Auditoria E1673033283

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Receita

Federal
Auditoria

Livro Eletrônico
AULA ESSENCIAL 80/20
Auditoria
Andrey Soares

Sumário
Introdução.............................................................................................................................................................................3
Auditoria................................................................................................................................................................................9
1. Testes e Procedimentos de Auditoria na Fiscalização de Tributos. ...............................................9
1.1. Testes de Auditoria..................................................................................................................................................9
1.2. Procedimentos de Auditoria.............................................................................................................................11
2. Auditoria Fisco-Contábil.......................................................................................................................................16
2.1. Fraudes e Erros na Escrituração...................................................................................................................16
2.2. Auditoria Fiscal do Ativo...................................................................................................................................17
2.3. Auditoria Fiscal do Passivo. . ...........................................................................................................................19
2.4. Auditoria Fiscal nas Contas do Patrimônio Líquido.........................................................................20
2.5. Auditoria Fiscal em Contas de Resultado (Receitas e Despesas)...........................................20
3. Lei Complementar n. 105/2001 (Sigilo Bancário)...................................................................................21
4. Auditoria em Operações de Importação (RFB)........................................................................................26
4.1. Vigilância e Repressão Aduaneira...............................................................................................................26
4.2. Auditoria de Tributos Incidentes na Importação...............................................................................27
4.3. Auditoria do Imposto de Importação. ........................................................................................................27
4.4. Auditoria do IPI-Importação. . ......................................................................................................................... 28
4.5. Auditoria do PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação...................................................... 28
Exercícios............................................................................................................................................................................29
Gabarito...............................................................................................................................................................................39
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................40

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AULA ESSENCIAL 80/20
Auditoria
Andrey Soares

Introdução
Seja bem-vindo(a), novamente, à nossa badalada sala de aula virtual do Gran Cursos
Online! Nosso encontro, hoje, recebe um nome sugestivo: Aula Essencial 80/20. Chegou o
momento de fecharmos, com chave de ouro, nossos estudos de Auditoria para esse que é,
sendo dúvida alguma, um dos concursos mais aguardados dos últimos anos: o de Auditor
Fiscal da Receita Federal do Brasil!
Devo confessar, porém, que esse encontro é diferente. Ele é muito, mas muito especial, e
você vai saber o porquê nas próximas linhas. É o tipo de encontro que você, normalmente, vai
usar nas últimas semanas que antecedem a sua prova. Nada impede, claro, que a aula seja
usada antes disso, pois pode servir, também, de direcionamento em seus estudos.
Nesse sentido, dada a relevância do que estudaremos nas próximas páginas, sugiro que, antes
de iniciar a leitura, caso não seja a primeira aula que esteja estudando no dia ou período, saia um
pouco de frente da tela (ou do papel, se for o caso). Procure “respirar um ar fresco”, limpando seu
“hd”, preparando o cérebro para melhor assimilar as informações que virão. Pode fazer isso num
intervalo de... uns 10 minutos. Se for adepto(a), tome aquele cafezinho para relaxar e despertar.
Feito isso, retorne. Arrume-se bem na cadeira, e preste muita atenção ao nosso bate-papo.
O nome da aula faz remissão à badalada Teoria de Pareto (ou Lei de Pareto), segundo a
qual, de forma bem sucinta, 80% das consequências se originam de 20% das causas. Seguindo
essa linha de raciocínio, a proposta do encontro é discutirmos (nós dois) sobre o que podemos
esperar dessa prova de Auditoria - especificamente em relação aos aspectos de Auditoria Fiscal
- no seu concurso. Não se trata de uma tentativa de adivinhação, mas de análise de cenários.
Trazendo para nossa realidade de concurseiros(as), e sabedores de que os examinado-
res têm algumas “preferências” de assuntos quando da elaboração de questões, teremos o
desafio de apontar o que vem chamando a atenção das bancas, notadamente da nossa FGV,
nas últimas edições de suas provas.
Para tanto, considerando que fui o professor responsável por trabalhar uma parcela de
temas dentro da disciplina, faz-se necessário destacar exatamente quais foram eles. Afinal,
são eles a que farei referência nas próximas páginas.
AUDITORIA
(...) 5 Testes para subavaliação e testes para superavaliação. 8 Identificação de fraudes na escrita
contábil. (...) 9 Demonstrações contábeis sujeitas a auditoria. 10 Auditoria no ativo circulante. 10.1
Recomposição contábil do fluxo de caixa da empresa. 11 Identificação de saldo credor na conta
caixa por falta de emissão de documentos fiscais. 12 Suprimento das disponibilidades sem que
haja comprovação quanto à efetiva entrega dos recursos financeiros: aumento do capital social,
adiantamentos de clientes, empréstimos de sócios ou de terceiros, operações, prestações ou re-
cebimentos sem origem, alienação de investimentos e bens do ativo imobilizado. 13 Aquisições
de mercadorias, bens, serviços e outros ativos não contabilizados e sem comprovação da origem
do numerário. 14 Baixa fictícia de títulos não recebidos. 15 Cotejamento de recebíveis com os
registros contábeis de receitas. 16 Auditoria no ativo não circulante. 16.1 Superavaliação na for-
mação dos custos de estoque. 17 Auditoria no ativo realizável a longo prazo. 17.1 Identificação

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de origens de recursos fictícias. 18 Auditoria em investimentos. 19 Auditoria no ativo imobilizado.
19.1 Ativos ocultos. 20 Alienação fictícia de bens. 21 Auditoria no ativo intangível. 22 Auditoria no
passivo circulante. 22.1 Falta de registro contábil dos passivos de curto prazo. 23 Passivos fictícios.
24 Identificação de passivos já pagos e não baixados. 25 Auditoria no passivo não circulante. 26
Auditoria no patrimônio líquido. 27 Aumento do capital social sem comprovação quanto à efetiva
entrega dos recursos financeiros. 28 Contabilização de reservas. 29 Subvenções. 30 Auditoria em
contas de resultado. 31 Registro de receitas e despesas. 32 Ocultação de receitas. 33 Superava-
liação de custos e despesas. 34 Identificação de fraudes e erros na escrita fiscal. É bem verdade
que minha missão é um pouco mais árdua, se comparado à de outros mestres que compõem a
equipe. Isso por ter que trabalhar com uma disciplina com pouco histórico de provas. Disciplinas
mais “tradicionais” em concursos da área fiscal oferecem elementos mais sólidos para esse tipo
de análise. Mas não vamos fugir do desafio. 35 Auditoria em operações de importação.
36 Lei Complementar n. 105/2001 (dispõe sobre sigilo das operações de instituições financeiras
e dá outras providências).

Ok, professor, mas como faremos para superar esse obstáculo?

A FGV, pelas minhas contas, cobra a disciplina pela quarta vez em certames por ela orga-
nizada. Antes, sob o título de “Auditoria Tributária”, havia exigido dos candidatos ao cargo de
Auditor no concurso da Sefaz/ES. Alterou o nome para “Auditoria Fiscal” no início de 2022,
quando a cobrou ne Auditor da Sefaz/AM. Por último, tivemos a cobrança, sob o título de
“Auditoria Contábil”, no edital para o concurso de Auditor Fiscal da Sefaz/MG.
Isso quer dizer que o histórico de cobrança, especificamente da banca FGV, é insuficiente
para uma análise mais precisa. Então, só nos resta buscar no histórico de cobrança de outras
disciplinas coirmãs, notadamente de Auditoria Contábil, os dados necessários para estabe-
lecermos uma possível linha de pensamento dos examinadores da banca.
Além disso, devemos levar em consideração, de forma acessória, o que as outras grandes
bancas (Cebraspe/Cespe e FCC) estão abordando com maior frequência, já que o campo de
abrangência do tema, apesar de extenso, encontra certos limites. Lembrando, ainda, que es-
tamos falando do concurso da Receita Federal que, por si só, já precisa de um olhar diferente
em relação ao que é cobrado em concursos dos Fiscos Estaduais.

Análise de Cenários

Antes de apontar minhas conclusões, preciso apresentar a você o resultado de uma aná-
lise que fiz em relação às provas aplicadas pela FGV nos últimos 7 (sete) anos, ou seja, entre
2015 e 2022 (setembro). No caso, focando na parte de Auditoria Contábil “tradicional”. Afinal,
essa nova “roupagem” dada à disciplina, com tópicos de auditoria fiscal, é bem recente. Assim
sendo, observe:

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Temas Frequência
Opinião e Relatório do Auditor 18,08%
Testes e Procedimentos 14,12%
Auditoria Interna 13,56%
Amostragem em Auditoria 6,21%
Testes em áreas específicas 5,65%
Documentação de Auditoria 5,08%
Responsabilidade do Auditor e da Administração 5,08%
Evidência de Auditoria 5,08%
Eventos Subsequentes 3,95%
Controles Internos 2,82%
Fraudes e Erros 2,26%
Utilização do Trabalho de Auditoria Interna 2,26%
Outros 15,82%

Trazendo esses dados para uma imagem mais “palatável”, teríamos um gráfico com a
seguinte apresentação:

Perceba que, com vistas a evitar uma “poluição” na representação feita pelo gráfico, optei
por excluir a coluna “outros” presente na tabela. Trata-se daquela linha que congrega os mais
diversos outros assuntos cobrados, assim classificados aqueles que não se encaixam, de
forma mais específica, nos principais temas representados.

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Bom registrar, também, que, a depender de quem fizer essa análise, bem como de suas
percepções e opiniões pessoais, uma questão poderia ser classificada como sendo de de-
terminado assunto, diversa da que propus. Mas, dificilmente, haverá alteração substancial
na ordem de classificação.
Assim, foram os temas com maior incidência nas 36 (trinta e seis) provas avaliadas, pela
ordem: Relatório [Opinião] do Auditor (18%); Testes e Procedimentos de Auditoria (14%); Audi-
toria Interna (13,6%); Amostragem em Auditoria (6,2%); Testes em Áreas Específicas (5,65%)
e Documentação de Auditoria (5%). Calma, pois ainda voltarei a esses dados para desenvolver
meu raciocínio. Por ora, guarde esses nos quais inseri destaques (negrito).
Focando agora nessa nova cobrança que vem sendo feita pelas bancas, incluindo tópicos
de Auditoria Fiscal e Tributária, entenda que, no momento de elaboração desta aula, ainda
não havia sido aplicada a prova do concurso de Auditor Fiscal da Sefaz/MG. Portanto, nossas
referências mais recentes nessa nova forma de cobrança da Auditoria foram as provas de
Auditoria Fiscal exigida no concurso da Sefaz/AM no início de 2022.
Ela apresentou 10 questões, sendo 06 (seis) tratando de temas afetos à Auditoria Contábil
“tradicional”. Outras 03 (três), por sua vez, vieram com assuntos já voltados para assuntos de
nossa Auditoria Fisco-Contábil, especificamente a parte a qual denomino auditoria de contas,
que trabalhando intensamente ao longo do curso. Uma das questões cobrou o sigilo bancário,
objeto da Lei Complementar n. 105/2001, também presente no edital de AFRFB.
Na prova de Auditoria Tributária aplicada no concurso da Sefaz/ES 2021, a FGV nos apre-
sentou 10 (dez) questões. Dessas, 07 (sete) tiveram conteúdos que são trabalhados, normal-
mente, dentro da Auditoria Contábil “tradicional” (NBCs). Outras 3 (três) tiveram um “tempero”
de Auditoria Fiscal (ou “Tributária”, como intitulada pela banca naquele edital).
Em ambas as provas, quando tratando de temas afetos ao nosso estudo de Auditoria
Fiscal e Tributária e seus subgrupos, notei que o examinador da FGV tem um certo carinho
por conhecimentos relativos a fraudes e erros na escrita contábil, bem como sobre supera-
valiação e subavaliação de saldo de contas.

Professor, mas dá para imaginar que essa tendência continuará? É possível que tenhamos
mais questões de Auditoria Contábil “Tradicional” e menos de Auditoria Fiscal “puro sangue”?

Possível é, caro(a) aluno(a). Aliás, em se tratando da FGV até aqui, acho muito provável.
No edital, consta que teremos 8 (oito) questões dedicadas à disciplina. Assim, o examinador
terá pouquíssimo espaço para cobrar toda a riqueza de assuntos que a disciplina oferece.
Não caia na armadilha de que a eliminação de alguns tópicos, resultado da retificação do
edital “original”, tenha limitado campo de cobrança oferecido ao examinador. A FGV foi tão
maldosa, que só com uma linha (a primeira) já seria possível montar uma prova daquelas!

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Quando a banca cita o tópico “Normas Brasileiras de Contabilidade de Auditoria – NBC TA e


NBC PA”, abre um espaço gigante para cobrar qualquer uma das dezenas de NBCs TA (38) e NBC
PA (7). Isso sem contar que ela, volta e meia, ainda vai buscar conceitos em normas já revogadas.

Mas como isso é possível, professor? Cobrar algo de norma já revogada?

Sim, aluno(a). Mas ela o faz com a certeza de que, em havendo algum questionamento
dos candidatos(as), terá alguma literatura contábil para justificar a cobrança. Alguns autores
ainda mantêm, em suas obras, definições originalmente tratadas nessas normas antigas.
Assim, os examinadores ficam tranquilos para fazerem esse tipo de cobrança.
Para ser bem sincero, a FGV, das três grandes bancas, na minha modesta opinião, é a que
vem apresentando menos criatividade na construção de suas questões, depois dessa nova
roupagem que a Auditoria ganhou em concursos.
O Cebraspe/Cespe, por exemplo, vem variando muito na profundidade e na variedade de
temas, a depender da Secretaria de Fazenda da qual tenha assumido a organização do cer-
tame. A FCC também vem “mandando” muito bem, especialmente em suas últimas provas
(Sefaz AP e Sefaz PE).
A FGV, assim, está nos devendo algo mais bem elaborado, que cobre um raciocínio lógico
contábil do candidato. Espero que ela possa cobrar algo que fuja da “decoreba”. Aguardemos
essas duas provas (Sefaz/MG e AFRFB) para sabermos se, de fato, ela vai suprir nossas
expectativas. Fique ligado(a), pois costumo trazer alguns comentários dessas provas em
minhas redes sociais !

Tendências de Cobrança

Seguindo esse raciocínio, para essa prova de AFRFB, a partir da análise de cenários feita,
concluo que, dos assuntos que trabalhei contigo aqui no Gran:

DICA
Uma dica infalível é a presença quase certa do tema “identi-
ficação de fraudes e erros nas escritas contábil e fiscal”. E a
cobrança pode ser feita tanto no contexto de uma Auditoria
Contábil “tradicional” (“viés contábil”, portanto), como dentro
do bloco da Auditoria Fisco-Contábil.

