DB em Arte 1 81 Prof
DB em Arte 1 81 Prof
DB em Arte 1 81 Prof
COM
ARTE
ENSINO MÉDIO
MATERIAL DO PROFESSOR
1
SC AO
O mundo
O
O A A
da arte
B S
D NI R
M DO
O E A
O
N V P
SI N VO
I
EN C S
E S U
O
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A OR XC
E
EM SS L
ST FE IA
SI O ER
O sentido da arte 2
PR AT
Formas e estruturas 20
Luz e cor 38
M
Som e movimento 52
ARTE-M01-1.indd 2
PR AT
SI O ER
ST FE IA
SUCHOTA/SHUTTERSTOCK
1
EM SS L
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EN C S
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SI N VO
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O E A
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O A A
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02/06/2016 11:01:56
VOCÊ VAI APRENDER A
reconhecer a arte como área de conhecimento autônomo;
respeitar o contexto sociocultural em que a arte está inserida;
valorizar a arte como agente integrante na formação do ser humano;
apreciar os significados da arte em suas diversas linguagens e manifestações, con-
siderando-a como um dos elementos fundamentais da estrutura da sociedade;
SC AO
conhecer as diversas linguagens da arte e seus modos de comunicação;
desenvolver relação de autoconfiança com a produção artística.
O
O A A
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SI N VO
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EN C S
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A OR XC
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O SENTIDO
EM SS L
DA ARTE
ST FE IA
SI O ER
A
rte é uma das mais antigas atividades humanas. Está li-
gada à percepção, ideia, emoção ou ao sentimento, es-
timulando tanto a consciência do artista quanto a dos
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aplicação de uma Estudos recentes feitos por pesquisadores da área de genética médica da Universidade de Helsin-
que, na Finlândia, apontam a influência da música clássica no funcionamento do corpo e no controle
regra de beleza, das emoções, inclusive no que diz respeito à melhora de habilidades motoras e de raciocínio.
mas daquilo que o Ouça Contos dos bosques de Viena, do compositor Johann Strauss (1825-1899), apresentada
ao público pela primeira vez em 1868, em Viena. Em seguida, converse com os colegas e o professor
instinto e o cérebro sobre as questões propostas.
SC AO
podem conceber além • A música que você acabou de ouvir é uma obra de arte?
• Para você, o que é uma obra de arte?
de qualquer regra. • Existem outras formas de expressar a arte?
O
O A A
Pablo Picasso • Quando você observa ou ouve uma obra de arte, de modo geral, procura entender para que
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serve e com que finalidade foi criada?
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Orientação ao professor 1. • Que relação existe entre a música que você acabou de ouvir e as imagens a seguir? Converse
Sugerimos que inicie este capítulo com os colegas sobre essas questões.
O E A
com a valsa Contos dos bosques
de Viena, de Johann Strauss, dis-
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ponível em: <https://www.youtube.
com/watch?v=yZGfZDyHkM0> ou
https://www.youtube.com/wat-
SI N VO
ch?v=ZWmRikG0MOQ. Coloque a
música para audição dos alunos e
nada comente. Após dois minutos,
abaixe o volume do som e proponha
I
um diálogo com base nas questões
EN C S
da seção Para começar. Comente:
um estudo dirigido pelo professor
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ARTE 1
ENSINO MÉDIO
Elementos básicos da
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Significados da arte 3 linguagem visual
• Ponto
• Considerações
• Linha
• Arte é conhecimento
• Arte é construção
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• Arte é comunicação
4 Elementos
estruturantes
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Linguagens e classificação
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da arte Interpretação da arte
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O E A
• Linguagens e tipos • Experiência artística
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• Arte erudita, arte popular
e arte de massa
SI N VO
I
6 O belo, o feio,
o gosto
EN C S
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SIGNIFICADOS DA ARTE
A OR XC
Definir o conceito de arte é uma tarefa complexa. Vá- Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.) entendia que o ser hu-
rias são as considerações que se fazem necessárias para mano tem a capacidade de criar uma imitação da realidade.
uma concepção do sentido da arte. Porém, não caberia à ciência nem à filosofia a definição de
E
O mundo está cheio de coisas que, embora apresentem Assim, para o pintor Paul Klee (1879-1940), “a arte não
forma, não podem carregar o título de obra de arte. Isso reproduz o visível, torna visível”; para Max Ernst (1891-
SI O ER
porque a arte precisa de uma forma significante. A Filosofia 1976), pintor alemão naturalizado estadunidense, “a arte
define arte como uma intuição, uma expressão do mundo não tem nada a ver com o gosto, não há nada que o pro-
imaterial projetada no plano material. Para Immanuel Kant ve”; para Leonardo da Vinci (1452-1519), “a beleza perece
(1724-1804), a arte seria a “produção de uma satisfação
PR AT
SC AO
em: <http://www.museu- de uma época e de uma classe
goeldi.br/portal/sites/
default/files/Downloads/ social, denunciando muito de
Cat%C3%A1logo%20 seu tempo.
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Cer%C3%A2mica%20
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A arte acompanha o ser
Marajoara.pdf>. Acesso
humano desde os tempos mais
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em: abr. 2016.
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remotos, fazendo-se presente
VAN GOGH, Vincent. O quarto. 1889. Óleo sobre tela, 56 x 74 cm.
O E A
de modo constante. Alguns de
seus significados são tão eviden- Situada no Museu d’Orsay, Paris, França, a pintura é quase
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uma fotografia, fazendo registro de uma realidade. Além
tes quanto sua existência, ou
de costumes — toalhas e roupas penduradas, retratos
seja, são incontestáveis. Além de na parede, jarra e bacia de toalete no dormitório —,
nhecimento; outro se refere ao fazer, entendido como processo de construção; outro, por fim, é
I
comunicação.
EN C S
A percepção artística responde por uma experiência singular e poderosa porque se faz na cria-
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tividade, na intuição e na imaginação. Pela arte, o ser humano pode se tornar consciente de sua
O
existência individual e social. Por isso, a arte também pode ser política, pode ser um protesto, pode
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ARTE É CONHECIMENTO
E
Os textos a seguir abordam a arte enquanto forma de conhecimento importante para o sujeito
se postar no mundo.
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ser humano produz a partir das perguntas fundamentais que desde sempre se
fez com relação ao seu lugar no mundo.
A manifestação artística tem em comum com o conhecimento científico,
PR AT
6
ARTE 1
ENSINO MÉDIO
SC AO
séculos que se sucederam ao Renascimento, arte e ciência eram cada vez mais por observação de fenôme-
nos concretos.
consideradas como áreas de conhecimento totalmente diferentes, gerando uma
concepção falaciosa, segundo a qual a ciência seria produto do pensamento
racional e a arte, pura sensibilidade. Na verdade, nunca foi possível existir
O
O A A
CONEXÃO
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ciência sem imaginação, nem arte sem conhecimento. Tanto uma como a outra
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são ações criadoras na construção do devir humano. [...]
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LITERATURA
[...] A condição humana pode
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Malba Tahan, um dos mais importantes educadores brasileiros no campo ser percebida nas várias
manifestações de arte.
O
da matemática, disse, no início da década de trinta, que a solução de um pro-
N V P
A poesia é uma delas.
blema matemático é um verdadeiro poema de beleza e simplicidade.
Para um cientista, uma fórmula pode ser “bela”; para um artista plástico,
SI N VO as relações entre a luz e as formas são “problemas a serem resolvidos plastica-
mente”. Parece que há muito mais coisas em comum entre estas duas formas
Tecendo a manhã
Um galo sozinho não tece
[uma manhã:
ele precisará sempre de
de conhecimento do que sonha nossa vã filosofia. [outros galos.
I
EN C S
[...] De um que apanhe esse
[grito que ele
E S U
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: arte. Brasília: MEC/SEF, 1997. p. 26-
e o lance a outro; de um
27. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro06.pdf>. Acesso em: abr. 2016. (Adaptado). [outro galo
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professor da Universidade Federal do Amapá, reforça a importância do conhecimento artístico como e o lance a outro; e de
[outros galos
essencial para o indivíduo se relacionar com o mundo.
que com muitos outros
[galos se cruzem
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ISTOCK/GETTY IMAGES
Atualmente, filósofos e cientistas co- tro das guerras e da paz. E o milagre
meçam a concordar que existem ou- de um grande romance, como de um
tras formas de explicar o mundo tão grande filme, é revelar a universalida-
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SC AO
lósofo italiano, 1918-1991] nos apresenta entre um emissor e um receptor. A forma de comunicação
é que arte é construção, arte é um fazer, que não utiliza sinais verbais, orais nem escritos, é a lingua-
um conjunto de atos pelos quais se muda gem não verbal. Essa forma de linguagem se vale do uso de
a forma, transforma-se a matéria oferecida imagens simbólicas estruturais, como colagem, diagrama,
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O A A
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pela natureza ou pela cultura, constrói-se desenho, entalhe, escultura, gravura, impressão, mapas,
D NI R
algo. Essa transformação se dá por meio do pintura, serigrafia, e outras técnicas gráficas.
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trabalho, de uma techné, que, segundo os A linguagem não verbal também pode ser expressa
O E A
gregos, é um modo exato de perfazer uma pelo corpo na forma de dança, mímica, gesto, postura e
pintura corporal. Suas unidades estruturais costumam in-
O
tarefa.
N V P
[...] Em outras palavras: a arte tem cluir linha, forma, cor, movimento, textura, padrão, dire-
tanto um caráter técnico e racional, quan- ção, orientação, escala, ângulo, espaço e proporção.
SI N VO to outro mais subjetivo, ligado ao prazer
estético, de quem faz ou de quem frui arte.
Com essas palavras verifica-se a limitação
I
EN C S
da concepção que considera a arte apenas
como livre expressão. [...] Um processo de
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da expressão artística.
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ARTE 1
ENSINO MÉDIO
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Snoopy, personagem criado por Charles Schulz, é um cão da
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raça beagle. Criado em 1950, inicialmente o autor o fez como
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um cachorro comum, sem falas em suas aparições. Na tirinha,
observe que o personagem não tem falas, apenas expressões e
O E A
ações que guiam o leitor na contextualização do que se pretende.
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Outra forma de arte enquanto comunicação não ver-
bal é a charge, o cartum e a caricatura. Charge é um estilo Caricatura de um homem de perfil.
SI N VO
I de desenho cômico que ilustra de forma crítica ou irônica
os acontecimentos sociais e políticos de um determinado
contexto, quase sempre delineando os personagens envol-
vidos (políticos, instituições, governos, celebridades, etc). CONEXÃO
EN C S
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HISTÓRIA
O
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da publicação dos trabalhos em
rede, peça autorização aos alunos, participou intensamente dos debates em torno da questão abolicionista e republicana.
certifique-se de que há interesse
Já no século XX, um grande momento da charge no Brasil ocorreu durante a Ditadura Militar
na publicação, evitando possíveis
constrangimentos. Não se esqueça (1964-1985). No tabloide alternativo O Pasquim, fundado já durante a vigência do Ato Institu-
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O A A
de monitorar comentários feito aos cional no 5, que marcou o período mais violento da repressão política, uma geração de talento-
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trabalhos, garantindo um espaço
sos cartunistas como Millôr Fernandes, Jaguar, Claudius, Caulos, Ziraldo e Henfil criou charges
D NI R
confortável, produtivo e inspirador.
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que desafiavam a censura e tocavam em temas polêmicos ou proibidos. Após uma charge que
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ironizou o quadro Independência ou Morte, de Pedro Américo, quase toda a equipe editorial
foi levada à prisão.
O
N V P
CONECTIVIDADE Nos anos 1980, já durante o processo de redemocratização do país, surge uma nova geração
de cartunistas, em sua origem ligada à cultura urbana jovem, ao chamado underground, em
SI N VO
A arte popular brasileira
é rica em diversidade e
criatividade. Acesse o site
do Museu Casa do Pon-
I publicações humorísticas ousadas, como a revista Chiclete com Banana, em São Paulo, e, no
Rio de Janeiro, as revistas Casseta Popular e Planeta Diário. Da primeira saíram importantes
cartunistas como Angeli, Laerte e Glauco, e das segundas, além de cartunistas, vários humo-
tal, localizado no Rio de
ristas que fizeram sucesso posterior na televisão. Atualmente a charge pode ser encontrada
EN C S
Janeiro, e navegue pelas
biografias de alguns dos não apenas na mídia impressa; há sites dedicados ao gênero que apresentam tanto charges
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de suas obras que tenha 1. Minha caricatura. Observe uma fotografia sua e descubra qual sua característica física
gostado, e apresente aos mais acentuada. Lembre-se: ela pode não estar em seu rosto, mas em outra parte do cor-
EM SS L
colegas e ao professor.
po, como nas pernas, pés etc. No caderno de desenho, faça uma caricatura sua na qual
Disponível em: <http://
ST FE IA
www.museucasadopontal. ressalte bem tal característica. Procure dar a seu personagem uma expressão divertida,
com.br/>. cômica, afinal, é para isso que serve esse tipo de desenho.
Acesso em: abr. 2016. 2. História em quadrinhos. No caderno de desenho, crie uma história em quadrinhos se-
SI O ER
opte pela temática de heróis e vilões, lembre-se de que essas personagens costumam
expressar traços físicos e psicológicos, manias, preferências, vícios de linguagem, sota-
M
ques etc.
