Termoquímica
Termoquímica
Termoquímica
4. Lista de Questões
CONSTANTES
Constante de Faraday (F) = 9,65 x 104 °C mol-1 = 9,65 x 104 A s mol-1 = 9,65 x 104 J V-1 mol-1
Constante dos gases (R) = 8,21 x 10-2 atm L K-1 mol-1 = 8,31 J K-1 mol-1 = 1,98 cal K-1 mol-1
DEFINIÇÕES
Presão: 1 atm = 760 mmHg = 1,01325 x 105 N m-2 = 760 Torr = 1,01325 bar
Energia: 1 J = 1 N m = 1 kg m2 s-2
MASSAS MOLARES
H 1 1,01 Mn 25 54,94
Li 3 6,94 Fe 26 55,85
C 6 12,01 Co 27 58,93
N 7 14,01 Cu 29 63,55
O 8 16,00 Zn 30 65,39
F 9 19,00 As 33 74,92
Ne 10 20,18 Br 35 79,90
Na 11 22,99 Mo 42 95,94
Mg 12 24,30 Sb 51 121,76
Al 13 26,98 I 53 126,90
Si 14 28,08 Ba 56 137,33
S 16 32,07 Pt 78 195,08
Cl 17 35,45 Au 79 196,97
Ca 20 40,08 Hg 80 200,59
1. (TFC – Inédita)
A respeito de fenômenos térmicos, pode-se afirmar que:
a) A entalpia desprendida ou absorvida em uma reação química depende do estado inicial,
final e dos estados intermediários do sistema.
Considere que os quatro processos químicos, descritos a seguir nos itens I a IV, são realizados
isobárica e isotermicamente:
I – KNO3 (s) → K+ (aq) + NO3–- (aq)
II – H2O (l) → H2O (g)
III – C (graf) → C (diam)
IV – Na (s) + ½ O2 (g) → Na2O (s)
Qual das opções abaixo contém os processos químicos cuja variação de energia interna é nula?
a) Apenas I e II
b) Apenas I, II e III
c) Apenas II e III
d) Apenas III e IV
e) Nenhum processo
22. (ITA – 2018)
O perclorato de amônio (PA) é um dos componentes mais utilizados em propelentes de foguetes.
Para aperfeiçoar seu desempenho, hidrogênio pode ser utilizado como aditivo. Considere dadas
as entalpias de combustão destas espécies: ∆Hc,PA = - 189 kJ/mol e ∆Hc,H2 = - 286 kJ/mol..
Com base nessas informações, assinale a opção que apresenta a equação linear da variação da
entalpia de combustão da mistura de PA com H2 em função da quantidade de H2.
a) y = –0,48x + 189
b) y = –0,48x – 189
c) y = –0,48x + 208
d) y = –0,97x – 189
e) y = –0,97x – 208
23. (ITA – 2017)
Em relação às funções termodinâmicas de estado de um sistema, assinale a proposição ERRADA.
a) A variação de energia interna é nula na expansão de n mols de um gás ideal a temperatura
constante.
b) A variação de energia interna é maior do que zero em um processo endotérmico a volume
constante.
c) A variação de entalpia é nula em um processo de várias etapas em que os estados inicial e
final são os mesmos.
d) A variação de entropia é maior do que zero em um processo endotérmico a pressão
constante.
e) A variação de entropia é nula quando n mols de um gás ideal sofrem expansão livre contra
pressão externa nula.
T2
d) Se a mudança de estado é isobárica, a variação de entropia é dada por S = nc p ln
T1
Sabendo que a capacidade calorífica da água, à pressão constante, vale 75,9 J mol–1 e que sua
entalpia de vaporização é igual a 40,66 kJ mol–1, assinale a alternativa que melhor corresponda
ao número de mols de metano necessários para vaporizar 1 L de água pura, cuja temperatura
inicial é 25 ºC, ao nível do mar.
a) 1,0
b) 2,0
c) 2,9
d) 3,8
e) 4,7
33. (ITA – 2013)
100 gramas de água líquida foram aquecidos utilizando o calor liberado na combustão completa
de 0,25 gramas de etanol. Sabendo que a variação da temperatura da água foi de 12,5ºC,
assinale a alternativa que apresenta o valor CORRETO para a entalpia molar de combustão do
etanol. Considere que a capacidade calorífica da água é igual a 4,18 kJkg–1ºC–1 e que a energia
liberada na combustão do etanol foi utilizada exclusivamente no aquecimento da água.
a) –961 kJ
b) –5,2 kJ
c) +4,2 kJ
d) +5,2 kJ
e) +961 kJ
34. (ITA – 2013)
Assinale a opção que apresenta a afirmação CORRETA.
a) Um paciente com calor de 42ºC apresenta-se febril.
b) A adição de energia térmica à água líquida em ebulição sob pressão ambiente causa um
aumento na sua capacidade calorífica.
c) Na temperatura de –4ºC e pressão ambiente, 5g de água no estado líquido contêm uma
quantidade de energia maior do que a de 5g de água no estado sólido.
d) A quantidade de energia necessária para aquecer 5g de água de 20ºC até 25ºC é igual
àquela necessária para aquecer 25g de água no mesmo intervalo de temperatura e pressão
ambiente.
e) Sob pressão ambiente, a quantidade de energia necessária para aquecer massas iguais de
alumínio (calor específico 0,89Jg–1K–1) e de ferro (calor específico 0,45Jg–1K–1),
respectivamente, de um mesmo incremento de temperatura, T, é aproximadamente igual.
35. (ITA – 2015)
Considere a reação química hipotética realizada em sistema fechado a pressão e temperatura
constantes representada pela equação X+Y W+ Z. Supondo que no início da reação haja
apenas os reagentes X e Y, e considerando um intervalo de tempo que se estende de t = 0 até um
instante t após o equilíbrio ter sido atingido, assinale a opção que apresenta a variação da
energia livre de Gibbs.
a)
b)
c)
d)
e)
amostras. A lente possui área útil de 80,0 cm2, absortividade () de 20% e transmissividade () de
80%. O porta-amostras possui absortividade de 100% e volume variável, operando à pressão
constante de 1,0 atm.
Em um gráfico de pressão versus volume, represente o diagrama do ciclo idealizado por Carnot
(máquina térmica) para uma transformação cíclica, ininterrupta, e sem perdas de calor e de
trabalho, e vice-versa. Identifique e denomine as quatro etapas dessa transformação cíclica.
46. (ITA – 2012)
Considere as reações representadas pelas seguintes equações químicas:
I. C(s) + 2H2(g) → CH4(g)
II. N2O(g) → N2 (g) + 1/2O2(g)
III. 2NI3(s) → N2 (g) + 3I2 (g)
IV. 2O3(g) → 3O2 (g)
Assinale a opção que apresenta a(s) reação(ões) química(s) na(s) qual(is) há uma variação
negativa de entropia.
a) Apenas I
b) Apenas II e IV
c) Apenas II e III e IV
d) Apenas III
e) Apenas IV
47. (ITA – 2011)
Considere a energia liberada em
I. combustão completa (estequiométrica) do octano e em
II. célula de combustível de hidrogênio e oxigênio.
Assinale a opção que apresenta a razão CORRETA entre a quantidade de energia liberada por
átomo de hidrogênio na combustão do octano e na célula de combustível.
Dados: Energias de ligação, em kJ mol –1:
C – C 347
C – H 413
C = O 803
H – H 436
H – O 464
O = O 498
a) 0,280
b) 1,18
c) 2,35
d) 10,5
e) 21,0
Obs.: O octano (C8H18) apresenta a seguinte fórmula estrutural plana CH3 – CH2 – CH2 – CH2 – CH2
– CH2 – CH2 – CH3.
