Aula Restauração em Dentes Tratados Endodonticamente

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RESTAURAÇÃO EM DENTES

TRATADOS
ENDODONTICAMENTE

PROF:Felipe Fernandes de Abreu


Mestre e Especialista em Endodontia
Especializando em Ortodontia
Pós Graduado em Estética Adesiva
▪O tratamento endodôntico diminui a
resistência do dente (Lloyd 1993;Trope
1985)

▪ Na maioria dos casos, o comprometimento


pulpar está associado a destruições
coronárias amplas, relacionados a cárie,
traumatismos ou preparo cavitário.
▪ O principal fator para a resistência à fratura está
relacionado à integridade da estrutura dentária,
não só pela quantidade do tecido remanescente,
mas também em relação à presença de cristas
marginais.

▪ Acesso endodôntico mais conservador


Um dos fatores que
levam ao sucesso do T.E

Correta restauração
coronária

Prevenção da recontaminação
do sistema coronário e redução
de riscos de fratura
Restaurações Adesivas

▪ São o tratamento de eleição para a reconstrução


de dentes tratados endodonticamente

▪ Inter-relação entre endodontia e tratamento


restaurador , deve ser melhor compreendido e
estudado.
Restaurações
pré-endodônticas
▪ Indicadas quando há uma grande
destruição coronária

▪ Impedem a contaminação da cavidade


pulpar pelos fluidos orais e previnem
acidentes relacionados à infiltração de
soluções irrigantes
Passo a Passo
▪ Remoção do tecido cariado/restaurações
insatisfatórias e acesso endodôntico para
a localização dos canais radiculares

▪ Imagem:Patrick Baltieri
Passo a Passo
▪ Inserção de um marcador na câmara
pulpar, como por exemplo, uma bolinha
de algodão estéril para facilitar sua
localização após a reconstrução.
Passo a Passo
▪ Restauração coronária de resina
composta
Passo a Passo

▪ Novo acesso aos canais radiculares.


Restauração Pós
Endodôntica
▪ Desafio restaurador:

▪ Resina Direta?
▪ Retentor intrarradicular?
▪ Pino de Fibra de vidro?
▪ NMF?
▪ Restauração indireta?
Integridade estrutural

Perda da resistência é de
aprox. 5%

Restauração direta com resina


composta
RETENTORES
INTRARRADICULARES
RETENTORES
INTRARRADICULARES
Promovem suporte e retenção
da restauração ou prótese
requerida.

Não devolvem resistência à


estrutura dental
FATORES QUE DETERMINAM A
NECESSIDADE E O TIPO DE PINO
INTRARRADICULAR

▪ Remanescente coronário:
Vetor de Força
Predominante
▪ Forças direcionadas para o longo eixo
do dente são bem absorvidas pelos
dentes e pelas estruturas de suporte,
não gerando flexão do dente.

▪ Em contrapartida, forças com direção


oblíqua geram um ação de alavanca
sobre a estrutura dental.
MATERIAL

▪ A seleção do material é de extrema


importância para o sucesso da
reabilitação.

▪ Quanto mais próximo da dentina for o


módulo de elasticidade do pino,
maiores as chances de sucesso.
▪Núcleos Metálicos
Fundidos
▪ Ainda hoje utilizados, durante muito
tempo foram as únicas opções para
retenção intrarradicular

▪ São confeccionados a partir da


moldagem do canal radicular, sendo
personalizados a cada dente
DESVANTAGENS

▪ Necessidade de fundição laboratorial


▪ Custo
▪ Estética
▪ Necessidade de um preparo expulsivo
▪ Alto módulo de elasticidade
▪ Fraturas
VANTAGENS
▪ Ainda são os mais indicados quando há
um remanescente coronário menor que
2mm
▪Pinos de fibra
de vidro
Vantagens

▪ Módulo de elasticidade próximo


ao da dentina.
▪ Melhor distribuição de forças
▪ Menor custo
Remanescente Dentário

Remanescente Radicular

Remanescente Coronário
Remanescente Coronário
A presença de remanescente coronário,
aumenta a área disponível para a adesão e
confere ao dente um efeito de férula, que
consiste na altura de dentina abraçada pela
coroa protética. Se esta área possui uma
altura maior ou igual a 2,0 mm, o dente
apresenta boa resistência a fratura.
Imagem:Google
▪ Em função dos relatos de deslocamentos de
pinos de fibra de vidro estarem geralmente
associados a dentes com remanescente
coronário inferior a 2mm,alguns autores tem
contraindicado o seu uso nessas situações.