2. Cenário — Escolha o lugar e o tempo no qual se dará a ação.
3. Roteiro — Defina o número de quadrinhos. Divida uma folha de papel ao meio com
um traço vertical: na coluna da esquerda, descreva as cenas, o cenário e/ou os perso-
nagens; na coluna da direita, produza os diálogos e os pensamentos dos personagens.
Não precisa escrever toda a história.
4. Enquadramento — Em papel de desenho, faça a distribuição das cenas. Algumas podem
ocupar espaço maior ou diferenciado, para causar impacto. O balão que deve ser lido
antes precisa ficar à esquerda e/ou acima do segundo, e assim por diante. Para facilitar,
nomeie os personagens com letras (A, B, C...), que depois serão substituídas pelo nome.
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ARTE 1
ENSINO MÉDIO
5. Produção de texto, desenho e arte-final — Redija todo o texto a lápis. Depois de revisado, escreva-o com
caneta hidrográfica. A arte-final consiste em recobrir os desenhos com caneta hidrocor preta. Colorir é uma
opção. Você pode dar ao leitor a sensação de luz e sombra. O contraste entre tons claros e escuros destaca
uns elementos e “esconde” outros.
6. Título — Crie um título que seja impactante e expresse a história.
SC AO
LINGUAGENS E CLASSIFICAÇÃO DA ARTE
A arte tem quatro linguagens, todas expressando de alguma forma a intenção do artista. Essas linguagens podem se
O
O A A
apresentar na forma simples ou composta, como ocorre com a dança, que é uma forma de expressão corporal e se apoia
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na expressão musical.
D NI R
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LINGUAGENS E TIPOS
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N V P
As quatro linguagens da arte são: artes visuais, teatro, música e dança.
No início do século XX, o crítico de cinema Ricciotto Canudo (1877-1923) publica o Manifesto das Sete Artes, escrito
SI N VO
em 1911. O documento organiza e elenca as diferentes artes em uma lista:
• primeira arte: música;
• segunda arte: dança/coreografia;
I
• terceira arte: pintura;
EN C S
• quarta arte: escultura/arquitetura;
• quinta arte: teatro;
E S U
Recentemente, muitos estudiosos procuram elencar na lista de Canudo novas artes, consideradas próprias da
contemporaneidade:
• oitava arte: fotografia;
E
Assim, quando nos reportamos à primeira arte, estamos falando da música; ao mencionamos a sétima, estamos nos
ST FE IA
se adequam a três vertentes oriundas do contexto de sua produção: arte erudita ou acadêmica, arte popular ou folclórica
e arte de massa.
M
ARTE ERUDITA
A arte erudita busca atender critérios específicos e despertar um juízo de beleza. Teve início no período colonial na
Europa, com os movimentos Barroco, Neoclassicismo e Renascimento, e visava a aristocracia e não o povo. Por essa razão, é
reconhecida como cultura da elite até os dias atuais. Manifesta-se com mais evidência nas artes plásticas, na música, dança
e literatura.
Hoje, a arte erudita pode ser compreendida como resultado do trabalho de artistas dotados de conhecimentos técni-
cos e formais, que fazem parte de uma elite social, econômica, política ou cultural e cujo conhecimento é proveniente
de pensamento científico, literatura, pesquisas universitárias e estudo. A arte erudita cria obras de valores universais,
como a Sinfonia nº- 5, de Ludwig Van Beethoven, as pinturas de Tarsila do Amaral, as fotografias de Sebastião Salgado.
Orientação ao professor 6. Caso tenha disponibilidade, trabalhe com a turma o conceito de Indústria Cultural, termo
criado pelos filósofos Theodor Adorno (1903-1969) e Max Horkheimer (1895-1973). No livro Indústria cultural e sociedade
(São Paulo: Paz e Terra, 2002), os pensadores problematizam os efeitos da cultura massificada, produzida de forma industrial 11
para atender a gostos médios, padronizando manifestações artísticas e transformando cultura em produto.
ARTE 1
ENSINO MÉDIO
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SC AO
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O A A
B S
Além do preço alto dos instrumentos, o aprendizado musical
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exigia muitas horas de treino, preparo e disciplina, o que só se
M DO
encaixava com os estilos de vida de uma elite privilegiada, não
da massa. O violino é um dos instrumentos que compõem uma
O E A
orquestra, responsável por diversas peças musicais eruditas.
Shows de rock podem ser considerados exemplos de cultura de massa.
O
N V P
ARTE POPULAR
SI N VO A arte popular faz parte da cultura de um povo, expres-
sando sentimentos e ideais da coletividade. Essa vertente é
ARTE DIGITAL OU DE COMPUTADOR
Atualmente, fala-se também em arte produzida no
intuitiva e trata de valores locais, regionais. Ao representar ambiente gráfico computacional. Chama-se de arte digi-
I
lendas, crenças e costumes típicos de determinada cultura, tal a criação de obras que se utilizam de ferramentas de
EN C S
traduz a visão de mundo e os sentidos coletivos. Sendo as- software, hardware e até mesmo do espaço virtual. Essas
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sim, normalmente, é uma arte sem autoria. obras caminham entre as técnicas da pintura, impressão ou
O artista popular, em geral, produz por intuição ou
O
imitação. Traduz o universo no qual vive o dia a dia, não A arte digital só pode ser entendida no âmbito da arte
A OR XC
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PR AT
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ARTE DE MASSA
Ainda sem aprofundamento acadêmico e com conhe-
cimento superficial da técnica, o artista pode produzir algo
com valor artístico. A arte de massa funciona como elo en-
tre a cultura erudita e a popular, ignorando totalmente as Composição digital representando formato tridimensional.
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ARTE 1
ENSINO MÉDIO
SC AO
marca sobre determinado espaço ou base. O ponto é o lugar onde duas linhas se cruzam. É o ele- aquarela ou guache.
mento básico da geometria, pois origina todas as outras formas geométricas.
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Uma série de pontos forma uma linha, uma massa de pontos torna-se textu-
O
O A A
ra, forma ou plano.
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PONTILHISMO
O E A
O ponto tem grande poder de atração visual. Isso porque, quando juntos,
O
N V P
os pontos são capazes de dirigir o olhar do espectador. Em grande número e
justapostos, eles criam a ilusão de tom ou cor.
Pontilhismo é uma técnica de pintura cuja proposta é formar imagens
SI N VO
através de minúsculos pontos de cores pincelados diretamente na tela, de ma-
neira que, quando observados da distância correta, parecem se misturar.
Nascida na França no final do século XIX, foi no início do século XX que
I
EN C S
a técnica se consagrou, em especial com as obras de artistas como George
Seurat (1859-1891) e Paul Signac (1863-1935), artistas influentes da corrente
E S U
impressionista.
O
D E L
A OR XC
LINHA
A natureza é a melhor fonte para a observação de linhas, sendo possível
encontrar linhas retas, curvas, irregulares etc. As linhas permitem uma criação
E
indefinida de formas.
Existem alguns conceitos aplicados à linha, segundo os quais ela pode ser
EM SS L
• deslocamento do ponto;
• trajetória definida pelo movimento de um ponto no espaço;
SI O ER
• conjunto de pontos que se sucedem uns aos outros, numa sequência infinita;
• elemento visual que mostra direcionamentos, delimita e insinua formas, cria texturas, carrega
em si a ideia de movimento.
PR AT
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M
As linhas curvas
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presentes na
pelagem da zebra
dão identidade
visual ao animal.
A natureza apresenta diversas formas Nas altas montanhas podemos
geométricas, como esta concha em espiral. observar grandes linhas curvas.
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ARTE 1
ENSINO MÉDIO
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• mistas ou mistilíneas — compostas por linhas retas
e curvas.
Quanto ao tipo de traçado, as linhas podem ser
SC AO
• cheias ou contínuas — o traço não apresenta inter-
rupções, tornando o movimento visual extremamente
rápido;
O
O A A
• tracejadas — representadas por meio de traços.
B S
Quanto maior o intervalo entre os traços, mais lento e
D NI R
M DO
pesado é o movimento;
O E A
• combinadas — representadas por meio de traços e
pontos alternados.
O
N V P
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SI N VO Rabiscos partindo de uma linha com a finalidade
de construir um desenho abstrato ou com formas
reconhecidas, dependendo da visualização de cada pessoa.
I
EN C S
CLASSIFICAÇÃO DA LINHA
EM SS L
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Linhas retas,
Desenho com linhas
curvas,
cheias curvas, côncavas,
onduladas,
convexas e hachuradas
côncavas e
(O uso de retas paralelas
convexas,
bem próximas cria efeitos
voltadas
de tons ou sombras).
para a direita
e para a
esquerda.
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ARTE 1
ENSINO MÉDIO
SC AO
INTERPRETAÇÃO DA ARTE
O
O A A
B S
Não há fórmula para compreender ou interpretar uma obra de arte, porém, é possível observar questões essenciais.
Algumas delas poderão ficar sem respostas, mas com certeza suscitarão reflexões.
D NI R
M DO
Um dos caminhos possíveis para se analisar uma obra de arte é a observação de seus elementos visuais funda-
O E A
mentais: cor, forma, linha, textura, relação luz/sombra, composição. Além disso, é preciso considerar que o artista está
inserido na realidade do tempo em que vive, e que, além de expressar emoções, sua arte denuncia e evoca seu tempo
O
N V P
e seu contexto sociocultural. Para facilitar sua análise, você pode seguir um roteiro: qual o contexto histórico da obra?
Qual a formação acadêmica do criador? Onde essa obra se insere no contexto sociocultural? Faz alguma referência ou
SI N VO denúncia? Qual o contexto criativo? É contemporânea?
O sentido de obra de arte é abrangente e sua leitura nos conduz ao exercício de construir e aprimorar nossos sentidos,
uma vez que a imaginação, a criatividade e a percepção do autor geram interpretações singulares e podem ampliar nossa
I
sensibilidade e entendimento sobre o mundo.
EN C S
Apreendemos a arte primeiro pelos sentidos (percepção). Na sequência, ela é analisada (interpretação simbólica do
E S U
mundo) e, por fim, entendida e apreciada (conhecimento intuitivo). É assim o processo que nos leva à experiência estética.
O
D E L
EXPERIÊNCIA ARTÍSTICA
A OR XC
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Observe as imagens a seguir e as interprete com base no roteiro sugerido
acima. Em seguida, compartilhe suas percepções com seus colegas.
E
EM SS L
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ST FE IA
SI O ER
PR AT
Edifício do Congresso
Nacional, localizado
na capital Brasília. A
construção é expressão
da arte moderna, com
abundante utilização
das linhas retas.
HISTÓRIA
As primeiras manifestações artísticas surgiram na Idade da Pedra Lascada, período também conhecido como
Paleolítico Superior. Acreditando que sua arte poderia influenciar nos eventos mundanos, os artistas, que eram ca-
çadores, retratavam a natureza, especialmente os animais, conforme vista por sua perspectiva. Sendo assim, pode-se
dizer que o naturalismo representa uma das principais características da arte desse período. Segundo a crença desses
SC AO
caçadores, possuindo a imagem de determinado animal, poderiam possuir, também, poder sobre ele — por exemplo,
se o animal fosse retratado com ferimentos ou sem vida, poderia ser, de fato, morto. Tais retratações são conhecidas
como pinturas rupestres, denominação que se aplica àquelas feitas em rochedos e paredes de cavernas. No geral,
para elaborar essas pinturas, era usado sangue de animais, entre outros elementos, como carvão e ossos.
O
O A A
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O E A
O BELO, O FEIO, O GOSTO
O
N V P
A beleza não é uma qualidade inerente; ela é atribuída para
SI N VO
belo nem regras para defini-lo. Não existe um valor estético a partir
do qual podemos julgar todas as obras de artes. Mesmo sendo um
conceito subjetivo, a beleza pode variar conforme a cultura.
I
O conceito de belo pressupõe a existência do feio. Toda a
EN C S
que compreendemos seu significado, nossa avaliação pode ser dife- MUNCH, Edvard. O grito. 1893. Óleo sobre tela,
rente. Podemos ver a beleza da expressão, da técnica, do contexto. têmpera e pastel sobre cartão, 91 x 73 cm.
LABORATÓRIO ARTÍSTICO
DESENHO DO EU
Providencie uma foto de seu rosto e faça uma cópia ampliada no computador ou em máquina fotocopiadora.
A cópia deve ter tamanho proporcional às folhas de seu caderno de desenho. Contorne com caneta hidrocor preta
todos os detalhes de seu rosto — cabelos, olhos, boca, nariz, sobrancelhas — com traços bem acentuados. Coloque
a cópia debaixo de uma folha de seu caderno de desenho e, usando lápis preto, copie a imagem para compor um
esboço de seu rosto. Em seguida, complete-o com lápis preto e, se desejar, pinte com giz de cera. O resultado será
uma obra de arte moderna. Guarde o modelo ampliado para usar posteriormente.
16
ARTE 1
ENSINO MÉDIO
SC AO
2. Interprete os minitextos e complete as afirmações:
O
Isso afirma que a arte é
O A A
B S
com o conhecimento cientí-
D NI R
fico, técnico e filosófico seu conhecimento.
M DO
caráter criador e inovador.
O E A
O
N V P
O processo de criação Isso afirma que a arte é
artística tem dois grandes Significados
SI N VO
I alicerces: a imaginação e o
trabalho.
construção. da arte
EN C S
verbal e mista.
