Slides Internacional Seminario
Slides Internacional Seminario
Slides Internacional Seminario
Direitos Humanos
Nayara Santos, Gesiel Rocha,
João Vitor Prianti e Augusto César
Tópicos Gerais
01 Direito Internacional dos Direitos
Humanos
03 Sistemas Regionais
PRESENTATION
1. GENERALIDADES
A classificação tradicional das “gerações” dos direitos humanos vista acima tem sido objeto
de inúmeras críticas, as quais apontam para a não correspondência entre tais “gerações de
direito” e o processo histórico de efetivação e solidificação dos direitos humanos.
Nesse sentido, não é exato – e tampouco jurídico – falar em gerações de direitos humanos,
tendo em vista que eles não se “sucedem” uns aos outros, mas, ao contrário, se cumulam,
retroalimentando-se.
O que ocorre não é a sucessão de uma geração pela outra, mas sim a junção de uma nova
dimensão de direitos humanos que se une à outra já existente, e assim por diante.
6. GÊNESE DO DIREITO INTERNACIONAL DOS DIREITOS
HUMANOS
Os marcos importantes da formação que hoje se conhece por arquitetura
internacional dos direitos humanos:
1) o Direito Humanitário;
2) a Liga das Nações;
3) a Organização internacional do trabalho.
Esses três precedentes contribuíram em conjunto para a ideia de que a proteção
dos direitos humanos deve ultrapassar as fronteiras estatais, transcendendo os
limites da soberania territorial dos Estados para alçar-se à categoria de matéria
de ordem internacional.
O DIREITO INTERNACIONAL
7 DOS DIREITO HUMANOS.
O Direito Internacional dos Direitos Humanos é aquele que visa proteger todos os
indivíduos, qualquer que seja a sua nacionalidade e independentemente do lugar onde se
encontrem.Pode-se dizer que o Direito Internacional dos Direitos Humanos é o “direito do
pós-guerra”, nascido em decorrência dos horrores cometidos pelos nazistas durante o
Holocausto (1939-1945).
Viram-se os Estados obrigados a construir toda uma normatividade internacional eficaz em
que o respeito aos direitos humanos encontrasse efetiva proteção. Desde esse momento,
então, é que o Direito Internacional dos Direitos Humanos inicia efetivamente o seu
processo de solidificação.
O “direito a ter direitos” passou a ser o referencial primeiro de todo esse processo
internacionalizante. A estrutura normativa de proteção dos direitos humanos internacional
em instrumentos: global, regional, geral e específico.
8. TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS
NO DIREITO BRASILEIRO.
A promulgação da Constituição Federal de 1988 foi um marco significativo para o
início do processo de redemocratização do Estado brasileiro e de
institucionalização dos direitos humanos no país.
Atualmente, já se encontram ratificados pelo Brasil (estando em pleno vigor entre
nós) praticamente todos os tratados internacionais significativos sobre direitos
humanos pertencentes ao sistema global de proteção dos direitos humanos
(também chamado de sistema das Nações Unidas).
No que tange ao sistema interamericano de direitos humanos a situação
(felizmente) não é diferente. O Brasil também já é parte de praticamente todos os
tratados existentes nesse contexto.
“§ 3º. Os tratados internacionais referidos pelo parágrafo anterior, uma vez
ratificados, incorporam-se automaticamente na ordem interna brasileira com
hierarquia constitucional, prevalecendo, no que forem suas disposições mais
benéficas ao ser humano, às normas estabelecidas por esta Constituição”
[...] uma vez que cria “categorias” jurídicas entre os próprios instrumentos
internacionais de direitos humanos ratificados pelo governo, dando tratamento
diferente para normas internacionais que têm o mesmo fundamento de validade,
ou seja, hierarquizando diferentemente tratados que têm o mesmo conteúdo
ético, qual seja, a proteção internacional dos direitos humanos. Assim, essa
“desigualação de iguais” que permite o § 3º ao estabelecer ditas “categorias de
tratados”, é totalmente injurídica por violar o princípio (também constitucional) da
isonomia.