48. (IME-2014)
1,00 kg de carbonato de cálcio, na temperatura de 298 K, é introduzido em um forno que opera a
101 kPa. O forno é então aquecido até a temperatura Tc, na qual ocorrerá a calcinação do
carbonato de cálcio. Sabendo-se que o módulo da variação da energia livre de Gibbs da reação
de calcinação à temperatura Tc é igual a 10,7 kJ/mol, determine a temperatura de calcinação Tc
e a quantidade de calor necessária à completa calcinação do carbonato. Despreze os efeitos de
mistura e considere que, para o sistema reacional, aplicam-se as seguintes equações:
𝛥𝐺 = 𝛥𝐻 − 𝑇𝛥𝑆
𝛥𝐻 = 𝛥𝐻𝑓0 + 𝑐𝑝𝛥𝑇
𝛥𝑆 = 𝛥𝑆𝑓0 + 𝑐𝑝𝛥𝑇𝑇
Dados: Entalpias e entropias de formação a 298 K e capacidades caloríficas médias:
49. (ITA-2015)
São feitas as seguintes comparações sobre as capacidades caloríficas molares de diferentes
substâncias puras, todas à temperatura ambiente:
I – A capacidade calorífica da água é menor que a do peróxido de hidrogênio.
II – A capacidade calorífica do bromo é menor que a do tetracloreto de carbono.
III – A capacidade calorífica do metanol é menor que a do mercúrio.
Assinale a opção que apresenta a(s) comparação(ões) CORRETA(S).
a) Apenas I
b) Apenas I e II
c) Apenas II
d) Apenas II e III
e) Apenas III
50. (ITA-2012)
A tabela mostra a variação de entalpia de formação nas condições-padrão a 25 °C de algumas
substâncias. Calcule a variação da energia interna de formação, em kJ. mol -1, nas condições-
padrão dos compostos tabelados. Mostre os cálculos realizados.
5. Gabarito
1. C 17. A 35. E
2. E 18. discursiva 36. D
3. C 19. A 37. A
4. discursiva 20. D 38. D
5. E 21. A 39. A
6. E 22. D 40. C
7. B 23. E 41. C
8. discursiva 24. C 42. C
9. C 25. D 43. discursiva
10. D 26. D 44. A
11. D 27. D 45. discursiva
12. T < 1510 K 28. D 46. A
13. A = 0,25 mol; B = 0,75 29. C 47. C
mol; C = 0,25 mol; ∆H = - 30. E 48. 1052,5 K
792 kJ/mol
31. C 49. B
14. C
32. C 50. discursiva
15. C
33. A
16. discursiva
34. C
Comentários
O calor liberado numa reação química é igual ao produto do número de mols reagentes pela
entalpia molar da reação.
Se foram queimados o número de mols nA do reagente A e nB do reagente B, o calor liberado
na combustão é:
a) Se foram queimados o número de mols nA do reagente A e nB do reagente B, o calor liberado
na combustão é:
𝑄 = 𝑛𝐴 Δ𝐻𝐴 + 𝑛𝐵 Δ𝐻𝐵 = −550
𝑛𝐴 (−700) + 𝑛𝐵 (−500) = −550
700𝑛𝐴 + 500𝑛𝐵 = 550
Simplificando por 50, temos:
14𝑛𝐴 + 10𝑛𝐵 = 11
Agora, devemos aplicar que o número de mols do reagente B é igual a 3 vezes que o número de
mols do reagente A, temos:
14𝑛𝐴 + 10.3𝑛𝐴 = 11
14𝑛𝐴 + 30𝑛𝐴 = 11
44𝑛𝐴 = 11
11
∴ 𝑛𝐴 = = 0,25 𝑚𝑜𝑙
44
Já o número de mols do reagente B é igual ao triplo do número de mols do reagente A.
𝑛𝐵 = 3𝑛𝐴 = 3.0,25 = 0,75 𝑚𝑜𝑙
Professor Thiago Cardoso
Aula 11: ITA/ IME 2020
Ao se adicionar o reagente C à mistura, o calor liberado na combustão passou a 814 kJ, sendo que
550 kJ já eram provenientes da mistura A + 3B.
Podemos, mais uma vez, relacionar o calor liberado na queima com os calores de combustão
molares dos reagentes.
𝑄𝐶 = 𝑛𝐶 Δ𝐻𝐶 = −(814 − 550) = −264
Como sabemos que o número de mols de C corresponde a 25% do total da mistura, podemos
calcular essa quantidade.
𝑛𝐶 = 0,25. (𝑛𝐴 + 𝑛𝐵 + 𝑛𝐶 )
𝑛𝐶 = 0,25. (0,25 + 0,75 + 𝑛𝐶 )
𝑛𝐶 = 0,25. (1 + 𝑛𝐶 )
𝑛𝐶 = 0,25 + 0,25𝑛𝑐
𝑛𝑐 − 0,25𝑛𝑐 = 0,25
0,25 1
0,75𝑛𝐶 = 0,25 ∴ 𝑛𝐶 = = 𝑚𝑜𝑙
0,75 3
b) Com base na equação de combustão e no número de mols calculado, podemos calcular o
calor molar de combustão para o reagente C.
𝑛𝐶 Δ𝐻𝐶 = −264
1
Δ𝐻 = −264
3 𝐶
∴ Δ𝐻𝐶 = −264.3 = −792 𝑘𝐽/𝑚𝑜𝑙
Comentários
A questão fala sobre entropia. É importante lembrar que a entropia depende fundamental do
número de mols de gás.
Na reação (I), tem-se:
Δ𝑛𝑔á𝑠 = 0 − 1,5 = −1,5
Na reação (II), tem-se:
Δ𝑛𝑔á𝑠 = 1 − 1,5 = −0,5
Sendo assim, em ambas as reações, verifica-se decréscimo de entropia, sendo que é mais
acentuado na reação (I) e menor na reação (II).
Gabarito: C
Comentários
O processo é espontâneo, portanto, implica aumento na entropia do Universo. Logo, a letra
A está errada.
Como o sistema A está perdendo energia, é provável que ele perca entropia. Logo, a letra B
está errada.
Por fim, vamos analisar a variação de entropia do Universo verificada no processo, que
poderia ser descrita como a soma das entropias dos dois sistemas.
Δ𝑆𝑈𝑁𝐼𝑉 = Δ𝑆𝐴 + Δ𝑆𝐵
Como a entropia do Universo aumenta, o aumento de entropia do sistema B deve ser maior
que o decréscimo de entropia do sistema A, como preconiza a letra C, que é o nosso gabarito.
Gabarito: C
Comentários
As reações somente envolvem significativas variações de volume e, portanto, trabalho
considerável quando envolvem variação no número de mols de gás.
Portanto, nas reações que envolvem somente sólidos e líquidos ou nas reações em que o
número de mols de gás se mantém inalterado, não há diferenças entre as duas grandezas.
Gabarito: discursiva
Comentários
O cozimento dos alimentos envolve reações químicas que absorvem bastante energia. Como
o processo ocorre a pressão constante, a energia cedida ao sistema é uma medida da entalpia que
nele é consumida.
As letras B e C estão erradas, porque não ocorre variação de temperatura, portanto, não se
pode falar em capacidade térmica nem em calor específico. Como também não ocorre mudança de
estado, não se pode falar em calor latente.
O erro da letra E é mais sutil, porque a energia interna é o calor absorvida na condição de
volume constante.
Gabarito: A
Comentários
a) Para esboçar o Ciclo de Born-Haber referente a esse processo, convém dividi-lo em etapas.
Na primeira etapa, consideraremos a vaporização do sódio metálico e a quebra da ligação do cloro.
1 1 𝑘𝐽
+ 𝐶𝑙 → 𝐶𝑙(𝑔) Δ𝐻 = .242,6 = 121,3
2 2(𝑔) 2 𝑚𝑜𝑙
1 Δ𝐻 = +218,7 𝑘𝐽/𝑚𝑜𝑙
𝑁𝑎(𝑠) + 𝐶𝑙2(𝑔) → 𝑁𝑎(𝑔) + 𝐶𝑙(𝑔)
2
+ −
𝑁𝑎(𝑔) + 𝐶𝑙(𝑔) → 𝑁𝑎𝐶𝑙(𝑠) Δ𝐻 = −787 𝑘𝐽/𝑚𝑜𝑙
1
𝑁𝑎(𝑠) + 𝐶𝑙2(𝑔) → 𝑁𝑎(𝑔) + 𝐶𝑙(𝑔) Δ𝐻 = +218,7 𝑘𝐽/𝑚𝑜𝑙
2
+ −
𝑁𝑎(𝑔) + 𝐶𝑙(𝑔) → 𝑁𝑎(𝑔) + 𝐶𝑙(𝑔) Δ𝐻 = +146,8 𝑘𝐽/𝑚𝑜𝑙
+ −
+ 𝑁𝑎(𝑔) + 𝐶𝑙(𝑔) → 𝑁𝑎𝐶𝑙(𝑠) Δ𝐻 = −787 𝑘𝐽/𝑚𝑜𝑙
1
𝑁𝑎(𝑠) + 𝐶𝑙2(𝑔) → 𝑁𝑎𝐶𝑙(𝑠) Δ𝐻 = −421 𝑘𝐽/𝑚𝑜𝑙
2
Comentários
O cozimento dos alimentos envolve reações químicas que absorvem bastante energia. Como
o processo ocorre a pressão constante, a energia cedida ao sistema é uma medida da entalpia que
nele é consumida.