A OR XC
Show musical
EM SS L
ST FE IA
Festa junina
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Arte de massa
Dança do pau-de-fita
PR AT
Arte erudita
M
Apresentação de balé
Arte popular
Bandeirinhas na decoração
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ARTE 1
ENSINO MÉDIO
SC AO
d) na história da arte. b) Ponto, Forma, Cor, Textura.
e) no contexto da arte contemporânea. c) Plano, Figura, Tom, Linha.
d) Diâmetro, Linha, Raio, Fundo.
O
O A A
B S
2. Identifique a alternativa correta com base nas afirma-
D NI R
tivas que seguem. ESTUDO PARA O ENEM
M DO
I. A arte nasceu no Paleolítico Superior. 6. UEM-PR (adaptado) — Com relação às histórias em
O E A
II. Nas paredes de cavernas, os homens primitivos re- quadrinhos, assinale o que for correto.
O
01) Embora a arte do desenho relacionada a um texto
N V P
presentaram cenas de caça.
III. A característica dessas pinturas era o naturalismo. já existisse há muito tempo, a integração do dese-
nho ao texto, como conhecemos hoje, somente
SI N VO a) apenas I e II estão corretas.
b) apenas II e III estão corretas.
c) apenas I e III estão corretas.
apareceria na década de 1930.
02) Roy Lichtenstein é considerado um dos precurso-
d) todas estão corretas. res das histórias em quadrinhos por empregar, em
I
EN C S
e) todas estão incorretas. suas obras, cores primárias, chapadas e contorna-
das por um traço preto.
E S U
prêmio Pulitzer.
ST FE IA
4. Unesc-SC — A linha é o deslocamento contínuo de 16) A condição de obra de arte não pode ser atribuí-
um ponto ou uma sucessão de pontos. De acordo com da às histórias em quadrinhos porque essas, para
a FORMA, assinale a alternativa CORRETA na qual as
SI O ER
APROFUNDAMENTO
5. Unesc-SC — Todos os trabalhos de arte visual são 7. UEM-PR (adaptado) — A respeito da arte brasileira,
composições e para compreendê-las é necessário co- erudita, popular e de massa, assinale o for correto.
nhecer os elementos que estruturam a linguagem e os 01) A temática de contestação social presente no Rock
princípios que regem a combinação desses elementos. Nacional da banda Legião Urbana e de Cazuza é
A composição é a organização ou arranjo dos ele- característica do período posterior à abertura polí-
mentos da arte visual de acordo com seus princípios. tica do fim da ditadura.
Os elementos que estruturam a linguagem visual são
18
ARTE 1
ENSINO MÉDIO
SC AO
das interrelações de elementos que se apresentam nas manifesta-
brasileira, a produção musical popular era prati- ções de vários grupos sociais e étnicos.
O
O A A
16) A bossa-nova carioca estabelece-se como um mo- 9. UEM-PR (adaptado) — Considerando o conceito de
B S
vimento musical originário das classes mais baixas belo ao longo da história da arte, assinale o que for
D NI R
M DO
da população, criticando os valores burgueses da correto.
01) No campo da música, a retomada dos ideais de
O E A
sociedade carioca do período.
proporcionalidade, de equilíbrio e de simetria, tí-
O
N V P
Competência 4 — Compreender a arte como saber cultural e picos do período grego, deu-se principalmente na
estético gerador de significação e integrador da organização do
mundo e da própria identidade.
arte do período Barroco, que tem como principal
SI N VO
I Habilidade 12 — Reconhecer diferentes funções da arte, do tra-
balho da produção dos artistas em seus meios culturais.
expoente o compositor Bach.
02) O movimento expressionista da virada do século
XIX para o século XX é um dos exemplos de poé-
tica artística que se distanciou dos ideais de beleza
8. UEM-PR (adaptado) — Sobre a atitude dos artistas ao
EN C S
jetividades do artista.
de massa, no que diz respeito aos elementos materiais
04) A estética clássica grega, com seus ideais de sime-
O
da gradação tonal, resultando em volumes que Competência 4 — Compreender a arte como saber cultural e
parecem projetar-se da tela. estético gerador de significação e integrador da organização do
mundo e da própria identidade.
08) O brasileiro Hélio Oiticica tornou-se conhecido Habilidade 13 — Analisar as diversas produções artísticas
por produzir telas que mesclavam as gravuras ja- como meio de explicar diferentes culturas, padrões de beleza e
preconceitos.
ponesas com as pinceladas rápidas de Van Gogh,
utilizando a linha como elemento delimitador das
diferentes áreas de cor das figuras representadas.
19
ARTE 1
ENSINO MÉDIO
ARTE-M01-2.indd 20
PR AT
SI O ER
ST FE IA
LORDKUERNYUS/DREAMSTIME
1
EM SS L
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A OR XC
D E L
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EN C S
O I
SI N VO
N V P
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de Aranjuez, Espanha.
Fonte de Narciso, nos jardins
Detalhe das esculturas da
D NI R
O A A
M DO
B S
O
SC AO
O
02/06/2016 11:37:51
VOCÊ VAI APRENDER A
identificar formas e estruturas;
distinguir formas naturais de formas artificiais;
compreender a relação entre estruturas e formas;
reconhecer a importância do projeto arquitetônico;
valorizar a produção visual e o domínio técnico em seus diferentes segmentos e
SC AO
épocas.
O
O A A
B S
D NI R
M DO
O E A
O
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SI N VO
I
2
EN C S
E S U
O
D E L
A OR XC
E
FORMAS E
EM SS L
ESTRUTURAS
ST FE IA
SI O ER
D
e onde os artistas tiram tanta inspiração? Certamen-
te, as boas ideias não vêm apenas de sua própria ca-
beça. Mesmo que sejam geniais, os artistas se valem,
PR AT
ISTOCK/GETTY IMAGES
da arte é dar corpo Observe a imagem, leia a
legenda e converse com os colegas
à essência secreta e o professor sobre estas questões:
das coisas. • Qual a forma e a estrutura des-
sa construção?
Aristóteles • O que será necessário para
SC AO
construir uma obra desse
porte?
O
O A A
B S
D NI R
M DO
O E A
O
N V P
Edifício comercial, formado por
duas conchas de vidro, unidas
SI N VO
I por uma estrutura interna de aço,
em Abu Dhabi, Emirados Árabes
Unidos. A estrutura esférica,
baseada em princípios clássicos
como a proporção áurea, é
EN C S
revestida com vidros espelhados
e jateados, que contribuem para
E S U
ROTEIRO DE APRENDIZAGEM
E
1
• Polígonos regulares
inscritos e circunscritos
3 • Romana
• Românica
SI O ER
Estrutura
• Arquitetura e formas
4 Perspectiva
2 estruturais
• Presença do arco
• Abóbodas e cúpulas
5 Arquitetura e forma na
contemporaneidade
22
ARTE 1
ENSINO MÉDIO
SC AO
do precisou medir terrenos. Foi nessa época que os egípcios
e babilônios começaram a sistematizar os primeiros concei-
tos de formas e estruturas, normalmente associadas à ma-
O
O A A
temática e à engenharia. Uma demonstração disso foram
B S
as edificações das pirâmides e dos templos.
D NI R
M DO
É muito fácil observar a presença das formas geométri-
O E A
cas no cotidiano — nas ruas, nas casas, nos brinquedos, na
natureza, enfim, em tudo —, e perceber que é a linha que
O
N V P
estabelece ou define a forma.
As formas geométricas básicas — quadrado, círculo e Formas geométricas planas.
23
ARTE 1
ENSINO MÉDIO
SC AO
O
O A A
B S
As pedras apresentam formas irregulares
D NI R
M DO
e diversificadas; nenhuma é igual à outra.
Observe esta composição com formas geométricas:
O E A
• Formas artificiais — resultam da ação humana, como
ISTOCK/GETTY IMAGES
O
edificações, carros, obras de arte etc.
N V P
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SI N VO
I
EN C S
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O
D E L
A OR XC
LABORATÓRIO ARTÍSTICO
• Formas funcionais com função específica — quan-
ST FE IA
regulares. Você pode trabalhar com uma única forma ISTOCK/GETTY IMAGES
Os peixes apresentam
Na imagem, observa-se, em destaque, a forma
formas naturais
retangular para a função escada e a forma poligonal
e específicas a
aplicada às poltronas. Além da funcionalidade, essas
cada espécie.
formas cumprem função estética em si, pela beleza
de sua aplicação e pela harmonia do ambiente.
24
ARTE 1
ENSINO MÉDIO
ISTOCK/GETTY IMAGES
[castelo
Corro o lápis em torno da mão e me dou
[uma luva,
E se faço chover, com dois riscos tenho um
[guarda-chuva.
SC AO
Se um pinguinho de tinta cai num pedaci-
[nho azul do papel
Num instante imagino uma linda gaivota a
[voar no céu.
O
O A A
B S
Observe que o desenho é feito sobre uma superfície,
Vai voando, contornando a imensa curva
tendo como dimensões a largura e o comprimento.
D NI R
[Norte e Sul
M DO
• Forma com volume ou tridimensional — apresenta Vou com ela viajando Havaí, Pequim ou
O E A
largura, altura e comprimento. [Istambul
O
Pinto um barco a vela branco navegando
N V P
ISTOCK/GETTY IMAGES
Numa folha qualquer eu desenho um sol produção aos colegas e ao professor. Se possível,
ST FE IA
ESTRUTURA
PR AT
O corpo humano tem uma estrutura que lhe permite ficar em pé e executar certos movimentos, como andar. O esque-
leto é responsável por essa estrutura, e embora não seja visível, é percebido e conhecido por todos nós.
Assim como o esqueleto humano, muitas estruturas sustentam
M
Orientação ao professor 9. Sugerimos organizar uma instalação artística com os resultados das produções. Para isso, imprima a canção em tamanho
ampliado e afixe numa das paredes da sala de aula. Ambiente com um grande sol amarelo, que pode ser feito com uma esfera de isopor, componha
gaivotas explorando recursos das técnicas de dobraduras no estilo origami, e arme um guarda-chuva. Assim, os alunos terão um bom cenário para foto-
25
grafias. Aproveite as fotos no capítulo 4, no qual será abordado o tema fotografia. ARTE 1
ENSINO MÉDIO
ISTOCK/GETTY IMAGES
rente dos materiais disponíveis e empregados. A ideia de
trabalhar a beleza na estrutura de um edifício é tão antiga
quanto a ideia de arquitetura. Os elementos estruturais —
muros, pilares, vigas, arcos — sempre tiveram grande im-
SC AO
portância na sustentação desses edifícios, mas também fo-
ram elaborados com viés decorativo.
A arquitetura tem o poder de fascinar e intrigar porque
O
O A A
encarna valores; podemos dizer que ela é o pensamento
B S
transformado em matéria. Quantas vezes paramos diante
D NI R
M DO
de uma obra e nos perguntamos como a mesma foi conce-
O E A
bida e construída.
Na Antiguidade, as formas estruturais eram limitadas
O
N V P
aos materiais disponíveis — pedra, argila e madeira. A pe- Nessa construção da Idade Antiga, vê-se uma
janela em parede feita de pedras e argamassa.
dra era o material mais resistente e também o mais difícil
SI N VO para trabalhar. Ela permitia maiores possibilidades estéticas
e tinha extrema beleza e durabilidade, o que se comprova
Os novos materiais e tecnologias possibilitam formas
inovadoras e arrojadas para a arquitetura, pois a tendência
pela existência, até os dias de hoje, das pirâmides, templos da modernidade é a constante transformação.
I
e edifícios egípcios, gregos e romanos.
EN C S
STOCK/GETTY IMAGES
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A OR XC
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ARTE 1
ENSINO MÉDIO
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SC AO
O
O A A
B S
Arcada da Galleria Vittorio Emanuele II, na cidade de Milão, Itália.
D NI R
M DO
O arco é um elemento em curva, isto é, arredondado,
O E A
que normalmente emoldura a parte superior de um vão
O
N V P
(abertura, passagem) ou reentrância, suportando o peso
vertical do muro (parede) em que se encontra. Seu uso é
SI N VO
I adequado em portas, janelas, pontes, aquedutos, elemen-
tos de composição tridimensional de abóbadas e em pare-
des e vigas. Ao conjunto de arcos damos o nome de arcada.
Enquanto estrutura arquitetônica, o arco foi criado
EN C S
volta perfeita” ou “arco pleno”, pelo semicircular e por seu 126 d.C., possui a maior abóbada com vão livre da
assentamento em pilares. Antiguidade, com 43,44 m de diâmetro, sem pilares ou
O
D E L
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EM SS L
ST FE IA
SI O ER
ABÓBADAS E CÚPULAS
M
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ARTE 1
ENSINO MÉDIO
SC AO
a.C.), Arte Clássica (de para as manifestações artísticas egípcias.
1000 a.C. a 300 d.C), O Partenon, célebre templo de ordem dó-
Arte Medieval (de 300 As esculturas mostravam as pessoas como rica e o maior da Acrópole de Atenas, foi cons-
a 1350), Arte Moderna elas desejavam ser — jovens, fortes e elegantes, truído no século V a.C. (entre os anos 447 e
(de 1350 a 1850) e, final- características que refletem na solidez e na du-
O
O A A
mente, Arte Contempo- 438 a.C.) e dedicado à deusa, uma das mais
B S
rânea (de 1850 aos dias
rabilidade da arquitetura egípcia. importantes da mitologia grega. Foi o templo
D NI R
M DO
atuais). mais grandioso e ricamente decorado de todos
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os tempos.
