Aromaterapia e Cromoterapia - Aula 5 CROMOTERAPIA
Aromaterapia e Cromoterapia - Aula 5 CROMOTERAPIA
Aromaterapia e Cromoterapia - Aula 5 CROMOTERAPIA
CROMOTERAPIA
AULA 5
Nesta aula, falaremos sobre a terapia que utiliza as cores para curar,
denominada cromoterapia. Na primeira parte, o tema será introduzido a partir de
uma breve explicação sobre as origens do tratamento da saúde por meio da
manipulação das cores para, em seguida, adentrarmos em alguns conceitos
importantes para a compreensão desta ferramenta terapêutica, como o de
energia e luz, e como ocorre a interação dessas forças com o corpo humano.
Para tanto, iremos discorrer sobre a anatomia do corpo sutil e os principais
centros de força que possui, conhecidos também como chakras. Este caminho
é necessário, uma vez que a cromoterapia, além de atuar no tratamento de
disfunções no organismo fisiológico, atua primeiramente no corpo energético.
Entenderemos, portanto, como ocorre a integração entre o corpo
energético e o físico. Na última parte da aula, adentraremos especificamente ao
universo das cores, que chamaremos de cromaticidade, para elencarmos as
principais características e propriedades do espectro de cores existentes na
natureza. Na parte prática, a proposta será a de realizar um exercício de
visualização com cores.
2
cores, demonstrando como nosso corpo é afetado tanto fisicamente, quanto
energeticamente pelas cores (Balzano, 2004)
Créditos: ex_artist/Shutterstock.
4
Atua do nível físico aos mais sutis com o objetivo de harmonizar o
corpo. Antigamente, o uso terapêutico era realizado principalmente
através da luz solar, pela forte crença no seu potencial de cura. (...) A
cromoterapia, por intermédio das cores, procura estabelecer e
restaurar o equilíbrio físico e energético, promovendo a harmonia entre
corpo, mente e emoções, pois o desvio da energia vibratória do corpo
é responsável por desencadear patologias. Pode ser trabalhada de
diferentes formas: por contato, por visualização, com auxílio de
instrumentos, com cabines de luz, com luz polarizada, por meditação.
(Brasil, 2018)
Créditos: VectorMine/Shutterstock.
6
descritas como um fluxo de fótons, que são micropartículas de onda que formam
a base da luz, e “cada uma contém um feixe de energia e, por conseguinte,
informação (Energia é informação)” (Dale, 2017, p. 30).
As cores são manifestações de luz, ou seja, de energia radiante (Farina;
Perez; Bastos, 2011, p. 16), e estão por todas as partes do planeta, não há vida
sem cores. As cores curam, e isso acontece porque a cor é uma forma de energia
que possui características específicas, conforme veremos mais adiante, e que
atua dinamicamente com outras formas de energias, tanto sutis, quanto mais
densas, conforme discorre Gerber (1988) em seu livro Medicina Vibracional:
7
Para os hindus é chamada de prana, para os chineses de chi, para os tibetanos,
ga-llama, e na cultura ocidental, passou a ser designada como bioenergia. De
acordo com Cindy Dale, “as principais diferenças entre os campos físico e sutil
consistem com frequência apenas na velocidade das informações e da vibração
envolvidas” (Dale, 2017, p. 27).
