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O documento descreve o processo de coagulação na tratamento de água. A coagulação envolve a desestabilização de partículas coloidais através da adição de coagulantes como sulfato de alumínio ou cloreto férrico. Isso prepara as partículas para remoção nas etapas subsequentes como floculação, sedimentação e filtração. O processo envolve reações químicas entre o coagulante e a água que formam espécies carregadas positivamente para neutralizar as partículas com carga negativa.
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O documento descreve o processo de coagulação na tratamento de água. A coagulação envolve a desestabilização de partículas coloidais através da adição de coagulantes como sulfato de alumínio ou cloreto férrico. Isso prepara as partículas para remoção nas etapas subsequentes como floculação, sedimentação e filtração. O processo envolve reações químicas entre o coagulante e a água que formam espécies carregadas positivamente para neutralizar as partículas com carga negativa.
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COAGULAÇÃO

A água pode conter uma variedade de


impurezas, destacando-se partículas
coloidais, substâncias húmicas e
organismos em geral, as quais
apresentam carga superficial negativa,
impedindo que as mesmas aproximem-
se uma das outras, permanecendo no
meio líquido se suas características não
forem alteradas.
Para que as impurezas possam ser
removidas, é preciso alterar-se
algumas características da água e,
conseqüentemente, das impurezas,
através da coagulação, floculação,
sedimentação (ou flotação) e filtração.
COAGULAÇÃO: Definição

Processo unitário responsável


pela desestabilização das
partículas coloidais em um
sistema aquoso, preparando-as
para a sua remoção nas etapas
subseqüentes do processo de
tratamento.
A coagulação, resulta de dois
fenômenos:
- O primeiro, essencialmente químico,
consiste nas reações do coagulante com a
água e na formação de espécies hidrolisadas
(coágulos) com carga positiva e depende da
concentração do metal e pH final da mistura;

- O segundo, fundamentalmente físico,


consiste no transporte das espécies
hidrolisadas para que haja contato entre as
impurezas presentes na água.
A coagulação geralmente é realizada por sais
de alumínio e de ferro:
- Sulfato de Alumínio - Al2(SO4)
- Cloreto Férrico – FeCL3

O processo é muito rápido, variando desde


décimos de segundo à cerca de 100 segundos,
dependendo das demais características (pH,
temperatura, condutividade elétrica,
concentração de impurezas, etc) e é realizado
na estação de tratamento de água, na unidade
de mistura rápida (chegada da ETA).
Quando se faz necessária a coagulação
química, o desempenho de qualquer
tecnologia de tratamento,
essencialmente, depende dessa etapa,
que, ser for deficiente, as impurezas
não são retidas nos meios granulares
em sistemas de filtração direta. Já no
tratamento em ciclo completo, a
floculação também pode resultar
ineficiente, comprometendo o
desempenho da sedimentação e da
filtração.
COAGULAÇÃO: REAÇÕES QUÍMICAS
FERRO

FeCl 3 Fe + 3 + 3.Cl −
Fe 2 ( SO4 ) 3 2.Fe + 3 + 3. SO4− 2
Fe + 3 + H 2O FeOH + 2 + H +
FeOH + 2 + H 2O FeOH 2+ + H +

FeOH 2 + H 2O
+
Fe (OH )3 Sólido + H +

Fe (OH )3 Sólido + H 2O FeOH 4− + H +


COAGULAÇÃO: REAÇÕES QUÍMICAS
ALUMÍNIO

Al 2 ( SO4 ) 3 2. Al + 3. SO4
+3 −2

Al + H 2O
+3
AlOH + H +2 +

AlOH + 2 + H 2O AlOH 2+ + H +
AlOH 2+ + H 2O Al (OH )3 Sólido + H +
Al (OH )3 Sólido + H 2O AlOH 4− + H +
Atualmente, considera-se a
coagulação como o resultado
individual ou combinado da ação
de quatro mecanismos distintos:
a) compressão da dupla camada
elétrica;
b) adsorção e neutralização;
c) varredura;
d) adsorção e formação de pontes.
Adsorção e Neutralização de Cargas
A desestabilização de uma dispersão coloidal
consiste nas interações entre coagulante-
colóide, coagulante-solvente e colóide-
solvente.
O mecanismo de adsorção-neutralização de
carga é muito importante quando o tratamento
é realizado através de uma das tecnologias da
filtração direta, pois não há necessidade da
produção de flocos para posterior
sedimentação ou flotação, mas de partículas
desestabilizadas que serão retidas no meio
granular dos filtros.
Varredura
Dependendo da quantidade adicionada
de coagulante, do pH da mistura e da
concentração de alguns tipos de íons na
água, poderá ocorrer a formação de
precipitados do tipo Al(OH)3 ou Fe(OH)3.
O mecanismo da varredura é
intensivamente utilizado nas estações de
tratamento de água em que se tem a
floculação e a sedimentação (ou
flotação) antecedendo a filtração rápida.
Varredura

Em geral, os flocos obtidos com esse


mecanismo são maiores e
sedimentam ou flotam mais
facilmente que os flocos obtidos
com a coagulação realizada no
mecanismo de adsorção e
neutralização de cargas.
DIAGRAMA DE SOLUBILIDADE DO ALUMÍNIO
DIAGRAMA DE SOLUBILIDADE DO FERRO
É necessário esclarecer que não existe dosagem
ótima de coagulante e tampouco pH ótimo de
coagulação, termos geralmente usados na
prática.