Os tratados internacionais de direitos humanos nas
9 Constituições latino-americanas.
Vários países da América Latina têm concedido status normativo constitucional aos tratados
de proteção dos direitos humanos, sendo crescente a preocupação dos mesmos em deixar
bem assentado, em nível constitucional, a questão da hierarquia normativa de tais
instrumentos internacionais protetivos dos direitos da pessoa humana.
São várias as Constituições de países latino-americanos (Peru, Guatemala, Chile,
Colômbia, Argentina) que, seguindo a tendência mundial de integração dos direitos
humanos ao Direito interno, incorporaram em seus respectivos textos regras bastante
nítidas sobre a hierarquia desses instrumentos nos seus ordenamentos internos.
As Constituições latino-americanas supracitadas reconhecem assim a relevância da
proteção internacional dos direitos humanos e dispensam atenção e tratamento especiais à
matéria. Os tratados têm hierarquia constitucional.
SEÇÃO II
O DIREITO DA
CARTA DA ONU
1. A regra das Nações Unidas
Foi a partir de 1945, quando da adoção da Carta das Nações Unidas, no pós-Segunda
Guerra, que o Direito Internacional dos Direitos Humanos começou a
verdadeiramente se desenvolver e a se efetivar como ramo autônomo do Direito
Internacional Público.
Com o nascimento das Nações Unidas, demarca-se “o surgimento de uma nova ordem
internacional que instaura um novo modelo de conduta nas relações internacionais, com
preocupações que incluem a manutenção da paz e segurança internacional, o
NÓS, OS POVOS DA
desenvolvimento de relações amistosas entre os Estados, o alcance da cooperação NAÇÕES UNIDAS…
internacional no plano econômico, social e cultural, o alcance de um padrão internacional UNIDOS PARA UM
de saúde, a proteção ao meio ambiente, a criação de uma nova ordem econômica MUNDO MELHOR.”
internacional e a proteção internacional dos direitos humanos.” Há 78 anos, esta frase mudou os rumos do
nosso mundo.
Contudo, a Carta da ONU não define esses direitos humanos e liberdades fundamentais, mas
nem por isso se pode entender que os mesmos não são obrigatórios, sendo obrigação dos Estados
entendê-los como regras jurídicas universais e não como meras declarações de princípios.
Certo é que ela trouxe pioneira contribuição para a “universalização” dos direitos humanos, na
medida em que reconheceu que o assunto é de legítimo interesse internacional, não mais adstrito
exclusivamente ao domínio reservado dos Estados
A grande e notória contribuição das regras da Carta da ONU foi a de deflagrar o chamado
sistema global de proteção dos direitos humanos, quando então tem início o delineamento da
arquitetura contemporânea de proteção desses direitos. Pecou, contudo, a Carta, em não ter
definido, nem sequer delineado minimamente, o conteúdo da expressão “direitos humanos e
liberdades fundamentais”.
3. Um passo rumo à Declaração Universal
dos Direitos Humanos
Como não trouxe definidamente quais eram esses direitos, em específico, surge um
anseio internacional em definir o significado das expressões direitos humanos e
liberdades fundamentais, para corrigir tal falha, o que foi concretizado apenas três
anos após a sua criação, com a proclamação da Declaração Universal dos Direitos
Humanos, em 10 de dezembro de 1948.
A Declaração, ao fixar um código ético universal na defesa e proteção dos direitos
humanos, preenche as lacunas da Carta da ONU nessa seara, complementando-a e
dando-lhe novo vigor relativamente à obrigação jurídica de proteção desses direitos
Além da proclamação da Declaração Universal fez-se também necessária a criação de “Não basta falar de paz. É preciso
dois pactos (hard law) com a finalidade de dar operatividade técnica aos direitos acreditar nela. E não basta
nela previstos: o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos e o Pacto acreditar nela. É preciso
trabalhar por ela.”
Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, ambos concluídos em
Sra. Eleanor Roosevelt
Nova York em 1966.
O sistema internacional de proteção dos direitos humanos tem por pilares de sustentação três instrumentos jurídicos
básicos, para além da própria Carta da ONU: a Declaração Universal de 1948 e os dois Pactos de Nova York de
1966. Desses três instrumentos a Declaração Universal é a pedra fundamental
SEÇÃO III
DECLARAÇÃO
UNIVERSAL DE
DIREITOS HUMANOS
Considerações iniciais….
A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adotada e proclamada em Paris, em 10
de dezembro de 1948, pela Resolução 217 A-III, da Assembleia-Geral da ONU. Dos 56
países representados na sessão da Assembleia, 48 votaram a favor e nenhum contra,
com oito abstenções (África do Sul, Arábia Saudita, Bielo-Rússia, Iugoslávia, Polônia,
Tchecoslováquia, Ucrânia e União Soviética)
Tendo como fundamento a dignidade da pessoa humana, a Declaração Universal nasce como um código
de conduta mundial para dizer a todo o planeta que os direitos humanos são universais, bastando a
condição de ser pessoa para que se possa vindicar e exigir a proteção desses direitos em qualquer ocasião
e em qualquer circunstância.
Assim, por ter firmado o papel dos direitos humanos pela primeira vez e em escala mundial, a Declaração de
1948 “pode ser considerada um evento inaugural de uma nova concepção da vida internacional”
Um dado importante a ser levado em conta quando se estuda a Declaração Universal diz respeito à sua
lógica, que é distinta da lógica do Direito Internacional clássico (westfaliano), que não atribuía voz aos
povos ou indivíduos, mas somente aos Estados partícipes da sociedade internacional. No clássico direito
das gentes as relações que são reguladas são apenas interestatais, baseadas na coexistência das
vontades soberanas dos Estados, sem a possibilidade de ingerência em tais Estados com a finalidade de
salvaguardar direitos humanos
1. Estrutura da Declaração Universal
Combinou a Declaração, de
forma inédita, o discurso Preâmbulo com 7 considerandos
liberal com o discurso
social da cidadania, ou
seja, o valor da liberdade
com o valor da igualdade.
Art. 30 - Princípio de
Interpretação
2. Natureza jurídica
A Declaração Universal não é tecnicamente um tratado, pois não passou pelos procedimentos tanto
internacionais como internos de celebração de tratados, não guardando também as características definidas
pela Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados (1969) para que um ato internacional detenha a
roupagem própria de tratado, especialmente por não ter sido “concluída entre Estados”, senão unilateralmente
adotada pela Assembleia-Geral da ONU.
É necessário qualificar a Declaração Universal como norma de jus cogens internacional, por ser imperativa e
inderrogável pela vontade dos Estados
A Declaração Universal de 1948 integra a Carta da ONU, na medida em que passa a ser sua interpretação
mais fiel no tocante à qualificação jurídica da expressão “direitos humanos e liberdades fundamentais”
Para juristas como Marcel Sibert, a Declaração Universal é uma extensão da Carta da
ONU (especialmente dos seus arts. 55 e 56) por integrar o texto onusiano, sendo,
portanto, sendo obrigatória para os Estados-membros da ONU no sentido de tornar
suas leis internas compatíveis com as suas disposições.
A Declaração Universal teria força vinculante aos Estados no que tange às suas
prescrições.
