Qualidade de Vida Na Execução Do Trabalho Pastoral

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QUALIDADE DE VIDA NA EXECUÇÃO DO TRABALHO PASTORAL:


TENDÊNCIAS A SÍNDROME DE BURNOUT

LUÍS FELIPE MARQUES LIMA 1

RESUMO

Este artigo tem como objetivo realizar uma revisão da literatura a respeito da Qualidade de vida
na execução do trabalho pastoral e como estes profissionais estão cada vez mais tendenciosos
a doenças e síndromes psicológicas, como a Síndrome de Burnout, através do método de
pesquisa documental e bibliográfica. As atribuições pastorais mudaram muito no decorrer do
tempo, cada vez mais os pastores têm de possuir conhecimentos, habilidades e atitudes além da
função de conduzir um culto e aconselhar pessoas. Simultaneamente cresce a pressão sobre o
profissional e consequentemente sobre a pessoa do pastor, onde muitos por não serem
compreendidos, muito menos assessorados, acarretam sobre si síndromes psicológicas graves e
até em alguns casos praticam o suicídio. Diante disto um levantamento bibliográfico foi
realizado, afim de entender melhor a atividade laboral pastoral. Este artigo proporciona as
igrejas e pastores, ferramentas ao equilíbrio da relação de trabalho pastoral eficaz e humana.
Palavras chave: Qualidade de vida. Pastores. Síndrome de Burnout

Luís Felipe Marques Lima aluno do curso de Pós Graduação Gestão Estratégia de Pessoas e Psicologia
Organizacional EAD. Universidade Metodista de São Paulo. E-mail: luisfelipeml17@hotmail.com
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1. INTRODUÇÃO

A qualidade de vida laboral é fator essencial competitivo a toda organização,


sendo ela privada, pública e /ou religiosa. O crescente número de suicídio de pastores no
mundo ano pós ano, estimula maior reflexão da sociedade e das igrejas sobre a Qualidade
de vida na execução do trabalho pastoral e como estes trabalhadores estão suscetíveis a
síndromes psicossomáticas e tendências ao suicídio.
França (1997), define Qualidade de vida no trabalho, como o conjunto de ações
de uma empresa que envolvem a implantação de melhorias e inovações gerenciais e
tecnológicas no ambiente de trabalho.
Chiavenato (2008) relata que a qualidade de vida implica em criar, manter e
melhorar o ambiente de trabalho seja em suas condições físicas, psicológicas e sociais.
Isso resulta em um ambiente de trabalho agradável, amigável e melhora
substancialmente a qualidade de vida das pessoas na organização.

O trabalho pastoral é realizado diretamente com pessoas e em muitos casos, os


pastores possuem cargas horárias de trabalho excedentes a legislação, no atendimento
interpessoal, aconselhamentos, reuniões. No meio pastoral, ou religioso, em geral, há
muito desgaste, devido às demandas constantes pessoais e familiares relacionadas à
congregação que pastores lideram, havendo uma relação entre exaustão emocional,
física e espiritual (OLIVEIRA, 2004). A consequência da exaustão e esgotamento
emocional, físico e espiritual pode acarretar problemas crônicos e muitas vezes trágicos
aos pastores, como a Síndrome de Burnout, ainda sendo esta última um gatilho ao
suicídio.

O termo “Síndrome de Burnout” teve surgimento e ascendência na década de


1970, por Freunderberger (1974), nos Estados Unidos. Freunderberger, foi um médico
psicanalista, que teve uma vida profissional permeada de frustrações e dificuldades que
o levaram à exaustão física e mental, assim este motivado na própria causa decidiu
estudar e se tornou o pioneiro a discutir sobre o tema.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a cada 40 segundos, há um suicídio


no mundo, e para cada ato consumado há inúmeras tentativas (W.H.O.,2014). Muitos
são os fatores que podem levar ao suicídio, mas o estigma ligado a transtornos mentais
e suicídio significa que muitas pessoas se sentem incapazes de procurar ajuda. Assim
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como ocorre diretamente com os pastores de igrejas, que muitas vezes necessitam ser
pastoreados, porém não encontram onde e em quem, ou ainda temem pedir ajuda.

O pastor cada vez mais, é cobrado extra espiritualmente, e sim, como cumpridor
de metas. Este tem de ser advogado, psicólogo, político, assistente social etc. (SILVA,
2004).