Na verdade, existe um par de valores “dosagem


de coagulante x pH de coagulação” considerado
apropriado, que é selecionado levando-se em
conta alguns aspectos, tais como a não
necessidade do uso de alcalinizante ou de
acidificante, a turbidez remanescente, os custos
com produtos químicos, etc.
O mesmo pode-se dizer a respeito do pH;
considerando-se pH de coagulação
constante e igual à cerca de 6,5, o
mecanismo de coagulação dominante será
o de neutralização de carga pelo
precipitado para a dosagem de coagulante
igual a 10 mg/L, e da varredura para a
dosagem de coagulante compreendida
entre aproximadamente 30 e 100 mg/L.
Antes do uso do diagrama de coagulação
do alumínio, como apresentado na Figura
anterior, era muito difícil descobrir as
condições apropriadas para a coagulação
em sistemas de filtração direta pois, de
modo geral e principalmente no Brasil,
executavam-se ensaios de coagulação e
floculação para se obter as melhores
condições de sedimentabilidade dos
flocos, que eram, então, aplicadas à
coagulação.
APARELHO – JAR TEST
Diagrama de Coagulação Química com Sulfato de Alumínio para Turbidez (uT)

0.34 0.35 0.26 0.46


0.540.47 0.43 0.37 0.29 0.24 0.24 0.210.25
0.30
0.39
0.540

0.290.39 0.240.41
0.40 0.45 0.36 0.29 0.22 0.20 0.21 0.230.300.51
0.450
Dosagem de alumínio (mg/L)

(I)
0.31 0.30 0.29 0.25 0.360.37 0.330.23
0.19 0.20 0.200.23 0.30
0.360 Turbidez (uT)
0.67
0.30

0.28 (IV)
0.27 0.28 0.25 0.250.33 0.24 0.25 0.21 0.27 0.24 0.31
0.60 0.60
0.270
0.55
(III)

5
0.2
0.50

35
(II)

0.55
5
0.30

0.
0.4
0.31
0.34 0.31 0.28 0.24 0.31 0.26 0.26 0.270.30 0.27 0.39 0.60 0.45
0.180
0.40

0
0

0.3

0
0
0.4

0.6
0.35

0.5
0.35 0.31 0.32 0.34 0.26 0.27
0.23 0.23 0.27 0.36 0.50 0.64 0.64 0.30
0.090
0.25
0.20
0.56

4.50 5.00 5.50 6.00 6.50 7.00 7.50 8.00


pH de coagulação

Diagrama de Coagulação - Curvas de Mesma Turbidez da Água Filtrada (uT) em Função da Dosagem
de Alumínio (coagulante: sulfato de alumínio comercial líquido) e pH de Coagulação. pontos sem
ajuste do pH de coagulação
Exemplos de Diagrama de Coagulação

Diagrama de coagulação com cor aparente em função da dosagem de coagulante e


do pH de coagulação – Ensaios de filtração direta (Sloboda, 2007)
DIAGRAMAS DEcomCOAGULAÇÃO
Diagrama de Coagulação PARA
Sulfato de Alumínio para Densidade DE spp.
de Microcystis ALGAS
/ mL

347 151 48 102


442 135 108 83 19 9 5 5 1643
63
0.540

286 459 29 216120 263 51 13 12 6 6 9 91 1340


0.450 (I)
Dosagem de alumínio (mg/L)

378 421 426 141 93 132 51 33 0 1 8 32 144


0.360 Nº cel / mL
400
2344
(IV)
200
470 573 599 48 15 69 23 17 21 21 52 302
1459 2000
0.270
(III)
(II)

25

80 0
100

0
40
342
518 486 588 17 34 18 22 36 79 68 452 2274
0.180 100 1000

50
0
0

0
20
60

100
335 321 470 741 83 13
31 43 58 409 1050 1566 2225 600
0.090

2000
200
-48
1170

5.00 5.50 6.00 6.50 7.00 7.50 8.00


pH de coagulação

Diagrama de Coagulação - Curvas de Mesma Densidade de Microcystis spp. (cel/mL) em Função


da Dosagem de Alumínio (coagulante: sulfato de alumínio comercial líquido) e pH de
Coagulação. pontos sem ajuste do pH de coagulação
Exemplos de Diagrama de Coagulação
Turbidez remanescente - Vs2 = 1,5 cm/min
55
Dosagem de Sulfato de Alumínio Líquido

