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OBJECTIV O
Desenvolver o que é exigido no Capítulo III (Deteção, alarme e alerta) do Título VI do Regime
Jurídico da Segurança Contra Incêndio em Edifícios (RT-SCIE) e descrever conceitos de projeto,
configuração, instalação e manutenção dos Sistemas Automáticos de Deteção de Incêndio (SADI),
com transmissão de sinal por cabo.
APLICAÇÃO
Permitir aos projetistas, instaladores de SADI e entidades de fiscalização elementos técnicos
quer regulamentares, quer normativos para o desenvolvimento das suas atividades.
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ANEPC | SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO EM EDIFÍCIOS – NOTA TÉCNICA N.º 12
Índice
1. INT RO D U ÇÃ O ..................................................................................................................................................... 5
2. E XIG Ê N CI AS RE G UL A M E NT A RE S ........................................................................................................ 5
3. CO N CE ÇÃ O DO S IS TE M A A U TO M Á TI CO DE DE T E ÇÃ O DE I N CÊ N DIO S ........................8
4. TIPO S D E PRO TE ÇÃO ................................................................................................................................. 12
4. 1. PRO T E ÇÃ O TO TA L ......................................................................................................................................... 13
4. 2 . PRO T E ÇÃ O PA R CIA L ................................................................................................................................... 14
4. 3 . PRO T E ÇÃ O LO CA L ........................................................................................................................................ 14
4. 4. PRO T E ÇÃ O DE E Q UI P A M E N TOS ........................................................................................................... 14
5. CO N CE ÇÃ O E P RO JE TO ............................................................................................................................ 15
5.1 CO M PO NE NTE S DO SI S TE M A ................................................................................................................. 15
5.2 A VA R IA S .............................................................................................................................................................. 15
5.3 A TMO S FE RA S P E R IG O SA S ...................................................................................................................... 16
5. 4 FA L S O S A LA RM E S ........................................................................................................................................ 17
5. 5 ZO NA S ................................................................................................................................................................... 17
5.6 SE LE ÇÃO DE DE TE TO R E S E D E B O TÕE S M A N UA IS ............................................................... 18
5.7 LO CA L IZ A ÇÃ O E DI S T RI BU I ÇÃ O DE DE TE TO RE S E BO TÕ E S DE A LA R M E ............... 21
5.8 DI SP O SI TIV O S E EQ UI P A M E NTO S D E AL A RM E ........................................................................ 29
5.9 CO NT RO LO E S IN A LI ZA Ç ÃO ( C DI) ..................................................................................................... 32
5.1 0 FO RNE C IM E NTO DE E N E RGI A .............................................................................................................. 33
5.1 1 A LE R TA ............................................................................................................................................................... 35
5.1 2 O U TRO S E Q UIP A M E NT O S O U SI STE M A S ...................................................................................... 35
5.1 3 A PLI CA ÇÕ E S E M R I S C O S E S PE CIA I S ............................................................................................. 36
6. IN STA L A ÇÃ O DO S SI ST E M A S .............................................................................................................. 38
7. E XPL O RA ÇÃ O DO S S IS TE M A S ............................................................................................................ 43
8. M A NU TE N Ç Ã O E V ER I F I CA ÇÕ ES DE RO TI NA ............................................................................ 44
8. 1. V E RI F IC A ÇÕE S DE ROT I NA E A Ç ÕE S DE M A NUT E N ÇÃ O .................................................. 44
8. 2. RE CO M E NDA ÇÕ E S TÉ C N I C A S DE V E RI FI CA ÇÃ O E M A N UT E N ÇÃ O ............................. 46
ANEXO - LOCALIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DOS DETETORES TÉRMICOS E DE FUMOS .................................. 48
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REFERÊNCIAS
Regulamento Técnico de SCIE (Portaria n.º 1532/2008, de 29 de dezembro: Título VI, Cap. III,
Artigos 116.º a 132.º, na redação dada pela Portaria n.º 135/2020, de 2 de junho);
Portaria n.º 773/2009, de 21 de julho;
EN 54;
NFPA 72 National Fire Alarm Code;
The SFPE Handbook of Fire Protection Engineering, SFPE/NFPA;
Planning and Installation for Automatic Fire Detection and Fire Alarm Systems, CEA 4040.
ANEXO
Alternativa ao cálculo das áreas de cobertura dos detetores térmicos e de fumo.
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1. INTRODUÇÃO
O fogo é uma combustão, isto é, uma reação química exotérmica, normalmente autossustentada,
entre uma matéria combustível e um comburente.
Designa-se por um incêndio o fogo fora de controlo no tempo e no espaço.
Os produtos da combustão são:
O calor dissipado para o ambiente (poder calorífico);
Os gases de combustão, alguns invisíveis, sendo os mais comuns o vapor de água, o dióxido
e o monóxido de carbono;
O fumo e os aerossóis que são produtos voláteis não gasosos;
A radiação luminosa relacionada com a temperatura e com as brasas;
Produtos não voláteis.
Estas diferentes manifestações de produtos da combustão permitem a existência de diversos
tipos de detetores ou sensores.
O sucesso da deteção associada à intervenção está dependente dessa tipologia de detetores.
A deteção do incêndio será tanto mais útil e eficaz quanto precoce for, face à ignição.
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Configuração
Componentes e funcionalidade
1 2 3
Botões de acionamento de alarme x x x
Detetores automáticos x x x
Temporizações x x
Alerta automático x
Central de sinalização
e comando Comandos x x
Notas:
Quando a difusão do alarme se processar no exterior de um edifício deverão ser cumpridas
as disposições da legislação em vigor, pelo que nos casos em que essa legislação impuser
a proibição de alarme sonoro será apenas emitido um alarme luminoso.
Verifica-se que o tipo 1 é constituído por uma rede de botões de alarme, detetores
automáticos, CDI e acústicos. A configuração 3 baseia-se em proteção total, CDI
temporizável e comandos.
d) Os artigos 126.º a 128.º definem qual a configuração aplicável para cada UT e respetiva
categoria de risco.
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Categoria Configuração
UT Observações
de risco 1 2 3
1ª ou 2ª
Isentos os fogos de habitação
I – Habitacionais
3ª ou 4ª Na 4ª categoria de risco, o alerta deve ser
automático
Quando inserido num edifício isento de
obrigação de alarme, pode ser
II – Estacionamentos 1ª a 4ª configuração 2
Isentos em parques automáticos, se houver
desenfumagem passiva
1ª
III – Administrativos
2ª, 3ª ou 4ª
Quando exclusivamente acima do solo, pode
1ª. ser configuração 2
IV - Escolares
2ª, 3ª ou 4ª
V – Hospitalares e Lares de 1ª Quando exclusivamente acima do solo, pode
ser configuração 2
Idosos 2ª, 3ª ou 4ª
Quando exclusivamente acima do solo, pode
VI – Espetáculos e Reuniões 1ª ser configuração 2
Públicas 2ª, 3ª ou 4ª
1ª
VII – Hoteleiros e Restauração Quando exclusivamente acima do solo, pode
2ª, 3ª ou 4ª ser configuração 2
VIII – Comerciais e Gares de 1ª
Transportes 2ª, 3ª ou 4ª
1ª
IX – Desportivos e de Lazer
2ª, 3ª ou 4ª
1ª
X – Museus e galerias de Arte
2ª, 3ª ou 4ª
1ª Quando exclusivamente acima do solo, pode
XI – Bibliotecas e Arquivos ser configuração 2
2ª, 3ª ou 4ª
XII – Industriais Oficinas e 1ª Quando exclusivamente acima do solo, pode
ser configuração 2
Armazéns 2ª, 3ª ou 4ª
Notas:
1. Nos edifícios de utilização mista:
Não havendo comunicações interiores comuns aplica-se a cada UT a
configuração respetiva como se fosse exclusiva.
Havendo comunicações interiores comuns as UT (com exceção da I e da II) das
2.ª, 3.ª e 4.ª categorias de risco os SADI devem ter configuração 3 ligados a um
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2. Locais de riscos C e F:
Estes locais, independentemente da localização e da UT a que pertencem, devem
ser protegidos por SADI configuração 2, no mínimo.
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Constituição do SADI:
LEGENDA:
A-DETETORES AUTOMÁTICOS I - ALARME EXTERNO/AVISO DE AVARIA
B - DETETORES MANUAIS J - INTERLIGAÇÃO
C - ALIMENTAÇÃO PRINCIPAL K - AUTOMAÇÃO DO EDIFÍCIO
D-ALIMENTAÇÃO DE SOCORRO L - COMANDOS EM CASO DE INCÊNDIO
E - PAINEL DE SERVIÇO M - SINALIZAÇÃO À DISTÂNCIA
F - ORGANIZAÇÃO DO ALARME O - COMANDOS EM CASO DE INCÊNDIO
G - ALARME INTERNO P - SINALIZAÇÃO À DISTÂNCIA (*)
H - SINALIZAÇÃO INTERNA “AVARIA” (*) Comandado diretamente pela central de deteção
Um sistema de deteção de incêndio deve ser concebido de tal maneira que permita, tanto quanto
possível, a deteção precoce do incêndio. Assim, a escolha, o número e a disposição dos detetores
devem ser tais que a relação “sinal/perturbação” seja suficiente, evitando-se falsos alarmes e
alarmes intempestivos.
A organização do alarme depende da organização de segurança do edifício ou recinto onde o
sistema está instalado, isto é, se há vigilância permanente ou não.
Se houver vigilância presente ou permanente, o sistema pode estar em situação “dia” o que
permitirá reconhecimento e confirmação do alarme. Caso contrário, o sistema deve estar em
estado dito “noite”, em que as temporizações poderão estar anuladas e o alerta das forças de
socorro ser imediato. A CDI (central de deteção de incêndio) deve ter duas temporizações
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É assumido que a primeira etapa do processo do projeto é fazer o levantamento das necessidades
do edifício, no que respeita à deteção e ao alarme de incêndio, sem perder de vista o cumprimento
do RT-SCIE. Isto não impede que se faça um levantamento de:
Se o edifício deve ser protegido na totalidade ou em parte;
O tipo de sistema a ser instalado;
A interação do sistema com outras medidas de proteção de incêndio.
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4. TIPOS DE PROTEÇÃO
Apesar do RT-SCIE especificar as configurações dos SADI conforme as UT e as categorias de risco
convém esclarecer que tipos de proteção são possíveis de praticar.
Devem ser considerados, no levantamento do risco de cada área, os seguintes aspetos:
Probabilidade de ignição;
Probabilidade de propagação no interior do compartimento de origem;
Probabilidade de propagação para lá do compartimento de origem;
As consequências de um incêndio (incluindo probabilidade de morte, ferimentos,
perda de bens e danos ambientais);
A existência de outras medidas de proteção contra incêndio.
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Quartos de banho, zonas de duche (exceto vestiários), ou sanitários, desde que sejam
utilizados exclusivamente para essa função;
Vazios verticais ou condutas verticais para cabos com secções inferiores a 2 m2, desde que
sejam devidamente protegidas contra o fogo e estanques ao fogo no atravessamento de pisos,
tetos ou paredes, e que não contenham cabos relacionados com sistemas de emergência (a
menos que os cabos tenham uma resistência ao fogo de, pelo menos, 30 minutos);
Armazéns de alimentos congelados sem ventilação com volumes brutos inferiores a 20m3;
Cais de carga não cobertos;
Cais de carga cobertos, desde que protegidos por extinção automática de incêndio por
sprinklers;
Vazios (incluindo chão falso e teto falso) com a verificação de uma das seguintes condições:
o Menos de dez metros de comprimento;
o Menos de dez metros de largura;
o Que sejam totalmente separados de outras áreas por material incombustível;
o Que não contenham cargas de incêndio superiores a 25 MJ/m2;
o Que não contenham cabos relacionados com sistemas de segurança (a menos que
tenham uma resistência ao fogo superior a 30 min.).
Os espaços que cumulativamente:
o Estejam protegidos totalmente por sistema fixo de extinção automática de incêndio
por água que respeite as disposições do RT-SCIE, incluindo as referentes à difusão do
alarme;
o Não possuam controlo de fumo por meios ativos.
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5. CONCEÇÃ O E PROJETO
Nota:
Os documentos nacionais poderão restringir o número ou tipo de dispositivos que é
permitido ligar a um sistema de deteção e alarme de incêndio.
Deverá ter-se o cuidado de garantir que todos os dispositivos ligados ao sistema
tenham sido avaliados ou ensaiados de acordo com a EN 54-13. Deverão ser
seguidas as restrições ao projeto e desenho do sistema indicadas na documentação
fornecida com os equipamentos.
A documentação fornecida deve refletir quaisquer limitações observadas durante a
avaliação ou testes requeridos pela EN 54-13. O projeto do sistema deverá ser de
modo a que os efeitos de avarias na cablagem ou nas ligações sejam limitados.
5.2 AVARIAS
As sinalizações de avarias devem estar de acordo com EN 54-2 e NP EN 54-4.
O sistema deve ser concebido de forma que uma avaria num único cabo condutor em qualquer
circuito individual não possa impedir a correta operação de mais do que uma das seguintes
funções:
Deteção de incêndio automática;
Operação de botoneira de alarme manual;
Atuação de um alarme sonoro de fogo;
Transmissão ou receção de sinais para ou de dispositivos de entrada/saída;
Início da operação de equipamentos auxiliares.
Caso sejam utilizados equipamentos na mesma caixa que integram mais do que uma função,
(como por exemplo detetores combinados com sirenes), a caixa deve conter isoladores para que
seja limitado o efeito de avaria num único cabo, como recomendado nesta NT.
O circuito deve ser concebido de modo a que no caso de ocorrer um único curto-circuito ou avaria
de interrupção de circuito:
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O sistema deve ser concebido de modo a que duas avarias em qualquer circuito individual não
possam impedir a operação tanto de detetores, como de botões de alarme manual ou dispositivos
de alarme num piso com uma área superior a 10 000 m2, ou mais de cinco compartimentos corta-
fogo, prevalecendo a menor.
Quando o sistema de deteção de incêndio for utilizado para iniciar a operação de equipamento
auxiliar, poderão existir limitações adicionais às consequências das avarias nos cabos. Essas
limitações podem ter efeitos significativos no projeto do sistema de deteção de incêndio. Essas
limitações (por exemplo, que uma avaria num único cabo não impeça a operação em mais do que
uma zona protegida) devem ser especificadas nos requisitos para a instalação do equipamento
auxiliar. Quaisquer desses requisitos devem ser considerados no projeto do sistema de alarme e
deteção de incêndio.
Nota:
Duas avarias num só circuito deve ser considerado como incluindo o caso de
duas ou mais avarias provocadas por uma única ação.
Em alguns edifícios de alto risco deve-se considerar que as áreas especificadas
anteriormente são demasiadamente extensas.
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5.5 ZONAS
A divisão do edifício em zonas de deteção e alarme deve satisfazer os requisitos da estratégia da
resposta a um alarme de incêndio.
O edifício deve ser dividido em zonas de deteção de modo a que o local de origem do alarme
possa ser determinado rapidamente a partir das indicações fornecidas pelo equipamento de
sinalização.
Devem adotar-se as medidas necessárias para identificar sinais provenientes de botões de
alarme manual, de modo a prevenir a ocorrência de informações confusas.
A divisão por zonas deve ter em conta a compartimentação interior do edifício, quaisquer
possíveis obstáculos ao reconhecimento ou movimento, a existência de zonas de alarme e a
presença de qualquer risco especial.
Nos casos em que o sistema de deteção de incêndio é utilizado para ativar outros sistemas de
proteção contra incêndio deve ter-se um particular cuidado na divisão por zonas.
A divisão do edifício em zonas de alarme depende da necessidade de diferenciação do tipo de
alarmes a desencadear. Não é necessária qualquer divisão em zonas de alarme no caso do sinal
de alarme ser comum a todo o edifício. Qualquer divisão em zonas de alarme deve estar de
acordo com a estratégia da resposta a um alarme de incêndio.
Em instalações protegidas por SADI as zonas devem estar de acordo com o seguinte:
A área de pavimento de uma zona não deve exceder os 1 600 m2;
No caso de as zonas incluírem mais de cinco salas, deve ser indicado qual o detetor acionado
quer através da unidade de controlo e sinalização quer através de indicadores de ação
remotos instalados no exterior de cada porta;
Quando uma zona se prolonga para lá de um único compartimento corta-fogo, os limites da
zona devem ser os limites dos compartimentos corta-fogo e a área dessa zona não deve
exceder os 400 m2;
Uma zona deve ser restrita a um só piso, a menos que:
o A zona se aplique a uma caixa de escada, túnel de cabos ou de elevadores, ou uma
estrutura similar que se prolongue para além de um piso, mas contida num
compartimento corta-fogo;
o A área total do edifício seja inferior a 300 m2.
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A radiação detetada por detetores de chamas desloca-se em linha reta e não requer por isso um
teto para dirigir as radiações para os detetores. Os detetores de chamas podem por isso ser
utilizados no exterior, ou em compartimentos com um teto muito elevado, nos quais os detetores
de fumos e temperatura são inadequados.
Alguns gases, tais como o CO, o CO2 e o NH3, são produzidos em todos os fogos. Os detetores de
gás são capazes de detetar esses gases e interpretar a sua presença como um incêndio.
Os detetores multisensores combinam um ou mais tipos de detetores (fumo/temperatura ou
fumo/temperatura/chama) e processam os sinais de cada tipo utilizando cálculos matemáticos.
Assim, pelo menos em teoria, pode-se obter uma melhor distinção entre alarmes reais e
intempestivos.
a) Detetores de fumo
Os detetores de fumo do tipo ótico têm uma resposta suficientemente vasta para permitir uma
utilização generalizada. Existem, contudo, riscos específicos para os quais um dos tipos é
particularmente adequado (ou particularmente inadequado).
Os detetores de fumo funcionando segundo o princípio de difusão da luz são sensíveis a partículas
opticamente ativas de maiores dimensões, que se encontram em fumos visivelmente densos, mas
são menos sensíveis a pequenas partículas produzidas em incêndios de combustão limpa. Certos
materiais quando sobreaquecidos (p.ex. PVC), ou quando entram em combustão lenta (p.ex.
espuma de poliuretano), produzem fumo que contém principalmente grandes partículas, às quais
os detetores óticos são particularmente sensíveis.
Os detetores de fumo por aspiração utilizam um sistema de tubagem para recolher ar ambiente
da área protegida e para transportar a amostra a um sensor que pode estar colocado fora dessa
área.
A tubagem de recolha tem normalmente vários orifícios e a densidade do fumo no sensor será o
valor médio da densidade do fumo de todos os orifícios da tubagem. Os detetores de aspiração
são frequentemente utilizados para proteção de equipamento eletrónico.
Os detetores de feixe na generalidade são sensíveis ao obscurecimento de um feixe luminosos e
por isso sensíveis ao valor médio da densidade do fumo ao longo do feixe.
São particularmente adequados onde o fumo se pode dispersar por uma grande área antes de
ser detetado e pode ser a única forma de se utilizar detetores de fumo sob tetos muito altos.
Regra geral os detetores de fumo dão respostas apreciavelmente mais rápidas do que os
detetores de temperatura, mas são mais suscetíveis de provocar alarmes intempestivos caso
não sejam corretamente instalados.
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Os detetores de fumo não detetam os produtos de combustão limpa de líquidos inflamáveis (tal
como o álcool). Se previsivelmente o fogo se restringir a esse tipo de materiais e não envolver
outros materiais combustíveis, devem ser utilizados nesse local detetores de temperatura ou de
chamas.
Nos locais em que exista produção de fumos, vapores, poeiras, etc., que possam ativar os
detetores de fumo, deve ser considerado um tipo alternativo de detetor, tal como temperatura ou
chama.
Nota importante:
Não há referência, no presente texto, aos detetores de fumo, por câmara de
ionização (ou detetores iónicos de fumo) por serem cada vez menos
utilizados, por questões de proteção ambiental.
b) De tetores de temperatura
Os detetores de temperatura são geralmente considerados como os menos sensíveis dos vários
tipos de detetores disponíveis.
Os detetores de temperatura com elementos termovelocimétricos são mais adequados em locais
onde as temperaturas ambientes são baixas ou variam lentamente, enquanto que os detetores
de temperatura fixa são mais adequados em locais onde se prevê que a temperatura ambiente
possa variar rapidamente em curtos espaços de tempo.
Regra geral, os detetores de temperatura têm uma maior resistência a condições ambientais
adversas do que outros tipos de detetores.
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Os detetores de chamas são particularmente adequados para serem utilizados em situações tais
como a vigilância geral de grandes áreas abertas em armazéns ou depósitos de madeiras, ou
para a vigilância local de áreas criticas em que o incêndio com chama se possa propagar
rapidamente, p.ex. em bombas, válvulas ou condutas contendo combustíveis líquidos, ou áreas
com materiais combustíveis dispostos em finos planos de orientação vertical, tais como painéis
ou pinturas a óleo.
Os detetores de chamas só deverão ser utilizados no caso de haver uma clara linha de vista para
a área a ser protegida.
As radiações ultravioleta e infravermelha diferem na sua capacidade de passagem através de
diversos materiais.
A radiação ultravioleta na gama de comprimentos de onda utilizados para a deteção de incêndio
pode ser absorvida por óleo, gorduras, a maioria dos vidros comuns e vários fumos. A radiação
infravermelha é muito menos afetada.
Deverão ser tomadas precauções contra a deposição de óleo, gordura ou poeiras.
A radiação ultravioleta de um incêndio pode ser impedida de atingir um detetor caso o fogo
produza bastante fumo antes do aparecimento da chama. Caso os detetores de ultravioletas
sejam utilizados em locais cujos materiais terão, em princípio, uma combustão lenta, deverão ser
apoiados por detetores de outro tipo.
Deve haver cuidado na utilização de detetores de chamas onde a atividade ou qualquer outro
processo produza radiação.
No caso dos detetores de chamas estarem expostos à luz solar, devem ser utilizados detetores
de chamas imunes à luz solar.
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Deve haver cuidado para assegurar que o posicionamento dos detetores também cubra áreas
ocultas onde o incêndio poderá começar ou propagar-se. Tais áreas podem incluir espaços sob
o chão ou sobre tetos falsos.
Os botões de alarme manual devem ser posicionados de forma que possam ser fácil e
rapidamente acionados por qualquer pessoa que detete um incêndio.
Deve ser prestada atenção a instruções especiais nas informações prestadas pelo fabricante.
Devem ser previstos acessos para operações de manutenção.
Se não for dada nenhuma orientação em regulamentação nacional, os detetores devem ser
usados de acordo com as recomendações do fabricante.
a 1 ) Em tetos plan os
Na generalidade o desempenho de detetores de fumo ou calor dependem da existência de um
teto fechado por cima dos detetores. Os detetores devem ser colocados de modo a que os seus
elementos sensitivos se situem no intervalo correspondente a 10% do pé direito da sala (situado
na parte superior). Para prevenir a possível existência de uma camada envolvente fria, os
detetores não devem ser embebidos no teto.
A Tabela 1 (EN 54-14:2018) indica o raio de ação de um detetor instalado na zona do intervalo de
10% do pé direito, referido no parágrafo anterior.
Para detetores do tipo pontual, a distância horizontal de qualquer lugar numa zona protegida até
ao detetor mais próximo não deve exceder, em princípio, o raio de operação indicado no Quadro
III.
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Para detetores de feixe ótico, a distância horizontal de qualquer local numa área protegida ao
feixe mais próximo não deve exceder o raio de operação indicado no Quadro III. Os detetores
óticos de feixe devem ser instalados numa estrutura estável.
Para detetores de fumo ou calor que estejam fora do âmbito das normas existentes (com
requisitos diferentes dos compatíveis com as EN 54-13), devem ser seguidas as instruções de
espaçamento dadas pelo fabricante. Tais detetores só devem ser utilizados caso tenha sido obtido
um acordo no decorrer do projeto ou análise de parecer.
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Caso existam gradientes de temperatura adversos na área protegida, a coluna de fumo que sobe
a partir do fogo pode achatar-se e formar uma camada antes de atingir o teto. Se a altura desta
camada for previsível, então, adicionalmente aos detetores instalados perto do teto, devem ser
instalados mais detetores à altura da estratificação esperada.
a 2 ) Tetos inclin ad os
Para detetores instalados em tetos inclinados, o raio indicado na tabela 1 pode ser aumentado
em 1% por cada 1º de inclinação do teto, até um aumento máximo de 25%. Caso os tetos sejam
curvos, a inclinação deve ser obtida através da média da inclinação total em toda a área.
No caso do espaço protegido ter um teto em escada, os detetores devem ser instalados em cada
um dos vértices.
No caso da diferença de altura entre o cimo e a base de cada vértice ser inferior a 5% da altura
total do vértice acima do chão, a sala deve ter o tratamento de uma sala de teto plano.
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Alguns detetores de fumo podem ter um design que funcione mal perante correntes de ar de alta
velocidade. Os fabricantes de tais detetores habitualmente fornecem tubos de amostragem ou
pára-ventos e estes dispositivos devem ser utilizados quando necessário.
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Os detetores de aspiração podem ser particularmente adequados em locais onde se preveja que
a velocidade do ar nas condutas seja particularmente elevada ou tenha grandes variações.
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Quando uma sala tem um teto falso, ou quando existe algum outro vazio horizontal semelhante,
a necessidade de proteger o vazio por detetores automáticos, depende da densidade de carga de
incêndio presente (incluindo a construção do próprio teto), e da presença e resistência ao fogo
de cabos do sistema de deteção e alarme de incêndio dentro do vazio.
Se a carga de incêndio no vazio exceder 25 MJ/m2, o vazio deve ser protegido por detetores
automáticos.
Se a carga de incêndio no vazio estiver entre 15 MJ/m2 e 25 MJ/m2, e existirem cabos do SADI que
não sejam resistentes ao fogo, dentro do vazio, então o vazio deve ser protegido por detetores
automáticos.
Se a carga de incêndio no vazio não exceder 15 MJ/m2, o vazio não precisa de ser protegido por
detetores automáticos. Neste caso, os cabos do SADI no vazio devem ser resistentes ao fogo ou
devem ser separados de outros cabos de energia no vazio, com um afastamento mínimo de 0,5
m.
Se o vazio possuir uma área superior a 200 m2, não é permitido dividir a carga de incêndio pela
área. Ductos de cabos com uma carga de incêndio superior a 25 MJ/m2, devem ser protegidos por
detetores automáticos montados diretamente acima ou adjacentes ao ducto de cabos. Esses
detetores não devem estar separados por mais de 5 m.
No caso das perfurações do teto falso serem pequenas e quando não exista ventilação
pressurizada que empurre o fumo através deste, a proteção contra o incêndio que se inicie abaixo
do teto falso requer a colocação de detetores abaixo do teto falso.
Caso não exista qualquer risco de o incêndio se iniciar abaixo do teto falso, os detetores devem
ser colocados acima deste.
No caso:
- Das perfurações perfazerem mais do que 40% em qualquer secção de 1 m x 1 m do teto,
- As dimensões de cada orifício excederem 10 mm x 10 mm,
e
- A espessura do teto não exceder três vezes a dimensão mínima de uma furação.
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Os detetores acima do teto falso podem ser utilizados para detetar um incêndio que inicie abaixo
do teto falso e podem ser dispensados detetores abaixo deste. Estes casos requerem uma
avaliação individual baseada no tipo, número e área das perfurações, o tipo e a quantidade de
combustível e o grau de ventilação necessário para empurrar o fumo através do teto falso.
b) De tetores de ch amas
A cobertura de cada detetor deve ser limitada. Alguns fatores a considerar na limitação serão:
a) A distância da linha de visão entre qualquer ponto na área vigiada e o detetor mais próximo;
b) A presença de barreiras à radiação;
c) A presença de fontes capazes de interferir na radiação.
Os detetores de chamas ou radiação devem ser posicionados de forma a permitir uma boa
vigilância visual das áreas protegidas.
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O sistema deve estar concebido para que não seja possível a mais que um microfone, módulo
vocal ou gerador de mensagem transmitir simultaneamente.
Em zonas nas quais o sinal sonoro possa não ser eficaz, p.ex. ruído de fundo excessivo, ocupantes
com dificuldades auditivas, ou locais que obriguem a utilização de proteção auricular, deve ser
usada sinalização ótica e/ou táctil como complemento da sinalização sonora.
a 1 ) Níveis s onoros
O som de alarme de incêndio deve ter um nível mínimo de 65 dB(A), mas devendo ser
sempre 10dB (A) superior a qualquer outro ruído que possa persistir por um período superior a
30 s. Se se pretende que o alarme desperte pessoas adormecidas, então o nível de som à
cabeceira da cama deve ser no mínimo 75 dB(A).
Estes níveis mínimos devem de ser obtidos em qualquer ponto em que deva ser audível o som
de alarme.
O nível de som não deve exceder 120 dB(A) em qualquer ponto onde possam estar pessoas.
Se for requerido, os níveis necessários de som devem ser medidos com instrumentos que
cumpram a IEC 651, tipo 2, com resposta lenta e medida com filtro do tipo ‘A’.
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a 4 ) Continui da de s onora
O som do alarme de incêndio deve ser contínuo. Em circunstâncias especiais e como informação
adicional, podem ser usadas sirenes intermitentes ou com uma variação em frequência e
amplitude, caso os utilizadores do local sejam treinados para esta estratégia de resposta ao
incêndio e esteja excluída uma interpretação errada por parte dos visitantes.
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Quando for usado mais que um equipamento fornecedor de energia, a alimentação para cada
equipamento deverá estar de acordo com estas recomendações.
Nota:
Deve ser considerada a redução da capacidade das baterias devido à idade.
Considera-se geralmente satisfatória uma capacidade inicial 25 % superior à
capacidade calculada.
As capacidades das baterias são normalmente especificadas em termos da
corrente de descarga por um período de 20 horas. Sob índices mais altos de
descarga (tal como na condição de alarme) a capacidade de bateria pode ser
significativamente mais baixa que o seu valor nominal. Deve ser obtida
informação junto do fabricante das baterias.
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5.11 ALERTA
De forma a ser obtido o máximo rendimento de um sistema de alarme e deteção, o alarme deve
ser transmitido aos bombeiros tão rápido quanto possível. A melhor forma de o fazer é utilizar
ligações automáticas aos bombeiros, de preferência diretas, ou em alternativa, através de outras
centrais de receção e monitorização de alarmes.
Quando usadas centrais de receção e monitorização de alarmes, estas devem estar de acordo
com a regulamentação nacional.
Se os locais são permanentemente ocupados, a chamada pode ser feita manualmente por
telefone, tanto para um número previamente acordado com os bombeiros como para o número
de emergência nacional. Deve ser dada especial atenção para a existência de telefones em
quantidade suficiente no edifício, de forma a evitar atrasos na chamada dos bombeiros.
Mesmo que tenha sido utilizada sinalização automática, se as instalações estiverem ocupadas
na altura do incêndio, o alarme deve ser também confirmado por telefone.
As ligações automáticas devem ser, de preferência, monitorizadas, para que qualquer falha seja
indicada na central de receção e monitorização de alarmes ou no equipamento de controlo e
sinalização.
Quando acordado com a central de receção e monitorização de alarmes, recomenda-se que pelo
menos sejam transmitidas indicações gerais de alarme e avaria, devendo ser consideradas como
falhas de transmissão.
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b) Armazenamento em altura
Devido à vasta gama de tipos de armazenamento em altura e dos seus possíveis conteúdos, é
essencial uma análise detalhada, para que a conceção do sistema seja a mais adequada e eficaz.
No planeamento da rotina de organização de alarme dever-se-á ter um especial cuidado para
assegurar que os possíveis efeitos da velocidade de propagação elevada de fogos são tidos em
devida conta.
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Nos átrios, a carga de incêndio geralmente é restrita ao nível do piso, de modo que não é
necessário vigiar toda a altura, pelo que, devem ser utilizados detetores de feixe linear.
Os detetores de feixe linear devem ser montados a uma altura adequada (recomenda-se 9 m –
12 m). Como os detetores não estão dentro da zona de 10%, a distância horizontal máxima entre
dois detetores é de 25% da altura da instalação.
Se os detetores forem montados no teto e houver preocupação com o efeito da estratificação,
pode ser considerado apropriado instalar detetores de feixe angular suplementares.
d) Áreas perigosas
Em alguns edifícios poderão existir riscos (por exemplo explosão, químicos, biológicos ou
nucleares) os quais poderão afetar significativamente a conceção do sistema. Em tais casos, é
necessária uma estreita colaboração entre o dono da obra (o qual deverá estar ciente do risco)
e os projetistas e instaladores do sistema de deteção e de alarme de incêndio.
Deverão seguir-se as recomendações da regulamentação nacional.
e) Áreas exteriores
Sempre que a totalidade ou parte de um sistema de alarme de incêndio for instalada numa área
exterior (ao ar livre) deve dar-se especial atenção aos seguintes fatores:
- Condições ambientais;
- Escolha e posicionamento dos detetores;
- Prevenção de falsos alarmes.
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a) Tipos de cabos
Os cabos devem satisfazer quaisquer requisitos especificados pelo fabricante ou fornecedor do
equipamento. Deve ser dada particular atenção à capacidade condutora e à atenuação do sinal.
Devem ser respeitadas as recomendações existentes em regulamentos nacionais relativamente
a tipos de cabo e sua instalação.
Deve ser evitada, sempre que possível, a utilização de uniões para além das que estão contidas
em caixas de equipamento. Quando tal situação for inevitável, as uniões devem ser encerradas
em caixa de junção adequada, acessível e devidamente identificada de modo a evitar confusão
com outros serviços.
Os métodos de junção e terminação devem ser escolhidos de forma a minimizar qualquer
redução na fiabilidade e resistência ao fogo, inferior à do próprio cabo.
c) Caminhos de cabos
Os cabos de transporte de energia ou sinalização de um sistema de deteção e alarme de incêndio
devem ser colocados de forma a evitar efeitos adversos no sistema. Os fatores a considerar
devem incluir:
Interferências eletromagnéticas a níveis que possam impedir uma correta operação;
Danos possíveis causados pelo fogo;
Possíveis danos mecânicos incluindo aqueles que possam causar curto-circuitos entre o
sistema e entre outros cabos;
Danos devido ao trabalho de manutenção em outros sistemas.
Onde necessário, os cabos para deteção de incêndio e sistema de alarme devem ser separados
de outros cabos através de divisórias isolantes ou ligadas à terra, ou separados por uma
distância adequada.
Todos os cabos e outras partes metálicas do sistema devem estar bem separados de quaisquer
elementos metálicos do sistema de proteção contra descargas elétricas atmosféricas. As
precauções a tomar sobre proteção contra descargas elétricas atmosféricas devem estar de
acordo com a regulamentação nacional.
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Os cabos que possam necessitar de funcionar durante mais de 1 minuto após a deteção de um
incêndio devem ser capazes de resistir a efeitos de um fogo durante pelo menos 30 minutos, ou
serem providos da proteção conveniente capaz de os fazer resistir aos mesmos efeitos durante
esse mesmo período. Tais cabos podem incluir:
- Interligações entre a CDI e qualquer equipamento de alimentação separado, incluindo cabos
entre dispositivos de alarme e suas fontes de alimentação;
- Interligações entre partes separadas de uma CDI;
- Interligações entre uma CDI e qualquer painel repetidor de sinalização;
- Interligações entre uma CDI e qualquer painel repetidor de controlo;
- Quaisquer cabos que possam ser necessários para manter o sistema em operação, durante
uma investigação de incêndio.
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Um grande incêndio num único compartimento não protegido pode causar múltiplas falhas no
cabo não protegido nesse mesmo compartimento. No caso em que as falhas resultantes de tal
incêndio possam:
– afetar adversamente funções (para além da deteção) em mais de uma zona;
e
– se estas funções são essenciais à rotina de incêndio durante um período, como especificado
acima, então os cabos do circuito dentro desse compartimento devem ser dotados de proteção
suficiente para os capacitar a resistir aos efeitos de um incêndio durante o período especificado
ou durante 30 minutos, conforme o que for maior.
Nota:
Quando forem usados circuitos em anel, deve ser considerado o efeito de danos
simultâneos em ambos os lados do circuito devido a um só incidente (p.ex. dano em
ambos os cabos causado pela colisão de um veículo). Quando for expectável que tal
dano possa ocorrer deve ser providenciada uma proteção mecânica ou os lados do
anel devem ser suficientemente afastados para prevenir um dano simultâneo.
i) Áreas de risco
O posicionamento do equipamento deve considerar quaisquer riscos especiais que possam
existir quando o edifício está ocupado. Em locais com atmosfera potencialmente explosiva,
devem ser seguidas as recomendações referidas em regulamentação nacional.
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j) Documentação
O projetista deve fornecer documentação suficiente de forma a permitir ao instalador executar
corretamente a instalação. No mínimo deve fornecer um desenho mostrando o tipo e a
localização dos dispositivos e um diagrama esquemático mostrando as suas interligações.
O fornecedor ou fabricante, se não for a mesma empresa que o instalador deve fornecer a
documentação complementar para uma correta instalação e interligação dos equipamentos.
k) Qualificações
As empresas devem estar registadas na ANEPC para comercialização, instalação e manutenção
de SADI e possuir pelo menos um responsável técnico credenciado.
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O técnico responsável deve testar e verificar que o sistema instalado opera de forma correta e,
particularmente, deve verificar que:
– Todos os detetores e botoneiras estão localizados, identificados e funcionam corretamente;
– A informação dada pela CDI é correta e está de acordo com os requisitos documentados;
– Qualquer ligação a uma central recetora de alarmes de fogo ou central recetora de avisos de
avaria está a funcionar e que as mensagens são corretas e claras;
– Os dispositivos de alarme operam de acordo com as indicações desta NT;
– Todas as funções auxiliares podem ser ativadas;
– Foram fornecidos os documentos e instruções requeridos;
- Todas as ajudas à identificação do local do alarme estão corretas.
b) Documentação
Deve ser fornecido ao responsável de segurança (RS) ou seu delegado, pessoa responsável pela
exploração das instalações, as instruções adequadas de utilização, cuidados de rotina a observar
e testes do sistema instalado.
O técnico responsável pela instalação deve fornecer ao dono de obra um certificado de
verificação técnica assinado.
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Nota:
Deve ser adotado um procedimento que assegure que funções deletérias, tal como
sendo a liberação de produto extintor, não são executadas.
- Verifica as funções de monitorização de anomalias da CDI;
- Verifica a capacidade da CDI de operar qualquer retentor de porta;
- Quando permitido, acionar a comunicação de alerta ao corpo de bombeiros ou
central recetora de alertas;
- Executa todas as verificações e testes especificados pelo instalador, fornecedor
ou fabricante;
- Averigua eventuais mudanças estruturais ou ocupacionais que possam ter
afetado os requisitos para a localização de botões de alarme manual, detetores e
sirenes.
Qualquer anomalia observada e respetiva ação corretiva devem ser incluídas nos
registos de segurança das Medidas de Autoproteção.
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Nota:
As CDI em conformidade com a EN 54-2 dão uma indicação automática visual caso
a transmissão esteja inibida na CDI, mas isso pode não acontecer se a
transmissão estiver interrompida no exterior do sistema de deteção de incêndios
do edifício (por exemplo pela interrupção da ligação entre o equipamento de
transmissão de alarme de incêndio [anexo E da NP EN 54-1] e a estação de receção
de alarmes de incêndio [anexo F da EN 54-1]).
Os ocupantes das instalações devem ser previamente avisados de qualquer teste
ao sistema do qual possa resultar a ativação das sirenes.
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8.2.4. Sobressalentes
É conveniente a existência no local de peças sobressalentes (tais como vidros de reserva para
botões de alarme manual, ou como os detetores de fumo, que poderão existir opcionalmente).
8.2.5. Documentação
Todos os trabalhos executados no sistema devem ser registados nos registos de segurança.
Quaisquer pormenores do trabalho devem ser igualmente registados nos registos de ocorrências
para ser incluído no registo de segurança, que é uma das partes das Medidas de Autoproteção
(ver NT 21).
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Em alternativa ao descrito no ponto 5.7 a1) sobre a localização e distribuição dos detetores
térmicos e de fumos, resume-se de seguida o especificado na CEA 4040, de julho de 2003.
A eficácia dos detetores térmicos e de fumos depende da presença de um teto fechado sobre
eles.
A área máxima (A max.) de vigilância de um detetor varia em função do tipo do detetor, da altura
do compartimento, da inclinação do teto citado e da área total do compartimento a proteger
conforme quadro seguinte.
Quadro IV
Área total do Inclinação do teto
Altura do
compartimento Tipo de detetor ≤ 20° > 20°
compartimento
a proteger A max A max
≤80 m² Fumos * ≤12,0 80 m² 80 m²
≤ 6,0 m 60 m² 90 m²
> 80 m² Fumos *
6.0 m ≤ 12,0 m 80 m² 110 m²
Térmico Grau 1 A1** ≤ 7,5 m
Térmico Grau 2
≤30 m² ≤ 6,0 m 30 m² 30 m²
A2,B,C,D,E,F e G **
Térmico Grau 3 ** ≤ 4,5 m
Térmico Grau 1 A1** ≤ 7,5 m
Térmico Grau 2
> 30 m² ≤ 6,0 m 20 m² 40 m²
A2,B,C,D,E,F e G **
Térmico Grau 3 ** ≤ 4,5 m
*EN 54-7
** EN 54-5
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Em função dos riscos, a área efetiva (An) de vigilância é calculada por: An = K x A max em que K
é o fator de risco dado pelo quadro seguinte.
Quadro V
Local de Risco Categoria de risco Coeficiente K
AeB 1ª a 4ª 1
C 1ª a 4ª 0,6
D 1ª a 4ª 0,6
E 1ª a 4ª 0,6
F 1ª a 4ª 0,3
Nota:
Os tetos e pavimento falsos para os quais seja exigível proteção com detetores são
equiparados, para os efeitos de cálculo do coeficiente K, como locais de risco C.
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