O documento discute a miscigenação e formação cultural do Brasil. A miscigenação ocorreu devido à colonização portuguesa e à mistura entre indígenas, europeus e africanos trazidos como escravos. A cultura brasileira que surgiu foi construída sobre essas três matrizes culturais, apesar da prevalência inicial do elemento português. A religião católica também ajudou na uniformização cultural, embora tenha negado influências africanas. Existe desigualdade social persistente entre brancos e populações indí
O documento discute a miscigenação e formação cultural do Brasil. A miscigenação ocorreu devido à colonização portuguesa e à mistura entre indígenas, europeus e africanos trazidos como escravos. A cultura brasileira que surgiu foi construída sobre essas três matrizes culturais, apesar da prevalência inicial do elemento português. A religião católica também ajudou na uniformização cultural, embora tenha negado influências africanas. Existe desigualdade social persistente entre brancos e populações indí
O documento discute a miscigenação e formação cultural do Brasil. A miscigenação ocorreu devido à colonização portuguesa e à mistura entre indígenas, europeus e africanos trazidos como escravos. A cultura brasileira que surgiu foi construída sobre essas três matrizes culturais, apesar da prevalência inicial do elemento português. A religião católica também ajudou na uniformização cultural, embora tenha negado influências africanas. Existe desigualdade social persistente entre brancos e populações indí
O documento discute a miscigenação e formação cultural do Brasil. A miscigenação ocorreu devido à colonização portuguesa e à mistura entre indígenas, europeus e africanos trazidos como escravos. A cultura brasileira que surgiu foi construída sobre essas três matrizes culturais, apesar da prevalência inicial do elemento português. A religião católica também ajudou na uniformização cultural, embora tenha negado influências africanas. Existe desigualdade social persistente entre brancos e populações indí
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ATIVIDADE A1 – ANTROPOLOGIA E CULTURA BRASILEIRA
No Brasil, a ocorrência de miscigenação é bastante frequente, sendo
perceptível em qualquer comunidade a mistura de povos existentes. A miscigenação consiste na mistura entre diferentes etnias humanas. Nesse aspecto, ela ocorre graças a colonização que ocorreu no Brasil através da chegada de povos estrangeiros, das emigrações e das imigrações. De acordo com Ribeiro (1995, p. 30) a formação da população brasileira se dá pela gestação de uma nova etnia, que foi unificando, na língua e nos costumes, os índios desengajados do seu viver gentílico, os negros trazidos da África, e os europeus aqui querenciados. Era um brasileiro que surgia, construído com os tijolos dessas matrizes à medida que elas iam sendo desfeitas. Em sua narrativa, Gilberto Freyre menciona que a miscigenação brasileira se deve a prevalência do elemento português no processo, não por causa de sua suposta superioridade racial, mas, sim, em razão dos contextos histórico e geográfico que privilegiavam o contato luso com os mouros africanos e Árabes. Freyre ainda coloca como fator principal no processo de uniformidade da sociedade brasileira não exatamente o encontro das três raças, mas a religião católica, uma vez que os negros eram batizados e os indígenas foram centro das atenções dos jesuítas, com a missão de tornarem os nativos cristãos (FREYRE, 2006). Neste sentido, vemos uma cultural religiosa que nega as matrizes de religiões africanas por exemplo, que são alvos de preconceito e julgamento para a maioria do povo brasileiro. Sérgio Buarque de Holanda (1973), por sua vez, menciona que foram os índios, os negros e os mulatos que fundaram o Brasil com o seus trabalhos e costumes. O Brasil colonial, de acordo com o autor, tem pouca ou nenhuma organização social, sendo, consequentemente, violento e personalista. Além disso, o sistema escravocrata desvaloriza o trabalho, o que favorece aqueles que buscam por prosperidade sem custo, sacrifício ou comprometimento com a terra. Com o fim da escravidão, não foi provido nenhum suporte ao negros libertos, o que permitiu que muitos voltassem a trabalhar na senzala para sobreviver. Em nossa sociedade há desigualdade social visível entre a população branca para a indígena e afro-brasileira. As condições de estudo e trabalho são desfavoráveis a esta população que não tem acesso a condições de trabalho, saúde e lazer pelo processo histórico que lhe foi imposto pela cultura escravocrata. Holanda (1973) ainda diz respeito a um sistema político no qual apenas amizades e lealdades pessoais são pertinentes, uma vez que as decisões não seguem uma lei objetiva e imparcial. Assim, elas estão sempre na esfera do pessoal e do particular, de modo que temos mais uma característica considerada singular de brasilidade: a informalidade e a presença do privado na esfera pública. Um exemplo disso, visível em qualquer noticiário, é o cotidiano político brasileiro, em que grande parte das decisões se dão por meio de negociações e aproximações interpessoais, mesuras, agrados e presentes. Esse padrão cultural também se desdobra no famoso jeito brasileiro, que pode tanto denotar criatividade em situações de crise quanto uma forma de burlar os parâmetros legais e burocráticos do nosso cotidiano. Como podemos ver, de acordo com Freyre e Holanda, as características de brasilidade se formam à partir de um contexto histórico colonial, na relação entre europeus (e seus descendentes), negros, índios e mestiços. O que cabe ao estado promover políticas públicas para criar meios de acesso aos direitos de saúde, cultura e educação.