competências Gerais
tona novos desafios relativos à acessibilidade, equidade
e qualidade de uma educação efetivamente democráti- As primeiras décadas deste século foram marcadas por
ca, provocando educadores a repensar os processos de intensos debates sobre como melhorar a qualidade da
ensino-aprendizagem e reformular suas práticas para educação brasileira e reduzir os altos índices de evasão,
além da estrutura exposição-verificação - embora sem sobretudo do Ensino Médio. Junto a indicadores e siste-
descartá-la. Por outro lado, muitas escolas e educadores mas de avaliação utilizados para avaliar e subsidiar po-
permaneceram reproduzindo práticas majoritariamente líticas públicas - como o Índice de Desenvolvimento da
fundamentadas no ensino tradicional. Além disso, as con- Educação Básica (Ideb) e o Sistema de Avaliação da Edu-
dições político-econômicas para atender às demandas da cação Básica (Saeb) -, novos programas, leis e diretrizes
democratização e universalização do ensino tampouco normativas foram desenvolvidos com vistas a enfrentar
foram satisfatórias. esses problemas.
Neste início de século XXI, muitos desafios forjados pela No ano de 2011, começou a ser implementado o progra-
terceira revolução educacional permanecem abertos e ma Educação em Tempo Integral e o Programa de Fomen-
to às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral (EMTI) de conhecimento, o que sugere a importância de atri-
(BRASIL, 2012), com o objetivo de ampliar a jornada de buir aos estudantes um papel ativo na construção de seu
estudos, manter os alunos mais tempo dentro da escola aprendizado para que tais habilidades se desenvolvam
e oferecer a eles um espaço de reflexão, protagonismo em sua potencialidade.
e uma formação que contribuísse de modo sistemático
com a transição para a vida adulta e o ingresso no mundo Tanto o Programa de Fomento às Escolas de Ensino Mé-
do trabalho. Entre os resultados alcançados, constatou-se dio em Tempo Integral (EMTI) quanto o Novo Ensino Mé-
uma diminuição significativa na taxa na evasão do Ensino dio e a BNCC ressaltam a importância de proporcionar
Médio em estados que implementaram o programa de aos estudantes uma educação ativa, em diálogo com os
forma massiva, como Pernambuco e Espírito Santo (1,5% interesses e culturas juvenis, voltada à formação integral
em 2018, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e e mediada por temas de relevância ética, política e social,
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira/Inep, vinculado ao aspectos contemplados pelas metodologias ativas de
MEC), além do aumento do Índice de Desenvolvimento da aprendizagem.
Educação (Ideb) (BRASIL, 2018).
aprendizagem (mediado ou não por tecnologias), enquan- seminário Pecha Kucha, etc. É pela flexibilidade e acessibi-
to reflete sobre aquilo que está fazendo” (pag. 12). As au- lidade de sua implementação que metodologias ativas têm
toras indicam que existem alguns princípios essenciais que ganhado grande destaque em contextos de aprendizagem.
caracterizam uma metodologia como ativa:
Princípios Características
Centralidade no estudante
Protagonismo
para participar do processo de
do estudante
aprendizagem de forma autônoma.
Aprender é uma atividade que demanda a ação e pro- Elas são adaptáveis e moldáveis aos tempos e espaços da
tagonismo do ser humano. O uso de metodologias ati- escola (sejam eles presenciais, híbridos ou digitais). Per-
vas acolhe esta realidade e aponta caminhos para o es- mitem que os componentes curriculares sejam explora-
tudante possa agir (ao participar de um debate, pensar dos e conhecidos enquanto os estudantes testam hipó-
na solução para um problema complexo, participar de teses, coletam informações em contextos não escolares,
um projeto interdisciplinar etc.). Por outro lado, depois buscam soluções para problemas reais e constroem pro-
que age precisa ser convidado a refletir (ao escrever um tótipos, por exemplo.
relatório, elaborar um vídeo, criar uma narrativa etc.)
sobre o que aprendeu e como isso se conecta com os Quando pensamos em contextos de aprendizagem cen-
componentes curriculares que embasam as atividades trados no uso de metodologias ativas, o professor assu-
realizadas. Neste processo, a colaboração, que ocorre me o papel de orientador ou mediador de experiências de
em momentos específicos, permite que os estudantes aprendizagem. Educadores que adotam as metodologias
sejam expostos a ideias divergentes, aprendam a nego- ativas sabem que é preciso mudar o percurso da instru-
ciar, enxerguem diferentes perspectivas de um mesmo ção tradicional para a aprendizagem ativa e este material
tema, cocriem com seus pares, fatores que enriquecem apresenta variados caminhos para que isso seja feito, le-
bastante o processo de aprendizagem. vando em consideração as características do professor,
dos alunos, da escola e do contexto onde estão inseridos.
Existem metodologias ativas consolidadas, que têm
sido aplicadas em variados contextos educacionais e dis- Uma ação não é necessariamente uma atividade que en-
seminadas na literatura da área da educação. Estas con- volve movimentos corporais. Pode ser uma ação cogniti-
tam com etapas ou procedimentos mais estruturados. va: contar um caso, fazer perguntas provocativas, propor
Como exemplo podemos mencionar: Aprendizagem ba- um desafio ou hipótese. A ação pode envolver ainda a re-
seada em problemas e por projetos (ABPP), instrução por alização de um experimento ou construção de um objeto.
pares, estudo de caso, sala de aula invertida, projetos STE- Esta pode ser uma forma disparadora de iniciar o traba-
AM, Design Thinking, cultura maker, dentre outras. lho com metodologias ativas na escola.
Por outro lado, existem estratégias ativas que dão o pro- De fato, o uso de metodologias ativas, tem sido apontado
tagonismo para os estudantes e que, quando combinadas pela literatura mais atual (ARAÚJO & SATRE, 2009, CAMAR-
com outras estratégias, permitem que o professor seja au- GO & DAROS, 2018, CAMPOS & BLIKSTEIN, 2019) como
tor de metodologias ativas únicas. Alguns exemplos são: uma forma profícua para que os objetivos da formação
entrevista empática, mapa mental, mural colaborativo, integral dos estudantes propostos na BNCC e no Novo
Ensino Médio sejam alcançados enquanto desenvolvem do construtivismo piagetiano fundamenta muitas meto-
competências fundamentais para o século XXI e se prepa- dologias ativas, como aquelas que têm como ponto de
ram para o mundo do trabalho. partida situações desafiadoras, que provocam nos es-
tudantes a percepção de suas lacunas, que instigam a
formulação de hipóteses e questionamentos e que dão
2.4. Breve Panorama dos a eles a possibilidade de responderem ativamente suas
próprias perguntas.
Teóricos que Embasam o Uso de
Metodologias Ativas na Escola O papel ativo do sujeito no processo de aprendizagem
também foi defendido, na primeira metade do século XX,
Embora o termo metodologias ativas de aprendizagem por outros proeminentes teóricos da educação, como Cé-
tenha ganhado destaque nos debates educacionais há lestin Freinet, Antón Makarenko, Maria Montessori e John
pouco tempo, as bases teóricas que inspiram as meto- Dewey. Este, por exemplo, preconizava que a escola deve-
dologias ativas têm sido construídas desde a primeira ria proporcionar aos estudantes experiências de apren-
metade do século XX por pesquisadores e educadores dizagem via resolução de problemas reais vinculados ao
que passaram a contestar as perspectivas inatista e contexto de vida e/ou interesse dos estudantes e, sempre
empirista de desenvolvimento e aprendizagem, à épo- que possível, com relevância social e finalidade prática
ca predominantes. (DEWEY, 1971). Esta proposição, que passou a ser resumi-
da na máxima “aprender fazendo", é uma importante fonte
Mediante rigorosas pesquisas sobre desenvolvimen- de inspiração de metodologias e estratégias ativas, como a
to e aprendizagem, autores como Piaget (1953/2014; Aprendizagem Baseada em Projetos, a Aprendizagem por
1967/2015) e Vygotsky (1987; 2008) apresentaram evi- Investigação e a Aprendizagem por Projetos Sociais.
dências consistentes para sustentar uma nova perspec-
tiva epistemológica, segundo a qual o desenvolvimento e Além desses autores, não podemos deixar de mencionar
a importância da obra de Paulo Freire (1996; 2005) para
a aprendizagem não são nem resultado direto do amadu-
as bases teóricas de metodologias e estratégias ativas de
recimento das estruturas biológicas, nem a mera repro-
aprendizagem. Crítico ao modelo de educação que con-
dução de conteúdos do ambiente que foram introjetados
cebe o estudante como um receptáculo de conteúdos
pela experiência. Ao contrário, decorrem da interação
transmitidos pelo educador, alienando-o da sua capaci-
entre fatores biológicos e socioculturais e da ação (física
dade intelectual, Freire (2005) defende que a educação
e/ou mental) do sujeito sobre os objetos de conhecimen-
deve ser um instrumento de emancipação intelectual e
to. Na perspectiva desses autores, expoentes do que se
social. Para isso, é necessário reconhecer que todo sujei-
convencionou chamar de construtivismo, o aprendizado
to é detentor de um repertório cultural, de um sistema
é concebido como uma construção na qual cada sujeito
de significações sobre o mundo, alguém portador de ex-
organiza o conhecimento de um modo particular em sua
periências e interesses que devem ser o ponto de parti-
interação com o meio físico e social: relacionando conhe-
da dos processos de ensino-aprendizagem. A experiên-
cimentos e atribuindo a eles significados, intercambiando
cia pedagógica, para Freire, deve ter um sentido social
pontos de vista, integrando novos conhecimentos ao seu
e conduzir-se mediante processos dialógicos nos quais
cada vez mais amplo e particular sistema de representa-
educadores e educandos interagem sob a mediação do
ções, aplicando saberes a situações diversas e criando no-
mundo no qual estão inseridos, problematizando-o e vi-
vas formas de pensar e agir sobre o mundo com vistas a
sando à transformação pessoal e social.
interpretá-lo e transformá-lo.
Conhecer a obra desses e de outros autores clássicos e
Segundo a teoria piagetiana, a construção de novos co-
contemporâneos que se inscrevem no campo de uma pe-
nhecimentos ocorre quando o sujeito se depara com
dagogia ativa, é fundamental para compreender os princí-
uma situação nova, que ele é incapaz de compreender,
pios teóricos e epistemológicos que orientam as metodo-
explicar ou agir de modo satisfatório, o que produz nele
logias ativas e para elaborar, de modo autoral, situações
um desequilíbrio cognitivo. É a reação do sujeito a essa
de aprendizagem em consonância com o contexto socio-
perturbação causada pelo meio em seu estado de adap-
cultural e as demandas pedagógicas de cada escola.
tação que provoca a necessidade (consciente ou não) de
construir novos conhecimentos. Nas palavras de Piaget
(1966, p. 88) “[...] não há ato de inteligência sem pergun-
ta, isto é, sem lacuna ressentida, logo sem desequilíbrio,
2.5 Desenho de Arquiteturas
portanto sem necessidade” . Esta importante premissa Pedagógicas Inovadoras
Arquitetura Estratégia
Pedagógica para Aplicação
(AP) das APs
Os aspectos organizacionais colocam seu enfoque no adequadas ao contexto da escola e à realidade local. Na
planejamento, na organização de tempos e espaços, nas hora de o professor colocar em prática aquilo que plane-
pessoas envolvidas e seus papéis. São aspectos funda- jou para um projeto educacional centrado em metodolo-
mentais que embasam o desenho de toda a experiência gias por vezes será preciso fazer adequações na proposta
de aprendizagem. de acordo com a realidade encontrada (exemplo: o pro-
conteúdo – delimita “o que” será aprendido em um fessor planejou levar os estudantes para fazer entrevis-
determinado período. Abrange a escolha e criação de tas em uma feira livre sobre as diferentes condições de
materiais didáticos e conteúdos que vão fundamentar o trabalho, mas no dia da atividade amanheceu chovendo
processo de aprendizagem. muito). Por isso, o professor precisa ser capaz de fazer
metodológicos – indicam “como” os alunos irão apren- alterações no que foi planejado e ainda alcançar os objeti-
der e a forma como a avaliação será realizada. Abran- vos de aprendizagem propostos, garantindo assim que os
gem a escolha de metodologias e estratégias que, quan- estudantes participem ativamente do processo de apren-
do são centradas no aluno, fomentam o protagonismo, dizagem, mesmo em situações adversas.
a ação-reflexão e a colaboração.
tecnológicos – explicitam “onde” o conteúdo será apre-
sentado, explorado e/ou produzido pelos alunos. Abar-
2.6 Aprendizagem Criativa e o
ca os diversos canais de comunicação, mídias, platafor- Uso de Tecnologias no Ensino
mas digitais e ferramentas tecnológicas que mediam os
processos de aprendizagem. (Presencial, Online, Híbrido)
O que seriam então as Arquiteturas Pedagógicas Inova- O professor que desenha e implementa Arquiteturas
doras (APIs)? Em uma pesquisa realizada com um grupo Pedagógicas Inovadoras abre espaços para que os alu-
de professores, Bittencourt identificou que uma API pos- nos de Ensino Médio aprendam criando. De fato, o autor
sui três grandes elementos: aprendizagem ativa (aluno Resnick (2020), que é professor do MIT Media Lab, apre-
participa ativamente do processo de aquisição de novos senta em podemos desenvolver a criatividade nos estu-
saberes), aprendizagem colaborativa (o aprender com o dantes quando propomos, pelo uso de metodologias e
outro e aprender juntos faz com que o processo seja uma estratégias ativas de aprendizagem, ciclos de aprendiza-
construção coletiva) e aprendizagem significativa (novos gem onde podem, na forma de espiral, experimentar os
conhecimentos são conectados com conhecimentos pré- seguintes elementos:
vios que o estudante já possui e com isso é capaz de atri-
buir sentido ao que aprende). Para ser considerada ino- imaginar – pensar em soluções para problemas hipoté-
vadora, a AP pode ter alguns destes elementos bastante ticos e reais, cenários que retratam situações vividas no
evidentes em sua proposta, mas não necessariamente passado e que são associadas ao tema estudado dentre
todos eles sendo explorados na mesma medida. outras.
criar – elaborar protótipos, maquetes, esquemas, info-
Algumas APIs podem ser caracterizadas por explorar
gráficos, propostas, planos de ação etc.
com mais profundidade a aprendizagem ativa e signifi-
cativa, quando, por exemplo, em um projeto de Língua explorar de forma lúdica – no processo de criação de
Inglesa o estudante é convidado a criar individualmente algo novo devem ser capazes de se divertir, competir,
uma história em quadrinhos em inglês sobre os desa- explorar possibilidades, testar hipóteses etc.
fios superados por um personagem, de sua autoria e/ compartilhar aprendizagens – possibilitar que estudan-
ou escolha, durante a pandemia. Apesar desta API não tes apresentem e compartilhem suas produções, desco-
explorar o aspecto da colaboração, pode ser conside- bertas e soluções.
rada inovadora pois abrange de forma aprofundada a refletir sobre o que e como aprenderam – momento de
aprendizagem ativa e significativa. Agora, se o mesmo analisar o que foi produzido, identificar erros e acertos e
projeto de Língua Inglesa fosse desenvolvido por grupos fazer ajustes que julgarem necessários.
de estudantes, os três elementos de uma API seriam ex-
plorados de forma mais equilibrada. imaginar – a partir do que aprenderam ao vivenciar a es-
piral da aprendizagem criativa, avançar na incorporação
Quando o professor desenha uma Arquitetura Pedagógi- de outros elementos no que foi criado ou para o estudo
ca Inovadora centrada no protagonismo dos estudantes, de temas correlatos de forma mais aprofundada.
é preciso que as estratégias de aplicação da AP sejam
Desta maneira, propomos a inclusão de um novo tipo autoras Filatro e Cavalcanti (2018) explicam que as tec-
de aprendizagem às três apresentadas inicialmente por nologias devem ser escolhidas de forma intencional para
Bittencourt e descritas no tópico anterior. Defendemos, atender a demandas educacionais específicas. A partir de
a partir do estudo do trabalho de Resnick, que uma API suas características, as tecnologias podem ser organiza-
também abrange a aprendizagem criativa, que ocorre das em diferentes grupos: I) As tecnologias distributivas,
quando o estudante é convidado a imaginar, criar, explo- atendem bem a uma demanda educacional centrada na
rar, se divertir, compartilhar e refletir enquanto aprende apresentação de conteúdos e informações (exemplos:
algo novo. De fato, Resnick explica que, como professo- textos em PDF, videoaulas, podcasts, documentários, fil-
res, podemos adotar quatro princípios orientadores que mes etc.); II) As tecnologias interativas, facilitam a inte-
permitem que as APIs que desenhamos levem os estu- ração dos estudantes com os conteúdos (exemplo: jogos
dantes a se tornarem pensadores criativos. Ele chama es- interativos individuais com feedback e materiais multimí-
tes princípios de 4Ps da aprendizagem criativa. dia); III) As tecnologias colaborativas hospedam o traba-
lho em grupo mediante discussões, criações coletivas e
A partir da proposição de projetos sobre temas que ge- a troca de conhecimento (exemplo: fórum de discussão,
ram interesse e paixão nos estudantes, como professores chat, redes sociais, murais colaborativos, mundos virtuais,
podemos promover um maior engajamento e motivação editores colaborativos de texto etc.).
intrínseca por parte deles para aprender.
P
Existem, ainda, tecnologias que facilitam a análise de
dados educacionais (learning analytics), que evidenciam
Figura 2: 4Ps da Aprendizagem Criativa
aquilo que os alunos aprenderam ou como tem partici-
pado das atividades propostas (exemplo: relatórios de
desempenho dos alunos no uso de simuladores ou ex-
perimentos realizados em laboratórios virtuais). As tec-
PROJETOS nologias também podem ser utilizadas de forma mais
sofisticada quando os professores usam plataformas em-
basadas em Inteligência Artificial e computação cognitiva
e que apresentam informações que podem apoiar a to-
mada de decisão referente à jornada de aprendizagem de
PAIXÃO
4s
cada aluno. A plataforma da Khan Academy explora esses
recursos tecnológicos mais sofisticados, por exemplo.
damentais no século XXI. Entretanto, como educadores professor identifique o que os alunos já sabem sobre um
precisamos ser coerentes na forma como avaliamos os tema, suas concepções prévias sobre um conceito e com
nossos estudantes (LUCKESI, 2008). Especialmente quan- isso pode planejar as aulas e atividades de forma perso-
do adotamos as metodologias ativas, é preciso lançar nalizada e adequada para a realidade da turma.
mão de variadas estratégias de avaliação que permitam
que este processo seja confiável e eficaz. Alguns exemplos de estratégias para realizar a avalia-
ção diagnóstica são: enquetes, questionários e quizzes
Mas afinal de contas, o que é avaliar? Segundo o dicioná- de múltipla escolha disponíveis em Ambiente Virtual de
rio Aurélio online, avaliar é “determinar o valor de alguma Aprendizagem (AVA) ou plataformas digitais como Menti-
coisa” (exemplo: uma atividade, um projeto, um conheci- menter, Survey Monkey e Kahoot. Outra opção é a participa-
mento). Sabemos que avaliar a aprendizagem de um alu- ção em fóruns de discussão, sessões de chat orientadas
no é desafiador em qualquer contexto (presencial, online pelo professor em plataforma digital e resposta a ques-
ou híbrido) e segundo Jiao e Lissitz (2018) este processo é tões dissertativas sobre conteúdos específicos. Os dados
complexo pois demanda que o professor consiga explicitar coletados na avaliação diagnóstica ajudam na tomada de
o que deseja saber dos estudantes e, ao mesmo tempo, a decisão inclusive das metodologias ativas mais adequa-
capacidade dos estudantes demonstrarem seus conheci- das para serem incorporadas nas aulas bem como os ma-
mentos, habilidades e competências desenvolvidas. teriais didáticos que são potencialmente mais significati-
vos para promover novas aprendizagens.
Existem variadas formas de avaliar que podem ser adota-
das pelo professor a partir do uso das metodologias ati-
vas e estratégias que adota para trabalhar com conteúdos 2.7.2 Avaliação Formativa
curriculares e/ou transversais. Nos próximos subtópicos
apresentamos de forma sucinta três modalidades de ava- Enquanto as metodologias ativas são adotadas na esco-
liação (diagnóstica, formativa e somativa) e três estraté- la, o professor pode recorrer a estratégias de avaliação
gias de avaliação (autoavaliação, avaliação por pares e formativa, para acompanhar o processo de aprendiza-
com rubricas). Fazemos isso para demonstrar que no de- gem dos estudantes enquanto atuam como protagonis-
senho da proposta avaliativa o professor pode lançar mão tas de sua aprendizagem. Este tipo de avaliação prevê
de variadas modalidade e estratégias a fim de conhecer, um acompanhamento bastante próximo das ativida-
a partir de diferentes perspectivas, o que cada estudante des, projetos, trabalhos, criações dos estudantes, de tal
já sabe e/ou aprendeu enquanto trabalha com metodo- maneira que o professor possa identificar o que está
logias ativas. Todo professor deve conhecer e aplicar de dando certo e os aspectos que precisam ser ajustados
forma equilibrada e articulada as 6 formas de avaliação na jornada de aprendizagem inicialmente planejada.
apresentadas com mais detalhes a seguir para que fique Estratégias comuns adotadas na avaliação formativa/
evidente para todos os envolvidos no processo de apren- processual são: relatórios, debates, apresentações, ro-
dizagem se está alcançando os objetivos a que se propôs. teiros (que depois serão transformados em produções),
protótipos etc. Com os dados da avaliação formativa
O importante é que fique claro para os estudantes sobre em mãos, o professor pode propor mudanças na Ar-
como serão avaliados. A forma como a nota será composta quitetura Pedagógica ou até mesmo eleger diferentes
deve ser explicitada no começo de uma atividade ou proje- estratégias de aplicação da AP.
to de tal maneira que os estudantes tenham a oportunida-
de de participar do que foi proposto de forma consciente. A avaliação formativa ocorre quando, por exemplo, o profes-
sor propõe que a turma realize um projeto sobre um tema
como “eutanásia”, que vai culminar na entrega de um relató-
2.7.1 Avaliação Diagnóstica rio final e em um debate em que metade da turma defende
a prática e a outra metade condena a prática. Neste caso o
A avaliação diagnóstica é adotada para que o professor professor avalia não só os argumentos apresentados pelos
possa identificar conhecimentos prévios que os estudan- grupos no relatório e debate, mas verifica o envolvimento
tes possuem sobre temas de uma disciplina ou várias dis- individual de cada aluno na realização de pesquisas, prepa-
ciplinas dispostas no currículo escolar. Por isso, este tipo ração dos slides para a apresentação, redação de um do-
de avaliação geralmente é adotado no começo de uma cumento argumentativo sobre o tema. Os feedbacks sobre
aula, um projeto, um semestre letivo e deve ser utilizado o desempenho de cada aluno podem ser dados de forma
de forma cíclica, na medida que começa a trabalhar com presencial ou pelo uso de ferramentas digitais.
diferentes temáticas ao longo do ano. A adoção da avalia-
ção diagnóstica é relevante uma vez que permite que o
Podem ser usadas como parte de uma avaliação formati- deu às expectativas de aprendizagem; II – atendeu par-
va ou somativa, como recurso de uma avaliação por pares cialmente às expectativas de aprendizagem; III – atendeu
ou como estratégia de autoavaliação. a maioria das expectativas de aprendizagem; IV – atendeu
todas as expectativas de aprendizagem).
As rubricas devem ser feitas sob medida para as tarefas
ou produtos que se pretende avaliar. É desejável que os Apresentamos a seguir o exemplo de uma rubrica de
estudantes conheçam a rubrica logo no início da experi- avaliação quantitativa pensada para uma autoavaliação
ência de aprendizagem na qual ela será utilizada para que sobre o protagonismo e autonomia de estudantes em
saibam quais são as expectativas de aprendizagem e por um projeto com intervenção social. Note que para cada
quais parâmetros e critérios serão avaliados. A partir de nível há uma pontuação (de 0 a 2) e um texto que apre-
uma expectativa de aprendizagem de referência para de- senta múltiplos aspectos a serem avaliados (autonomia
terminado conceito, habilidade ou competência, deve-se e iniciativa, proposição de ideias, planejamento e exe-
descrever níveis progressivos de desempenho. Tais níveis cução da intervenção), os quais vão sendo progressiva-
podem ser avaliados de modo quantitativo, por meio de mente contemplados em direção ao atendimento pleno
uma pontuação (no caso de ser necessário atribuir uma da expectativa de aprendizagem de referência, enun-
nota), ou mediante indicadores qualitativos (I – não aten- ciada no último nível.
Protagonismo e Autonomia
Atuei no desenvolvimento do projeto sempre ou quase sempre em
função do incentivo ou comando de um adulto ou de um colega, e não
0
por iniciativa pessoal, seja na realização de pesquisas, na proposição
de ideias ou no planejamento e realização da intervenção.
e conversa
Começo d c o n h e c im entos, atua
r
ruir novos uações-
Breve descrição Como const borativa e utilizar sit riativas
la c
de forma co ra encontrar soluções as ?
a tic
problema p ades reais ou hipoté
s id
A Aprendizagem Baseada em Problemas é uma
abordagem que utiliza situações-problema para construir
para adver
novos conhecimentos. Os alunos trabalham de forma
individual e colaborativa para estruturar soluções criativas
para os problemas estudados. A aprendizagem baseada
em problemas é bastante utilizada em currículos de
instituições de ensino superior e educação corporativa,
entretanto, sua aplicação por professores e especialistas
na educação básica é cada vez mais recorrente. A situação-
problema pode ser proposta pelo professor, pelos
próprios alunos ou pela comunidade, utilizando obstáculos
reais enfrentados no dia a dia, tornando o aprendizado
mais engajador e significativo. É importante atentar-se
e verificar se a situação-problema a ser estudada está
adequada aos objetivos de aprendizagem propostos no
componente curricular.
Tempo
Objetivo Mínimo de 4 aula de 60 minutos.
Proporcionar aos estudantes uma experiência
de construção de novos conhecimentos a partir
de uma situação-problema que lhes permita Organização do Grupo Classe
encontrar soluções para os desafios estudados. Grupos de até 7 estudantes.
Antes de começar
Defina se a situação-problema será pré-definida
a partir das demandas curriculares ou se os
estudantes irão propor um problema que queiram
Desenvolvimento explorar e estudar. Determine se o formato da
apresentação da solução e sistematização do
processo será preestabelecida ou se ficará a
critério dos alunos.
Discussão do caso e identificação das perguntas.
Na primeira etapa da abordagem, forme grupos de até 7 estudantes e apresente
o caso real ou hipotético para explorar o problema a ser estudado e discutido. A
definição do obstáculo pode partir dos interesses dos alunos a serem levantados
em uma roda de conversa, exibição de um vídeo, imagens ou tema relevante
noticiado via imprensa ou internet recentemente ou até mesmo a partir de um
personagem ou situação fictícia. Após a apresentação do tema, os estudantes,
em grupos, irão realizar o levantamento de perguntas para compreensão do
problema analisado. Oriente-os a elaborarem questionamentos relevantes,
dessa forma, podem sintetizar o que sabem sobre o tema e o que gostariam de
saber. Isso os auxiliará na sistematização das questões.
Exemplo
Este exemplo pode ser desenvolvido em aulas de Língua Portuguesa de 50 minutos por estudantes
do ensino médio. A proposta inicial da abordagem consiste na apresentação de um caso sobre
variantes linguísticas e a norma-padrão da Língua Portuguesa. Os estudantes se reúnem em grupos
para elaborar as perguntas e objetivos de aprendizagem para compreender se o desvio da norma-
padrão é considerado um erro linguístico e quais são os preconceitos atrelados a isso. Em seguida,
realizam pesquisas em diversos meios e, com o auxílio da educadora, elaboram uma reflexão
envolvendo os aspectos regionais, etários, sociais, históricos que influem na dinamicidade e no
caráter vivo da língua, a fim de combater os preconceitos linguísticos.
Interface interdisciplinar
A Aprendizagem Baseada em Problemas pode ser aplicada em uma perspectiva interdisciplinar sobre o tema “estereótipos e
preconceitos”, articulando disciplinas como Língua Portuguesa, Sociologia e Projeto de Vida. O problema a ser estudado pode
abordar as formas como diferentes grupos sociais são abordados nas mídias e imprensa e o impacto dessas representações,
engajando discussões sobre identidade e representatividade. A fim de garantir o caráter interdisciplinar do projeto, os estudantes
devem apresentar uma solução de combate aos estereótipos articulada ao Projeto de Vida como uma chance de aprofundar
a dimensão ética desses projetos. A apresentação e as sínteses das soluções devem articular as áreas mencionadas.