Algumas pesquisas, concluem a incidência de depressão e síndromes mentais,


com maior incidência em pastores religiosos, do que na população geral em comum
(LOTUFO NETO,1977).

O objetivo principal deste artigo, é realizar uma revisão da literatura sobre o


tema Qualidade de vida no trabalho, Qualidade de vida no trabalho pastoral e Síndrome
de Burnout. Os objetivos específicos deste trabalho é trazer a ciência a comunidade e as
igrejas como tais profissionais estão suscetíveis a síndromes psicológicas como a
Síndrome de Burnout, alertando assim, ao maior cuidado e carinho junto a figura do
pastor não só como profissional, mas acima de tudo como ser humano.

A metodologia de estudo utilizada permeia através do método de pesquisa


documental que para Gil (2008) é a pesquisa desenvolvida com base em material já
elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Aliado a pesquisa
bibliográfica que Gil (2008) define como muito parecida com a bibliográfica. A
diferença está na natureza das fontes, pois esta forma vale-se de materiais que não
receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de
acordo com os objetos da pesquisa. Além de analisar os documentos de “primeira mão”
(documentos de arquivos, igrejas, sindicatos, instituições etc.), existem também aqueles
que já foram processados, mas podem receber outras interpretações, como relatórios de
empresas, tabelas etc.

O artigo está organizado da seguinte forma: pela introdução acima, na sequencia


uma breve revisão bibliográfica acerca dos conceitos de Qualidade de vida no trabalho,
Qualidade de vida na execução do trabalho pastoral, Síndrome de Burnout e causas da
Síndrome de Burnout em pastores e como a comunidade deve agir para evitar a síndrome
em tais profissionais, precedida da discussão, considerações finais e referências
bibliográficas.
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2. REVISÃO BILIOGRÁFICA

Para melhor entendimento do tema Qualidade de vida na execução do trabalho


pastoral e como tais profissionais estão sujeitos a síndromes psicológicas, como a Síndrome de
Burnout, faz-se necessário a conceituação dos subtemas: qualidade de vida no trabalho,
Qualidade de vida no trabalho pastoral nos dias atuais, Síndrome de Burnout, a Síndrome de
Burnout em pastores e como as igrejas e o próprio pastor deve agir de modo a prevenir o
desenvolvimento da Síndrome de Burnout.

2.1. Qualidade de vida no trabalho

Chiavenato (2014. p. 402), afirma que a boa gestão de pessoas envolve


responsabilidades legais e morais de assegurar um local de trabalho livre de riscos
desnecessários e condições ambientais que possam provocar danos à saúde física e mental das
pessoas.

Para Limongi-França (2010), Qualidade de Vida no Trabalho é um “conjunto de ações


de uma empresa que envolve diagnóstico e implantação de melhorias e inovações gerenciais,
tecnológicas e estruturais dentro e fora do ambiente de trabalho, visando propiciar condições
plenas de desenvolvimento humano para e durante a realização do trabalho”.

Milkovich e Boudreau (1994. p. 729) afirmam que a Qualidade de vida no trabalho parte
do reconhecimento de que uma pessoa bem treinada e bem posicionada na empresa, estar em
melhor condição para identificar problemas dificilmente localizáveis com relação à qualidade
do produto ou como o trabalho deve ser feito.

Conte (2003.p. 33) define Qualidade de vida no trabalho como um programa que visa
facilitar e satisfazer as necessidades do trabalhador ao desenvolver suas atividades na
organização, tendo como ideia básica o fato de que as pessoas são mais produtivas quanto mais
estiverem satisfeitas e envolvidas com o próprio trabalho.

2.2. Qualidade de vida no trabalho pastoral nos dias atuais

Hoch (1980. p. 88) afirma que o termo pastor nos dias atuais, é muito geral e serve mais
para descrever a atividade pastoral como um todo, desde a pregação, o ensino, até a
administração duma paróquia. A palavra “pastor” portanto não caracteriza a atividade
específica daquele que se dedica à poimênica. O mesmo autor ainda conceitua poimênica como,
a atividade de alguém que pastoreia um rebanho.
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Ao que diz respeito a qualidade de vida no campo pastoral, Mendes e Silva (2006),
explicam que a organização religiosa moderna vem sofrendo transformações do mundo do
trabalho, resultantes de uma política de mercado que igualmente atingem as organizações
religiosas e que exigem do trabalhador dedicação, competência e eficiência em todas as suas
atividades.