O E A
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O
N V P
SI N VO
I
CONEXÃO
CONEXÕES
GEOMETRIA
EN C S
Os templos foram a
expressão arquitetônica
E S U
inspirada na paisagem
egípcia, nas folhas do pa-
A OR XC
e encontra-se atualmente no Museu do Cairo. as colunas e as paredes dos núcleos dos tem-
plos, e acima das colunas, os frisos. Uma das
Outra expressão artística são as esfinges,
SI O ER
Muitas esculturas em ouro foram encon- história. Eles buscavam privilegiar conceitos que
tradas nas tumbas dos faraós, o que demons- primavam pela interação entre o equilíbrio, a
tra domínio e técnica com esse metal. Como beleza e a simplicidade.
ON
EARS
VO P
ACER
28
ARTE 1
ENSINO MÉDIO
ISTOCK/GETTY IMAGES
com materiais simples e baratos, e as mais sun-
tuosas, com pedras e mármore.
Capitel: extremidade
As colunas representam um traço marcante superior da coluna, do pilar
da arquitetura grega. As da parte superior deter- ou da pilastra, cuja função
mecânica é transmitir os
minavam o estilo (ordem) das construções. Veja-
Capitel com esforços para o fuste, parte
mos a seguir quais estilos ou ordens são esses. escultura da da coluna entre o capitel
• Ordem dórica — expressa por uma coluna coluna coríntia. e a base.
SC AO
Na Grécia, era predominante a ordem dóri-
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O
O A A
B S
na arquitetura grega e romana. Os gregos prio-
rizavam o mármore e granito em suas constru-
D NI R
M DO
ções, enquanto os romanos valorizavam tijolos
O E A
e concreto.
O
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SI N VO
I
Coluna em estilo dórico.
EN C S
• Ordem jônica — mais fina e graciosa, tem
coluna canelada e capitel com voltas (tipo Capitel com
E S U
representação de
caracol). folhas de palmeira.
O
D E L
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A OR XC
29
ARTE 1
ENSINO MÉDIO
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Ao longo do século IV
a.C., mais especificamen-
ISTOCK/GETTY IMAGES
te entre 323 e 327 a.C,
devido a suas conquistas,
Alexandre Magno levou
a arte grega até a Índia.
SC AO
Assim, numerosos artistas
tiveram acesso à cultura
daqueles locais. Ocorreu,
então, mudança na
compreensão dos valores
O
O A A
estéticos e culturais; o
B S
antigo conceito de arte
D NI R
M DO
passou a não mais se
basear em privilégios de
O E A
classe ou de nascimento,
mas se ligar a valores
O
N V P
puramente humanos e Coluna de Trajano, construída em Roma
racionais. pelo imperador Trajano, no ano 113 d.C.
SI N VO
ISTOCK/GETTY IMAGES
CONECTIVIDADE
CONEXÕES
I
Confira o curta dispo-
EN C S
dded&v=A6AAv1o0LIM>.
Acesso em: abr. 2016. ROMANA
A arte romana começou a se desenvolver
EM SS L
30
ARTE 1
ENSINO MÉDIO
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O estilo românico, que vem com a queda
CONEXÃO
CONEXÕES
de Roma e a expansão do cristianismo, visava a
unificação da arte na Europa. A arquitetura româ-
HISTÓRIA
nica recebeu influência da arquitetura romana e As construções românicas
bizantina. da Idade Média foram
São características do estilo românico: cons- erguidas com funções
diversas: as igrejas para
truções grandes e sólidas, estilizadas e austeras, de os fiéis (o povo), os mos-
SC AO
paredes maciças; pilares muito grossos que susten- teiros para os monges
tavam arcos redondos e teto abobadado; janelas e abades, e os castelos
para os nobres e senho-
pequenas; interior pouco iluminado; predominân-
res feudais.
O
cia das linhas horizontais e aspecto resistente. A de-
O A A
B S
coração era feita com santos, animais e faixas com
D NI R
M DO
desenhos geométricos inspirados nas construções
gregas. As edificações eram levantadas com pedras
O E A
e tijolos; geralmente agregando elementos como
O
N V P
o arco pleno e abóbadas de berço apoiadas sobre A Catedral de Pisa, na Itália, é a mais
famosa igreja de estilo românico.
dois pilares.
SI N VO
LABORATÓRIO ARTÍSTICO Orientação ao professor 11.
I
Recapitule o conteúdo sobre ar-
EN C S
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do. Considerando que o trabalho
pode apresentar função catártica,
A OR XC
fo com três cenas retratando as suas conquistas pessoais ou algum episódio de suas vivências
do qual você se orgulha. Para a atividade, utilize as medidas de referência: 20 x 25 cm. Defina
no arco os locais para os relevos ou desenhos. Em outra folha, esboce os desenhos que você
M
GÓTICA
A partir do final do século XII, a Europa passou por grandes transformações sociais e econômi-
cas. Isso refletiu nas artes. Os templos se tornaram ambientes mais agradáveis e cheios de luz, com
grandes vitrais coloridos que expressavam, normalmente, cenas religiosas, bíblicas ou da vida de san-
tos. As esculturas com expressões tenebrosas foram substituídas por esculturas mais humanas e reais.
31
ARTE 1
ENSINO MÉDIO
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HISTÓRIA
sólidos pilares. Esse estilo, ao qual se atribuiu o
Maias e olmecas (2600
a.C.) formaram uma das
nome de Gótico, tem sua expressão maior na
primeiras civilizações da arquitetura de basílicas como a de Saint-Denis
história. e Notre-Dame, em Paris, e as das cidades de
Os incas viveram aproxi- Amiens e de Chartres, também na França; a
madamente de 3000 a.C.
Duomo, em Milão, na Itália; e a de Colônia, na
SC AO
a 1533 d.C., com maior
predominância no Peru, Alemanha.
e influenciaram Chile, Bo-
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O
O A A
B S
Já os astecas são um Construção asteca no parque
povo indígena perten-
D NI R
arqueológico de Chichén Itzá, México.
M DO
cente ao grupo nahua,
também chamados de
O E A
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mexicas (daí México).
O
N V P
SI N VO
CONEXÃO
CONEXÕES
SOCIOLOGIA
I
Os astecas atingiram alto
EN C S
Basílica de Saint-Denis, em Paris,
grau de desenvolvimento França, exemplo da arquitetura gótica.
E S U
tecnológico e cultural,
organizando-se em di-
O
guerreiros, comerciantes
As civilizações Maia, Asteca e Inca eram
e escravos.
bastante desenvolvidas e totalmente inde-
pendentes entre si; cada uma tinha a própria
E
cultura.
Os Maias ocuparam as regiões do sul do
EM SS L
século IV e IX a.C. Na construção de suas for- século X ao XII, e cujas construções grandiosas
talezas, usavam grandes plataformas de pedras inspiraram outros povos, como os Astecas.
talhadas.
Quanto à civilização Asteca, a cidade de Te- BRASILEIRA
nochtitlán, atual cidade do México, é destaque A arquitetura no Brasil é resultado da mis-
PR AT
de sua arquitetura e civilização. Lá se encontram tura de povos que, vindos dos mais diversos paí-
grandes pirâmides, templos e suntuosos palá- ses, instalaram-se em diferentes regiões do país.
cios. A civilização Asteca perdurou do século XIV
M
ARTE 1
ENSINO MÉDIO
SC AO
O Cristo Redentor é a maior estátua brasileira,
com 38 metros de altura e mais de mil toneladas.
Inaugurado em 1931, localizado no Morro do
Corcovado, no Rio de Janeiro, é um dos maiores
símbolos do estilo Art Déco do mundo. Esse estilo
O
O A A
B S
surgiu na Europa na década de 1920, espalhando-se
pela cultura ocidental através de diversos campos
D NI R
M DO
artísticos, passando a ser visto como símbolo da
modernidade. Sua característica principal está
O E A
nas formas geométricas. Algumas linhas fazem
lembrar o Cubismo, mas sua inspiração veio de
O
N V P
culturas antigas, como a grega e a egípcia.
LABORATÓRIO ARTÍSTICO
E
ESCULTURA
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EM SS L
Michelangelo (1475-1564) escreveu para seu colega Benedetto Varchi: “Por es-
cultura entendo aquilo que se faz por meio de um processo de subtração; o que se
faz por um processo de adição é a modelagem, mais semelhante à pintura”. (CUNHA,
PR AT
2003, p. 254). Outro grande escultor, o francês Auguste Rodin (1840-1917), criador
da escultura O pensador, reforça essa ideia de subtração, pois costumava dizer que
escolhia um bloco de mármore e dele retirava tudo que não precisava.
M
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ARTE 1
ENSINO MÉDIO
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SC AO
O
O A A
B S
D NI R
M DO
Estátua de bronze em
Beijing (Pequim), na China.
O E A
O
N V P
Escultura inca milenar localizada na Bolívia.
SI N VO
PERSPECTIVA
I
EN C S
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E S U
a arte.
A Basílica de Santa Maria do Santo Espírito,
ST FE IA
em situar uma linha imaginária (linha do horizon- Basílica de Santa Maria do Espírito Marcação do
te ou ponto de fuga) à altura dos olhos. Tudo Santo, arquitetura renascentista ponto de fuga para
de Filippo Brunelleschi. conhecimento didático.
aquilo que está abaixo da linha do horizonte é
M
visto desse ponto para baixo; aquilo que está acima da linha é visto da linha para cima. Numa mesma linha do horizonte
pode-se marcar mais do que um ponto de fuga. A fuga remete à linha do horizonte. As linhas paralelas em direção ao ponto
de fuga dão a impressão de se deslocarem rumo ao infinito.
A perspectiva, também conhecida como “ponto de fuga”, é o método que permite a represen-
tação de objetos tridimensionais em superfícies bidimensionais, por meio de regras geométricas de
projeção. Pela perspectiva linear, o artista representa um objeto tridimensional projetando-o sobre
um plano a partir de um ponto — o ponto de fuga, que se encontra sobre o eixo óptico ou de visão,
uma linha de horizonte imaginária.
CUNHA, Newton. Dicionário SESC: a linguagem cultura. São Paulo: Perspectiva, 2003. p. 500.
→ o seu contorno a partir de uma perspectiva lateral. Peça que abram os olhos e que desenhem a silhueta dessa cadeira sem profundidade. Em
34 seguida, peça que tracem uma linha no horizonte, além da cadeira plana. Dentro da linha do horizonte, o aluno deverá inserir um ponto de
fuga, representado através de um pequeno círculo. Proponha que peguem todas as retas da cadeira desenhada e levem cada reta, uma por
ARTE 1 vez, até o ponto de fuga traçado no horizonte da folha. Quando acabarem, os alunos terão um esboço de uma cadeira em perspectiva gráfica.
ENSINO MÉDIO
P.F. P.F.
A perspectiva e
L.H.
SC AO
o ponto de fuga
podem sugerir
a convergência Observador
L.T.
para um túnel
ferroviário.
O
O A A
B S
Linha do horizonte Ponto de fuga
D NI R
ga
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Fu
de
O E A
ha
Lin
O
N V P
P.F.
L.H.
SI N VO
ILUSTRAÇÕES: ACERVO PEARSON
I
EN C S
E S U
O
D E L
As mudanças ocorridas nos séculos XIX e XX alteraram os conceitos de arte, modificando, inclusive, as referências no
campo da arquitetura. Isso se deu de modo enfático pelas possibilidades de uso de novas técnicas e materiais produzidos
E
industrialmente, como aço laminado, concreto, vidro e plástico, nas mais variadas composições.
A arquitetura contemporânea não possui uma característica específica e particular; ela é uma variedade de correntes
EM SS L
conceituais, com destaque para formas geométricas simples, coluna cilíndrica, janelas quadradas repetindo-se em alinha-
ST FE IA
mentos horizontais e verticais e formas não retilíneas, resultando em nova forma. Reflete, assim, uma sensação de urgência
e dinamismo, valendo-se das formas e cores para reafirmar o caráter impressionista dos novos tempos.
SI O ER
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PR AT
M
35
ARTE 1
ENSINO MÉDIO
SC AO
2. Planejamento urbano: A cidade de meus sonhos.
Com base em seus estudos, reflita sobre uma cidade ideal para se viver. Utilize o caderno de desenho para
O
O A A
B S
projetar uma cidade. Tente sair dos padrões convencionais, seja futurista.
D NI R
Após as orientações do seu professor, siga o roteiro abaixo.
M DO
1. Faça a demarcação da área total da cidade e dos rios que a cruzam.
O E A
2. Depois, demarque as grandes avenidas. Haverá projeto de pontes? Onde?
O
N V P
3. Defina as áreas verdes, as praças e os parques; as áreas de lazer, educação, saúde, comércio e administração
da cidade; as centrais de energia elétrica ou solar, de distribuição de água, de tratamento do lixo, o cemitério
• verde para parques, praças e áreas de lazer; de lixo até questões de acessibilidade, saúde, trans-
porte e lazer. Projete dois mapas, sendo um de Brasília
• amarela para as quadras com casas baixas;
A OR XC
Por fim, finalizadas essas tarefas, converse com o professor sobre elas, ouvindo suas opiniões e sugestões de
melhoria.
EM SS L
ST FE IA
3. Seminário
Quais são as inovações de seu projeto “A cidade de meus sonhos”? Apresente para os colegas o planejamento
SI O ER
urbano que você delineou, explique os detalhes do projeto e as inovações nele previstas. Use as linhas para
pontuar as inovações do projeto.