As letras B e C estão erradas, porque não ocorre variação de temperatura, portanto, não se
pode falar em capacidade térmica nem em calor específico. Como também não ocorre mudança de
estado, não se pode falar em calor latente.
O erro da letra E é mais sutil, porque a energia interna é o calor absorvida na condição de
volume constante.
Gabarito: A
20. (ITA-2008)
Assinale a opção ERRADA que apresenta (em kJ/mol) a entalpia padrão de formação (∆Hf) da
substância a 25ºC.
a) ∆Hf (H2(g)) = 0
b) ∆Hf (F2(g)) = 0
c) ∆Hf (N2(g)) = 0
d) ∆Hf (Br2(g)) = 0
e) ∆Hf (Cl2(g)) = 0
Comentários
Devemos nos lembrar que substâncias simples no estado padrão na variedade alotrópica mais
estável apresentam entalpia nula.
Todas as substâncias apresentadas são simples e estão na variedade alotrópica mais estável.
Precisamos analisar somente o estado padrão a 25 °C e 1 atm.
Devemos nos lembrar que os únicos elementos líquidos da Tabela Periódica nas CNTP são: o
bromo, o mercúrio e o frâncio.
Sendo assim, o bromo gasoso não apresenta entalpia de formação nula, pois o estado padrão
do bromo é o líquido.
Gabarito: D
Qual das opções abaixo contém os processos químicos cuja variação de energia interna é nula?
a) Apenas I e II
b) Apenas I, II e III
c) Apenas II e III
d) Apenas III e IV
e) Nenhum processo
Comentários
O cozimento dos alimentos envolve reações químicas que absorvem bastante energia. Como
o processo ocorre a pressão constante, a energia cedida ao sistema é uma medida da entalpia que
nele é consumida.
As letras B e C estão erradas, porque não ocorre variação de temperatura, portanto, não se
pode falar em capacidade térmica nem em calor específico. Como também não ocorre mudança de
estado, não se pode falar em calor latente.
O erro da letra E é mais sutil, porque a energia interna é o calor absorvida na condição de
volume constante.
Gabarito: A
a) y = –0,48x + 189
b) y = –0,48x – 189
c) y = –0,48x + 208
d) y = –0,97x – 189
e) y = –0,97x – 208
Comentários
O enunciado não foi muito claro, pois deveria ter dito que x é a fração molar (em percentual)
de hidrogênio na mistura.
O que a questão deseja é obter o calor de combustão da mistura (y) como uma função linear
da fração molar de hidrogênio (x), em que os coeficientes A e B devem ser determinados.
𝑦 = 𝐴𝑥 + 𝐵
Quando x = 0, o calor de combustão da mistura deve ser igual ao próprio calor de combustão
do perclorato de amônio puro, que foi fornecido no enunciado.
𝑦 = 𝐴. 0 + 𝐵 = 𝐵 = −189 ∴ 𝐵 = −189
Quando x = 100, ou seja o hidrogênio ocupa 100% da amostra, o calor de combustão da
mistura deve ser igual ao próprio calor de combustão do hidrogênio.
𝑦 = 𝐴𝑥 + 𝐵
𝑦(100) = −286
𝐴. 100 − 189 = −286
∴ 100. 𝐴 = −286 + 189 = −97
97
∴𝐴= − = −0,97
100
Sendo assim, a equação linear pedida é:
𝑦 = −0,97𝑥 − 189
Gabarito: D
Comentários
Vamos analisar cada uma das afirmações:
Gabarito: E
Assinale a opção que apresenta a(s) afirmação(ões) CORRETA(S) sobre a mistura das amostras
de água.
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas II e III.
d) Apenas III e IV.
e) Apenas IV.
Comentários
Como o recipiente tem paredes adiabáticas, o calor trocado com o meio externo é nulo. OU
seja, tem-se Q = 0.
Isso significa que todo o calor perdido pela amostra de água mais quente é absorvido pela
amostra mais fria, até que elas atinjam o equilíbrio térmico. Seja T a temperatura final do sistema.
O calor recebido pela amostra mais fria é dado por:
𝑄1 = 𝑚1 𝑐 (𝑇 − 𝑇1 ) = 54. 𝑐(𝑇 − 25)
O calor perdido pela amostra mais quente é dado por:
𝑄2 = 𝑚2 𝑐 (𝑇2 − 𝑇) = 126. 𝑐. (75 − 𝑇)
Como o recipiente é adiabático, o calor
𝑄1 = 𝑄2
54. 𝑐. (𝑇 − 25) = 126. 𝑐. (75 − 𝑇)
Simplificando por 9, temos:
6. (𝑇 − 25) = 14. (75 − 𝑇)
Simplificando por 2:
3. (𝑇 − 25) = 7. (75 − 𝑇)
3𝑇 − 75 = 525 − 7𝑇
3𝑇 + 7𝑇 = 525 + 75
600
10𝑇 = 600 ∴ 𝑇 =
= 60 °𝐶
10
A temperatura em Kelvin pode ser obtida somando 273:
𝑇 = 60 + 273 = 333 𝐾
Gabarito: C
São corretas:
a) Somente I.
b) Somente II.
c) Somente III.
d) I e II.
e) I e III.
Comentários
Vamos analisar cada uma das afirmações:
I – Perfeito. A Energia Livre de Gibbs é o fator que determina a espontaneidade de uma reação
química. Quando ∆G < 0, a reação será espontânea.
II – Perfeito. Nos processos a pressão constante, a variação de entalpia é igual ao calor
liberado ou absorvido pelo sistema.
III – Como as formas alotrópicas são diferentes, elas terão energias diferentes, portanto,
haverá sim variação de entalpia na conversão entre elas. Afirmação errada.
Gabarito: D
a) O balão B quebrar-se-á devido ao impacto do gás ideal, liberado bruscamente, contra sua
parede.
b) O trabalho gerado pela expansão do gás aquecerá o sistema.
c) O gás em expansão absorverá calor da vizinhança fazendo o sistema se resfriar.
d) O valor da variação da energia interna ∆U da expansão será igual a zero.
e) Na expansão, a variação da energia interna ∆U do sistema será menor que zero.
Comentários
Quando aberta a torneira, o gás fará uma expansão contra o vácuo.
Como o recipiente B está evacuado, não existe nenhuma pressão resistindo à expansão do
gás. Logo, não há trabalho de expansão. Portanto, a letra B está errada.
Como o sistema está isolado termicamente do Universo, não há trocas de calor, portanto, a
letra C está errada.
Da Primeira Lei da Termodinâmica, temos que:
𝑄 = Δ𝑈 + 𝑤
Já vimos que não há calor nem trabalho envolvidos, portanto, podemos concluir que a
variação de energia interna no processo é nula.
0 = Δ𝑈 + 0 ∴ Δ𝑈 = 0
Portanto, a letra D está correta. E a letra E está errada, já que presume que há variação
negativa de energia interna.
Por fim, não podemos garantir que o balão B se quebrará. Não há garantias sobre se a pressão
exercida pelo gás sobre ele será suficiente para rompê-lo. Logo, a letra A está errada.
Gabarito: D
Comentários
Considerando a expressão da Energia Livre de Gibbs.
Δ𝐺 = Δ𝐻 − 𝑇Δ𝑆
Como Δ𝐻 < 0 e 𝑇Δ𝑆 > 0, temos que os dois termos contribuem para que a reação seja
espontânea. Portanto, ela será espontânea a qualquer temperatura, considerando as concentrações
padrão.
Como a reação é espontânea, as letras B e C estão erradas.