Berger (1985) afirma que as instituições religiosas também sofrem a pressão do


capitalismo, ocasionando assim, como autor diz “uma guerra no mundo religioso”, mesmo que
esta não esteja abertamente declarada.

Muito do que vem acontecendo com os pastores nos dias atuais, diante da expectativa
de trabalho do pastor em início de atividade com a realidade na execução dos trabalhos, é dito
similarmente por Ferreira e Mendes (2001.p.96) , diante da [...] discrepância entre a tarefa
prescrita e atividade real, enquanto desencadeadora de um custo psíquico para o trabalhador,
trazendo consequências para a organização do trabalho em termos da natureza da tarefa em si
e das relações socioprofissionais, fazendo com que o sujeito se coloque em estado de esforço
permanente para dar conta da realidade, muitas vezes, incompatível com seus investimentos
psicológicos e seus limites pessoais, gerando sofrimento.

Krejcir (2016), relata a situação pastoral atual nas igrejas norte americanas, afirmando
que embora, o trato das igrejas e comunidade com os pastores tenham se tornado mais
humanas nos últimos anos tal relação ainda está longe do ideal. O atual afirma que muitas
igrejas incluem noções de liderança equivocada do clero, como a falta de consciência de quais
são os verdadeiros chamados e deveres de um pastor, além de exigências irracionais aos
pastores. Os pastores, por sua vez, estão se esforçando para apaziguar as expectativas da
congregação. Os pastores, por sua vez, enfrentam apatia voluntária, críticas e medo de
mudança.

Diante das pesquisas e estudos realizados por Krejcir (2016.p.2), referentes ao trabalho
pastoral, publicado pelo mesmo em “Statistics on Pastors: 2016 Update”, o autor aponta alguns
resultados de sua pesquisa:

• 88% das igrejas estão tratando seus pastores melhor;


• No entanto, 54% dos pastores ainda trabalham mais de 55 horas por semana;
• 57% não podem pagar suas contas;
• 54% estão sobrecarregados;
• 53% acham que o seminário não os preparou adequadamente para a tarefa;
• Depressão de batalha de 35%;
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• 26% estão excessivamente fatigados;


• 28% são espiritualmente desnutridos e 9% estão esgotados;
• 23% ainda estão distantes de suas famílias;
• 18% trabalham mais de 70 horas por semana e enfrentam desafios irracionais;
• 12% são menosprezados;
• 3% tiveram um caso;
2.3. Síndrome de Burnout

O termo “Síndrome de Burnout” teve surgimento e ascendência na década de 1970, por


Freunderberger (1974), nos Estados Unidos. Freunderberger, foi um médico psicanalista, que
teve uma vida profissional permeada de frustrações e dificuldades que o levaram à exaustão
física e mental, assim este motivado na própria causa decidiu estudar e se tornou o pioneiro a
discutir sobre o tema.

Valente et al. (2018) conceitua Burnout diante da raiz semântica do termo em inglês
burn que significa “queima” e out, que traduzindo para a língua portuguesa, significa “exterior”,
termos estes associados a uma síndrome que denota esgotamento proveniente do desgaste
profissional.

O tema Síndrome de Burnout atualmente é muito discutido sobre ótica de Maslach que
executou estudos relativos sobre o tema, e junto a outros autores consigo, tem se tornado
referência sobre o assunto nos últimos 20 anos (SILVA.2003).

Maslach e Jackson (1980), afirmam que Burnout é uma síndrome de esgotamento


emocional e cinismo que ocorre frequentemente entre indivíduos que fazem trabalho com
pessoas de algum tipo.

Ainda Maslach e Jackson (1980) apontam que um dos aspectos chaves da Síndrome de
Burnout é o aumento dos sentimentos de exaustão emocional. Assim os recursos emocionais
são esgotados, os trabalhadores começam a se sentir incapazes e esgotados psicologicamente.

Para Carlotto e Gobbi (1999), essa exaustão emocional (Burnout) se refere à sensação
de esgotamento que pode ser físico e mental, bem como a diminuição de energia vital para os
fazeres modernos laborais, sendo que os sentimentos de esgotamento emocional são
transformados em sentimentos de frustação e tensão no trabalho, haja vista que um dos motivos
desse desgaste se dá por conta do conflito pessoal nas relações pessoais.