→ crescendo. Compare-as com São Paulo. Faça os alunos perceberem a diferença entre elas. Peça para mencionarem o nome de áreas urbanas que
PR AT
conhecem e para descreverem características interessantes ou ruins de cada uma delas. Mostre imagens de lugares diferentes, antigos, modernos,
agitados, calmos. Faça-os perceber como é viver numa cidade grande, como as pessoas são influenciadas pela agitação e quais os problemas per-
M
cebidos no perímetro urbano. Comente que grande parte das cidades e construções que elas abrigam não contaram com um projeto arquitetônico.
Comente como o planejamento pode melhorar ou solucionar alguns dos principais problemas urbanos. Pergunte como é a cidade de seus sonhos.
Proponha que realizem o exercício no caderno de desenho. Oriente-os quanto às etapas do projeto. Na primeira etapa, incentive-os a delimitar a
área de quase toda a folha do caderno. Peça para que escolham formas diferentes do quadrado e do retângulo para a área da cidade. Na segunda
etapa, incentive-os a realizar um estudo do terreno. Na terceira, a realizar a projeção no papel. Pelo menos a primeira etapa deve ser realizada em
sala com sua orientação. Antes do início do desenho, interprete com os alunos o roteiro proposto. Marque um dia para que eles apresentem os
trabalhos aos colegas e, a seguir, organize uma exposição. Se preferir, oriente os alunos a realizar o trabalho em grupo.
36
ARTE 1
ENSINO MÉDIO
SC AO
o auge do desenvolvimento artístico na Idade Média,
Roma, a ordem coríntia. chegando a superar a arquitetura clássica em termos
( ) As colunas são semelhantes na arquitetura grega de ousadia tecnológica. Os desenvolvimentos arqui-
e romana. tetônicos que permitiram a construção das catedrais
O
O A A
B S
( ) Os gregos usavam materiais como mármore e gra- góticas foram
nito, já os romanos usavam tijolos e concreto.
D NI R
a) a treliça das paredes e as naves mais altas.
M DO
( ) Apesar de serem comuns na Grécia, os arcos fo- b) a abóboda com traves e suportes externos.
O E A
ram mais utilizados pelos romanos. c) a abóboda com traves e a treliça das paredes.
( ) Tanto gregos quanto romanos usavam frontões
O
d) as naves mais altas e a abóboda com traves.
N V P
superornamentados e desenvolvidos. e) os suportes externos, chamados contrafortes, e as
naves mais altas.
SI N VO
2. Sobre os vitrais marque a alternativa correta.
a) Vitrais são os vidros utilizados para construir janelas.
Competência 1 — Compreender os elementos culturais que
constituem as identidades.
b) Nos vitrais não ocorria geralmente variação de cor. Habilidade 5 — Identificar as manifestações ou representações
I
da diversidade do patrimônio cultural e artístico em diferentes
EN C S
c) Os vitrais continham figuras bíblicas. sociedades.
d) Da Vinci foi um grande produtor de vitrais.
E S U
O
D E L
d) A linha é uma das maneiras mais complexas de c) a disposição simétrica das curvas, conferindo sa-
expressão. liência e distorção à base.
d) a oposição de curvas em concreto, configurando
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ARTE 1
ENSINO MÉDIO
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15/08/2016 20:40:58
VOCÊ VAI APRENDER A
compreender o que é cor;
valorizar a presença da luz para a manifestação da cor;
estudar os conceitos básicos de cor e seu uso;
desenvolver a percepção e a apreciação estética;
compreender a modalidade de artes plásticas e de fotografia como expressões
SC AO
humanas.
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LUZ E COR
EM SS L
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A
cor é um fenômeno que não existe de forma indepen-
SI O ER
muro e tive o céu ao Ouça a canção Esquadros, da cantora e compositora gaúcha Adriana Calcanhotto. A canção,
de 1992, foi dedicada ao irmão da cantora, Cláudio. Além de abordar a alienação da televisão e
alcance das mãos. da mídia, a canção também descreve os medos e anseios da cantora na tentativa de proteger o
irmão. Em determinado trecho, a cantora fala sobre escuridão e sobre as cores de artistas como
Helena Kolody
Pedro Almodóvar e Frida Kahlo. Você conhece esses artistas? Por que será que eles são conhecido
por suas “cores’’?
SC AO
Com seus colegas, faça uma pesquisa sobre esses ícones do cinema e das artes plásticas.
O
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ROTEIRO DE APRENDIZAGEM
B S
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Arte contemporânea
• Happening
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Luz e Cor
• Op-art
1
• Considerações
3 • Assemblage
SI N VO
I • Disco ou círculo
cromático
• Tonalidade
• Performance
• Arte urbana ou street-art
• Instalação
EN C S
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• Arte Impressionista
2 • Arte Pós-Impressionista
• Expressionismo
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• Fauvismo Fotografia
• Cubismo • Fotojornalismo
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publicitária
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LUZ E COR
O mundo é colorido. A cor é um fenômeno e constitui uma das principais características do
M
mundo. Ela só se manifesta quando recebe a incidência da luz. A luz é independente, pois existe por
si mesma. Então, os objetos somente são visíveis porque a luz existe.
CONSIDERAÇÕES
A compreensão e o uso das cores no século XIX revolucionou o mundo das artes. Muito antes
disso, reunindo manuscritos feitos no século XVI, o Tratado da pintura e da paisagem: sombra e
luz, de Leonardo da Vinci, já abordava formulações teóricas sobre conceitos de cores primárias e
apontava o branco como somatório de todas as cores. Além disso, fazia referência ao conceito de
luz e trevas como meio de revelação dos fenômenos cromáticos, afirmando: “A soma das sombras
é proporcional à soma das luzes”. Segundo da Vinci, uma cor clara ao lado de outra escura tende
40
ARTE 1
ENSINO MÉDIO
ACERVO PEARSON
tempo, a escura se torna ainda mais escura pela aproxima-
ção da cor clara.
SC AO
Vermelho mediária. Assim, vermelho + alaranjado = vermelho-alaran-
(primário) Vermelho-laranja
Vermelho-violeta jado; azul + verde = azul-esverdeado.
(terciário) (terciário)
ACERVO PEARSON
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Violeta Laranja
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(secundario) (secundario)
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Amarelo-
Azul-violeta -laranja
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(terciário) (terciario)
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Azul Amarelo
(primário) (primário)
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I Azul-verde
(terciario)
Verde
(secundario)
Amarelo-verde
(terciario) CORES TERCIÁRIAS OU COMPLEMENTARES
No círculo cromático, toda cor primária corresponde
a uma cor secundária que lhe é diametralmente oposta,
EN C S
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ST FE IA
CORES PRIMÁRIAS
SI O ER
CORES SECUNDÁRIAS
As cores secundárias resultam da mistura de duas cores
primárias: vermelho + amarelo = laranja; amarelo + azul = Monocromia. Ilustração em tom de cinza degradê.
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ENSINO MÉDIO
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cor laranja.
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Matizes e tons.
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POLICROMIA E MONOCROMIA
Uma pintura com várias cores recebe o nome de poli-
EN C S
CORES QUENTES E FRIAS
cromática, independente da técnica, das tintas ou do de-
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HIBA04/DREAMSTIME
E
Quentes
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Frias
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ARTE 1
ENSINO MÉDIO
emprego significativo do jogo de luz e cor, buscando expressar com maior realismo a cena retratada No caderno, desenhe
ou focar os personagens de maior destaque na obra de arte. um objeto e pinte com
tinta guache na cor
Séculos mais tarde, o movimento impressionista buscaria captar a luz como expressão do mo- de sua preferência, na
mento vivido pelo artista. modalidade monocro-
mática, observando uma
SC AO
escala tonal qualquer.
ARTE RENASCENTISTA Você pode partir do tom
mais escuro para o mais
Os artistas renascentistas pintavam algumas áreas muito iluminadas e outras com muita sombra. claro, acrescentando
O
O A A
Esse contraste entre claro e escuro buscava dar impressão de volume a certas partes da obra. Com a tinta branca, ou do mais
B S
claro para o mais escuro,
mesma finalidade, também usavam a técnica do sfumato, da graduação de cor, da sombra para a
D NI R
acrescentando tinta preta
M DO
luz. Monalisa, de Leonardo da Vinci, é exemplo de obra que resultou da mistura de uma tonalidade (em quantidades muito
dentro de outra, ganhando impressão de profundidade, forma e volume.
O E A
reduzidas).
Os renascentistas usavam também a perspectiva atmosférica, na qual trabalhavam as variações
O
N V P
entre luz e cor com a finalidade de criar sensação de profundidade. Para isso, em objetos ou espaços
Sfumato: técnica de esfu-
mais afastados, empregavam cores frias; para elementos em primeiro plano, cores quentes. maçar as cores, suavizando
SI N VO O Renascimento ficou marcado como o período dos grandes gênios da arte. Foram destaque:
Leonardo da Vinci, Sandro Botticelli, Michelangelo Buonarroti, e outros.
I tons e garantindo efeitos de
tonalidades.
Da Vinci foi a maior expressão da pintura renascentista. Músico, arquiteto, compositor, escultor, CONEXÃO
E S U
detentora do poder,
começou a ter dificulda-
ST FE IA
43
ARTE 1
ENSINO MÉDIO
as tonalidades claras.
SC AO
O francês Monet é considerado o precursor do Impres-
sionismo. A obra Impressão, nascer do sol é considerada
uma das mais importante de sua carreira.
O
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MUSEE MARMOTTAN MONET, PARIS
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BOTTICELLI, Sandro. O Nascimento de Vênus. 1484.
Têmpera sobre madeira, 172,5 x 278,5 cm.
SI N VO
I Para a época, esta pintura foi revolucionária, por ser a
primeira obra renascentista de grande porte que retratou
um tema laico e mitológico.
EN C S
autor de obras como Moisés, esculpida sobre a tumba do MONET, Claude. Impressão, nascer do sol.
D E L
COLEÇÃO PARTICULAR
ST FE IA
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MICHELANGELO. A criação de Adão. 1508-1512. Afresco, 280 x 570 cm. RENOIR, Pierre-
Auguste. As duas
A obra foi pintada no teto da Capela Sistina, na Itália, e representa irmãs. 1889. Óleo
a criação do homem conforme a imagem de seu criador. Deus é
M
44
ARTE 1
ENSINO MÉDIO
SC AO
entre o impressionismo e os movimentos artísticos que caracterizaram a
arte contemporânea.
Fizeram parte desse movimento, entre outros artistas, Vincent Van
O
Gogh (1853-1890), Paul Cézanne e Georges Seurat (1859–1891).
O A A
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EXPRESSIONISMO VAN GOGH, Vincent. Vinha encarnada.
O E A
1888. Óleo sobre tela, 75 x 93 cm.
Os artistas desse movimento artístico expressaram sentimentos e
A obra foi inspirada pelo outono na Europa,
O
N V P
emoções, valendo-se para isso de linhas e cores vibrantes e da defor-
época da colheita tardia de uvas. Van Gogh a
mação da realidade. Os mais notáveis representantes foram o precur- pintou e escreveu a seu irmão Théo dizendo que
sor Van Gogh, que é considerado um artista de transição, Paul Gauguin o tinha feito após a chuva, ao pôr do sol, e que,
SI N VO
(1848-1903), Henri de Tolouse-Lautrech (1864-1901) e Edvard Munch
(1863-1944).
I por isso, pintou o chão de violeta e as folhas
das parreiras de vermelho. O toque esverdeado
no céu foi usado para contrastar com os tons de
vermelho quente que dominam a composição.
EN C S
FAUVISMO
E S U
O Fauvismo (derivado do termo francês fauves = feras) surgiu na França, considerando basica-
O
D E L
mente dois princípios: a simplificação das formas e figuras, e o emprego das cores puras, sem mistu-
ra. Foram destaque desse movimento os artistas Henri Matisse (1869-1954), Paul Gauguin, Georges
A OR XC
CUBISMO
E
CONECTIVIDADE
CONEXÕES
Movimento artístico que propunha a utilização de figuras geométricas para tratar das formas da
EM SS L
natureza, não tendo compromisso com a aparência real das coisas. No Brasil, grandes pintores como Em 1946, Salvador Dalí
e Walt Disney forma-
ST FE IA
Anita Malfatti (1889-1964), Vicente do Rego Monteiro (1899-1970) e Tarsila do Amaral (1886-1973)
lizaram uma parceria
participaram do movimento. para lançamento de um
curta-metragem especial.
SI O ER
ARTE CONTEMPORÂNEA
Na passagem da modernidade para a pós-modernidade surgiram diversos questionamentos so-
ciais, ocorrendo o processo de massificação da sociedade, que se encanta pelo consumo. O imaginá-
rio popular no cotidiano da classe média urbana levou à crítica e à exaltação de marcas industriais e
de celebridades, interferindo nos conceitos da arte.
Surgiram então novas linguagens. Vejamos.
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ARTE 1
ENSINO MÉDIO
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PULSAR IMAGENS
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Happening em espaço urbano.
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OP-ART
I
INSTALAÇÃO
EN C S
PAOLO BONA/SHUTTERSTOCK
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ASSEMBLAGE
PR AT
ARTE NO BRASIL
Da mistura de estilos de arte e de várias influências culturais surgiu a arte brasileira. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artís-
tico Nacional (IPHAN) mantém sob seus cuidados o tombamento de vários sítios arqueológicos brasileiros, tentando preservar
como patrimônio artístico elementos de mais de 5 mil anos, como fonte de comprovação da existência da arte primitiva no Brasil.
Também se considera na formação da arte brasileira a arte indígena da época do descobrimento do país, a arte do Brasil
Colônia, a influência dos holandeses e franceses, e o catolicismo trazido pelos jesuítas, representado pelo estilo Barroco.