Proposta de avaliação
A avaliação pode ser feita pelo educador a partir do acompanhamento do trabalho dos alunos e da entrega
final dos grupos. Além disso, uma autoavaliação e uma avaliação por pares entre os membros do grupo,
a partir de rubricas, por exemplo, é uma forma de verificar o processo de desenvolvimento do projeto,
a participação e engajamento dos estudantes nas etapas e/ou a sintetização da abordagem.
as
Saiba Mais! Acesse
entares!
referências complem
e ç o d e conversadantes um ambiente e é
u
nar aos est ção em equip
Co m
rcio odu
Como propo cooperativo, onde a pr envolver habilidades
s
motivador e e valorizada? Como de rocesso de tomada
a p
desenvolvid ento interpessoal no mas? De que forma
Breve descrição
n a m o b le
de relacio ara a solução de pr na ao estudante
p io
A Aprendizagem Baseada em Times ou de decisões em em equipe proporc so crítico na
d iz a g e s en
Team-Based Learning (TBL) é uma estratégia
a apren m e n t o , a utonomia
ja
maior enga s atividades?
pedagógica colaborativa que baseia-se
em conceitos de sala de aula invertida, ou a
seja, os estudantes exploram os materiais realização d
disponibilizados pelo professor antes da
aula presencial. A metodologia foi criada por
Larry Michaelsen em 1970, na Universidade
de Oklahoma, e o método é aplicado até os
dias atuais. Consiste em compor equipes
estrategicamente formadas e permanentes,
preparação bem definida do início ao fim
de cada módulo, aplicação de atividades e
avaliações em pares. O TBL tem sido aplicado
em diversos cursos, disciplinas e para grupos
de diversos tamanhos, com características
diversificadas, e equipes formadas de 5 a 7
estudantes. Os estudantes precisam estar
comprometidos com seu trabalho individual e
coletivo, desenvolvendo o espírito colaborativo
nos trabalhos em grupo e receber do professor
feedback frequente e oportuno sobre seus
desempenhos.
Tempo
Objetivo Mínimo 2 a 4 aulas, depende das
Desenvolver nos estudantes as habilidades atividades elencadas pelo professor
socioemocionais e interpessoais, as habilidades
cognitivas de alto nível, a responsabilidade individual Organização do Grupo Classe
e coletiva, a proatividade e a colaboração. Em grupos de até de 5 a 7 estudantes.
Preparação
Para que o TBL ocorra em perfeita harmonia é
necessário que alguns tópicos sejam respeitados:
Formação de equipes heterogêneas mantidas por
Desenvolvimento um longo período
Responsabilização coletiva e individual dos
trabalhos dos alunos
Ter como foco das tarefas a aprendizagem
A metodologia da Aprendizagem Baseada em Times é basicamente da equipe
estruturada em 3 etapas: Os estudantes devem receber feedback
frequentemente sobre seus desempenhos
Preparação individual (pré-classe)
Pré-leitura pelos estudantes antes da aula, estimulada pela inclusão
de qualquer ferramenta que agregue conhecimento à discussão.
O cumprimento das etapas é
Garantia de Preparo catalisador da formação de
Necessária para avaliar se a primeira etapa foi bem-feita. Os estudantes, ricas equipes de aprendizagem.
individualmente, resolvem questões de múltipla escolha sem consulta.
Um teste curto, básico de acordo com o material de preparação. O processo
de feedback imediato pode ser criado por meio eletrônico, como por exemplo
o Google Forms, usando “chave de resposta”. Para mais informações, clique aqui.
Aplicação de atividades
As atividades devem contemplar quatro princípios: a aplicação de um problema
significativo; a classe deve receber o mesmo problema; cada equipe deve desenvolver
uma resposta sucinta para ser utilizada em problemas reais e os relatos das
respostas devem ser simultâneos, além de explicar os motivos de estarem corretas.
Exemplo
Na aula de Química, o professor pode usar a metodologia TBL para apresentar aplicações de Sistemas
de Equações Lineares no balanceamento de reações químicas. Na preparação individual, os estudantes
receberão textos, exemplos e vídeos (veja sugestão) dos conteúdos necessários para a aprendizagem
de sistema de equações lineares e balanceamento de reações químicas. Para que a aprendizagem seja
significativa, o professor pode propor o balanceamento da equação da combustão da gasolina. Em classe
e individualmente, o professor aplicará um teste no Google Forms com questões de múltipla escolha de
forma que os estudantes recebam de imediato, um feedback de seus desempenhos. Depois, com as equipes
formadas, conforme explicação no texto, os estudantes resolverão novamente as questões propostas,
seguindo às orientações mostradas na metodologia TBL. É importante que as equipes justifiquem àquelas
questões mais duvidosas para que sejam debatidas e discutidas no grupo. O professor, indaga as equipes
em relação às respostas encontradas, faz explicações e propõe um novo problema para as equipes
como o balanceamento da equação da combustão do álcool. Todos precisam apresentar as respostas
simultaneamente para que o TBL garanta o potencial transformador desta prática de ensino e aprendizagem.
Interface interdisciplinar
O exemplo dado para o componente de Química poderia ser pensado no formato de um trabalho interdisciplinar
que integrasse a Matemática e a Geografia, pois os conteúdos de razões e proporções e sistema equações lineares
são fortemente exploradas e desenvolvidas no estudo de balanceamento de reações químicas. Na Geografia, o
professor pode explorar os impactos econômicos e ambientais causados na produção, extração e queima desses
combustíveis. A Matemática Financeira pode ser também explorada quando se propõe analisar qual combustível
é mais vantajoso economicamente, passando pelo estudo de funções, porcentagens, razões e proporções.
Proposta de avaliação
As atividades de aplicação podem ou não ser pontuadas, mas o importante é que todos os estudantes tenham
feedback dessas atividades. Na avaliação em pares, os membros da equipe devem dar feedback a seus colegas,
listando coisas que apreciam e que precisam de melhoria. É importante que o professor remova os nomes e
devolva as avaliações aos estudantes. Ter clareza sobre os resultados esperados ao término do curso e deixar isso
claro para os estudantes é fundamental para que compreendam o que eles devem ser capazes de fazer.
as
Saiba Mais! Acesse
entares!
referências complem
a
m e ç o d e conversgem uma
a aprendiza abertura ao novo
C o
Como tornar o, ã
Breve descrição x p e r iê n c ia de exploraç estudantes buscam
e s
a, na qual o rguntas?
e descobert espostas para suas pe
r
A Aprendizagem Baseada em Projetos é uma metodologia ativamente
com a qual muitos educadores têm familiaridade, porém nem
sempre uma prática pedagógica a que se atribui o conceito de
projeto pode ser assim classificada. Isso porque a Aprendizagem
Baseada em Projetos pressupõe a observância a alguns
princípios estruturantes.
Recursos de apoio
Materiais digitais, físicos e plataformas de
Competências gerais da BNCC
apoio à pesquisa, trabalho colaborativo
1. Conhecimento; 2. Pensamento científico, crítico
e compartilhamento de dados coletados:
e criativo; 4. Comunicação; 5. Cultura digital (se
textos, vídeos, imagens, podcasts, Google
envolver o uso de tecnologias); 7. Argumentação.
Docs, WhastApp, Dropobox, Ambiente Virtual
de Aprendizagem, fórum de discussão
Objetivo
Proporcionar aos estudantes uma experiência de Tempo
exploração, descoberta e formulação de sínteses Mínimo de 4 aulas de 60 minutos
sobre conhecimentos mediante a elaboração e
execução de estratégias de planejamento que lhes
permitam responder suas próprias perguntas. Organização do Grupo Classe
Grupos de até 5 estudantes
Preparação
Definição do tema do projeto. Defina o tema
do projeto a partir das demandas curriculares e/
ou de interesses anunciados pelos estudantes
em uma roda de conversa.
Desenvolvimento Definição sobre a natureza do produto final.
Defina também se o tipo de produto final do
projeto será pré-determinado (uma apresentação
oral, uma dramatização, uma campanha, um
Proposição de perguntas. Apresente ao grupo-classe o tema infográfico etc.) ou se a definição ficará a cargo
geral e conduza um processo de problematização para a definição dos estudantes execução de estratégias de
da(s) pergunta(s) geradora(s) do projeto. A definição das perguntas planejamento que lhes permitam responder suas
pode partir do levantamento dos interesses dos estudantes em próprias perguntas.
relação ao tema geral em uma roda de conversa, de um estudo de
campo na comunidade, da leitura de um caso noticiado na imprensa,
de entrevistas, entre outros recursos didáticos. A proposição de
perguntas pode ser feita primeiramente de modo individual, a fim
de garantir que todos os estudantes reflitam e expressem seus
questionamentos. Para auxiliá-los a propor perguntas relevantes,
você pode pedir que respondam a duas perguntas: “O que eu sei
sobre esse tema?” e “O que eu preciso/gostaria de saber?”
Exemplo
Este exemplo foi desenvolvido por estudantes do 3º ano do Ensino Médio de um curso de Projeto de
Vida. A proposta inicial do projeto consistiu no desenvolvimento de uma pesquisa sobre um conflito moral
relacionado a uma profissão ou área de interesse profissional dos estudantes. Inicialmente os estudantes
se organizaram em grupos de acordo com a área profissional de interesse. Em seguida, entrevistaram
profissionais da área escolhida, a fim de fazer um levantamento sobre os conflitos morais das profissões.
Então, selecionaram um dos conflitos e formularam uma pergunta geradora para ser investigada com
profundidade. Com o auxílio da educadora, que realizou aulas sobre metodologia de pesquisa, cada grupo
elaborou um planejamento e elegeu e executou um método de investigação. O produto final do projeto
consistiu na elaboração de um artigo científico sobre a pesquisa, que foi apresentado para uma banca
avaliadora em sessão pública.
Interface interdisciplinar
A Aprendizagem Baseada em Projetos pode ser aplicada em uma perspectiva interdisciplinar sobre o tema “corpo e sexualidade”,
articulando disciplinas como Sociologia, Língua Portuguesa e Biologia. A elaboração das perguntas geradoras pode partir de
uma análise de como tema é representado nas redes sociais e na mídia tradicional, passando por discussões sobre identidade e
representatividade, conflitos, preconceitos e fake news. A fim de garantir o caráter interdisciplinar do projeto, os estudantes devem
apresentar respostas às perguntas recorrendo a conhecimentos das três áreas mencionadas. O produto final poderá consistir
em intervenções na escola ou nas redes sociais através de texto escrito ou verbo-visual pertencente a diferentes gêneros.
Proposta de avaliação
A avaliação pode ser feita sobre o registro dos estudantes na tabela que organiza o projeto - de modo
a avalia-los em relação ao desempenho nas diferentes etapas do projeto - e/ou sobre o produto final.
as
Saiba Mais! Acesse
entares!
referências complem
a
Começo de conveárrs
eas do conhecimento
Como integrar diversas
periências de
para potencializar as ex es? Como promover
nt
Breve descrição aprendizagem dos estuda , com um propósito
proje to
a construção de um
, com etapas definidas,
O STEAM é uma abordagem pedagógica que integra os conhecimentos mais amplo e elaborado dos conteúdos das
to
de Artes, Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática com foco incluindo o desenvolvimen
investigativo. A sigla STEAM em inglês quer dizer: Science, Technology, áreas envolvidas?
Engineering, Arts and Mathematics. O STEAM é organizado a partir
dos pressupostos da aprendizagem baseada em projetos, partindo
sempre de problemas reais e possibilitando uma aprendizagem por
meio de investigações e interações entre os estudantes. Identificar
um problema significativo em um determinado contexto é um dos
elementos motivadores da proposta do STEAM. O conhecimento
científico para a solução desse problema é a base para o planejamento
e o desenvolvimento de todas as etapas do projeto. É de extrema
importância que o currículo seja organizado para que as disciplinas
envolvidas sejam integradas, possibilitando novos caminhos de
criação e descoberta, sejam por estudantes ou por professores. O
desenvolvimento de competências socioemocionais é outro ponto
em destaque no STEAM já que o trabalho de troca em grupo permite
o desenvolvimento dessas habilidades. No trabalho em projetos do
STEAM é importante fazer boas escolhas de objetivos de aprendizagem
no planejamento das aulas, no desenvolvimento de habilidades e
competências. No caso da Matemática, por exemplo, o professor precisa
ajudar os estudantes a serem matemáticos em potencial durante suas
aulas, ajudar a desenvolver estratégias de resolução de problemas,
estratégias de cálculo mental, escrever algoritmos, investigar, criar
hipóteses, argumentar sobre essas hipóteses, testar, errar, aprender
e reformular hipóteses. São habilidades mais complexas do que as
habilidades de um ensino tradicional e que são essenciais para o
desenvolvimento de projetos no STEAM.
Preparação
O STEAM leva em consideração o protagonismo
e a investigação por parte do estudante. O corpo
docente envolvido no projeto precisa propor uma
prática que impacte a vida do estudante e pense
Desenvolvimento em estratégias para a resolução dos problemas
propostos.
Mesmo que os objetivos de aprendizagem sejam
Questão norteadora. Ponto de partida para o desenvolvimento diferentes de um ano para o outro, as etapas
descritas a seguir s'ão características comuns de
do projeto e que a abordagem desperte paixão, criatividade e
uma proposta STEAM.
esteja relacionada à realidade do estudante.
Exemplo
Como proposta de projeto no STEAM, pode-se propor aos estudantes um estudo nas embalagens
Tetra Pak como isolante térmico e o seu reaproveitamento nas construções de abrigos para
moradores de rua ou abrigo de ponto de ônibus ou outra necessidade local. Os grupos poderiam
construir protótipos de suas escolhas e cada disciplina seria responsável por determinadas etapas do
projeto. Veja um vídeo sugestivo para o tema proposto: Nossa casa e duas reportagens próximas
ao tema: ”Estudantes desenvolvem abrigo inovador para moradores de rua” e “Embalagens
TetraPak protegem famílias de baixa renda do calor”. A Matemática poderia explorar o custo e
a economia na fabricação, o cálculo da área e as medidas necessárias para a elaboração do protótipo
até o produto final. A Física exploraria a parte estrutural do projeto e a Química, a análise dos materiais,
sua composição e testes para as medições e variações das temperaturas. A Arte e as tecnologias, sejam
físicas ou digitais, auxiliariam os estudantes no design do projeto.
Interface interdisciplinar
Matemática, Arte, Química, Física, Biologia e Geografia
O projeto descrito pode ser ampliado para as disciplinas de Geografia
e Biologia, já que o tema aborda a sustentabilidade.
Proposta de avaliação
A avaliação deve ser processual para que o professor acompanhe todas as etapas de aprendizagem dos estudantes e faça
ajustes necessários no seu planejamento. O professor pode fazer uso de rubricas de avaliação e ainda propor avaliação por
pares. Além disso, pode-se avaliar pelos portfólios físicos ou digitais para o professor avaliar todo o percurso para indicar o
ponto de partida (questão norteadora), o percurso e o ponto de chegada. Linha do tempo do processo para o professor dar
feedback de diferentes atividades realizadas para auxiliar os estudantes. Uso de rubricas analíticas muitas vezes construídas
com os estudantes, para saberem os níveis de desempenho, colaborando para a autoavaliação e autoregulação estudante.
as
Saiba Mais! Acesse
entares!
referências complem
a
o m e ç o d e converasgem a partir
iz
C r a aprend
Como engaja e experiências reais?
s
Breve descrição de problema olver competências e
v
Como desen elacionadas à tomada e
r s
O Estudo de Caso é uma importante metodologia relacionada ao habilidades esolução de problema
, r
desenvolvimento das competências e habilidades que fomentam de decisões crítico?
o pensamento crítico e criativo e a capacidade de resolução
de problemas, ao partir da análise de situações e experiências
pensamento
reais (ou que poderiam existir em contextos reais), sendo essas
denominadas de “casos”. Os casos analisados relacionam-se a
objetivos de aprendizagem determinados pelos educadores; e os
estudantes são convidados a atuar ativamente na investigação e
na proposição de soluções, proporcionando a troca entre pares e
o uso dos conhecimentos prévios para a resolução do caso.
Tempo
Objetivos Os estudos de caso podem ser implementados
Proporcionar a análise casos baseados de maneira pontual, em uma aula,
em situações reais e relacionados aos mais acompanhar sequências didáticas inteiras
diversos objetivos de aprendizagem. ou ainda como parte de um projeto.
Preparação
Os casos apresentados aos estudantes
devem ser baseados em eventos reais ou que
poderiam ser reais, relacionados aos objetivos
de aprendizagem que o professor pretende
Desenvolvimento desenvolver. Dessa forma, é importante que o
professor selecione ou crie o caso a ser estudado
a partir destes pressupostos.
Apresentação do caso. Ao apresentar o caso aos estudantes, O estudo de caso não demanda,
necessariamente, preparação prévia por parte
seja através de uma narrativa oral ou de um material escrito, é
dos estudantes, podendo ser desenvolvido como
importante incorporar elementos que garantam o interesse e o atividade disparadora de uma aula, projeto,
engajamento. sequência didática ou como consolidação de
conceitos previamente desenvolvidos.
Identificação dos objetivos de aprendizagem. Reunidos
em grupos, os estudantes devem analisar o caso com o objetivo
de identificarem os conhecimentos necessários para resolver o
problema que ele apresenta.
Exemplo
O Estudo de Caso foi utilizado na aula de Geografia para relacionar os problemas socioambientais aos
padrões de produção e consumo nas sociedades contemporâneas a partir da análise do rompimento
da barragem de rejeitos de mineração em Brumadinho/ MG. Para isso, o professor apresentou o caso
aos estudantes e disponibilizou um conjunto de reportagens sobre o acontecimento como material
de apoio para o trabalho em grupos. Após as análises das possíveis causas do rompimento e dos
relatos dos moradores e trabalhadores da região, os estudantes formularam hipóteses sobre as
consequências a médio e longo prazo, organizando os dados em um relatório. Com base nos dados
levantados, os grupos então compartilharam com o grupo classe possíveis soluções para a redução
dos impactos do rompimento da barragem na comunidade. O fechamento da atividade consolidou-se
com um momento expositivo-dialogado em que o professor apresentou as ações já desempenhadas
pelo poder privado e público.
Interface interdisciplinar
O exemplo dado para o componente de Geografia poderia ser pensado no formato de um trabalho
interdisciplinar que integrasse Língua Portuguesa e Artes. Com o apoio do professor de Língua Portuguesa
os estudantes aprendem as características do gênero relatório. Na disciplina de Artes os alunos
podem produzir colagens fazendo uso das reportagens lidas no estudo de caso para expressar crítica
e artisticamente os impactos ambientais e sociais do rompimento da barragem de Brumadinho.
Proposta de avaliação
Para avaliar os estudos de caso é preciso verificar o envolvimento de cada estudante na análise do caso e no
levantamento de hipóteses para a apresentação de soluções de problema. A avaliação deve considerar as
contribuições orais do estudante em seu grupo e na exposição de ideias para o grupo classe, além da produção
escrita realizada ao longo do estudo. A avaliação da produção escrita pode partir da elaboração de relatos de
processo, relatórios dos dados levantados e registro das hipóteses e soluções apresentadas pelo grupo.
as
Saiba Mais! Acesse
entares!
referências complem
ersa
Começo de conenvgajamento e
Como proporcionar
so de aprendizagem
autonomia no proces criar ambientes
Breve descrição mo
dos estudantes? Co
e estudante auxiliem
colaborativos, em qu sição de objetivos
ui
A instrução por pares é uma estratégia que tem como principal uns aos outros na aq
objetivo proporcionar interação entre alunos, que participam
ativamente do processo de aquisição de novos conceitos e
de aprendizagem?
conteúdos. Nesta prática os estudantes realizam a leitura prévia
de conteúdos selecionados pelo professor, seguida da realização
de exercícios de múltipla escolha sobre estes conteúdos. Após
uma breve exposição sobre o tema e da análise dos resultados,
os alunos são divididos em duplas com o objetivo de discutirem
os conteúdos trabalhados, desenvolvendo conjuntamente
a resolução de questões conceituais sobre o assunto. A
implementação da instrução por pares pode ser estruturada
utilizando recursos tecnológicos para a coleta de dados sobre a
aprendizagem dos alunos, como formulários online ou ainda a
partir de listas de exercícios analógicos previamente preparadas
pelo professor. Ao final da realização da atividade em duplas, o
professor reavalia os resultados do grupo-classe e apresenta as
expectativas de resposta, analisando os conteúdos conceituais
abordados em um fechamento expositivo.
Recursos de apoio
Ferramentas digitais: Formulário com
Competências gerais da BNCC questões de múltipla escolha para o
1. Conhecimento; 2. Pensamento científico, mapeamento dos resultados do grupo-
crítico e criativo, 4. Comunicação; 5. Cultura digital; classe, videoaula ou textos de apoio para
7. Argumentação 9. Empatia e cooperação. a preparação prévia dos estudantes.
Objetivos Tempo
Explorar conceitos a partir da troca entre De 1 a 2 aulas, dependendo da complexidade
pares, estimulando a colaboração ativa do objetivo de aprendizagem.
no processo de aprendizagem.
Preparação
A preparação para a instrução por pares
consiste na disponibilização de conteúdos
relacionados aos objetivos de aprendizagem a
serem alcançados. O professor pode selecionar
Desenvolvimento conteúdos didáticos textuais ou videoaulas que
serão estudados previamente, como parte da
lição de casa ou de um momento dedicado à
preparação na aula.
Exposição. Faça um breve momento expositivo com duração
Os conteúdos selecionados podem consistir em
de 15 a 20 minutos sobre os conceitos a serem trabalhados,
trechos do livro didático ou apostila, videoaulas
relacionando-os aos conteúdos trabalhados na preparação. gravadas pelo professor ou materiais disponíveis
no Youtube.
Verificação conceitual. Faça uma ou mais questões,
normalmente de múltipla-escolha, para verificar o percentual de
acerto dos alunos. Caso os acertos sejam menores do que 30%
do conteúdo trabalhado, faça uma revisão do conceito.
Exemplo
Este exemplo é baseado em uma aula de História do 2º ano sobre a expansão marítima europeia, em
que o objetivo da aula é trabalhar o conceito de Mercantilismo. Os estudantes devem ser orientados a
realizar a leitura de trechos do sobre as características principais desta prática econômica como parte
da lição de casa. A professora inicia a aula com uma breve exposição sobre o tema, abordando as
características principais deste conceito. Em seguida, os estudantes realizam uma lista de exercícios no
Google Formulários sobre o tema, respondendo perguntas objetivas sobre metalismo, balança comercial
favorável e incentivo às manufaturas locais. Os resultados da lista de exercícios servem de base para a
organização dos estudantes em duplas, sendo que aqueles que acertaram de 30 a 40% dos exercícios
são pareados com estudantes que acertaram 70% ou mais das questões. Em seguida, os estudantes
recebem um roteiro de tópicos com os conteúdos abordados nas questões e discutem o assunto pelos
próximos 20 minutos. Após a discussão em dupla os estudantes são orientados a realizar a lista de
exercícios novamente, revendo as respostas de acordo com as aprendizagens da discussão em duplas.
Os resultados da segunda realização da lista são coletados pela professora para posterior análise e
comparação dos resultados alcançados, realizando a retomada e conclusão na aula seguinte.
Interface interdisciplinar
A instrução por pares é uma estratégia aplicada em um único componente curricular, mas pode ser englobada como
uma etapa de uma sequência didática que articule diferentes áreas do conhecimento. No exemplo demonstrado,
o conteúdo trabalhado pode ser vinculado à um estudo sobre práticas econômicas em parceria com Geografia.
Proposta de avaliação
Para avaliar a aprendizagem a partir da instrução por pares é preciso verificar os resultados individuais e conjuntos
dos alunos. Para isso, verifica-se o percentual de acertos no resultado da primeira lista de exercícios, normalmente
a partir de questões de múltipla escolha, e o resultado final após o tempo dedicado ao estudo do tema em duplas.
Para o segundo momento avaliativo os alunos podem refazer em duplas a mesma lista realizada individualmente
na primeira avaliação, de modo que o professor possa diagnosticar as aquisições após o trabalho em duplas,
ou ainda a partir da realização de novas atividades de verificação dos conceitos-chave abordados.
as
Saiba Mais! Acesse
entares!
referências complem
e ç o d e conversaeducação
Com era que a
consid eria
Como você para a cidadania pod e
e o d
em valores iva? Como a escola p ove,
et m
ser mais ef a instituição que pro dos
Breve descrição
u m ã o
tornar-se ente, a transformaç
m
A Aprendizagem por Projetos Sociais (Service Learning) é uma simultanea omunidade?
a c
metodologia em que os estudantes são desafiados a desenvolver
projetos de intervenção sobre problemas sociais ou ambientais,
jovens e d
assumindo papel de protagonistas no diagnóstico e estudo
desses problemas bem como no planejamento e na execução de
uma intervenção que cause mudanças concretas na comunidade
(MARTÍN; RUBIO, 2009; PUIG et al., 2009; SILVA; ARAÚJO, 2019). É,
nesse sentido, uma potente ferramenta de educação em valores
e para a cidadania, que promove, a um só tempo, transformação
pessoal e social.
Recursos de apoio
Material para registro escrito;
Competências gerais da BNCC
Ficha de organização do projeto para os
2. Pensamento científico, crítico e criativo; 9. Empatia
estudantes preencherem, contendo os seguintes
e cooperação; 10. Responsabilidade e cidadania
tópicos: tema; diagnóstico do problema;
e plano de intervenção dividido em metas,
recursos necessários e estratégias de ação.
Objetivos
Proporcionar uma experiência de construção de valores
e da cidadania, mediante o engajamento social dos Tempo
jovens no enfrentamento de problemas reais; Mínimo de 8 aulas de 60 minutos, podendo
ser desenvolvido em até um ano.
Possibilitar aos estudantes conferir sentido social
e prático aos aprendizados curriculares e usá-los
como recurso para a realização de intervenções Organização do Grupo Classe
sociais apoiadas na ética e no pensamento crítico. Grupos de até 6 estudantes
Preparação
Levantamento prévio de demandas sociais.
Verificar problemas sociais e ambientais
de interesse dos estudantes e/ou que se
relacionem a conteúdos curriculares que os
Desenvolvimento educadores desejam abordar.
Buscar parcerias. Identificar instituições sociais
dispostas e capazes de estabelecer parceria no
Aproximação ao problema e identificação das demandas. desenvolvimento do projeto.
Por meio de estudo de campo no local onde será realizado o
projeto (ex: comunidade), os estudantes deverão identificar as
demandas sociais mediante observações e conversas com as Essas etapas são desejáveis,
pessoas envolvidas com o problema. embora não obrigatórias para
o desenvolvimento de um
Escolha da demanda. Após a identificação das demandas, os Projeto Social.
alunos deverão escolher aquela sobre a qual irão intervir – exceto
nos casos em que há uma parceria com uma entidade social e
que esta sugira uma demanda específica para a intervenção.
Análise da demanda. A fim de conferir sentido social à
intervenção e torná-la mais eficiente, os estudantes deverão
analisar criticamente as causas locais e sociais, as consequências
e possibilidades de atuação referentes à demanda, mediante
estudos e/ou pesquisas de campo.
Exemplo
O projeto foi desenvolvido no componente curricular de Sociologia, no 2º ano do Ensino Médio, ao longo do
2º semestre do ano letivo. No contexto de discussões sobre os conceitos de política, cidadania, desigualdade
social, relações de poder e solidariedade, os estudantes foram desafiados a escolher um problema social,
entre 5 opções apresentadas pelo professor, para desenvolver um projeto que deveria resultar em
uma intervenção e contar com uma análise sociológica do problema, que dialogasse com os conceitos
mencionados anteriormente. As opções apresentadas pelo professor se relacionavam a entidades sociais
previamente definidas por ele e que aceitaram colaborar com o projeto.
Um dos grupos, composto por 6 estudantes, desenvolveu seu projeto com crianças em situação de rua.
Após visitar um centro de acolhida voltado a essa população, onde fizeram observações e conversaram com
profissionais, crianças e suas mães, o grupo identificou que as crianças passavam a maior parte do tempo em
que estavam fora da escola sem atividades que contribuíssem intencionalmente com o seu desenvolvimento.
Também identificou que as crianças desejavam realizar atividades lúdicas e relacionadas à pintura, e que não
havia uma mesa para que pudessem realizar esse tipo de atividade.
A fim de compreender melhor essa realidade, o grupo leu trechos do Estatuo da Criança e do Adolescente
(ECA) e pesquisou dados sobre a população em situação de rua e suas variáveis de classe e raça, o que
os permitiu estabelecer diálogos com conteúdos curriculares e analisar criticamente aquela realidade. A
intervenção planejada e executada pelo grupo consistiu na doação de uma mesa e dois bancos construídos
por eles com madeira comprada a partir da arrecadação de fundos; e na realização de atividades
socioeducativas, sendo uma delas uma oficina de pintura de carrinhos de madeira produzidos por eles.