▪ Embora, estudos demonstram que a presença


de 1mm de remanescente coronário aumente
significativamente a resistência do dentes à
fratura e a indicação de pinos de fibra de vidro.
Dentes Anteriores

•Forças Laterais e oblíquas


•Menor Volume de estrutura coronária
•Maior necessidade de restaurações com pinos de fibra de vidro
▪ Destruição de mais de 50% de estrutura
coronária

▪ Necessidade de retenção com pinos de


fibra de vidro
Pinos de Fibra de Vidro
▪ Podem estar associados à resina direta
Associados a coroa unitária
Limitações para dentes
anteriores

Dentes pilares para protéses parciais fixas


Ausência de remanescente coronário e férula
Quando não é possível estabelecer um
comprimento adequado em função da
proporção coroa/raiz
DENTES POSTERIORES

▪ Necessidade de aumentar a retenção


▪ Indicação menos frequentes que os dentes
anteriores

▪ Coroa clínica menor


▪ Câmara pulpar maior
▪ Direcionamento das forças mais axial
Dica clínica

▪ Uma opção é remover 2mm de guta


percha das entradas dos canais e
inserir resina composta, aumentando
assim a retenção.
▪TÉCNICAS DE
PREPARO E
CIMENTAÇÃO
PREPARO DO ESPAÇO PROTÉTICO
Seleção do pino
Dentes anteriores

2/3 do remanescente dental

Pinos mais longos e calibrosos


Dentes posteriores
▪ Normalmente não conseguimos
desobstruir em 2/3

▪ Pinos mais finos e mais curtos

▪ Podem ser utilizados mais de um


pino,dependendo do caso
Prova do Pino
▪ Finalizado o preparo,o pino é posicionado no
canal radicular para uma avaliação clínica e
radiográfica.

▪ Imagem:Leonardo Muniz
Corte e preparo do pino
▪ Após o teste do pino,o mesmo é marcado 2mm
abaixo da referência incisal para a sua redução.

Imagens

Imagem:Google
▪ Após o corte deve-se realizar a sua limpeza
com auxílio de ácido fosfórico 37% ou álcool
etílico

▪ I

Imagem:FGM
Silanização do pino
Preparo do dente
▪ Condicionamento da dentina com ácido
fosfórico a 37% por 15 segundos
Lavagem abundante com água
e posterior secagem com
cones de papéis
APLICAÇÃO DO ADESIVO DUAL
Remoção do excesso de
adesivo com cones de papel
Aplicação do cimento resinoso
dentro do canal com auxílio de
uma seringa centrix
Posicionamento do pino no
canal,remoção dos excessos de
cimento e fotoativação por 40s
nas faces V E P/L
Técnica cimentação Relyx U200
Pinos Anatomizados
▪ Pinos de Fibra de vidro,modelados
com resina composta
INDICAÇÕES

▪ Dentes com grande discrepância


entre o diâmetro do canal radicular e
o diâmetro do pino

▪ Má adaptação do pino de fibra de


vidro
Passso A Passo
Avaliação Clínica inicial:
Desobstrução da guta percha
em 2/3 do canal radicular

Imagem:Angellus
Prova da adaptação do pino
Gel hidrossolúvel para
isolamento das paredes do
canal

i
Imagem:Augusto Kato
Limpeza da superfície do pino
com ácido fosfórico a 37%,
seguido da lavagem e secagem
do mesmo
Aplicação do silano e após 1
min,aplicação do adesivo
dentinário e fotoativação por
10s
Leva-se uma pequena quantidade de
resina composta ao pino,
conduzindo a resina ao longo do
pino de fibra de vidro com uma
espátula suprafill.
Posiciona-se o conjunto
pino/resina composta no
interior do conduto para a
modelagem
Realiza-se a fotoativação
inicial por 5s através do pino
de fibra de vidro
O pino é removido do canal
radicular e realiza-se a
fotoativação complementar 40S em
cada face
Prova do Pino modelado para
verificar sua adaptação.
Demarcação da sua porção
vestibular.Remoção do gel
hidrossolúvel do canal
mediante irrigação abundante
com soro fisiológico.
Em seguida, leva-se o agente
cimentante no interior do conduto com
uma seringa centrix e na parte apical
do pino,inserimos o pino no canal
radicular e retira-se o excesso de
cimento que extravasou com
microbrush.Fotoativação por 80s
Com o pino cimentado,
prepara-se o núcleo e o
remanescente para coroa total
Referências Bibliográficas
Obrigado!!

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