É necessário saber diferenciar a Síndrome de Burnout com outros problemas de


esgotamento psicológico como o stress. Para tal distinção, Lutzer (2000.p.78) diz o seguinte:
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Enquanto o estresse é caracterizado por excesso de envolvimento e


participação, o esgotamento (Burnout) é caracterizado pelo afastamento e pela
perda de sentido e de esperança. Independentemente do que a pessoa faça, as
recompensas parecem pequenas demais para se preocupar. Esse estado pode
levar à depressão.

A Síndrome de Burnout, surge e prossegue muitas vezes silenciosamente, demorando


para que o indivíduo ou as pessoas que com este convivem, percebam. Para Maslach e Jackson
(1981), a respeito do trabalho ministerial, o estado de exaustão física, emocional e mental do
ministro, pode ser identificado pelos seguintes sinais: energia reduzida, pois manter a
constância de suas atividades se torna cada vez mais difícil; sentimento de fracasso na vocação;
sendo reduzido de recompensa por derramar tanto de si mesmo no trabalho ou projetos; senso
de desamparo e inabilidade que não o permite ver uma saída para os problemas e, por último,
o cinismo e o pessimismo sobre si mesmo, quanto aos outros, ao trabalho e à sociedade, como
um todo.

2.4 . Síndrome de Burnout em pastores: causas


Visando entender melhor o crescimento de síndromes psicológicas em pastores, tal
como a Síndrome de Burnout, é necessário também entender que o pastor, não é uma entidade,
o pastor é um ser humano que tem necessidades físicas, psicológicas, emocionais e espirituais,
como qualquer outra pessoa. E a atividade de “cuidar dos outros” muitas vezes não é
correspondida a comunidade, e estes são julgados e não cuidados (OLIVEIRA. 2004).

Santos e Honório (2014), relatam em seu artigo sobre as dimensões da Síndrome de


Burnout em pastores presbiterianos, que os pastores mais jovens, são fortemente mais
tendenciosos a Síndrome de Burnout, principalmente estes jovens pastores se queixam de forte
exaustão emocional. Ou seja muitos destes profissionais em início de carreira, ainda não
possuem maturidade suficiente para as pressões psicológicas sofridas na labuta ministerial.

Diante dos resultados da pesquisa realizada com pastores, Oliveira (2004), expõe que a
vocação principal para um indivíduo se tornar pastor, é a vontade de “servir a Deus e seu
chamado para o ministério”. Ainda nesta pesquisa, os pastores dizem ter amizade com a
comunidade, porém sentem-se muito exigidos e sobrecarregados. Os pastores pesquisados,
alegam em maioria, que sentem dificuldade de administrar seu tempo.

As causas do Burnout em pastores, podem ser agrupadas nas categorias: Fatores


ocupacionais e situacionais, fatores interpessoais e sociais, fatores interpessoais e individuais e
fatores espirituais e teológicos (WOHLRABE.2001).
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O trabalho pastoral é realizado diretamente com pessoas e em muitos casos, os pastores


possuem cargas horárias de trabalho excedentes a legislação, no atendimento interpessoal,
aconselhamentos, reuniões. No meio pastoral, ou religioso, em geral, há muito desgaste, devido
às demandas constantes pessoais e familiares relacionadas à congregação que pastores lideram,
havendo uma relação entre exaustão emocional, física e espiritual (OLIVEIRA, 2004). A
consequência da exaustão e esgotamento emocional, físico e espiritual pode acarretar problemas
crônicos e muitas vezes trágicos aos pastores, como a Síndrome de Burnout, ainda sendo esta
última um gatilho ao suicídio.

Algumas pesquisas, concluem a incidência de depressão e síndromes mentais, com


maior incidência em pastores religiosos, do que na população geral em comum (LOTUFO
NETO,1977).

Os resultados qualitativos das pesquisas realizadas por Santos e Honório (2014),


apontaram o cansaço físico, o envolvimento emocional com os fiéis, a superficialidade na
relação com os pares, a cobrança por resultados, a complexidade do trabalho pastoral e a falta
de reconhecimento no trabalho como os elementos potenciais de ocorrência da síndrome.