Interface interdisciplinar
Um projeto com abordagem interdisciplinar foi desenvolvido com o objetivo de intervir sobre a discriminação sofrida por
catadores de materiais recicláveis em uma comunidade. Articulou a análise das relações trabalhistas e o estudo da cadeia
produtiva de materiais reciclável em Geografia, a produção de um jornal para sensibilizar a comunidade sobre a importância
da coleta seletiva e o papel dos catadores, e as Artes mediante a realização de uma instalação em uma praça da comunidade.
Proposta de avaliação
A avaliação de um Projeto Social deve ocorrer simultaneamente e ao final da intervenção, contemplando os seguintes
itens: conhecimento sobre o problema; protagonismo e autonomia; trabalho colaborativo; engajamento; e qualidade da
intervenção em função das metas estabelecidas. Para tanto, recomenda-se a rubrica como instrumento de avaliação.
as
Saiba Mais! Acesse
entares!
referências complem
e ç o d e conversa odificar
Com é possível m
rmas
De quais fo radicional de sala de -
t o
a dinâmica a no binômio exposiçã
d
aula centra Como proporcionar
Breve descrição
?
verificaçã es uma experiência de o e
o
t ã
A Aprendizagem por Investigação é uma metodologia de aos estudan pautada na exploraç mente
g e m t iv a
ensino-aprendizagem na qual os estudantes são desafiados
aprendiza a, em que buscam a
rt ipóteses
na descobe ra suas perguntas e h o?
a encontrar respostas para perguntas ou situações-problema
complexas. Para isso, devem colocar em prática procedimentos a d
de investigação, que podem ser total ou parcialmente elaborados respostas p blema a ser desvenda
r o
por eles e que incluem, entre outras etapas possíveis, a sobre um p
formulação de hipóteses, coleta de dados, comparação entre
variáveis e a elaboração de deduções (PEDASTE, 2015). Muito
embora o termo investigação costume ser associado ao ensino
de ciências naturais, essa é uma metodologia passível de ser
aplicada em diversos componentes curriculares. Isso porque
a investigação pode ser conduzida em relação a diferentes
fenômenos, sejam eles naturais, sociais ou culturais, que
expressem um desafio a ser desvendado. Partindo-se do desafio,
os estudantes mergulham em um processo de investigação no
qual testam hipóteses e as confrontam com dados, produzem
argumentos e fazem deduções. Isso torna o aprendizado uma
experiência de exploração e descoberta capaz de mobilizar
e desenvolver uma diversidade de habilidades conceituais
e procedimentais. É uma ferramenta de grande valia para a
construção e o aprimoramento do raciocínio hipotético-dedutivo,
uma capacidade cognitiva complexa que passa a se desenvolver
gradativamente na adolescência.
Objetivos
Proporcionar uma experiência de aprendizagem Tempo
pautada na exploração e na descoberta, Mínimo de 1 aula de 60 minutos
na qual os estudantes buscam ativamente
respostas para suas perguntas e hipóteses
sobre um problema a ser desvendado.
Organização do Grupo Classe
Proporcionar o desenvolvimento da capacidade Pode ser feito individualmente ou em
investigativa e do raciocínio hipotético-dedutivo. grupos de até 5 estudantes
Preparação
Definição do desafio. Defina qual é o desafio
que será proposto aos estudantes: a resolução
de uma situação-problema pré-definida, a
explicação de um fenômeno natural ou social a
Desenvolvimento partir de perguntas investigativas propostas por
eles ou a confirmação de uma hipótese.
Definição dos materiais e do grau de
autonomia dos estudantes. Determine qual
Problematização. Este é o momento em que o desafio
será o grau de autonomia dos estudantes na
investigativo será apresentado aos estudantes ou definido por realização de cada etapa da metodologia e
eles a partir da proposição de perguntas sobre determinado defina quais materiais serão necessários para os
fenômeno. É fundamental que o desafio exija deles a coleta de estudantes desenvolverem a investigação.
dados e investigação de respostas, portanto, que não seja uma
pergunta de verificação de conteúdos já aprendidos.
Exemplo
Esta atividade foi desenvolvida em duas aulas de Biologia de 60 minutos e combina a Aprendizagem por
Investigação com a estratégia de Rotação em Estações. Foi a primeira aula de botânica, com o tema
classificação e filogenética das plantas. A ficha utilizada na aula foi adaptada da atividade que encontra-se
disponível no seguinte link: Apresentação do PowerPoint (botanicaonline.com.br).
Inicialmente os estudantes foram solicitados a elaborar hipóteses individualmente sobre a ordem evolutiva das
plantas a partir de quatro imagens de plantas, cada uma representando um dos quatro grandes grupos taxonômicos:
briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas. Em seguida, tiveram acesso a um box com informações sobre
as seivas vegetais e os vasos condutores, cuja finalidade foi auxiliá-los na realização das etapas seguintes. Concluída
essa etapa, os estudantes foram organizados em grupos, momento em que foram informados que tinham como
desafio completar a árvore filogenética do Reino Plantae disponível ao final da ficha. Para isso, deveriam circular por
6 estações - cada uma contendo uma planta representante de um grupo taxonômico -, observar suas características
e preencher uma tabela indicando a existência ou ausência de vasos condutores, sementes, estróbilos, flores ou
frutos naquele tipo de planta, independentemente de a estrutura poder ou não ser observada naquele instante.
Algumas dessas estações continham informações sobre as plantas que serviam de pistas (ex.: esquema explicando
a reprodução em gimnospermas e angiospermas) e também estruturas reprodutivas (ou suas imagens) para serem
observadas. Considerando que nem todas as estruturas que determinada planta pode conter estavam presentes (ex.:
uma angiosperma raramente apresenta simultaneamente uma flor e um fruto), os estudantes tinham o desafio de
comparar as plantas e as informações disponíveis nas diferentes estações e fazer inferências para preencher a tabela.
Com a tabela preenchida e após a correção coletiva da mesma, o próximo desafio foi utilizar os dados coletados nas
estações para preencher as partes da árvore filogenética das plantas, inserindo nela a ordem evolutiva das plantas
de cada estação e as novidades evolutivas representadas pelas estruturas. Para isso, os estudantes tiveram que
realizar comparações, isolar variáveis de modo abstrato e fazer deduções. Ao final, revisaram suas hipóteses iniciais
e as compararam com o resultado final da investigação para elaborar um texto reflexivo sobre seus aprendizados.
Por meio desta metodologia, os estudantes fizeram descobertas, testaram suas hipóteses, aprenderem conceitos e
construíram habilidades mediante um procedimento ativo de investigação.
Interface interdisciplinar
Uma possibilidade de aplicação desta metodologia em perspectiva interdisciplinar pode ser mediante uma investigação
sobre a cena de um crime, que exija dos estudantes a construção e mobilização de conhecimentos das áreas de Química,
Física e Biologia. Apresenta-se aos estudantes o crime e as pistas que irão auxiliá-los a solucioná-lo. As pistas podem ser
apresentadas em textos, imagens e objetos relacionados ao crime. Tais pistas podem exigir dos estudantes a aplicação
de operações de cinemática em Física (ex.: em relação ao tempo e espaço em que suspeitos estiveram na cena do crime),
de conhecimentos de química orgânica (ex.: detectar, por meio de fórmulas e equações, substâncias que podem ter
sido usadas pelo criminoso para envenenar a vítima) e de Biologia (ex.: teste de DNA a partir da análise de cariótipos
comparando o sangue dos suspeitos e/ou vítimas com uma amostra fictícia de sangue coletada na cena do crime).
Proposta de avaliação
A avaliação desta metodologia pode se dar em relação ao desempenho dos estudantes em cada etapa, buscando verificar em
que medida atendem às respectivas expectativas, mas pode-se concentrar a avaliação no texto de conclusão da investigação.
e ç o d e conversaprojetos para
Co m abalho com
o tr dos
Como usar lemas reais, identifica orma
b f
Breve descrição resolver pro cola e comunidade, de lver as
s o
dentro da e riativa? Como desenv ossos
a e c m n
O DT é uma metodologia de projetos que é centrada nas pessoas inovador
s g e r a is d a BNCC e
e que fomenta a resolução de problemas de forma criativa e competência este processo?
n
inovadora. A metodologia começou a ser bastante disseminada
pela Universidade Stanford no começo dos anos 2000 e segundo
estudantes
Cavalcanti e Filatro é composta por etapas, ferramentas e
mindset comumente adotados por profissionais que atuam no
campo do design, mas que pode ser aprendido por qualquer
pessoa. O mindset do DT envolve o conhecimento profundo
e empático do desejo das pessoas impactadas pelo problema
analisado, o uso de linguagem visual para apresentar ideias,
o trabalho em grupo, a cocriação, a prototipagem e o teste de
soluções criadas.
Recursos de apoio
Competências gerais da BNCC Ferramentas digitais: Plataforma de
1. Conhecimento; 2. pensamento crítico, científico e videoconferência, slides, vídeos, imagens,
criativo; 4. comunicação; 9. empatia e cooperação. recursos de produção colaborativa como
Padlet, Jamboard, Google Docs etc.
Implementar
Compreender Projetar
Prototipar a melhor
o Problema Soluções
opção
Exemplo
Exemplo de Projeto
Um professor de Sociologia, adotou o DT para que seus estudantes de Ensino Médio trabalhassem num projeto.
Inicialmente facilitou uma oficina de uma tarde, onde propôs um problema simples para que os estudantes
pudessem se familiarizar com a metodologia. Em seguida dividiu os estudantes em grupos pequenos e pediu que
fossem até a feira do bairro de periferia onde a escola esta localizada para perguntar quais eram os principais
problemas vivenciados pelos membros daquela comunidade. A partir da escuta ativa e observação, alguns
grupos detectaram que o desafio a ser resolvido era a invisibilidade do comércio do bairro. Nas aulas seguintes
o professor pediu que os membros dos grupos que elegeram o tema mencionado conversassem e observassem
a realidade de diferentes pessoas da comunidade impactadas pelo desafio analisado: donos de negócios
consolidados, moradores, clientes das lojas locais, jovens empreendedores para entender o problema a partir de
diferentes dimensões. Os grupos criaram personas (personagens fictícios) e mapas da empatia para entender o
problema a partir da perspectiva das pessoas. Em seguida participaram de sessões de chuva de ideias para criar
soluções para o problema. Por fim, criaram protótipos (cartazes, vídeos, desenhos) que ajudavam a dar maior
visibilidade aos comércios do bairro para os moradores. O professor separou uma aula onde os grupos puderem
apresentar seus protótipos para os outros colegas de turma. Essa atividade ajudou vários alunos a repensar o
seu projeto de vida e a considerar “o que o mundo precisa” no momento de definir a profissão.
Interface interdisciplinar
Um projeto desenvolvido a partir da visão interdisciplinar poderia incluir conteúdos de história (voltados ao tema da
escravidão, por exemplo), sociologia (relacionados às diferentes manifestações culturais e etnias), artes (representação
visual da solução criada disponível no protótipo) e língua portuguesa (escrita de relatório final). Como isso seria organizado?
Para iniciar o projeto o professor pode propor o seguinte desafio estratégico: como minimizar as consequências sociais e
econômicas da escravidão em minha comunidade? Como resultado os grupos devem criar protótipos que representem
visualmente caminhos para vencer o racismo e que promovam a diversidade étnica/cultural na busca por equidade social.
Proposta de avaliação
Em projetos com DT o objetivo é avaliar não só os resultados do projeto desenvolvido, mas o desempenho dos estudantes
e de cada grupo no processo. É comum que a avaliação considere o envolvimento dos alunos nas atividades de cada etapa,
o protótipo criado pelo grupo e o relatório final escrito ou preparado no formato em vídeo. O roteiro de relatório final pode
pedir que os grupos descrevam as atividades realizadas em cada etapa do projeto, indicações de como os componentes
curriculares apoiaram na criação da solução, a apresentação do protótipo e as aprendizagens obtidas ao trabalho no projeto.
Geralmente, os membros do grupo avaliam seus pares e a autoavaliação também deve compor a nota do aprendiz.
a
m e ç o d e converssala de aula?
C o r para um a e ser
o d
O que é melh são da sala de aula po m,
er e
Breve descrição Como a inv ovador de aprendizag r-aluno
in s o
um cenário o a interação profes ssor
d fe
intensifican ? De que forma o pro antes
lu n o t u d
A Sala de Aula Invertida (SAI) é uma abordagem em que o e aluno-a m mediador, com es o um bom
u d
passa a ser omos e críticos, fazen mação e
estudante estuda previamente em casa, por meio de material
disponibilizado pelo professor e posteriormente, na sala de aula, t ô n f o r
o material estudado serve de base para uma aprendizagem ativos, au ologias digitais de in
n
ativa, com discussões, perguntas e atividades práticas. O uso das tec ?
ç ã o
professor ao invés de fazer uma explanação longa do conteúdo,
utiliza um breve momento da aula para explicar o material
comunica
(vídeos, slides, sites, áudios ou jogos), esclarece dúvidas e
tem mais tempo para se deslocar em sala de aula e atender
individualmente os estudantes ou o grupo, dando feedback
imediato das atividades realizadas. O professor precisa planejar
bem todas as etapas da sala de aula invertida, seja na divisão do
tempo, na produção ou seleção de material que será explorado
em casa e também na sala de aula. Além disso, o professor
deve ter o cuidado de verificar se todos os estudantes possuem
acesso, como internet e outros recursos digitais necessários
para a visualização de vídeos e outros materiais disponibilizados
à turma. O estudante deve ser incentivado a fazer registros
e a levantar dúvidas durante o seu estudo prévio e estar
preparado para participar das aulas presenciais, por meio de
questionamentos, debates, resolução de problemas, atividades
práticas e em grupos, sendo que todo o processo deve ser
avaliado pelo professor. Por isso, o planejamento requer grande
dedicação para que ele seja bem estruturado.
Recursos de apoio
Ferramentas digitais: slides, videoaulas, podcasts,
Competências gerais da BNCC textos, vídeos, plataformas de ensino, quizzes,
1. Conhecimento; 2. Pensamento científico, Forms, Padlet, Google Drive, Classroom etc.
crítico e criativo; 4. Comunicação; 5. Cultura
digital; 9. Empatia e cooperação. Materiais físicos: sulfite, lápis,
borracha, régua etc.
Objetivos
Desenvolver no estudante autonomia e a Tempo
assimilação do conteúdo no seu próprio ritmo. Mínimo 1 a 2 aulas, depende da
complexidade do conteúdo.
Tornar as aulas menos expositivas e
promover maior participação dos estudantes
no que está sendo desenvolvido.
Organização do Grupo Classe
Grupos de até 3 estudantes.
Preparação do professor
Na sala de aula invertida, o professor precisa de
tempo para selecionar ou preparar o material
que será acessado pelo estudante em casa.
Geralmente, as aulas são preparadas no formato
Desenvolvimento de vídeo, mas não é obrigatório.
Para uma sugestão de gravação em vídeo, o
professor pode preparar suas aulas nos slides
do Power Point e depois gravar a apresentação,
Antes da aula presencial: O professor disponibiliza usando alguns dos aplicativos de gravação de
para o estudante, como tarefa, o conteúdo que pode ser tela, como: IceCream, Screen Recorder, Loom ou
em diversos formatos: textos, slides, áudios, seleção de Screenrec etc.
conteúdos de plataformas educacionais, videoaulas e propõe
questões norteadoras que guiem o estudante. As questões
Na SAI, o professor troca as
devem estar conectadas com a atividade que será realizada
longas aulas expositivas, para
na sala de aula. Neste momento o aprendizado é individual
assumir o papel de facilitador,
e cada um segue o seu ritmo de estudo, fazendo registros
engajando os estudantes a
das dúvidas e de questões que sejam pertinentes. É preciso
compartilharem suas dúvidas
ficar atento para que todos os estudantes tenham acesso
e curiosidades.
aos materiais. É possível criar um mural colaborativo no
Padlet, anexando os materiais selecionados pelo professor
para que as dúvidas e as respostas às questões propostas
sejam compartilhadas para serem discutidas e esclarecidas
em classe. O professor com acesso às respostas pode,
inclusive, fazer adaptações no seu planejamento seguinte,
dependendo dos resultados observados.
Exemplo
Para introduzir o estudo do Movimento Retilíneo Uniforme (MRU) na sala de aula invertida, o professor
pode propor um experimento para reproduzir o MRU na sala de aula e antes da atividade, os estudantes
exploram textos ou vídeos para compreender os conceitos necessários desse tipo de movimento. Para
isso, o professor precisa selecionar ou produzir, preferencialmente, um vídeo sobre o tema. Além do
material selecionado, o estudante precisa ser orientado a registrar seu aprendizado, suas dúvidas e
ainda responder algumas questões, para o professor verificar se ocorreu aprendizagem e se o estudante
realmente explorou o material enviado. No momento da aula, o professor divide a turma em grupos,
esclarece as dúvidas, comenta sobre os temas mais importantes sobre o MRU e propõe um experimento
de uma gota se deslocando no óleo para os alunos descobrirem sua velocidade. Clique aqui e veja
o experimento e a atividade proposta. O professor caminha pelos grupos, esclarece as dúvidas, faz
colocações pertinentes e dá feedback da execução do experimento e dos resultados obtidos, como o
cálculo da velocidade e do gráfico da posição do corpo em relação ao seu tempo.
Interface interdisciplinar
O exemplo dado para o componente de Física poderia ser pensado no formato de um trabalho interdisciplinar
que integrasse a Matemática no estudo de função afim. A função horária das posições de um móvel em
movimento uniforme em relação ao tempo é uma função de 1º grau. Além disso, a construção do gráfico na
atividade permite que o professor de Matemática explore esse tema de uma forma mais significativa. Inclusive,
as duas disciplinas poderiam propor uma única avaliação abordando conceitos de Cinemática e de Funções.
Proposta de avaliação
A avaliação de uma sala de aula invertida ocorre em todo o processo, desde quando o professor envia as atividades e
pede para o estudante registrar suas dúvidas, os conceitos aprendidos e/ou responde algumas questões. Na sala de
aula ele é questionado, tira suas dúvidas, faz discussões no grupo, realiza as atividades propostas no grupo de forma
colaborativa e o professor consegue fazer uma avaliação global do estudante de todo o processo de maneira efetiva.
as
Saiba Mais! Acesse
entares!
referências complem
Apresentação
Experimentação
do desafio, Coleta de Chuva de Criação de
e teste de Compartilhar
espaço e dados ideais artefatos
hipóteses
materiais
Exemplo
Os autômatos são máquinas mecânicas que não precisam de eletricidade para funcionar e que realizam
movimentos que lembram as ações do ser-humano ou animais, por exemplo: relógio cuco de parede,
um pássaro que bate as asas, um boneco que chuta uma bola. Um autômato pode ser produzido em
aulas de Física para construir e aplicar hipóteses e conhecimentos sobre dinâmica e polias ou roldanas,
mediante a construção de máquinas simples contendo elementos como alavancas, elos e engrenagens
sem dentes. Para desenvolver um projeto maker o professor pode propor que os estudantes usem
materiais simples como papelão, EVA, palitos de churrasco, tesoura, cola quente, barbante, prego,
parafuso, canudo de papel dentre outros, para criar um autômato de um carrossel criativo, que poderia
ser construído posteriormente, em parque de diversões. Fonte: https://www.exploratorium.edu/sites/
default/files/files/automatos_de_papelao_pt.pdf
Interface interdisciplinar
Em um projeto maker com viés interdisciplinar é possível solicitar que os estudantes criem a maquete da casa
de seus sonhos, que poderia ser construída em uma região do Brasil de sua escolha. Para o desafio abarcar
diferentes áreas do conhecimento algumas restrições devem ser colocadas: a metragem da casa não pode passar
de 500 metros quadrados, a construção deve ser sustentável e incluir o uso de materiais reciclados. A entrega
final do projeto envolve a apresentação da maquete da casa em um seminário onde justificam as escolhas
realizadas e a entrega de um relatório escrito. No projeto os estudantes irão aplicar conhecimentos de matemática
(grandezas e medidas), de geografia (recursos naturais e modo de vida da sociedade capitalista e os impactos
sobre o meio ambiente), artes (conhecimento sobre espaço, buscando estabelecer relação entre o espaço real e
o espaço representado na maquete da casa) e língua portuguesa (produção de texto e apresentação oral).
Proposta de avaliação
A avaliação de atividades maker está embasada na análise do desempenho dos estudantes e/ou grupo no processo de coleta de
dados, projeção, fabricação, teste do artefato físico ou digital criado e compartilhamento dos resultados obtidos. O uso de rubricas
que vão nortear os pontos a serem considerados pelo professor, a autoavaliação, a avaliação do grupo e a avaliação por pares
também podem compor a nota. A participação ativa no projeto maker é tão importante quanto os resultados obtidos ao final.
as
Saiba Mais! Acesse
entares!
referências complem
a
o m e ç o d e converdse aprendizagem
C o processo
r os r
Como torna divertido? Como torna res
e la
Breve descrição algo lúdico s componentes curricu
d a r um a
conceitos C o mo promove r meio da
lp á v e l?
algo pa significativa
po
e n d iz a g e m
O Jogo de Papéis surgiu nos Estados Unidos, no início da década apr
?
experiência
de 1970 e de lá se popularizou pelo mundo com o nome de
RPG (Role Playing Game). Os primeiros jogos de RPG ficaram
conhecidos como jogos de mesa. Sua mecânica era simples:
os jogadores se reuniam ao redor de uma mesa, estudavam a
narrativa do jogo e representavam seus papéis a partir de suas
falas e ações dentro do jogo. Essas ações eram determinadas
pelas características de suas personagens (inscritas em fichas
elaboradas antes do início do jogo) e pelo sorteio aleatório de
dados – que indicavam o sucesso ou insucesso de uma ação.
O princípio básico é o de uma contação de histórias misturada
com uma espécie de teatro de improvisação: existe um enredo
mais ou menos definido, mas cada jogador deve construir seu
personagem e agir de acordo com as características dele. Os
rumos dessa história são definidos pelas ações e pelos dados.
No contexto educacional, os RPGs têm sido experimentados
nas mais diversas componentes curriculares como forma de
engajar os alunos em uma experiência lúdica e divertida. Existe,
inclusive, uma escola dinamarquesa em que o RPG é a base do
processo formativo. Como ferramenta didática, o RPG estimula
a criatividade e uma mudança significativa de atitude de alunos
e professores, pois estrutura-se a partir da interação e, com
isso, desenvolve a socialibilidade, a desinibição, a cooperação e
a interdisciplinaridade. Sua proposta não é a competição, mas
a interpretação coletiva de uma história em que os alunos são
convocados constantemente a resolverem situações-problema.
Recursos de apoio
Ferramentas digitais: Plataformas de
Competências gerais da BNCC videoconferências, recursos de produção
1. Conhecimento; 2. Pensamento científico, crítico colaborativa como Padlet, Jambord, Google Docs.
e criativo, 3. Repertório Cultural 4. Comunicação;
7. Argumentação; 8. Autoconhecimento 9. Empatia e Materiais físicos: papel sulfite,
cooperação; 10. Responsabilidade social e cidadania. lápis, figurinos e adereços.
Tempo
Objetivos Mínimo de 4 aulas de 50 minutos cada, podendo
Estimular a atitude de colaboração e troca durar mais a depender do interesse da turma.
de ideias na busca por soluções;
Antes de começar
A preparação de uma atividade de RPG
em sala de aula envolve, basicamente, o
planejamento dos princípios da proposição,
uma vez que toda a atividade será
desenvolvida em colaboração com os alunos.
Desenvolvimento
Nesse sentido, o professor deve se organizar a
partir de algumas questões norteadoras:
Quais conteúdos ou conhecimentos
Apresente a atividade. O primeiro passo da organização pretendo explorar na aventura?
de um jogo de RPG é fazer uma sondagem com os alunos
acerca do que eles já conhecem dessa prática. Em seguida, Vou propor um RPG como introdução a
compartilhe algumas referências desse universo e apresente algum assunto novo ou como fechamento de
as bases da narrativa que irão desenvolver. Organize os algum conteúdo estudado?
grupos e peça contribuições para estabelecer outros pontos A partir dessas questões, o professor terá
importantes do jogo: cenário, acontecimentos, categorias de algumas bases para iniciar a criação de um tema
personagens; central ou de uma narrativa que será explorada
pelos alunos. Nesse sentido, cabe escolher
Início da criação. Após a apresentação da proposta e também se o mestre do jogo (narrador) será o
divisão dos grupos, é o momento de os alunos começarem próprio professor ou se os alunos jogarão em
grupo, tendo um mestre por grupo.
a desenhar os detalhes do jogo e criarem o mundo onde o
enredo irá acontecer. Peça que separem algumas folhas de Antes de realizar a proposta para os alunos, é
sulfite e, em cada uma, escrevam detalhes do cenário (folha 1), importante que os aspectos centrais da história
enredo (folha 2), motivo que leva os personagens a entrarem já sejam definidos pelo professor (de acordo com
na história (folha 3); o conteúdo estudado), bem como o cenário da
narrativa e seus principais acontecimentos.
Ficha de personagens. Definidas as principais bases
da narrativa é hora de criar as personagens. As fichas de
personagens são o melhor modo de realizar essa tarefa.
Durante os jogos, os alunos poderão consultá-las e o mestre
do jogo poderá narrar a história apresentando desafios
correspondentes às habilidades de cada personagem;
Exemplo
A partir de uma situação real ou hipotética os estudantes terão que encenar o caso representando os papeis
das partes interessadas, facilitando o desenvolvimento da empatia, na qual eles vivenciem um processo de
aprendizagem a partir da perspectiva de outras pessoas, compreendendo as necessidades e expectativas
dos demais, influenciando a percepção e a proposta de solução da situação/caso apresentado. É possível
trabalhar conteúdos relativos ao campo artístico-literário analisando a constituição da literatura brasileira
a partir do cânone ocidental buscando a compreensão de sua trajetória, a historicidade de matrizes e
procedimentos estéticos. Você, educador, pode utilizar um trecho literário de uma obra estudada em sala de
aula e a partir de uma situação hipotética literária solicitar a análise da obra.
Interface interdisciplinar
A prática do Jogo de Papeis é, por si só, uma possibilidade trabalho interdisciplinar, ainda assim, há
possibilidades de interface interdisciplinar com o teatro e a literatura, em um trabalho de representação de
papeis que envolva a descoberta de possibilidades corporais e vocais na criação de personagens.
Proposta de avaliação
Como proposta de avaliação, sugerimos que o professor conduza dois momentos diferentes:
Em uma primeira etapa, como já descrevemos, ele pode conduzir um debate coletivo, em que os alunos
levantam as conquistas e dificuldades tanto no processo de criação do jogo, quanto em sua execução.
Já o segundo momento, se volta para uma avaliação individual, com a finalidade de registrar os aprendizados a
partir do jogo. Convide os alunos a produzirem um texto em que narram os acontecimentos do jogo, uma espécie
de redação em que podem apresentar desdobrar a narrativa experimentada e inventar outras possibilidades.
as
Saiba Mais! Acesse
entares!
referências complem
Regras: as regras ou instruções são importantes para que o Os jogos, por si só, já envolvem
jogo tenha uma estrutura e coerência. Os participantes podem um aprendizado, uma vez
jogar de igual para igual, podem criar novas regras e ainda que para jogar é necessário
enfrentar desafios como superar as próprias regras. entender a dinâmica e regras
que os antecedem.
Conflito, competição, cooperação: o jogo pode ser uma
competição entre os participantes ou um meio de colaboração
e cooperação para que juntos superem um desafio.
Exemplo
Interface interdisciplinar
As disciplinas Matemática e Biologia podem propor aos estudantes que criem jogos envolvendo a aplicação de probabilidade
na genética ou na evolução que são os dois ramos da Biologia que estudam a hereditariedade e os mecanismos que geram
e mantém, aumentam ou reduzem a diversidade. O professor pode selecionar alguns jogos disponíveis na internet para
servir de inspiração aos estudantes. A ideia é compreender de forma significativa e prazerosa os conteúdos que estão
sendo propostos. Como sugestão, duas plataformas, uma de Matemática e outra de Biologia, propõem alguns jogos que
podem servir de consulta para os estudantes. Com o "Jogo das Amebas" , pode-se analisar e aprofundar os conceitos de
probabilidade, acompanhando a evolução de uma família de amebas, representadas por grãos de feijão até a quinta geração.
Proposta de avaliação
O professor pode avaliar os estudantes por meio de observações durante a aplicação dos jogos; incluir perguntas desafiadoras
durante o jogo; aplicar um teste ou solicitar um relatório ao término da atividade ou propor uma autoavaliação para os estudantes.
as
Saiba Mais! Acesse
entares!
referências complem
Recursos de apoio
Ferramentas digitais: Plataformas de jogos
online, slides, vídeos, celulares, board games.