Vale notar que existem campos elétricos, magnéticos e eletromagnéticos
que interagem com o corpo humano, assim como a luz e outras formas de
energia (Dale, 2017, p. 19). Essas energias, portanto, são produzidas pelo corpo
humano, mas também são absorvidas. É importante conhecer esses processos
para entender como funciona a terapêutica da Cromoterapia, e assim facilitar o
manejo dessa ferramenta no corpo humano. A energia vital entra no corpo por
meio da respiração e dos centros energéticos, também conhecidos como
chakras, principalmente por meio do chakra coronário, que se localiza no topo
da cabeça. Quando essa energia entra no organismo, é processada tanto
energeticamente, por meio dos chakras laríngeo e cardíaco, quanto
fisiologicamente, pelos pulmões e coração, que a enviam para a corrente
sanguínea, chegando a todas as células, que metabolizam essa energia no
organismo e a liberam por meio dos poros da pele, formando um campo
energético no entorno do corpo também conhecido como aura, campo áurico ou
campo de energia humana. O campo áurico é, assim, composto por energia sutil,
e emana os fluxos eletromagnéticos das densidades presentes nos órgãos e
vísceras do corpo. Para as terapêuticas que trabalham com a anatomia sutil,
como é o caso da cromoterapia, esse campo energético é um importante
medidor do aspecto mais geral da saúde do paciente. É possível identificar a
ocorrência de alguma doença por meio das cores, pois tudo o que passa no
corpo físico reflete-se na aura. Dessa forma, um campo áurico equilibrado
influencia diretamente a saúde do corpo, tanto física, quanto mental e emocional.
No Decreto da Legislação Brasileira, que regulamenta as Práticas
Integrativas e Complementares em Saúde, na descrição referente à aplicação
da Cromoterapia para promoção da saúde, aparece menção à possibilidade de
cura por meio da aplicação das cores no corpo sutil:
8
ou marmas, em consonância com o desequilíbrio identificado no
indivíduo. (Brasil, 2018)
9
Figura 3 – Os sete chakras principais
Créditos: Illizium/Shutterstock.
10
estão por trás do uso de determinadas cores para curar doenças específicas”
(Gerber, 1988, p. 186).
4.1 Os chakras
11
• 7º Chakra: Coronário/Sahasrara. Localizado no topo da cabeça. Ligado à
glândula pineal. É a conexão com o cosmos. Rege as funções mentais e
a produção de serotonina. Representa a sabedoria e a conexão com o
todo. Cor: violeta. Em desiquilíbrio, gera: desorientação, histeria, insônia,
disfunções no sistema nervoso.
5.1 Cromaticidade
Infere-se, portanto, que a cor ocorre quando sua energia atinge a retina
dos olhos, e suas gradações percebidas variam de acordo com características
relativas aos seus comprimentos de onda eletromagnéticas, que caracterizam
12
seu matiz, que é sua gradação, o valor que possuem, que caracterizam sua
luminosidade, o croma, relativo à saturação da cor, entre outros fatores. São
essas ondas que agem sobre o organismo, regulando desiquilíbrios. É possível,
dessa maneira, definir cor como uma radiação, sendo uma das qualidades da
luz. Também pode ser definida como uma sensação produzida pelo cérebro por
meio do mecanismo da visão, que converte o raio de luz branco num espectro
cromático, que nos mostra todas as cores, suas tonalidades e posicionamentos
dentro do espectro. A partir do círculo cromático, todas as cores e seus matizes
podem ser observados:
.
Créditos: Albachiaraa/Shutterstock.
• Quanto seu matiz: cores primárias: ou seja, as que são puras e sem
misturas, e que não podem ser decompostas nem criadas a partir da
mistura de outras cores. São: o vermelho, o amarelo e o azul.
13
Figura 7 – Cores secundárias
Cores terciárias: são aquelas obtidas através da mistura de uma cor primária
com uma cor secundária. São: índigo (azul+violeta), limão (verde+amarelo),
flamingo (vermelho+laranja).
14
harmonização e equilíbrio: verde e magenta. E também aquelas que não
refletem a luz, como marrom e cinza.
• E quanto à posição que ocupam no círculo cromático: as cores podem ser
usadas individualmente ou combinadas entre si. Neste caso, é importante
conhecer as cores que se complementam, pois podem atuar em conjunto.
Cores complementares: são as cores diretamente opostas (como é
possível observar a partir do círculo cromático). São as cores antagônicas.
Exemplo: vermelho e verde, azul e laranja. O mapa das cores
complementares é o seguinte: o vermelho é complementar do azul, e o
azul é complementar do vermelho. O amarelo é complementar do violeta,
e o violeta é complementar do amarelo. O laranja é complementar do
violeta, e o violeta é complementar do laranja. O verde é complementar
do magenta, e o magenta é complementar do verde. Cores análogas:
são as cores vizinhas e que possuem semelhanças entre si. Exemplo:
vermelho, laranja e amarelo.