No início do século XX, o Modernismo brasileiro, marcado inicialmente pela Semana de Arte Moderna, veio contribuir
para a valorização da arte no país.
Orientação ao professor 15. Escolha com os alunos um tema em voga no momento ou um tema social, e organize uma instalação,
46 que pode ser incluída em algum projeto da escola. Você pode organizar os alunos em grupos e subgrupos. Observe que para realizar uma
instalação é indispensável analisar o espaço onde esta será realizada e planejá-la em detalhes. Caso opte por espaço descoberto, a obra
ARTE 1 deve ser realizada com materiais plásticos, isopor ou elementos da natureza.
ENSINO MÉDIO
SC AO
O Modernismo no Brasil foi marcado por esse even- • Aldemir Martins (1922-2006) — desenhista, pintor
to, que se tornou uma referência cultural do século XX. e gravador brasileiro nascido no Ceará. Ficou conheci-
Uma de suas características foi a antropofagia, que buscava do pelas pinturas com temas nordestinos — cangacei-
O
O A A
combinar as expressões nacionais e as tendências artísticas ros, rendeiras e retirantes —, para as quais se valeu
B S
mundiais. Isso era expresso no lema “Comer o invasor”. de traços estilizados, simples e limpos, que revelam
D NI R
M DO
Destacam-se como artistas modernistas brasileiros: sua genialidade e precisão. Além do traço peculiar,
suas obras são marcadas pelo uso de cores vibrantes.
O E A
Candido Portinari (1903-1962), Di Cavalcanti (1897-1976),
Vicente do Rego Monteiro, Anita Malfatti, Lasar Segall Ilustrou alguns livros, como Vidas Secas, de Graciliano
O
N V P
(1891-1957), Victor Brecheret (1894-1955), Tarsila do Ramos.
Amaral, Ismael Nery (1900-1934) e outros. • Carybé (1911-1997) — Carybé é o pseudônimo uti-
ARTE ABSTRATA
ST FE IA
PERÍODO CONTEMPORÂNEO
A arte brasileira quase sempre seguiu as tendên-
cias mundiais, principalmente no período contemporâ-
Obra no Aeroporto Internacional de São
neo, com a assimilação das novas tendências surgidas Paulo. Tomie Ohtake. 2008. Guarulhos, SP.
47
ARTE 1
ENSINO MÉDIO
ISTOCK/GETTY IMAGES
A palavra foto significa luz, e grafia relaciona-se com escri-
ta. A técnica nada mais é do que escrever com luz. A fotografia
consiste em captar imagens por meio de exposição luminosa,
gravando-as em uma superfície sensível. Os avanços tecnológi-
cos das câmeras fotográficas, da captação das imagens e dos
recursos utilizados para revelação e tratamento de fotografias
permite dizer que a técnica é uma arte que não vive sem a
SC AO
ciência.
A primeira fotografia reconhecida é uma imagem de 1826
produzida pelo francês Joseph Nicéphore Niépce (1765-1833)
O
O A A
B S
numa placa de estanho coberta com um derivado de petróleo
fotossensível chamado betume da Judeia.
D NI R
Álbuns de família contam histórias e referências de épocas
M DO
passadas, guardando lembranças e despertando saudades.
O E A
GERNSHEIM COLLECTION, UNIVERSITY OF TEXAS, AUSTIN, USA
FOTOJORNALISMO
O fotojornalismo, enquanto modalidade da fotografia, tem uma função desti-
M
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Fotojornalista captando cena de evento de rua.
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FOTOGRAFIA ARTÍSTICA
SI N VO
I Na fotografia artística o fotógrafo vale-se da criativi-
dade e abandona a forma convencional. Coloca emoção e
expressão na imagem que produz, assim como um pintor,
escultor ou outro artista.
EN C S
CONECTIVIDADE
EM SS L
ST FE IA
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ARTE 1
ENSINO MÉDIO
LABORATÓRIO ARTÍSTICO
Reúna-se com alguns colegas para realizar uma experiência fotográfica. Primeiramente, faça um roteiro das
fotos que pretendem tirar. Para isso, use as linhas abaixo. Escolha o local para a sessão de fotos e defina seu con-
teúdo. Registrem quantas fotos quiserem, mas procurem contemplar os gêneros fotojornalismo, fotografia artística
e fotografia publicitária. Escolha uma foto de cada gênero para apresentar em sala no dia definido pelo professor.
SC AO
Apresente as fotos impressas em papel ou projete-as em recurso multimídia, caso sua escola disponha dele.
Orientação ao professor 17. Antes de solicitar a atividade, certifique-se de que todos os grupos dispõem de máquina fotográfica ou celular com
câmera habilitada, para que todos tenham a oportunidade de fotografar. Oriente-os com antecedência quanto a possíveis temas e locais interessantes
O
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para fotografar. Para concluir o assunto sobre fotografia, organize um festival para os alunos apresentarem suas fotos.
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PR AT
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ARTE 1
ENSINO MÉDIO
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publicitária são as três principais modalidades de III. O comportamento rebelde dos modernistas e
fotografia. o conteúdo inovador de sua arte, ruidosamente
d) A fotografia publicitária tem compromisso com o vaiada no Teatro Municipal de São Paulo, trans-
O
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B S
aspecto artístico. formou-os em vítimas do forte sistema repressor
do governo, tendo esses artistas sofrido todos os
D NI R
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DESENVOLVIMENTO tipos de perseguição.
O E A
2. Leonardo da Vinci foi IV. Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade, Anita Mal-
fatti, José Lins do Rego e Lasar Segall estão entre
O
a) o mais importante escultor e poeta do Renasci-
N V P
mento italiano. os nomes mais expressivos da primeira geração
b) um importante pintor, escultor, cientista, enge- modernista.
SI N VO nheiro, escritor e físico do Renascimento.
c) um importante governante italiano que patrocinou
V. Os modernistas empenhavam-se na busca de no-
vas linguagens para expressar o elemento nacio-
vários artistas e cientistas do período renascentista. nal, valorizando o folclore e as questões sociais, e
I
desprezando as rígidas métricas dos versos acadê-
EN C S
d) um importante escultor e pintor italiano do Renas-
cimento, cuja principal obra é Pietá. micos e as padronizações da língua portuguesa.
E S U
mento?
a) França c) Espanha
b) Itália d) Holanda
ESTUDO PARA O ENEM
5. Enem
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ARTE-M01-4.indd 52
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02/06/2016 14:01:46
VOCÊ VAI APRENDER A
valorizar a música, o teatro, o cinema e a dança como elementos da cultura e iden-
tificar suas contribuições para o desenvolvimento da humanidade;
reconhecer as principais característiacas e situar as principais manifestações da
música, dança, teatro e cinema;
apontar a importância de Glauber Rocha e do filme Deus e o Diabo na terra do Sol
SC AO
como legado para a cultura brasileira contemporânea.
O
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SOM E
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MOVIMENTO
ST FE IA
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V
ocê já viu um filme, assistiu a uma peça de teatro ou
ouviu uma música que o emocionou a ponto de o ar-
repiar? Neste capítulo serão abordados os campos do
PR AT
celeste, de natureza Ouça O guarani, de Carlos Gomes (1836-1896), maestro e compositor brasileiro. Essa ópera de
estilo italiano, que foi inspirada basicamente nas obras de Giuseppe Verdi, ultrapassou as fronteiras
divina e de tal beleza do Brasil e fez sucesso na Europa. Carlos Gomes inspirou-se no romance de José de Alencar, também
que encanta a alma intitulado O guarani.
Que estilo de música você acabou de ouvir? Você acha que a música influencia as demais artes
e a eleva acima da ou é influenciada por elas? Dialogue com os colegas.
SC AO
sua condição.
Aristóteles ROTEIRO DE APRENDIZAGEM
O
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Teatro
• Arena
O E A
Orientação ao professor 18. Colo- Música e dança • Animação
que para audição dos alunos a introdu-
O
N V P
• Som, ruído e barulho • Pantomima
ção da ópera O guarani. A proposta de
diálogo não visa à busca de consenso. • Música 2 • Improviso
Comente que, embora as artes cami-
SI N VO
nhem juntas em várias situações, algu-
mas delas podem se sobrepor a outras,
assim como podem influenciar diversas
• Canto à capela
• Estrutura e forma musical
• Principais características do
• Sombras
• Rua
• Revista e bonecos
áreas da vida humana, a exemplo da
1
I
som
música. Incentive-os a, em outro mo-
EN C S
CONEXÃO
CONEXÕES MÚSICA E DANÇA
SI O ER
FÍSICA A dança se configura como uma das principais artes cênicas de todos os tempos. Consiste em
Ondas sonoras são movimentar o corpo de modo expressivo e ritmado, em geral ao som da música.
definidas como ondas
A música é a arte de combinar som, silêncio e ritmo em busca de harmonia.
mecânicas, pois somente
PR AT
no vácuo, diferentemente
das ondas eletromagnéti- SOM
cas (por exemplo, a luz). A natureza é vibrante, por isso tudo o que nela existe pode vibrar.
Recorra ao professor de O som é resultado de uma vibração que se propaga, chega a nossas orelhas internas e é trans-
Física para explicações
mais detalhadas desse mitido ao cérebro, sendo decodificado. Embora tudo vibre em constante movimento, algumas vibra-
processo. ções não são captadas porque podem ser tão graves ou agudas que a orelha humana não consegue
sentir. A ausência de som audível recebe o nome de silêncio.
54
ARTE 1
ENSINO MÉDIO
ISTOCK/GETTY IMAGES
meio concreto para se propagar. As longitudinais propagam-se na
mesma direção em que o meio oscila. Elas possuem frequência de
vibração que pode variar entre 20 e 20 000 Hz.
Ondas num mesmo período ou frequência resultam em harmo-
nia. Quando as ondas não combinam acerca de seus períodos, ocorre
o que chamamos de dissonância.
SC AO
RUÍDO E BARULHO
Ruído é a ausência de periodicidade das ondas sonoras. Suas
frequências e seus componentes não possuem relações harmônicas;
O
O A A
trata-se de uma dissonância que gera sensação de desconforto. O
B S
ruído é um som, mas é desagradável, perturbador, inconveniente. Representação visual das ondas sonoras.
D NI R
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Ele é estudado em diversos campos, tais como acústica, cibernética,
biologia, electrônica, informática. Formado por várias frequências sem padrão, seu efeito é um sinal
O E A
complexo, sem frequência fixa; ou seja, o ruído é um sinal sonoro desarmonioso.
O
N V P
Barulho também é um som desarmônico. Por ser indesejável, é desagradável e perturbador.
O critério de distinção entre som e agente perturbador, para ambas as situações, pode ser
SI N VO
variável, envolvendo o fator psicológico, de tolerância e cultural de cada indivíduo.
MÚSICA
I
EN C S
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A música pode provocar alegria, lembranças, tristeza, vontade de cantar e
O barulho é a forma de
dançar. Ela afeta nossos sentidos e emoções. A boa música eleva nossa mente.
E S U
sensibilidade auditiva.
melodia e ritmo.
A OR XC
Segundo o dicionário Houaiss, harmonia musical é o conjunto de sons relacionados entre si, com FÍSICA E BIOLOGIA
E
agradáveis ao ouvido. O estudo da harmonia é essencial para o estudo da composição e, por isso, a humano pode aguentar,
harmonia também é a arte de compor os sons simultaneamente. Enquanto a harmonia é a combina- segundo a OMS (Organi-
zação Mundial da Saúde),
SI O ER
passam sensações agradáveis, enquanto os dissonantes dão a sensação de que os sons estão desen-
problemas de estresse,
caixados, desencontrados, transmitindo certa angústia ou tensão. O rap é um exemplo de estilo que insônia e até perda
se vale de sons dissonantes para efeitos estéticos. irreversível da capacidade
M
auditiva.
RITMO E COMPASSO
O ritmo está no bater do coração, na respiração... é a repetição e alternância de sons. De acor-
do com a velocidade de execução de uma música, seu andamento será mais rápido ou mais lento.
55
ARTE 1
ENSINO MÉDIO
SC AO
FUSE/GETTY IMAGES
dos por notas musicais com determinada dura-
ção. Cada nota tem nome e tempo (duração)
determinado. Isso ficou convencionado a partir
O
O A A
B S
da Idade Média. A principal medida de tempo
chama-se semibreve e seu valor de tempo é
D NI R
M DO
um. As outras notas são “frações” da semi-
O E A
breve. Elas têm nome universal para represen-
tá-las e cada uma tem lugar definido na pauta
O
N V P
musical. São elas: DO, RÉ, MI, FÁ, SOL, LÁ, SI.
Essas notas possuem diferentes alturas (graves
SI N VO
CONECTIVIDADE
CONEXÕES
O beatbox (caixa de
ou agudas). As graves são mais parecidas com a
voz masculina, e as agudas, com a voz feminina.
Apresentação de coral.
grado pelo Hip Hop dos a altura, o timbre e a entonação da voz.
E S U
4 Semibreve
D E L
ninguém tinha instru-
musicais, o que foi denominado de canto à
A OR XC
usando apenas a boca,
na, pois, ao não utilizar acompanhamento de
E
do som humano afinado.