Competências gerais da BNCC
1.Conhecimento; 2. Pensamento científico, crítico Materiais físicos: folha sulfite, canetas,
e criativo; 4. Comunicação; 5. Cultura digital; 7. lousa, papelão, adesivos.
Argumentação; 9. Empatia e cooperação.
Tempo
Mínimo 3 a 5 aulas de 50 minutos cada.
Objetivo
Engajar os alunos nas atividades educativas, tornando
o processo pedagógico mais lúdico e prazeroso. Organização do Grupo Classe
Individualmente ou em grupos de
até de 3 a 5 estudantes.
Exemplo
As aulas gamificadas podem acontecer em quaisquer etapas da Educação Básica, desde que adequem
seus objetivos a cada fase do desenvolvimento dos estudantes. No componente de Língua Portuguesa
é possível criar uma proposta gamificada na qual os estudantes irão escrever um conto, a partir dos
estudos em gêneros literários. Após a elaboração dos contos, o professor pode solicitar aos estudantes
que postem sua produção em uma plataforma digital previamente escolhida, tal como Google Drive, One
Drive, Padlet etc. É necessário que a turma tenha acesso aos textos para que possam ler e votar nos
favoritos a partir de critérios preestabelecidos pelo educador em conjunto com os estudantes. As três
melhores pontuações podem gerar prêmios aos estudantes, tal como a dramatização dos contos em um
evento direcionado à comunidade escolar e às famílias. É possível também combinar a premiação com a
turma, para que todos se sintam engajados em participar.
Interface interdisciplinar
Considerando o exemplo apresentado gamificação poderia ser pensada no formato de um trabalho interdisciplinar
que integre, Língua Inglesa e/ou Espanhol, Artes e Geografia. Considerando a produção de contos curtos em outros
idiomas a transformação dos contos selecionados em peças teatrais, a produção da estética da proposta de
gamificação (desenho de cenários, personagens etc.) traz à tona habilidades específicas do componente curricular
Artes e os estudos na área de Geografia, podem auxiliar os alunos a criarem cenários mais complexos, em que as
situações geopolíticas contemporâneas ampliem as possibilidades narrativas do ambiente criado nos contos.
Proposta de avaliação
A gamificação em sala de aula é atividade bastante engajadora e que não se encerra em si. Pelo contrário, após os jogos
construídos, é o momento de jogá-los, testar seus atributos e jogabilidade. Nesse sentido, a avaliação pode se dar justamente
nesse momento e poderá ser realizada pelos próprios colegas ao testar os jogos de outros grupos. Trata-se assim, de um processo
de avaliação por pares, em que os membros de uma outra equipe devem dar feedback a seus colegas, listando coisas que
apreciam e que precisam de melhoria, por meio de uma ficha de avaliação. Ter clareza sobre os resultados esperados ao término
da atividade e deixar isso claro para os estudantes é fundamental para que compreendam o que eles devem ser capazes de fazer.
as
Saiba Mais! Acesse
entares!
referências complem
Recursos de apoio
Recursos para a pesquisa e preparação dos
argumentos: textos, artigos, reportagens, vídeos
Competências gerais da BNCC
que apresentem o tema a ser debatido.
1. Conhecimento; 2. Pensamento científico, crítico
e criativo, 3. Repertório cultural, 4. Comunicação; 6.
Espaço físico: configuração da sala
Trabalho e projeto de vida; 7. Argumentação 9. Empatia
de modo a acomodar o moderador,
e cooperação; 10. Responsabilidade e cidadania.
os debatedores e o público.
Objetivos Tempo
Mínimo 2 a 6 aulas, depende do tempo
Propor debate sobre temas polêmicos a partir
necessário para a preparação e execução
de argumentos baseados em evidências.
do debate e da complexidade do tema.
Desenvolver habilidades orais de argumentação.
Organização do Grupo Classe
Grupos (mediadores, debatedores e público)
Exemplo
O debate é utilizado na aula de História como encerramento dos estudos sobre a abolição da escravidão
no Brasil Império. Após estudar sobre as leis criadas ao longo do século XIX e a assinatura da Lei Áurea
em 1888, a professora estrutura um debate regrado a partir do tema “Abolição da escravidão: uma
questão econômica ou resultado das mudanças de pensamento no final do século XIX?”. Os debatedores
são divididos em dois grupos, o primeiro deles analisando a influência das pressões econômicas
exercidas pela Inglaterra, e o segundo grupo analisa publicações nos jornais da época para identificar
as mudanças de mentalidade causadas pelo movimento abolicionista. Além do moderador e dos
secretários, os estudantes restantes assumem o papel de público e júri. Ao final do debate, a professora
analisa os argumentos e delibera com o júri para a tomada de decisão sobre o fator determinante da
abolição a partir dos argumentos e evidências apresentadas pelos debatedores.
Interface interdisciplinar
O exemplo dado para o componente de História poderia ser pensado no formato de um trabalho interdisciplinar
que integrasse Língua Portuguesa no trabalho com o gênero oral, explorando os cognitivos que poderiam ser
usados pelos estudantes para apresentar argumentos de autoridade, analogia, comparação, exemplificação,
causa e consequência entre outros. A disciplina de Matemática poderia integrar o trabalho analisando gráficos
relativos à quantidade de pessoas escravizadas que desembarcaram no Brasil ao longo do século XIX.
Proposta de avaliação
A avaliação do debate deve levar em consideração o trabalho desenvolvido na preparação dos argumentos, podendo
ser concretizado a partir da elaboração de registros escritos da pesquisa realizada nessa etapa. No momento do debate
o professor deve avaliar a oralidade dos estudantes, podendo fazer uso de um quadro avaliativo (rubrica) englobando
os aspectos do gênero debate, como a qualidade da argumentação e o embasamento em evidências comprováveis,
e os aspectos da oralidade, como postura, uso da norma padrão, volume adequado de fala entre outros.
as
Saiba Mais! Acesse
entares!
referências complem
a
m e ç o d e converesndizagem
o r
C cesso de ap ativas pelo uso
Como, no pro r r
resentar na omo
Breve descrição criativa, ap ídias e tecnologias? C te
m es
de variadas rativas transmídia e n ncias
r
produzir na nciar diferentes experiê údos
ive te
Narrativa transmídia é uma forma de contar histórias pelo uso processo v em centradas em con
ag
de aprendiz ou transversais?
de diferentes mídias e tecnologias. Conforme defende Jeckins1,
um dos maiores especialistas no tema: “na forma ideal da narrativa
transmídia, cada meio faz o que faz melhor, uma história pode curricular s
e
ser iniciada por um filme, expandir-se através da televisão, livros
e quadrinhos, e seu mundo pode ser explorado e vivenciado em
um game. Cada entrada [...] deve ser autossuficiente o bastante
para permitir o fruir autônomo. Ou seja, você não precisa ter visto
o filme para desfrutar do game e vice-versa” (p.1). O uso desta
metodologia em educação é um convite para que professores
e alunos sejam corresponsáveis por criar diferentes conteúdos
que narram trechos específicos de uma história ou conteúdo. A
escolha de mídias e tecnologias em narrativas transmídia deve ser
intencional e alinhada com as características de cada pedaço da
narrativa e os objetivos de aprendizagem a serem alcançados. A
ideia é que o acesso a diferentes plataformas midiáticas e a cada
meio de comunicação facilite que a aprendizagem ocorra a partir
de experiências múltiplas que envolvem o acesso a conteúdos
selecionados pelo professor e/ou pelos alunos e até mesmo a
produção de conteúdos inéditos realizada pelos alunos e que são
compartilhados com seus colegas.
Recursos de apoio
Ferramentas digitais: celular, filmadora, plataformas
multimídia, Apps de edição de vídeo, voz, softwares
de animação, desenho, diagramação etc.
Competências gerais da BNCC
1. Conhecimento 2. Pensamento científico, crítico Materiais físicos: papel, lápis, caneta,
e criativo 3. Repertório cultural 4. Comunicação; canetinha, figurinos, flipchart, postit e
5. Cultura digital; 9. Empatia e cooperação. etc. Depende da produção criada.
Tempo
O tempo pode variar muito. Se a narrativa for
Objetivos produzida pelo professor pode ser vivenciada em 1 a
Propor que os alunos apresentem e/ou produzam 3 aulas. Agora se os alunos forem responsáveis por
narrativas pelo uso de variadas mídias e tecnologias. produzir partes da narrativa ou até mesmo a narrativa
toda este processo pode levar até algumas semanas.
Facilitar experiências de aprendizagem únicas
promovidas a partir do uso de narrativas transmídia. Organização do Grupo Classe
Preferencialmente em duplas ou grupos de
até 5 participantes mas é possível o estudante
trabalhar de forma individual também.
1
JENKINS, Henry Transmedia Storytelling. Technology Review. 2003. Disponível em: https://www.
technologyreview.com/2003/01/15/234540/transmedia-storytelling/. Acesso em 28/12/2020.
Antes de começar
Para começar a trabalhar com narrativas
transmídia o professor deve definir:
O conteúdo, tema ou componente curricular
que deseja trabalhar.
Desenvolvimento
Se vai ser o único responsável pela seleção
ou produção dos trechos da narrativa em
variadas mídias/tecnologias ou se vai envolver os
No processo de estruturação de uma narrativa transmídia o alunos neste processo de escolha/produção do
professor é o responsável por algumas etapas do processo. conteúdo da narrativa.
Outras podem ou não ser compartilhadas com os alunos Os objetivos de aprendizagem relacionados ao
a depender dos objetivos de aprendizagem definidos, da nível de envolvimento dos alunos na construção
complexidade do tema elegido e do tempo a ser dedicado narrativa e também objetivos relacionados às
no uso desta metodologia ativa. O importante é passar pelas aprendizagens dos componentes curriculares
seguintes etapas: selecionados para serem trabalhados pelo uso
desta metodologia.
Apresentação do tema da narrativa e da metodologia:
o professor apresenta para a turma o tema central da
narrativa e como a turma vai se organizar para acessar e/ou
produzir os conteúdos que compõem a narrativa transmídia.
Exemplo
É possível criar uma narrativa transmídia para estudar o tema das danças folclóricas encontradas nos
países sul-americanos. Para isso o professor pode apresentar para a turma os objetivos de aprendizagem
do projeto, a metodologia da narrativas transmídia, alguns recursos midiáticos ou tecnológicos que po-
dem ser utilizados pelos alunos ao criar o projeto e que resultados espera ao final. Em seguida, divide a
turma em trios e cada trio fica responsável por desenhar uma narrativa transmídia embasada em danças
típicas de locais elegidos por eles mesmos (ex. frevo de Pernambuco, o tango da Argentina, bumba-meu-
boi do Amazonas). Para desenhar a narrativa cada grupo deve definir uma história, característica da
experiência que querem proporcionar para outros estudantes, a mensagem que desejam transmitir com
a narrativa, os personagens, locais, período histórico em que a narrativa acontece, plataformas digitais,
mídias e tecnologias que serão usadas para que seus colegas de turma tenham acesso à narrativa. Por
fim, o professor indica as datas de entrega do projeto e os grupos devem estabelecer um cronograma de
atividades a serem realizadas até que a narrativa fique pronta e seja apresentada para a turma.
Interface interdisciplinar
A narrativa transmídia sobre danças folclóricas sul-americanas apresentada como exemplo poderia se tornar interdisciplinar ao
abranger Educação Física na medida que os alunos são convidados a apresentar uma coreografia da dança elegida para seus
colegas de turma ou para toda a comunidade escolar. No caso de danças de países de língua Espanhola, os estudantes podem
ser convidados a escutar músicas usadas nas danças e identificar como isso é caracterizado na diversidade cultural hispana. No
caso de grupos de elegerem danças folclóricas brasileiras, a mesma proposta pode ser adotada no estudo de aspectos da Língua
Portuguesa e da diversidade cultural brasileira. Todas estas representações podem fazer parte do fluxo da narrativa transmídia.
Proposta de avaliação
A avaliação de projetos desenvolvidos a partir da perspectiva da narrativa transmídia depende do nível de envolvimento
dos estudantes na produção da narrativa. Se a ideia for somente a apresentação de uma narrativa preparada pelo
professor, os alunos podem ser convidados a elaborar no final do processo, um texto, vídeo ou podcast onde indicam o
que aprenderam e o que agregariam à narrativa. No caso de criarem selecionares e criarem conteúdos que compõem a
narrativa, é possível adotar rubricas sobre os conteúdos selecionados e/ou produzidos, o uso de mídias e tecnologias, a
compreensão de temas curriculares e a apresentação da narrativa. Cabe realizar uma autoavaliação e avaliação por pares.
as
Saiba Mais! Acesse
entares!
referências complem
a
m e ç o d e converasr a formação
C o pode otimiz a
la e
Como a esco dizado socioemocional ntes?
en a
Breve descrição ética, o apr democrática dos estud scola,
ã o a e
participaç anizar, no interior d isão
rg ec
É possível o lógico de tomada de d ipação
ia
As assembleias escolares consistem em um espaço-tempo um espaço e conflitos com a par ic
d t
d
e resolução entudes?
voltado à participação dos estudantes na resolução de conflitos
existentes no ambiente escolar e na tomada de decisões. Nelas ju v
os estudantes são convidados a registrar, identificar, debater e ativa das
buscar soluções para conflitos interpessoais e para condutas
que afetam negativamente a convivência e as normas escolares.
As assembleias também podem ser utilizadas para que os
estudantes participem da tomada de decisões sobre aspectos
organizativos da vida escolar, como a definição de festas e a
organização do intervalo (Puig at al., 2000; Araújo, 2004; 2015).
Preparação
Apresentação da proposta. Apresente a
proposta em reunião e defina com o conjunto
de educadores da instituição em qual instância
Desenvolvimento serão implementadas as assembleias: escola,
ciclo, ano e/ou grupo classe. Mesmo que se
trate de uma iniciativa individual e que se opte
por realizar as assembleias com o grupo classe,
levar esta pauta para a reunião poderá incentivar
A proposta que será descrita a seguir, é relativa a um modelo de
outros educadores a aderirem à proposta.
assembleia pensado para tratar as questões referentes a um grupo
classe. O modelo, contudo, pode ser adaptado aos outros níveis
da organização escolar.
Exemplo
Proposta de avaliação
No início de cada assembleia deve-se reservar alguns minutos para a avaliação do cumprimento dos encaminhamentos
definidos pela assembleia anterior. O mesmo pode ser feito ao discutir conflitos reincidentes.
as
Saiba Mais! Acesse
entares!
referências complem
Objetivos Tempo
Proporcionar uma situação de aprendizagem ativa Mínimo de 1 aula de 60 minutos
e colaborativa, na qual os estudantes se tornam
corresponsáveis pela construção de conhecimentos.
Exemplo
O painel integrado pode ser utilizado nas aulas de Filosofia para abordar os critérios morais elaborados
por diferentes pensadores e perspectivas dentro do campo da filosofia moral para definir uma norma
geral que possibilite determinar a boa conduta. Inicia-se apresentando aos estudantes um dilema moral
complexo e de difícil resolução como situação disparadora. Divide-se, então, os estudantes em 6 grupos
e cada um deles lerá trechos da obra de diferentes filósofos que propõem critérios de juízo moral e defi-
nições sobre o que é o bem: Aristóteles, Immanuel Kant, John Stuart Mill, Friedrich Nietzsche, John Rawls e
Jürgen Habermas.
Cada grupo deverá sistematizar as principais ideias dos autores e discutir como o dilema proposto dever-
ia ser solucionado à luz do pensamento do autor. Em seguida, será formado o painel integrado, momento
em que os estudantes de cada grupo da primeira etapa se distribuem em novos grupos e compartilham
as ideias do autor estudado bem como a solução dada ao dilema e sua justificativa. Após a exposição de
cada perspectiva, os estudantes debatem como eles próprios resolveriam o dilema com base nos autores
estudados. As discussões de cada grupo podem ser socializadas e o educador pode apresentar dois
novos dilemas para resolução. Este exemplo pode ser aplicado em 3 aulas de 60 minutos.
Interface interdisciplinar
O painel integrado pode ser usado em uma abordagem interdisciplinar para o estudo das causas de deficiências
físicas congênitas e da discriminação de pessoas com deficiência, que articule os componentes de Biologia e Educação
Física. Para tanto, podem ser formados 6 grupos de trabalho, cada um se aprofundando nos seguintes subtemas: 3
grupos estudando diferentes tipos de deficiências físicas congênitas e suas causas genéticas; tratamentos e tecnologias
assistivas na adaptação de deficientes físicos; igualdades e diferenças nos esportes paraolímpicos; e discriminação
e capacitismo. Após essa etapa, se forma o painel integrado, momento em que os estudantes intercambiam seus
aprendizados com os colegas. Ao final, pode-se reservar um momento para que os estudantes socializem suas discussões
com o restante da turma por meio de um mapa mental que ilustre a relação entre os conteúdos abordados.
Proposta de avaliação
A avaliação desta metodologia pode ser feita sobre a produção dos estudantes na etapa de trabalho
em grupo e/ou sobre o produto final elaborado pelo grupo do painel integrado.
as
Saiba Mais! Acesse
entares!
referências complem
a
m e ç o d e converçsão prévia
o a
C r uma avali uma turma?
omo realiza e
Breve descrição
C
r a p la n e ja r as aulas d ecimentos,
p a nh
ificar os co gilidades
Como ident es, necessidades e fra ganizar e
d r
Diagnóstico Coletivo é uma estratégia de avaliação potencialida o de alunos e, assim, o
t iv s ?
diagnóstica utilizada para identificar conhecimentos, de um cole ades adequadas a ele
id
potencialidades, necessidades e fragilidades das turmas
de estudantes com os quais o educador irá trabalhar.
propor ativ
Trata-se de uma prática voltada para o levantamento de
informações acerca das dificuldades e conhecimentos
prévios dos estudantes no que se refere a determinado
conteúdo a ser trabalhado.
Antes de começar
O diagnóstico coletivo é, geralmente, realizado em
um grande debate com toda a turma. Para tanto, é
importante criar um ambiente favorável ao diálogo
Desenvolvimento e exposição de ideias.
Além disso, é fundamental que o professor tenha
à mão alguns recursos por meio dos quais os
alunos possam expressar e apresentar os seus
Organize a atividade: Explique para os estudantes o que irá
conhecimentos.
acontecer: uma espécie de avaliação coletiva, em que vocês
poderão expressar os conhecimentos prévios sobre determinado Nesse sentido, o professor poderá lançar mão
tema ou conteúdo. Reforce que não se trata de uma atividade desde recursos de escrita, por meio do uso de
diagnóstica e que, portanto, não há certo ou errado, mas sim, notas autoadesivas, por exemplo, até divisões
diferentes saberes que são aprendidos fora da escola e que esse espaciais, para as quais os alunos se direcionam
é o momento para poder compartilhá-los. em função de suas respostas. É fundamental
escolher qual a modalidade de diagnóstico será
Apresente a dinâmica: Há diferentes possibilidades de utilizada para poder organizar o trabalho.
realização de um diagnóstico coletivo. O professor pode
apresentar um tema e solicitar aos alunos que exponham o que
sabem sobre ele, ou ainda, elaborar um questionário prévio,
para que os alunos respondam de maneira objetiva. Desse
modo, a partir da modalidade de diagnóstico que você irá
realizar, é importante explicar aos alunos quais são as regras que
conduzem o debate coletivo.
Exemplo
As aulas de História, sobretudo no Ensino Médio, em geral, estão conectadas a temas da atualidade,
desse modo, realizar uma atividade de diagnóstico coletivo pode trazer à tona os conhecimentos dos
alunos acerca das relações entre a sua realidade e os conteúdos que estão sendo trabalhados. Uma
possibilidade de diagnóstico coletivo é a “corrida”: a partir de um questionário previamente elaborado
pelo professor, os alunos devem caminhar em direção à linha de chegada sempre que a resposta for
positiva. Ao final, é possível que o próprio grupo tenha maior visibilidade acerca de suas respostas
sobre determinado tema. Supondo que o conteúdo da aula sejam as desigualdades sociais decorren-
tes do período da escravidão, o professor pode criar perguntas como: “quem já usou a expressão cri-
ado-mudo, dê um passo à frente”, “quem se autodeclara uma pessoa branca dê dois passos à frente”,
etc. Ao término do questionário, não apenas o professor, mas também os alunos perceberão como o
racismo está presente em nosso dia a dia e em nossas atitudes. Os temas dessa corrida podem variar
de acordo com as necessidades da componente curricular.
Interface interdisciplinar
O exemplo dado para o componente de História poderia ser pensado no formato de um trabalho interdisciplinar que
integrasse a Matemática na mensuração das respostas dadas pelos alunos. A cada etapa, o professor poderia registrar
as posições espaciais dos alunos e assim, seria possível medir as diferentes porcentagens a cada resposta.
Proposta de avaliação
O diagnóstico coletivo já é, ele próprio, uma forma de avaliação inicial acerca de determinado tema ou conteúdo.
Por meio dele é possível identificar características próprias a uma turma de alunos. Ainda assim, ao final de
uma atividade de diagnóstico coletivo, é possível realizar uma conversa com os alunos a fim de debater as
percepções sobre as questões levantadas, bem como sobre as respostas ou pontos de vista expressos.
as
Saiba Mais! Acesse
entares!
referências complem
Objetivos Tempo
Fomentar o uso de conhecimentos para Podemos implementar como estratégia em 1 aula
descrever ou explicar um fenômeno para ou incorporar a prática em uma sequência didática.
o qual ainda não há resposta.
Antes de começar
Uma boa estratégia para iniciar o trabalho
com elaboração de hipóteses é escolher um
tema que os estudantes possuam um amplo
Desenvolvimento repertório, garantindo assim recursos para que
possam elaborar explicações provisórias para
um problema relacionado ao tema.
Inicialmente os estudantes podem ter
Apresentação do tema: Contextualize o tema, conceito, ou
mais facilidade na elaboração de hipóteses
situação-problema que servirá de base para que os estudantes
oralmente, sendo um recurso interessante para
elaborem suas hipóteses. Esta etapa pode ser realizada a partir
o enriquecimento do uso da chuva de ideias
de uma exposição dialogada pontual, quando a elaboração de
(brainstorming), progredindo para a escrita de
hipótese será implementada como estratégia de uma aula.
hipóteses com o ensino de verbos de comando
e cognitivos relacionados à elaboração de
Coleta e análise dos dados: Após a apresentação do tema os
justificativas.
estudantes deverão coletar dados, selecionando aqueles que irão
sustentar a hipótese elaborada. Para isso, os estudantes poderão
pesquisar o tema com apoio dos recursos disponibilizados pelo A elaboração de hipóteses é
professor. uma das etapas do Método
Científico. Veja link disponível
Elaboração da hipótese: Com base nos dados analisados, no box “Saiba Mais".
os estudantes formulam a hipótese a partir da dedução de
possíveis consequências para um fenômeno relacionado ao tema
trabalhado. A hipótese deve ser estruturada a partir de uma
afirmativa, seguida de uma justificativa que apresenta os dados
que fundamentam a afirmação elaborada.
Exemplo
Nas aulas de História a elaboração de hipóteses pode ser utilizada como ponto de partida para uma se-
quência didática sobre as teorias de ocupação da América. Após estudar o surgimento dos seres humanos
e o modo de vida dos primeiros hominídeos, a professora apresentou dados relativos aos primeiros hab-
itantes da América, indicando a presença de Homo Sapiens como fator determinante para a conclusão de
que os Ameríndios que chegaram não eram nativos do continente. Após analisar os dados apresentados
pela professora, os alunos são orientados a elaborar hipóteses sobre os possíveis caminhos utilizados
pelos primeiros americanos. Como ferramenta linguística para a elaboração de hipóteses, a professora
apresentou recursos textuais como a criação de uma afirmativa e o uso do conectivo “pois”, como forma de
elencar os dados que sustentam a hipótese apresentada. Em sequência, a professora apresenta os vestí-
gios mais antigos encontrados na América, validando assim as hipóteses que se aproximaram das possíveis
rotas de ocupação do continente aceitas pela comunidade científica.
Interface interdisciplinar
O exemplo dado para o componente de História poderia ser pensado no formato de um trabalho interdisciplinar que integrasse a
Biologia na coleta de dados para a elaboração de hipóteses. Dessa forma, os estudantes investigariam as características do gênero
Homo e seu processo evolutivo, selecionando dados que poderiam ser utilizados na justificativa das hipóteses elaboradas.
Proposta de avaliação
Para avaliar a elaboração de hipóteses é preciso primeiramente identificar se a afirmativa e os dados apresentados
pelo estudante configuram-se enquanto evidências relacionadas ao tema trabalhado. O professor deve ter em
mente que diferentes hipóteses podem ser elaboradas a partir de um mesmo tema de acordo com o olhar para
os dados que estudante tem a sua disposição. Outro aspecto importante a ser avaliado é a estrutura textual
da justificativa, verificando o uso de conectivos adequados à comprovação da ideia apresentada.
as
Saiba Mais! Acesse
entares!
referências complem
e ç o d e conversaiente de diálogo
m b
Co rcionar um am es?
Breve descrição Como propo eias entre os estudant paço
id es
e troca de os estudantes em um a
A dinâmica Café do Mundo (World Café) foi implementada Como reunir ão que contribua para s?
ç e
por Juanita Brown e David Isaacs em 1995 e vem sendo de colabora autônoma entre par
em
utilizada desde então como uma ferramenta para a criação de aprendizag
ambientes de aprendizado baseados em diálogos colaborativos
sobre os mais diversos assuntos. Em sala de aula, o Café do
Mundo potencializa a troca entre estudantes, permitindo o
desenvolvimento da autonomia na aquisição e consolidação
dos mais diferentes conteúdos e temas. Reunidos em grupos
de 4 estudantes, o ponto de partida consiste na discussão de
uma pergunta norteadora por 20 minutos. Após a primeira
rodada, os estudantes devem trocar de grupo, passando assim
a dialogar com diferentes pessoas. Ao planejar as rodadas
de diálogo, o professor poderá optar pela discussão de uma
mesma pergunta ao longo de toda a atividade, ou organizar
diferentes perguntas que se relacionam de maneira clara ao
tema norteador da dinâmica.
Tempo
De 1 a 2 duas aulas, sendo organizadas
para a realização das rodadas de diálogo
Objetivos em pequenos grupos e na socialização do
Implementar um espaço de diálogo que foi discutido com o grupo-classe.
colaborativo entre os estudantes.
Preparação
Ao utilizar a dinâmica do Café do Mundo (World
Café), é fundamental que o professor defina
perguntas norteadoras que sejam relevantes ao
tema ou conteúdo a ser desenvolvido.
Desenvolvimento É importante também que as perguntas
mobilizem o diálogo e a troca de ideias, engajando
os estudantes a exporem seus conhecimentos.
Dessa forma, o Café do Mundo proporciona uma
Organize o espaço: Os estudantes deverão ser organizados rede de troca entre os envolvidos.
em quartetos, reunindo-se em mesas redondas, como as de um
café ou a partir do agrupamento das carteiras da sala de aula É
interessante que sejam disponibilizados materiais de anotação
nas mesas, como canetas, lápis, folhas de rascunho ou post-its. É
possível organizar os estudantes em espaços digitais, utilizando
salas temáticas nas ferramentas de videoconferência.
Exemplo
A dinâmica do Café do Mundo (World Café) é utilizada nas aulas de Educação Física para proporcionar
uma discussão entre os estudantes do 2º Ano sobre os valores éticos e morais (re)produzidos no
esporte e as relações entre esporte e mídia. Para isso, o professor cria 3 perguntas sobre situações em
que jogadores de futebol foram alvos de preconceito e racismo e organiza alguns recortes de jornais
e revistas e disponibiliza conteúdos da web que retratam esta situação, disponibilizados nas mesas
com o objetivo de impulsionar o engajamento dos estudantes na discussão ou publicadas no ambiente
virtual de aprendizagem. Em uma primeira aula, o professor realiza perguntas relacionadas ao papel dos
torcedores nas situações analisadas, ao posicionamento da mídia e sobre a opinião dos estudantes sobre
as situações, que foram discutidas em quartetos ao longo de 3 rodadas de 20 minutos cada. Na aula
seguinte, os estudantes compartilham com o grupo-classe os pontos principais da discussão, seguidos da
sistematização da discussão pelo professor.
Interface interdisciplinar
O exemplo dado para o componente de Educação Física poderia ser pensado no formato de um trabalho interdisciplinar
que integrasse a disciplina de Filosofia. Nesse projeto, o professor de Filosofia pode participar da dinâmica elaborando as
perguntas com o professor de Educação Física e fazendo uso das discussões realizadas pelos estudantes no Café do Mundo
para trabalhar o conteúdo sobre as implicações da relação entre ideologia e comunicação no mundo contemporâneo.
Proposta de avaliação
Para avaliar a dinâmica Café do Mundo (World Café) é preciso verificar o envolvimento de cada estudante nas discussões.