• Ainda dentro do escopo da Auditoria Fisco-Contábil, examinadores das demais bancas


vêm demonstrando certa preferência pelas espécies de verificações de distorções em
contas do Ativo. Disponibilidades, em especial “Saldo Credor de Caixa” e “Suprimento
Não Comprovado de Caixa”, carecem de uma atenção especial por parte do(a) candida-
to(a). Ela tem ligação com tópico “Testes em Áreas Específicas”, um dos “top 5” da FGV
ao longo dos últimos anos (volte ao gráfico e confira).

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• Atente-se, porém, para o fato de que as verificações feitas por um Auditor em uma conta,
ao final, nunca se resumem a ela (procedimento de correção, lembra-se?). Então, esteja
preparado para uma questão que venha a mesclar conhecimentos sobre verificações
feitas em contas do Passivo, PL e de resultado (Receitas e Despesas), ainda que, prima-
riamente, o foco (testes principais) tenha sido uma ou mais contas do Ativo.
• Dentro do tópico “Auditoria em Operações de Importação”, considero menos provável
(mas não impossível, já que presente no edital) que tenhamos alguma questão abordando
o assunto. Minha modesta opinião se baseia na percepção, já relatada, sobre a pouca
criatividade demonstrada pela FGV até aqui. Apesar de constar nos editais mais recen-
tes da banca em concursos da área fiscal, pouca coisa se viu em relação a exigências,
no conjunto de questões, relacionadas a tópicos de auditoria fiscal. A banca parece não
querer se arriscar muito em temas novos. Como não temos nenhuma referência do que
o examinador quis dizer exatamente ao inserir esse tópico no edital (é uma novidade
completa em concursos da RFB), caso opte por uma questão sobre o tema, larga na
frente aspectos relativos à auditoria do fato gerador, da base de cálculo e da alíquota
do Imposto de Importação, com um campo interessante em relação aqueles regimes
especiais estudados em nosso curso (RTS, RTE, RTU e RTMNI).
• O sigilo bancário, tratado pela Lei Complementar n. 105/2001, pode ser objeto de cobran-
ça, assim como foi na prova da Sefaz/AM. Mas também corre por fora, assim como a
Auditoria em Operações de Importação. O art. 5º e, principalmente, o art. 6º daquela lei,
são os que mais nos interessam.

Agora, anote aí: existe um tema que estabelece um verdadeiro elo entre todos os assuntos
e “módulos” estudados ao longo do curso, incluindo a Auditoria Contábil “tradicional”. Estou
falando dos testes e procedimentos de auditoria. Esse assunto, assim como a identificação
de fraudes e erros, sempre foi “figurinha carimbada” em questões de auditoria. Está no “top
2” entre os mais cobrados de Auditoria Contábil “tradicional” em provas aplicadas pela ban-
ca ao longo dos últimos anos, como vimos em momento anterior da aula. E não vem sendo
diferente dentro dessa “nova roupagem” dada pelas bancas à disciplina. É que o tema pode
ser usado na construção de tipos variados de questões, com os mais diversos assuntos. Tra-
balhei com você esse assunto, de forma que vou explorá-lo também aqui. E vamos começar
justamente por ele. Vamos lá!

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AUDITORIA

1. Testes e Procedimentos de Auditoria na Fiscalização de Tributos


Os testes e procedimentos de auditoria na fiscalização de tributos, assim como visto em
relação à Auditoria Contábil “tradicional”, serão úteis para coleta de evidências capazes de
bem fundamentar a decisão proferida pelo Auditor.

1.1. Testes de Auditoria


Os testes de auditoria dividem-se, basicamente, em dois principais tipos: testes de
observância e testes substantivos. Os testes de observância são aqueles que visam à ob-
tenção de segurança razoável de que os procedimentos de controle interno estabelecidos
pela Administração estão em efetivo funcionamento e cumprimento, inclusive quanto ao seu
cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. Essa é a definição dada pela
NBC TI 01 – Auditoria Interna.
A NBC TA 330 (Auditoria Independente), por sua vez, aproxima essas características do
que denomina “teste de controle”. Segundo a norma, o teste de controle corresponde ao
procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade operacional dos controles na
prevenção ou detecção e correção de distorções relevantes no nível de afirmações.

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Os testes substantivos, por sua vez, são aqueles que visam à obtenção de evidência quanto
à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da
entidade. A definição, mais uma vez, parte da NBC TI 01 (Auditoria Interna).
Seguindo o texto da NBC TA 330 (Auditoria Independente), esse conceito tem semelhança
com o que a norma intitula “procedimentos substantivos”. A denominação se refere ao pro-
cedimento de auditoria planejado para detectar distorções relevantes no nível de afirmações.

Para efeitos de prova, vale a pena conhecermos ainda os testes para superavaliação e testes
para subavaliação. Superavaliar, em auditoria, significa que determinado saldo fora informado
por valor a maior que o real. Subavaliar, por outro lado, é o mesmo que dizer que determinado
saldo fora reconhecido erroneamente ou fraudulentamente por valor inferior ao real.

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A experiência demonstra que é mais prático direcionar os testes principais de superava-


liação para contas de natureza devedora (Ativo e Despesas, em geral) e subavaliação para
as contas de natureza credora (Passivo e Receitas, normalmente).
No teste para detecção de superavaliação, o Auditor toma como ponto de partida o valor
registrado no Razão Geral até chegar ao documento que suporta a transação.

Já no teste realizado com o objetivo de detecção da subavaliação, o Auditor começa


avaliando o documento que materializa a transação, até alcançar o Razão Geral. Ou seja, é o
caminho inverso ao verificado em relação ao teste para superavaliação.

1.2. Procedimentos de Auditoria


Eles podem compreender, segundo a NBC TA 500 (R1), a inspeção, a observação, a con-
firmação, o recálculo, a reexecução e os procedimentos analíticos, muitas vezes combinados
entre si, além da indagação.

Inspeção

A NBC TA 500 (R1) trata o exame físico de ativo e o exame de registros ou documentos
dentro do conceito de inspeção, como se único fossem. Segundo a norma, a inspeção deve
ser compreendida como (...) o exame de registros ou documentos, internos ou externos, em
papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de ativo.

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A inspeção de registros e documentos fornece evidência de auditoria com graus variáveis


de confiabilidade, dependendo de sua natureza e fonte e, no caso de registros internos e do-
cumentos, da efetividade dos controles sobre a sua produção. (NBC TA 500)

EXEMPLO
Verificação sobre a autenticidade de um contrato supostamente firmado entre o auditado e
um fornecedor, que pode fornecer subsídios para comprovar fraude em compras e omissão de
receitas de vendas de mercadorias ou produtos e de prestação de serviços.

Por meio do exame físico de ativo, o Auditor Fiscal vai se certificar sobre a existência e
características de um bem informado nas Demonstrações Contábeis do auditado e, claro,
com replicação em sua escrituração fiscal, refletindo na apuração e recolhimento de tributos.

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EXEMPLO
Confirmação sobre a existência de uma máquina supostamente existente na empresa, cuja
despesa de depreciação esteja sendo levada à apuração do IRPJ, como parcela dedutível da
base de cálculo do tributo.

Confirmação Externa

Também conhecida como circularização, este procedimento de auditoria está implicita-


mente ligado à ideia de confronto de informações internas e externas. Confirmação externa é
a evidência de auditoria obtida como resposta por escrito direta para o auditor de um terceiro
(a parte que confirma), em papel, no formato eletrônico ou outro meio.

EXEMPLO
Auditoria de contas do Ativo, o quais demandem confirmação, por instituições financeiras, de
saldos de empréstimos. Operações essas, vale dizer, comumente fictícias, usadas para “camu-
flar” o conhecido “estouro de caixa”.

Recálculo

Também conhecido como conferência de cálculos ou repetição de cálculos, o procedimento


permite ao Auditor fazer a conferência da exatidão das operações aritméticas e financeiras
dos itens auditados.

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EXEMPLO
Auditoria sobre a alíquota de determinado tributo (ICMS, ISSQN, IRPJ etc.), por meio da qual a
Fiscalização vai verificar, entre outros, a correta apuração do imposto.

Procedimentos Analíticos

Significa avaliações de informações contábeis por meio de análise das relações plausíveis
entre dados financeiros e não financeiros. Procedimentos analíticos compreendem, também, o
exame necessário de flutuações ou relações identificadas que são inconsistentes com outras
informações relevantes ou que diferem significativamente dos valores esperados.

EXEMPLO
Auditoria que visa a verificar a variação histórica, a flutuação dos números relativos ao recolhi-
mento de tributos por determinado grupo de contribuintes, a partir de seu volume de vendas no
mesmo intervalo de tempo.

Indagação

Consiste na busca de informações de pessoas com conhecimento, financeiro e não financei-


ro, dentro e fora da entidade. Podem incluir desde indagações escritas formais até indagações
orais informais. Conceito muito se aproxima ao tratado pela literatura como “averiguação”.

EXEMPLO
Entrevista, feito pelo Auditor, com ex-funcionários de determinada empresa, em litígio com essa,
com vistas a descobrir o proprietário de fato da entidade, descartando existência de eventuais
“laranjas”.

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Observação

A observação consiste no exame de processo ou procedimento executado por outros. O


Auditor, ao aplicar o procedimento de observação, vai acompanhar, por exemplo, a contagem
dos estoques de determinada entidade, a ser feita por seus empregados.

EXEMPLO
Uma auditoria cujo objetivo seja o de verificar a correta apuração do ICMS envolvendo mate-
riais intermediários. Por meio da técnica, o Auditor poderá constatar se a classificação contábil
e fiscal dada ao fato obedeceu ou não aos requisitos da legislação tributária, no que tange à
possibilidade de aproveitamento dos créditos do imposto gerado a partir da entrada do item no
estabelecimento do contribuinte.

Reexecução

A reexecução compreende a execução independente, a ser feito pelo auditor, de proce-


dimentos ou controles que foram originalmente realizados como parte do controle interno
da entidade.

EXEMPLO
Procedimento aplicado pelo auditor interno e sua equipe com vistas a testar a eficácia do con-
trole interno implementado pela entidade.

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Outros Tipos de Procedimentos


• Conciliação: por meio da técnica, o Auditor verificará a compatibilidade entre o saldo das
contas sintéticas com aqueles das contas analíticas, ou ainda o confronto dos registros
mantidos pela entidade com elementos recebidos de fontes externas. A espécie mais
conhecida é a conciliação bancária.
• Inquérito: Segundo Attie (2018, p.268), o inquérito “(...) consiste na formulação de per-
guntas e obtenção de respostas satisfatórias”. Pode ela se dar de forma oral, por escrito,
em conversas mais ou menos formais. Conceito se aproxima daquele dado à técnica de
indagação.
• Correlação: implicitamente ligado à essência do método das partidas dobradas da Con-
tabilidade. Parte do pressuposto de que um dado sempre estará relacionado a outros,
mantendo com ele “relações naturais”.
• Contagem física: ou “contagem dos itens físicos”, trata-se de um procedimento útil quando
se deseja obter informações sobre contas do Ativo. Consiste em identificar bens, quanto
à existência física, informados nas Demonstrações Contábeis.
• Entrevista: consiste num método ou técnica de coleta de informações por meio de
conversação, seja ela individual ou em grupo, com pessoas previamente selecionadas,
objetivando a coleta de dados ou informações capazes de confirmar fatos. A entrevista
pode se dar de forma escrita ou oral, formal ou informalmente.
• Cut-off: trata-se de uma técnica muito recorrente na auditoria. Consiste em aplicar uma
interrupção, no tempo, do fluxo operacional ou mesmo de um processo ou transação,
com vistas a apurar, de forma seccionada, a sua dinâmica.

2. Auditoria Fisco-Contábil
2.1. Fraudes e Erros na Escrituração
O fator distintivo entre fraude e erro está no fato de ser intencional ou não intencional a
ação subjacente que resulta em distorção nas demonstrações contábeis.

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• Fraude: ato intencional de omissão e/ou manipulação de transações e operações, adul-


teração de documentos, registros, relatórios, informações e demonstrações contábeis,
tanto em termos físicos quanto monetários.
• Erro: ato não intencional de omissão, desatenção, desconhecimento ou má interpretação
de fatos na elaboração de registros, informações e demonstrações contábeis, bem como
de transações e operações da entidade, tanto em termos físicos quanto monetários.

Já é um momento propício para mais uma informação relevantíssima:

Temos, basicamente, dois tipos especiais de distorções intencionais (leia-se fraudes) que
merecem mais atenção por parte do auditor: aquelas distorções decorrentes de informações
fraudulentas e a que se caracterizam pela apropriação indébita de ativos.
Fatores de risco de fraude: seja na forma de informações contábeis fraudulentas ou de
apropriação indevida de ativos, a fraude acaba por envolver três condições:
• o incentivo ou a pressão para que ela seja cometida;
• uma oportunidade para tal; e
• alguma racionalidade (dar razoabilidade a algo falso) do ato.

2.2. Auditoria Fiscal do Ativo


A Auditoria Fisco-Contábil nos remete à relação e utilidade das informações extraídas do
conjunto das Demonstrações Contábeis na execução da fiscalização de tributos.
A Auditoria de contas do Ativo demandará, do Auditor, a aplicação de procedimentos e
testes dos mais variados tipos e abrangência. Dentre as técnicas mais usadas na execução
de uma auditoria, em busca dessas evidências, destaque deve ser dado à confirmação externa
(ou circularização); à inspeção, com exame físico do ativo ou com exame de registros e docu-
mentos; à observação, à contagem física, à correlação, ao recálculo, à conciliação bancária,
ao inventário, além de outros, a depender da finalidade e do tipo de evidência buscado.
Sobre a auditoria nesse grupo de contas, duas expressões merecem destaque:
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• Ativo fictício: é um tipo de registro que informa aos usuários das DCs um bem que, de
fato, não existe, foi “inventado”.
• Ativo oculto: diz respeito ao bem e/ou direito existente de fato, mas que não fora(m)
devidamente informado(s) na escrituração correspondente.

O aspecto fundamental, aquele que deve ser objeto de verificações preliminares por parte do
auditor, quando do exame desse grupo, está relacionado à existência do ativo, mas não somente...