• Quanto à luminosidade: cores neutras: branco, preto, cinza, marrom.
Cores acromáticas: são as que não são consideradas de fato cores:
preto, branco e cinza (Farina; Perez; Bastos, 2011).
Créditos: VASRAN/Shutterstock.
15
NA PRÁTICA
1. Escolher um local em que possa permanecer por alguns minutos sem ser
incomodado (a). Desligar o celular e adotar uma posição confortável, pode
ser sentado (a) ou deitado (a). Concentrar-se apenas na própria
respiração e relaxar mantendo os olhos fechados.
2. Visualizar a luz branca, que simboliza a energia cósmica, entrando através
do topo da cabeça, pelo chakra coronário. Permitir que a luz desça pelo
corpo e se espalhe por todas as partes, principalmente naquelas que
podem estar tensas ou doloridas.
3. Na medida em que a luz branca se espalha no organismo, sentir como ela
se propaga atingindo cada espaço, promovendo o relaxamento por onde
passa.
4. Repetir as partes 1 a 3, escolhendo alguma cor para substituir a luz branca
no processo. Perceber quais são as sensações que sente, os sentimentos
e as imagens que podem surgir enquanto faz o processo com a cor
escolhida.
5. Quando houver a sensação de que a quantidade de luz e cor necessária
percorreu todo o corpo, levando a energia para o seu reequilíbrio, abrir
lentamente os olhos, espreguiçar-se e finalizar a prática.
FINALIZANDO
O uso dos raios solares e das cores para tratamentos de saúde é bastante
antigo, e esteve presente em diferentes culturas do passado, que utilizavam
ferramentas variadas para inserir cores específicas no organismo visando seu
reequilíbrio. Através da decomposição da luz solar, originam-se as cores que
16
podemos observar na natureza: o vermelho, o amarelo, o laranja, o verde, o azul,
o anil e o violeta, e que estão presentes por toda a parte, sendo fundamentais
para a propagação da vida. Atualmente, a cromoterapia é reconhecida pela OMS
e, no Brasil, integra o arcabouço das PICS, sendo definida pela legislação
brasileira como uma técnica terapêutica que utiliza as cores para promover o
equilíbrio do corpo físico, mental, emocional e energético. A cromoterapia é,
portanto, um sistema holístico que intersecciona alguns campos do saber, como
a medicina, a física e a bioenergética. A prática do uso das cores na saúde
fundamenta-se em conceitos da Física relativos à luz e à energia, que explicam
as propriedades das cores e porque são benéficas para o equilíbrio da saúde.
Entende-se que possuem frequências capazes de entrar em ressonância com o
campo vibratório do organismo humano, corrigindo possíveis disfunções de
forma muito profunda. Essa interação entre as cores e o corpo humano ocorre
através da anatomia sutil, que abarca o sistema de chakras, os centros de
energia responsáveis pelo equilíbrio da energia vital que circula pelo corpo,
mantendo o bom funcionamento dos órgãos, glândulas e vísceras.
Além do mais, cada um dos sete chakras principais possui uma cor
específica com a qual sintoniza-se para reestabelecer a saúde do organismo.
Essas cores podem ser observadas no círculo cromático, no qual estão dispostas
conforme suas propriedades. Cada uma das cores possui características físicas
específicas relacionadas ao comprimento de ondas que possuem, frequência e
vibração, e também às suas composições, podendo ser classificadas entre
primárias, secundárias e terciárias. Essas propriedades que as cores possuem
são relativas aos seus diferentes matizes, tonalidades e temperaturas, que nos
produzem diferentes sensações: podem ser estimulantes, sedativas, neutras ou
ainda quentes e frias. As cores permeiam tudo e não há vida sem elas, sendo
importantes ferramentas de cura.
17
REFERÊNCIAS
AMBER, R. Cromoterapia: a cura através das cores. Cultrix: São Paulo, 1983.
18