Vejamos o que diz a Carta da ONU em seus artigos 55 e 56:
CAPÍTULO IX
COOPERAÇÃO INTERNACIONAL ECONÔMICA E SOCIAL
ARTIGO 55 - Com o fim de criar condições de estabilidade e bem estar, necessárias às relações
pacíficas e amistosas entre as Nações, baseadas no respeito ao princípio da igualdade de
direitos e da autodeterminação dos povos, as Nações Unidas favorecerão: a) níveis mais altos
de vida, trabalho efetivo e condições de progresso e desenvolvimento econômico e social; b) a
solução dos problemas internacionais econômicos, sociais, sanitários e conexos; a cooperação
internacional, de caráter cultural e educacional; e c) o respeito universal e efetivo dos direitos
humanos e das liberdades fundamentais para todos, sem distinção de raça, sexo, língua
oureligião.
ARTIGO 56 - Para a realização dos propósitos enumerados no Artigo 55, todos os Membros da
Organização se comprometem a agir em cooperação com esta, em conjunto ou
separadamente.
3. Relativismo v.s. Universalismo
A polêmica visa responder à questão sobre serem os direitos humanos propriamente “universais” ou se
devem ceder ao que estabelecem os sistemas políticos, econômicos, culturais e sociais vigentes em
determinado Estado.
A doutrina relativista sustenta, basicamente, que os meios culturais e morais de determinada
sociedade devem ser respeitados, ainda que em detrimento da proteção dos direitos humanos nessa
mesma sociedade. Entende tal doutrina que não existe uma moral universal e que o conceito de moral,
assim como o de direito, deve ser compreendido levando-se em consideração o contexto cultural em
que se situa
Talvez um dos maiores entraves da Conferência de Viena de 1993 tenha sido a posição dos
países asiáticos e islâmicos, que advogaram a tese de que a proteção dos direitos humanos ali
defendida seria um produto do pensamento ocidental, que tem deixado de lado as peculiaridades
existentes em outros contextos, nos quais aqueles países consideram estar incluídos.
As afirmações de que o sistema de proteção dos direitos humanos tem interesse apenas ocidental,
sendo irrelevante e inaplicável em sociedades com valores histórico-culturais distintos, são falsas e
perniciosas: “Falsas porque todas as Constituições nacionais redigidas após a adoção da
Declaração [Universal dos Direitos Humanos] pela Assembleia-Geral da ONU nela se inspiram ao
tratar dos direitos e liberdades fundamentais, pondo em evidência, assim, o caráter hoje universal de
seus valores. Perniciosas porque abrem possibilidades à invocação do relativismo cultural como
justificativa para violações concretas de direitos já internacionalmente reconhecidos”.
Deve-se também levar em conta que apesar de os dispositivos da Declaração Universal não
agradarem todos os países nenhum deles chega a ofender as tradições de qualquer cultura ou
sistema sociopolítico
OS PACTOS DE
NOVA YORK
1. Criação dos mecanismos de
proteção
A Declaração Universal de 1948 – apesar de ser norma de jus cogens internacional – não dispõe de
meios técnicos para que alguém (que teve seus direitos violados) possa aplicá-la na prática. A
Declaração contemplou os direitos mínimos a serem garantidos pelos Estados àqueles que habitam o
seu território, mas sem trazer em seu texto os instrumentos por meio dos quais se possa vindicar (num
tribunal interno ou numa corte internacional) aqueles direitos por ela assegurados.
A falta de aparato próprio para a aplicabilidade da Declaração deu início a inúmeras discussões
relativamente à verdadeira eficácia de suas normas, nos contextos internacional e interno.
● os direitos econômicos, sociais e culturais seriam não jurisdicionalizáveis (não podendo ser objeto
de ação judicial imediata), de realização progressiva (conforme os meios postos à disposição do
Estado), dependentes de prestação positiva pelo Estado (devendo ser implementados por
políticas públicas estatais) e de difícil monitoramento, sobretudo em sua dimensão individual.
Lingren Alves aponta que tal separação das categorias expostas é reducionista. Não são poucos os
direitos econômicos, sociais e culturais que dependem dos direitos civis e políticos para
sobreviverem, sendo a recíproca também verdadeira.