EM SS L
1/2 Colcheia
comunidade Beatbox Bra-
ESTRUTURA E
sil reúne concursos como
a Batalha das Goelas e
FORMA MUSICAL
SI O ER
O grupo estadunidense timbre e altura, a música também possui estru-
PR AT
das batidas do beatbox. com a batuta, está, entre outras coisas, marcan- a dois conceitos relacionados:
Veja no link indicado.
do os compassos musicais; da mesma forma, • tipo de composição — sinfonia, concer-
Disponível em: <http://
pentatonixthealbum. quando estalamos os dedos em shows e even- to, jazz, blues, rock, outros;
ptxofficial.com/>. Acesso tos tentando acompanhar uma música, também • estrutura de uma parte específica —
em: abr. 2016.
estamos marcando compasso. São mais comuns forma binária, forma de sonata.
os compassos: Análise musical é o estudo dos elementos
• Binário — característico da marcha, do ca- do som, das estruturas e das formas musicais.
minhar: um, dois, um, dois... Compreende harmonia, melodia, contraponto,
56
ARTE 1
ENSINO MÉDIO
Filme: Amadeus.
Direção: Milos Forman.
Ano de produção: 1984.
País: EUA. O filme, ga-
nhador de vários prêmios
internacionais, conta a
SC AO
trajetória de Wolfgang
Amadeus Mozart, um dos
maiores compositores do
DO RE MI FA SOL LA SI DO RE MI FA SOL LA
século XVIII, que foi enter-
rado como indigente após
O
O A A
B S
a sua morte prematura,
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO SOM aos 35 anos de idade.
D NI R
M DO
ISTOCK/GETTY IMAGES
O som apresenta características específicas, que podem ser medidas segundo sua intensidade,
O E A
duração, altura e timbre.
O
• A intensidade permite distinguir sons fortes e sons fracos. É o grau de volume sonoro. A intensi-
N V P
dade do som depende da força empregada para produzir as vibrações.
• A duração refere-se a sons longos e curtos. Na música, o som tem duração definida de acordo
SI N VO com o tempo de emissão das vibrações.
• A altura refere-se a sons graves (mais “grossos”), médios e agudos (mais “finos”). A velocidade
da vibração dos objetos define sua altura. As vibrações lentas produzem sons graves, e as rápi-
I
EN C S
das, sons agudos.
Gravura de Wolfgang
• O timbre é a propriedade do som que nos permite reconhecer sua origem. O timbre diferencia,
E S U
Amadeus Mozart.
“personaliza” o som. Por meio do timbre identificamos “o que” está produzindo o som. Por
O
D E L
CONECTIVIDADE
CONEXÕES
MÚSICA BARROCA
ISTOCK/GETTY IMAGES
Ludwig van Beethoven
A música barroca foi produzida, principalmente, entre os
teve uma vida bastante
E
períodos de 1580 a 1756. Esse estilo de música possui exube- conturbada e ficou surdo
rância: ritmos enérgicos, melodias com muitos ornamentos, aos 32 anos de idade.
EM SS L
musicaclassica.folha.com.
As canções dos grandes compositores ultrapassam os tem-
br/cds/03/biografia.html>.
pos. Johann Sebastian Bach (1685-1750) é considerado pai da Acesso em: abr. 2016.
música barroca. O órgão e o violino eram os instrumentos de sua
PR AT
ISTOCK/GETTY IMAGES
ORQUESTRA
Orquestra é um grupo musical típico da música clássica. Existem diferentes tipos de orquestra.
São mais usuais Orquestra Filarmônica, Sinfônica, de Cordas e de Câmara (pequena, de até 40
integrantes).
A orquestra é dividida em diferentes agrupamentos instrumentais, de acordo com a produção do Busto de Ludwig
som, chamados naipes ou famílias. van Beethoven.
57
ARTE 1
ENSINO MÉDIO
SC AO
Disponível em: <www. femininas.
youtube.com/watch?v=_
JCG4bV0qZA>. A imagem a seguir demonstra a organização de uma orquestra segundo a distribuição dos ins-
Acesso em: abr. 2016. trumentos musicais que a compõem.
O
O A A
B S
Trompetes Trombones
D NI R
M DO
Trompas Tuba
O E A
Tímpano
O
N V P
Harpa
SI N VO
I Contrabaixos
EN C S
E S U
O
D E L
A OR XC
ISTOCK/GETTY IMAGES
E
EM SS L
ST FE IA
mestre Fagotes
Clarinetes
Flautas Oboés
PR AT
DANÇA
A dança é uma expressão antiga. A Gruta de Gabillou, na França, guarda antiga pintura como
documento de expressão corporal coreográfica, de 12 mil anos a.C. A dança sempre esteve relacio-
nada a elementos como música, ritmo, gestos e movimentos, possibilitando a expressão por meio
do corpo.
58
ARTE 1
ENSINO MÉDIO
RAWPIXELIMAGES/DREAMSTIME
SC AO
O
O A A
B S
Antigas pinturas do período Paleolítico representando seres Como a dança de salão, a dança nas pistas reúne
D NI R
humanos em movimento de dança. Tassili N'Ajjer, Argélia. pessoas em momentos e locais de confraternização.
M DO
O E A
DANÇA CLÁSSICA DANÇA INDÍGENA
O
N V P
Nasceu na Itália renascentista, no interior de uma so- A dança é um dos rituais mais antigos da história da
Grosso.
EM SS L
Expressão corporal
por meio do balé.
PR AT
DANÇA DE SALÃO
Surgiu na Europa durante o Renascimento. Desde o
M
59
ARTE 1
ENSINO MÉDIO
SC AO
Brasil.
representadas por danças juninas, Reisado, dan-
casos especiais.
- Dança indígena no ças da chuva, cantigas de roda, Bumba meu boi,
Quadrilha, entre outras.
SU JUSTEN/SHUTTERSTOCK
Brasil. Disponível em:
<www.youtube.com/
O
O A A
CESAR DINIZ / PULSAR IMAGENS
watch?v=-fBy3LFe3dI>.
B S
- Entendendo a dança
D NI R
M DO
indígena. Disponível
em: <www.youtube.
O E A
com/watch?v=20Y
gX5k_FQk>. Acessos
O
N V P
em: abr. 2016.
SI N VO
I
Apresentação de choro com dois instrumentos
marcantes no estilo — violão e flauta.
EN C S
Dança do pau de fitas, folclore praticado em
diversas regiões do Brasil, mais especificamente na
E S U
diferencia dos demais países do mundo. Existem é considerado um dos pioneiros do rock. Entre as
culturas espalhadas por todo o país, formando
ST FE IA
60
ARTE 1
ENSINO MÉDIO
ISTOCK/GETTY IMAGES
Ritmo de música moderna de origem afro-americana
definido por improviso e ritmos sincopados. É considerado
um ritmo extraído do ragtime e do blues. Sua expressão
e expansão aconteceu após a Primeira Guerra Mundial
(1914-1918).
No jazz, o músico pode dar vazão à criatividade e todo
tipo de instrumento é bem aceito.
SC AO
ISTOCK/GETTY IMAGES
O
O A A
B S
D NI R
Ilustração de paços de dança moderna ou nova dança.
M DO
O E A
FUNK
O
N V P
Gênero moderno de música rítmica e dançante, com
ritmos sincopados e em compasso binário. Prioriza instru-
SI N VO mentos metais, como trompete, trombone e saxofone ba-
rítono. Surgiu da composição do soul, jazz e rhythm and
Instrumentos de uma banda de jazz: bateria, baixo,
blues, por iniciativa dos músicos afro-americanos, a partir
I
piano, trompete, saxofone e violão; a banda também
EN C S
pode ter teclado eletrônico e guitarra elétrica. da década de 1960. No Brasil, o termo também é empre-
gado para designar um tipo de música eletrônica com le-
E S U
ISTOCK/GETTY IMAGES
Jimmy Cliff e Bob Marley venceram o preconceito que
E
ST FE IA
SI O ER
PR AT
ISTOCK/GETTY IMAGES
pelas ruas, numa verdadeira “fervura” (o povo
pronunciava “frevura”, dando origem ao termo
frevo). A coreografia é improvisada. É uma dan-
ça mais praticada em Pernambuco, mas, assim
como muitas outras, expandiu-se pelo país.
HANS VON MANTEUFFEL / OPÇÃO BRASIL IMAGENS
SC AO
O povo japonês radicado no Brasil trouxe
para cá sua expressão cultural. Festivais
O
O A A
B S
de danças típicas acontecem em diversas
regiões do Brasil, principalmente no Sudeste.
D NI R
M DO
O E A
Orientação ao professor 23.
Para a realização desse labora- Dança do frevo em Pernambuco.
INDÚSTRIA CULTURAL
O
tório, leve os alunos a lugar que
N V P
possibilite o movimento corporal. MUSICAL
Converse com eles sobre a técnica SAMBA A indústria cultural é fruto do mundo mo-
SI N VO
a seguir. Sugestão para conduzir o
grupo: “Relaxem. Respirem fundo
(repetir). Vocês estão numa rua da
cidade. Caminhem e se preparem
Sua estrutura musical é europeia, mas sua
raiz é africana. Surgiu no Rio de Janeiro e é con-
derno e responde pela massificação da cultura
e da arte. Não fabrica produtos culturais ou ar-
para atravessar a rua. Olhem para siderado uma das principais manifestações da tísticos, uma vez que se apodera e interfere na
I
EN C S
um lado, para o outro, atravessem nossa cultura. Com o passar do tempo, ganhou produção das classes produtoras, basicamente
e continuem caminhando. Olhem
denominações como samba de breque, samba- da cultura erudita e popular. Vende ideias, ideo-
E S U
momentos.
mantêm sua cultura parcialmente preservada. nais e livros. A indústria cultural visa um público
São destaque a dança japonesa, a dança fla- generalizado.
EM SS L
LABORATÓRIO
CONEXÕES
ARTÍSTICO
TEATRO
SI O ER
ESTÁTUAS
O professor dará as di- Na Grécia Antiga, a arte da representação baseava-se em duas modalidades: comédia — referin-
retrizes para a realização do-se a alegria, diversão, brincadeiras; e tragédia, em que o herói sofre sem merecer a culpa.
PR AT
62
ARTE 1
ENSINO MÉDIO
ISTOCK/GETTY IMAGES
clive até o chão. O gênero das representações
era essencialmente reconhecido por dois tipos
de máscaras: a da tragédia e a da comédia.
As tragédias eram histórias relacionadas ao
drama e tinham como característica o terror e a
SC AO
compaixão. Os atores usavam figurinos exube-
rantes, coloridos, contrastando com a vida coti-
diana. Apenas homens podiam ser atores.
O
O A A
ISTOCK/GETTY IMAGES
B S
LABORATÓRIO
D NI R
CONEXÕES
M DO
ARTÍSTICO
Artistas circenses em representação.
O E A
Realize uma série de
jogos dramáticos, con-
O
N V P
forme orientados pelo
TEATRO DO IMPROVISO professor.
ISTOCK/GETTY IMAGES
fogo, no escuro infestado de ser-
E S U
TEATRO DE ANIMAÇÃO
D E L
mais ou ideias abstratas constitui-se no gênero teca, vôlei, surfe, bambolê, capoei-
teatral de animação. ra, entre outras. Antes de iniciar o
jogo, faça um alongamento com
EM SS L
ISTOCK/GETTY IMAGES
É uma arte muito antiga que acompanhava equipes faz a atividade, as outras
observam.
a contação de histórias. Consiste em usar bo- Espelho — oriente os alunos a
necos ou outros elementos para criar imagens escolher um parceiro. Um será o
M
mantidas entre uma fonte de luz e uma tela espelho e outro dará o comando.
Boneco fantoche (manipulado por meio das mãos do ator). O espelho deve repetir os gestos
transparente. Os efeitos resultam da movimen- e movimentos do parceiro, como
tação tanto dos bonecos quanto da fonte de luz. pentear-se, pular, expressar care-
tas, abaixar etc. simultaneamente.
O manipulador pode fazer as figuras assumirem
PANTOMIMA expressões de movimentos — andar, voar, lutar,
Depois os alunos invertem as posi-
ções e continuam a dinâmica.
Forma de teatro gestual, a pantomina é rir, abraçar e outras. Com as mãos é possível Expressão vocal — oriente
repetição rápida e lenta, em tom
uma representação sem fala, utilizando-se de criar formas usando a técnica do improviso. alto e baixo, de trava-línguas
movimentos corporais e atitudes que expressa como O rato roeu a roupa do rei
de Roma; O doce falou para o
doce que o doce mais doce é o
doce da batata-doce, entre outros.
63
ARTE 1
ENSINO MÉDIO
ISTOCK/GETTY IMAGES
CONECTIVIDADE
CONEXÕES
TEATRO DE BONECOS
A primeira peça teatral Essas duas modalidades encontraram espa-
apresentada no Brasil
ço no Brasil. O teatro de revista, gênero bastante
foi organizada pelo
padre José de Anchieta livre, consiste na apresentação de quadros mais
e encenada por crianças ou menos independentes, ainda que ligados uns
indígenas. O primeiro aos outros por tema comum. É geralmente ale-
teatro construído foi a
gre e crítico, com a pretensão de atingir diferen-
SC AO
Casa da Ópera de Vila
Rica, em Ouro Preto, tes segmentos da sociedade. Prioriza temas so-
Minas Gerais. ciais, políticos e cotidianos do universo pessoal.
Leia mais sobre o teatro
O teatro de bonecos teve um reconhe-
no Brasil em <http://
O
O A A
cimento maior e aos poucos atingiu escolas e
B S
www.arte.seed.pr.gov.br/
Efeito das mãos
modules/conteudo/ ruas. É uma modalidade interessante e agrada
D NI R
no teatro de
M DO
conteudo.php?conteudo sombras. aos mais variados públicos, seja na forma de
=196>. Acesso em: abr.