50
4,33 6,84 4,71
45
8,15 7,46 6,488,065,47 8,27
40
Comercial (mg/L)

11,7 8,71 6,13 4,6 4,09 12,2


35
8,6 7,04 7,95 6,09 4,98 9,61
30
7,83 6,07 3,83 4,13 6,12 11 18,1
25
5,68
7,11 6,8 19,2
20
9,5 11,6 17,7 17,9
15 14,3

10 18,3
18,5
5 22,7
22,6
0 22,8

6 6,1 6,2 6,3 6,4 6,5 6,6 6,7 6,8 6,9 7 7,1 7,2 7,3 7,4 7,5 7,6
pH de Coagulação

Diagrama de coagulação do sulfato de alumínio com turbidez remanescente em


função da dosagem e do pH de coagulação, para a Vs 1,5 cm/min
COAGULANTES EMPREGADOS NO
TRATAMENTO DE ÁGUA

• Sulfato de alumínio (sólido ou líquido)


• Cloreto férrico (líquido)
• Sulfato férrico (líquido)
• Cloreto de polialumínio (sólido ou
líquido)
• Coagulantes orgânicos catiônicos
(sólido ou líquido)
DOSAGENS DE COAGULANTE
USUALMENTE EMPREGADOS NO
TRATAMENTO DE ÁGUAS DE
ABASTECIMENTO
• Sulfato de alumínio (5 mg/l a 100 mg/l)
• Cloreto férrico (5 mg/l a 70 mg/l)
• Sulfato férrico (8 mg/l a 80 mg/l)
• Coagulantes orgânicos catiônicos (1 mg/l
a 4 mg/l)
SULFATO DE ALUMÍNIO
ADQUIRIDO NA FORMA SÓLIDA
• Dosagens de coagulante: (5 mg/l a 100
mg/l)
• Produto adquirido na forma sólida
• Sacos com 25 kg e 40 kg de capacidade
• Pureza: 90% a 95%
• Massa Específica Aparente: 700 a 800
kg/m3
SULFATO DE ALUMÍNIO
ADQUIRIDO NA FORMA SÓLIDA
SULFATO DE ALUMÍNIO
ADQUIRIDO NA FORMA SÓLIDA
SULFATO DE ALUMÍNIO
ADQUIRIDO NA FORMA LÍQUIDA

• Dosagens de coagulante: (5 mg/l a 100


mg/l)
• Produto adquirido na forma líquida
• Caminhão tanque
• Pureza: 50 %
• Massa Específica: 1.300 kg/m3
SULFATO DE ALUMÍNIO
ADQUIRIDO NA FORMA LIQUIDA
SULFATO DE ALUMÍNIO
ADQUIRIDO NA FORMA LIQUIDA
CLORETO FÉRRICO ADQUIRIDO
NA FORMA LÍQUIDA

• Dosagens de coagulante: (5 mg/l a 70


mg/l)
• Produto adquirido na forma líquida
• Caminhão tanque
• Pureza: 35 %
• Massa Específica: 1.400 kg/m3
CLORETO E SULFATO FÉRRICO
ADQUIRIDO NA FORMA LIQUIDA
CLORETO E SULFATO FÉRRICO
ADQUIRIDO NA FORMA LIQUIDA
CLORETO E SULFATO FÉRRICO
ADQUIRIDO NA FORMA LIQUIDA
CLORETO E SULFATO FÉRRICO
ADQUIRIDO NA FORMA LIQUIDA
CLORETO E SULFATO FÉRRICO
ADQUIRIDO NA FORMA LIQUIDA
USO DE POLÍMEROS COMO AUXILIARES

Tanto polímeros sintéticos como


naturais (amidos em geral) têm sido
usados como auxiliares de coagulação,
floculação ou filtração. No primeiro caso,
têm-se os polímeros catiônicos, o que
permite, em muitas situações, reduzir
consideravelmente a dosagem do
coagulante primário quando este é um
sal de alumínio ou de ferro.
Como auxiliar de floculação, os polímeros são
empregados com o objetivo de aumentar a
velocidade de sedimentação dos flocos, reduzir a
ação das forças de cisalhamento nos flocos
durante a veiculação da água floculada e diminuir
a dosagem de coagulante primário; também, os
polímeros nesse caso são usados para aumentar
as forças atuantes nos flocos presentes no manto
de lodo (em flotadores ou decantadores de manto
de lodo).

Por último, como auxiliares de filtração, os


polímeros reduzem a possibilidade de ocorrência
do transpasse e concorrem para que sejam usadas
taxas de filtração maiores que as tradicionais.

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