A avaliação individual pode ser realizada a partir da participação dos estudantes, onde o professor observa a contribuição
do estudante de maneira qualitativa, podendo categorizá-la como satisfatória, parcialmente satisfatória e insatisfatória.
as
Saiba Mais! Acesse
entares!
referências complem
a
Começo de convelarrses podem ser
Como conteúdos curricu tualizado,
ex
abordados de modo cont e vivencial?
inar
Breve descrição exploratório, interdiscipl de fora da escola
tes
Como converter ambien contexto de
m,
O Estudo de Campo é uma estratégia ativa de aprendizagem na em objeto de aprendizage ativo?
en te ed uc
qual fenômenos sociais e/ou ambientais são estudados mediante aprendizagem e ag
o contato direto dos estudantes com ambientes nos quais esses
fenômenos se manifestam. Essa estratégia pode ser empregada
em diferentes metodologias quando o educador ou mesmo os
estudantes consideram ser necessário extrapolar os muros da
escola para usufruir de outros ambientes de aprendizagem capazes
de proporcionar aprendizados curriculares e atender a objetivos
pedagógicos cujas experiências de sala de aula não seriam capazes de
atender de modo plenamente satisfatório (Trilla, 1993).
Objetivos
Tempo
Utilizar ambientes externos à escola como objeto Mínimo de 2 aulas de 60 minutos
e como contexto de ensino-aprendizagem.
Preparação
A partir dos objetivos de aprendizagem e
da experiência pedagógica que se pretende
proporcionar aos estudantes, defina qual
ambiente fora da escola será estudado. O Estudo
Desenvolvimento de Campo pode tanto ser uma experiência
que se inicia e encerra em si mesma como
parte de um trabalho mais amplo e de uma
metodologia, articulando-se a outras situações de
Apresentação. Apresente aos estudantes os objetivos e o local aprendizagem.
do Estudo de Campo situando-o no contexto da proposta de
Defina qual será o papel do estudo de campo
ensino-aprendizagem que será desenvolvida. Neste momento, e como será sua inserção no trabalho que será
você pode apresentar fotos, notícias e imagens satélite do desenvolvido com os estudantes: qual será sua
contexto de estudo. A depender do objetivo da saída, pode-se centralidade, em qual etapa e quantas vezes
reservar um momento para que os estudantes exponham seus acontecerá, se contará com a parceria com
conhecimentos, questionamentos e hipóteses sobre o ambiente outras instituições, se envolverá a família dos
e situações que irão conhecer. É fundamental que o estudo seja estudantes, quais recursos serão necessários, se
orientado por uma ou mais perguntas geradoras, que sejam será uma experiência de problematização e/ou
contextualizadas, instigantes e que tenham sentido para os de coleta de dados, etc.
estudantes.
Exemplo
O Estudo de Campo pode ser utilizado como parte de um projeto de empreendedorismo social no
componente de Projeto de Vida. Nesse contexto, os estudantes poderão entrevistar moradores de sua
comunidade, trabalhadores de diferentes setores, agentes comunitários e também fazer observações
visando identificar necessidades sociais e demandas relativas a produtos e serviços que eles possam
atender mediante a produção de uma proposta de empreendedorismo com impacto social. Neste
caso, o Estudo de Campo estaria inserido em um projeto de maior fôlego, que poderia ser desenvol-
vido na perspectiva de metodologias como o Design Thinking ou a Aprendizagem Baseada em
Projetos, e associar-se a outras estratégias, como o Canvas.
Interface interdisciplinar
O Estudo de Campo foi o elemento articulador entre os componentes de Geografia, Química e Biologia em um
projeto de investigação sobre os impactos de propriedades agrícolas em Áreas de Preservação Permanente
(APP). No trabalho de campo, os estudantes realizaram coletas de dados sobre indicadores físico-químicos e
biológicos da qualidade da água de um rio e de uma nascente (turbidez, coliformes, pH, compostos nitrogenados
etc.) a fim de identificar possíveis impactos de efluentes oriundos da atividade agrícola. Também aplicaram
a técnica da parcela para análise da estrutura e diversidade vegetal considerando os parâmetros definidos
pelo Código Florestal para APPs. Junto a isso, entrevistaram ativistas de uma ONG ambientalista e agricultores.
Após o trabalho de campo, os dados foram analisados e discutidos nos três componentes curriculares.
Proposta de avaliação
A avaliação no Estudo de Campo pode ser feita sobre a participação dos estudantes no campo e também sobre
o desempenho na análise, reflexão e síntese sobre a experiência e sobre os dados que foram coletados.
as
Saiba Mais! Acesse
entares!
referências complem
a
m e ç o d e converosblema
o r
C ender um p
re
Como comp ser resolvido de forma uma
r
Breve descrição ou desafio a mpática? Como realiza ções
e o
profunda e e extrai histórias, em o
qu çã
A entrevista empática é uma conversa com uma pessoa ou entrevista odem subsidiar a cria os
p s n
grupo de pessoas impactadas de forma direta ou indireta por um e fatos que elevantes e centrada
r ?
desafio analisados em um projeto desenvolvido pelos estudantes,
de soluções essidades das pessoas
e c
desejos e n
um problema analisado em uma pesquisa de campo ou em
outras práticas em que o reconhecimento do outro e a empatia
sejam componentes centrais. Nela, discentes, professores,
gestores, funcionários, familiares, amigos ou membros da
comunidade devem ser entrevistados em profundidade por
um estudante ou grupos de estudantes para levantamento dos
principais desafios, momentos marcantes, sentimentos, valores,
motivações e desejos. As informações devem ser coletadas
em um bate papo centrado no compartilhamento de histórias
relacionadas ao problema ou desafio analisado. Com isso, espera-
se que o(s) estudantes(s) conheça(m) o problema ou desafio de
forma empática e profunda a partir de diferentes perspectivas.
Essa estratégia é bastante utilizada em projetos desenvolvidos
a partir da perspectiva do Design Thinking, a Aprendizagem
Baseada em Problemas e a Aprendizagem por Projetos
Sociais. Pode inspirar os estudantes na geração de soluções que
sejam desejáveis (pelas pessoas impactadas pelos problemas),
viáveis (financeiramente) e praticáveis (tecnicamente).
Preparação
O professor deve preparar os estudantes para
que realizem a entrevista. Por isso deve orientá-
los a agendar a entrevista em data, horário e local
que seja adequado para o entrevistado.
Desenvolvimento
Além disso, devem criar perguntas curtas
e específicas que levem o entrevistado a
compartilhar sua rotina e histórias relacionadas
Antes dos estudantes irem a campo para realizar a entrevista ao problema ou desafio analisado.
empática, o professor deve orientá-los sobre o fluxo da Exemplos de perguntas:
entrevista a ser adotado por eles(as): “Como é a sua rotina relacionada a...”;
“Qual foi a última vez que você...?”; “Conte-
Apresente-se: no dia da entrevista apresente-se para o me sobre a melhor (ou pior) experiência que
entrevistado no local e horário combinados. Diga seu nome e teve...?”; “Qual seria a solução dos sonhos
peça autorização para fazer anotações ou gravar a conversa. para o problema ...?” Se a entrevista for
realizada em duplas ou pequenos grupos,
Apresente o desafio: Explique o objetivo central do desafio uma pessoa pode fazer as perguntas e as
outras devem anotar as respostas.
que você e/ou seu grupo desejam resolver e explique que
elaborou perguntas norteadores para a entrevistas que visam
explorar, rotinas, histórias, emoções, motivações e desejos das Essas etapas são
pessoas impactadas pelo problema analisado. desejáveis, embora
não obrigatórias para
Crie empatia: Demostre real interesse em conhecer a se realizar entrevistas
perspectiva do entrevistado. empáticas
explore emoções
evoque histórias
crie empatia
agradeça e encerre
a entrevista
apresente o desafio
apresente-se
tempo
Exemplo
A entrevista empática pode ser adotada como estratégia de aprendizagem ativa em Biologia no
estudo das principais doenças crônicas que afetam os brasileiros. Na preparação para realizar a
atividade, o professor pode solicitar que todos os alunos escolham um amigo ou familiar que tem
uma doença crônica (como diabetes, mal de Parkinson, osteoporose, por exemplo). Em seguida, deve
orientar os alunos a elaborar dois roteiros de entrevista empática. O primeiro deve conter perguntas
que irão nortear a entrevista com a pessoa portadora da doença. O segundo roteiro é para que
entreviste pelos menos dois familiares ou amigos próximos da pessoa que contém a doença crônica.
O enfoque da conversa é entender, a partir, de variadas perspectivas como a doença foi descoberta,
seu impacto na vida de cada pessoa entrevistada, experiências positivas e desafiadoras relacionadas
com a doença dentre outras.
Interface interdisciplinar
A entrevista empática pode ser utilizada em uma sequência didática interdisciplinar, que articule História
e Língua Portuguesa e aborde como as transformações que ocorreram na comunicação direta entre as
pessoas, em função do advento de novas tecnologias (sobretudo as digitais), causaram mudanças nas relações
interpessoais. O primeiro componente pode trabalhar tais mudanças em uma perspectiva historiográfica e
o segundo pode abordar o conceito e a funcionalidade da linguagem digital. A entrevista empática servirá
como elemento articulador entre esses componentes, podendo ser feita com idosos com o objetivo dos
estudantes compreenderem as mudanças operadas nos tipos possíveis de comunicação, nas trocas afetivas,
na relação com o tempo e o espaço, e em como os idosos lidaram e lidam com essas transformações.
Proposta de avaliação
Para avaliar uma entrevista empática conduzida por alunos de forma individual ou em duplas é importante
verificar aspectos como: roteiro de perguntas, responsabilidade do entrevistador na realização da entrevista
na data e horário agendados com o entrevistado e, por fim, verificação de apresentação oral ou de um
registro escrito e/ou audiovisual da análise dos dados coletados na entrevista que pode ser realizada na
forma de mapa da empatia, relatório, podcast, registro fotográfico comentado dentre outros.
as
Saiba Mais! Acesse
entares!
referências complem
ersa
Começo de convobrir, filtrar
Como pesquisar, desc levantes em
s re
e escolher conteúdo ria? Como
Breve descrição do
um processo de cura sentido e
bu ir
contextualizar, atri s pelo uso de
do
A estratégia de curadoria SSS foi criada por Harolde Jarche em compartilhar conteú
is ?
2012 e apresenta um fluxo que pode apoiar os estudantes a
buscar e selecionar conteúdos de qualidade, em fontes seguras.
ferramentas digita
Do ponto de vista etimológico, a palavra curadoria vem do
latim “curator” e quer dizer pessoa que administra e que cuida.
No âmbito artístico um curador é aquele que organiza, cuida
e monta uma exposição que pode contar com obras de vários BUSC A
artistas. Em educação tanto o professor quanto o estudante
podem assumir o papel de curadores de conteúdo. Essa prática
(SEEK)
pode apoiar na aprendizagem de temas curriculares ou até
mesmo no desenvolvimento de projetos propostos para serem
desenvolvidos na escola. A estratégia curadoria SSS também
explicita formas de o estudante atribuir sentido aos conteúdos
elegidos de forma individual ou em grupos pequenos, bem como
maneiras de compartilhar as informações selecionadas. Esta SENTIDO
estratégia de curadoria tem sido adotada no mundo do trabalho
por profissionais que desejam “aprender por toda a vida” no
(SEnSE)
contexto do mundo digital onde se deparam diariamente com um
mar de informações e precisam eleger que conteúdos agregam
valor para a resolução de seus desafios profissionais e pessoais. O
C OMPAR TIL)HAR
nome curadoria “SSS” refere-se às letras iniciais das palavras em
inglês SEEK (busca), SENSE (atribua sentido), SHARE (compartilhe)
que são exatamente as etapas propostas por Jarche para fazer a
curadoria de conteúdos sobre um determinado tema de forma (SHARE
mais eficaz e coerente.
Recursos de apoio
Ferramentas digitais: plataformas de pesquisa,
bibliotecas virtuais, portais de notícias,
Competências gerais da BNCC
revistas científicas, murais digitais, blogs,
1. Conhecimento; 4. Comunicação; 5. Cultura
Ambientes Virtuais de Aprendizagem, redes
digital; 9. Empatia e cooperação.
sociais, celular, tablet, computador etc.
Preparação
O professor deve separar um tema ou um grupo
de temas que devem ser investigados pelos
alunos a partir do uso da estratégia curadoria
SSS. A clareza de quais são os objetivos de
Desenvolvimento aprendizagem vinculadas ao uso da estratégia é
fundamental, uma vez que pode ser usada para
diversos fins, por exemplo: “mapear tendências
sobre...”; “levantar e compartilhar fatos históricos
O uso da estratégia de curadora SSS prevê que o estudante sobre.... a partir de diversas fontes”; “estudo de
passe pelas etapas descritas a seguir iniciando pelo fluxo de conteúdos acadêmicos para aprofundamento de
acesso a muitos conteúdos, passando pelo refinamento daqueles temas abordados nas aulas de...”;
que são mais relevantes para atribuição de sentido e, por fim, Se a curadoria for realizada em duplas ou
realizando o compartilhamento de seus conteúdos e explorando pequenos grupos, cada estudante deve passar
o que foi compartilhado por outras pessoas. inicialmente pelo processo de SSS de forma
individual. Depois de compartilhar o que
SEEK (BUSCA): pesquisa e seleção de conteúdos relevantes que produziu com sua dupla ou grupo, produzem os
estejam relacionados com o tema e os objetivos de aprendizagem resultados da curadoria de forma colaborativa
propostos para a atividade. Estes conteúdos não precisam e compartilham os resultados com outros
necessariamente ser investigados de forma individual. Conversar estudantes e/ou professor.
com outros estudantes, com familiares, com outros professores
da escola permite que o jovem possa levantar informações e seja
direcionado para fontes de pesquisa interessantes e confiáveis.
Para as turmas ou estudantes que talvez demonstrem muita
dificuldade em encontrar fontes fidedignas para realizar as
pesquisas, talvez seja importante que o professor apresente
diferentes locais digitais e/ou presenciais onde a busca pode ser
realizada. De qualquer forma, depois que os estudantes utilizam
a estratégia de curadoria SSS algumas vezes, o professor deve
capacitá-los para serem mais autônomos na busca por novos
materiais sobre o tema investigado. Ferramentas digitais, como
blocos de anotações e planilhas, servem para o registro dos
materiais selecionados.
Exemplo
A estratégia de curadoria SSS pode ser adotada em Filosofia quando o objetivo é tratar de questões éticas
relacionadas à relação humano-natureza. O professor pode dividir a turma em duplas e propor na etapa
SEEK (BUSCAR) que façam uma pesquisa em conteúdos sobre o desmatamento da Amazônia produzidos
pelos meios de comunicação de massa brasileiros. O objetivo é que um estudante da dupla encontre nos
materiais investigados discursos que defendam o desmatamento por conta de interesses econômicos e
que o outro estudante encontre conteúdos argumentem em favor da preservação da floresta tropical. Os
conteúdos selecionados devem ser categorizados pela dupla na etapa SHARE (SENTIDO) onde incluem
em uma matriz de forma resumida, os argumentos encontrados para os dois posicionamentos. A dupla
produz um vídeo de até 5 minutos onde apresenta sua matriz e explicita quais perspectivas da ética
ambiental estão presentes no discurso das mídias e, a partir de uma análise crítica, quais são os desafios
que eles identificam para o enfrentamento dos desafios nas relações humano-natureza. Por fim, na etapa
SHARE (COMPARTILHAR) a dupla posta o vídeo produzido no Youtube e compartilha o link no fórum de
discussão da turma. Cada dupla precisa assistir às produções de pelo menos outras 3 duplas e comentar
o que foi produzido pelos colegas.
Interface interdisciplinar
Para incluir a interface interdisciplinar no exemplo de uso da curadoria SSS apresentado acima a pesquisa poderia
incluir a análise de consequências ambientais do desmatamento e exploração da floresta Amazônica (Geografia) nos
últimos 50 anos (História), as diferentes organizações sociais das pessoas (como os indígenas, caçadores, agricultores
e seringueiros) que vivem das riquezas da floresta (Sociologia). Neste caso os alunos seriam organizados em grupos
de até 5 participantes e passariam por cada S do fluxo de curadoria explorando de forma aprofundada e articulada
aspectos éticos, ambientais, sociais e históricos do desmatamento da Amazônia. A apresentação dos resultados pode
ser feita na forma de vídeo (como descrito no exemplo acima) ou na forma relatório escrito (Língua portuguesa).
Proposta de avaliação
Para avaliar a curadoria realizada pelos estudantes, o professor pode usar rubricas que permitam que analise aspectos como: a
qualidade das fontes dos conteúdos investigados, a forma como os dados coletados foram organizados, o sentido atribuído ao
conteúdo e como foi explicitado, como o conteúdo foi compartilhado e sua qualidade e por fim como o estudante interagiu com o
conteúdo publicado por seus colegas. No trabalho em duplas ou grupo recomenda-se que a avaliação por pares seja realizada.
as
Saiba Mais! Acesse
entares!
referências complem
ç o d e c o nversa significativa
Come a atividade
izar um arefa
Como organ Como elaborar uma t eb
? W
Breve descrição de pesquisa e reflexiva utilizando a jar uma
r a n e
desafiado e pesquisa? Como pla studos e
d e
como fonte ue busca orientar os ntes?
g ia q u d a
A WebQuest foi idealizada pelo professor Bernie Dodge em metodolo
a a u t o n o m ia nos est
desenvolver
1995 e representa uma atividade orientada para pesquisa onde
as informações buscadas (todas ou em parte) devem estar
disponíveis na Web. Para ser considerada uma WebQuest ela
precisa apresentar um elemento motivador, desafiante e que
faça sentido para os estudantes. Sua estrutura é baseada em
seis partes: introdução, tarefa, processos, avaliação, conclusão
e créditos e serve para qualquer nível de ensino, inclusive
para atividades interdisciplinares. O professor terá um papel
fundamental na curadoria dos recursos que será a fonte principal
de pesquisa do estudante e ainda será o orientador e o facilitador
em todas as etapas do desenvolvimento. Esta metodologia dá
ao professor, segundo SANTOS (2015, p.53), a oportunidade de
refletir, problematizar, investigar, levantar questões e colaborar
para (...) promover uma educação transformadora”.
Objetivos
Incentivar a pesquisa, a investigação, a transformação
crítica da informação em conhecimento. Tempo
De 2 a 4 aulas dependendo da tarefa proposta.
Promover a análise, a síntese, o pensamento
crítico e reflexivo perante o objeto de estudo.
Preparação
Na elaboração de uma WebQuest é necessário
pensar em atividades desafiadoras e bem
estruturadas que envolvam todos os membros
do grupo. Além disso, é importante selecionar
Desenvolvimento ferramentas digitais que sejam acessíveis
aos estudantes e um canal para o envio da
WebQuest, como email ou WhatsApp.
1. Introdução: Serve para preparar e motivar o estudante com o Os participantes podem exercer papéis distintos,
tornando-os corresponsáveis pelas soluções
objeto de estudo, comunicando a questão norteadora. Um breve
dos problemas apresentados e fazendo as
texto, imagens ou um vídeo curto podem ser recursos de apoio construções de forma coletiva.
para comunicar o problema central.
Exemplo
Pode-se criar uma WebQuest para abordar o tema Educação Financeira e ao mesmo tempo explorar os
conceitos da Matemática Financeira, tais como: porcentagem, juros simples, juros compostos, taxa de
juros, montante, capital, capitalização, amortização e tabelas financeiras. Para a proposta ser motivadora,
veja o exemplo da WebQuest: Matemática Financeira. O principal objetivo é promover a construção de
conhecimentos relativos a conceitos da Matemática Financeira, tendo por contexto a questão previden-
ciária aliada a uma preocupação por uma educação financeira que venha a favorecer mudanças de com-
portamento. O grupo realizará atividades que simulam um funcionário de uma empresa administradora
de Previdência Privada e as atividades propostas serão motivadoras e desafiadoras para os estudantes.
Interface interdisciplinar
Além da Matemática, o tema Educação Financeira pode ser integrado com as disciplinas de História, Geografia e Língua
Portuguesa. Na disciplina de História, pode-se explorar o surgimento da sociedade de consumo com a Revolução
Industrial, evoluindo até os dias atuais, resultando na formação de uma sociedade e de uma cultura consumista. A
Geografia pode abordar temas como: "Sociedade e Consumismo", “Globalização e Consumo” ou “Consumo Consciente”.
A Língua Portuguesa pode explorar diversos gêneros textuais como tiras, reportagens ou entrevistas para que os
estudantes desenvolvam as habilidades leitora/escritora e reflitam sobre temas ligados à Ed. Financeira, por exemplo, a
importância do orçamento pessoal e familiar. O grupo de professores envolvidos com o projeto, precisam desenvolver
as atividades na WebQuest de forma orquestrada, com materiais de pesquisa e estudo bem selecionados, para que
os estudantes percebam as conexões entre as disciplinas e realizem as atividades com motivação e autonomia.
Proposta de avaliação
Deve conter aspectos quantitativos e qualitativos, elencando o que se deseja que o estudante
desenvolva ao longo da tarefa. Deve-se avaliar por meio de rubricas o processo e não apenas o
produto final. Além disso, deve-se propor uma autoavaliação do grupo e/ou individual.
as
Saiba Mais! Acesse
entares!
referências complem
a
m e ç o d e converusdantes acessar,
C o itar aos es t
il duções
e
Como possib roblematizar e fazer d e
p es
Breve descrição relacionar, riedade de informaçõ tiva e
v a a ,a
sobre uma os de forma dinâmic
t
Rotação por Estações é uma estratégia de conhecimen espaço de tempo?
r t o
ensino-aprendizagem na qual os estudantes, para em um cu
responderem a um desafio, devem passar por estações
organizadas pelo professor, cada uma contendo um tipo
de atividade ou dados diferentes sobre o tema que está
sendo abordado. Cria-se uma espécie de circuito que os
estudantes percorrem organizados em grupo, passando
por uma estação de cada vez.
Objetivos
Possibilitar aos estudantes reconhecer, relacionar, Tempo
problematizar, fazer deduções e aplicar conceitos com Mínimo de 1 aula de 60 minutos
base em diferentes conteúdos, procedimentos, técnicas
ou recursos didáticos e em um curto espaço de tempo.
Antes de começar
Defina qual é o desafio que irá determinar
a situação de aprendizagem: a resolução de
uma situação-problema, a explicação de um
fenômeno natural ou social, a confirmação
Desenvolvimento ou refutação de uma hipótese, a preparação
para um debate, a confecção de um produto,
etc. Defina como será organizada cada
estação em relação:
Problematização. Apresente aos estudantes o desafio e Aos conteúdos e recursos didáticos (textos,
reserve alguns minutos para que registrem individualmente imagens, tecnologias digitais, materiais
suas hipóteses ou concepções espontâneas sobre o tema. de laboratório, etc.), atentando-se para a
É importante que o contexto que justifica o desafio seja necessidade de que proporcionem o acesso
apresentado de forma clara e que os estudantes tanto e o uso de diferentes informações, dados e/
desconheçam a resposta quanto sintam-se instigados pelo ou procedimentos;
desafio. É possível que o desafio seja gerado pelos próprios À disposição. Uma estação pode ser tanto
estudantes em situações de aprendizagem anteriores. um agrupamento de mesas quanto uma
bancada de laboratório ou outro ambiente
Organização do grupo-classe. Divida os estudantes em fora da sala de aula. O número de estações é
grupos e organize, com o auxílio deles, a sala de aula de acordo variável e depende do planejamento de cada
com a disposição das estações. A depender de como a estratégia educador. Porém, é preciso que haja, no
foi planejada, é possível que algumas estações tenham que ser mínimo, 3 estações, e que os grupos passem
por todas as estações, o que significa
organizadas antes do início da aula.
que é imprescindível considerar o tempo
necessário para a realização daquilo que
Distribuição dos grupos. Distribua os grupos cada estação demanda.
entre as estações.
Exemplo
Este exemplo foi desenvolvido no 1º ano do Ensino Médio em duas aulas de biologia de 60 minutos.
Inicialmente a professora apresentou aos estudantes a seguinte situação-problema: “Nos últimos 20 anos, a
gravidez após os 35 anos cresceu 70% no Brasil. Se no início do século passado as mulheres costumavam ter
filhos aos vinte e poucos anos ou menos, isso tem mudado cada vez mais. Por outro lado, muitas mulheres
ainda têm receio de engravidar após os 40 anos de idade. O que explica essas mudanças? Elas oferecem
benefícios? E riscos? Até quando é possível engravidar? O que a medicina tem a dizer sobre esse tema?”.
Para auxiliar os estudantes a responderem a essas perguntas foram organizadas 5 estações, com as
seguintes tarefas: I) leitura de textos e imagens sobre gravidez e gestação, e de infográfico explicando a
fertilização in vitro; II) leitura de entrevista sobre possibilidades e riscos da gravidez tardia com o médico
Drauzio Varella; II) análise de gráficos e dados sobre a relação entre idade e probabilidade de conceber
um filho com doença genética; IV) vídeo do canal GNT com depoimento de mulheres sobre inseminação
independente; V) leitura de trecho de artigo sobre a maternidade e trabalho ao longo da história. Os
estudantes foram orientados a elaborar registros em cada estação, buscando responder à situação-
problema. A cada nova estação eles foram estabelecendo novas relações entre os conteúdos e ao final
foi reservado um tempo para elaborarem uma resposta fundamentada em dados para cada questão da
situação-problema. As respostas foram socializadas e debatidas.
Interface interdisciplinar
Esta é uma estratégia que é aplicada dentro de um único componente curricular. Entretanto, é possível que
um educador a estruture contemplando, na composição das estações, conteúdos de outros componentes,
mediante a seleção de um desafio que permita a articulação entre eles. No exemplo já apresentado, isso poderia
ocorrem mediante uma estação em que os estudantes tivessem que aplicar operações matemáticas para obter
determinada informação ou calcular probabilidades de uma gravidez de risco a partir de algumas variáveis.
Proposta de avaliação
A avaliação do desempenho e aprendizado dos estudantes na Rotação por Estações poderá ser feita
sobre a resposta final ao desafio e/ou sobre as tarefas solicitadas em cada estação.
as
Saiba Mais! Acesse
entares!
referências complem
e ç o d e conversas para um
Com estudante
ar os mano?
Imagine lev o dentro do corpo hu e sua
ic d
Breve descrição estudo prát a outro país sem sair ico
ar m
Ou viajar p ar o aprendizado dinâ s
r n v a
A Realidade Virtual (RV) é uma tecnologia de interface classe e to como emergir em no tual?
E vir
entre um usuário e um sistema operacional, que tem o
e realista? o apoio da realidade
o m
culturas c
objetivo de recriar ao máximo a sensação de realidade.
Ela apresenta aos nossos sentidos, como visão, tato e
audição, um ambiente virtual, que podemos explorar
de várias formas e funciona através dos óculos VR de
uma maneira bem simples, basta baixar as fotos ou os
vídeos em 360o . Depois, é só colocar o aparelho dentro
dos óculos e vivenciar esse momento. Com a realidade
virtual pode-se inovar, por exemplo, as aulas de idiomas
viabilizando uma imersão profunda na vivência da cultura
local. Na sala de aula, os estudantes podem conhecer
a Antártida, a vegetação da selva africana ou a flora
marinha, não havendo limites para o aprendizado com a
realidade virtual. Existe também a Realidade Aumentada
(RA), considerada uma evolução da realidade virtual.
Ela não requer a existência de uma ilusão realista, mas
mistura uma visão do mundo físico com elementos
virtuais para gerar, em tempo real, uma realidade
misturada (Filatro e Cavalcanti, 2018). Com experiências
mais reais, o aprendizado torna-se mais rico, pois
aproxima a prática da teoria, melhorando a percepção
sobre os objetos de estudo e promove a integração social.
Recursos de apoio
Ferramentas digitais para a RV : Google Street
View 360, Youtube 360, Google Cardboard,
Competências gerais da BNCC Google Arts &Culture.
1. Conhecimento; 2. Pensamento científico,
crítico e criativo, 3. Repertório cultural, 4. Ferramentas digitais para a RA:
Comunicação; 5. Cultura digital. GeometriAR(aplicativo gratuito para celular),
marcadores do aplicativo GeometriAR
(impressos) ou o software GeoGebra 3D.
Preparação
Antes de um educador optar pelo uso da
Realidade Virtual, deve-se refletir sobre
a relevância dessa mídia para ensinar
determinado conteúdo, pois nem todos são
Desenvolvimento bem trabalhados através da RV. A ferramenta
serve para auxiliar o aprendizado.
Exemplo
Como sugestão de atividade para o ensino de Geometria Espacial, o professor pode usar duas
ferramentas de Realidade Aumentada. A primeira nomeada de Geometria RA, o estudante
precisa instalar o aplicativo no celular e imprimir marcadores onde as imagens serão visualizadas.