É um excesso dizer que o equilíbrio nunca é atingido. Na verdade, o equilíbrio nunca é atingido
nas concentrações padrão. Porém, à medida que a reação ocorre, ela tenderá ao equilíbrio, porque
todas as reações em sistema fechado tendem ao equilíbrio. Portanto, a letra A está errada.
Como o enunciado forneceu que Δ𝐺 ≅ 0, podemos calcular a temperatura.
Δ𝐻
0 = Δ𝐻 − 𝑇Δ𝑆 ∴ Δ𝐻 = 𝑇Δ𝑆 ∴ 𝑇 =
Δ𝑆
Encontramos o gabarito. Porém, é interessante observar que tal temperatura calculada é
negativa, porque é a razão de um número negativo por um positivo. Portanto, seria impossível de
ser atingida, logo, a situação descrita no enunciado é impossível.
Gabarito: D
T2 p
S = nc p ln − nR ln 2
T1 p1
a) Se o estado inicial 1 é diferente do estado final 2, a variação da entropia do gás ideal não
depende da quantidade de gás presente no sistema.
p2
b) Se a mudança de estado é isotérmica, a variação da entropia é dada por S = −nc p ln
p1
Comentários
Vamos analisar as afirmações citadas.
a) A variação de entropia é sim dependente da quantidade de gás presente no sistema. O
parâmetro n está bem presente na equação. Afirmação errada.
b) Para uma transformação isotérmica, temos T2/T1 = 1, portanto, o logaritmo natural se
anula, restando apenas o segundo termo.
𝑃2
Δ𝑆 = −𝑛𝑅. ln ( )
𝑃1
Afirmação errada, pois o enunciado trocou o R por cp.
Gabarito: D
I. Expansão em uma etapa, contra a pressão externa constante de 1 atm, levando o volume
final do recipiente a 10 L.
II. Expansão em duas etapas: na primeira, o gás expande contra a pressão externa constante
de 5 atm até atingir um volume de 2 L; na segunda etapa, o gás expande contra uma pressão
constante de 1 atm atingindo o volume final de 10 L.
Comentários
a) O trabalho não é uma função de estado. Ele depende dos estados intermediários da
transformação, pois é calculada pela área abaixo do gráfico.
Como as áreas debaixo do diagrama P x V nas duas transformações são diferentes, o trabalho
é diferente.
b) Podemos calcular os trabalhos pela expressão do trabalho da isobárica.
Para a transformação I, temos:
𝑤𝐼 = 𝑤1 = 𝑃Δ𝑉 = 1. (10 − 1) = 1.9 = 9 𝑎𝑡𝑚. 𝐿
Para a transformação II, temos:
𝑤𝐼𝐼 = 𝑤1 + 𝑤2 = 5. (2 − 1) + 1. (10 − 2) = 5.1 + 1.8 = 13 𝑎𝑡𝑚. 𝐿
Sendo assim, o trabalho na primeira transformação não é igual à metade da segunda.
Afirmação errada.
c) Como a energia interna é uma função de estado, ela só depende do estado final e do
estado inicial. Como ambas as transformações envolvem o mesmo estado final e o mesmo
estado inicial, de fato, a variação de energia interna é igual em ambos os processos.
Afirmação correta.
d) A variação de energia interna é igual nos dois processos, porque ela é uma função de
estado. Afirmação errada.
e) O calor não é uma função de estado. Pela Primeira Lei da Termodinâmica, podemos
escrever que:
𝑄 = Δ𝑈 + 𝑤
Entre o processo I e o II, o ∆U é igual, porém, o trabalho é diferente. Logo, o calor trocado na
transformação I será diferente do calor trocado na transformação II. Afirmação errada.
Gabarito: C
A respeito da variação da energia interna do sistema (U), calor (q) e trabalho (w), nos
experimentos I e II, assinale a opção que contém a afirmação ERRADA.
a) qI > 0
b) |wII| > |wI|
c) UI > UII
d) |wII| 0
e) UII = qII
Comentários
O processo I acontece a volume constante, enquanto que o processo II acontece a pressão
constante. Com base nisso, vamos analisar as afirmativas.
a) O processo de sublimação é endotérmico, porque o estado gasoso tem maior energia do
que o estado sólido. Logo, qI > 0. Afirmação correta.
b) Em II, existe trabalho de expansão, enquanto que, em I, não existe, porque o volume é
constante. Afirmação correta.
c) A variação de energia interna em II pode ser calculada como:
𝑄𝐼𝐼 = Δ𝑈𝐼𝐼 + 𝑤𝐼𝐼 ∴ Δ𝑈𝐼𝐼 = 𝑄𝐼𝐼 − 𝑤𝐼𝐼
O processo I ocorre a volume constante, portanto, o calor absorvido é igual à variação de
energia interna no processo.
𝑄𝐼 = Δ𝑈𝐼
Os calores absorvidos são iguais, tendo em vista que é a mesma massa sublimando na mesma
temperatura.
∴ 𝑄𝐼 = 𝑄𝐼𝐼 = Δ𝑈𝐼
Substituindo na expressão do ∆UII.
Δ𝑈𝐼𝐼 = Δ𝑈𝐼 − 𝑤𝐼𝐼
Como o trabalho é de expansão, ele é positivo, logo.
∴ Δ𝑈𝐼𝐼 < Δ𝑈𝐼
Afirmação correta.
d) Em II, ocorre trabalho de expansão. Afirmação correta.
Gabarito: E
Comentários
Essa questão está muito mais para uma questão de Física do que de Química.
Quando o cubo aquecido entra em contato com a água, a sua variação de temperatura
depende da sua capacidade calorífica. Utilizando o princípio de que, no equilíbrio térmico, a
temperatura do metal será igual à temperatura da água.
𝑚𝐻2𝑂 . 𝑐𝐻2 𝑂 . Δ𝑇𝐻2 𝑂 = 𝐶𝑚𝑒𝑡𝑎𝑙 . Δ𝑇𝑚𝑒𝑡𝑎𝑙
𝑚𝐻2𝑂 . 𝑐𝐻2𝑂 . Δ𝑇𝐻2 𝑂
∴ Δ𝑇𝑚𝑒𝑡𝑎𝑙 =
𝐶𝑚𝑒𝑡𝑎𝑙
A capacidade calorífica é igual ao produto da massa pelo calor específico, que foi fornecido
no enunciado. Portanto, precisamos calcular essa propriedade física para cada uma das amostras
metálicas.
Gabarito: C
Sabendo que a capacidade calorífica da água, à pressão constante, vale 75,9 J mol–1 e que sua
entalpia de vaporização é igual a 40,66 kJ mol–1, assinale a alternativa que melhor corresponda
ao número de mols de metano necessários para vaporizar 1 L de água pura, cuja temperatura
inicial é 25 ºC, ao nível do mar.
a) 1,0
b) 2,0
c) 2,9
d) 3,8
e) 4,7
Comentários
Primeiramente, precisamos calcular o calor necessário para vaporizar 1 litro de água pura.
Vale lembrar que essa vaporização acontece em duas etapas:
• É necessário aquecer a água de 25 °C a 100 °C, que é a temperatura de ebulição. Essa etapa
requer calor sensível;
• A vaporização propriamente dita, que consome o calor latente.
O calor sensível envolvido pode ser calculado pela seguinte expressão, que leva em conta o
número de mols de água, já que foi fornecida a capacidade calorífica molar.
𝑄𝑆 = 𝑛𝑐. Δ𝑇
O número de mols de água presentes em 1 litro pode ser calculada dividindo-se a massa de
água presente (1000 g) pela massa molar.
𝑚𝐻2𝑂 1000 1000
𝑛𝐻2 𝑂 = = =
𝑀𝐻2 𝑂 2.1 + 1.16 18
Agora, podemos calcular o calor sensível necessário para o processo. É importante destacar
as unidades empregadas. Em Termoquímica, é necessária muita atenção nas conversões de
unidades, principalmente as de energia que, ora são usadas como kJ, ora são usadas como J
1000 𝐽 1000
𝑄𝑆 = 𝑛𝑐. Δ𝑇 = 𝑚𝑜𝑙. 75,9. (100 − 25)°𝐶 = . 75,9.75 𝐽
18 𝑚𝑜𝑙. °𝐶 18
Podemos simplificar po3, já que 75,9 e 75 são ambos divisíveis por 3.