2.5 . Agir da igreja e do próprio pastor na prevenção e desenvolvimento da Síndrome de


Burnout

Santos e Honório (2014) alertam, que se as igrejas não fornecerem um ambiente de


trabalho favorável a não instalação da Síndrome de Burnout; haverá muitos ministros exauridos
emocionalmente, despersonalizados e com baixa realização profissional, o que certamente
afetará sua saúde física e mental, bem como a vida dos membros, das famílias e, até mesmo, da
sociedade.

Benevides (2014) afirma que o ponto essencial da prevenção da Síndrome de Burnout,


é o conhecimento dos efeitos da mesma. A autora relata que pôr em prática estratégias de
prevenção e intervenção faz se imprescindível sobretudo no mundo atual onde as cobranças nos
profissionais são extremas.

Wohlrabe (2001) sugere o devido papel da igreja na prevenção do acontecimento da


Síndrome de Burnout em líderes religiosos. Para o autor a igreja como comunidade deve no
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mínimo: dar suporte ao pastor diante dos auxiliares mais próximos do pastor; a igreja deve
colocar padrões de acompanhamento a saúde física do pastor; a igreja deve encorajar o pastor
quanto ao seu crescimento intelectual e profissional; o pastor deve justamente ser recompensado
em termos de salário e moradia etc.

O diálogo com pessoas de confiança pode ser uma boa estratégia para os pastores
lidarem com a Síndrome de Burnout. Tal diálogo pode ser com outros pastores, membros da
igreja, superiores ou amigos. Porém, é preciso existir plena confiança entre estes para que o
diálogo possa servir como uma válvula de escape e surtir o efeito desejado de não adoecer
devido à alta demanda do trabalho ministerial do pastor evangélico (SANTOS e
HONÓRIO,2014).

Segundo Oliveira (2004. p.80) a espiritualização por muitas vezes exacerbada, denuncia
que a dicotomia alma-corpo, persiste com toda intensidade e se refere a alimentação, descanso,
atividades, sexualidade e expressão das emoções.

Krejcir (2016. p.19) aponta diante de seus estudos alguns itens testados e comprovados,
que pastores, líderes e as igrejas podem fazer para oferecer melhores condições a tais
profissionais, evitando assim problemas físicos e psicológicos, tais como a Síndrome de
Burnout. Estas se resumem em:

Quanto ao pastor:

• O pastor ter construção espiritual profissional antes de iniciar o


ministério;
• Ter no mínimo 2 dias de folgas semanais e não ultrapassar 50
horas semanais de trabalho aliados a 3 semanas de férias mínimas;
• Receber salários dignos;
• Saber administrar seu tempo, de modo a cuidar também de si.

Quanto a igreja
• Apoio da igreja nos trabalhos pastorais, apoiando o profissional
mesmo não gostando deste muitas vezes;
• A igreja e seus membros devem evitar comparar o trabalho de
seus pastores com pastores e trabalhos em outas igrejas;
• Fazer reuniões necessárias e objetivas;
• Respeitar a família do pastor, não achando que esta tem de ser
perfeita, sem erros.
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3. DISCUSSÃO
Diante da preocupação particular com os acontecimentos recentes noticiados pela mídia
referentes a problemas psicológicos enfrentados pelos pastores, onde o número de suicídios
vem crescendo ano pós ano, este trabalho justifica-se em entender mais profundamente o que
leva os pastores a ficarem exauridos psicologicamente, como tem sido a rotina de trabalho
destes profissionais, qual o tratamento das igrejas como organizações e comunidade referente
aos pastores e como utilizar deste estudo para ajudar os pastores e comunidades religiosas e
sociais a prevenir , detectar e tratar de maneira mais humana tais profissionais , que se doam de
maneira sublime ao outro.

Buscando entender à qualidade de vida no trabalho, o que repercute e muito na saúde


psicológica de um profissional, é plausível a definição de França (2010), que afirma que a
organização deve fornecer suporte e ações visando melhorias não só internamente mas
externamente ao ambiente de trabalho, visando desenvolver não somente o profissional mas
também a pessoa.

De forma similar, Conte (2003) define Qualidade de vida no trabalho como um


programa que a empresa pode fazer, visando satisfazer as necessidades do trabalhador ante ao
desenvolvimento de seu trabalho, o autor afirma que trabalhadores satisfeitos, são mais
produtivos.