Pode-se estudar todos os sólidos geométricos, visualizar seus elementos, planificações e ainda
contém perguntas, animações e fórmulas de área e volume. Já a segunda proposta, seria o software
GeoGebra que é dinâmico, gratuito como o primeiro e permite construção e manipulação de
figuras em 2D, 3D e possui realidade aumentada sem a necessidade de marcadores impressos. A
possibilidade do GeoGebra é mais ampla, pois pode ser usada para os outros eixos da Matemática,
além da interface facilitar a interação entre o professor e o estudante. É necessário instalar o
GeoGebra 3D no celular para usufruir do recurso da RA.
Interface interdisciplinar
É possível desenvolver um projeto interdisciplinar com as seguintes áreas do conhecimento: Matemática, Geografia,
História e Arte. Os estudantes explorariam o documentário em RV: Rio de Lama, que mostra o que restou da
paisagem e as memórias da vila Bento Rodrigues, após o rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG).
A disciplina de Matemática ficaria responsável para demonstrar por meio de números e comparações o volume de
terra rompido, a Geografia mostraria os impactos econômicos e ambientais, a História resgataria as memórias do
local e a Arte faria a releitura feita pelo artista Mundano para representar a tragédia de Mariana (MG) e ao
mesmo tempo homenagear a artista Tarsila do Amaral.
Proposta de avaliação
Na realidade virtual, é possível que o estudante receba um feedback a cada ação que fizer e para o professor analisar o processo
de aprendizagem, pode inserir questões durante ou após a exploração do conteúdo em RV.
as
Saiba Mais! Acesse
entares!
referências complem
Recursos de apoio
Ferramentas digitais: celular, filmadora,
gravador, template digital editável
da matriz, mural colaborativo.
Competências gerais da BNCC
1. Conhecimento 2. Pensamento científico, crítico e
Materiais físicos: bloco de notas, lápis ou
criativo 7. Argumentação, 9. Empatia e cooperação.
caneta para apontamento de anotações
Dentre outros de acordo com tema do projeto.
no template da matriz impressa.
Objetivos Tempo
Propiciar o planejamento das etapas de O preenchimento da matriz pode demorar de 1 a 3
projetos escolares ou pessoais desenvolvidos aulas, dependendo da complexidade e do tempo de
pelos estudantes dentro e fora da escola. duração previsto para o desenvolvimento do projeto.
Matriz 5W2H
Estudante(s)
Características Descrição
responsável(is)
WHAT: A partir do tema geral do projeto que o
o que professor apresenta aos estudantes é
será feito? preciso dar um título para o projeto.
Exemplo
A matriz 5W2H pode ser usada pelos estudantes como estratégia para definição de diferentes aspectos
de seu Projeto de Vida. O tema central para o uso da matriz pode ser: definição de curso técnico,
profissionalizante e/ou superior em que o jovem deseja ingressar. A matriz pode ser adotada ao longo
de várias aulas na medida em que cada estudante reflete, pesquisa e começa a delinear as áreas de
interesse, instituições em que gostariam de estudar, a concorrência no vestibular, como custear o curso,
a possibilidade de trabalhar enquanto estuda, dentre outros aspectos existentes na matriz e que podem
ajudar o estudante a levantar informações importantes, desenhar e implementar um plano de ação
voltado ao ingresso, permanência e conclusão do curso escolhido.
Proposta de avaliação
A avaliação do uso da matriz 5W2H deve ser vista dentro de um contexto mais amplo do que foi proposto pelo professor. Se os
estudantes usaram a ferramenta de forma individual para preparar um plano de ação, a avaliação deve verificar a coerência e
clareza das respostas que compõem cada campo da matriz. No caso do uso da matriz em projetos em grupo, é preciso analisar
a qualidade do conteúdo da matriz e contar com a avaliação por pares para verificar o quanto e como cada membro do grupo
contribuiu no desenho do plano de ação constante na matriz. Nos dois casos a autoavaliação também pode ser usada para
levantar reflexões mais profundas sobre o desejo de executar o que foi planejado, possíveis desafios e como superá-los.
Recursos de apoio
Ferramentas digitais: Padlet, Jamboard,
Competências gerais da BNCC Google Docs, Google Apresentações, Canva.
1. Conhecimento; 2. Pensamento científico, crítico
e criativo, 4. Comunicação; 5. Cultura digital. Materiais físicos: sulfite, cartolina, flip-
chart, post it, canetinhas coloridas,
lápis, tesoura, cola, clips, etc.
Objetivos
Proporcionar ferramentas para o gerenciamento
de projetos de maneira autônoma e colaborativa. Tempo
Mínimo 1 a 5 aulas, depende da complexidade
Fomentar a organização de demandas do projeto a ser desenvolvido.
de projetos de maneira visual.
Organização do Grupo Classe
Individual ou em grupos de até 6 estudantes.
Exemplo
Interface interdisciplinar
Os professores de Língua Inglesa e Língua Espanhola reuniram-se para organizar uma apresentação sobre aspectos
culturais de países pouco associados ao Inglês e Espanhol. Para isso, agruparam os estudantes do 1º Ano do Ensino Médio
em quartetos responsáveis pela elaboração de um cartaz virtual e uma apresentação oral sobre um dos países listados
pelos professores. Como forma de planejar o cartaz e distribuir as funções dos integrantes do grupo, os estudantes foram
orientados a elaborar o Canvas do projeto a ser desenvolvido. O Canvas também foi utilizado pelos professores como
parte da composição da nota da apresentação, representando 20% do desempenho dos estudantes ao longo do projeto.
Proposta de avaliação
A avaliação da eficácia do Canvas de Projeto está diretamente associada à finalização do projeto idealizado. Dessa forma,
o professor pode avaliar o produto final a partir dos critérios propostos no Canvas, utilizando rubricas de avaliação
para qualificar o sucesso das etapas descritas incialmente. É possível ainda que o preenchimento e entrega do Canvas
seja incorporado à avaliação quantitativa de um projeto, sendo parte da nota final do trabalho desenvolvido.
as
Saiba Mais! Acesse
entares!
referências complem
e ç o d e conversaento,
Com conhecim
izar o itos e
Breve descrição Como organ do graficamente conce ndizagem
n e
representa o sistematizar a apr em de
om g
relações? C objetivos de aprendiza
Mapa mental é uma estratégia utilizada para representar r
e consolida sequência didática?
conceitos e ideias graficamente. O uso dos mapas mentais
possibilita a organização visual das aprendizagens, podendo uma aula ou
ainda ser utilizada pelos estudantes de maneira autonoma
em suas rotinas de estudo.O mapa mental parte de uma ideia
central, conectando ideias secundárias a partir de palavras ou
frases curtas, tendo como objetivo desenvolver visualmente o
raciocínio sobre determinado assunto. Enquanto estratégia de
ensino, os mapas mentais podem ser utilizados na sistemação
de conceitos, possibilitando a aprendizagem significativa dos
conteúdos trabalhados em aula. Com uma grande variedade de
plataformas digitais para a elaboração dos mapas mentais, essa
ferramenta também pode ser utilizada em contextos de ensino
remoto ou híbrido.
Recursos de apoio
Ferramentas digitais: Plataformas como
Competências gerais da BNCC Miro, Cmap Tools Padlet, MindMeister,
1. Conhecimento; 2. Pensamento científico, Jamboard, Google Apresentações etc.
crítico e criativo, 4. Comunicação; 5.
Cultura digital; 7. Argumentação. Materiais físicos: sulfite, cartolina, flip-chart,
post it, canetinhas coloridas, lápis, canetas.
Objetivos
Proporcionar recursos para a representação
gráfica de ideias e conceitos. Tempo
De 1 a 2 aulas, depende da
Fomentar a consolidação de ideais e complexidade do mapa criado.
conceitos de maneira lógica.
Organização do Grupo Classe
Individual ou em grupos de até 4 estudantes.
Preparação
Os mapas mentais são produzidos mais
facilmente quando os alunos possuem
familiaridade com o tema que será
representado no mapa. Dessa forma, após
Desenvolvimento definir o tema que norteador do mapa mental,
o professor pode disponibilizar materiais
de consulta disponíveis, como textos ou
videoaulas.
1. Escolha do modelo gráfico: Mapas mentais partem de
uma ideia central que se conecta com ideias secundárias,
Essas etapas são podem
como uma árvore com raízes. A hierarquização das ideias é
variar de acordo com o
importante para a organização de um mapa mental com uma
modelo de mapa escolhido.
boa ordenação lógica.
Exemplo
Nas aulas de Língua Inglesa os mapas mentais podem ser utilizados para sistematizar a aprendizagem
sobre o Verbo To be. Após estudarem a estrutura e o uso do Verbo To be na afirmativa, na negativa e na
interrogativa, os alunos são orientados a elaborar um mapa mental tendo como ideia principal o Ver-
bo To be. Em seguida, deveriam conectar os pronomes e verbos com exemplos coerentes aos tempos
estudados. Nesta proposta, os alunos poderiam optar pela organização em árvore, elaborando frases
utilizando a estrutura gramatical adequada e diferenciando por cores os pronomes, verbos e sujeitos,
ou ainda agruparem os diferentes modos (afirmativa, negativa e interrogativa), conectando frases que
exemplificam a aplicação do verbo de maneira linear. Após a elaboração da primeira versão, a professora
verifica a organização, o encadeamento das ideias e o conteúdo conceitual dos cartazes, devolvendo-os
aos alunos para a realização dos ajustes necessários. A versão final dos mapas realizados foi exposta na
sala de aula, servindo como material de consulta e estudo para os alunos.
Interface interdisciplinar
A elaboração de mapa mental foi utilizada como produto final de um projeto interdisciplinar de Filosofia e História.
Os professores propuseram a análise de documentos legais históricos (ex.: Código de Hamurabi, Cilindro de
Ciro, Lei das Doze Tábuas etc.) com o objetivo de distinguir e relacionar ética e moral em diferentes sociedades
da antiguidade. Após estudarem o tema e analisarem as fontes históricas, os alunos discutiram os valores
éticos e morais que podem ser percebidos nos contextos históricos analisados. Os professores organizaram
os estudantes em trios e orientaram a escolha de uma sociedade para a elaboração de um mapa mental
contextualizando os valores analisados a partir dos documentos. A atividade foi elaborada na digital na ferramenta
Padlet e os alunos compartilharam suas produções em um fórum de discussão no Google Classroom.
Proposta de avaliação
A avaliação dos mapas mentais e conceituais deve considerar a organização visual, o encadeamento das ideias de maneira
lógica e a compreensão dos conteúdos abordados no mapa. Um recurso interessante para estudantes não familiarizados
com a elaboração de mapas é a disponibilização dos critérios que serão avaliados como parte das instruções da atividade,
apresentando os aspectos de organização, raciocínio lógico e da aquisição de conteúdos que deverão ser mobilizados no mapa.
as
Saiba Mais! Acesse
entares!
referências complem
o d e c o nversa to
ç n
Come econhecime
izar o r s
Breve descrição Como mobil lações entre conceito
re
da rede de la graficamente de
t á -
Um mapa conceitual é uma representação gráfica utilizada para sistematizar e manifes ica e visual? Como
t a
e organizar os conceitos de determinado tema de estudo. É uma ferramenta forma sinté senvolvimento da met
o d e
que proporciona ao autor, além de produzir sínteses, reconhecer e ampliar facilitar
em?
as relações entre seus conhecimentos, o que possibilita atribuir novos
significados a eles e construir o pensamento sistêmico. Além disso, possibilita
aprendizag
o desenvolvimento da meta-aprendizagem - a capacidade de pensar ativa e
intencionalmente sobre os próprios conhecimentos e aprendizados.
(1-2)
formas de
planejamento apresenta
avaliação dos
da tarefa desafios
mapas
envolvendo
(3-5) deve (6-8) pode
considerar que envolver a
(13) (12)
só ocorre é importante
alunos estão mapas análise
plenamente leitura das para informar o
treinados na produzidos são dos conceitos
quando há proposições aluno sobre a
técnica comparáveis utilizados
(9-11) análise da
sobrecarga contribui para estrutura da rede
cognitiva é a rápida
evitada
elaboração de
feedback
Preparação
Caso seja a primeira vez que os estudantes
terão contato com a ferramenta dos mapas
conceituais, será necessário organizar um
tempo para explicar as regras que o estruturam.
Desenvolvimento Defina se o mapa será produzido individual ou
coletivamente, qual será sua finalidade e como
será sua aplicação. Um mapa conceitual pode
ser utilizado como instrumento de avaliação
A elaboração de um mapa conceitual deve ser orientada diagnóstica e/ou somativa, como ferramenta
por algumas regras e etapas: de síntese dos aprendizados de uma atividade,
de uma sequência didática ou de um projeto.
Também poderá acompanhar um processo
1. Os conceitos referentes ao tema de estudo devem ser pedagógico, sendo alterado, corrigido ou
inseridos em caixas retangulares, o que inclui o conceito atualizado periodicamente pelos estudantes.
que representa o tema do mapa, que deve ser disposto
na parte superior ou no centro da folha e diferenciado
do restante dos conceitos.
Exemplo
Interface interdisciplinar
O mapa conceitual pode ser utilizado como ferramenta de síntese dos conhecimentos construídos em um projeto
interdisciplinar que articule sociologia, espanhol ou inglês. Os estudantes poderão representar as relações (com seus
aspectos comuns e diferenças) entre as três teorias clássicas do campo, formuladas por Émile Durkheim, Max Weber e
Karl Marx, nas línguas espanhola e/ou inglesa. Isso também pode ser feito em parceria com Filosofia, particularmente
no que diz respeito ao campo da Filosofia Política. Neste caso, os estudantes podem selecionar um autor, pensar
como ele interpreta e explica os fenômenos sociais e relacioná-lo com os referidos autores da sociologia.
Proposta de avaliação
Um mapa conceitual pode ser utilizado como instrumento de avaliação diagnóstica, formativa ou somativa,
mas também como ferramenta de síntese sobre determinado tema. Seja qual for a opção do educador, é
necessário avaliar se as relações entre os conceitos estão claras e formando proposições corretas do ponto
de vista conceitual, e se foi elaborado de acordo com as regras que definem o mapa conceitual.
as
Saiba Mais! Acesse
entares!
referências complem
a
m e ç o d e conversão objetiva e
C o uma avaliaç
ar a
Como realiz mo estimular os alunos es e
o õ
Breve descrição imediata? C suas dúvidas, inquietaç lunos uma
m s a
expressare omo proporcionar ao refletir
C
conclusões? liação que lhes permita izagem?
v a d
Artigo do minuto é uma simples e poderosa ferramenta
forma de a
prio processo de apren
ró
sobre seu p
de avaliação que permite que os alunos externalizem suas
questões, dúvidas e conclusões sobre determinado assunto,
ao mesmo tempo em que promove um exercício de reflexão
sobre o desenvolvimento do processo de aprendizagem,
tanto por parte do educador, quanto dos próprios estudantes.
Trata-se de uma pergunta que deve, necessariamente, ser
respondida em um minuto. Essa restrição de tempo cria
uma espécie de desafio que convida e engaja os alunos a
participarem da atividade. Após colher as respostas, escritas
em um minuto, o educador pode corrigi-las e oferecer um
feedback aos estudantes, tendo visibilidade sobre o que
aconteceu em sua aula e proporcionando ao estudante uma
percepção sobre a sua apreensão dos conteúdos abordados.
Antes de começar
O artigo do minuto é, geralmente, utilizado
como uma avaliação diagnóstica, no início de
um processo de ensino, com o objetivo de
levantar questões e conhecimentos prévios
Desenvolvimento acerca de um tema. Pode ser realizado ao final
de uma aula a fim de identificar qual o nível de
apreensão dos conteúdos apresentados.
Em ambos os casos, o educador precisará
1. Organize a atividade: Solicite aos alunos que preparar um roteiro de perguntas que possam
destaquem uma folha para a realização da atividade, ou ser propostas aos estudantes no momento da
mesmo, que abram um arquivo em Google Docs ou em atividade.
ferramentas que utilizam chat, como WhatsApp, Zoom,
A correção dos artigos do minuto auxiliará
Teams, Google Meet e outros para escreverem seu artigo;
o educador na elaboração de um encontro
subsequente, facilitando o planejamento de
2. Apresente a dinâmica: Explique que, após lançada a uma aula em diálogo com as questões ou
questão (ou as questões), os alunos terão exatamente um inquietações levantadas pela turma.
minuto para registrar suas respostas;
O feedback é parte fundamental dessa
proposta, uma vez que estabelece um vínculo
3. Apresente a questão: Apresente a questão (ou as com o que foi apresentado pelos estudantes
questões) que devem guiar a escrita do Artigo do Minuto e e lhes permite refletir sobre o modo como
verifique se há alguma dúvida com relação à formulação da estão aprendendo os conteúdos trabalhados.
questão;
Exemplo
O Artigo do Minuto pode ser utilizado em diversos contextos, um exemplo, é relativo ao componente
de Língua Portuguesa, a análise crítica de obras literárias brasileiras e portuguesas, que por vezes,
podem ser de difícil apreensão, visto os componentes a serem analisados: estrutura da composição,
estilo, aspectos discursivos, contexto de produção textual, as visões de mundo que embasam a obra,
a intertextualidade, inserções em movimentos estéticos e culturais e seus contextos históricos e
geográficos, assim como o modo como elas dialogam com o presente. Ao final das aulas em que os
conceitos acima foram explorados, separe os minutos finais do encontro para a realização do artigo do
minuto. Crie um grupo de WhatsApp com os alunos e solicite, que escrevam, em apenas um minuto, um
exemplo correlacionando uma obra ou trecho literário analisado ao contexto contemporâneo. A partir do
que os alunos escreverem você poderá identificar se há dúvidas, dificuldades e quais os próximos passos
e até possíveis revisões e replanejamentos.
Interface interdisciplinar
O exemplo dado para Língua Portuguesa poderia ser pensado para diversos outros componentes curriculares, por tratar-
se de uma ferramenta que favorece a metacognição e a habilidade de síntese dos estudantes, além de permitir que todos
contribuam de forma igualitária em uma tarefa, devido às condições de participação. Além disso, a técnica contribui para o
desenvolvimento da colaboração, visto que se trata de uma relação interativa entre educadores e estudantes e entre eles. Uma
possibilidade é articular a Língua Portuguesa, Inglesa e Espanhola e conectar ditos populares e seus significados em diferentes
idiomas para verificar a compreensão linguística e semântica dos estudantes em relação aos componentes estudados.
Proposta de avaliação
O artigo do minuto é, em si, uma proposta de avaliação, por meio da qual é possível verificar como os alunos estão apreendendo
os conteúdos trabalhados, bem como, permite que os próprios alunos reflitam sobre seu processo de aprendizagem. Ainda
assim, é importante destacar o papel do feedback nesse processo, pois garante aos alunos que os seus questionamentos,
dúvidas e conclusões estão sendo levados em consideração. Ao perceberem que suas respostas auxiliam o professor no
planejamento das aulas, os alunos tendem a participar de modo mais ativo e engajado no processo de aprendizagem.
a
m e ç o d e conversa atender a
o r
C ortfólios pa
p moo
Como criar pósitos na educação, c e
ro o
Breve descrição diferentes p mento, desenvolviment omo
h a ? C
o acompan ensino/aprendizagem
a
qualidade do rtfólio que permita um ão com
p o a ç
Um Portfólio físico ou digital, representa um conjunto inserir um cooperação e particip nte?
e a
avaliação d ntre professor e estud
organizado de trabalhos produzidos pelos estudantes
ao longo de um período e é um ótimo instrumento para
ã o e
a avaliação, pois representa uma coletânea de trabalhos a interaç
que demonstram o processo de aprendizagem de um
estudante. Através do portfólio, o professor pode conduzir
o estudante a autorreflexão e a autoavaliação de suas
produções e ainda fazer intervenções adequadas. Um
portfólio pode incluir reflexões sobre temas importantes
tratados em sala de aula, estudos de caso, relatórios,
mapas conceituais/mentais, rascunhos, sínteses de
discussões, produções escritas ou gravadas e devem ser a
base para a avaliação contínua e evolutiva do progresso dos
estudantes. Segundo Hernandez (2000, p.166) o portfólio
é “um continente de diferentes tipos de documentos
(anotações pessoais, experiências de aula, trabalhos
pontuais, controles de aprendizagem, conexões com outros
temas fora da escola, representações visuais, etc) que
proporciona evidências do conhecimento que foram sendo
construídos, as estratégias utilizadas para aprender e a
disposição de quem elabora para continuar aprendendo”.
Objetivo Tempo
Promover o desenvolvimento reflexivo dos Mensal, bimestral, trimestral, semestral ou anual.
estudantes sobre seus processos de aprendizagem;
Antes de começar
É preciso tomar cuidado para que a solicitação
de postagens e armazenamentos de trabalhos
e atividades não se transforme num amontoado
de informações desconexas. Um sumário
Desenvolvimento bem elaborado, orientará tanto os estudantes
quanto seus leitores (colegas, professores,
familiares) para os conteúdos do portfólio e suas
respectivas localizações.
Objetivos, competências e habilidades a serem
desenvolvidas e avaliadas: deve-se estabelecer o objetivo
do portfólio por parte do docente e o estabelecimento das
finalidades de aprendizagem por parte de cada estudante.
Exemplo
Interface interdisciplinar
O portfólio pode ser usado também para trabalhos em grupo e com mais de uma disciplina. Hoje em dia, o uso de portfólios digitais
favorece a dinâmica do trabalho interdisciplinar e a mediação dos professores envolvidos com os estudantes. As disciplinas de
Educação Física, Matemática e Física podem propor um trabalho a ser desenvolvido e compartilhado pelo portfólio. O estudo do
Movimento Uniformemente Variado (MRUV) é um conceito da Física e que pode ser estudado também na Matemática quanto à
análise da função horária e o estudo do gráfico. Pode-se propor o uso do GeoGebra para a construção de gráficos e suas postagens
no portfólio, além da solicitação de experimentos e seus respectivos relatórios. A Educação Física pode incentivar os estudantes
a investigar esportes que simulam o MRUV e propor atividades de investigação em conjunto com a Física e a Matemática.
Proposta de avaliação
Recomenda-se que a avaliação seja efetivada em dois momentos: durante o processo de ensino e aprendizagem, no
contexto de sala de aula e ao final do processo, analisando-se o crescimento e o desenvolvimento demonstrados pelos
estudantes nas atividades inseridas no portfólio. Para isso, o professor precisa utilizar rubricas para a avaliação.
a
m e ç o d e converse as práticas
o s
C ar os sabere ?
Breve descrição Como valoriz construção das aulas alunos
a s
dos alunos n r os conhecimentos do mo
a C o
A Mentoria Reversa é uma estratégia oriunda do mundo Como legitim ecimentos com eles? no
h
corporativo em que um profissional mais jovem assume o papel e trocar con olaboração e a empatia
c
de mentor de funcionários com mais tempo na empresa. Jack promover a nsino-aprendizagem?
e
Welch, ex-presidente da GE (General Electric), foi o primeiro a
propor esse tipo de mentoria, ao incentivar que funcionários da
processo de
nova geração — mais conectados com as inovações tecnológicas
— compartilhassem seus conhecimentos com líderes de nível
sênior. Como pensar a mentoria reversa no contexto escolar e
por que ela é importante? Inicialmente, é preciso sublinharmos
qual a função de um mentor: em seu sentido habitual, o mentor
é aquele que, devido à sua experiência acumulada em anos de
estudo e trabalho, ensina outra pessoa práticas nas quais ele
já se tornou especialista. No caso da mentoria reversa, há uma
inversão: o mentor passa a ser a pessoa mais jovem, em muitos
casos ainda inexperiente no universo de seu orientando, mas
conhecedora de aspectos mais atuais, principalmente ligados ao
universo da tecnologia. Na educação, essa prática tende a ser
muito produtiva pois a inversão de posições, coloca os alunos
na posição de mentores, desafiando-os a assumir uma tarefa
que exigirá resiliência, empatia e capacidade de diálogo. Ao se
tornar mentor de alguém mais experiente (no caso o professor
ou um familiar) ou mesmo de um par (um colega da turma), os
mais jovens se confrontam com as dificuldades de capacitar
alguém e precisam desenvolver habilidades de comunicação e
cooperação para ensinar e compartilhar seus conhecimentos
sobre determinado assunto. Por meio da mentoria reversa, o
aprendizado se horizontaliza e se intensificam as trocas entre
todos os envolvidos no processo de aprendizagem.
Antes de começar
Uma proposta de mentoria reversa envolve
a proposição de uma inversão dos papéis
habituais em uma sala de aula. Os alunos
passam a conduzir orientações sobre temas
Desenvolvimento específicos. Essa mentoria tanto pode
ser realizada entre pessoas de diferentes
gerações (aluno-professor/aluno-familiar),
como entre os próprios colegas de turma.
A estratégia da mentoria reversa não é um simples bate Antes de propor esse tipo de trabalho, é
papo entre duas pessoas. Antes, trata-se de um processo importante selecionar qual a modalidade de
de orientação e aprendizagem, com requisitos básicos para relação você pretende estabelecer.
que possa funcionar. Quando acontece de modo efetivo, a Após essa escolha é importante preparar
mentoria reversa aumenta o senso de colaboração entre uma espécie de guia de orientações, que
os alunos, gera maior interesse e curiosidade, amplia e possa servir de base para que os alunos
diversifica os temas, visões de mundo e opiniões, além de assumam suas responsabilidades como
integrar os alunos e engajá-los nas atividades escolares. O mentores/tutores. Também é importante ter
realizado uma avaliação diagnóstica que lhe
protagonismo assumido em situações de mentoria reversa,
permita saber quais as potencialidades de
também permite que os alunos se sintam valorizados e cada aluno, bem como quais suas áreas de
legitimem seus conhecimentos conquistados dentro e fora interesse, a fim de identificar quais poderão
do ambiente escolar. Para tanto, é importante seguir as ser as suas ações de mentoria.
seguintes etapas no desenvolvimento desse processo:
Exemplo
As aulas de Física envolvem conhecimentos tão específicos quanto diversificados. Ao longo de seus
estudos, os alunos precisam se dedicar a entender questões conceituais, mas também a realizar cálculo,
compreender fenômenos, dentre outros conhecimentos. Diante de tão vasto e complexo conteúdo, é
comum que alguns alunos apresentem maior dificuldade neste ou naquele aspecto do conteúdo, bem
como, também é esperado que alguns alunos apresentem maior facilidade em outros aspectos. Assim,
ao longo do ano, é possível organizar situações de mentoria reversa entre os alunos, atribuindo o papel
de mentor àquele que, eventualmente, tenha maior facilidade com um aspecto dos temas tratados e que,
posteriormente, poderá ser orientado em outro conteúdo.
Interface interdisciplinar
A Mentoria Reversa pode ser adaptada ao componente de Projeto de Vida, no qual os estudantes do Ensino Médio podem
orientar colegas dos Anos Finais no processo de transição para o novo segmento de ensino, assim como na escolha dos percursos
formativos que irão cursar e na apresentação do componente Projeto de Vida aos colegas. Os educadores podem supervisionar
o trabalho, que serviria como um eixo de colaboração, compartilhamento e aproximação entre diferentes estudantes.
Proposta de avaliação
O processo de mentoria reversa não apenas auxilia o aluno que está recebendo a mentoria, como também, faz com que o
aluno mentor se sinta valorizado e seja responsável por compartilhar seus saberes. Essa tarefa impõe uma série de desafios e
demanda um constante processo de avaliação. Assim, o professor pode propor duas formas de avaliação: uma contínua e uma
final. Na avaliação contínua, a dupla de alunos envolvida na mentoria reversa deve separar um tempo de sua atividade para
registrar e oferecer feedbacks ao parceiro: o mentor, avaliando a evolução de seu orientando e este, por sua vez, avaliando a
orientação de seu mentor. Já ao final do processo, é importante conversar com toda a turma sobre as descobertas e desafios
da mentoria reversa. Para tanto, solicite que os alunos revisitem seus registros do processo e sugira uma dinâmica de avaliação
a partir da estratégia do artigo do minuto. Compartilhe as respostas com toda a turma e promova um debate coletivo.
as
Saiba Mais! Acesse
entares!
referências complem
e ç o d e conversades pedagógicas
m da
Co s potenciali
a ural m
Breve descrição Quais seriam virtual? Como criar um cessado,
al r a
de um mur borativo que pode se
la )
No ensino presencial, os murais sempre foram usados para versátil e co compartilhado pelo(as numa
e e ja
as apresentações de trabalhos em grupo e ficavam restritos construído qualquer momento, s forma
a e
na sala de aula ou em outro local para ser exposto na estudantes ou assíncrona? De qu l social
o n a a pe
aula síncr tuais assumem um p ão
escola. O surgimento dos murais virtuais e a versatilidade
de recursos disponíveis como: vídeos, imagens, áudios, ir ç
textos, hiperlinks, gifs, apresentações e outros tipos os murais v autonomia e organiza
d o a ú d o?
de arquivos, possibilitou o engajamento e a criatividade promoven eração com o conte
t
nos estudantes. Com o ensino remoto, o uso dos murais
virtuais foi potencializado e o Padlet é um programa que
diante da in
proporciona experiências de aprendizagem para a aula
à distância e presencial. Com ele é possível criar murais,
painéis, quadros, documentos e páginas online para a
organização de ideias e conteúdos. A ferramenta é intuitiva,
gratuita (criação de três murais por vez) e permite que
os estudantes expressem seus pensamentos sobre um
tema comum, de qualquer dispositivo que tenha internet.