1000
𝑄𝑆 =
. 25,3.25 = 500.25,3.25 = 316250𝐽 = 316,25 𝑘𝐽
2
Precisamos também calcular o calor latente necessário para a vaporização da água.
1000 𝑘𝐽
𝑄𝐿 = 𝑛. 𝐿 =
𝑚𝑜𝑙. 40,66 = 2258,89 𝑘𝐽
18 𝑚𝑜𝑙
Sendo assim, o calor necessário para vaporizar 1 litro de água partindo da temperatura
ambiente de 25 °C é dado pela soma do calor sensível com o calor latente.
𝑄𝐻2𝑂 = 𝑄𝑆 + 𝑄𝐿 = 316,25 + 2258,89 = 2575,14 𝑘𝐽
Esse calor advém da combustão do metano.
𝐶𝐻4 (𝑔) + 𝑂2 (𝑔) → 𝐶𝑂2 (𝑔) + 𝐻2 𝑂 (𝑔)
Precisamos balancear a equação fornecida. Para isso, precisamos de 1 CO 2 e 2 H2O nos
produtos para equilibrar os carbonos e hidrogênios do reagente.
𝐶𝐻4 (𝑔) + 𝑂2 (𝑔) → 1 𝐶𝑂2 (𝑔) + 2 𝐻2 𝑂 (𝑔)
Temos, portanto, quatro mols de oxigênio nos produtos. Logo, precisamos de 2 O 2 nos
reagentes para balancear.
𝐶𝐻4 (𝑔) + 2 𝑂2 (𝑔) → 1 𝐶𝑂2 (𝑔) + 2 𝐻2 𝑂 (𝑔)
Agora, podemos aplicar que o calor liberado na reação é igual à variação de entalpia, já que
o processo acontece a pressão constante.
Δ𝐻 = 𝐻𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜𝑠 − 𝐻𝑟𝑒𝑎𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 = 2. 𝐻𝐻2𝑂 + 𝐻𝐶𝑂2 − (𝐻𝐶𝐻4 + 2. 𝐻𝑂2 )
Basta substituir os valores fornecidos.
Δ𝐻 = 2. (−285,83) + (−393,51) − (−74,81 + 2.0)
Δ𝐻 = −571,66 − 393,51 + 74,81 = −890,36 𝑘𝐽/𝑚𝑜𝑙
O calor total liberado na combustão do metano é igual ao número de mols queimados
multiplicado pela variação de entalpia molar da reação.
𝑄𝐶𝐻4 = 𝑛𝐶𝐻4 . Δ𝐻𝐶𝐻4 = −890,36. 𝑛𝐶𝐻4
Considerando que todo o calor liberado pelo metano tenha sido absorvido pela água,
podemos escrever:
𝑄𝐶𝐻4 + 𝑄𝐻2𝑂 = 0
Substituindo os valores encontrados, temos:
−890,36. 𝑛𝐶𝐻4 + 2575,14 = 0
2575,14
∴ 𝑛𝐶𝐻4 = ≅ 2,89 ≅ 2,9
890,36
Gabarito: C
a) –961 kJ
b) –5,2 kJ
c) +4,2 kJ
d) +5,2 kJ
e) +961 kJ
Comentários
A questão trata um método de determinação experimental de calores de combustão. Vale
lembrar que o aluno deve saber a fórmula molecular do etanol. Será mais fácil quando você aprender
Química Orgânica, pois você será de construir a estrutura.
𝐶𝐻3 − 𝐶𝐻2 − 𝑂𝐻
Porém, como já fizemos várias questões com o etanol, optei por manter o enunciado original.
A fórmula molecular do etanol é, portanto, C2H6O.
O calor necessário para aquecer a água é dado pela expressão do calor sensível. O enunciado
foi impreciso, pois o dado fornecido foi o calor específico em grama, não a capacidade calorífica. De
qualquer forma, como foi fornecido em grama, podemos usar a expressão
𝑄𝐻2𝑂 = 𝑚𝐻2 𝑂 . 𝑐𝐻2𝑂 . Δ𝑇 = 0,1.4,18.12,5 = 5,225 𝑘𝐽
O calor liberado na combustão do etanol é igual ao produto do número de mols de etanol
que foram queimados pela entalpia molar de combustão. Além disso, devemos nos lembrar que o
calor liberado na combustão do etanol é igual ao calor absorvido pela água, porém, com o sinal
oposto.
𝑄𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 5,225
𝑄𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 = 𝑛𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 . Δ𝐻𝐶 ∴ Δ𝐻𝐶 = =−
𝑛𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 𝑛𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙
O número de mols de etanol pode ser calculado pela razão entre a massa presente e a massa
molar.
𝑚𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 0,25 0,25
𝑛𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 = = =
𝑀𝐶2 𝐻6 𝑂 2.12 + 6.1 + 1.16 46
Substituindo na expressão da entalpia molar de combustão.
5,225 5,225.46
∴ Δ𝐻𝐶 = − =− = −961,4 𝑘𝐽/𝑚𝑜𝑙
0,25 0,25
46
Gabarito: A
e) Sob pressão ambiente, a quantidade de energia necessária para aquecer massas iguais de
alumínio (calor específico 0,89Jg–1K–1) e de ferro (calor específico 0,45Jg–1K–1),
respectivamente, de um mesmo incremento de temperatura, T, é aproximadamente igual.
Comentários
Primeiramente, precisamos calcular o calor necessário para vaporizar 1 litro de água pura.
Vale lembrar que essa vaporização acontece em duas etapas:
a) O paciente não apresenta o calor de 42 °C, mas sim a temperatura. Afirmação errada.
b) A adição de energia térmica provoca um aumento de temperatura, não de capacidade
calorífica. Afirmação errada.
c) O líquido sempre apresenta maior liberdade de movimentação das moléculas e, portanto,
maior quantidade de energia do que o respectivo sólido. Afirmação correta.
d) A quantidade de energia é uma grande intensiva, portanto, depende da quantidade de
matéria. Quanto mais água, mais energia será gasta para aquecê-la. Afirmação errada.
e) Como o calor específico do alumínio é maior que o ferro, o alumínio precisará de mais
energia que o ferro para ser aquecido.
Gabarito: C
a)
b)
c)
d)
e)
Comentários
Considerando o processo espontâneo, inicialmente, tem-se Δ𝐺 < 0. À medida que a reação
prossegue, a variação de Energia Livre de Gibbs se torna menos negativa e se aproxima de zero.
Na verdade, o ∆G começa em um valor negativo e vai aumentando até chegar em Δ𝐺 = 0,
que é o momento em que a reação atinge o equilíbrio.
Sendo assim, a meu ver, a questão deveria ter sido anulada. Infelizmente, o ITA optou pelo
gabarito letra E.
Note que a letra E supõe que o processo inicialmente não é espontâneo. Nesse caso, até
poderíamos ter o gráfico mostrado, desde que a reação acontecesse no sentido inverso. Porém, tal
situação é impossível, tendo em vista que os produtos W e Z não estão inicialmente presentes.
Gabarito: E
a) apenas I e III.
b) apenas II e III.
c) apenas I, IV e V.
d) apenas II, IV e V.
e) apenas II, III e V.
Comentários
Questão bastante interessante e de altíssimo nível de profundidade por parte do ITA a
respeito das teorias sobre o zero absoluto.
No zero absoluto, todos os osciladores entram no estado vibracional fundamental (n = 0), em
que a energia de vibração é mínima, mas não é nula. Portanto, a afirmação II está correta, enquanto
que a I está errada.
O movimento vibracional não pode cessar a 0 K entre outras coisas, porque violaria o Princípio
da Incerteza de Heisenberg. Logo, as afirmações IV e V estão corretas, e a III está errada.
Gabarito: D
Qual das opções abaixo contém os processos químicos cuja variação de energia interna é nula?
a) Apenas I e II
b) Apenas I, II e III
c) Apenas II e III
d) Apenas III e IV
e) Nenhum processo
Comentários
É muito difícil um processo em que a variação de energia interna seja nula.
No item I, a dissolução do nitrato de potássio (KNO3), também conhecido como salitre, é um
processo endotérmico.
No item II, a evaporação da água é também um processo endotérmico, já que o vapor tem
mais energia do que o líquido.
No item III, o diamante, por ser menos estável que o grafite, possui maior nível de energia
interna. Portanto, o processo também é endotérmico.