Na auditoria realizada no subgrupo das Disponibilidades (Caixa e Bancos, especialmente),


o Auditor pode se deparar com saldo credor na conta Caixa. Também conhecido como “es-
touro de caixa” ou “caixa dois”, a anomalia contábil sugere a existência de mais saídas que
entradas de recursos, ou “dinheiro negativo”, algo impensável.
O saldo credor de Caixa é, segundo a legislação tributária, hipótese legal de presunção de
omissão de receitas de vendas de mercadorias ou de serviços prestados. Por esse motivo, “na-
tural” que as empresas, ao se depararem com o fato, busquem suprir o caixa por outros meios.
Surge, daí, o que Crepaldi e Crepaldi (2019) denominam desfalques encobertos, ou seja,
aquelas “artimanhas” usadas pelas entidades por meio de lançamentos de compensação, de
modo que a falta do bem não seja notada.
Nos desfalques não encobertos, por seu turno, inexiste lançamentos contábeis em forma
de contrapartida. Apresentam-se, basicamente, a partir de dois tipos:
• Kapping: é aquele tipo de desfalque que, para se concretizar, busca lastro nas cobranças de
Contas a Receber. De forma bem resumida, o fraudador desvia o recebimento de direitos
que a empresa mantém com terceiros (duplicatas de clientes e outros títulos), substi-
tuindo esses montantes por outros títulos de crédito com datas futuras de recebimento.
• Kiting: envolve desembolsos feitos no próprio Caixa e em Bancos. Caracteriza-se, basi-
camente, como um método no qual a falta de dinheiro é camuflada por transferências,
sem registro, de cheques.
• Na auditoria sobre as Disponibilidades, é comum que o Auditor se utilize de estratégias
capazes de sustentar suas conclusões. Nesse contexto, podemos citar a reconstituição
(ou recomposição) do fluxo de caixa e a conciliação bancária.

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• A reconstituição (ou recomposição) de caixa é um método por meio do qual o Auditor vai,
quando das verificações, realizar expurgos, glosas de lançamentos materializadores de
eventos que, de fato, inexistiram, eliminando-os, de forma a encontrar o valor real, verídico,
do saldo da conta. Poderá, ainda, incluir outros lançamentos representativos de eventos
que, efetivamente, ocorreram, mas foram, de alguma forma, omitidos ou desvirtuados
pela entidade quando do seu registro.
• A conciliação bancária, por seu turno, deve ser entendida como um procedimento que vai
confrontar e ajustar as informações envolvendo as transações registradas pelo banco,
mas não reconhecidas, ainda, pela contabilidade; ou ainda aqueles fatos contabilizados
pela entidade, mas não registrados pela instituição financeiras.

Falando em transações financeiras, a empresa sob auditoria pode vir a ser intimada pelo
Auditor Fiscal quando esse se deparar com depósitos bancários com indícios de inexistência
de lastro documental, ou seja, sem comprovação. A legislação tributária inclui o creditamento
de valores em contas de depósito entre as hipóteses de presunção de omissão de receitas
de vendas, nas situações em que, intimado, o contribuinte não comprove a origem.
A auditoria do Ativo Não Circulante/Ativo Imobilizado requer destaque especial no pla-
nejamento do Auditor do ICMS. Isso devido à possibilidade de aproveitamento do crédito do
tributo na entrada de bens do permanente no estabelecimento do sujeito passivo (§5º, inciso
II do art. 20 da LC n. 87/1996).

2.3. Auditoria Fiscal do Passivo


Assim como vimos em relação ao Ativo, merecem destaque no estudo da Auditoria em
contas do Passivo as seguintes expressões:
• Passivo fictício: deve ser compreendido como a manutenção, no Passivo, de saldos em
contas representativas de obrigações inexistentes (não comprovadas) ou que já tenham
sido liquidadas, pagas a terceiros.
• Passivo oculto: pode ser entendido como uma obrigação real, existente, contraída pela
entidade, mas não devidamente contabilizada.

A auditoria em Duplicatas Descontadas pode indicar que o mecanismo contábil pode estar
sendo usado como espécie de suprimento indevido de caixa. Para tanto, a empresa tem à sua
disposição dois caminhos:
• Se utilizar de um título realmente existente em sua contabilidade, ou seja, um crédito
que, efetivamente, possui com determinado cliente. Nesse caso, se, por um lado, o título
existe, a operação de desconto sobre ele, não. É simulada.
• A empresa “fabrica” um título, ou seja, ela não tem o direito perante terceiros, mas diz ter.
É um ativo fictício. A partir daí ela pode ou não descontar efetivamente o título.

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2.4. Auditoria Fiscal nas Contas do Patrimônio Líquido


De forma geral, a Auditoria sobre esse grupo de contas terá como finalidade principal
averiguar o INTEGRAL REGISTRO dos eventos que alteraram o PL, confrontando-os com as
disposições ESTATUTÁRIAS, SOCIETÁRIAS e NORMATIVAS.
As análises envolvem também, é claro, a efetividade da ocorrência dos eventos informa-
dos. Para Crepaldi e Crepaldi (2019, p. 475), que nos ajudam a aprofundar um pouco mais
o estudo, outros importantes aspectos também são verificáveis numa auditoria sobre esse
grupo de contas. São eles:
• determinar se as ações ou os títulos de propriedade do capital social foram adequada-
mente autorizados e emitidos;
• determinar se todas as normas descritas nos estatutos sociais, as obrigações sociais e
legais foram cumpridas;
• assegurar-se da organização e atualização dos livros societários, atas de assembleias
gerais e de reuniões da diretoria e/ou Conselho de Administração;
• determinar se o Patrimônio Líquido foi corretamente contabilizado e classificado nas DCs.

2.5. Auditoria Fiscal em Contas de Resultado (Receitas e Despesas)


A correta CLASSIFICAÇÃO, a EXATIDÃO dos registros e o atendimento aos critérios de
RECONHECIMENTO de uma receita ou de uma despesa influenciarão diretamente na apura-
ção de diversos tributos, a começar por aqueles que incidem sobre a saída e circulação de
mercadorias, produtos ou serviços (ICMS, ISSQN ou IPI, por exemplo).
A superavaliação de custos pode ter como finalidade a subavaliação do lucro contábil e fiscal.
Mas esse é apenas umas das consequências de um eventual erro ou fraude nesse elemento das
DCs. Em empresas comerciais, cujo cálculo do CMV se inspira no sistema de inventário periódi-
co, atenção à fórmula CMV = EI + C – EF. Como possíveis resultados dessa equação, teremos:

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Em empresas industriais, por sua vez, outros elementos deverão fazer parte desses cál-
culos. Afinal, o estoque tem composição diferente. O CPV é encontrado a partir da seguinte
fórmula: CPV = Estoque Inicial de Produtos em Elaboração + Custo da Produção Acabada –
Estoque final de Produtos Acabados. Simplificando...

Do resultado dessas apurações, teremos:

A superavaliação de despesas, por sua vez, também vai afetar o cálculo do lucro tributável.
De natureza devedora, as contas de despesa diminuem a base de cálculo do IRPJ, especifica-
mente nos casos permitidos pela legislação do imposto.

3. Lei Complementar n. 105/2001 (Sigilo Bancário)


A LC n. 105/2001 dispõe sobre o sigilo das operações de instituições financeiras, além
de dar outras providências.
Para efeitos do que ela prescreve, são consideradas instituições financeiras:

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I – os bancos de qualquer espécie;
II – distribuidoras de valores mobiliários;
III – corretoras de câmbio e de valores mobiliários;
IV – sociedades de crédito, financiamento e investimentos;
V – sociedades de crédito imobiliário;
VI – administradoras de cartões de crédito;
VII – sociedades de arrendamento mercantil; VIII – administradoras de mercado de balcão organizado;
IX – cooperativas de crédito;
X – associações de poupança e empréstimo;
XI – bolsas de valores e de mercadorias e futuros;
XII – entidades de liquidação e compensação;
XIII – outras sociedades que, em razão da natureza de suas operações, assim venham a ser con-
sideradas pelo Conselho Monetário Nacional.

Para efeitos da lei, as empresas de fomento comercial ou factoring também deverão


obedecer às normas aplicáveis àquelas instituições financeiras.
NÃO será considerada violação do sigilo, entre outros:
• a troca de informações entre instituições financeiras, para fins cadastrais, inclusive por
intermédio de centrais de risco;
• o fornecimento de informações constantes de cadastro de emitentes de cheques sem
provisão de fundos e de devedores inadimplentes, a entidades de proteção ao crédito;
• a comunicação, às autoridades competentes, da prática de ilícitos penais ou administrativos,
• o fornecimento de dados financeiros e de pagamentos, relativos a operações de crédito
e obrigações de pagamento adimplidas ou em andamento de pessoas naturais ou jurídi-
cas, a gestores de bancos de dados, para formação de histórico de crédito, nos termos
de lei específica.

Será possível a quebra do sigilo quando a medida se mostrar necessária para a apuração
de ocorrência de qualquer ilícito, em qualquer fase do inquérito ou do processo judicial, es-
pecialmente em alguns crimes, como:

I – de terrorismo;
II – de tráfico ilícito de substâncias entorpecentes ou drogas afins; III – de contrabando ou tráfico
de armas, munições ou material destinado a sua produção;
IV – de extorsão mediante sequestro;
V – contra o sistema financeiro nacional;
VI – contra a Administração Pública;
VII – contra a ordem tributária e a previdência social;
VIII – lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores;
IX – praticado por organização criminosa.

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O dever de sigilo é extensivo ao Banco Central do Brasil (BACEN), em relação às opera-


ções que realizar e às informações que obtiver no exercício de suas atribuições.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), instaurado inquérito administrativo, poderá
solicitar à autoridade judiciária competente o levantamento do sigilo junto às instituições
financeiras de informações e documentos relativos a bens, direitos e obrigações de pessoa
física ou jurídica submetida ao seu poder disciplinar.
O Bacen e a CVM deverão manter, entre si, intercâmbio permanente acerca dos resultados
das inspeções que realizarem, dos inquéritos e das penalidades que aplicarem, sempre que
tais informações forem necessárias ao desempenho das suas atividades.
Além disso, segundo o §4º do art. 2º, poderão ambas as instituições (BACEN e CVM)
firmarem convênios:
• Com outros órgãos públicos fiscalizadores de instituições financeiras, objetivando a
realização de fiscalizações conjuntas, observadas as respectivas competências;
• Com bancos centrais ou entidades fiscalizadoras de outros países. Nesse caso, os con-
vênios terão como objetivo:
− a) a fiscalização de filiais e subsidiárias de instituições financeiras estrangeiras, em
funcionamento no Brasil e de filiais e subsidiárias, no exterior, de instituições finan-
ceiras brasileiras;
− b) a cooperação mútua e o intercâmbio de informações para a investigação de atividades
ou operações que impliquem aplicação, negociação, ocultação ou transferência de ativos
financeiros e de valores mobiliários relacionados com a prática de condutas ilícitas.

A CVM e o Bacen, no exercício de suas atribuições, ao se depararem com a ocorrência de


crime definido em lei como de ação pública, ou mesmo de indícios da prática de tais crimes,
deverão levar essa informação ao Ministério Público.
O BACEN, a CVM e todos os demais órgãos de fiscalização devem fornecer ao COAF
(Conselho de Controle de Atividades Financeiras), atual Unidade de Inteligência Financeira
(UIF), informações cadastrais e de movimento de valores relativos às operações financeiras
que sugerem atividades ilícitas.
A Advocacia-Geral da União (AGU) também tem a prerrogativa de requisitar ao Bacen e à
CVM informações e documentos relativos às operações financeiras listadas na lei. No entanto,
elas ficam restritas ao que for necessário à defesa da União nas ações em que seja parte.
Em caso de determinação judicial, caberá ao Bacen, à CVM e às instituições financeiras
o fornecimento das informações requisitadas.
As comissões de inquérito administrativo, responsáveis pela apuração de infrações ad-
ministrativas praticadas por servidores públicos, poderão pedir ao Poder Judiciário a quebra
do sigilo bancário quando a suposta infração for praticada:
• no exercício da função; ou
• quando tiver relação com as atribuições do cargo em que se encontre investido.

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O BACEN e a CVM, nas áreas de suas atribuições, e as instituições financeiras fornecerão


ao Poder Legislativo Federal (não vale as instituídas em âmbito estadual, distrital ou municipal)
as informações e os documentos sigilosos que, fundamentadamente, se fizerem necessários
ao exercício de suas respectivas competências constitucionais e legais.
• (art. 5º): O Poder Executivo disciplinará, inclusive quanto à periodicidade e aos limites
de valor, os critérios segundo os quais as instituições financeiras informarão à adminis-
tração tributária da União (UNIÃO!!!!), as operações financeiras efetuadas pelos usuários
de seus serviços.
• As informações a que refere este artigo serão conservadas sob sigilo fiscal, na forma
da legislação em vigor.

• (Art. 6º): As autoridades e os agentes fiscais tributários da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios (aqui, são as autoridades dos três entes mais o DF!!!!) somente
poderão examinar documentos, livros e registros de instituições financeiras, inclusive
os referentes a contas de depósitos e aplicações financeiras, quando houver processo
administrativo instaurado ou procedimento fiscal em curso e tais exames sejam consi-
derados indispensáveis pela autoridade administrativa competente.

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O resultado dos exames, as informações e os documentos a que se referem este artigo


serão conservados em sigilo, observada a legislação tributária.

No entendimento dos Ministros do STF (RE 601.314/SP), a previsão contida no art. 6º da


LC n. 105/2001 (acesso direto às informações bancárias do contribuinte pela Receita Federal)
é CONSTITUCIONAL. A autoridade fiscal tributária, neste caso, não estará, necessariamente,
quebrando o sigilo bancário. Respeitados os limites impostos pela lei no tocante aos fatos, o
que se verifica, na prática, é uma transferência de sigilo, que sai da órbita bancária para a fiscal.
Ambas, porém, permanecem com rígida proteção legal contra o acesso de terceiros. O
sigilo, que era bancário, passa a ser, também e principalmente, fiscal, quando chega ao po-
der do Fisco.
São condicionantes para que a autoridade fiscal use do poder estabelecido no art. 6º, no
entendimento dos Ministros do STF:

• Necessidade de regulamentação do dispositivo por parte do ente interessado1;


• Prévia existência de procedimento administrativo aberto;
• Ciência do contribuinte, sujeito passivo da ação fiscal, sobre o início desse procedimento e demais atos correlatos;
• Autorização do superior hierárquico;
• Necessidade de pertinência temática entre a obtenção das informações financeiras e o tributo objeto da cobrança.

Para estados, DF e municípios, temos ainda a necessidade de criação de sistemas eletrô-


nicos de segurança que sejam certificados e com registro de acesso, bem como do estabe-
lecimento de instrumentos efetivos de apuração e correção de desvios.
Ainda segundo o STF, no âmbito do julgamento do RE 1055941, é legítimo o compartilha-
mento, sem autorização judicial, de dados bancários entre os órgãos de controle, notadamente
Receita Federal e COAF (hoje UIF), e o Ministério Público.

1
A União o fez por meio do Decreto n. 3.724, de 10 de janeiro 2001. O diploma o art. 6º da Lei Complementar n. 105, de 10
de janeiro de 2001, relativamente à requisição, acesso e uso, pela Secretaria da Receita Federal, de informações referentes
a operações e serviços das instituições financeiras e das entidades a elas equiparadas.

