Apostila 2 Do Discipulador
Apostila 2 Do Discipulador
Apostila 2 Do Discipulador
No amor do Senhor,
Edmar e Estanislau
“Assim que, querendo Deus mostrar mais
abundantemente aos herdeiros da promessa
a imutabilidade do seu propósito, se interpôs
com juramento”(Hb.6:17).
INTRODUÇÃO
PRESBITÉRIO DE JI-PARANÁ.
Nossa função deve ser vista não como aquele que FAZ ou ENSINA, mas como aquele
que COLABORA. Quem FAZ é o Pai (Jo 15.1; 1Co 3.5-9). O que devemos fazer? Nós
devemos:
Quando Deus fez o homem Ele queria ter filhos com a sua imagem,
com a sua natureza e com a sua vida. Deus q ueria ter uma grande família
que expressasse na terra a sua glória e autoridade (Gn.1:27,28).
Por isso, Adão e Eva foram criados à imagem de Deus. Sabemos que cada
ser vivo se reproduz segundo a sua própria espécie. Então quando Adão e Eva se
multiplicassem, reproduziriam filhos à imagem de Deus. Esta seria a família de Deus.
Deus nunca mudou o seu propósito inicial. Ele não tem diversos
planos, não criou um novo alvo, nem desistiu do que queria desde o
princípio. O propósito de Deus é imutável (Is.46:10). Aleluia!
Porque todos os descendentes do primeiro homem ficaram inúteis
para o seu propósito, Deus tem que criar uma nova raça. Como Deus fez
isto? Pelo novo nascimento (I Co.15:45 -48).
Pelo nascimento natural (de carne e sangue) , pertencemos a raça de
Adão, estragada e inútil. Pelo novo nascime nto tornamo-nos participantes da
raça celestial.
Adão perdeu a imagem de Deus porque foi rebelde (Gn.3:1,7). Jesus
sempre fez a vontade do Pai (Jo.4:34), em tudo lhe agradou (Jo.8:29) e foi
obediente até a morte (Fp.2:8).
O homem torna-se uma nova criatura (II Co.5:17), quando recebe a
natureza (II Pe.1:4) e a imagem daquele que o criou (Cl.3:10), quando crê
naquele que o Pai enviou (Jo.6:29), quando nega -se a si mesmo, quando
toma a sua cruz e perde a sua vida (Mt.16:24,25), quando recebe o senhorio
de Jesus (Rm.10:9) e quando se batiza em Cristo (Mc.16:16). Toda a glória
do plano de Deus não se perdeu com o pecado. Deus não desistiu do seu
propósito. Qual é a esperança de Deus para Cumprir tal propósito? “ Cristo
em vós, a esperança da glória” (Cl.1:27).
2. OS MINISTÉRIOS ESPECÍFICOS(Ef.4:11)
3. OS MINISTÉRIOS COMUNS(Ef.4:12)
Embora hajam muitos serviços e tarefas práticas a serem feitas (tais como
limpar, arrumar locais de reuniões, hospedar irmão de fora, preparar a ceia,
tocar instrumentos, etc...), o serviço dos santos é muito mais que isto. Estas
tarefas simples são muito importantes, mas certamente não são um
ministério ou sacerdócio. Ninguém pode fazer só estas coisas e dizer “estou
cumprindo o meu ministério”. O ministério do corpo é o de multiplicar a
vida de Cristo. Isto acontece quando através deste serviço alguém se
converte a Cristo ou alguém cresce em Cristo.
Todos os santos devem participar deste ministério. Todos têm graça
e unção do Senhor para isto.
Os ministérios encontrados no versículos 11. não são dad os a todos
os irmãos, pois são específicos. Deus, pela sua soberana vontade, coloca
pessoas específicas para desempenhá -los. Entretanto, há alguns serviços que
não são específicos, pois são dados para todos os irmãos. São ministérios
comuns dados a todos e nos quais todos devem ser treinados e exercitados
para funcionar. Podemos resumir estes ministérios comuns em basicamente
dois:
Quando uma pessoa está no mundo toda a sua vida é estruturada em padrões
humanos. Em I Pe.1:18 diz que fomos “resgatados do nosso fútil
procedimento que nossos pais nos legaram”. Noutra tradução diz que fomos
“resgatados de uma vã maneira de viver”. Todas as áreas da vida do
homem foram afetadas pelo pecado. Quando o Reino de Deus chega é
necessário ordenar a vida pelo padrão que o Reino impõe, até que sejamos
semelhantes a Jesus. Essa transformação deve atingir desde nossa mente
(Rm.12:2), até os mínimos detalhes do comportamento (Ef.4:22; Cl.3:10).