O item IV traz uma combustão, e todas as combustões são exotérmicas.
Portanto, os processos I, II e III são endotérmicos; e o processo IV é exotérmico.
Gabarito: A
a) –20
b) –33
c) + 50
d) + 67
e) + 100
Comentários
Como o sólido está em equilíbrio com o líquido exatamente na temperatura de fusão,
podemos aplicar que a variação de energia livre de Gibbs no processo é nula.
Δ𝐺 = Δ𝐻 − 𝑇Δ𝑆
0 = Δ𝐻 − 𝑇. Δ𝑆 ∴ Δ𝐻 = 𝑇Δ𝑆
A entalpia de fusão foi fornecida (6,0 kJ/mol). É conveniente lembrar que a fusão
(transformação de sólido em líquido) é um processo endotérmico, porque o líquido é um estado
físico mais energético. Vale lembrar também a questão das unidades. A entropia foi pedida em
Joules, mas a entalpia foi fornecida em quilojoules. Portanto, podemos utilizar que 6,0 kJ/mol = 6000
J/mol.
6000 = (−183 + 273). Δ𝑆
6000 = 90. Δ𝑆
6000
Δ𝑆 = ≅ +67
90
Gabarito: D
a) diminuiu 2 kJ/K.
b) diminuiu 600 kJ/K.
c) não variou.
d) aumentou 2 kJ/K.
e) aumentou 600 kJ/K.
Comentários
No ponto de fusão, ocorre o equilíbrio entre os dois estados físicos, portanto, temos Δ𝐺 = 0.
Δ𝐺 = Δ𝐻 − 𝑇Δ𝑆
Δ𝐻
0 = Δ𝐻 − 𝑇Δ𝑆 ∴ Δ𝑆 =
𝑇
Vale lembrar que a solidificação é a transformação de líquido em sólido, portanto, é um
processo exotérmico (∆H < 0).
Podemos calcular a variação de entropia por quilograma da substância aplicando a expressão
previamente deduzida, com o sinal apropriado para a variação de entalpia.
Δ𝐻 −200 𝑘𝐽/𝑘𝑔 −200
Δ𝑆𝑝𝑜𝑟 𝑘𝑔 = = = 𝑘𝐽/(𝐾. 𝑘𝑔)
𝑇 (27 + 273)𝐾 300
A variação de entropia global do processo pode ser obtida multiplicando-se a variação de
entropia por quilograma pela massa em quilogramas do material.
−200
Δ𝑆 = 𝑚. Δ𝑆𝑝𝑜𝑟 𝑘𝑔 = 3. = −2 𝑘𝐽/𝐾
300
Gabarito: A
Comentários
Trata-se de uma questão avançadíssima para ser de primeira fase. Além de ser um sistema
bem sofisticado, essa questão requer alguns conhecimentos de Física, como intensidade de radiação
e potência.
A lente convergente recebe uma potência de radiação solar igual ao produto da intensidade
de radiação pela sua área.
𝑃 = 𝐼𝐴 = 750.80.10−4 = 60000.10−4 = 6 𝑊
O calor recebido pela lente é igual ao produto da potência pelo tempo que ela passou
recebendo a radiação. Como o tempo foi fornecido em minutos, é preciso convertê-lo em segundos,
multiplicando por 60.
𝑄𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝑃𝑡 = 6.15.60 = 5400 𝐽
O dispositivo apresentado focaliza parte da radiação solar, sendo capaz de transmitir apenas
80% da luz que recebe ao porta-amostras. Por sua vez, o porta-amostras absorve toda a radiação
que recebe. Sendo assim, a quantidade de calor que chega à amostra é dada por:
𝑄 = 𝜏. 𝑄𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 = 0,80.5400 = 4320 𝐽
Esse calor é responsável por vaporizar a substância. Como foi vaporizado 0,100 mol, podemos
concluir que a entalpia molar de vaporização é igual a:
𝑄 4320
Δ𝐻 = = = 43200 𝐽/𝑚𝑜𝑙 = 43,2 𝑘𝐽/𝑚𝑜𝑙
𝑛 0,100
Vale ressaltar que a variação de entalpia é realmente positiva, pois a vaporização é um
fenômeno endotérmico, já que o vapor é um estado mais energético que o estado líquido.
Como o sistema estabilizou na temperatura de 351 K, essa é a temperatura de ebulição da
substância, em que se verifica o equilíbrio entre os estados líquido e sólido. Sendo assim, nessa
temperatura, a variação de Energia Livre de Gibbs é igual a zero. Com base nisso, podemos calcular
a variação de entropia pedida.
Δ𝐺 = Δ𝐻 − 𝑇Δ𝑆 = 0
Δ𝐻 43200
Δ𝐻 = 𝑇Δ𝑆 ∴ Δ𝑆 =
= ≅ 123 𝐽/(𝑚𝑜𝑙. 𝐾)
𝑇 351
Também é de se esperar que a variação de entropia seja positiva, já que o estado gasoso é o
estado em que as partículas possuem maior liberdade de movimentação, portanto, maior entropia.
Gabarito: C
Comentários
A energia consumida para a vaporização do material pode ser calculada com base na Física.
A potência dissipada por uma tensão e corrente é elétrica é dada por P = UI. O calor dissipado será
igual à potência multiplicad
𝑄 = 𝑃𝑡 = 𝑈. 𝐼. 𝑡 = 30.0,9.30 = 810 𝐽
O número de mols que foram vaporizados pode ser calculado dividindo-se a massa pela massa
molar.
𝑚 2
= 𝑛=
= 0,01 𝑚𝑜𝑙
𝑀 200
Considerando que todo o calor dissipado seja consumido na vaporização do composto MX 4,
temos que:
𝑄 810
𝑄 = 𝑛. Δ𝐻 ∴ Δ𝐻 = = = 81000 = 81 𝑘𝐽/𝑚𝑜𝑙
𝑛 0,01
Gabarito: C
a) grafite e diamante são exemplos de carbono puro, mas não são formas alotrópicas de um
mesmo elemento.
b) em altas pressões, o diamante é menos estável que o grafite.
c) o diamante pode se transformar, de forma espontânea, em grafite.
d) a conversão do grafite em diamante é exotérmica.
Comentários
a) O diamante e o grafite são sim variedades alotrópicas distintas do carbono, já que são
substâncias simples do mesmo elemento. Afirmação errada.
b) Altas pressões favorecem o sólido de menor volume, portanto, maior densidade, que, no
caso, é o diamante, não a grafite. Afirmação errada.
c) Com os dados fornecidos pelo enunciado, temos que a transformação de grafite em
diamante não é espontânea, portanto, a reação é espontânea no sentido inverso.
Afirmação correta.
d) Podemos calcular aplicando a expressão da Energia Livre de Gibbs.
𝛥𝐺 = 𝛥𝐻 − 𝑇𝛥𝑆
∴ Δ𝐻 = Δ𝐺 + 𝑇Δ𝑆 = 2900 + (25 + 273). (𝑆𝑑𝑖𝑎𝑚 − 𝑆𝑔𝑟𝑎𝑓 )
Δ𝐻 = 2900 + (298). (2,4.10−3 − 5,7.10−3 )
Δ𝐻 = 2900 − (298). 3,3.10−3
Δ𝐻 = 2900 − 983. 10−3 = 2900 − 0,983 ≅ 2899 𝑘𝐽/𝑚𝑜𝑙
Sendo assim, a conversão de grafite em diamante é bastante endotérmica. Afirmação errada.
e) Como visto, altas pressões favorecem o diamante, por ter maior densidade. Afirmação
errada.
Gabarito: C
43. (ITA-2012)
Considere a reação de combustão do composto X, de massa molar igual a 27,7 g/mol,
representada pela seguinte equação química balanceada:
X (g) + 3 O2 (g) → Y (s) + 3 H2O (g) ∆HC0 = - 2035 kJ/mol
Comentários
O calor liberado na combustão de um certo número de mols de X é igual ao produto desse
número de mols pelo calor de combustão molar.
𝑄 = 𝑛. Δ𝐻𝐶
a) Devemos converter a massa de X em número de mols. Para isso, basta dividir pela massa molar.
𝑚 1,0.103
𝑛= =
𝑀 27,7
1,0.103
𝑄 = 𝑛. Δ𝐻𝐶 = . (−2035) = −73466 𝑘𝐽
27,7
b) Aqui podemos aplicar diretamente a expressão fornecida.