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A quebra do sigilo, fora das hipóteses previstas na lei, constituirá CRIME, atribuindo ainda
a pena de reclusão, de um a quatro anos, e multa, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.
Incorrerá nas mesmas penas quem omitir, retardar injustificadamente ou prestar falsamente
as informações requeridas nos termos da LC.
O servidor público que utilizar ou viabilizar a utilização de qualquer informação obtida
em decorrência da quebra de sigilo de que trata a LC. A ele será atribuída responsabilidade
pessoal e direta pelos danos decorrentes da ação, sem prejuízo da responsabilidade objetiva
da entidade pública, quando comprovado que o servidor agiu de acordo com orientação oficial.

4. Auditoria em Operações de Importação (RFB)


A Receita Federal é responsável pela administração dos tributos de competência da União,
inclusive os previdenciários, e aqueles incidentes sobre o comércio exterior.
O controle aduaneiro, exercido pela Receita Federal, é, ao lado do controle cambial (res-
ponsabilidade do Bacen) e controle administrativo (órgãos anuentes), os três tipos de controle
exercidos sobre o Comércio Exterior no Brasil.

4.1. Vigilância e Repressão Aduaneira


O território aduaneiro compreende todo o território nacional (art. 2º do RA). A jurisdição
aduaneira, por sua vez, é subdivida em Zona Primeira e Zona Secundária:

A entrada ou saída de mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, somente


podem se dar por meio desses recintos alfandegados. Entre as penalidades previstas para
infrações à legislação aduaneira, e que mais são cobradas em provas, está o perdimento da
mercadoria e/ou veículo (art. 689 e 690 do RA).

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4.2. Auditoria de Tributos Incidentes na Importação


Colocando-me no lugar do examinador, considero termos três aspectos cujo conhecimen-
to se monstra indispensável para resolução de alguma questão abordando esse assunto:
fato gerador, base de cálculo e alíquotas os principais tributos incidentes sobre o comércio
exterior, ou seja, o Imposto de Importação (II), o IPI-Importação e o PIS/Pasep-Importação e
Cofins-Importação.

4.3. Auditoria do Imposto de Importação


Fato Gerador: entrada da mercadoria estrangeira no território aduaneiro.
Base de Cálculo:
• quando a alíquota for ad valorem, o valor aduaneiro apurado segundo as normas do Artigo
VII do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio – Gatt 1994; e
• quando a alíquota for específica, a quantidade de mercadoria expressa na unidade de

Alíquota: aquelas fixadas na TEC.


Regime de Tributação Simplificada: bens integrantes de remessa postal ou encomenda
aérea internacional, mediante aplicação de alíquotas diferenciadas do imposto de importa-
ção (60%), e isenção do imposto sobre produtos industrializados, da contribuição para o PIS/
PASEP-Importação e da COFINS-Importação. Pode ter ICMS (depende das UFs).
Regime de Tributação Especial: despacho de bens integrantes de bagagem mediante a
exigência tão somente do imposto de importação (portanto, nem ICMS) calculado pela apli-
cação da alíquota de 50%, que incidente sobre a base de cálculo encontrada pela diferença
entre o valor do bem e a cota que o contribuinte tem direito (US$ 1 mil para chegada por via
aérea ou marítima e US$ 500 para entrada via terrestre).
Regime de Tributação Unificada: é permitida a importação, por via terrestre, de mercado-
rias procedentes do Paraguai, mediante pagamento unificado do imposto de importação, do
imposto sobre produtos industrializados, da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da
COFINS-Importação. Essa alíquota, hoje, é de 25%.
Regime de Tributação de Mercadorias Não Identificadas: Na impossibilidade de identificação
da mercadoria importada, em razão de seu extravio ou consumo, e de descrição genérica nos
documentos comerciais e de transporte disponíveis, será aplicada, para fins de determinação
dos impostos e dos direitos incidentes na importação, alíquota única de 80% (oitenta por cen-
to) em regime de tributação simplificada relativa ao Imposto de Importação - II, ao Imposto
sobre Produtos Industrializados - IPI, à Contribuição para os Programas de Integração Social
e de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PIS/Pasep, à Contribuição Social para o
Financiamento da Seguridade Social - COFINS e ao Adicional ao Frete para a Renovação da
Marinha Mercante - AFRMM.

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4.4. Auditoria do IPI-Importação


Fato Gerador: será o desembaraço aduaneiro da mercadoria de procedência estrangeira.
Base de Cálculo: valor que servir ou que serviria de base de cálculo do Imposto de Impor-
tação, por ocasião do despacho aduaneiro. A esse valor deverá ser acrescido o montante do
II e dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis.
Alíquotas: estão previstas na Tabela de Incidência do IPI (TIPI), que é instituída por meio
de decreto presidencial. Por não estarem sujeitas ao princípio da legalidade, simples Decreto
presidencial poderá alterá-las.

4.5. Auditoria do PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação


Fato Gerador: a entrada de bens estrangeiros no território nacional.
Base de Cálculo: o valor aduaneiro da mercadoria.
Alíquotas:
• Regime não-cumulativo: PIS/PASEP-Importação: 2,1%

COFINS-Importação: 9,65% + 1% (adicional)


• Regime cumulativo: PIS/PASEP-Importação: 0.65%

COFINS-Importação: 3% + 1% (adicional)
É sempre importante, no entanto, fazer uma consulta mais específica sobre a classifica-
ção da mercadoria na NCM, uma vez que a legislação pode estabelecer alíquotas diferentes
a depender desse aspecto. Os percentuais que estudamos, portanto, é uma regra que com-
porta exceções.
Agora sim, podemos avançar para algumas questões, muitas delas inéditas, preparadas
especialmente para esta nossa aula. Utilize-as, também, para medir seu grau de assimilação
do conteúdo. Em casa de insegurança, retorne à aula original, no qual estudamos, com mais
profundidade, aquele assunto.
Tenha um ótimo teste!

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EXERCÍCIOS

001. (FGV/SEFAZ-ES/AUDITOR-FISCAL/2021) Ao auditar uma sociedade empresária, o


auditor independente constatou que o resultado estava superavaliado. Assinale a opção que
indica uma possível causa desse efeito no resultado.
a) A sociedade empresária não reconheceu a perda de recuperabilidade de seus ativos intangíveis.
b) A sociedade empresária não reconheceu o valor residual de seus ativos imobilizados para
cálculo da depreciação.
c) A sociedade empresária não reconheceu a reversão da provisão para contingências de uma
causa julgada favoravelmente na justiça.
d) A sociedade empresária não contabilizou o lucro obtido com a venda de um ativo imobilizado.
e) A sociedade empresária não reconheceu os dividendos declarados no período.

002. (FGV/SEFAZ-ES/AUDITOR-FISCAL/2021) Assinale a opção que indica, respectivamente,


um erro que pode ser constatado por meio da auditoria do passivo de uma entidade e o efeito
que o erro pode gerar.
a) Reconhecimento de empréstimo fictício / Superavaliação das despesas financeiras.
b) Não reconhecimento de um passivo contingente / Melhoria nos indicadores de liquidez.
c) Cálculo errado das perdas estimadas com crédito de liquidação duvidosa / Melhoria na apa-
rência da empresa junto aos credores.
d) Não contabilização da baixa do estoque / Ausência de produtos para venda.
e) Reconhecimento de despesa antecipada por valor maior / Subavaliação do caixa.

003. (FGV/SEFAZ-ES/AUDITOR-FISCAL/2021) Alguns indicadores podem sugerir que tran-


sações significativas, fora do curso normal dos negócios de uma entidade, podem ter sido
contabilizados com a intenção de produzir informações contábeis fraudulentas ou ocultar
apropriação indevida de ativos. As opções a seguir apresentam alguns desses indicadores,
à exceção de uma. Assinale-a.
a) A forma das transações parece excessivamente complexa.
b) A administração realiza apenas operações à vista.
c) A administração não discute a natureza e a contabilização das transações com os respon-
sáveis pela governança da entidade, e a documentação é inadequada.
d) A administração dá mais ênfase à necessidade de tratamento contábil específico do que à
razão econômica subjacente da operação.
e) As transações que envolvem partes relacionadas de entidades não consolidadas, não foram
adequadamente revisadas ou aprovadas pelos encarregados da governança da entidade.

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004. (ESAF/CGU/ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE/2004) A empresa Modernidade


S.A. possui controles internos rígidos com relação à emissão e à autorização de pagamentos
por meio de cheques. Exige sempre assinatura de dois procuradores da empresa. O gerente
financeiro e o diretor financeiro possuem procurações para exercer essa função. O auditor, ao
entrar na sala do gerente financeiro, percebe um talonário de cheques sem preenchimento de
valores, assinado pelo diretor financeiro. Indique, nas opções abaixo, o procedimento técnico
básico que o auditor está aplicando:
a) observação
b) investigação
c) cálculo
d) revisão
e) Inspeção

005. (INAZ DO PARÁ/CREFITO/16ª REGIÃO-MA/CONTADOR/2018) Um auditor precisa


certificar-se dos saldos das Contas Bancárias de uma Sociedade Anônima, para tal, qual
procedimento técnico deverá ser utilizado?
a) Revisão.
b) Contagem.
c) Autenticidade.
d) Cálculo.
e) Confirmação.

006. (VUNESP/PREFEITURA DE VALINHOS-SP/AUDITOR-FISCAL/2019) De acordo com


os procedimentos de auditoria relacionados a confirmações externas, o conceito – “a solici-
tação de que a parte que confirma responda diretamente ao auditor indicando se concorda
ou discorda das informações na solicitação, ou forneça as informações solicitadas” – está
relacionado
a) à solicitação de confirmação a terceiros negativa.
b) à solicitação de confirmação a terceiros positiva.
c) à resposta de circularização recebida de terceiros.
d) ao procedimento alternativo de revisão analítica.
e) à resposta não aceita de acordo com o risco avaliado.

007. (CEBRASPE/CESPE/TCE-RN/AUDITOR/2015) De acordo com as normas técnicas de au-


ditoria estabelecidas nas normas brasileiras de contabilidade (NBC–TA), julgue o item seguinte.
Entre as formas de obtenção de evidência de auditoria inclui-se a execução de procedimentos
analíticos, os quais podem ser utilizados para indicar os elementos patrimoniais relevantes e
as variações significativas observadas nos saldos desses elementos ao longo do tempo.

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008. (CEBRASPE/CESPE/TCE-MG/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/CIÊNCIAS CON-


TÁBEIS/2018) Se, ao investigar flutuações e relações identificadas, o auditor concluir que
elas são inconsistentes com outras informações relevantes, essa investigação caracterizará
o procedimento de auditoria denominado
a) reexecução.
b) confirmação externa.
c) inspeção.
d) observação.
e) procedimento analítico.

009. (CEBRASPE/CESPE/CGM DE JOÃO PESSOA-PB/TÉCNICO MUNICIPAL DE CONTROLE


INTERNO/2018) Acerca dos procedimentos de auditoria, julgue o item subsequente.
Entre os procedimentos de auditoria inclui-se o exame documental, o qual permite a análise de
processos, atos formalizados e documentos avulsos.

010. (INÉDITA/2023) A empresa Galo da Madrugada Ltda, sediada em Belo Horizonte/MG, ao


promover a escrituração do recebimento de uma duplicada liquidada por um dos seus clientes,
deixou de registrar os juros envolvendo o evento. Trata-se, pois, de uma receita financeira ad-
vinda do atraso na quitação do título de crédito, um direito que a Galo da Madrugada possuía
perante um cliente. Essa omissão derivou de falhas na comunicação entre o departamento
financeiro e a contabilidade da empresa. Nos termos da NBC TA 240 (R1), a omissão do re-
gistro dessa receita se enquadra como um clássico exemplo de:
a) Fraude
b) Planejamento tributário
c) Erro
d) Evasão Fiscal
e) Elisão Fiscal

011. (INÉDITA/2023) No decorrer da auditoria fiscal do IRPJ, em desfavor da empresa Com-


panhia Gaviões da Fidelidade, a auditora fiscal da RFB Ana Moser registrou, em seu relatório,
as seguintes constatações:
I – Divergência, para mais, de itens do estoque físico, quando confrontado, mediante inventário, com
os registros da contabilidade. O responsável pelo controle informou que as compras feitas pela
empresa no mês de março do ano examinado foram todas omitidas, por ordem da administração.
II – Desfalque relevante de numerários no caixa da companhia. O funcionário responsável, an-
tes da contagem feita pela Auditora, tentou cobrir o desfalque com a inserção de duplicatas e
cheques em nome do preposto, emitidos em favor da companhia.
III – Ausência de registro contábil da cobrança de uma tarifa feito pelo banco. O fato foi detec-
tado mediante aplicação do procedimento de conciliação bancária. Circularização endereçada
ao banco constatou que o débito no extrato havia sido informado à empresa mediante e-mail,
que passou despercebido pela contabilidade.

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Segundo as Normas de Auditoria, as constatações registradas pela Auditora caracterizam,


respectivamente,
a) Erro, Fraude, Erro
b) Fraude, Erro, Fraude
c) Fraude, Erro, Erro
d) Fraude, Fraude, Erro
e) Fraude, Fraude, Fraude

012. (INÉDITA/2023) O pagamento indevido de numerários a fornecedores fictícios é um


típico exemplo de:
a) Fraude, caracterizada por apropriação indevida de ativos.
b) Erro, caracterizado por apropriação indevida de ativos.
c) Fraude, caracterizada por financeira informação fraudulenta.
d) Erro, caracterizado por financeira informação fraudulenta.
e) Fraude, caracterizada por manipulação e falsificação.

013. (INÉDITA/2023) Um dos principais objetivos da auditoria realizada sobre contas do


Ativo é verificar, EXCETO:
a) a existência dos bens e direitos.
b) a correta classificação dos bens e direitos, de acordo com os princípios e normas contábeis.
c) a exatidão dos valores informados relativos aos bens e direitos.
d) a propriedade dos bens e direito.
e) determinar se todas as normas descritas nos estatutos sociais, as obrigações sociais e legais
foram cumpridas.

014. (INÉDITA/2023) Ana Paula Gusmão, auditora fiscal da Receita Federal, fora designada
para avaliar a arrecadação advinda dos maiores contribuintes do IRPJ em 2021 em determinada
região do país. O objetivo do trabalho era selecionar os alvos de uma operação especial de
combate à sonegação do tributo naquele ano. Para tanto, Ana promoveu um intenso cruzamento
de dados e informações extraídas do ambiente Sped, notadamente dos arquivos relativos às
Notas Fiscais Eletrônicas e ao informado na Escrituração Contábil Fiscal (ECF) transmitidas
pelos contribuintes. Uma situação um tanto quanto inusitada, apresentada pelo terceiro maior
contribuinte da lista, chamou a atenção de Ana. O gráfico abaixo ilustra esse fato:

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Ana concluiu, preliminarmente, que em termos de arrecadação, os números da Criativa apre-


sentavam-se estáveis, com leves oscilações e flutuações, durante os 6 (seis) primeiros meses
do ano 2021. Em agosto e setembro, porém, esses números apontavam para uma queda signi-
ficativa na arrecadação do IRPJ. Diante do fato hipotético, é possível inferirmos que Ana, para
obtenção dessas evidências, aplicou, principalmente, o procedimento de auditoria denominado:
a) Indagação.
b) Reexecução.
c) Recálculo.
d) Procedimentos analíticos.
e) Inspeção.