Existem vários layouts, que são modelos de organização do
mural. Veja na imagem ao lado, algumas opções:
Tempo
Objetivos Dependerá da proposta de atividade.
Promover uma aprendizagem mais dinâmica,
colaborativa e significativa, num ambiente de múltiplas
linguagens e essenciais para a educação contemporânea.
Exemplo
Proposta de avaliação
Um mural colaborativo pode ser utilizado em qualquer disciplina ou numa sequência didática interdisciplinar, que articule
por exemplo, Língua Portuguesa, Arte, Biologia, Química e Matemática. No exemplo apresentado, os grupos podem fazer
um relatório e uma apresentação oral da nova embalagem, mostrando o processo de construção e os aspectos que
tornam a embalagem mais prática e econômica para o consumidor. Os estudantes usariam os conteúdos da Matemática
para justificar o benefício dessa nova embalagem e a Língua Portuguesa, na escrita do relatório e no preparo das
apresentações. A disciplina de Arte entraria na elaboração e apresentação do design da nova embalagem, com o apoio
da plataforma Canva. Em Química, pode-se explorar os compostos orgânicos ou na Biologia, o consumo saudável do
produto e a importância de se pensar no meio ambiente, dentre outros. No mural colaborativo, imagens, vídeos das
apresentações das embalagens, textos e áudios podem ser usados como estratégia de apresentação. Além disso, todos
os participantes e convidados podem comentar os trabalhos apresentados e para os professores, um facilitador no
processo de avaliação.definidos pela assembleia anterior. O mesmo pode ser feito ao discutir conflitos reincidentes.
Proposta de avaliação
O mural colaborativo facilita a avaliação do professor, pois ele tem uma visão de todo o processo e controle das
postagens dos estudantes. Além do professor dar feedback nas postagens dos trabalhos, ele pode propor para
que os estudantes façam comentários e avaliem os trabalhos de outros grupos. É importante sugerir comentários
construtivos, com sugestões de melhoria e escolher as postagens que não tiveram comentários.
e ç o d e conversa ambientes
m
interação e
Co m m
ver ru
Como promo rendizagem? Como cria sem
Breve descrição
ap es
virtuais de ue os estudantes expr obre
q s
O fórum de discussão é um espaço de diálogo entre discentes espaço para conhecimentos prévios
s e
e docentes presente nos mais diversos ambientes virtuais de
suas ideia suntos e conteúdos?
s
diferentes a
aprendizagem (AVA). Consiste num rico espaço de interação,
onde estudantes podem contribuir com ideias, experiências e
pesquisas sobre os mais diferentes assuntos e conteúdos a partir
de perguntas ou reflexões direcionadas pelo professor. O fórum
de discussão também pode ser utilizado como um espaço em
que os estudantes compartilham dúvidas sobre os conteúdos,
podendo ser auxiliados por seus pares ou pelo docente, ou
até como um espaço de avaliação de suas produções sobre
determinado conteúdo.
Tempo
Os fóruns podem ser utilizados de maneira
pontual, sendo uma atividade de aula ou tarefa,
Objetivos ou podem ser uma ferramenta de uso cotidiano,
Fomentar a interação entre estudantes em em que professores e estudantes utilizam os
ambientes virtuais de aprendizagem (AVA). fóruns como um ambiente de interação.
Exemplo
Neste exemplo uma professora de História do 1º ano do Ensino Médio utiliza o fórum de discussão do
Google Classroom ao longo de uma sequência didática sobre o Império Muçulmano. Com o objetivo
de mobilizar os conhecimentos prévios dos estudantes sobre a cultura muçulmana, a professora cria
um fórum com as perguntas “Quais são os seus conhecimentos sobre a cultura muçulmana? Você já
percebeu a presença e influência desta cultura em seu dia a dia?”, orientando os alunos a responderem
ao fórum como tarefa de casa na primeira aula da sequência. Após desenvolver o conteúdo em aula,
a professora solicita que os alunos realizem uma nova publicação no fórum, dessa vez respondendo
comentários dos colegas com informações aprendidas nas aulas e com imagens pesquisadas na
internet que apresentem traços da cultura islâmica em diferentes partes do mundo. Para a segunda
publicação, os estudantes tiveram uma semana para efetivarem a participação no fórum, possibilitando
a consolidação das aprendizagens e a realização das pesquisas em tempo hábil.
Interface interdisciplinar
O exemplo dado para o componente de História poderia ser pensado no formato de um trabalho interdisciplinar
que integrasse as Artes na confecção de releituras das imagens pesquisadas e publicadas pelos estudantes no
fórum de História. Para isso, o professor de Artes utilizaria a participação no fórum como forma de aprofundar os
estudos sobre o uso das cores e da apreensão dos significados e significantes das cores nas artes visuais.
Proposta de avaliação
Para avaliar a participação dos estudantes em fóruns de discussão é importante que o professor proponha
perguntas que articulem os conteúdos desenvolvidos em aula, seja através de perguntas que demandem o
pensamento crítico dos estudantes, seja por meio de publicações em que os estudantes exponham os conteúdos
e conceitos de um tema determinado. O professor ainda pode utilizar o fórum de discussão para avaliar
competências socioemocionais como o trabalho colaborativo, avaliando a interação entre estudantes.
as
Saiba Mais! Acesse
entares!
referências complem
e ç o d e conversaompartilharem
Com alunos a c
ular os neira
Como estim e conhecimentos de ma sentações
s re
Breve descrição seus estudo Como dinamizar as ap s mais
a
engajadora? dos alunos, tornando-
io s
e seminár lógicas e visuais?
ia
O Seminário Pecha Kucha é um método eficaz e objetivo de
compartilhar estudos, pesquisas, interesses e conhecimentos.
objetivas, d
Surgiu no Japão, por iniciativa de dois arquitetos expatriados
que tinham interesse em compartilhar com outros profissionais
sua paixão pela arquitetura. No entanto, algo os incomodava: a
dificuldade em assistirem a apresentações objetivas. Foi assim que,
inspirados na expressão bate-papo ou Pecha Kucha em japonês,
criaram o método.
Tempo
Objetivos De 3 a 4 aulas a depender do número
Dinamizar o processo de aprendizagem por meio de
de alunos por turma.
recursos de apresentação e compartilhamento de ideias;
Antes de começar
Ao propor a realização de um Seminário
Pecha Kucha será importante, primeiramente,
apresentar aos alunos essa metodologia. Há
uma série de vídeos disponíveis no YouTube
Desenvolvimento que foram construídos nesse formato, em
diversas áreas do conhecimento.
Outra preparação importante antes de propor
o seminário, é, se necessário, realizar a
A metodologia Pecha Kucha tem se difundido por todo o mundo,
reserva de uma sala de informática em que os
nos mais diversos contextos, inclusive, nos espaços educacionais. estudantes possam trabalhar na elaboração
O fato de operar com uma restrição de tempo, apresenta-se como de seus slides, bem como, garantir que os
um desafio a ser superado e inspira a criatividade dos alunos. equipamentos para as apresentações estejam
disponíveis. Em aulas híbridas ou remotas,
1. Organize a atividade: Após apresentar a metodologia Pecha os estudantes podem preparar e apresentar
Kucha e compartilhar alguns exemplos com os estudantes, seus slides de forma remota.
organize a turma em grupos de, no máximo, 5 integrantes e
oriente o início da elaboração do seminário.
Exemplo
Grande parte dos conteúdos relacionados à Biologia possuem nomes complexos, mas também, uma
profunda relação com nosso cotidiano: nosso dia a dia é regido pelos processos orgânicos de nossos
corpos e de todo o planeta. Nesse sentido, há inúmeros temas engajadores que podem produzir
histórias envolventes e interessantes para um seminário Pecha Kucha, por exemplo, a temática
de fisiologia humana com o conteúdo de sistema cardiorrespiratório. Escolha um tema a partir do
conteúdo que será estudado ao longo de um bimestre e proponha o Seminário como uma atividade
de aula invertida: ou seja, antes da apresentação da matéria pelo educador, os próprios estudantes
pesquisam e estudam sobre o tema, criando apresentações que poderão conquistar a turma.
Interface interdisciplinar
O seminário Pecha Kucha é uma metodologia que possibilita o trabalho interdisciplinar em sua radicalidade. A
exemplo dos eventos Pecha Kucha que acontecem pelo mundo, os educadores de um mesmo segmento de ensino
podem organizar um festival em que os temas das diferentes componentes curriculares se integrem. Além disso,
os educadores da área de Artes podem contribuir de maneira significativa, exercitando habilidades tanto das Artes
Visuais (leitura de imagens, design gráfico, comunicação visual) como do Teatro (contação de histórias, oralidade).
Proposta de avaliação
No exemplo aqui citado, em que o Seminário Pecha Kucha é utilizado como uma possibilidade de aula
invertida, a avaliação pode ser realizada pelo próprio educador, em seguida à apresentação. Nesse
sentido, o educador poderá, em conjunto com a turma, convidar os estudantes a refletirem sobre o que
apresentaram, sobre suas fontes de estudo e apontar caminhos para a sequência das aulas.
Além disso, em outros casos e propostas do Seminário Pecha Kucha, a avaliação por pares pode ser um ótimo modo de
engajar os alunos no momento de partilha dos trabalhos. Elabore um formulário com perguntas acerca da clareza de ideias
apresentadas, objetividade, escolha das imagens, narrativa e cumprimento do tempo. Enquanto um grupo se apresenta, outro
grupo pode ficar responsável por preencher o formulário, comentando cada um dos critérios elencados pelo educador.
as
Saiba Mais! Acesse
entares!
referências complem
e ç o d e conversas de concisão,
m e
Co er habilidad
volv a
ça n
Como desen e estimular a seguran entivar
Breve descrição e c
assertividad e um discurso? Como in
d s
elaboração reendedora e iniciar o tivo?
p ra
O Discurso de Elevador é uma estratégia própria ao mundo a atitude em ticas do mundo corpo isão,
r á c
dos negócios que tem, cada vez mais, sido utilizada em
jovens em p lver habilidades de con na
outros universos, dentre eles no campo da educação. Como vo ça
o próprio nome diz, trata-se de um discurso a ser realizado Como desen e estimular a seguran entivar a
de c
como se os interlocutores estivessem em um elevador assertivida e um discurso? Como in vens em
d jo
e, portanto, restrito ao curto tempo de deslocamento elaboração eendedora e iniciar os
p r
atitude em undo corporativo?
entre os andares. Desse modo, a apresentação precisa
ser assertiva, objetiva e rápida, como se o orador tivesse m
encontrado um possível investidor dentro do elevador e só práticas do
tivesse esse tempo para vender seu projeto. A expressão
em inglês, Elevator Pitch, também faz alusão a uma outra
ideia: a de “arremesso” – tradução da palavra Pitch” – em
que o apresentador precisa escolher as palavras certas para
“arremessar” uma ideia e assim, despertar o interesse de
seu ouvinte antes que o elevador chegue ao seu destino.
Dentro da escola, a estratégia do discurso de elevador
estimula a criatividade, a assertividade e fomenta uma
atitude empreendedora, já que o objetivo do discurso é
oferecer uma solução para algum problema do mundo real.
Tempo
Objetivo De 2 a 3 aulas a depender do número
Estimular a atitude empreendedora, a partir de alunos por turma.
da elaboração de soluções criativas;
Organização do Grupo Classe
Fomentar a comunicação de ideias Atividade a ser realizada de maneira
de forma eficiente e sucinta. individual, em duplas ou trios.
Antes de começar
A técnica do Discurso de Elevador envolve
o desafio de apresentar uma ideia em um
curto espaço de tempo, mas não se trata de
Desenvolvimento qualquer ideia. Esse recurso surge no mundo
corporativo como uma forma de apresentar
uma solução empreendedora para problemas
do mundo real, potencializando possibilidades
O Discurso de Elevador não precisa, necessariamente, de uma de negócios.
estrutura fixa, pois a apresentação das ideias demanda flexibilidade
Para preparar a atividade, selecione temas
e deve ser adequada ao apresentador dessa ideia. Ainda assim, é
dentro de seu conteúdo que necessitem de
importante que alguns aspectos possam estar presentes: soluções criativas e apresente problemas
do mundo real para os quais os estudantes
O problema: para que uma solução seja significativa, ela precisa poderão criar suas soluções.
estar relacionada a algum problema palpável, que deve ser
apresentado a fim de mostrar a relevância da ideia; Além disso, estabeleça critérios objetivos de
avaliação da atividade. Esses critérios servirão
de guia para a própria elaboração do discurso.
A solução: um dos focos do discurso de elevador é, justamente,
apresentar uma ideia que solucione o problema apresentado,
sendo assim, esse é o centro do discurso;
3. Desenvolvendo o discurso: Nesta etapa do trabalho, peça aos estudantes que trabalhem
individualmente, em duplas ou trios, elaborando os seus discursos. Lembre-os que há uma
restrição de tempo, de 3 a 5 minutos, e que a estrutura apresentada acima pode ser uma
guia para essa elaboração;
5. Avaliação: Reserve um tempo ao final da aula para uma avaliação coletiva das
apresentações e do processo de construção dos discursos. Para tanto, é importante
certificar-se de que os critérios tenham ficado explícitos aos estudantes.
Exemplo
A produção de textos orais é uma das habilidades específicas em Língua Portuguesa para o Ensino Médio, sendo assim, a
elaboração do Discurso de Elevador, além de abordar problemas do mundo real, pode ser uma atividade metacognitiva,
na qual os alunos reflitam sobre a própria elaboração do discurso, suas capacidades argumentativas, organização das
ideias e formas de apresentação. Além disso, é possível construir um paralelo às habilidades de autoconhecimento,
considerando as condições de produção do texto, no que diz respeito ao lugar social a ser assumido e à imagem que
se pretende passar a respeito de si mesmo e aos elementos relacionados à fala, como a modulação de voz, entonação,
ritmo, altura, assim como a postura corporal, movimentos e gestualidade, expressão facial e contato de olho com
os interlocutores. As temáticas relacionadas ao campo da vida pessoal, tal como apresentar-se a partir de textos
multimodais é uma oportunidade para a utilização do Discurso de Elevador, considerando a necessidade de expor-se de
diferentes maneiras, a partir das situações e contextos para a argumentação da solução proposta no discurso.
Interface interdisciplinar
Uma possibilidade de interface interdisciplinar é o componente curricular de Geografia e Língua Portuguesa. Um dos
temas caros à Geografia é a interferência humana no espaço natural e as consequências dessa interferência, tal como
as enchentes, queimadas e desmatamentos. Nesse sentido, os problemas do mundo real são bastante tangíveis e
potencializam a atividade de elaboração de um discurso que apresente soluções concretas. Os alunos podem apresentar
ideias inovadoras para esses problemas, posto isso, é importante que sejam estimulados a pensar “fora da caixa”:
eles poderiam oferecer uma solução tecnológica? Criar um aplicativo para monitorar o fluxo das chuvas ou do lixo nas
ruas? Ou ainda, um sistema de participação popular para combater o desmatamento? Incentive os alunos a pensarem
de forma empreendedora e construírem uma solução que poderia ser financiada por potencial investidor.
Proposta de avaliação
Por se tratar de uma proposta que envolve um a apresentação de uma ideia a alguém, é interessante poder contar com
mais de um olhar para a forma como os discursos foram apresentados. Nesse sentido, sugerimos que a avaliação seja feita
de forma coletiva, ao final das apresentações, destacando aspectos de cada discurso a partir dos seguintes critérios:
O conteúdo do discurso: é possível perceber que o aluno relacionou os temas estudados
com a sua proposta? Houve uma pesquisa prévia ao discurso?
A forma do discurso: a apresentação foi objetiva? As ideias ficaram claras e foram
compreensíveis? O discurso foi realizado dentro do tempo proposto?
Criatividade: a solução proposta foi criativa e inovadora?
Efetividade da ideia: a ideia apresentada se relacionou de modo efetivo com o problema
que ela pretendia solucionar? O propósito da solução é claro e efetivo?
Para que o debate coletivo seja mais efetivo, sugerimos que, antes das apresentações, você, educador, distribua um
formulário aos alunos com esses 4 critérios. Assim, durante as apresentações, todos poderão realizar anotações
acerca da apresentação de cada aluno, trazendo comentários mais palpáveis no momento da avaliação.
Objetivos Tempo
Proporcionar aos estudantes uma Mínimo de 2 aula de 50 minutos, a depender do
experiência comunicativa a partir do número de alunos que irão fazer a palestra tipo TED.
compartilhamento de ideias e conteúdos;
Exemplo
A Palestra TED pode ser uma oportunidade para o exercício de um idioma estrangeiro. Os estudantes
podem falar sobre aspectos da língua e/ou da literatura ao mesmo tempo em que desenvolvem
a pronúncia e o vocabulário. Por tratar-se de um idioma estrangeiro que, eventualmente, pode
representar barreiras comunicativas aos estudantes, limite o tempo da palestra a 5 minutos. Ao final
de cada apresentação, é possível elaborar um feedback identificando o que deu certo e aspectos a
serem aperfeiçoados (erros conceituais e linguísticos) a fim de orientar os estudantes no processo de
aprendizagem da língua.
Interface interdisciplinar
A estratégia de palestra TED pode ser adotada na perspectiva interdisciplinar sobre o tema “construção de identidade”
articulando disciplinas como Língua Portuguesa, Sociologia e Projeto de Vida. Cada jovem pode escrever um texto
onde indicam aspectos de sua história (momentos felizes e desafiadores), pessoas e aspectos da cultura local vivem
que foram fundamentais na construção de sua identidade. Depois devem criar uma palestra tipo TED e produzir slides
onde ilustram os elementos mapeados no texto. A apresentação das palestras tipo TED devem ajudar os jovens a se
conhecerem melhor e também a conhecerem um pouco da história de vida e características de seus colegas.
Proposta de avaliação
A avaliação pode ser feita a partir de uma autoavaliação e uma avaliação entre pares a partir rubricas, de
forma que os estudantes observem os pontos de melhoria das apresentações, assim como os pontos
fortes e o progresso realizado durante o processo de elaboração e apresentação das palestras.
as
Saiba Mais! Acesse
entares!
referências complem
Antes de começar
É importante incentivar o estudo prévio e a
preparação para a dinâmica.
É Fishbowl pode ser aplicado para grupos de
Desenvolvimento diversos tamanhos.
Pode ser realizado virtualmente, dependendo
da realidade ou necessidade de cada escola.
É recomendado usar para o ambiente virtual
1. Organização do trabalho: Elaborar perguntas uma ferramenta de videoconferência como o
relevantes e do interesse do grupo e deixar visível para Google Meet, por exemplo. Os estudantes que
todos. Preparar o ambiente dispondo 5 cadeiras no centro participam da discussão ficam com as câmeras
com 1 delas vazia. Se a disciplina for da área de Exatas, é ligadas e os demais, usam a ferramenta
aconselhável ter uma lousa disponível para cálculos e outros “levantar a mão” para poder participar da
registros relevantes. Deixar claro aos estudantes que no discussão, conforme as regras descritas nas
etapas a seguir.
Fishbowl, o poder da fala estará com os integrantes dentro
do aquário e o poder da escuta estará com os integrantes
do lado de fora do aquário. A figura ao lado é uma sugestão As etapas são importantes,
de organização do grupo, mas dependendo do número de mas podem ser adaptadas,
estudantes, a dinâmica pode ser organizada com apenas conforme a proposta ou a
dois círculos concêntricos. Fonte da imagem: Wikipédia. disciplina envolvida.
Exemplo
Nas aulas de Matemática, o Fishbowl pode ser utilizado para promover a discussão de situações-
problema, em sua maioria contextualizadas. O professor além de lançar o problema, faz uma série
de perguntas que contribuirá para as discussões e tornará o aprendizado mais significativo. É
sugestivo, propor um problema que envolva mais de um conteúdo da Matemática e que estejam
correlacionados. Por exemplo, um problema sobre progressão geométrica, juros compostos ou
função exponencial, de preferência que tenha relação com dados reais e não fictícios. Além disso, é
possível o resgate de conteúdos prévios como propriedades de potências, porcentagens, gráficos
etc. Veja algumas sugestões de situações problemas com objetivos e sugestões de perguntas aos
estudantes, segundo Arruda (2013), pág.60-82.
Interface interdisciplinar
O exemplo dado para o componente de Matemática poderia ser pensado no formato de um trabalho
interdisciplinar que integrasse as disciplinas de Biologia, Geografia e Química, visto que os conteúdos sugeridos
no exemplo, têm conexões com essas disciplinas e a Matemática Financeira. Por exemplo, problemas que
mostrassem crescimentos com características exponenciais em populações, animais, plantas e até rendimentos
financeiros. Problemas investigativos para reconhecer padrões algébricos e geométricos nos fractais e relacioná-
los com padrões da natureza, como os litorais, montanhas, plantas etc. Além disso, relacionar progressão
geométrica e função exponencial no efeito de um medicamento ou decaimento radioativo no organismo.
Proposta de avaliação
O professor pode pedir a entrega individual dos registros realizados na dinâmica e um questionário
com questões objetivas para os estudantes avaliarem a sua satisfação em participar da atividade e
uma questão fechada para relatar as ideias construídas a partir da sessão de Fishbowl.
as
Saiba Mais! Acesse
entares!
referências complem
e ç o d e conversarendizagem
Com tivos de ap os estudantes
Comoavaliar obje nir
ess ua lm en te? Como mu as para o
Breve descrição proc
a m en ta s metacognitiv gem?
de ferr ndiza
m p a nh a m ento da apre
aco
Os Resultados de aprendizagem consistem em uma
metodologia de avaliação e acompanhamento processual
da aprendizagem dos estudantes a partir de objetivos de
aprendizagem determinados para análise do desempenho
em conteúdos conceituais estruturantes ou para avaliação de
competências socioemocionais ao longo de uma sequência didática
ou de um bimestre. O ponto de partida desta metodologia é a
definição de um ou mais objetivos de aprendizagens verificáveis
a partir de diferentes atividades, como exercícios dissertativos,
questões objetivas, produções textuais entre outros. Estas
atividades são avaliadas sob um mesmo critério (conceitos ou
notas) ao longo do período determinado professor, que comunica
os resultados de aprendizagem aos estudantes, possibilitando
que os estudantes se envolvam em um processo metacognitivo
e desenvolvam autonomia no processo avaliativo, podendo
identificar os objetivos de aprendizagem que não foram alcançados,
antecipando possíveis dificuldades que normalmente seriam
diagnosticadas após a realização de provas.
Recursos de apoio
Competências gerais da BNCC Recursos digitais: Planilhas Google, Excel.
1.Conhecimento; 2. Pensamento científico, Recursos físicos: Atividade e materiais pedagógicos
crítico e criativo, 4. Comunicação; 7. relativos aos objetivos que serão avaliados.
Argumentação; 9. Empatia e cooperação.
Tempo
Objetivos Uma sequência didática (de 3 a 6
Avaliar processualmente objetivos de aprendizagem. aulas) ou ao longo do bimestre.
Preparação
A chave para a implementação dos resultados
de aprendizagem consiste no planejamento
prévio dos objetivos de aprendizagem a serem
avaliados processualmente. Ao determinar
Desenvolvimento os objetivos que serão acompanhados e a
duração do processo avaliativo, a escolha e
produção de atividades de aula será guiada
pelos dados que estas atividades oferecerão
Definição dos objetivos de aprendizagens: Ao planejar a para os professores e para os estudantes.
sequência didática, eleja um ou mais objetivos estruturantes
que serão trabalhados durante um conjunto de aulas.
Determine também a quantidade de aulas que mobilizarão
Essas etapas são desejáveis,
os objetivos definidos.
embora não obrigatórias para
a avaliação dos resultados de
Comunicação dos objetivos definidos aos estudantes:
aprendizagem.
Ao iniciar a sequência didática, comunique aos estudantes
os objetivos de aprendizagem e os critérios de avaliação que
serão utilizados. Ao longo das aulas, retome estes objetivos e
critérios sempre que os estudantes forem realizar atividades.
Exemplo
Nas aulas de Língua Inglesa os resultados de aprendizagem podem ser utilizados para acompanhar
o uso e compreensão do Simple Past. Para isso, a professora define como objetivo de aprendizagem
“elaborar sentenças interrogativas e negativas em passado simples utilizando o verbo did”,
comunicando aos estudantes que esse objetivo será trabalhado em atividades orais, auditivas e em
produções textuais ao longo de 6 aulas. Para a avaliação dos resultados de aprendizagem, a professora
opta pela avaliação conceitual em três critérios: alcançado, em processo e não alcançado, tabulando
os dados com o apoio do Google Planilhas. A cada duas aulas, a professora orienta os estudantes que
foram avaliados com o critério “não alcançado” a revisarem o conteúdo e retomarem os exercícios
disponibilizados pela professora, possibilitando assim a identificação das dificuldades e a autonomia no
processo de aprendizagem. Ao final das 6 aulas, a professora propõe a elaboração de um breve conto
utilizando o tempo verbal estudado.
Interface interdisciplinar
Ao notar a intercorrência de conflitos e da comunicação violenta entre os estudantes, o professor de Educação Física se
juntou ao professor de Projeto de Vida para desenvolver um projeto sobre comunicação não-violenta com os estudantes
do 2º ano do Ensino Médio. Durante um bimestre, os estudantes trabalharam estratégias de comunicação não-violenta,
sendo observados pelos professores em diferentes situações (conversas informais, jogos, debates, situações problema,
entre outros) e avaliados quanto ao uso das estratégias desenvolvidas. Os professores utilizaram as cores verde, amarela
e vermelha para indicar em uma tabela se o aluno se comunicou utilizando os recursos da comunicação não-violenta.
Proposta de avaliação
O uso dos resultados de aprendizagem configura-se enquanto sistema avaliativo. Ao definir os objetivos de
aprendizagem avaliados, o professor precisa determinar os pesos das atividades realizadas ao longo do processo,
podendo optar ainda pela realização de uma avaliação final com maior ou menor peso que as atividades.
as
Saiba Mais! Acesse
entares!
referências complem
a
Breve descrição
m e ç o d e converso conteúdo e fazer
ideias sobre
C o nos?
r alu
Como coleta ecimentos prévios dos dos
h a
uso dos con ar a participação ativ ? Como
A chuva de ideias (brainstorming) é uma estratégia
utilizada em contextos em que a criatividade e autonomia são tiv d a
fundamentais. Em sala de aula, o uso dessa estratégia auxilia Como incen neira simples e engaja truir
a s
na coleta de dados sobre conceitos e conteúdos partindo dos alunos de m stões simples para con
u e
conhecimentos prévios dos estudantes, descentralizando a
partir de q significativa?
m
aprendizage
figura do professor e permitindo que os discentes construam
o conhecimento de maneira ativa e participativa. Conforme
apontado por Domenico et al (2020), a chuva de ideias também
pode ser utilizada para sistematização do tema estudado,
direcionando o entendimento dos estudantes a partir da
identificação dos conceitos relacionados à temática. A aplicação
da chuva de ideias consiste na definição de uma pergunta ou
temática central associada ao objetivo de aprendizagem a ser
desenvolvido em uma aula ou sequência didática. Em seguida,
os estudantes contribuem expondo suas ideias e pensamentos
sobre a pergunta ou tema, que são registrados pelo professor
no quadro. Enquanto ferramenta de coleta de dados, o uso da
chuva de ideias pressupõe a participação dos estudantes de
maneira dinâmica, permitindo o acolhimento e a escuta de todas
as ideias e opiniões, criando um ambiente de colaboração que
permita a participação de todos.
Tempo
Objetivos Em média possui a duração de 20 minutos,
Coletar ideias, opiniões e impressões dos fazendo parte de atividades disparadoras
estudantes sobre assuntos e conteúdos. ou sistematizações de conteúdo.
Antes de começar
O uso da chuva de ideias enquanto estratégia
de ensino deve estar alinhada com os
objetivos de aprendizagem previamente
definidos. Partindo destes objetivos, o
Desenvolvimento professor deve criar perguntas ou temas que
possibilitem a problematização do conteúdo a
ser desenvolvido.