𝑄 = 1.102 . (−2035) = −203500 𝑘𝐽
c) Devemos converter o número de moléculas em número de mols. Para isso, basta dividir pelo
Número de Avogadro.
2,6.1022
𝑄= . (−2035) = 87,9 𝑘𝐽
6,02.1023
d) Nesse caso, devemos descobrir o reagente limitante. A proporção estequiométrica da reação é:
1 mol de X para 3 mols de O2
27,7g de X para 96g de O2
Portanto, X está em excesso, de modo que todo o oxigênio é consumido. A massa de X que
reage é:
𝑚 10
= ∴ 𝑚 = 2,88𝑔
27,7 96
Sendo assim, o calor liberado é:
𝑚 2,88
𝑄= . Δ𝐻𝐶 = . (−2035) = −211,6 𝑘𝐽
𝑀 27,7
Gabarito: discursiva
Comentários
O cozimento dos alimentos envolve reações químicas que absorvem bastante energia. Como
o processo ocorre a pressão constante, a energia cedida ao sistema é uma medida da entalpia que
nele é consumida.
As letras B e C estão erradas, porque não ocorre variação de temperatura, portanto, não se
pode falar em capacidade térmica nem em calor específico. Como também não ocorre mudança de
estado, não se pode falar em calor latente.
O erro da letra E é mais sutil, porque a energia interna é o calor absorvida na condição de
volume constante.
Gabarito: A
Comentários
O ciclo de Carnot é uma máquina térmica cíclica em que ocorrem quatro transformações:
duas isotérmicas e duas adiabáticas, alternadamente.
A – B: Expansão isotérmica.
B – C: Expansão adiabática.
C – D: Compressão isotérmica.
D – A: Compressão adiabática.
Gabarito: discursiva
Assinale a opção que apresenta a(s) reação(ões) química(s) na(s) qual(is) há uma variação
negativa de entropia.
a) Apenas I
b) Apenas II e IV
c) Apenas II e III e IV
d) Apenas III
e) Apenas IV
Comentários
A variação de entropia de uma reação depende fundamental da variação de número de mols
de gás, pois os gases são as substâncias de maior entropia.
Quanto maior o número de mols de gás, maior a entropia do sistema. Analisaremos cada uma
das afirmações isoladamente.
I – Δ𝑛𝑔á𝑠 = 1 − 3 = −2
II – Δ𝑛𝑔á𝑠 = 1,5 − 1 = 0,5
III – Δ𝑛𝑔á𝑠 = 4 − 2 = 2
IV – Δ𝑛𝑔á𝑠 = 3 − 2 = 1
Perceba que houve redução no número de mols de gás apenas em I, portanto, essa é a única
reação em que ocorreu redução de entropia.
Gabarito: A
Assinale a opção que apresenta a razão CORRETA entre a quantidade de energia liberada por
átomo de hidrogênio na combustão do octano e na célula de combustível.
Dados: Energias de ligação, em kJ mol–1:
C – C 347
C – H 413
C = O 803
H – H 436
H – O 464
O = O 498
a) 0,280
b) 1,18
c) 2,35
d) 10,5
e) 21,0
Obs.: O octano (C8H18) apresenta a seguinte fórmula estrutural plana CH3 – CH2 – CH2 – CH2 –
CH2 – CH2 – CH2 – CH3.
Comentários
Questão muito interessante para trabalhar a Energia de Ligação.
Primeiramente, é preciso entender o que o enunciado pede. Não devemos calcular
simplesmente o calor de combustão dos compostos pedidos: octano (C8H18) e hidrogênio (H2), mas
sim os calores de combustão por átomo de hidrogênio presente nos compostos. Como o octano tem
18 átomos de hidrogênio e o hidrogênio tem 2, devemos calcular as seguintes razões:
Δ𝐻𝐶8 𝐻18
𝑥=
18
Δ𝐻𝐻2
𝑦=
2
A molécula de octano apresenta a seguinte fórmula estrutural.
𝐶𝐻3 − 𝐶𝐻2 − 𝐶𝐻2 − 𝐶𝐻2 − 𝐶𝐻2 − 𝐶𝐻2 − 𝐶𝐻2 − 𝐶𝐻3
Nela é possível identificar:
• 7 ligações C – C;
• 18 ligações C – H
Na combustão da combustão, temos:
𝐶8 𝐻18 + 𝑂2 → 𝐶𝑂2 + 𝐻2 𝑂
Podemos balancear a equação. Como são 8 mols de carbono e 18 mols de hidrogênio nos
reagentes, podemos balancear a reação colocando os coeficientes 8 CO 2 e 9 H2O.
𝐶8 𝐻18 + 𝑂2 → 8 𝐶𝑂2 + 9 𝐻2 𝑂
Com a equação escrita, apareceram 25 mols de oxigênio nos produtos, portanto, precisamos
do coeficiente 25/2 O2 nos reagentes para balancear.
25
𝐶8 𝐻18 (𝑔) +
𝑂 (𝑔) → 8 𝐶𝑂2 (𝑔) + 9 𝐻2 𝑂(𝑔)
2 2
A variação de entalpia pode ser calculada como a diferença entre as energias de ligação.
𝑟𝑒𝑎𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜𝑠
Δ𝐻 = 𝐸𝑙𝑖𝑔𝑎çã𝑜 − 𝐸𝑙𝑖𝑔𝑎çã𝑜
A energia de ligação dos reagentes é igual à soma das energias de ligação do C 8H18, que é
formado por 7 ligações C – C e 18 ligações C – H, com a energia de ligação do oxigênio. Para a energia
de ligação do oxigênio, precisamos considerar que a reação envolve 25/2 mols e que cada molécula
O2 é formada por uma ligação dupla O=O. Sendo assim, podemos escrever:
𝑟𝑒𝑎𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝐶 𝐻
8 18
25 𝑂2 25
𝐸𝑙𝑖𝑔𝑎çã𝑜 = 𝐸𝑙𝑖𝑔𝑎çã𝑜 + . 𝐸𝑙𝑖𝑔𝑎çã𝑜 = 7. 𝐸𝐶−𝐶 + 18. 𝐸𝐶−𝐻 + .𝐸
2 2 𝑂=𝑂
𝑟𝑒𝑎𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 25
𝐸𝑙𝑖𝑔𝑎çã𝑜 = 7.347 + 18.413 + . 498 = 2429 + 7434 + 6225 = 16088 𝑘𝐽/𝑚𝑜𝑙
2
A energia de ligação dos produtos deve ser calculada como a soma das energias de ligação do
CO2 e da H2O. Vale lembrar que a molécula CO2 é formada por duas ligações duplas C = O e que a
molécula H2O é formada por duas ligações duplas H – O.
𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜𝑠 2𝐶𝑂 2 𝐻 𝑂
𝐸𝑙𝑖𝑔𝑎çã𝑜 = 8. 𝐸𝑙𝑖𝑔𝑎çã𝑜 + 9. 𝐸𝑙𝑖𝑔𝑎çã𝑜 = 8.2. 𝐸𝐶=𝑂 + 9.2. 𝐸𝑂−𝐻
𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜𝑠
𝐸𝑙𝑖𝑔𝑎çã𝑜 = 8.2.803 + 9.2.464 = 12848 + 8352 = 21200 𝑘𝐽/𝑚𝑜𝑙
Dessa forma, podemos calcular a variação de entalpia da reação pela diferença entre as
energias de ligação entre os reagentes e os produtos.