015. (INÉDITA/2023) A empresa Criativa Indústrias e Comércio Ltda, contribuinte do IRPJ, foi
cientificada sobre o início de uma auditoria fiscal. O auditor incumbido da fiscalização, ainda
na fase de planejamento, concluiu pela necessidade de, na execução da auditagem, aplicar
procedimentos de forma a verificar a idoneidade e a correta inserção de dados e valores nas
notas fiscais de vendas emitidas pelo contribuinte durante o período compreendidos nos
exames. Nesse caso, considerando a NBC TA 500 (R1), o procedimento mais indicado para
o auditor alcançar seus objetivos será(ão):
a) a confirmação externa.
b) a inspeção.
c) os procedimentos Analíticos.
d) o recálculo.
e) a reexecução.

016. (INÉDITA/2023) Saber distinguir um erro de uma fraude fiscal se mostra essencial para
os trabalhos de auditoria tributária. Partindo dessa premissa, avalie as quatro situações com
as quais uma auditora se deparou quando da presidência de uma fiscalização de uma grande
empresa, contribuinte do IPI:

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I – dívidas (duplicatas) com fornecedores, já quitadas, ainda constantes no passivo circulante


da entidade por falha na comunicação entre os setores comercial, financeiro e contábil.
II – omissão intencional no registro de vendas de uma máquina do setor industrial, que perma-
neceu registrado na contabilidade como ativo imobilizado da entidade.
III – emissão de um cheque por um sócio, pessoa física, e recebido pela empresa, registrado
no ativo dessa, com o objetivo de suprir desfalque de caixa (saldo credor) na contabilidade da
entidade no último dia do mês de janeiro.
IV – Registro, na EFD-ICMS/IPI, de uma operação de venda tributável pelo IPI, mas reconhecida
como operação isenta, com o objetivo de diminuir a base de cálculo do tributo federal.
Com fundamento nas normas de auditoria que tratam do tema, podemos dizer que a auditora,
ao final dos trabalhos, concluiu estar diante, respectivamente, de:
a) erro, fraude, erro, fraude.
b) fraude, erro, fraude, erro.
c) fraude, fraude, fraude, erro.
d) fraude, erro, erro, fraude.
e) erro, fraude, fraude, fraude.

017. (INÉDITA/2022) Ronaldo de Assis, Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil, estava
convicto, após vários testes aplicados, de que uma operação de empréstimo informada no
Balanço Patrimonial da Comercial Flores Ltda, com estabelecimento em Montes Claros/MG,
era inexistente de fato. A suposta obrigação, classificada no Passivo Não Circulante, teria sido
contraída em janeiro do ano auditado, mas, durante os exames, não fora encontrado qualquer
documento físico ou eletrônico (além dos registros contábeis) que corroboravam a dívida.
Esse seria um típico exemplo de:
a) Ativo oculto
b) Passivo fictício
c) Passivo oculto
d) Ativo fictício
e) omissão de receitas

018. (INÉDITA/2023) Roberto Carlos e Zilda Arns, Auditores Fiscais da RFB, foram designados
para a realização de uma auditoria em desfavor da empresa Comercial Tricolor Objetos de
Decoração Ltda. Como parâmetros da auditoria, destaque para a necessidade de os audito-
res averiguarem a correta escrituração das operações de entrada e saída de mercadorias do
estabelecimento, bem como a correta apuração dos tributos a partir da escrituração desses
eventos ocorridos naquele período objeto da auditoria. Seguindo os ensinamentos da doutrina,
mostra-se natural que eventuais testes principais em contas de Despesa sejam direcionados
para apuração de possível:

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a) ocultação de bens e direitos.


b) superavaliação de saldos.
c) subavaliação de saldos.
d) saldos fictícios.
e) saldos ocultos.

019. (INÉDITA/2023) Com vistas a constatar a real utilização de um bem nas atividades
operacionais da empresa Chapas de Aço, uma equipe de auditores fiscais da RFB decidiu
por proceder a alguns testes e procedimentos de auditoria. Na oportunidade, poderá a equi-
pe executar exames de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de papel,
eletrônica, ou em outras mídias. O contato visual, nesse caso, será de fundamental relevância
nos trabalhos. De acordo com as normas de auditoria, a técnica mais adequada à situação
é aquela denominada:
a) Procedimentos analíticos.
b) Recálculo.
c) Confirmação externa.
d) Inspeção.
e) Observação.

020. (INÉDITA/2023) Francisco de Assis, exímio Auditor Fiscal da RFB, foi designado para
fiscalizar os recolhimentos efetuados pela Criativa Indústria e Comércio de Artigos do Lar
Ltda, contribuinte do IRPJ, no ano calendário 2021. Ao aplicar alguns procedimentos e testes
de auditoria, em fevereiro de 2022, período da execução da auditagem fiscal, Francisco se
deparou com as seguintes situações:
I – um automóvel, adquirido pela empresa em 2020, alienado em março de 2021, mas ainda
registrado como ativo na contabilidade da Criativa em 31/12/2021.
II – Mil unidades de tapetes estocados no depósito principal da Criativa, cuja entrada (compra)
não havia sido reconhecida na contabilidade da empresa na data do inventário feito pelo auditor.
III – Dez duplicatas, já quitadas pelos correspondentes clientes entre os meses de janeiro a
junho de 2021, mas que ainda permaneciam como ativos da empresa em 31/12/2021.
IV – Uma motocicleta, toda caracterizada com plotagens semelhantes aos demais veículos da
frota da empresa, em uso pelos seus funcionários, adquirida em março de 2019, em nome de
um dos sócios e não registrada no Ativo Imobilizado da Criativa.
Diante das constatações, Francisco concluiu estar diante, respectivamente, de um:
a) ativo oculto, ativo fictício, ativo oculto, ativo oculto.
b) ativo fictício, ativo oculto, ativo oculto, ativo fictício.
c) ativo fictício, ativo oculto, ativo fictício, ativo oculto.
d) ativo oculto, ativo fictício, ativo oculto, ativo fictício.
e) ativo fictício, ativo fictício, ativo oculto, ativo oculto.

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021. (INÉDITA/2023) Ao aplicar testes e procedimentos de auditoria em contas do Ativo


Circulante da empresa Criativa Indústria e Comércio de Colchões Ltda, o auditor Éder Aleixo
se deparou com as seguintes situações:
I – Lançamentos de débitos na conta Fornecedores, contra crédito na conta Caixa, indicando
uma suposta quitação de obrigações. Os registros foram considerados, ao final, indevidos pelo
Auditor, uma vez não comprovados documentalmente pela empresa nem pela suposta vende-
dora, após circularização.
II – Lançamentos de créditos na conta Bancos C/ Movimento, a débito em contas de Despesa,
indicando um suposto pagamento de gastos com materiais de consumo, não comprovados
pela empresa, nem confirmados pelo banco após circularização.
III – Reconhecimento contábil de um empréstimo obtido pela empresa junto à instituição finan-
ceira ABC, onde mantém conta bancária, na qual teriam ingressado os supostos recursos. A
operação não foi comprovada pela empresa, após intimação do Auditor.
IV – Lançamento de um recebimento de duplicatas de um cliente, registradas no Ativo Circulante,
com débito na conta Caixa, sendo que tal evento não fora comprovado pela empresa.
Representam eventos que causam subavaliação de contas do Ativo Circulante as situações
indicadas no(s) item(ns):

022. (INÉDITA/2023) A NBC 240 (R1) cita três características ou condições marcantes, pre-
sentes em quaisquer espécies de fraude, seja na forma de informações contábeis fraudulentas
ou na apropriação indevida de ativos. São elas:
a) um incentivo ou pressão; uma oportunidade; e uma racionalidade (ou razoabilidade).
b) um incentivo ou pressão; um impulso; e uma facilitação.
c) uma oportunidade; uma facilitação; e uma determinação (ou ordem).
d) um pedido; uma oportunidade; e uma racionalidade (ou razoabilidade).
e) uma oportunidade; um impulso; e uma determinação (ou ordem).

Sobre a auditoria fiscal tributária e a LC n. 105/2001 – que trata do sigilo das operações de
instituições financeiras – observe o contexto a seguir.
Cássia Eller e Renato Russo, Auditores Fiscais da RFB, estão realizando uma auditoria de tribu-
tos em desfavor dos contribuintes do IRPJ. O parâmetro principal envolve dados bancários dos
contribuintes, todos relativos ao ano calendário 2022. Internamente, trata-se daquelas operações
que apuram a chamada Movimentação Financeira Incompatível (MFI). A partir dessa introdução,
analise as assertivas 23 e 24 a seguir, julgando-as.

023. (INÉDITA/2023) A depender da amplitude das pesquisas a serem realizadas, os auditores


poderão sentir a necessidade de acesso a dados, documentos, livros e registros bancários do
sujeito passivo que, regra geral, estão protegidos por sigilo. Na hipótese em que esses dados,
documentos, livros e registros bancários, em determinados casos, sejam considerados indispen-
sáveis para a conclusão dos procedimentos, nos termos da LC federal n. 105/2001, os auditores
somente poderão acessá-los mediante autorização escrita e fundamentada da autoridade judiciária.

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024. (INÉDITA/2023) Cássia Eller e Renato Russo, num momento de descontração, resolve-
ram medir o conhecimento que cada um detinha em relação à legislação que rege o tema.
Cássia, em algum momento da conversa, afirmou entender que as informações sobre algumas
operações financeiras efetuadas por usuários dos serviços prestados pelas instituições finan-
ceiras, como depósitos à vista e à prazo, aplicações em fundos de investimento e contratos
de mútuo, já estariam à disposição do Fisco dos estados e municípios, sem necessidade de
requisição aos bancos. Para Renato Russo, no entanto, a LC n. 105/2001 atribui às instituições
financeiras a obrigatoriedade de prestação de tais informações somente à administração
tributária da União. Portanto, a menos que houvesse algum convênio entre a União (RFB) e
determinado estado ou município, haveria necessidade de requisição pelo auditor desses
Fiscos às instituições financeiras. Nesse caso, assiste razão ao Renato Russo.

Para responder às questões 25 a 28, utilize como referência o fato hipotético apresentado na
sequência:
Ayrton Sena do Brasil, auditor fiscal da Receita Federal, fora designado para realizar uma auditoria
fiscal tributária em desfavor da pessoa jurídica Ferrari Supermercados Ltda. Em determinado
momento da fiscalização, Ayrton Sena chegou à conclusão de que seria necessário o acesso
aos dados bancários do contribuinte.
Sobre a situação hipotética, à luz da LC n. 105/2001, julgue cada um dos itens seguintes:

025. (INÉDITA/2023) Para fins do disposto na LC n. 105/2001, as cooperativas de crédito, as


associações de poupança e empréstimo, as corretoras de câmbio e de valores mobiliários e,
ainda, as distribuidoras de valores mobiliários devem conservar o sigilo em suas operações
ativas e passivas, bem como sobre os serviços por elas prestados. Apenas em situações de-
vidamente definidas na lei é que poderão repassar tais informações a terceiros que, por sua
vez, também deverão preservar o sigilo.

026. (INÉDITA/2023) O poder de acesso concedido pela LC n. 105/2001 ao Auditor Ayrton


Sena se restringe a dados e informações, não alcançando, entre outros, documentos e livros
que se referiam a tais operações realizadas pela Ferrari Supermercados. Especificamente em
relação a esses, será necessária autorização judicial.

027. (INÉDITA/2023) De posse das informações da Ferrari Supermercados, requisitadas


e obtidas mediante requisição às instituições financeiras a partir do disposto no art. 6º da
LC n. 106/2001, deverá Ayrton Sena adotar medidas que assegurem a proteção dos dados,
informações e documentos recebidos, agora sob o manto do sigilo fiscal.

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028. (INÉDITA/2023) Suponha que Ayrton Sena venha a repassar a terceiros os dados bancá-
rios da Ferrari Supermercados Ltda, os quais tenham sido acessados com base no disposto
no art. 6º da LC n. 105/2001. Na sequência, imagine que essa comunicação tenha sido feita
fora das hipóteses previstas na lei. Nessa situação, estará Ayrton Sena cometendo crime,
podendo ser condenado a uma pena que pode chegar a 4 anos de reclusão.

029. (INÉDITA/2023) José Fernandes resolveu adquirir um smartphone mais moderno, em


substituição ao seu atual. Pesquisando preços, se interessou pela importação do produto. A
opção foi por adquirir o aparelho de determinada empresa de um país asiático, por um site,
que custou U$2.000,00 (dois mil dólares) a José Fernandes. O transporte do produto fora feito
pelos Correios. O smartphone fora retido para conferência aduaneira na unidade da trans-
portadora situada em Curitiba/PR, momento em que fora feita análise sobre regularidade da
operação. Diante da situação, é correto afirmar que:
a) A operação de importação se enquadra nas hipóteses de aplicação do Regime de Tributação
Unificada, motivo pelo qual fora desembaraçada sem maiores exigências pelo auditor da RFB.
b) O regime aplicável garante a José Fernandes isenção do Imposto de Importação, não podendo
ser exigido qualquer recolhimento de José Fernandes.
c) A alíquota aplicável no regime de importação, e que será cobrado pelo auditor de José Fer-
nandes, é de 60% a título de Imposto de Produtos Industrializados.
d) Para fins de cálculo do Imposto de Importação eventualmente não recolhidos, os valores
expressos em moeda estrangeira deverão ser convertidos, pelo auditor, em moeda nacional à
taxa de câmbio vigente na data em que se considerar ocorrido o fato gerador.
e) A operação não se enquadra em qualquer regime especial de importação, motivo pelo qual
a mercadoria ficará retida até que José Fernandes proceda à importação pelo regime comum.

030. (INÉDITA/2023) Na auditoria de operações de importação, três elementos merecem


atenção por parte do auditor: o fato gerador, a base de cálculo e a alíquota dos tributos nelas
incidentes. Nesse sentido, é correto afirmar que:
a) A base de cálculo do Imposto de Importação será o desembaraço aduaneiro.
b) A alíquota do IPI incidente no Regimente de Tributação Unificado (RTU) será equivalente ao
do Imposto de Importação.
c) O fato gerador do Pis/Pasep-Importação é da Cofins-Importação é o Registro de Importação.
d) O fato gerador do IPI-Importação será a entrada da mercadoria estrangeira no território
aduaneiro.
e) A base de cálculo do IPI-Importação será o valor que servir ou que serviria de base de cálculo
do Imposto de Importação, por ocasião do despacho aduaneiro.

