Referencial Teorico Estagio Suce Monod
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Setembro de 2023
1. Contextualização
O quadro a seguir mostra a compilação das informações que devem ser avaliadas
nos fragmentos. Na coluna “Estágio médio“ alguns tópicos foram comentados para a
melhor compreensão. Os comentários estão entre parênteses e em itálico.
Estágio Inicial Estágio Médio Estágio Avançado
a) fisionomia herbáceo/ a) fisionomia arbórea e/ou a) fisionomia arbórea
arbustiva de porte baixo, arbustiva predominando dominante sobre as
com altura média variando sobre a herbácea, podendo demais, formando um
até 7 m e cobertura vegetal constituir estratos dossel fechado e
variando de fechada a diferenciados, com altura relativamente uniforme
aberta; média variando de 5 a 13 no porte, com altura
m; (Nesse estágio será média superior a 10 m,
observado estratos da podendo apresentar
vegetação, tendo árvores emergentes
indivíduos herbáceos, ocorrendo com diferentes
arbustivos e arbóreos bem graus de intensidade;
definidos).
b) espécies lenhosas com b) cobertura arbórea b) copas superiores
distribuição diamétrica de variando de aberta a horizontalmente amplas;
pequena amplitude, com fechada, com a ocorrência c) distribuição diamétrica
DAP médio variando de até eventual de indivíduos de grande amplitude com
13 cm e área basal variando emergentes; (Nesse DAP médio superior a 18
entre 2 até 10 m²/ha; estágio o dossel já será cm e área basal superior a
fechado em floresta 18 m²/ha;
ombrófilas tendo a
cobertura de copa fechada
entre 80 a 100%).
c) distribuição
diamétrica apresentando
amplitude moderada, com
DAP médio variando de 10
a 20 cm e área basal
variando entre 10 a 18
m²/ha;
c) epífitas, se existentes, d) epífitas aparecendo com d) epífitas presentes em
são representadas maior número de indivíduos grande número de
principalmente por líquens, e espécies em relação ao espécies e com grande
briófitas e pteridófitas com estágio inicial, sendo mais abundância,
baixa diversidade; abundantes na Floresta principalmente na Floresta
Ombrófila; (Nesse estágio é Ombrófila;
possível observar epífitas
das famílias Bromeliaceae,
Orchidaceae e Araceae.
Comumente são indivíduos
pequenos).
d) trepadeiras, se e) trepadeiras, quando e) trepadeiras geralmente
presentes, são geralmente presentes, podem ser lenhosas, sendo mais
herbáceas; herbáceas ou lenhosas; abundantes e ricas em
(Nesse estágio é possível espécies na Floresta
observar trepadeiras no Estacional;
interior do fragmento,
porém as mesmas não se
fecham como observados
em áreas de bordas, muitas
vezes impedindo o
caminhamento).
e) serapilheira, quando f) serapilheira presente, f) serapilheira abundante;
existente, forma uma variando de espessura de
camada fina pouco acordo com as estações do
decomposta, contínua ou ano e a localização; (Nesse
não; estágio a existência de
serrapilheira ocorre em
praticamente 90% das
áreas, porém a mesma não
é ”fofa”. Ela existe, mas
ainda não forma uma
camada grossa).
f) diversidade biológicag) diversidade biológica g) diversidade biológica
variável com poucas significativa; (geralmente muito grande devido à
espécies arbóreas ouencontrado em todos os complexidade estrutural;
arborescentes, podendo estratos: herbáceo,
apresentar plântulas de arbustivo e arbóreo)
espécies características de
outros estágios;
g) ausência de subosque; h) subosque presente; h) estratos herbáceo,
(diferentes formas de vida arbustivo e um
estarão presentes no sub- notadamente arbóreo;
bosque, normalmente
encontra-se indivíduos de
espécies arbustivas,
subarbustiva e ervas
terrícolas, assim como
pequenas árvores,
plântulas, palmeiras e
indivíduos jovens do
componente arbóreo).
h) espécies pioneiras - i) florestas neste estágio
abundantes; podem apresentar
fisionomia semelhante à
vegetação primária;
- - j) subosque normalmente
menos expressivo do que
no estágio médio;
- - l) dependendo da
formação florestal pode
haver espécies
dominantes;
i) as espécies vegetais que i) as espécies vegetais que m) as espécies vegetais
caracterizam esse estágio caracterizam esse estágio que caracterizam esse
sucessional devem ser sucessional devem ser estágio sucessional
consultadas na resolução. consultadas na resolução. devem ser consultadas na
resolução.
3. Áreas com monodominancia Astronium urundeuva (M.Allemão) Engl.
Essa citação indica que foram utilizados apenas dois parâmetros, dentre os nove
que devem ser aplicados conforme a lei nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006. Sendo
que esse parâmetro foi o que deu a maior porcentagem dos fragmentos em estágio
médio. Ainda, o CONAMA 392 citado pelo autor indica que a espécie pode ser encontrada
tanto em estágio inicial quanto em estágio médio de regeneração.
Ainda:
4. Referências
Bertonha, L. J., Freitas, M. L. M., Cambuim, J., Moraes, M. L. T. & Sebbenn, A. M. 2016.
Seleção de progênies de Myracrodruon urundeuva baseada em caracteres
fenológicos e de crescimento para reconstituição de áreas de Reserva Legal.
Scientia Forestalis, 44(109), 95-104.
https://doi.org/10.18671/scifor.v44n109.09.
Ferraz, J. S. F., Ferreira, R. L. C., Silva, J. A. A., Meunier, I. M. J. & Santos, M. F. 2014.
Estrutura do componente arbustivo - arbóreo da vegetação em duas áreas de
caatinga, no município de Floresta, Pernambuco. Revista Árvore, 38(6), 1055-
1064. https://doi.org/10.1590/S0100-67622014000600010.
Hart, T. B., Hart, J. A.; Murphy, P. G. 1989. Monodominant and species-rich forests of
the humid tropics: causes for their co-occurrence. The American Naturalist, n.
133, v. 5, p. 613-633.
Oliveira, F.P., Souza, A.L. & Filho, E.I.F. 2014. Caracterização da Monodominância de
Aroeira (Myracrodruon Urundeuva Fr. All.) no Município de Tumiritinga – MG.
Ciência Florestal, Santa Maria, v. 24, n. 2, p. 299-311.
Venturoli, F., Fagg, C. W. & Felfili, J. M. 2011. Desenvolvimento inicial de Dipteryx alata
Vogel e Myracrodruon urundeuva Allemão em plantio de enriquecimento de uma
floresta estacional semidecídua secundária. Bioscience Journal, 27(3), 482-493.