O E A
2016. marionetes (manipulação por meio de fios), ma-
mulengos, fantoches e outros.
O
N V P
TEATRO DE RUA No Brasil, o mamulengo destacou-se em
VALORES E
CONEXÕES (PERFORMANCE) Pernambuco, com espetáculos populares, de
SI N VO
DIVERSIDADE
APLAUSOS
Aplaudir é uma atitude
As apresentações em praças, ruas e outros
lugares abertos incluem poucas falas, e os artis-
improviso, repentes e cordéis, ocorrendo em
praças, feiras e ruas, com uma linguagem pro-
vocativa, debochada e irreverente, que interage
de civilidade. Afinal, a tas precisam ter muita preocupação com o tim-
I
com o público.
EN C S
pessoa que se apresentou bre de voz e a dicção. As roupas e os adereços
para você o fez de modo
a entretê-lo.
ISTOCK/GETTY IMAGES
O
D E L
A OR XC
ARTE 1
ENSINO MÉDIO
ISTOCK/GETTY IMAGES
nicação era feita por meio de gestos suaves, de
mímica. Havia falta de tecnologia para que a pro-
No livro Vocês ainda não
dução fosse sonora. No Brasil, o cinema mudo ouviram nada – a baru-
chegou às principais cidades por volta de 1920. lhenta história do cinema
mudo (São Paulo: Sum-
COLEÇÃO PARTICULAR
SC AO
Sabadin detalha a história
do cinema mudo e dedi-
ca um capítulo ao cinema
produzido no Brasil no
O
O A A
início do século XX.
B S
D NI R
M DO
Câmeras cinematográficas.
O E A
Roteiro é a parte escrita do processo de fil-
magem; inclui a sequência daquilo que vai ser
O
N V P
filmado. Contém o enredo do conteúdo, das
imagens, a descrição dos cenários, das funções,
SI N VO dos papéis e outros.
Edição ou montagem é etapa final, na
qual são feitos os cortes, isto é, a eliminação de
I
EN C S
partes ou itens desnecessários, e organizados e
ordenados os diversos planos, cenas, de um fil-
E S U
e sons.
D E L
A OR XC
O cinema tem particularidades técnicas in- na forma de arte mais popular e representativa
dispensáveis, quais sejam: do século XX. Principais filmes: O garoto, Em
• preparação de cenários, figurinos, marca- busca do ouro, Luzes da Ribalta, Tempos mo-
SI O ER
SC AO
tográfica, tendo influenciado muitos cineastas ocidentais. longa-metragem Barravento (1961), premiado na antiga
Sua obra Rashomon (1950) inovou ao narrar uma mesma Tchecoslováquia. Em 1964, ficou reconhecido internacio-
história por várias perspectivas, questionando a noção de nalmente com o filme Deus e o diabo na terra do sol e, logo
depois, com Terra em transe (1967).
O
verdade. Principais filmes: Os sete samurais, Trono mancha-
O A A
B S
do de sangue, Sonhos.
J. FRANÇA/CB/DA PRESS
D NI R
M DO
O E A
INGMAR BERGMAN (1918-2007)
Sueco, mestre do cinema intimista, voltado para refle-
O
N V P
xões existenciais e mergulhos na interioridade das perso-
nagens, explorando seus dramas e sentimentos mais pro-
SI N VO
fundos. Principais filmes: O sétimo selo, Gritos e sussurros,
Fanny e Alexander, Morangos silvestres.
I
EN C S
STANLEY KUBRICK (1928-1999)
E S U
CINEMA NOVO
M
66 a realidade brasileira. Observe que os diretores de cinema da época tinham forte relação com a cultura e a arte popular das
raízes brasileiras. As obras do Cinema Novo foram amplamente influenciadas por expressões da cultura como a literatura de
ARTE 1 cordel, o samba, o futebol, o carnaval, a capoeira, as xilogravuras, os romances dos violeiros e por cenários como a amplidão
ENSINO MÉDIO espacial do sertão nordestino ou o contraste entre favelas, morros, avenidas e arranha-céus das grandes cidades.
SC AO
2. Em grupo e sob a orientação do professor, produzam uma cena muda para filmagem, de até 2 minutos. Os
cenários e figurinos devem ser simples e adaptados. Usem a criatividade para confeccioná-los. Escrevam um
O
O A A
roteiro para a cena e definam seu gênero. Se possível, insiram trilha sonora, identificando o gênero musical a
B S
que pertence. Assistam à filmagem em sala e a enviem por e-mail para os colegas das outras equipes.
D NI R
M DO
Orientação ao professor 29. Para o trabalho de filmagem, forme grupos de três a cinco alunos. Proponha e oriente a temática sapatos tro-
cados. Solicite aos alunos que definam os responsáveis pela produção dos cenários e figurinos, os figurantes, o operador de câmera, o diretor de
O E A
3. Com os colegas e o professor, organize um evento de cinema com filmes que tenham enredos relacionados com
O
o programa de vestibular. Pesquise na internet os títulos dos filmes e suas referências com as disciplinas. Utilize
N V P
filmagem. Observe o tempo destinado a cada projeção a fim de evitar mono-
as linhas abaixo para organizar o roteiro do evento.
pólio de uma equipe. Oriente os alunos quanto à colocação de trilha sonora,
SI N VO
I para que todos os grupos tenham a oportunidade de inseri-la.
EN C S
E S U
O
D E L
A OR XC
E
EM SS L
ST FE IA
SI O ER
PR AT
M
67
ARTE 1
ENSINO MÉDIO
SC AO
d) órgãos públicos e privados. e) A música é um tipo de arte visual que coloca o
homem em um estado de equilíbrio com o meio
circundante e, por isso, houve a apropriação dessa
2. A batuta é
O
O A A
B S
arte pelo cinema.
a) uma varinha usada pelo maestro.
D NI R
b) o arco do violino.
M DO
c) o afinador do piano. 4. Sobre o compositor Beethoven, marque a alternativa
O E A
d) o apito do flautista. correta:
O
N V P
a) Beethoven já tocava piano desde os seis anos de
DESENVOLVIMENTO idade.
b) Beethoven ficou conhecido por suas peças teatrais
SI N VO
3. Unemat-MG (adaptado)
massas. A música o salva porque, através 5. UNICANTO-DF — Sobre o compositor Mozart, marque
O
D E L
de ‘mistério’ com o qual podemos dialogar: a) Mozart ficou surdo aos seis anos de idade.
sempre recordamos o encanto e a pena de b) Mozart foi enterrado como indigente.
Luzes da Ribalta através de sua música. c) Mozart comprou seu primeiro fagote aos seis anos
E
68
ARTE 1
ENSINO MÉDIO
SC AO
situação ou ambiente, que é o conjunto de volvendo as colheitas e a fogueira.
circunstâncias físicas, sociais, espirituais c) o Congado, que é uma representação de um rei-
em que se situa a ação; 4) pelo tema, ou nado africano onde se homenageia santos através
O
seja, a ideia que o autor (dramaturgo) de-
O A A
B S
de música, cantos e dança.
seja expor, ou sua interpretação real por d) o balé em que se utilizam músicos, bailarinos e vá-
D NI R
M DO
meio da representação. rios outros profissionais para contar uma história
O E A
COUTINHO, A. Notas de teoria literária. Rio de
em forma de espetáculo.
Janeiro: Civilização Brasileira, 1973. (Adaptado).
e) o Carnaval, em que o samba derivado do batuque
O
N V P
Considerando o texto e analisando os elementos que
africano é utilizado com o objetivo de contar ou
constituem um espetáculo teatral, conclui-se que
recriar uma história nos desfiles.
9. Enem
D E L
cena teatral.
“Chez des cheveliê”, “Cestinha de flor”,
“Balancê”, “Caminho da roça”, “Olha a
8. Enem (adaptado) chuva”, “Garranchê”, “Passeio”, “Coroa de
M
69
ARTE 1
ENSINO MÉDIO
SC AO
Habilidade 13 — Analisar as diversas produções artísticas
sendo, também, considerada dança-espetáculo. como meio de explicar diferentes culturas, padrões de beleza e
d) necessitar de vestuário específico para a sua práti- preconceitos.
O
O A A
e) acontecer em salões e festas e ser influenciada por
B S
diversos gêneros musicais 12. FAP-PR — O movimento musical do “Tropicalismo”,
D NI R
M DO
que teve como líderes Gilberto Gil e Caetano Veloso,
realizou a integração da MPB com o:
O E A
Competência 1 — Compreender os elementos culturais que
constituem as identidades.
Habilidade 5 — Identificar as manifestações ou representações
a) Bolero. d) Heavy Metal.
O
N V P
da diversidade do patrimônio cultural e artístico em diferentes b) Blues. e) Rock.
sociedades.
c) Dance.
SI N VO
10. UFMG-MG — O Cinema Novo e o movimento de reno-
Competência 4 — Compreender a arte como saber cultural e
estético gerador de significação e integrador da organização do
mundo e da própria identidade.
vação teatral liderado pelo Teatro de Arena e pelo Gru- Habilidade 12 — Reconhecer diferentes funções da arte, do tra-
I
po Oficina foram expressões artísticas, com objetivos e
EN C S
balho da produção dos artistas em seus meios culturais.
a) vinculação a grandes estúdios cinematográficos e as formas de arte, diferentes técnicas. Na dança, a téc-
a companhias teatrais já estabelecidas. nica serve para que o dançarino ou o bailarino alcance
b) concepção da obra de arte como meio de cons- resultados específicos. Com base na definição acima,
E
cientização política, influenciada por tendências considere as seguintes afirmações, sobre a técnica de
de esquerda. Balé Clássico:
EM SS L
c) crítica à realidade brasileira, aos seus problemas e I. A técnica de balé clássico prevê exercícios ou trei-
namentos diários de elevação e de sustentação de
ST FE IA
pés e braços.
IV. A técnica de balé clássico fundamenta-se na rota-
11. Enem — Ao ouvir uma flauta e um piano emitindo a
ção externa da articulação coxo-femural, o que se
mesma nota musical, consegue-se diferenciar esses
define como en déhors.
instrumentos um do outro. Essa diferenciação se deve
V. A técnica de balé clássico trabalha com os pés
principalmente ao(à)
descalços no chão, dispensando as sapatilhas para
a) intensidade sonora do som de cada instrumento
propiciar um maior contato da musculatura plan-
musical.
tar com o solo, facilitando a distribuição correta de
b) potência sonora do som emitido pelos diferentes
peso corporal. Estão corretas somente:
instrumentos musicais.
70
ARTE 1
ENSINO MÉDIO
SC AO
de explicar diferentes culturas, padrões de beleza e preconceitos.
cimento do grupo, foi O Auto da Compadecida,
dirigido por Guel Arraes.
14. UEM-PR — O Cinema Novo foi um importante movi-
O
O A A
Competência 4 — Compreender a arte como saber cultural e
B S
mento para a história do cinema brasileiro. Conside- estético gerador de significação e integrador da organização do
rando as características da produção dos cineastas que mundo e da própria identidade.
D NI R
M DO
Habilidade 12 — Reconhecer diferentes funções da arte, do tra-
se associaram às ideias do Cinema Novo, assinale o balho da produção dos artistas em seus meios culturais.
O E A
que for correto.
01) De forma antropofágica, o Cinema Novo buscou
O
N V P
uma estética universalista, ao enfocar temáticas
internacionais com o objetivo de inserir o Brasil no
SI N VO
I cenário do cinema mundial.
EN C S
E S U
QUADRO DE RESPOSTAS
O sentido da arte
O
D E L
Luz e cor
E
1. D 2. B 3. B 4. D 5. B
Som e movimento
EM SS L
1. D 4. D 7. C 10. A 13. D
2. A 5. B 8. D 11. D 14. 06 (02+04)
ST FE IA
3. A 6. B 9. B 12. E
SI O ER
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PR AT
AGRA, L. História da arte do século XX: ideias e movimentos. 2. ed. rev. e atual. São Paulo: Anhembi Morumbi, 2006.
ARANHA, M. L. de A.; MARTINS, M. H. P. Temas de filosofia. São Paulo: Moderna, 1998.
BOSI, A. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1999.
CHALVERS, I. Dicionário Oxford de arte. Trad. Marcelo Brandão Cipolla. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
M
71
ARTE 1
ENSINO MÉDIO
SC AO
Gerência de produtos Maria Tereza Montes Canteras
Coordenação editorial Luciano Delfini
Organização Ari Herculano de Souza
O
O A A
B S
Edição Luísa de Oliveira Modesto
Coordenação de arte e produção editorial Cleber Figueira, Gisele Mezarobba
D NI R
M DO
Projeto gráfico Vicente Design
O E A
Coordenação iconográfica Media Hub
Pesquisa iconográfica Cristiane Gameiro, Heraldo Colon Junior, Maiti
O
N V P
Salla, Marília Carneiro Monteiro de Castro,
Rebeca Fiamozzini
Ilustração Media Hub: Bruna Moraes Tiso, Carla Viana,
SI N VO
I Carolina Plumari Meneghetti, Leandro
Marcondes Araujo
Leitura técnica Andressa Serena de Oliveira, Kleber Santos
Preparação de texto A&M Promoção Humana
EN C S
Revisão de texto Kleber Santos, Luísa de Oliveira Modesto
Editoração eletrônica Vicente Design
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16-00084 CDD-700