𝑟𝑒𝑎𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜𝑠
Δ𝐻𝐶8 𝐻18 = 𝐸𝑙𝑖𝑔𝑎çã𝑜 − 𝐸𝑙𝑖𝑔𝑎çã𝑜 = 16088 − 21200 = −5112 𝑘𝐽/𝑚𝑜𝑙
Como o octano apresenta 18 átomos de hidrogênio, precisamos calcular a energia ligação por
átomo de hidrogênio que é:
Δ𝐻𝐶8 𝐻18 5112
𝑥=
=− = −284 𝑘𝐽/𝑚𝑜𝑙
18 18
Podemos fazer o mesmo para a combustão do hidrogênio, cuja equação correspondente é:
1
𝐻2 (𝑔) + 𝑂2 (𝑔) → 𝐻2 𝑂 (𝑔)
2
A energia de ligação dos reagentes é igual à soma das energias de ligação do hidrogênio e do
oxigênio. Precisamos levar em consideração que o hidrog
𝑟𝑒𝑎𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝐻2 1 𝑂2 1 1
𝐸𝑙𝑖𝑔𝑎çã𝑜 = 𝐸𝑙𝑖𝑔𝑎çã𝑜 + . 𝐸𝑙𝑖𝑔𝑎çã𝑜 = 𝐸𝐻−𝐻 + . 𝐸𝑂=𝑂 = 436 + . 498 = 436 + 249
2 2 2
𝑟𝑒𝑎𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
𝐸𝑙𝑖𝑔𝑎çã𝑜 = 685 𝑘𝐽/𝑚𝑜𝑙
A energia de ligação dos produtos
𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜𝑠 2 𝐻 𝑂
𝐸𝑙𝑖𝑔𝑎çã𝑜 = 𝐸𝑙𝑖𝑔𝑎çã𝑜 = 2. 𝐸𝐻−𝑂 = 2.464 = 928 𝑘𝐽/𝑚𝑜𝑙
A variação de entalpia pode ser calculada de maneira semelhante, pela diferença entre a
energia de ligação nos reagentes e dos produtos.
𝑟𝑒𝑎𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜𝑠
Δ𝐻 = 𝐸𝑙𝑖𝑔𝑎çã𝑜 − 𝐸𝑙𝑖𝑔𝑎çã𝑜 = 685 − 928 = −243 𝑘𝐽/𝑚𝑜𝑙
Como cada molécula H2 possui dois átomos de hidrogênio, devemos dividir por dois para
obter a variação de entalpia por átomo de hidrogênio.
Δ𝐻𝐻2 −243
𝑦=
= = −121,5 𝑘𝐽/𝑚𝑜𝑙
2 2
Por fim, podemos calcular a razão solicitada pelo enunciado.
𝑥 284
= ≅ 2,33
𝑦 121,5
A questão foi bem interessante. Seu único problema é que o octano é líquido à temperatura
ambiente, portanto, não se poderia calcular o seu calor de combustão a partir das energias de
ligação. Porém, certamente, você não vai brigar com a questão.
Gabarito: C
48. (IME-2014)
1,00 kg de carbonato de cálcio, na temperatura de 298 K, é introduzido em um forno que opera
a 101 kPa. O forno é então aquecido até a temperatura Tc, na qual ocorrerá a calcinação do
carbonato de cálcio. Sabendo-se que o módulo da variação da energia livre de Gibbs da reação
de calcinação à temperatura Tc é igual a 10,7 kJ/mol, determine a temperatura de calcinação
Tc e a quantidade de calor necessária à completa calcinação do carbonato. Despreze os efeitos
de mistura e considere que, para o sistema reacional, aplicam-se as seguintes equações:
Δ𝐺 = Δ𝐻 − 𝑇Δ𝑆
ΔH = ΔHf0 + 𝑐𝑝 Δ𝑇
𝑐𝑝 Δ𝑇
ΔS = ΔSf0 +
𝑇
Dados: Entalpias e entropias de formação a 298 K e capacidades caloríficas médias:
Comentários
Questão muito interessante para trabalhar a Energia de Ligação.
Inicialmente, calcularemos as entalpias e as entropias de formação das substâncias na
temperatura Tc.
H𝐶𝑂2 = Δ𝐻𝑓0 + 𝑐𝑝 Δ𝑇 = −394 + 0,054(𝑇𝑐 − 298)
𝐻𝐶𝑎𝑂 = −636 + 0,056(𝑇𝑐 − 298)
𝐻𝐶𝑎𝐶𝑂3 = −1207 + 0,110(𝑇𝐶 − 298)
O mesmo vale para as entropias:
𝑇𝐶 𝑆𝐶𝑂2 = 0,213𝑇𝐶 + 0,054(𝑇𝐶 − 298)
𝑇𝐶 𝑆𝐶𝑎𝑂 = 0,039𝑇𝐶 + 0,056(𝑇𝐶 − 298)
𝑇𝐶 𝑆𝐶𝑎𝐶𝑂3 = 0,094 + 0,110 (𝑇𝐶 − 298)
Sendo assim, a variação de Energia Livre na reação é dada por:
Δ𝐺 = Δ𝐻 − 𝑇𝐶 Δ𝑆
49. (ITA-2015)
São feitas as seguintes comparações sobre as capacidades caloríficas molares de diferentes
substâncias puras, todas à temperatura ambiente:
I – A capacidade calorífica da água é menor que a do peróxido de hidrogênio.
II – A capacidade calorífica do bromo é menor que a do tetracloreto de carbono.
III – A capacidade calorífica do metanol é menor que a do mercúrio.
Assinale a opção que apresenta a(s) comparação(ões) CORRETA(S).
a) Apenas I
b) Apenas I e II
c) Apenas II
d) Apenas II e III
e) Apenas III
Comentários
As questões que envolvem capacidade calorífica molar tendem a ser muito difíceis.
Analisemos os itens com cuidado.
I – No caso de líquidos, sabemos que a massa molar e as interações intermoleculares
influenciam na capacidade calorífica molar. Em termos de forças intermoleculares, tanto o peróxido
de hidrogênio (H2O2) como a água (H2O) formam pontes de hidrogênio. Já em termos de massa, o
peróxido de hidrogênio é mais pesado. Sendo assim, a capacidade calorífica do H 2O2 é maior que a
da H2O. Comparação correta.
Segundo dados experimentais, a capacidade calorífica da água (75,3 J/K.mol) é realmente
menor que a do peróxido de hidrogênio (89,1 J/K.mol).
II – O bromo (Br2) e o tetracloreto de carbono (CC 4) são ambos líquidos. Em relação às massas
molares, podemos calcular para as duas substâncias a fim de termos uma comparação.
𝑀𝐵𝑟2 = 2.79 = 158 𝑔/𝑚𝑜𝑙
50. (ITA-2012)
A tabela mostra a variação de entalpia de formação nas condições-padrão a 25 °C de algumas
substâncias. Calcule a variação da energia interna de formação, em kJ. mol -1, nas condições-
padrão dos compostos tabelados. Mostre os cálculos realizados.
1 1
Δ𝑛𝐴𝑔𝐶𝑙 = 0 − =−
2 2
3 3
Δ𝑛𝐶𝑎𝐶𝑂3 = 0 − = −
2 2
3 3
Δ𝑛𝐻2 𝑂 = 0 − = −
2 2
Δ𝑛𝐻2 𝑆 = 1 − 1 = 0
3 1
Δ𝑛𝑁𝑂2 = 1 −
=−
2 2
Para facilitar, vamos calcular o produto RT antecipadamente.
𝑅𝑇 = 8,31. (25 + 273) = 8,31.298 = 2476 ≅ 2,48 𝑘𝐽/𝑚𝑜𝑙
E, agora, podemos calcular as variações de energia interna pedidas.
1
Δ𝑈𝐴𝑔𝐶𝑙 = Δ𝐻𝐴𝑔𝐶𝑙 − Δ𝑛. 𝑅𝑇 = −127 − (− ) . 2,48 = −126 𝑘𝐽/𝑚𝑜𝑙
2
AΔ𝑈𝐶𝑎𝐶𝑂 3
3
= Δ𝐻𝐶𝑎𝐶𝑂3 − Δ𝑛. 𝑅𝑇 = −1207 − (− ) . 2,48 = −1203 𝑘𝐽/𝑚𝑜𝑙
2
3 𝑘𝐽
Δ𝑈𝐻2𝑂 = Δ𝐻𝐻2 𝑂 − Δ𝑛. 𝑅𝑇 = −286 − (− ) . 2,48 ≅ −282
2 𝑚𝑜𝑙
Δ𝑈𝐻2 𝑆 = Δ𝐻𝐻2𝑂 − Δ𝑛. 𝑅𝑇 = −20 − (0). 2,48 = −20 𝑘𝐽/𝑚𝑜𝑙
1
Δ𝑈𝑁𝑂2 = Δ𝐻𝑁𝑂2 − Δ𝑛. 𝑅𝑇 = 34 − (− ) . 2,48 = 35,2 𝑘𝐽/𝑚𝑜𝑙
2
Gabarito: discursiva