Na verdade, o verdadeiro fator da criação de dois tratados ao invés de um, foi a dificuldade
para se chegar a acordo sobre mecanismo de monitoramento de sua implementação, além da
recusa de muitos governos de diferentes ideologias em aceitar qualquer tipo de controle externo.
Qual a finalidade?
O Pacto foi aprovado pela Assembleia-Geral da ONU em 16 de dezembro de 1966, por 106 votos a
favor e nenhum contra, com 16 ausências.
Seu rol de direitos civis e políticos é mais amplo que o da Declaração Universal, além de mais rigoroso
na afirmação da obrigação dos Estados em respeitar os direitos nele consagrados. O Pacto,
comparando-se com o Pacto sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, também é melhor
aparelhado com meios de revisão e fiscalização
Logo de início (art. 2º) já se exige o compromisso dos Estados-partes em garantir a todos os indivíduos
que se encontrem em seu território e que estejam sujeitos à sua jurisdição (sejam eles nacionais ou não)
os direitos reconhecidos no tratado, sem discriminação alguma
O problema enfrentado pelo Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos foi a resistência
dos Estados em aceitarem os mecanismos de supervisão e monitoramento dos direitos que
ele elenca. Tais mecanismos encontram-se regulados nos arts. 28 a 45 do Pacto, em que
também se instituiu um Comitê de Direitos Humanos, formado por dezoito peritos, de
nacionalidades distintas e eleitos pelos seus Estados-partes
O Comitê de Direitos Humanos tem, então, um papel de monitoramento relativamente
à implementação pelos Estados dos direitos previstos no Pacto. Mas, para além dessa
função de supervisão, tem o Comitê duas atribuições de fundamental importância.
● A segunda atribuição importante do Comitê, por sua vez, é de natureza investigatória (também
chamada de quase judicial) - esta não decorre do Pacto Internacional de Direitos Civis e
Políticos mas do seu Protocolo Facultativo
3. Protocolo Facultativo ao Pacto sobre
Direitos Civis e Políticos
Finalidade: assegurar o melhor resultado dos propósitos do Pacto, para o qual faculta ao Comitê de
Direitos Humanos (criado pelo Pacto) receber e considerar petições individuais, em caso de violações
dos direitos humanos ali consagrados (international accountability), sistemática que não foi versada
pelo Pacto.
Mecanismo de petições individuais - é a atribuição de capacidade processual internacional aos
indivíduos, permitindo a estes a utilização direta do direito de petição individual. Esse mecanismo
trouxe reflexão direta nos ordenamentos internos dos Estados.
São 2 os requisitos para que sejam admitidas as petições individuais (Art. 5º, §2º do Protocolo
Facultativo):
a) a mesma questão não está sendo examinada perante outra instância internacional de investigação
ou solução - inexistência de litispendência internacional
b) o indivíduo em questão esgotou todos os recursos jurídicos internos disponíveis para a salvaguarda
do seu direito potencialmente violado.- exige o prévio esgotamento de todos os recursos internos
O Protocolo não é claro quanto à eficácia interna das decisões do
Comitê, não obstante se tratar de órgão criado por tratado internacional que
vigora no Estado-parte respectivo.