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GABARITO

1. a
2. a
3. b
4. a
5. e
6. b
7. C
8. e
9. C
10. c
11. d
12. a
13. e
14. d
15. b
16. e
17. b
18. b
19. d
20. c
21. d
22. a
23. E
24. C
25. C
26. E
27. C
28. C
29. d
30. e

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GABARITO COMENTADO

001. (FGV/SEFAZ-ES/AUDITOR-FISCAL/2021) Ao auditar uma sociedade empresária, o


auditor independente constatou que o resultado estava superavaliado. Assinale a opção que
indica uma possível causa desse efeito no resultado.
a) A sociedade empresária não reconheceu a perda de recuperabilidade de seus ativos intangíveis.
b) A sociedade empresária não reconheceu o valor residual de seus ativos imobilizados para
cálculo da depreciação.
c) A sociedade empresária não reconheceu a reversão da provisão para contingências de uma
causa julgada favoravelmente na justiça.
d) A sociedade empresária não contabilizou o lucro obtido com a venda de um ativo imobilizado.
e) A sociedade empresária não reconheceu os dividendos declarados no período.

O examinador quis dizer que algum fato administrativo se concretizou. Porém, não houve o re-
gistro contábil correspondente ou, se existiu, não houve a precisa descrição do evento. Tal fato
“inflou” o resultado, deixando-o, portanto, MAIOR QUE O REAL. A perda por desvalorização de
ativos intangíveis deve, em regra, ser reconhecida no resultado, nos termos do item 60 do CPC
01 (R1). Se a sociedade empresária não o fez, superavaliado estará o resultado.
Letra a.

002. (FGV/SEFAZ-ES/AUDITOR-FISCAL/2021) Assinale a opção que indica, respectivamente,


um erro que pode ser constatado por meio da auditoria do passivo de uma entidade e o efeito
que o erro pode gerar.
a) Reconhecimento de empréstimo fictício / Superavaliação das despesas financeiras.
b) Não reconhecimento de um passivo contingente / Melhoria nos indicadores de liquidez.
c) Cálculo errado das perdas estimadas com crédito de liquidação duvidosa / Melhoria na apa-
rência da empresa junto aos credores.
d) Não contabilização da baixa do estoque / Ausência de produtos para venda.
e) Reconhecimento de despesa antecipada por valor maior / Subavaliação do caixa.

a) Certa. O reconhecimento de um empréstimo fictício vai gerar uma superavaliação do Passivo


Exigível (obrigação), e das despesas financeiras correspondentes a essa obrigação (encargos
financeiros). Esse foi o gabarito da banca. Contudo, veja que o enunciado deixa claro que se
trata de um erro. Ora, se houve o reconhecimento de um passivo fictício, implícita está a ideia
de que estamos diante de um ato intencional, o que nos induz, por consequência, a pensarmos
em uma espécie de fraude, e não de erro. O item A4 da NBC TA240 assim estabelece:

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A4. Muitas vezes as informações contábeis fraudulentas envolvem a burla pela administração de
controles que aparentemente estão funcionando com eficácia. A administração pode perpetrar
fraude, burlando controles intencionalmente por meio de técnicas como: (...) Registrar lançamentos
fictícios no livro diário, em especial no final do período contábil, de forma a manipular resultados
operacionais ou alcançar outros objetivos. (...)

Há outras citações a esse tipo de evento e enquadramento (lançamentos fictícios = fraude) ao


longo da norma. Portanto, essa questão, pensou eu, deveria ter sido anulada, por não temos uma
resposta que se enquadra perfeitamente nos ensinamentos da legislação e literatura contábil.
b) Errada. Nos termos do item 27 do CPC 25, a entidade não deve reconhecer um passivo con-
tingente. Deverá, apenas, divulgá-la, exceto se remota a possibilidade de saída de recursos (item
28). Nesse caso, não há que se falar em impacto em índices de liquidez.
c) Errada. A Provisão para Perdas estimadas com crédito de liquidação duvidosa é um conta
credora redutora do Ativo, ou seja, não está no Passivo, como pede o enunciado.
d) Errada. Estoque... Ativo. A baixa do estoque se dá, em regra, a partir do reconhecimento de
uma venda de uma mercadoria (produto ou serviço) e consequente CMV (CPV ou CSV).
e) Errada. O reconhecimento de uma despesa antecipada indica um crédito da empresa perante
terceiros, ou seja, um Ativo, e não um Passivo.
Letra a.

003. (FGV/SEFAZ-ES/AUDITOR-FISCAL/2021) Alguns indicadores podem sugerir que tran-


sações significativas, fora do curso normal dos negócios de uma entidade, podem ter sido
contabilizados com a intenção de produzir informações contábeis fraudulentas ou ocultar
apropriação indevida de ativos. As opções a seguir apresentam alguns desses indicadores,
à exceção de uma. Assinale-a.
a) A forma das transações parece excessivamente complexa.
b) A administração realiza apenas operações à vista.
c) A administração não discute a natureza e a contabilização das transações com os respon-
sáveis pela governança da entidade, e a documentação é inadequada.
d) A administração dá mais ênfase à necessidade de tratamento contábil específico do que à
razão econômica subjacente da operação.
e) As transações que envolvem partes relacionadas de entidades não consolidadas, não foram
adequadamente revisadas ou aprovadas pelos encarregados da governança da entidade.

Os indicadores de risco relativos a distorções relevantes de informações contábeis fraudulentas


ou decorrentes de distorções originárias de apropriação indevida de ativos são tratados na NBC
TA240 (R1), mais precisamente em seu item A49. Das alternativas apresentadas pelo examina-
dor, apenas a “b” não consta na relação do item. As demais alternativas não merecem reparos.
Letra b.

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004. (ESAF/CGU/ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE/2004) A empresa Modernidade


S.A. possui controles internos rígidos com relação à emissão e à autorização de pagamentos
por meio de cheques. Exige sempre assinatura de dois procuradores da empresa. O gerente
financeiro e o diretor financeiro possuem procurações para exercer essa função. O auditor, ao
entrar na sala do gerente financeiro, percebe um talonário de cheques sem preenchimento de
valores, assinado pelo diretor financeiro. Indique, nas opções abaixo, o procedimento técnico
básico que o auditor está aplicando:
a) observação
b) investigação
c) cálculo
d) revisão
e) Inspeção

Observe que o examinador dá todas as dicas para o candidato não errar. O Auditor está presente,
verificando como um procedimento adotado pela entidade é, na prática, conduzido, realizado,
executado pelos atores responsáveis. Portanto, nenhuma dúvida: é mesmo uma hipótese onde
a aplicação da técnica de observação poderá se mostrar altamente eficaz.
Letra a.

005. (INAZ DO PARÁ/CREFITO/16ª REGIÃO-MA/CONTADOR/2018) Um auditor precisa


certificar-se dos saldos das Contas Bancárias de uma Sociedade Anônima, para tal, qual
procedimento técnico deverá ser utilizado?
a) Revisão.
b) Contagem.
c) Autenticidade.
d) Cálculo.
e) Confirmação.

Essa não é daquelas questões da qual podemos tecer muitos elogios. O que a banca quis dizer
(vou aliviar a barra dela) é que o auditor pretende confirmar se os saldos da conta Bancos está
correta, mediante confronto com as contas bancárias. Para tanto, necessário buscar junto a
fontes externas (instituições financeiras) esses dados. E o fará, assim, mediante confirmação
externa (ou circularização).
Letra e.

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006. (VUNESP/PREFEITURA DE VALINHOS-SP/AUDITOR-FISCAL/2019) De acordo com


os procedimentos de auditoria relacionados a confirmações externas, o conceito – “a solici-
tação de que a parte que confirma responda diretamente ao auditor indicando se concorda
ou discorda das informações na solicitação, ou forneça as informações solicitadas” – está
relacionado
a) à solicitação de confirmação a terceiros negativa.
b) à solicitação de confirmação a terceiros positiva.
c) à resposta de circularização recebida de terceiros.
d) ao procedimento alternativo de revisão analítica.
e) à resposta não aceita de acordo com o risco avaliado.

Segundo disposição da NBC TA 505, a solicitação de confirmação positiva é a solicitação de


que a parte que confirma responda diretamente ao auditor indicando se concorda ou discorda
das informações na solicitação, ou forneça as informações solicitadas.
Letra b.

007. (CEBRASPE/CESPE/TCE-RN/AUDITOR/2015) De acordo com as normas técnicas de au-


ditoria estabelecidas nas normas brasileiras de contabilidade (NBC–TA), julgue o item seguinte.
Entre as formas de obtenção de evidência de auditoria inclui-se a execução de procedimentos
analíticos, os quais podem ser utilizados para indicar os elementos patrimoniais relevantes e
as variações significativas observadas nos saldos desses elementos ao longo do tempo.

Variações de informações contábeis por meio de análises das relações entre dados, sejam eles
financeiros ou não financeiros, são obtidas por meio da aplicação de procedimentos analíticos.
Certo.

008. (CEBRASPE/CESPE/TCE-MG/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/CIÊNCIAS CON-


TÁBEIS/2018) Se, ao investigar flutuações e relações identificadas, o auditor concluir que
elas são inconsistentes com outras informações relevantes, essa investigação caracterizará
o procedimento de auditoria denominado
a) reexecução.
b) confirmação externa.
c) inspeção.
d) observação.
e) procedimento analítico.

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A verificação de flutuações e relações identificadas, detectando eventuais inconsistências, é


uma virtude da técnica do procedimento analítico.
Letra e.

009. (CEBRASPE-CESPE/CGM DE JOÃO PESSOA-PB/TÉCNICO MUNICIPAL DE CONTROLE


INTERNO/2018) Acerca dos procedimentos de auditoria, julgue o item subsequente.
Entre os procedimentos de auditoria inclui-se o exame documental, o qual permite a análise de
processos, atos formalizados e documentos avulsos.

Ok, ok... o exame documental, de fato, possibilita ao auditor análise de processos, atos forma-
lizados e documentos avulsos. É uma importante fonte de evidências, cuja confiabilidade vai
variar, dependendo de sua natureza e fonte e, no caso de registros internos e documentos, da
efetividade dos controles sobre a sua produção
Certo.

010. (INÉDITA/2023) A empresa Galo da Madrugada Ltda, sediada em Belo Horizonte/MG, ao


promover a escrituração do recebimento de uma duplicada liquidada por um dos seus clientes,
deixou de registrar os juros envolvendo o evento. Trata-se, pois, de uma receita financeira ad-
vinda do atraso na quitação do título de crédito, um direito que a Galo da Madrugada possuía
perante um cliente. Essa omissão derivou de falhas na comunicação entre o departamento
financeiro e a contabilidade da empresa. Nos termos da NBC TA 240 (R1), a omissão do re-
gistro dessa receita se enquadra como um clássico exemplo de:
a) Fraude
b) Planejamento tributário
c) Erro
d) Evasão Fiscal
e) Elisão Fiscal

Perceba que, em momento algum, o examinador (eu) fala que houve intenção de se omitir a receita
financeira. Então, seguindo os ensinamentos da NBC TA 240 (R1), estamos diante de um exemplo
clássico de erro. Lembre-se: o fator distintivo entre fraude e erro está no fato de ser intencional
ou não intencional a ação subjacente que resulta em distorção nas demonstrações contábeis.
Letra c.

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011. (INÉDITA/2023) No decorrer da auditoria fiscal do IRPJ, em desfavor da empresa Com-


panhia Gaviões da Fidelidade, a auditora fiscal da RFB Ana Moser registrou, em seu relatório,
as seguintes constatações:
I – Divergência, para mais, de itens do estoque físico, quando confrontado, mediante inventá-
rio, com os registros da contabilidade. O responsável pelo controle informou que as compras
feitas pela empresa no mês de março do ano examinado foram todas omitidas, por ordem da
administração.
II – Desfalque relevante de numerários no caixa da companhia. O funcionário responsável, an-
tes da contagem feita pela Auditora, tentou cobrir o desfalque com a inserção de duplicatas e
cheques em nome do preposto, emitidos em favor da companhia.
III – Ausência de registro contábil da cobrança de uma tarifa feito pelo banco. O fato foi detec-
tado mediante aplicação do procedimento de conciliação bancária. Circularização endereçada
ao banco constatou que o débito no extrato havia sido informado à empresa mediante e-mail,
que passou despercebido pela contabilidade.
Segundo as Normas de Auditoria, as constatações registradas pela Auditora caracterizam,
respectivamente,
a) Erro, Fraude, Erro
b) Fraude, Erro, Fraude
c) Fraude, Erro, Erro
d) Fraude, Fraude, Erro
e) Fraude, Fraude, Fraude

Nesse tipo de questão, procure localizar, na afirmação, algum termo que indique se a distorção
fora provocada por ato intencional ou não. No primeiro caso, seria uma fraude. Sendo não in-
tencional, é erro.
I – Fraude. Houve ordem do “andar de cima” para que os funcionários não registrassem, na
contabilidade, a entrada dos estoques. Portanto, foi intencional. Fraude “na veia”!
II – Fraude. Ao tentar camuflar o desfalque do caixa, após perceber o risco que correria com a
auditagem do caixa, ficou implícita a intenção do funcionário de praticar o ato lá atrás (subtra-
ção de numerários).
III – Erro. O banco encaminhou a informação sobre o débito no extrato bancário (não confunda
com o “débito das partidas dobradas”). O que houve foi um ato não intencional (passou desper-
cebido) do setor contábil, deixando de fazer o registro contábil correspondente.
Letra d.

012. (INÉDITA/2023) O pagamento indevido de numerários a fornecedores fictícios é um


típico exemplo de:

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a) Fraude, caracterizada por apropriação indevida de ativos.


b) Erro, caracterizado por apropriação indevida de ativos.
c) Fraude, caracterizada por financeira informação fraudulenta.
d) Erro, caracterizado por financeira informação fraudulenta.
e) Fraude, caracterizada por manipulação e falsificação.

Temos, basicamente, dois tipos especiais de distorções intencionais (leia-se fraudes) que merecem
mais atenção por parte do auditor: aquelas distorções decorrentes de informações fraudulentas e
as que se caracterizam pela apropriação indébita de ativos. Quando o ato intencional for caracte-
rizado por fazer com que a entidade pague por produtos e serviços não recebidos, como é o caso,
estaremos diante de um típico exemplo de fraude caracterizada por apropriação indevida de ativos.
Letra a.

013. (INÉDITA/2023) Um dos principais objetivos da auditoria realizada sobre contas do


Ativo é verificar, EXCETO:
a) a existência dos bens e direitos.
b) a correta classificação dos bens e direitos, de acordo com os princípios e normas contábeis.
c) a exatidão dos valores informados relativos aos bens e direitos.
d) a propriedade dos bens e direito.
e) determinar se todas as normas descritas nos estatutos sociais, as obrigações sociais e legais
foram cumpridas.

Todos os itens listados estão dentro do escopo de uma auditoria do Ativo, com exceção da
descrita na letra “e”. Um dos objetivos da Auditoria sobre contas do Patrimônio Líquido (e não
do Ativo) é determinar se todas as normas descritas nos estatutos sociais, as obrigações so-
ciais e legais foram cumpridas.
Letra e.

014. (INÉDITA/2023) Ana Paula Gusmão, auditora fiscal da Receita Federal, fora designada
para avaliar a arrecadação advinda dos maiores contribuintes do IRPJ em 2021 em determinada
região do país. O objetivo do trabalho era selecionar os alvos de uma operação especial de
combate à sonegação do tributo naquele ano. Para tanto, Ana promoveu um intenso cruzamento
de dados e informações extraídas do ambiente Sped, notadamente dos arquivos relativos às
Notas Fiscais Eletrônicas e ao informado na Escrituração Contábil Fiscal (ECF) transmitidas
pelos contribuintes. Uma situação um tanto quanto inusitada, apresentada pelo terceiro maior
contribuinte da lista, chamou a atenção de Ana. O gráfico abaixo ilustra esse fato:

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Ana concluiu, preliminarmente, que em termos de arrecadação, os números da Criativa apre-


sentavam-se estáveis, com leves oscilações e flutuações, durante os 6 (seis) primeiros meses
do ano 2021. Em agosto e setembro, porém, esses números apontavam para uma queda signi-
ficativa na arrecadação do IRPJ. Diante do fato hipotético, é possível inferirmos que Ana, para
obtenção dessas evidências, aplicou, principalmente, o procedimento de auditoria denominado:
a) Indagação.
b) Reexecução.
c) Recálculo.
d) Procedimentos analíticos.
e) Inspeção.

Enunciado grande. Você perde um tempo considerável só para compreendê-lo. Mas, quando chegou
ao final, percebeu que a questão era de resposta bem rápida. Segundo a NBC TA 520, o procedi-
mento analítico significa avaliações de informações contábeis por meio de análise das relações
plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Procedimentos analíticos compreendem,
também, o exame necessário de flutuações ou relações identificadas que são inconsistentes com
outras informações relevantes ou que diferem significativamente dos valores esperados. Portanto,
este seria o procedimento de aplicação mais aderente ao tipo de evidência buscada pela Ana.
Letra d.

015. (INÉDITA/2023) A empresa Criativa Indústrias e Comércio Ltda, contribuinte do IRPJ, foi
cientificada sobre o início de uma auditoria fiscal. O auditor incumbido da fiscalização, ainda
na fase de planejamento, concluiu pela necessidade de, na execução da auditagem, aplicar
procedimentos de forma a verificar a idoneidade e a correta inserção de dados e valores nas
notas fiscais de vendas emitidas pelo contribuinte durante o período compreendidos nos
exames. Nesse caso, considerando a NBC TA 500 (R1), o procedimento mais indicado para
o auditor alcançar seus objetivos será(ão):

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a) a confirmação externa.
b) a inspeção.
c) os procedimentos Analíticos.
d) o recálculo.
e) a reexecução.

A inspeção de documentos, citada no item 14 da NBC TA 500 (R1), deve ser o procedimento que mais
atenderá aos anseios do auditor. Ainda segundo a norma, a inspeção de registros e documentos
fornece evidência de auditoria com graus variáveis de confiabilidade, dependendo de sua natureza e
fonte e, no caso de registros internos e documentos, da eficácia dos controles sobre a sua produção.
Letra b.

016. (INÉDITA/2023) Saber distinguir um erro de uma fraude fiscal se mostra essencial para
os trabalhos de auditoria tributária. Partindo dessa premissa, avalie as quatro situações com
as quais uma auditora se deparou quando da presidência de uma fiscalização de uma grande
empresa, contribuinte do IPI:
I – dívidas (duplicatas) com fornecedores, já quitadas, ainda constantes no passivo circulante
da entidade por falha na comunicação entre os setores comercial, financeiro e contábil.
II – omissão intencional no registro de vendas de uma máquina do setor industrial, que perma-
neceu registrado na contabilidade como ativo imobilizado da entidade.
III – emissão de um cheque por um sócio, pessoa física, e recebido pela empresa, registrado
no ativo dessa, com o objetivo de suprir desfalque de caixa (saldo credor) na contabilidade da
entidade no último dia do mês de janeiro.
IV – Registro, na EFD-ICMS/IPI, de uma operação de venda tributável pelo IPI, mas reconhecida
como operação isenta, com o objetivo de diminuir a base de cálculo do tributo federal.
Com fundamento nas normas de auditoria que tratam do tema, podemos dizer que a auditora,
ao final dos trabalhos, concluiu estar diante, respectivamente, de:
a) erro, fraude, erro, fraude.
b) fraude, erro, fraude, erro.
c) fraude, fraude, fraude, erro.
d) fraude, erro, erro, fraude.
e) erro, fraude, fraude, fraude.

Essa é das boas... Vamos por partes, como Jack!


I – Erro. Uma falha na comunicação não nos induz a achar que se trata de algo intencional.
Para que classificássemos como fraude, a intencionalidade precisaria estar bem explícita pelo
examinador. Não foi o caso.

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II – Fraude. A banca “entregou de bandeja” essa. Ora, se a omissão no registro foi intencional...
fraude na veia! Ah, se o ativo foi vendido, saio da posse e propriedade da empresa, mas perma-
nece registrado nas DCs como se dono ainda fosse, estamos diante de um ativo fictício, ok?
III – Fraude. Emissão de um cheque “com a finalidade de...”. Intencionalidade implícita. Fraude
escancarada.
IV – Fraude. Um registro incorreto com determinado objetivo (=intencionalidade)... fraude visível!
Letra e.

017. (INÉDITA/2022) Ronaldo de Assis, Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil, estava
convicto, após vários testes aplicados, de que uma operação de empréstimo informada no
Balanço Patrimonial da Comercial Flores Ltda, com estabelecimento em Montes Claros/MG,
era inexistente de fato. A suposta obrigação, classificada no Passivo Não Circulante, teria sido
contraída em janeiro do ano auditado, mas, durante os exames, não fora encontrado qualquer
documento físico ou eletrônico (além dos registros contábeis) que corroboravam a dívida.
Esse seria um típico exemplo de:
a) Ativo oculto
b) Passivo fictício
c) Passivo oculto
d) Ativo fictício
e) omissão de receitas

De forma resumida, existe um registro contábil informando sobre uma dívida que, de fato não
existe. Típico exemplo de passivo fictício.
Letra b.

018. (INÉDITA/2023) Roberto Carlos e Zilda Arns, Auditores Fiscais da RFB, foram designados para
a realização de uma auditoria em desfavor da empresa Comercial Tricolor Objetos de Decoração
Ltda. Como parâmetros da auditoria, destaque para a necessidade de os auditores averiguarem a
correta escrituração das operações de entrada e saída de mercadorias do estabelecimento, bem
como a correta apuração dos tributos a partir da escrituração desses eventos ocorridos naquele
período objeto da auditoria. Seguindo os ensinamentos da doutrina, mostra-se natural que even-
tuais testes principais em contas de Despesa sejam direcionados para apuração de possível:
a) ocultação de bens e direitos.
b) superavaliação de saldos.
c) subavaliação de saldos.
d) saldos fictícios.
e) saldos ocultos.

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A experiência demonstra que é mais prático direcionar os testes principais de superavaliação


para contas de natureza devedora (Ativo e Despesas, em geral) e subavaliação para as contas
de natureza credora (Passivo e Receitas, normalmente).
Letra b.

019. (INÉDITA/2023) Com vistas a constatar a real utilização de um bem nas atividades
operacionais da empresa Chapas de Aço, uma equipe de auditores fiscais da RFB decidiu
por proceder a alguns testes e procedimentos de auditoria. Na oportunidade, poderá a equi-
pe executar exames de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de papel,
eletrônica, ou em outras mídias. O contato visual, nesse caso, será de fundamental relevância
nos trabalhos. De acordo com as normas de auditoria, a técnica mais adequada à situação
é aquela denominada:
a) Procedimentos analíticos.
b) Recálculo.
c) Confirmação externa.
d) Inspeção.
e) Observação.

Essa é uma aplicabilidade do procedimento de auditoria denominado inspeção. Isso nos termos
da NBC TA 500 (R1).
Letra d.

020. (INÉDITA/2023) Francisco de Assis, exímio Auditor Fiscal da RFB, foi designado para
fiscalizar os recolhimentos efetuados pela Criativa Indústria e Comércio de Artigos do Lar
Ltda, contribuinte do IRPJ, no ano calendário 2021. Ao aplicar alguns procedimentos e testes
de auditoria, em fevereiro de 2022, período da execução da auditagem fiscal, Francisco se
deparou com as seguintes situações:
I – um automóvel, adquirido pela empresa em 2020, alienado em março de 2021, mas ainda
registrado como ativo na contabilidade da Criativa em 31/12/2021.
II – Mil unidades de tapetes estocados no depósito principal da Criativa, cuja entrada (compra)
não havia sido reconhecida na contabilidade da empresa na data do inventário feito pelo auditor.
III – Dez duplicatas, já quitadas pelos correspondentes clientes entre os meses de janeiro a
junho de 2021, mas que ainda permaneciam como ativos da empresa em 31/12/2021.

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IV – Uma motocicleta, toda caracterizada com plotagens semelhantes aos demais veículos da
frota da empresa, em uso pelos seus funcionários, adquirida em março de 2019, em nome de
um dos sócios e não registrada no Ativo Imobilizado da Criativa.
Diante das constatações, Francisco concluiu estar diante, respectivamente, de um:
a) ativo oculto, ativo fictício, ativo oculto, ativo oculto.
b) ativo fictício, ativo oculto, ativo oculto, ativo fictício.
c) ativo fictício, ativo oculto, ativo fictício, ativo oculto.
d) ativo oculto, ativo fictício, ativo oculto, ativo fictício.
e) ativo fictício, ativo fictício, ativo oculto, ativo oculto.

I – Ativo fictício. Bem já alienado e, por isso, fisicamente não existe mais. Entretanto, é informado
pelo contribuinte aos usuários de suas DCs como se proprietário ainda fosse.
II – Ativo oculto. A mercadoria existe, foi adquirida pela empresa, mas ela omitiu essa infor-
mação em suas DCs. Possivelmente com o intuito de facilitar a saída sem reconhecimento da
receita das vendas futuras, ou para evitar alguma estouro de caixa, no caso de uma compra à
vista dessas mercadorias.
III – Ativo fictício. O crédito que a empresa tinha perante terceiros já fora extinto, pois esses
clientes já quitaram suas dívidas. Portanto, o direito, de fato, já não existe mais, sendo que o
ativo registrado nas DCs é, meramente, ilusório, fictício.
IV – Ativo oculto. O Ativo, segundo o CPC 00 (R2) é um recurso econômico presente controlado pela
entidade como resultado de eventos passados. Portanto, a simples posse do bem já força a empresa
a reconhecê-lo como ativo, o que não o fez, deixando-o à margem (oculto) da sua contabilidade.
Letra c.

021. (INÉDITA/2023) Ao aplicar testes e procedimentos de auditoria em contas do Ativo


Circulante da empresa Criativa Indústria e Comércio de Colchões Ltda, o auditor Éder Aleixo
se deparou com as seguintes situações:
I – Lançamentos de débitos na conta Fornecedores, contra crédito na conta Caixa, indicando
uma suposta quitação de obrigações. Os registros foram considerados, ao final, indevidos pelo
Auditor, uma vez não comprovados documentalmente pela empresa nem pela suposta vende-
dora, após circularização.
II – Lançamentos de créditos na conta Bancos C/ Movimento, a débito em contas de Despesa,
indicando um suposto pagamento de gastos com materiais de consumo, não comprovados
pela empresa, nem confirmados pelo banco após circularização.
III – Reconhecimento contábil de um empréstimo obtido pela empresa junto à instituição finan-
ceira ABC, onde mantém conta bancária, na qual teriam ingressado os supostos recursos. A
operação não foi comprovada pela empresa, após intimação do Auditor.

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IV – Lançamento de um recebimento de duplicatas de um cliente, registradas no Ativo Circulante,


com débito na conta Caixa, sendo que tal evento não fora comprovado pela empresa.
Representam eventos que causam subavaliação de contas do Ativo Circulante as situações
indicadas no(s) item(ns):

a) I, II, III e IV
b) I, III e IV
c) II e III
d) I e II
e) I e IV
O examinador estava inspirado nessa, concorda?! Acompanhe-me no raciocínio:
I – Certo. Crédito na conta Caixa, com débito na conta Fornecedores, causa subavaliação do
Ativo Circulante. Houve diminuição desse subgrupo, assim como do Passivo Circulante, onde
figura a conta Fornecedores (aqui, considerando obrigações de curto prazo).
II – Certo. Houve uma diminuição de uma conta do Ativo Circulante (Bancos), em contrapartida
a um suposto pagamento de despesas, não existente/comprovado. Subavaliação do subgrupo
do Ativo, assim como das contas de resultado.
III – Errado. Aqui, temos uma superavaliação do Ativo Circulante, uma vez que houve ingresso
de recursos na conta Bancos, e não um decréscimo. Passivo Circulante (considerando que a
obrigação seja de curto prazo) também superavaliado, a partir do reconhecimento da suposta
nova obrigação.
IV – Errado. Os supostos eventos impactaram apenas contas do Ativo Circulante (débito e cré-
dito). Portanto, temos um efeito nulo no subgrupo: aumento de uma conta do subgrupo (Caixa)
em contrapartida de uma diminuição do saldo de outra do mesmo subgrupo (Clientes) do Ativo.
Essa foi boa!
Letra d.

022. (INÉDITA/2023) A NBC 240 (R1) cita três características ou condições marcantes, pre-
sentes em quaisquer espécies de fraude, seja na forma de informações contábeis fraudulentas
ou na apropriação indevida de ativos. São elas:
a) um incentivo ou pressão; uma oportunidade; e uma racionalidade (ou razoabilidade).
b) um incentivo ou pressão; um impulso; e uma facilitação.
c) uma oportunidade; uma facilitação; e uma determinação (ou ordem).
d) um pedido; uma oportunidade; e uma racionalidade (ou razoabilidade).
e) uma oportunidade; um impulso; e uma determinação (ou ordem).

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Muitos associam essas características citadas pelas normas brasileiras de contabilidade ao


chamado Triângulo da Fraude, desenvolvida em 1953 pelo norte americano Donald Rai Cres-
sey. A NBC TA 240 (R1), então, assevera que a fraude, seja na forma de informações contábeis
fraudulentas ou de apropriação indevida de ativos, envolve o incentivo ou a pressão para que
ela seja cometida, uma oportunidade percebida para tal e alguma racionalidade (ou seja, dar
razoabilidade a algo falso) do ato.
Letra a.

Sobre a auditoria fiscal tributária e a LC n. 105/2001 – que trata do sigilo das operações de
instituições financeiras – observe o contexto a seguir.
Cássia Eller e Renato Russo, Auditores Fiscais da RFB, estão realizando uma auditoria de tribu-
tos em desfavor dos contribuintes do IRPJ. O parâmetro principal envolve dados bancários dos
contribuintes, todos relativos ao ano calendário 2022. Internamente, trata-se daquelas operações
que apuram a chamada Movimentação Financeira Incompatível (MFI). A partir dessa introdução,
analise as assertivas 23 e 24 a seguir, julgando-as.

023. (INÉDITA/2023) A depender da amplitude das pesquisas a serem realizadas, os auditores


poderão sentir a necessidade de acesso a dados, documentos, livros e registros bancários
do sujeito passivo que, regra geral, estão protegidos por sigilo. Na hipótese em que esses
dados, documentos, livros e registros bancários, em determinados casos, sejam considerados
indispensáveis para a conclusão dos procedimentos, nos termos da LC federal n. 105/2001,
os auditores somente poderão acessá-los mediante autorização escrita e fundamentada da
autoridade judiciária.

De fato, a regra é que os dados bancários, protegidos por sigilo, quando fora das situações de-
talhadas na LC federal n. 105/2001, somente poderão ser acessadas mediante autorização do
Poder Judiciário. No entanto, o art. 6º autoriza as autoridades e os agentes fiscais tributários
da União (representada pela RFB, vale dizer), dos Estados, do DF e dos Municípios a terem esse
acesso direto. Portanto, sem necessidade de autorização judicial. Mas a Lei exige que estejam
presentes, ao menos, dois requisitos: que haja processo administrativo instaurado ou procedi-
mento fiscal em curso e que tais exames sejam considerados indispensáveis pela autoridade
administrativa competente. Isso está lá no art. 5º da LC n. 105/2001.
Errado.

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024. (INÉDITA/2023) Cássia Eller e Renato Russo, num momento de descontração, resolve-
ram medir o conhecimento que cada um detinha em relação à legislação que rege o tema.
Cássia, em algum momento da conversa, afirmou entender que as informações sobre algumas
operações financeiras efetuadas por usuários dos serviços prestados pelas instituições finan-
ceiras, como depósitos à vista e à prazo, aplicações em fundos de investimento e contratos
de mútuo, já estariam à disposição do Fisco dos estados e municípios, sem necessidade de
requisição aos bancos. Para Renato Russo, no entanto, a LC n. 105/2001 atribui às instituições
financeiras a obrigatoriedade de prestação de tais informações somente à administração
tributária da União. Portanto, a menos que houvesse algum convênio entre a União (RFB) e
determinado estado ou município, haveria necessidade de requisição pelo auditor desses
Fiscos às instituições financeiras. Nesse caso, assiste razão ao Renato Russo.

Já pedi a você, e vou dizer novamente. Faça uma leitura atenta aos dispositivos da LC n. 105/2001,
pois é um campo rico para ser explorado pelo examinador. Agora, o art. 5º e o 6º são os mais
fortes. Na presente questão, temos no art. 6º a resposta. Renato Russo está certo.
Certo.

Para responder às questões 25 a 28, utilize como referência o fato hipotético apresentado na
sequência:
Ayrton Sena do Brasil, auditor fiscal da Receita Federal, fora designado para realizar uma auditoria
fiscal tributária em desfavor da pessoa jurídica Ferrari Supermercados Ltda. Em determinado
momento da fiscalização, Ayrton Sena chegou à conclusão de que seria necessário o acesso
aos dados bancários do contribuinte.
Sobre a situação hipotética, à luz da LC n. 105/2001, julgue cada um dos itens seguintes:

025. (INÉDITA/2023) Para fins do disposto na LC n. 105/2001, as cooperativas de crédito, as


associações de poupança e empréstimo, as corretoras de câmbio e de valores mobiliários e,
ainda, as distribuidoras de valores mobiliários devem conservar o sigilo em suas operações
ativas e passivas, bem como sobre os serviços por elas prestados. Apenas em situações de-
vidamente definidas na lei é que poderão repassar tais informações a terceiros que, por sua
vez, também deverão preservar o sigilo.

Perfeito. O art. 1º da LC traz uma lista grande de pessoas jurídicas enquadras no conceito de
“instituições financeiras”. A elas é atribuído o dever de sigilo das informações que detém em
relação a seus clientes, obtidas ativa ou passivamente. Apenas em situações excepcionais,
dispostos em lei, é que poderão repassar a terceiros. Esses, quando de posse de tais dados e
informações, passarão a ser responsáveis pela preservação do sigilo.
Certo.

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026. (INÉDITA/2023) O poder de acesso concedido pela LC n. 105/2001 ao Auditor Ayrton


Sena se restringe a dados e informações, não alcançando, entre outros, documentos e livros
que se referiam a tais operações realizadas pela Ferrari Supermercados. Especificamente em
relação a esses, será necessária autorização judicial.

O art. 6º da LC é bem claro: as autoridades e os agentes fiscais tributários da União, dos Es-
tados, do Distrito Federal e dos Municípios somente poderão examinar documentos, livros e
registros de instituições financeiras, inclusive os referentes a contas de depósitos e aplicações
financeiras, quando houver processo administrativo instaurado ou procedimento fiscal em curso
e tais exames sejam considerados indispensáveis pela autoridade administrativa competente.
Portanto, ainda que em relação a livros e documentos, atendidos os demais requisitos dispostos
na LC, dispensável será a autorização judicial para que os agentes dos fiscos tenham acesso
sem que se configure quebra ilegal do sigilo.
Errado.

027. (INÉDITA/2023) De posse das informações da Ferrari Supermercados, requisitadas


e obtidas mediante requisição às instituições financeiras a partir do disposto no art. 6º da
LC n. 106/2001, deverá Ayrton Sena adotar medidas que assegurem a proteção dos dados,
informações e documentos recebidos, agora sob o manto do sigilo fiscal.

O parágrafo único do art. 6º da LC indica que, nesses casos, não haveria, propriamente, uma
quebra do sigilo. Essa garantia constitucional continua existindo. O que se verifica, na verdade,
é uma transferência da obrigação de guarda da informação, que sai da esfera bancária e vai
para a fiscal.
Certo.

028. (INÉDITA/2023) Suponha que Ayrton Sena venha a repassar a terceiros os dados bancá-
rios da Ferrari Supermercados Ltda, os quais tenham sido acessados com base no disposto
no art. 6º da LC n. 105/2001. Na sequência, imagine que essa comunicação tenha sido feita
fora das hipóteses previstas na lei. Nessa situação, estará Ayrton Sena cometendo crime,
podendo ser condenado a uma pena que pode chegar a 4 anos de reclusão.

É o que prevê o art. 10 da LC.


Certo.

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029. (INÉDITA/2023) José Fernandes resolveu adquirir um smartphone mais moderno, em


substituição ao seu atual. Pesquisando preços, se interessou pela importação do produto. A
opção foi por adquirir o aparelho de determinada empresa de um país asiático, por um site,
que custou U$2.000,00 (dois mil dólares) a José Fernandes. O transporte do produto fora feito
pelos Correios. O smartphone fora retido para conferência aduaneira na unidade da trans-
portadora situada em Curitiba/PR, momento em que fora feita análise sobre regularidade da
operação. Diante da situação, é correto afirmar que:
a) A operação de importação se enquadra nas hipóteses de aplicação do Regime de Tributação
Unificada, motivo pelo qual fora desembaraçada sem maiores exigências pelo auditor da RFB.
b) O regime aplicável garante a José Fernandes isenção do Imposto de Importação, não podendo
ser exigido qualquer recolhimento de José Fernandes.
c) A alíquota aplicável no regime de importação, e que será cobrado pelo auditor de José Fer-
nandes, é de 60% a título de Imposto de Produtos Industrializados.
d) Para fins de cálculo do Imposto de Importação eventualmente não recolhidos, os valores
expressos em moeda estrangeira deverão ser convertidos, pelo auditor, em moeda nacional à
taxa de câmbio vigente na data em que se considerar ocorrido o fato gerador.
e) A operação não se enquadra em qualquer regime especial de importação, motivo pelo qual
a mercadoria ficará retida até que José Fernandes proceda à importação pelo regime comum.

Questão maldosa, eu sei. Mas preciso treiná-lo(a) para os piores cenários. Nesse caso, o re-
gime aplicável é o Regime de Tributação Simplificada (RTS). Trata-se daquele que permite a
classificação genérica, para fins de despacho de importação, de bens integrantes de remessa
postal ou encomenda aérea internacional, mediante a aplicação de alíquotas diferenciadas do
imposto de importação, e isenção do imposto sobre produtos industrializados, da contribuição
para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação. Observe que o valor da mercadoria
(U$2.000,00) não ultrapassou o limite para aplicação do RTS (até U$3.000,00). Portanto, “a”, “b”
e “e” erradas. A alíquota aplicável será de 60% a título de II (“c” errada). O art. 97 do RA define
que, para efeito de cálculo do Imposto de Importação, os valores expressos em moeda estran-
geira deverão ser convertidos em moeda nacional à taxa de câmbio vigente na data em que se
considerar ocorrido o fato gerador. Portanto, “d” correta.
Letra d.

030. (INÉDITA/2023) Na auditoria de operações de importação, três elementos merecem


atenção por parte do auditor: o fato gerador, a base de cálculo e a alíquota dos tributos nelas
incidentes. Nesse sentido, é correto afirmar que:
a) A base de cálculo do Imposto de Importação será o desembaraço aduaneiro.
b) A alíquota do IPI incidente no Regimente de Tributação Unificado (RTU) será equivalente ao
do Imposto de Importação.

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c) O fato gerador do Pis/Pasep-Importação é da Cofins-Importação é o Registro de Importação.


d) O fato gerador do IPI-Importação será a entrada da mercadoria estrangeira no território
aduaneiro.
e) A base de cálculo do IPI-Importação será o valor que servir ou que serviria de base de cálculo
do Imposto de Importação, por ocasião do despacho aduaneiro.

a) Errada. Segundo o art. 72 do RA, a base de cálculo do II será a entrada da mercadoria estran-
geira no território aduaneiro.
b) Errada. Por meio do RTU, é permitida a importação, por via terrestre, de mercadorias proce-
dentes do Paraguai, mediante pagamento unificado do imposto de importação, do imposto sobre
produtos industrializados, da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação.
Há um limite máximo de valor por habilitado, conforme estabelecido em ato normativo específi-
co. A alíquota aplicada sobre os produtos importados, hoje, é de 25% (vinte e cinco por cento).
c) Errada. O fato gerador do Pis/Pasep-Importação é da Cofins-Importação é, nos termos do
art. 251 do RA, a entrada de bens estrangeiros no território nacional.
d) Errada. O fato gerador do IPI, na importação, será o desembaraço aduaneiro. É a regra do
art. 238 do RA.
e) Certa. Previsão do art. 239 do Regulamento Aduaneiro. A esse valor (que servir ou que servi-
ria de base para cálculo do imposto de importação por ocasião do despacho aduaneiro), será
acrescido montante desse imposto (o II) e dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo
importador ou dele exigíveis.
Letra e.

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Mensagem Final
Inicialmente, gostaria de agradecê-lo(a) pela confiança! Senti-me honrado pela oportuni-
dade de poder fazer parte deste momento tão único e importante de sua vida. Sei o quanto
essa aprovação pode significar para você, para sua família.
A vitória em um concurso público, notadamente desse nível, pode ser o divisor de águas no
futuro de uma pessoa, assim como o foi para mim. É por isso que me propus a participar desse
projeto tão inspirador do Gran Cursos, de transformar vidas por meio de uma educação de qualidade.
Seria até natural que, desde o momento em que me dei por satisfeito profissionalmente,
optasse por desfrutar das minhas vitórias. Afinal, tudo fui muito desgastante. O processo de
preparação para concursos não é fácil. E é justamente por isso que muitos “se aposentam”.
Porém, penso que, se temos algo a compartilhar, que pode mudar a vida de outras pessoas,
não se trata de uma opção, mas de uma obrigação trilhar novos caminhos. E a docência me
proporciona isso. Até porque, como diz o velho ditado, quem ensina aprende duas vezes. Por
isso, estive aqui, como você, até este momento.
Por acreditar que, com esforço, dedicação e disciplina, qualquer um(a) pode alcançar seus
sonhos, é que me coloquei, desde o início desse projeto, ansioso para ajudá-lo(a) a conquistar
seus objetivos. E falo isso não apenas como professor, mas como alguém que sabe e acredita
no potencial que cada aluno(a) carrega consigo.
Espero, com toda a sinceridade, que nossos bate-papos tenham sido agradáveis e enri-
quecedores. Também que eu tenha conseguido desmistificar a tese de que Auditoria se revela
como uma disciplina chata e maçante. Para afastar essa imagem, procurei adotar uma estra-
tégia mais prática, trazendo os conceitos mais importantes dela para o dia a dia do auditor,
notadamente do auditor fiscal da Receita Federal.
Para finalizar, não poderia fazê-lo de outra forma senão encorajando-o(a). Acredite: você
pode vencer seus medos, seus limites. Precisa confiar em si, seguir firme, e se entregar na
realização aos seus sonhos. Você estudou para este concurso e está preparado(a) para essa
prova. Vai conseguir fazer uma boa pontuação e terá chances reais de ser aprovado(a)! Estarei
aqui, na torcida, para que se aposse desse tão sonhado cargo.
Já me segue pelas redes sociais? Não? Pois fica aqui o convite para interagirmos ainda
mais em relação a este concurso e a outros que sejam do seu interesse. Especialmente por
meio do Instagram, posto muitas dicas interessantes para quem está neste caminho que, um
dia, eu já trilhei. Tenha certeza de que a experiência daqueles que passaram pelo que você
está passando tende a encurtar muito seu trajeto até a vitória. Falo isso não apenas por mim,
mas por todos os demais professores que estão contigo nesta jornada.

https://.instagram.com/prof.andreysoares

https://www.facebook.com/andrey.soares.758

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Utilize tais canais, também, para eventuais “recursos” contra o gabarito das questões
inéditas apresentadas neste encontro, combinado? Forte abraço deste seu professor! Espero
receber a notícia de sua aprovação e, mais ainda, quando tomar posse e, oficialmente, sermos
colegas na RFB! E lembre-se:
“A diferença entre quem vai ou não passar em concursos públicos está no foco, na deter-
minação e na resiliência. Para quem tem, apenas o tempo separa o sonho da realidade”.
Professor Andrey Soares

Andrey Soares
Bacharel em Ciências Contábeis, pós-graduado em Direito e Processo Tributário. Ocupa, atualmente, o
cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, exercendo a função de Delegado da Receita Federal.
É professor de Auditoria e Perícia Contábil. Coleciona aprovações em diversos concursos públicos
municipais, estaduais e federais, entre os quais para a Polícia Civil de MG (foi Investigador) e para a Polícia
Federal (Escrivão). Na RFB, atuou ainda como Analista Tributário.

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