Todas as áreas da vida (a relação com Deus, relações familiares, trabalho,
estudo, preparo para o casamento, lazer, santidade com o corpo, uso da
língua, etc) devem ser ordenadas pelo padrão de Deus. Na verdad e passamos
por um verdadeiro processo de reeducação como diz em Tt.2:12.
Como Deus ordenará nossas vidas? Como Ele nos aconselhará?
Todos os irmãos precisam entender que Deus não mandará um anjo ao nosso
quarto para nos dar orientações. É para isso que exi stem os relacionamentos
no Corpo. Por isso para que alguém possa ser orientado é necessário que
seja:
· Manso e humilde - Mt.11:29
· Sujeito aos irmãos - I Co.16:16; Ef.5:21
· Submisso aos líderes - Hb.13:17
· Alguém que renunciou a rebelião e a obstinação - I Sm.15:23
· Alguém que dá ouvidos aos conselhos - Pv.12:15
Ninguém pode ser edificado por outro se mantiver uma atitude de
independência, orgulho ou auto -suficiência. Aquela idéia de que “eu sou
submisso só ao Senhor” é uma forma espiritual de justificar a rebelião. Isto
é característica de quem está nas trevas. A obstinação é o pior de todos os
pecados (I Sm.15:23). Alguém que é correto aos seus próprios olhos não
pode ser ensinado e nem corrigido (Pv.12:15).
Há pessoas que são constantemente aconselhadas, contudo fecham os
ouvidos e seguem os seus próprios conselhos. Outras pessoas quando são
corrigidas ou confrontadas, justificam -se com muitas argumentações,
colhendo desta forma, o amargo e doloroso fruto do seu procedimento, mas
mesmo assim continuam segos, não Enxergam. Não aprendem porque os
seus corações estão cheios de pretextos, teimosia e orgulho e eles
consideram-se auto-suficientes.
Discípulo não é assim. Ele é como uma ovelha e não como uma
cabra. Ele aceita a repreensão e ama a correção. Os discípulos devem buscar
ensino e conselho. Devem ouvi-los e praticá-los. Somos membros do Corpo
de Cristo, somos guardas uns dos outros. Temos um compromisso mútuo de
edificação uns com os outros. Deus quer nos ab ençoar através dos irmãos.
· A Palavra de Deus:
A esta o discípulo deve ter uma submissão absoluta. Quando damos a
Palavra de Deus a um discípulo e ele não a recebe, está sendo rebelde.
Nesse caso devemos seguir as orientações dadas por Jesus em Mt.18:15 -20
ou seja a pessoa poderá até ser disciplinada. Todos no Corpo de Cristo e
não apenas o discipulador, têm autoridade para corrigir e repreender
outro irmão dentro do ensino da Palavra . (Deve-se observar antes o ensino
de Gl.6:1 e Mt.7:1-5).
· Nossos Conselhos:
A submissão aqui é relativa. Exemplo: Quando dizemos a um
discípulo que ele não pode casar com uma moça incrédula, estamos dando a
Palavra do Senhor. Isto é absoluto.Mas quando falamos que não é bom que
ele se case com a “irmã fulana”, estamos dando um conselho. Pode ser
que o conselho que damos é baseado no con hecimento que temos da Palavra
de Deus, mas mesmo assim não passa de conselho. É relativo. Se o discípulo
rejeita um conselho, não é necessariamente um rebelde. Entretanto aquele
que nunca aceita conselhos é orgulhoso e auto -suficiente. Não pode ser
edificado(Pv.12:15).
· Nossas Opiniões:
Não é necessário nenhum tipo de submissão às opiniões e gostos
pessoais do discipulador..
Por fim devemos entender que como discipuladores devemos dar
três coisas essenciais ao discípulo:
· Diferenças de Personalidade:
Nunca encontraremos pessoas idênticas. Nem haveria vantagem
nisto. É natural que os discípulos tenham a lgumas dificuldades para se
ajustarem. A benção deste relacionamento, como já vimos, repousa
justamente nisto. Assim os companheiros têm a oportunidade de lidar
biblicamente com suas diferenças podendo aplicar princípios que de outra
forma seriam apenas teóricos (Pv.27:17).
· Ataques do Diabo:
O diabo se levantará contra qualquer aliança de edificação entre
irmãos. Usará mentiras, mal-entendidos, desânimos e suspeitas falsas,
tentando colocar um contra o outro. Os companheiros devem vencer juntos
em oração bem como esclarecer sempre toda questão que surgir(I Sm.20:30 -
34).
· Fofocas:
Um relacionamento de edificação não admitirá comentários nocivos
sobre a vida de outros discípulos nem mesmo a pretexto de “orar
pelo irmão”. Fofocas e contendas entre irmãos são as armas mais terríveis
do diabo para destruir a unidade do Corpo (Pv.6:16 -19).