Após a definição dos objetivos de
1. Selecione o objetivo de aprendizagem: Tendo em vista
aprendizagem e da pergunta ou tema
o objetivo pedagógico a ser trabalhado, defina se a chuva disparador, o professor deve avaliar o
de ideias será utilizada como um ponto de partida para o momento da aula em que a chuva de ideias
desenvolvimento de um novo conteúdo ou como um meio ocorrerá, adequando a aplicação da estratégia
de sistematização dos conceitos desenvolvidos previamente. para garantir o engajamento e a participação
A chuva de ideias também pode ser adotada em diversas dos estudantes na atividade.
metodologias, como Design Thinking, Aprendizagem Baseada
em Problemas etc. As etapas a seguir são
sugestões, podendo ser
2. Defina a pergunta ou tema disparador: Elabore adaptadas de acordo
uma pergunta ou tema que instigue os alunos a refletirem com o conteúdo .
e opinarem sobre o assunto, permitindo a articulação
de conhecimentos prévios para a problematização do
tema trabalhado. Em grupos pouco participativos, é
interessante que o professor prepare perguntas secundárias
relacionadas.
Exemplo
Ao trabalhar com as relações de sentido no uso da língua, uma professora de Língua Portuguesa
percebe a importância de refletir com seus alunos sobre a noção de preconceito linguístico. Tendo
definido como objetivo de aprendizagem “perceber as relações de sentido que podem ser construídas
por meio da linguagem, levando em conta aspectos socioculturais”, a professora decide utilizar a chuva
de ideias como um recurso para engajar os estudantes na aula e mapear seus conhecimentos prévios
sobre o assunto. Como ponto de partida, define a pergunta disparadora “o que pode ser considerado
preconceito linguístico”, registrando-a na lousa no início da aula ou em um espaço digital. Propôs
então que os estudantes registrem a resposta em seus cadernos de acordo com suas vivências e
conhecimentos, garantindo assim que eles reflitam sobre o tema. Após aproximadamente 5 minutos
dedicados à reflexão individual, os estudantes compartilham suas ideias com o grupo classe. A
professora registra as contribuições no quadro, utilizando as ideias e exemplos dos estudantes para
apresentar as marcas linguísticas presentes nas variações linguísticas de registro e dialetais.
Interface interdisciplinar
O exemplo apresentado poderia ser utilizado para compor uma sequência didática interdisciplinar entre Língua Portuguesa
e História. Para isso, a professora de História poderia utilizar as contribuições dos discentes na chuva de ideias realizada
na aula de Língua Portuguesa para estudar as raízes do preconceito linguístico no contexto de colonização da América
Portuguesa. Após discutir as percepções dos alunos sobre a temática, a professora apresenta o processo de extinção das
línguas indígenas presentes no território brasileiro e discute as consequências desse processo na contemporaneidade.
Proposta de avaliação
A avaliação dos estudantes deve considerar a participação e engajamento no compartilhamento de ideias sobre o tema
trabalhado. Para isso, o professor pode utilizar critérios qualitativos (satisfatório, em desenvolvimento e a desenvolver)
para avaliar a contribuição dos alunos na dinâmica. Em turmas maiores, é possível utilizar a chuva de ideias ao longo
de uma sequência de aulas durante o bimestre, garantindo que todos os discentes tenham espaço de fala.
as
Saiba Mais! Acesse
entares!
referências complem
a
m e ç o d e conversolaborativas e
r práticas c
C o ções
ula lu
Breve descrição Como estim iálogo na busca por so ajar
r o d o eng
estimula
m a s concretos? Com e ensino-
para proble ipantes no processo d e
O termo Cocriação surgiu dentro do contexto do mundo dos ic or
negócios e começou a ser utilizado a partir de 2004, por ocasião outros part para além do profess ntar
em m e
do lançamento do livro “O futuro da Competição”, de C. K. Prahalad aprendizag uma turma? Como fo o e
e nt
e Venkat Ramaswamy. Trata-se de uma estratégia de gestão dos alunos d troca, compartilhame
e
processos d ivos?
que reúne diferentes pessoas envolvidas em um processo na
elaboração desse processo. t
criação cole
No campo da educação, a ideia de cocriação não é exatamente
nova. Inúmeros professores pelo mundo afora realizam propostas
de trabalhos conjuntos, em que os alunos colaboram entre si no
estudo e produção do conhecimento. Ainda assim, a estratégia
da cocriação, como proposta dentro do universo corporativo, traz
relevantes contribuições para essa prática escolar. Pensar em
um processo de cocriação dentro da escola pode alcançar não
apenas os trabalhos em grupo, dentro de uma mesma turma,
mas pode ser proposto de forma a engajar pessoas de forma das
classes específicas, sejam alunos de outras turmas, professores,
equipe de coordenação e direção, famílias e outros funcionários
da escola. Enfim, uma proposta de cocriação busca envolver toda a
comunidade escolar, ampliando as possibilidades de troca em um
processo formativo.
Objetivos Tempo
Estimular a atitude de colaboração e troca 3 a 5 aulas de 50 minutos cada.
de ideias na busca por soluções;
Exemplo
O Novo Ensino Médio propõe que os estudantes possam participar de reuniões coletivas, tais como debates,
assembleias, fóruns de discussão e outros momentos de participação política para exercitar a escuta
atenta, posicionar-se de forma fundamentada, respeitosa e ética diante da apresentação de propostas e
defesas de opiniões, usar estratégias linguísticas de negociação e de apoio, como solicitar esclarecimento,
detalhamento, fazer referência direta ou retomar a fala do outro, parafraseando-a para endossá-la, enfatizá-la,
complementá-la ou enfraquecê-la, considerando propostas alternativas e reformulando seu posicionamento,
se for necessário. Desta forma, a Cocriação é uma excelente oportunidade para o exercício de habilidades,
tais como as linguísticas e as socioemocionais. É possível identificar um problema que atinja a turma ou
a comunidade escolar e propor a apresentação de um produto, tal como um projeto para ajudar alunos
com dificuldades em Língua Portuguesa ou outro componente curricular. Ao trabalhar em um processo de
cocriação, os alunos se tornam protagonistas da busca por soluções, expõem suas dificuldades, colaboram
entre si e, mais ainda, podem contar com pessoas de experiências diversas ao longo desse processo. Além
disso, a cocriação possibilita soluções mais eficientes, uma vez que as ideias serão debatidas por várias
pessoas e pensadas de forma coletiva e compartilhada.
Interface interdisciplinar
O exemplo dado para o componente de Língua Portuguesa poderia ser trabalhado em qualquer componente curricular.
Ainda assim, esse próprio exemplo pode ser pensado no formato de um trabalho interdisciplinar a critério de cada
grupo. Após a primeira sessão de trabalho, em que os grupos levantaram possibilidades para a solução dos problemas,
o professor pode orientá-los a pensar em quais outros professores poderiam lhes ajudar no desenvolvimento de sua
proposta. Desse modo, cada grupo realizaria um trabalho interdisciplinar diretamente ligado às suas necessidades.
Proposta de avaliação
Por se tratar de um trabalho coletivo e compartilhado, o processo de cocriação não poderia
ser avaliado de outro modo que não de maneira também colaborativa.
Sendo assim, é recomendável que o professor reserve um encontro para realizar um grande debate com todos os participantes.
A fim de organizar esse debate, o professor pode estruturar o momento da avaliação a partir das seguintes etapas:
Conquistas e desafios do processo: ainda nos grupos, os participantes são convidados a escrever
em notas autoadesivas quais foram as conquistas e quais foram os desafios desse trabalho. Após
um tempo, todos os grupos devem colar suas notas autoadesivas em um painel geral.
Soluções Inovadoras: também dos grupos, os participantes são convidados a comentarem as soluções
apresentadas pelos outros grupos, destacando uma qualidade e um ponto a ser aprimorado. Após um tempo,
os registros desses comentários podem ser colocados em um painel correspondente ao grupo avaliado.
Debate coletivo: após as duas primeiras etapas, convide todo o grupo a realizar um grande debate sobre esta atividade, podendo
se referir aos comentários realizados nas etapas anteriores. Estabeleça um tempo limite de fala de 1 min. para cada pessoa.
e ç o d e conversa soluções
m ou
Co ar ideias e/
str to?
Breve descrição Como demon ma atividade e/ou proje ctadas
u a
criadas em r para as pessoas imp as
a
Como mostr analisado quais foram m
a
A Prototipagem é uma estratégia utilizada no desenvolvimento
pelo prob ebidas a fim de que seja
lem
c
soluções con elhoradas?
de projetos ou execução de atividades que permite que os
estudantes criem uma representação visual das soluções para
determinado problema, concebidas de forma individual ou em testadas e m
grupo. É uma prática adotada com frequência pelo campo do
design para tangibilizar (tornar visível) ideias criadas, apresentá-las
para as pessoas investigadas e ajustar as soluções de tal maneira
que atendam ao desejo e às necessidades das pessoas. O autor
Tim Brown (2009) destaca que quando elaboramos protótipos
maturamos as ideias e aceleramos a concepção de inovações.
Existem protótipos físicos e digitais. Modelos em 3D usando
materiais de papelaria ou recicláveis, esquemas, desenhos,
fluxogramas, simulações, representações teatrais, vídeos podem
ser criados como protótipos rápidos para, por exemplo, apresentar
as etapas de um novo processo, a estrutura de um objeto, as
páginas de um website ou app ou o conteúdo de uma política
pública. Depois que os protótipos são criados, é preciso apresentá-
los para as pessoas darem feedback se as soluções atendem às
suas necessidades e desejos. Para isso pode-se utilizar a estratégia
Matriz de Feedback para coletar as seguintes informações: o que
deu certo? o que pode melhorar? questionamentos? Novas ideias?
Criação/Cocriação: Os protótipos são criados pelo uso Essas etapas são desejáveis,
dos materiais e/ou ferramentas disponibilizadas para esta embora não obrigatórias para
atividade. elaboração de protótipos
Exemplo
Nas aulas de Geografia, a prototipagem pode ser usada para os estudantes elaborarem uma
representação visual que sintetize uma solução para um conflito no uso e ocupação do solo, seja ele
em relação à demarcação de terras indígenas, seja um conflito fundiária na zona rural ou em relação à
ocupação irregular de uma área de manancial em uma grande metrópole. Após tomarem conhecimento
do contexto que delimita o problema, com suas variáveis geográficas, socioambientais e políticas, os
estudantes serão desafiados a propor uma solução para o problema que seja passível de realização
e justificada com base nas múltiplas variáveis que o constituem. De início deverão criar um primeiro
protótipo, na forma de um desenho ou esquema que represente a proposta de forma simples, o
qual será apresentado a colegas e/ou ao professor, com o objetivo de obterem um feedback sobre
as qualidades, lacunas e fragilidades da proposta. Levando em consideração o feedback recebido,
passarão a produzir a versão final do protótipo para a resolução do conflito, que deverá consistir em uma
representação visual, podendo ser um esquema com desenhos, textos e colagens, uma maquete, uma
história em quadrinhos, uma animação, um vídeo em stop motion, entre outras possibilidades. Caso o
conflito ocorra na comunidade, os estudantes podem testar o protótipo com as pessoas envolvidas.
Interface interdisciplinar
O exemplo dado para o componente de Geografia poderia ser pensado no formato de um trabalho interdisciplinar que
integrasse as Artes na confecção do protótipo, fosse ele uma representação visual, a produção da identidade visual de uma
campanha, uma instalação, fosse uma dança ou teatro que comunicassem a solução proposta. Independentemente da escolha
da linguagem artística – que pode ficar a cargo dos estudantes -, a produção do protótipo deve contemplar as etapas descritas.
Proposta de avaliação
Para avaliar a prototipagem é preciso verificar o envolvimento de cada estudante na criação do protótipo e também seu
resultado. A avaliação visa identificar se, de fato, as melhores ideias fazem parte do protótipo e se as ideias inviáveis de
serem implementadas ou que não atendem o desejo das pessoas foram descartadas. O aluno deve demonstrar que
ouviu as sugestões e fez os ajustes necessários no protótipo. Se o trabalho for realizado em grupos, a avaliação por
pares a partir de uma rubrica que analisa as contribuições de cada estudante na prototipagem também pode ser uma
forma de compor a nota final. A apresentação do protótipo criado também deve ser compor a proposta avaliativa.
as
Saiba Mais! Acesse
entares!
referências complem
e ç o d e conversas e os desafios
Breve descrição Com s problema
ntar o as?
prátic
Como enfre onstrução de soluções rutiva e
c t
por meio da er uma interação cons es por
v or
Como promo e estudantes e profess e que
A Produção de Modelos é uma atividade “mão na massa” que
visa apoiar o ensino, incentivando o estudante a pesquisar e, tr D
posteriormente, realizar atividades práticas na construção de criativa en ades mão na massa? facilitar
id e
modelos bidimensionais ou tridimensionais. O aspecto visual meio de ativ trução de modelos pod ceitos
n s o n
dos modelos produzidos, permite que os estudantes manipulem
forma a co e o aprendizado de c
o
a assimilaçã os e abstratos?
o material, visualizando-os em diferentes ângulos, facilitando a
aprendizagem dos conteúdos abordados. A confecção e criação lex
de modelos estimulam o conhecimento na construção de novos mais comp
recursos didáticos, além de ser um facilitador no ensino. Os
modelos buscam a interação dos conhecimentos teóricos e
práticos, causando no estudante um processo de reflexão sobre
o tema. Para o professor, a prática possibilita um olhar mais
atento ao processo e não somente ao produto.
Tempo
Mínimo de 3 aulas de 60 minutos
Objetivo
Contribuir com o desenvolvimento da
criatividade e com a capacidade de representação Organização do Grupo Classe
de conceitos e processos abstratos. Grupos de 2 até 5 estudantes
Exemplo
Interface interdisciplinar
As disciplinas como Geografia, Arte, Biologia, Matemática, Sociologia e Língua Portuguesa podem propor um
projeto que incentiva a criação de objetos, “engenhocas" por meio da reciclagem, com o propósito de reduzir o
impacto ambiental. A Geografia pode abordar questões como políticas públicas ambientais, qualidade de vida e o
consumismo; a Arte apoiaria os estudantes no design do produto, materiais recicláveis e ferramentas digitais que
auxiliam na criação do modelo, a Biologia trataria de questões relacionadas ao impacto ambiental e a Matemática, além
analisar a viabilidade monetária da produção do modelo, discutiria sobre a produção de lixo. A Sociologia e a Língua
Portuguesa apoiariam os estudantes em planejar ações sociais para promover a conscientização e a mudança de
hábitos na comunidade onde os estudantes estão inseridos. Vídeos motivadores: https://youtu.be/seWnL-VYGls ,
https://youtu.be/T_J5xK_jWuM e https://youtu.be/U46R0pUhuxw.
Proposta de avaliação
O professor pode avaliar todo o processo por meio de rubricas, avaliar o modelo criado e ainda aplicar um questionário
ao término da atividade para verificar a aprendizagem dos estudantes e ainda propor uma autoavaliação.
as
Saiba Mais! Acesse
entares!
referências complem
ATIVIDADES SÍNCRONAS - atividades que ocorrem em tempo real pelo uso de ferramentas digitais.
Exemplo: webinários, videochamadas, aulas remotas, sessões de chat etc.
GIFS - é um formato de imagem que pode compactar várias cenas e com isso exibir movimentos.
HIPERLINK – é uma referência aos dados que cada pessoa pode seguir diretamente clicando,
tocando ou passando o mouse durante a navegação. Os hiperlinks criam ligações/vínculos entre
endereços na web ou elos entre documentos.
MINDSET - jeito de pensar ou modelo mental que impacta crenças e comportamentos das pessoas.
VÍDEO EM STOP MOTION - um vídeo criado a partir da mescla de várias imagens que contêm
alterações de movimento milimétricas. Com isso, quando todas as imagens são colocadas em
ordem em segmentos de um vídeo, conseguimos visualizar o movimento registrado em cada
imagem.
TEMPLATE - um modelo visual ou layout pré-estruturado que pode ser utilizado para variados fins.
TEMPESTADE DE IDEIAS - tradução em português do termo brainstorming (em inglês) que diz
respeito a uma estratégia de criatividade. Nela, as pessoas anotam suas ideias para resolver um
problema específico e depois compartilham e cocriam com outras pessoas com o objetivo de
conceber soluções para o tema.
ALVES, Lucicleide Araújo de Souza; MARTINS, Alexandra da Costa Souza. O fórum de discussão como
Instrumento Avaliativo de Aprendizagem. Informática na Educação: teoria e prática. Porto Alegre, v. 9, n.2, jun/
set. 2012. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/InfEducTeoriaPratica/article/viewFile/62540/39082 Acesso: 05
de julho de 2021
AUSUBEL, D.P. Aquisição e retenção de conhecimentos. Lisboa: Plátano Edições Técnicas, 2003.
______. Autogestão na sala de aula: as assembleias escolares. São Paulo: Summus, 2015.
ARAÚJO, U; SATRE, G. (orgs.) Aprendizagem baseada em problemas no ensino superior. São Paulo, Summus,
2009.
ARRUDA, A; Ensino de juros compostos, progressões geométricas e função exponencial. Viçosa, MG, 2013.
Disponível em: https://www.locus.ufv.br/bitstream/123456789/5890/1/texto%20completo.pdf. Acesso em: 13
de jul. de 2021.
BACICH, L. WebQuest: como organizar uma atividade significativa de pesquisa. Inovação na educação. São
Paulo, 22 de março de 2020. Disponível em: https://lilianbacich.com/2020/03/22/webquest-como-organizar-
uma-atividade-significativa-de-pesquisa Acesso em: 14 de jul. de 2021.
BACICH, L.; HOLANDA, L. (org.). STEAM em sala de aula: a aprendizagem baseada em projetos integrando
conhecimentos na educação básica. Porto Alegre: Penso, 2020. 226 p.
BACICH, L.; MORAN, J. (orgs.) Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico
prática. Porto Alegre: Penso, 2018.
BECKER, F. A epistemologia do professor: o cotidiano da escola. São Paulo: Editora Vozes, 1993.
BEHAR, P. A. (org.). Modelos pedagógicos em educação a distância. Porto Alegre: Artmed, 2009.
BAGAGIM, N. C. O debate regrado e a construção de competências e habilidades orais no nono ano do ensino
fundamental. Revista Práticas de Linguagem v. 8, n. 2, 2018 – Ensino de Língua Portuguesa - Relatos de
Experiência
BERGMANN, J.; SAMS, A. Sala de aula invertida: uma metodologia ativa de aprendizagem; tradução Afonso
Celso da Cunha Serra. - 1. ed. - Rio de Janeiro: LTC, 2018. Disponível em:< https://curitiba.ifpr.edu.br/wp-
content/uploads/2020/08/Sala-de-Aula-Invertida-Uma-metodologia-Ativa-de-Aprendizagem.pdf>. Acesso em:
05 de jul. de 2021.
BOLLELA, V. R.; SENGER, M. H.; TOURINHO, F. S. V.; AMARAL, E. Aprendizagem baseada em equipes: da
teoria à prática. Medicina (Ribeirão Preto), [S. l.], v. 47, n. 3, p. 293-300, 2014. DOI: 10.11606/issn.2176-7262.
v47i3p293-300. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/86618. Acesso em: 5 jul. 2021.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.
gov.br/images/BNC C_20dez_site.pdf. Acesso em: 22 de dezembro de 2017.
CABRAL, Patrícia Fernanda de Oliveira; QUEIROS, Salete Linhares (orgs). Estudos de caso no ensino de ciências
naturais. São Carlos, SP: ArtPoint Gráfica e Editora, 2016. Disponível em: https://sites.usp.br/cdcc/wp-content/
uploads/sites/512/2019/06/2016-Estudos_de_Caso.pdf . Acesso em: 22 de julho de 2021.
CAMARGO, F. & THUINE, D. A Sala de Aula Inovadora: estratégias pedagógicas para fomentar o aprendizado
ativo. Porto Alegre: Penso, 2018.
CAMPOS, F; BLIKSTEIN, P. Inovações Radicais na Educação Brasileira. Sao Paulo, Penso, 2019.
CASCIO, J. Facing the Age of Caos. Medium, Abril, 2020. Disponível em: https://medium.com/@cascio/facing-
the-age-of-chaos-b00687b1f51d. Acesso em 5 de maio de 2021.
CAÑAS, Alberto J.; NOVAK, Joseph D. A teoria subjacente aos mapas conceituais e como elaborá-los e usá-los.
Práxis Educativa, Ponta Grossa, v.5, n.1, p. 9-29 , jan.-jun. 2010. Disponível em http://periodicos.uepg.br Acesso
em: 01 de julho de 2021.
CAVALCANTI, C.C. Contribuições do Design Thinking para concepção de interfaces de ambientes virtuais de
aprendizagem centradas no ser humano. 2015. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação,
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015. doi:10.11606/T.48.2015.tde-17092015-135404. Acesso em: 2021-
08-12.
CAVALCANTI, C. C. & FILATRO, A. Design Thinking na Educação Presencial, a distância e corporativa. São Paulo,
Saraiva, 2017.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
(coleção Leitura).
______. Pedagogia do oprimido. 44. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
GARCÊS, Beatriz Billig. Aplicação do Método de ensino Peer Instruction para o Ensino de Lógica de
Programação com acadêmicos do Curso de Ciência da Computação. UNICRUZ: RS, Brasil. Disponível em:
https://www.upf.br/_uploads/Conteudo/senid/2018-artigos-completos/179081.pdf Acesso em: 22 de junho de
2021.
GIMENES, Solange Sardi; SANTOS, Washington Romão dos; TOCZEK, Jonathan. O fórum como ferramenta
mediadora de aprendizagem. SIED – Simpósio Internacional de Educação a Distância. UFSCAR: SP. Disponível
em: http://sistemas3.sead.ufscar.br/ojs/Trabalhos/45-827-2-ED.pdf Acesso: 05 de julho de 2021
HERNÁNDEZ, F. Cultura visual, mudança educativa e projeto de trabalho. Porto Alegre: Artmed, 2000.
JENKINS, Henry Transmedia Storytelling. Technology Review. 2003. Disponível em: https://www.
technologyreview.com/2003/01/15/234540/transmedia-storytelling/. Acesso em 28/12/2020.
JIAO, H.; LISSITZ, R. Technology Enhanced Innovative Assessment: Development, Modeling, and Scoring From
an Interdisciplinary Perspective. Information Age Publishing, Inc, 2018.
KAPP, K. M. The gamification of learning and instruction: game-based methods and strategies for training and
education. São Francisco: Pfeifer/ASTD, 2012.
LOUZADA, Camila de Oliveira; FROTA FILHO, Armando Brito. Methodologies for physical geography teacthing.
Geosaberes, Fortaleza, v. 8, n. 14, p. 75 - 84, apr. 2017. ISSN 2178-0463. Available at: <http://www.geosaberes.
ufc.br/geosaberes/article/view/397>. Date accessed: 27 july 2021.
LUCKESI. C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 19ª ed. São Paulo: Cortez, 2008.
MACEDO, L. A questão da inteligência: todos podem aprender? In: OLIVEIRA, M. K; SOUZA, D. T. R; REGO, T. C.
(Orgs.). Psicologia, educação e as temáticas da vida contemporânea. São Paulo: Moderna, 2002.
MARTÍN, X.; RUBIO, L. (Coord.). Prácticas de ciudadanía: diez experiencias de aprendizaje servicio. Ministério
de Educación, 2010. Disponível em: <https://www.octaedro.com/pdf/110106.pdf> Acesso em: 08 marc. 2012.
MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: E.P.U., 1992.
MOTOKANE, Marcelo Tadeu; NUNES, Teresa da Silva. Características do levantamento de hipóteses em sala
de aula. Revista da SBEnBIO, n.7: Outubro de 2014. Disponível em: https://docplayer.com.br/72770523-
Caracteristicas-do-levantamento-de-hipoteses-em-sala-de-aula.html Acesso em: 24 de julho de 2021.
MOREIRA, M.; KELECOM, K. O uso de murais virtuais em um projeto interdisciplinar de línguas estrangeiras
no Ensino Médio. VII Seminário Mídias e Educação do Colégio Pedro II: “Tecnologias digitais e transformações
educacionais”, Volume 3 – Ano 2017. Disponível em: http://cp2.g12.br/ojs/index.php/midiaseeducacao/issue/
view/116/showToc. Acesso em 5 jul. 2021.
MOSHMAN, D. Adolescent rationality and development: cognition, morality, and identity. 3. ed. Taylor and
Francis Group, 2011.
NAKAGAWA, M. Ferramenta 5W2H – plano de ação para empreendedores. Disponível em: https://www.
sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/5W2H.pdf. Acesso em 10 de Julho de 2021.
OLIVEIRA,B.; LIMA, S.; RODRIGUES, L.; JÚNIOR,G. Team-Based Learning como forma de aprendizagem
colaborativa e sala de aula invertida com centralidade nos estudantes no processo ensino-aprendizagem.
Revista Brasileira de Educação Médica;42(4): 86-95; 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbem/a/
bm8ptf9sQ9TdGwjYKc3TQFH/?format=pdf&lang=pt . Acesso em: 5 jul.2021.
PEDASTE, M. et al. Phases of inquiry-based learning: Definitions and the inquiry cycle. Education research
review. v. 14, p. 47–61, 2015.
PUIG, J. M; MARTÍN, X.; ESCARDÍBUL, S.; NOVELLA, A. M. Democracia e participação escolar: propostas de
atividades. São Paulo: Moderna, 2000.
PUIG, J. M. (Coord.). Aprendizaje servicio: educación y compromiso cívico. Barcelona: Graó, 2009.
SANTOS, T. R. A metodologia webquest na problematização dos conceitos químicos como estratégia para
promover a aprendizagem significativa. Dissertação (Mestrado Profissional em Tecnologias Educacionais em
Rede) UFSM, Santa Maria, 2015.
SILVA, D.; ALVES, J.; NOGUEIRA, E.; PAIVA, S. uso da realidade aumentada no ensino de geometria espacial
– Uma abordagem prática.V CONEDU: CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Pernambuco - 2018.
Disponível em: <https://editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2018/TRABALHO_EV117_MD1_SA19_
ID8807_17092018085931.pdf> Acesso em 05 de jul. 2021.
SILVA DE NOVAIS TEIXEIRA, D.; ALBANO DA SILVA, N. J.; BARBOSA DE JESUS, F.; DOS SANTOS CARDOSO, M.
CRIAÇÃO DE PROTÓTIPOS DE UM LABORATÓRIO DE ENSINO DE MATEMÁTICA. Revista Ciências Humanas, [S.
l.], v. 10, n. 2, 2017. DOI: 10.32813/rchv10n22017artigo1. Disponível em: https://www.rchunitau.com.br/index.
php/rch/article/view/369. Acesso em: 27 jul. 2021.
SILVA, D. W.; SARTORI, A. T. O gênero “debate regrado” no espaço escolar. Entretextos, Londrina, v. 16, n.2,
p. 153-178, jul/dez. 2016. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/entretextos/article/
viewFile/23957/20766 . Acesso em: 24 de julho de 2021.
SILVA, M. A. M.; ARAÚJO, U. F. Identidade moral e aprendizagem serviço. In: CAETANO, Luciana Maria; SILVA,
Sandrilei Cano da (Org.). Psicologia para pais e educadores: desenvolvimento moral e social. Curitiba: Juruá,
2019. p. 55 - 67.
SPRICIGO, Cinthia Bittencourt. Estudo de caso como abordagem de ensino. Disponível em: https://www.pucpr.
br/wp-content/uploads/2017/10/estudo-de-caso-como-abordagem-de-ensino.pdf Acesso em: 22 de julho de
2021.
TAVARES, Cícero Antonio Jatanael da Silva. Geografia do cotidiano: o ensino dos conteúdos geográficos
mediante a técnica da tempestade de ideias. Geopauta, Bahia, vol. 3, n. 2, 2019, p. 127-141. Disponível em:
https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=574362250011 Acesso em: 04 de julho de 2021.
TORI, Romero; HOUNSELL, Marcelo da Silva (org.). Introdução a Realidade Virtual e Aumentada. Porto Alegre:
Editora SBC, 2018.
TORRENCE, E. P. (1995). Why fly? A philosophy of creativity. Norwood, NJ:Ablex.
TRILLA, J. La Educación fuera de la Escuela. Ámbitos no formales y educación social. Barcelona: Ariel, 1993.
Material web:
Artigo web: Realidade virtual: como viajar para outro país sem sair de sua classe. Disponível em: https://
novaescola.org.br/conteudo/9127/realidade-virtual-como-viajar-para-outro-pais-sem-sair-de-sua-classe .
Acesso: 05 de julho de 2021
Artigo web: Realidade virtual acelera a aprendizagem em sala de aula. Disponível em: https://
desafiosdaeducacao.grupoa.com.br/realidade-virtual-aprendizagem/Acesso: 05 de julho de 2021
ESTADO DE ALAGOAS
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO