Programa Japeri Recicla

Estado do Rio de Janeiro
Prefeitura Municipal de Japeri

Secretaria Municipal do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Programa Japeri Recicla
Japeri/RJ
2023

Estrada Ary Schiavo, nº 992, 2º andar - Santa Inês, Japeri - RJ, 26.440-000
Email: semades@japeri.rj.gov.br
PREFÁCIO
Através do ‘Programa Japeri Recicla’, o Município de

Japeri pretende atender à Lei 12.305/2010 - Política Nacional de
Resíduos Sólidos, retirando das ruas e destinando corretamente
um grande percentual de material reciclável. Considerando o Art.
225 da Constituição Federal de 1988, objetiva-se deixar para o
futuro, um ambiente ecologicamente mais equilibrado e
sustentável.
Japeri/RJ
2023

PROGRAMA JAPERI RECICLA
Japeri, 20 de setembro de 2023.
__________________________________________________
Fernanda Machado Ontiveros
Prefeita de Japeri
Mat. 8332/01
__________________________________________________
Matheus Santos da Silva
Diretor de Tesouraria do F.M.M.A.
Mat. 8979/01
__________________________________________________
Meire Lucy Fonseca Menezes dos Santos
Secretária Municipal do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Mat. 2527/02

SUMÁRIO
Introdução..........................................................................................................................5
Caracterização de Japeri.....................................................................................................6
Justificativa........................................................................................................................9
Objetivos..........................................................................................................................10
Arcabouço legal e teórico.................................................................................................10
Espaços de atuação e público alvo....................................................................................14
Estratégias de execução....................................................................................................20
Orçamento.......................................................................................................................24
Referência Bibliográficas.................................................................................................26
Anexo 1............................................................................................................................27
Anexo 2............................................................................................................................32
Anexo 3............................................................................................................................33

INTRODUÇÃO
A coleta seletiva é uma prática essencial para a preservação do ambiente e

promoção da sustentabilidade. Trata-se de um sistema de coleta de resíduos sólidos que
visa separar e destinar de forma adequada materiais recicláveis, como papel, plástico,
vidro e metal, dos demais resíduos que podem ser prejudiciais ao ambiente. Sua
implementação é uma medida importante para reduzir a quantidade de resíduo destinado
aos aterros sanitários e promover o reaproveitamento de recursos, contribuindo para a
conservação dos recursos naturais e a redução da poluição.
Além de seus benefícios ambientais, a coleta seletiva também desempenha um

papel significativo na geração de empregos e no fomento da economia local. Com a
separação e comercialização de materiais recicláveis, são criadas oportunidades de
trabalho em cooperativas e empresas especializadas em reciclagem, promovendo o
desenvolvimento sustentável das comunidades locais.
O desenvolvimento da sociedade em diferentes estágios da evolução humana

sempre esteve intimamente ligado à sua capacidade de exploração dos recursos
ambientais, segundo ADISSI (2013) “[...] as ações humanas são a causa dos principais
problemas que afetam negativamente a qualidade ambiental no perímetro urbano e
geram impactos socioambientais negativos.”. Para Goldemberg e Moreira (2005), “[...]
o desenvolvimento de tecnologias modernas possibilitou o aumento da produtividade
econômica e do bem-estar (de parte) da população.”. Por outro lado, as atividades
produtivas que utilizam a queima de combustíveis fosseis/não renováveis, oriundas da
revolução industrial mudaram a relação entre seres humanos e o ambiente, introduzindo
uma cultura de consumismo em grande parte da sociedade mundial, resultando em
superprodução e consumo exacerbado, desencadeando, assim, o aumento da geração de
resíduos sólidos.
Conforme observado no guia PWC (2011, p.7), “A população brasileira cresceu

12% nos últimos dez anos, e a produção de resíduos, no mesmo período, cresceu 90%”.
De acordo com informações apresentadas no Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil
2017, o montante coletado de RSU em 2017 foi de 71,6 milhões de toneladas, o que
corresponde a 91,2% do total anual gerado no país. Apenas 59,1% desse total recebeu a
destinação em locais ambientalmente adequados; o restante, cerca de 29 milhões de
toneladas, foi despejado inadequadamente em lixões e aterros controlados, sem as

condições de controle ambiental necessárias para evitar os impactos ambientais
negativos.
Para que uma coleta seletiva seja eficaz, é fundamental o engajamento da

população, através da conscientização e educação ambiental. É necessário que os
cidadãos compreendam a importância de separar seus resíduos corretamente e conheçam
os pontos de coleta ou os dias específicos para a coleta selecionada em suas regiões. A
participação ativa da comunidade é crucial para o sucesso desse sistema e para a
construção de cidades mais limpas e ecologicamente responsáveis.
A coleta seletiva nos municípios é uma iniciativa crucial para promoção da

sustentabilidade ambiental, estimular a economia local e conscientizar a população sobre
a importância da gestão adequada de resíduos. Ao adotarmos práticas de coleta seletiva
em nossas cidades, estamos contribuindo para um futuro mais saudável e equilibrado,
onde o respeito pelo ambiente é uma prioridade.
CARACTERIZAÇÃO DE JAPERI
A palavra Japeri vem de ‘yaperi’, que possui origem indígena na qual os povos
originários a utilizavam para chamar uma planta que flutuava nos rios da região. O
território que atualmente corresponde aos limites do município não possui aldeias
indígenas, mas era um espaço de circulação do Povo Tupinambá.
Com o início da colonização, os bandeirantes paulistas que vieram ocupar a

localidade, e deram o nome de Belém. Em 1743 ocorreu a fundação do Morgado de
Belém, onde as terras faziam parte da sesmaria que existia na freguesia de Sacra Família
do Tinguá. Em 1951 Japeri e Engenheiro Pereira passaram a fazer parte do sexto distrito
administrativo do então município de Nova Iguaçu, nas últimas décadas do século XX se
intensificaram as movimentações políticas de prol da emancipação política
administrativa, que ocorreu por meio de um plebiscito em 30 de junho de 1991 e efetivado
por meio da Lei Estadual nº 1.902, de 2 de dezembro de 1991, e instalado em 1º de janeiro
de 1993.

Com 81,9 km² e uma população de aproximadamente 96 mil pessoas, segundo o

IBGE Cidades em 2023, o município de Japeri é um dos integrantes da Região
Metropolitana do Rio de Janeiro, a segunda maior do Brasil. Localiza-se nas seguintes
coordenadas geográficas, latitude: 22°38'54.38"S e longitude: 43°36'12.42"O, está
inserido no fuso -3GMT (horário de Brasília) e a altitude média de 30M. Japeri possui
limites com os municípios de Paracambi, Seropédica, Queimados, Miguel Pereira e Nova
Iguaçu.
Japeri possui sete regiões administrativas, sendo elas Japeri, Engenheiro Pedreira,
Rio D´Ouro, Teófilo Cunha, Marajoara, Guandu e Pedra Lisa. O município possui dois
núcleos urbanos separados geograficamente, Eng. Pedreira (o mais povoado) e Japeri. No
campo, o município é uma potência regional na produção de aipim/mandioca, quiabo e
banana. No que diz respeito às atividades industriais, Japeri possui um amplo Distrito
Industrial no Marajoara, onde abriga várias empresas de diversos setores, tal como
alimentícios, cosméticos, construção civil etc. A maior indústria no município é a "Casa
Granado", uma empresa tradicional na fabricação de produtos cosméticos e
farmacêuticos.
Figura 1 – Localização do Município de Japeri.
Fonte: LEAL, E. O. (2020)

Parte do limite municipal é estabelecido pelo Rio Guandu, o principal corpo

hídrico da região, sendo este o responsável por abastecer a Região Metropolitana do Rio
de Janeiro, a hidrografia do município é diversa, destacando-se os rios Guandu, Dos
Poços, Santana e Santo Antônio. Em Japeri, existe uma série de infraestruturas
estratégicas para o Estado brasileiro, tal como, rodovias, ferrovias, gasodutos e linhas de
transmissão.
Dados mais recentes do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento

(SNIS), que contém informações sobre a cobertura e as condições dos serviços de
saneamento dos municípios do Brasil, demonstram que apenas 37,2% da população
japeriense é atenda com redes de esgotamento sanitário e 97,9% com serviços públicos
de coleta de resíduos. Cerca de 26% dos domicílios estão situados às margens de vias
públicas com urbanização adequada (presença de boca-de-lobo, sarjeta, pavimentação e
calçadas. O município é um dos integrantes do Consórcio Centro-Sul I, responsável pela
destinação dos resíduos sólidos em aterro sanitário.
O Produto Interno Bruto (PIB) per capita de Japeri no ano de 2018 foi de
13.825,88, o segundo menor do estado. Segundo dados recentes publicados em estudo da
Fundação Getúlio Vargas, a renda média mensal de R$ 259,63 de um cidadão japeriense
é a pior entre os 92 municípios do estado do Rio de Janeiro, valor seis vezes menor que a
média estadual (R$ 1.720,70). O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da cidade
também é preocupante, pois, de acordo com estudo realizado pelas Nações Unidas pelo
Desenvolvimento (PNUD) e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA),
Japeri possui um IDH de 0,591, o mais baixo do estado, considerando indicadores de
educação, longevidade e renda. Japeri possui uma taxa de mortalidade infantil de 9,41
para 1.000 nascidos vivos.
No que diz respeito à educação, o município possui 53 unidades escolares, sendo

34 escolas da Rede Municipal de Ensino, 9 Estaduais e 10 da Rede Privada, atingindo,
em 2019, cerca de 15.000 alunos matriculados e uma taxa de escolarização de 96,6% da
população que tem entre 6 e 14 anos de idade.
As principais atividades turísticas do município estão relacionadas ao turismo

ambiental em trilhas, cachoeiras e à prática de Voo Livre, no alto do Pico da Coragem,

famosa unidade de conservação municipal. Japeri é o único município do Brasil a possuir

um campo de golfe público.
O clima de Japeri é marcado por verões curtos, quentes e opressivos,

principalmente nos aglomerados urbanos, e possui altas taxas de precipitação. Os
invernos no município costumam ser de períodos de céu aberto e alta umidade do ar local,
em razão da densa camada florestal circundante. A temperatura ao longo do ano em geral
varia de 16ºC a 34ºC, com uma média anual de 30ºC.
JUSTIFICATIVA
Para que seja possível manter o desenvolvimento humano com o menor grau de
degradação ambiental, é necessária a adoção de atitudes, projetos e programas que
promovam a gestão ambiental adequada em todas as esferas da sociedade.
Diante da necessidade de minimizar os impactos ambientais negativos em

decorrência da geração de resíduos sólidos, o Programa Japeri Recicla apresenta-se como
um importante instrumento para disseminar a mudança de hábitos, atuando na perspectiva
de despertar a sensibilização ambiental e o senso crítico da população, principalmente no
que diz respeito às atitudes que podem modificar o ambiente cotidiano. Além disso, por
possibilitar que esse público compreenda as questões ambientais, este programa também
contribuirá para a construção de uma sociedade mais respeitável e sustentável.
Considera-se, então, perante o exposto, que a execução correta do Programa Japeri

Recicla possa consolidá-lo não apenas como um importante instrumento para a
minimização dos impactos ambientais negativos associados à geração de resíduos, como
também para a promoção da sensibilização ambiental coletiva, através das reflexões que
serão implantadas nos espaços de atuação do programa através da coleta seletiva e ações
de educação ambiental. Com isso, se estruturará uma cultura que dará ensejo a novas
práticas que se comprometam com as causas ambientais, além de auxiliar também na
gestão municipal de resíduos sólidos.

OBJETIVOS
O Programa Japeri Recicla tem como objetivo geral o fortalecimento do sistema

municipal de coleta seletiva dos resíduos sólidos, garantindo a infraestrutura necessária
para a segregação dos resíduos nos espaços de execução do programa e a formação
ambiental necessários para os atores envolvidos neste processo.
Visando a garantia implementação e execução, o programa possui os seguintes

objetivos específicos:
• Promover a coleta seletiva de materiais recicláveis em todas as unidades de

ensino, saúde, assistência social e demais órgãos públicos do Município de Japeri;
• Diminuir a quantidade de resíduo sólido destinado ao aterro sanitário
(contribuindo com a prorrogação da vida útil) e os gastos públicos deste processo;
• Articular ações de Educação Ambiental para sensibilização da população sobre a
importância dos 5R´s (Repensar, Recusar, Reduzir, Reutilizar e Reciclar);
• Fortalecer as cooperativas de trabalhadores da reciclagem do Município, com a
destinação do material recolhido pelo programa;
• Apoiar técnica e institucionalmente os espaços de atuação deste programa, através
de cursos, palestras, oficinas etc.
ARCABOUÇO LEGAL E TEÓRICO
No Brasil, a gestão de resíduos sólidos é regulamentada por uma série de Leis e

regulamentações federais, estaduais e municipais. Algumas das leis mais importantes que
tratam dos resíduos sólidos no Brasil, no estado do Rio de Janeiro e no município de
Japeri são:
1. Lei Federal nº 12.305/2010 - Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS):

Esta é a lei principal que estabelece o marco regulatório para a gestão dos resíduos
sólidos no Brasil. A PNRS define princípios, objetivos, instrumentos,
responsabilidades dos geradores e regulamentos relacionados aos resíduos
sólidos.

2. Lei Federal nº 11.445/2007 - Lei de Saneamento Básico: Embora não seja

tratada especificamente de resíduos sólidos, esta lei estabelece diretrizes para a
prestação de serviços de saneamento básico, que incluem o manejo de resíduos
sólidos urbanos.
3. Lei Federal nº 12.187/2009 - Política Nacional sobre Mudança do Clima: Esta

lei trata da relação entre a gestão de resíduos sólidos e as mudanças climáticas,
incentivando práticas sustentáveis de gestão de resíduos.
4. Resoluções do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente): O

CONAMA emite resoluções que complementam a legislação federal e estabelece
diretrizes específicas para questões ambientais, incluindo a gestão de resíduos
sólidos.
5. Resoluções do CONEMA (Conselho Estadual do Meio Ambiente): Assim

como o CONAMA, o CONEMA emite resoluções que complementam a
legislação estadual e estabelece diretrizes específicas para questões ambientais,
incluindo a gestão de resíduos sólidos.
6. Lei Estadual nº 6.835/2014: Institui a Política Estadual de Resíduos Sólidos no

estado do Rio de Janeiro e diretrizes para a gestão de resíduos
7. Lei Municipal nº 1.384/2019: Autoriza o município de Japeri a integrar, firmar

contrato, estatuto e o contrato de rateio do consórcio intermunicipal de gestão de
resíduo sólido Centro-Sul I.
8. Lei Municipal Complementar nº 163/2013: Cria o programa municipal de coleta

seletiva com inclusão social e econômica dos catadores de material reciclável, o
sistema de logística reversa e seu grupo gestor.
9. Lei Municipal nº. 1.425/2020: Instituiu seu Sistema Municipal de Coleta Seletiva
no município de Japeri.
A partir da década de 1980 a legislação ambiental brasileira expandiu-se e vem se

consolidando ao longo do tempo, destaca-se como uma das mais importantes a Lei nº.
6.938, de 31 de agosto de 1981, a Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA), que traz
consigo as diretrizes, objetivos e instrumentos para preservação, melhoria e proteção da

qualidade ambiental no país.
Com o retorno ao regime democrático, após a ditadura militar, foi promulgada a

atual Constituição da República Federativa do Brasil em 1988, onde seu Art. 225 diz que,
“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade
o dever de defende-lo e preservá-lo para a presente e futuras gerações.”. Para assegurar
esse direito, o Poder Público tem como ferramenta a educação, e deve, dentre outros,
“promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização
pública para a preservação do meio ambiente”. Conforme diz a Lei nº. 9.795, de 27 de
abril de 1999, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), a
educação ambiental é definida como sendo:
“Os processos por meio dos quais o indivíduo e a

coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,
habilidades, atitudes e competências voltadas para a
conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo,
essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos
quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais,
conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas
para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do
povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua
sustentabilidade.”.
A educação ambiental é um conjunto de ações contínuos e sustentáveis, trata-se

de um instrumento muito importante que colabora com a construção de uma sociedade
alicerçada nos princípios da sustentabilidade, objetivando assegurar a redução dos
impactos ambientais negativos através da mudança das ações e pensamentos da
sociedade.
Além disso, a PNEA reafirma a educação ambiental como “um componente

essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma
articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e
não formal”. E incube:

“I - Ao Poder Público, nos termos dos Arts. 205 e 225 da

Constituição Federal, definir políticas públicas que incorporem
a dimensão ambiental, promover a educação ambiental em todos
os níveis de ensino e o engajamento da sociedade na
conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente;
II - Às instituições educativas, promover a educação
ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que
desenvolvem;
V - Às empresas, entidades de classe, instituições públicas
e privadas, promover programas destinados à capacitação dos
trabalhadores, visando à melhoria e ao controle efetivo sobre o
ambiente de trabalho, bem como sobre as repercussões do
processo produtivo no meio ambiente;
VI - À sociedade como um todo, manter atenção
permanente à formação de valores, atitudes e habilidades que
propiciem a atuação individual e coletiva voltada para a
prevenção, a identificação e a solução de problemas
ambientais.”.
Com um olhar especial, então, na potencialidade dos resultados positivos

associados a execução do Programa Recicla Japeri, vislumbra-se nele a capacidade de
atuar também como um instrumento para a promoção da educação ambiental em Japeri.
O principal marco legal que dispõe sobre a políticas públicas de gerenciamento

dos resíduos sólidos é a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída para
suprir uma lacuna legislativa existente no país devido ao histórico de ausência de políticas
públicas efetivas no gerenciamento de resíduos. De acordo com a PNRS, na gestão e no
gerenciamento de resíduos a seguinte ordem deve ser priorizada: A não geração de
resíduos; Redução; Reutilização; Reciclagem; Tratamento; Disposição final. A PNRS
define reciclagem e reutilização como, respectivamente o:
“Processo de transformação dos resíduos sólidos que

envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas
ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos
produtos, observadas as condições e os padrões estabelecidos
pelos órgãos competentes do SISNAMA[...]; e Processo de
aproveitamento dos resíduos sólidos sem sua transformação
biológica, física ou físico-química, observadas as condições e os
padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do SISNAMA
[...].”.

Foi a partir da PNRS que os resíduos reutilizáveis e recicláveis foram

reconhecidos como bens dotados de valor econômico e social, geradores de trabalho e
renda e promotores de cidadania, e que a cooperação entre as diferentes esferas do poder
público, o setor empresarial e demais segmentos da sociedade são princípios importantes
da gestão ambiental dos resíduos. Um dos objetivos dessa lei é o incentivo à indústria de
reciclagem a partir do uso de materiais recicláveis. Além disso, a coleta seletiva, os
sistemas de logística reversa e outras ferramentas relacionadas à implementação da
responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, bem como o incentivo à
criação e ao desenvolvimento de cooperativas ou de outras formas de associação de
catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis são alguns dos instrumentos mais
importantes da PNRS que este Programa desenvolverá.
É importante destacar também as legislações municipais de Japeri que reforçam e

reconhecem a relevância da coleta seletiva. A Lei Complementar nº. 163 de 16 de
dezembro 2013, instituiu a coleta seletiva na gestão municipal e reforçou a necessidade
de inclusão dos catadores de materiais recicláveis nos processos. Em 2018, o município
promulgou a Lei nº. 1374 de 11 de julho de 2018 – Política Municipal de Educação
Ambiental nas Escolas, responsável pela promoção da educação ambiental e a
implantação de programas e projetos de caráter socioambiental nas escolas da Rede
Municipal de Ensino. Através da Lei nº. 1.425 de 16 de dezembro de 2020, o município
de Japeri instituiu seu Sistema Municipal de Coleta Seletiva que, dentre outras
providências, atribui ao órgão ambiental municipal, A Secretaria do Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável, a responsabilidade de estabelecer um programa específico
para a coleta seletiva em todas as unidades escolares municipais bem como programas e
ações de educação ambiental sobre a coleta seletiva.
ESPAÇOS DE ATUAÇÃO E PÚBLICO ALVO
Este programa tem como objetivo atuar em diversos espaços do território

municipal, com o intuito de alcançar o máximo de pessoas possíveis, pode-se destacar as
escolas, unidades de saúde, centro de referência de assistência social e demais prédios
públicos. O município possuí uma população que, que de acordo com o IBGE Cidades
em 2023, é de aproximadamente 96 mil pessoas.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação (SEMED), Japeri possui 53

unidades escolares, sendo 34 municipais, 9 estaduais e 10 privadas, totalizando
aproximadamente 15.000 alunos, além dos funcionários. Todas as escolas municipais
farão parte automaticamente deste projeto, devendo as estaduais e privadas solicitar
adesão via ofício. As 34 escolas municipais já integram o sistema público de coleta
seletiva do município, sendo elas Pontos de Entrega Voluntária (PEVs), onde a população
pode se deslocar à unidade escolar municipal mais próxima e entregar seus recicláveis.
Segue a relação das escolas públicas, municipais e estaduais, em Japeri.
Figura 2 – Relação das escolas públicas de Japeri

Figura 3 – Relação de escolas estaduais em Japeri.
A Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS) possui 13 unidades de saúde no

Município, estes locais também já integram a rota do sistema público de coleta seletiva
do município, porém, não são pontos de entrega voluntária. Este programa vem com o
intuito de aumentar a rede de PEVs, tornando as unidades de saúde pontos de entrega
voluntária de material reciclável.
Tabela 1 – Relação das unidades de saúde Japeri.
NOME DA UNIDADE DE SAÚDE BAIRRO

Unidade Básica de Saúde Chacrinha Chacrinha
Unidade de Estratégia Saúde da Família Centro Japeri
Japeri
Unidade Básica de Saúde Benedicta Rosa Lagoa do Sapo
Conceição
Unidade Básica de Saúde Nova Belém Nova Belém
Centro Municipal de Especialidade Mucajá
(antiga UMEP)
Academia da Saúde São Jorge
Polo de Saúde Marabá Marabá
Unidade de Saúde da Família Guandu Guandu
Unidade Básica de Saúde Vila Central Vila Central

Unidade Básica de Saúde Alecrim Alecrim

Unidade Básica de Saúde Delamare Delamare
Hospital Ítalo Franco Santa Inês
Unidade Básica de Saúde Santa Amélia Santa Amélia
Fonte: Secretaria Municipal de Saúde. 2023.
A Secretaria Municipal de Assistência social e Trabalho (SEMAST) possuí 7

Centros de Referência de Assistência Social, responsáveis por oferta de serviços de
proteção básica do Sistema Único de Assistência Social, nas áreas de vulnerabilidade e
risco social. Os CRAS já integram a rota da coleta seletiva no município, porém, se faz
necessário que este programa garanta as infraestruturas e formação profissional
necessária para que estes locais passem a integrar a rede de Ponto de Entregas Voluntários
do município.
Tabela 2 – Relação dos Centros de Referência de Assistência Social de Japeri.
CENTRO DE REFERÊNCIA DE
BAIRRO
ASSISTÊNCIA SOCIAL
Casa da Mulher São Jorge
Centro de Referência de Assistência
Engenheiro Pedreira
Social Engenheiro Pedreira
Alecrim
Social Alecrim
Chacrinha
Social Chacrinha
Centro de Referência de Assistência Centro de Japeri
Social Japeri
Mucajá
Social Mucajá
Nova Belém
Social Nova Belém
Fonte: Secretaria Municipal de Assistência social e trabalho. 2023.

A Secretaria Municipal de Cultura (SECULT) dispõe de 2 equipamentos culturais

públicos, estes locais não são Pontos de Entrega Voluntários, mas com a execução deste
programa, passarão a ser, tornando-se Pontos de Entrega Voluntário, integrando assim o
sistema municipal de coleta seletiva e sua rota semanal.
Tabela 3 – Relação dos equipamentos culturais de Japeri.
EQUIPAMENTOS CULTURAIS BAIRRO

Biblioteca municipal Nova Belém
Centro cultural Mucajá
Fonte: Secretaria de Cultura. 2023.
A Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável possui em sua estrutura

o Núcleo de Educação Ambiental Vale do Ipê, este é um Ponto de Entrega Voluntária e
compõe a rota da coleta seletiva.
Tabela 4 – Relação do núcleo de educação ambiental de Japeri.
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO BAIRRO

AMBIENTAL
Núcleo de Educação Ambiental Vale do Santa Inês
Ipê
Fonte: Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. 2023
Para além destes espaços, a Prefeitura de Japeri conta com a estrutura política de
22 secretarias, estes locais não são Pontos de Entrega Voluntário, mas integram a rota da
coleta seletiva, necessitando da infraestrutura necessária e formação de pessoal, o que irá
contribuir com a diminuição do impacto ambiental gerado pela administração pública em
Japeri, através da reutilização e reciclagem de resíduo gerado pelo Executivo Municipal.
Tabela 5 - Relação de Secretarias da Prefeitura de Japeri
SECRETARIA BAIRRO
Governo (SEMUG) Santa Inês

Administração (SEMAD) Santa Inês

Assistência Social e Trabalho Mucajá
(SEMAST)
Saúde (SEMUS) Santa Inês
Pessoa com Deficiência e Engenheiro Pedreira
Mobilidade Reduzida (SEMPED)
Orçamento e Gestão de Santa Inês
Recursos (SEMOG)
Ambiente (SEMADES) Santa Inês
Urbanismo e Habitação Santa Inês
(SEMURB)
Educação (SEMED) Centro de Japeri
Esporte, Turismo e Lazer Centro de Japeri
(SEMETULER)
Agricultura e Pesca (SEMAPE) Santa Inês
Fazenda (SEFAZ) Santa Inês
Desenvolvimento Econômico Santa Inês
(SEMDIC)
Cultura (SECULT) Centro de Japeri
Segurança e Ordem Urbana Engenheiro Pedreira
(SEMUSTOP)
Comunicação (SECOM) Nova Belém
Defesa Civil (SEMPDEC) Engenheiro Pedreira
Assuntos Institucionais (SEMASCITI) Santa Inês
Obras (SEMOSP) Santa Inês
Controlador Geral (CONGEL) Santa Inês
Procurador Geral (PROGEL) Santa Inês
Previ Japeri Santa Inês
Fonte: Diário Oficial de Japeri. 2023.

Para além destes equipamentos relacionados ao Poder Executivo Municipal,

existem outros prédios públicos que integram a rota municipal da coleta seletiva, estes
espaços também receberão a atuação deste programa, sendo eles:
LOCAL BAIRRO
Câmara Municipal Engenheiro Pedreira
Fórum Santa Inês
63º Delegacia de policia Santa Inês
Detran Centro de Japeri
Ministério Público Santa Inês
Fonte: Prefeitura de Japeri. 2023.
Este programa atuará, já de início em 82 espaços públicos do município, sendo

Pontos de Entrega Voluntária em 57 deles, alcançando uma porcentagem significativa da
população e do território japeriense.
Visando a implementação e aderência deste programa em todos estes locais a

SEMADES fornecerá permanentemente instruções para a aderência ao programa e apoio
técnico-institucional sempre que necessário.
ESTRATÉGIAS DE EXECUÇÃO
Um dos princípios da sustentabilidade, atualmente, é pautado pela aplicação dos

5R's em todas as atividades humanas. Esses princípios dirigirão as ações de execução do
Programa Japeri Recicla no que diz respeito à geração de resíduos, onde devem ser
priorizadas sempre as decisões de Recusar (aquilo que não é necessário), Repensar (sobre
a necessidade de possuir ou consumir algo), Reduzir (o consumo e a geração de resíduos),
Reutilizar (sempre que possível) e reciclar (aquilo que não pode ser ou já foi reutilizado).
Desta forma, as ações deste Programa serão, imprescindivelmente, ações baseadas na não
geração e seguirão as prioridades de preferências ilustrada na figura 4.

Figura 4 - Pirâmide gerenciamento de resíduos.
Fonte: Imagem da internet. 2023
A Prefeitura Municipal de Japeri prestará apoio à COOPERJAPERI fornecendo

os resíduos recicláveis gerados nos prédios públicos do município para a cooperativa. O
objetivo é fortalecer o trabalho de coleta seletiva já executado pela cooperativa,
apresentando as possibilidades e caminhos para o desenvolvimento do trabalho. Para o
lançamento do Programa Japeri Recicla, uma escola será escolhida para a realização de
um evento – dando início às ações do programa – e contará com a participação e presença
de alunos e funcionários da escola escolhida e autoridades do governo municipal.
Todas os espaços participantes receberão instruções para a aderência ao programa

e apoio técnico-institucional da SEMADES sempre que necessário. Considerando os
processos que compõem o gerenciamento integrado de resíduos sólidos, a coleta seletiva
de materiais recicláveis enquanto uma etapa um destes processos. Essa etapa deve ser
seguida com responsabilidade, pois, ela é essencial para alcançar os objetivos deste
programa.
Este programa funcionará da seguinte forma, existe algo em comum entre todos
os espaços participantes, a geração de resíduos. Atualmente, a coleta seletiva atual atende
parcialmente os órgãos públicos de Japeri, este programa vem no sentido de garantir toda
a infraestrutura e preparação/formação de pessoal necessários para que ocorra a

segregação correta dos resíduos, e este material seja destinado a uma cooperativa de
trabalhadores de material reciclável.
A estratégia de execução deste projeto se baseará na resolução CONEMA nº 55,

de 13 de dezembro de 2013 (anexo 1), que estabelece procedimento de diferenciação
mínima de cores para a coleta seletiva simples de resíduos sólidos urbanos e de resíduos
de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços, a ser adotado na identificação
de coletores e veículos transportadores, para a separação de resíduos no estado do Rio de
Janeiro.
Infraestrutura
A parte de infraestrutura se divide em duas categorias, ‘Grande’ e ‘Média”,

estabelecidas a partir da realidade de geração de resíduos de cada espaço participante,
demanda já mapeada pelo setor de coleta seletiva da SEMADES.
A categoria ‘Grande’ totaliza 66 espaços de atuação, são todas as escolas e

unidades de saúde, locais que possuem um alto fluxo cotidiano de pessoas, e
consequentemente, lugares de grande geração de resíduos. Considerando que este
programa deve comportar tal demanda, será destinado a todos os locais da categoria
‘Grande’ a utilização de ‘Big Bag’ para a segregação dos recicláveis e o equipamento de
suporte. Também serão destinados contentores de 240 litros com rodinha para auxiliar o
descarte dos rejeitos. Estes itens estão detalhados de forma mais precisa no capitulo
referente ao orçamento.
Os locais da categoria ‘Média’ totalizam 35 espaços de atuação deste programa,

sendo elas as demais categorias listadas neste projeto. Nestes locais serão dois instalados
contentores de 240 litros com rodinhas, um para a destinação dos resíduos recicláveis e
outro para os rejeitos.
Para além da categorização dos locais, todos os espaços participantes receberão

placas e cartazes informativos comunicando a natureza do resíduo que o ‘Big Bag’ e/ou
‘Contentor’ deverá receber.

Educação Ambiental
A educação é uma etapa fundamental para a execução deste projeto, uma vez que,
não adianta o local ter toda a estrutura necessária para a segregação dos resíduos se as
pessoas que o utilizam não souberam lidar com o material e não segregar os materiais.
Neste sentido, este programa prevê a contratação de uma instituição especializada

em educação ambiental para realizar cursos, palestras e oficinas aos usuários dos locais
de atuação deste projeto. Deverá ser considerado dois públicos alvos, os estudantes e as
trabalhadoras da limpeza (A.S.G.) de todos os espaços de execução do projeto por um
período inicial de doze meses. Essa capacitação deverá formar este público alvo sobre a
importância econômica, social e ambiental coleta seletiva, e orienta-los a como realizar a
segregação dos resíduos sólidos de forma correta.
Também deverá ser fornecido pela instituição materiais para educação ambiental,
tal como cartilha, panfletos, banners informativos e mapas temáticos sobre Japeri, como
foco na questão dos resíduos sólidos e coleta seletiva.
Rotas da coleta seletiva
A coleta seletiva dos materiais recicláveis será realizada semanalmente nos

espaços de execução deste projeto, de acordo com os dias e horários estabelecidos na rota
do caminhão exclusivo da coleta seletiva.
Como Japeri já possuí coleta seletiva, a rota (anexo 2) ocorre por bairro/região do
município de segunda a sexta de 8H às 17H, a partir da adesão de cada local, este será
inserido na rota visando o melhor aproveitamento energético, ou seja, o menor gasto de
combustível do caminhão. Onde, uma vez por semana será recolhido todo material
reciclagem produzido ao longo da semana.
Ao final da rota, o caminhão destina todos os resíduos recicláveis recolhido à

Cooperativa de Trabalho dos Trabalhadores de Materiais Recicláveis do Município de
Japeri - CooperJaperi, cooperativa que possui um Acordo de Cooperação Técnica com a
Prefeitura de Japeri e que já recebe diariamente todos os resíduos da coleta seletiva.

ORÇAMENTO
Para a execução do Programa Japeri Recicla, os custos previstos estão descritos

na Tabela 6 (infraestrutura e educação ambiental) foram orçados de acordo com valores
consultados em setembro de 2023. Sugere-se que a entrega do material aconteça de forma
progressiva de acordo com a adesão das escolas ao programa. O valor orçado diz respeito
ao período de um ano de execução das atividades propostas. O Anexo 3 apresenta
exemplos de cada item a ser adquirido.
Considerando que, alguns espaços de execução possuem um grande fluxo de

pessoas, e que isso pode ser um risco a integridade da infraestrutura uma vez que elas
podem sofrer danos, será acrescentado 10%, no quantitativo total dos itens. Ressalta-se
que, no Termo de Referência, o pagamento de cada item será feito por solicitação, nesse
sentido, não configurará prejuízo ao bem público, uma vez que, para que o local receba
um segundo item, deverá justificar o motivo da solicitação e apresentar um relatório sobre
a utilização do objetivo. A SEMADES também realiza vistorias esporádicas para verificar
o zelo pelo bem público.
Tabela 6 – Orçamento.
ITEM DESCRIÇÃO VALOR QUANTITATIVO VALOR

UNITÁRIO TOTAL
1 Big Bag Ensacar Entulho R$: 50,00 73 R$:
Reciclagem 120x90x90 Até 3.650,00
1000 Kg com tampa.
2 Suporte Estrutura Metálica R$: 73 R$:
Big Bag Porta Bags 3.500,00 255.500,00
Desmontável.
3 Contentor de lixo 240L, R$: 400,00 37 R$:
com tampa e rodas na COR 14.800,00
AZUL.
4 Contentor de lixo 240L, R$: 400,00 103 R$:
com tampa e rodas na COR 41.200,00
CINZA.

5 Adesivos Vinil para R$: 20,00 226 R$:

Lixeiras Coleta Seletiva 4.520,00
Reciclagem + comum 13cm
X 19 cm.
6 Pacote com 100 unidades R$: 50,00 150 R$:
de sacos plásticos 7.500,00
biodegradáveis de 200L.
7 Contratação de instituição R$: 1 R$:
especializada em educação 350.000,00 350.000,00
ambiental, com foco em
coleta seletiva, por 12
meses.
TOTAL R$: 677.170,00

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ADISSI et al. Gestão ambiental de unidade produtivas.1 ed. Rio de Janeiro: Editora
Campus Elsevier, 2013. Capítulo 1: Conceitos Básicos em Gestão Ambiental. pp. 1-17.
Capítulo 5: Avaliação de Impactos ambientais, pp. 125-161.
BRASIL. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos

Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 2 ago. 2010. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305. Acesso em: 11
fev. 2020.
CENSO, I. B. G. E. Censo IBGE 2020. Disponível em:

http://www.censo2010.ibge.gov.br/.
GOLDEMBERG, José; MOREIRA, José Roberto. Política energética no Brasil.

Estudos avançados, v. 19, n. 55, p. 215-228, 2005.
GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA ADEQUAÇÃO DOS MUNICÍPIOS À

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PNRS). PWC, 2011.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Disponível
em: www.ibge.gov.br/. Acesso em 07/01/2021.

ANEXO I - RESOLUÇÃO CONEMA Nº 55, de 13 DE DEZEMBRO DE 2013.

SECRETARIA DE ESTADADO DE MEIO AMBIENTE DO RIO DE JANEIRO
CONSELHO ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE DO RIO DE JANEIRO
ATO DO PRESIDENTE
RESOLUÇÃO CONEMA Nº 55, de 13 DE DEZEMBRO DE 2013
ESTABELECE PROCEDIMENTO DE DIFERENCIAÇÃO MÍNIMA DE CORES

PARA A COLETA SELETIVA SIMPLES DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
E DE RESÍDUOS DE ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS E PRESTADORES
DE SERVIÇOS, A SER ADOTADO NA IDENTIFICAÇÃO DE COLETORES E
VEÍCULOS TRANSPORTADORES, PARA A SEPARAÇÃO DE RESÍDUOS NO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
O CONSELHO ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO –

CONEMA/RJ, instituído através do Decreto Estadual n° 28.615/2001 em sua reunião de
13/12/2013, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo Decreto Estadual nº 40.744, de
25 de abril de 2007,
CONSIDERANDO:
- o que consta no Processo n° E-07/513.448/2012,
- que o Decreto nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010, que regulamenta a Lei nº 12.305, de 2

de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, determina em seu art.
9º, § 2º, que o sistema de coleta seletiva seja implantado pelo titular do serviço público de
limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e deverá estabelecer, no mínimo, a separação de
resíduos secos e úmidos e, progressivamente, ser estendido à separação dos resíduos secos
em suas parcelas específicas,
- a Lei Estadual nº 6.408, de 12 de março de 2013,
- que é essencial a separação de resíduos na sua fonte de geração,
- a necessária normatização de um padrão de cores para os procedimentos de coleta seletiva

simples,
- que existe a imediata necessidade do Governo do Estado em contribuir para que se torne
eficiente e efetiva a separação dos resíduos recicláveis na fonte de geração para o alcance das
metas de reciclagem,
R E S O L V E:
Art. 1º – Estabelecer padrão de cores para a coleta seletiva simples, a ser adotado na
identificação de coletores e veículos transportadores para a separação de resíduos sólidos
urbanos e de resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços no Estado do
Rio de Janeiro, quando da inexistência de fluxo de logística para a coleta multisseletiva.
Parágrafo Único – A iniciativa privada, cooperativas, escolas, igrejas, edificações residenciais

com até três pavimentos, organizações não governamentais e demais entidades interessadas
podem adotar os códigos de cores estabelecidos nesta Resolução.
Art. 2º – Esta Resolução não dispõe sobre fluxos específicos, tais como os de resíduos
industriais, radioativos, da construção civil, de mineração, de serviços de saúde, dos serviços
públicos de saneamento, agrossilvopastoris e os originários de portos, aeroportos, terminais
alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira, perigosos ou não.
Art. 3º – Para os efeitos desta Resolução, entende-se que:

I - coleta seletiva simples – é a coleta de resíduos sólidos domiciliares, de limpeza urbana, de
estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços, previamente segregados em dois
tipos: recicláveis e rejeitos; ou em três tipos: recicláveis, compostáveis e rejeitos, quando
houver sistema de compostagem;
II - coleta multisseletiva – é a coleta efetuada por diferentes tipologias dos resíduos sólidos
recicláveis, quando é feita a sua segregação na fonte geradora;
III - fluxo de logística – é o roteiro de procedimentos de coleta e transporte diferenciados,

coerentes com a origem e destinação final ou disposição final;
IV - resíduos sólidos recicláveis – são resíduos que podem ser utilizados como matéria prima
na produção de novos bens, após passarem por processo de transformação que envolve a
alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas;
V - resíduos compostáveis – são resíduos orgânicos de origem animal ou vegetal, passíveis de

decomposição por processo biológico;
VI - rejeitos – são resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de

tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis,
não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada.
Art. 4º – O padrão de cores estabelecido na Resolução CONAMA nº 275, de 25 de abril de

2001, deverá ser utilizado quando houver diferentes fluxos de logística para os diferentes tipos
de resíduos sólidos recicláveis, de acordo com o estabelecido no Plano Municipal de Coleta
Seletiva ou no Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.
Parágrafo Único – Os municípios devem considerar, para os efeitos desta Resolução, os

materiais recicláveis constantes na lista exemplificativa no Anexo II.
Art. 5º – Os sistemas municipais de coleta de resíduos que adotarem a coleta seletiva simples,
devido à inexistência de fluxo de logística para a coleta multisseletiva, podem utilizar o padrão
de cores especificado no Anexo I desta Resolução.
§ 1º – Os contenedores e as lixeiras públicas devem ter as cores do padrão especificado no

Anexo I desta resolução.
§ 2º – Os veículos coletores devem adotar faixas de fácil identificação visual, em tamanho

correspondente a 2/3 (dois terços) da área lateral do equipamento, no padrão de cores
especificado no Anexo I, com inscrição em letras amplas e nas cores branca ou preta,
conforme a necessidade de contraste com a cor base, de forma a permitir a adequada
identificação do veículo.
Art. 6º – Os materiais informativos utilizados nos processos de educação ambiental devem

conter instruções adicionais, orientando quanto à segregação e quanto aos tipos de resíduos,
de forma a facilitar o entendimento do padrão de cores adotado.
Art. 7º – Quando da utilização de sacos plásticos para o acondicionamento dos resíduos

sólidos recicláveis, em sistemas de coleta seletiva simples, estes devem ser transparentes ou
translúcidos, a fim de facilitar a verificação da tipologia do resíduo.
Art. 8º – Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.
Rio de Janeiro, 13 de dezembro de 2013.
CARLOS MINC
Presidente
Publicada no Diário Oficial de 27/12/2013, pág.86
ANEXO I
PADRÃO DE CORES PARA DOIS FLUXOS, QUANDO DA INEXISTÊNCIA DE SISTEMA DE

COMPOSTAGEM
TIPO DE RESÍDUO COR ESPECIFICAÇÃO DA COR

CMYKc: 100 m: 50 y: 0 k: 50
Resíduos Recicláveis AZUL RGB: r: 0 g: 64 b: 113
Pantone 2955 C
Rejeitos - inclusive os compostáveis,

CMYK: c: 0 m: 0 y: 0 k: 60
resíduos não passíveis de
CINZA RGB: r: 128 g: 130 b: 133
aproveitamento ou resíduos não
Pantone 877 C
passíveis de separação ou misturados.
PADRÃO DE CORES PARA TRÊS FLUXOS, QUANDO DA EXISTÊNCIA DE SISTEMA DE

COMPOSTAGEM
TIPO DE RESÍDUO COR ESPECIFICAÇÃO DA COR

CMYKc: 100 m: 50 y: 0 k: 50
Resíduos Recicláveis AZUL RGB: r: 0 g: 64 b: 113
Pantone 2955 C
CMYK: c:0 m: 60 y: 100 k: 80

Resíduos Orgânicos Compostáveis MARROM RGB: r: 87 g: 39 b: 0
Pantone: 4625 C
Rejeitos – resíduos sem possibilidade de CMYK: c: 0 m: 0 y: 0 k: 60

aproveitamento ou não passíveis de CINZA RGB: r: 128 g: 130 b: 133
separação ou misturados. Pantone 877 C
ANEXO II
MATERIAIS RECICLÁVEIS DE ACORDO COM A SUA ABSORÇÃO NO MERCADO DE

RECICLÁVEIS
PAPEL METAL PLÁSTICO VIDRO

RECICLÁVEL RECICLÁVEL RECICLÁVEL RECICLÁVEL
Folhas e
aparas de Latas de alumínio Tampas Potes de vidro
papel
Jornais Latas de aço Potes de alimentos Copos
Revistas Ferragens PET, PP, PAD, PS Garrafas
Garrafas de água
Caixas Canos Embalagens em geral
mineral
Recipientes de
Papelão Esquadrias
material de limpeza
Formulário de Embalagens de
Arame
computador produtos de higiene
Cartolina Sucatas PVC
Cartões Sacos plásticos
Envelopes Baldes
Rascunhos
escritos
Fotocópias
Folhetos
Impressos em
geral
Tetra Pak
ANEXO II – ROTAS DA COLETA SELETIVA DO MUNICÍPIO DE JAPERI.

ANEXO III – FOTOGRAFIA DOS ITENS A SEREM ADQUIRIDOS PELO

PROGRAMA.
Big Bag
Suporte para Big Bag

Contentor de lixo 240L
Adesivo


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Através do ‘Programa Japeri Recicla’, o Município de

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