O que chama a atenção na definição de ambos autores, é a preocupação com o


desenvolvimento humano aliado ao profissional, ou seja, as organizações não devem somente
oferecer aos trabalhadores, mecanismos de trabalho, mas sim se preocuparem em como estes
profissionais irão executar o trabalho, quais suas necessidades. É válido entender que aliado a
um profissional existe um ser humano, e não há como separar um do outro, por isso faz-se
necessário a preocupação também ao ser humano por detrás do profissional, e como a
organização pode oferecer suporte para o desenvolvimento profissional e humano
simultaneamente.

Quanto a qualidade de vida no campo pastoral, Mendes e Silva (2006) relatam que as
igrejas atualmente sofrem pressões parecidas com a pressão de mercado de organizações que
visam lucro. Consequentemente a cobrança sobre os pastores (profissionais chave nas igrejas),
cresce a cada dia, muitas vezes até de maneira desumana, no cumprimento de metas e demais
atributos propostos pelas igrejas.
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Na mesma linha de Mendes e Silva (2006), o estudo realizado por Krejcir (2016), afirma
como as igrejas muitas vezes não oferecem o suporte necessário e ainda, confundem as
atribuições do profissional pastor. O estudo deste autor, relata que embora as igrejas estejam
melhorando o tratamento para com os pastores diante de estudos realizados nos Estados Unidos
em tempos atrás, o pastor ainda tem carga horária de trabalho superior a legislação, o salário
ainda é incompatível com suas atribuições, e o que mais preocupa e vai na linha deste trabalho:
muitos pastores estão excessivamente fatigados, depressivos, e esgotados física e
psicologicamente.

Diante deste desgaste psicológico em profissionais de todo tipo, porém no caso de


estudo, diretamente ligados aos pastores, é necessário conhecer as causas, consequências e
medidas de prevenção e tratamento, no anseio da proteção da integridade física e psicológica
do profissional, como afirma Benevides (2014.).Dentre os problemas psicológicos, originados
na execução do trabalho, se destaca a Síndrome de Burnout, estudada desde a década de 70,
porém, com maior relevância e dedicação das autoras Maslach e Jackson (1980). Tais autoras
apontam que um dos aspectos chaves da Síndrome de Burnout é o aumento dos sentimentos de
exaustão emocional. Assim os recursos emocionais são esgotados, os trabalhadores começam
a se sentir incapazes e esgotados psicologicamente.

Na mesma linha de Maslach e Jackson, Carlotto e Gobbi (1999), definem que a


Síndrome de Burnout ou exaustão emocional, se refere ao esgotamento físico e mental, onde o
trabalhador perde a vitalidade para executar seu trabalho, provocando assim frustrações e
tensão, relativamente no relacionamento com pessoas.

Na profissão de pastor, o relacionamento com pessoas é a essência de seu trabalho. Não


tem como um pastor ter sucesso profissionalmente, se este estiver desgastado no
relacionamento com as pessoas envolvidas, ou mesmo, acarretado de uma forte tensão
psicológica, concordando assim com as definições de Burnout proposta por Maslach e Jackson
(1980) e, Carlotto e Gobbi (1999).

Muitas são causas que levam os pastores em específico, a sofrerem de problemas


psicológicos como a Síndrome de Burnout. Diante do levantamento bibliográfico levantando
pode-se notar diferentes definições das causas que levam os pastores a sofrer da Síndrome de
Burnout.

Oliveira (2004) entende que a comunidade muitas vezes não consegue entender a
definição das atribuições pastorais, o confundindo como “um ser perfeito”, sem erros. O que
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leva a julgamentos injustos, e o mais preocupante, ao não entendimento de que estes


profissionais devem também ser cuidados.

Já Santos e Honório (2014) afirmam que muitos jovens pastores acabam desenvolvendo
problemas psicológicos como a Síndrome de Burnout, por não estarem preparados e nem
maduros o suficiente para a lida diária com as pressões, principalmente no relacionamento com
pessoas.

Para Wohlrabe (2001), as causas do Burnout em pastores, podem ser agrupadas nas
categorias: Fatores ocupacionais e situacionais, fatores interpessoais e sociais, fatores
interpessoais e individuais e fatores espirituais e teológicos.