Ressalte-se que a capacidade de garantir muito dos direitos econômicos, sociais e culturais, pressupõe
a capacidade econômico-financeira, algo que nem todos os Estados dispõem (instabilidade econômica)
A ideia de não acionabilidade dos direitos sociais é meramente ideológica e não científica”,
baseada numa “preconcepção que reforça a equivocada noção de que uma classe de direitos
merece inteiro reconhecimento e respeito, enquanto outra classe,ao revés, não merece
qualquer reconhecimento
Até o ano de 2008 era desconhecido o mecanismo das petições individuais no âmbito do Pacto
Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. Por meio desse Protocolo, o Comitê
de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais fica habilitado a apreciar as petições individuais
Foi a partir do Protocolo que os direitos econômicos, sociais e culturais receberam “justiciabilidade”
São requisitos para que sejam admitidas as petições individuais (Art. 3º, §§ 1º e 2º do Protocolo):
● Esgotamento de todos os recursos internos para a proteção do direito
São inadmissíveis quando:
● não for submetida no prazo de um ano após o esgotamento dos recursos internos, exceto quando o
autor puder demonstrar que não foi possível submeter a comunicação dentro do prazo
● os fatos que constituam o objeto da comunicação tenham ocorrido antes da entrada em vigor do
presente Protocolo para o Estado-Parte em causa, salvo se tais fatos persistiram após tal data
● a mesma questão já tenha sido apreciada pelo Comitê ou tenha sido ou esteja a ser examinada no
âmbito de outro processo internacional de investigação ou de resolução de litígios
SISTEMA REGIONAL
INTERAMERICANO
1. Convenção Americana sobre
Direitos Humanos
A Convenção Americana sobre Direitos Humanos foi assinada em 1969, tendo entrado em vigor
internacional em 18 de julho de 1978, após ter obtido o mínimo de 11 ratificações. Somente os
Estados-membros da OEA têm o direito de se tornar parte dela.
A Convenção Americana não enuncia de forma específica qualquer direito social, cultural ou
econômico; limita-se a determinar aos Estados que alcancem, progressivamente, a plena realização
desses direitos, mediante a adoção de medidas legislativas e outras que se mostrem apropriadas,
nos termos do art. 26 da Convenção.
Competências:
SISTEMA REGIONAL
EUROPEU
ORIGEM E OBJETIVOS GERAIS
Informações iniciais sobre a Convenção Europeia de Direitos Humanos
1° PARTE
(Título I, arts. 2º a 18) são elencados os
direitos e liberdades fundamentais,
essencialmente civis e políticos
2° PARTE
3° PARTE
(Título III, arts. 52 a 59) a
Convenção estabelece algumas disposições
diversas.
pppppppppppp
pppppppppppp
Protocolos Substanciais
pppppppppppp
pppp
● 20 de abril de 1959;
● O primeiro tribunal de
direitos humanos a ser
instalado no Mundo.
● Primeira sentença em 14 de
novembro de 1960, Caso
Lawless Vs. Irlanda
Caso Lawless Vs. Irlanda
● Gerard Richard Lawless
A limitação da competência
consultiva, fez com que até 2005,
não fosse proferido nenhum
parecer consultivo, 42 anos
depois que entrou em vigor.
Competência contenciosa
SISTEMA REGIONAL
AFRICANO
Criação do sistema regional africano
Preâmbulo
[...]
Convencidos de que, para o futuro, é essencial dedicar uma particular atenção ao direito ao
desenvolvimento; que os direitos civis e políticos são indissociáveis dos direitos
econômicos, sociais e culturais, tanto na sua concepção como na sua universalidade, e
que a satisfação dos direitos econômicos, sociais e culturais garante o gozo dos direitos
civis e políticos;
Direitos Humanos e Direitos dos
Povos
Preâmbulo
[...]
diferentes Estados africanos, escolhidos a partir de uma lista de nomes elaborada pelos
Estados-partes, dentre pessoas reconhecidas por sua elevada moralidade e consideração, além da
sua integridade, imparcialidade e de seu notado conhecimento acerca dos direitos humanos e dos
povos. Os membros da Comissão são eleitos pela Conferência dos Chefes de Estado e de
DIREITOS HUMANOS NO
MUNDO ÁRABE
1. LIGA ÁRABE
● Liga dos Estados Árabes, criada pelo Protocolo de Alexandria, em 22 de março de 1945
● Não havia na Carta da Liga, entretanto, qualquer menção à proteção dos direitos
humanos, tendo a primeira Resolução sobre o tema sido adotada pelo Conselho da Liga
Árabe em 12 de setembro de 1966
● Até o presente momento o Mundo Árabe conta apenas com um tratado-regente em matéria de
proteção aos direitos humanos: a Carta Árabe de Direitos Humanos. Desde o seu Preâmbulo,
percebe-se que não se trata de um instrumento laico, eis que fundado na religião islâmica.
Também, em vários dispositivos a Carta submete sua interpretação à Shari’ah
● A Carta já foi também criticada pela então Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos
Humanos, Louise Arbour, por equiparar o sionismo ao racismo, em desconformidade com a
Resolução da Assembleia-Geral 46/86, que rejeita seja o sionismo uma forma de racismo e de
discriminação racial
● Não é possível dizer já existir, repita-se, um verdadeiro “sistema” regional árabe em matéria de
direitos humanos, para o que seria necessária a criação de instâncias de monitoramento
similares às existentes nos continentes europeu, americano e africano. O que existe no “sistema”
árabe de proteção é, por enquanto, apenas o seu tratado-regente (a Carta). Não se tem ainda uma
Comissão e, tampouco, uma Corte árabe de direitos humanos, o que seria necessário para que se
pudesse falar em um verdadeiro e novo sistema regional de proteção
SEÇÃO IX
DIREITOS HUMANOS NA
ÁSIA
1. ASEAN
● O primeiro passo rumo à proteção desses direitos naquela região foi dado quando a
Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, na sigla oficial em inglês) logrou
adotar, em novembro de 2012, uma Declaração de Direitos Humanos.
● Faltam países da região asiática (como Japão, China, Coréia do Norte e Coréia do Sul,
para citar apenas alguns)
1. A DECLARAÇÃO
● A Declaração contém 40 artigos assim divididos: princípios gerais (arts. 1.º a 9.º),
direitos civis e políticos (arts. 10 a 25), direitos econômicos, sociais e culturais (arts.
26 a 34), direito ao desenvolvimento (arts. 35 a 37), direito à paz (art. 38) e
cooperação para a promoção e proteção dos direitos humanos (arts. 39 e 40)
● Na prática, é que os Estados que a adotaram não têm despendido esforços para
implementá-la em âmbito doméstico, o que ainda poderá levar anos para acontecer. Essa
demora para a concretização dos direitos humanos na Ásia
SEÇÃO X
ESTATUTO DE ROMA DO
TRIBUNAL PENAL
INTERNACIONAL
DA NECESSIDADE DE UM TPI
FINAL DA PRIMEIRA
GUERRA MUNDIAL
a) Menores de 18 anos;
b) Estados;
c) Organizações internacionais;
d) Pessoas jurídicas de direito privado
Antinomias (aparentes) com o direito brasileiro
a) Tenha tido por objetivo subtrair o acusado à sua responsabilidade criminal por
crimes da competência do Tribunal; ou
FONTES :
• Direito Constitucional, de
Pedro Lenza (2023)
• Curso de Direito Penal: Parte
Geral, de Paulo Queiroz (2015)
• https://jus.com.br/artigos/29
20/esta-nascendo-o-primeir
o-tribunal-penal-internaciona
l, artigo de Luiz Flávio
Gomes (2002)
• Livros, artigos, etc
SLIDE DE TEXTO
SUB TITULO
Texto
Protocolo n° 11
Content Here
Get a modern PowerPoint
You can simply impress your audience
Presentation that is
and add a unique zing and appeal to
beautifully designed.
your Presentations. Easy to change
colors, photos and Text. Get a modern
PowerPoint Presentation that is
beautifully designed. Easy to change
Content Here
colors, photos and Text.
Get a modern PowerPoint
Your Content Here Presentation that is
beautifully designed.
Linha do Tempo(caso alguém queira)
Informações Informações
• Desenvolvimento
• Desenvolvimento
• “
• “