Diante de diferentes definições das causas apontadas pelos autores citados acima, alguns
pontos são comuns entre tais definições. Tais pontos comuns se relacionam em aspectos chave,
como o relacionamento direto com pessoas, e também na cobrança da comunidade quanto a
pessoa e profissional da figura do pastor.

Diante dos resultados obtidos frente a pesquisa bibliográfica no entendimento maciço


da qualidade de vida no trabalho dos pastores, e como estes profissionais são suscetíveis a
problemas psicológicos como a Síndrome de Burnout, houve a necessidade de levantar
definições que possam auxiliar não somente as igrejas como organizações, mas também a
comunidade e acima de tudo o próprio pastor a identificar maneiras de evitar, identificar e se
tratar física e psicologicamente.

Concordando com o que diz Benevides (2014), o primeiro passo a evitar a Síndrome de
Burnout, é o conhecimento da mesma, suas causas e consequências, além de medidas de
controle e prevenção.

Posterior a isto cabe significativamente o saber agir das igrejas, quanto organizações e
comunidade religiosa e social, no domo a como tratar os pastores, fornecendo mecanismos que
os auxiliem na proposta de um bom ambiente de trabalho aos pastores.

Diante do papel da igreja, Santos e Honório (2014) alertam, que se as igrejas não
fornecerem um ambiente de trabalho favorável a não instalação da Síndrome de Burnout, haverá
muitos ministros exauridos emocionalmente, despersonalizados e com baixa realização
profissional, o que certamente afetará sua saúde física e mental, bem como a vida dos membros,
das famílias e, até mesmo, da sociedade. Ou seja um pastor doente provoca uma igreja doente.
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Wohlrabe (2001), afirma que a igreja como comunidade deve no mínimo: dar suporte
ao pastor diante dos auxiliares mais próximos do pastor; a igreja deve colocar padrões de
acompanhamento a saúde física do pastor; a igreja deve encorajar o pastor quanto ao seu
crescimento intelectual e profissional; o pastor deve justamente ser recompensado em termos
de salário e moradia etc.

Krejcir (2016), relata que a igreja como comunidade, deve evitar julgamentos e
comparações quanto ao trabalho, e família pastoral, ante a outras igrejas. O autor ainda afirma
que é necessário comprometimento da igreja no apoio do trabalho pastoral.

Wohlrabe (2001), Krejcir (2016) e Santos e Honório (2014), concordam que é papel
mínimo das igrejas, fornecerem condições favoráveis ao desenvolvimento do trabalho pastoral,
principalmente no agir dos membros da igreja na participação das atividades pastorais.

Quanto as ações a serem tomadas pelo próprio pastor, visando evitar o desenvolvimento
de problemas psicológicos, principalmente a Síndrome de Burnout, Santos e Honório (2014)
sugerem ao pastor ter uma válvula de escape ante as pressões diárias. Dentre estas
possibilidades é proposto pelos autores o diálogo, seja com membros da igreja da confiança do
pastor, superiores ou amigos.

Oliveira (2004) destaca que o pastor por cuidar de pessoas exacerbadamente, em muitos
casos, não cuida de si. Deixando deficientes aspectos essências a sua saúde física e emocional
como, alimentação, descanso, sexualidade e expressão de emoções.

Na mesma linha Krejcir (2016), relata que os pastores devem ter salários dignos a sua
categoria, duas folgas semanais mínimas, férias regulares entre outros. Porém o que chama a
atenção na definição do autor quanto aos cuidados do pastor para consigo, é o preparo espiritual
e profissional anterior a execução do trabalho pastoral. O autor notavelmente ainda sugere que
o pastor tenha consigo preparo para saber que deve cuidar de si mesmo e também saber
administrar seu tempo.

Resumindo, as causas do desenvolvimento da Síndrome de Burnout e suas respectivas


medidas preventivas, são variadas de caso a caso. Porém cabe a igreja e ao pastor realizarem
rotineiramente analises comportamentais respectivas as suas ações e realizações de modo a
ambos criarem um ambiente saudável e produtivo de trabalho e desenvolvimento pessoal.
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por ser um cristão, membro da Igreja Metodista no Brasil há 10 anos, além de ex-aluno
na graduação em Bacharel em Administração na Faculdade Metodista de Birigui e também
cursando pós graduação (este trabalho referente a tal curso) em Gestão Estratégica de pessoas
e Psicologia Organizacional, na Universidade Metodista de São Paulo, resolvi que este trabalho
não seria um simples artigo de Trabalho de Conclusão de Curso , decidi elaborar um estudo que
pode auxiliar a vida dos pastores de várias igrejas diante de sua qualidade de vida no trabalho ,
aliado a demonstrar também as igrejas , como conduzir a relação com o pastor, não só com o
profissional pastor, mas também com a pessoa do pastor.

Diante do crescente número de suicídios de pastores e familiares de pastores, além


também do número crescente de pastores com problemas psicológicos como a Síndrome de
Burnout e depressão, este artigo possui fundamentação teórica de diferentes autores, que
possibilita aos pastores o reconhecimento e auto avaliação de sua saúde psicológica , além de
capacitar as igrejas não só como organização mas também como comunidade, a detectar,
prevenir e tratar os pastores que podem estar desencadeando a Síndrome de Burnout, esta que
muitas vezes é um gatilho ao suicídio. Este artigo também diante de seu conteúdo é capaz de
trazer as igrejas o conhecimento das dificuldades do pastor, seus anseios como profissional e
pessoa, e análise das ações a serem tomadas para que o pastor não seja um mero cumpridor de
metas, trabalhe excessivamente, e cuide das pessoas da comunidade e da congregação porém
esquecendo muitas vezes de cuidar de si e de sua família.

Baseado nos principalmente nos estudos de Oliveira (2004), pude perceber o quão
grande é o desgaste físico e principalmente emocional de profissionais que lidam, diariamente
com pessoas. É fato que se um cidadão profissionalmente ativo, passa muitas vezes mais tempo
se relacionando com pessoas no trabalho, do que com sua própria família. É fato também que
em muitos casos, os profissionais que possuem em suas atribuições “cuidar de pessoas” como
médicos, professores e líderes religiosos, não administram seu tempo de maneira a possuir em
suas rotinas, atividades que lhes dão prazer, tempo de auto avaliação e reflexão, todas estas
externas a atividade laboral. Diante do exposto, sugiro que estes profissionais, sejam
rotineiramente acompanhados psicologicamente; como o estudo é voltado a atividade laboral
de pastores, sugiro que as igrejas ofereçam aos pastores, acompanhamento psicológico, ajuda.
É necessário que estes profissionais sejam ouvidos com maior frequência, como diz Oliveira
(2004), é necessário que estes profissionais “sejam cuidados”.
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Quando o trabalho foi iniciado e idealizado, houve dificuldades quanto a abordagem do


tema, “Síndrome de Burnout em pastores”, onde se encontra muito referencial teórico da
Síndrome de Burnout generalizada, como os estudos de Maslach e Jackson. Foram encontrados
poucos estudos similares no tocante a preocupação quanto à qualidade de vida dos pastores e
quanto à saúde psicológica destes profissionais, o que faz deste artigo um trabalho que pode e
deve contribuir significativamente na sociedade. Doenças psicológicas como depressão e
ansiedade, também a Síndrome de Burnout, são motivos de grande preocupação mundial, de
fato percebe-se cada vez mais como as pessoas se encontram estressadas, ansiosas, depressivas,
com dificuldade de relacionamento no trabalho e na sociedade entre outros. É necessário que
mais pessoas se levantem para um bem comum, é necessário cada vez mais artigos e pesquisas
como este trabalho, para que possamos fazer da sociedade um melhor lugar para se viver e
conquistar e não uma batalha desenfreada contra as emoções e sentimentos.

Conduzido pelo método documental e bibliográfico, espera-se que este artigo venha
contribuir nas discussões sobre a Qualidade de vida na execução do trabalho pastoral e como
tais profissionais estão susceptíveis a síndromes psicológicas como a Síndrome de Burnout e
até ao suicídio, com o propósito de traduzir e organizar as convicções de diferentes autores,
bem como servir de referência a outros estudos.

Como sugestão para futuras pesquisas, o assunto poderia ser abordado com estudos
sobre a ótica dos pastores, diante de suas dificuldades na execução de seu trabalho e como
pessoa, aliado também as expectativas das igrejas quanto as responsabilidades e compromissos
do pastor; buscando assim encontrar um ponto de equilíbrio na relação pastor /igreja e
igreja/pastor, servindo assim de parâmetro a várias organizações religiosas no tocante a uma
boa relação de trabalho.
16

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