Dissertacao - Paulo - Santos 1
Dissertacao - Paulo - Santos 1
Dissertacao - Paulo - Santos 1
iii
FICHA DE CATAGOLAÇÃO
Paulo, S. S. (2017). Náutica para Todos, Estudo Realizado com atletas de Remo
Adaptado da APPACDM de Viana do Castelo. Porto: Dissertação de Mestrado
para a obtenção do grau de Mestre em Atividade Física Adaptada, apresentado
à Faculdade da Universidade do Porto.
iv
Agradecimentos
Aos meus pais, José Sérgio Pereira e Maria do Céu Santos, por todo o
apoio prestado ao longo da minha formação pessoal. Obrigado pela educação
que me deram, hoje sou um “Homem” graças a vocês.
v
vi
Índice
Índice de Figuras ....................................................................................................... ix
Índice de Quadros ..................................................................................................... xi
Resumo ..................................................................................................................... xiii
Abstract ..................................................................................................................... xv
Introdução ................................................................................................................. 17
1. Revisão de Literatura ........................................................................................ 21
1.1 Definição de deficiência Intelectual........................................................... 21
1.2 Classificação da Deficiência Intelectual ................................................... 23
1.3 Etiologia da deficiência Intelectual............................................................ 28
1.4 Posicionamento Ético ................................................................................ 30
1.5 Atividade Física .......................................................................................... 33
1.5.1 Definição de atividade física ............................................................... 34
1.5.2 Benefícios da Atividade Física ........................................................... 35
1.5.3 Fatores de risco associados à inatividade física .............................. 38
1.5.4 Elementos inibidores da prática de atividade física (Barreiras)....... 38
1.5.5 Elementos facilitadores da prática de atividade física...................... 39
1.6 Desporto Adaptado .................................................................................... 41
1.6.1 A origem do Desporto Adaptado ........................................................ 41
1.6.2 Desporto Adaptado em Portugal ........................................................ 43
1.6.3 O Desporto Adaptado e os seus benefícios ...................................... 46
1.6.4 Inclusão Social no e pelo desporto .................................................... 47
2 Desportos Náuticos para Todos ....................................................................... 48
2.1 Projeto Náuticos para todos Protocolado entre APPACDM de Viana do
Castelo e Câmara Municipal de Viana do Castelo .............................................. 48
2.2 A Natação e os Desportos náuticos adaptados ....................................... 51
2.2.1 Natação Adaptada ............................................................................... 51
2.2.2 Remo Adaptado ................................................................................... 52
2.2.3 Surf Adaptado ...................................................................................... 53
2.2.4 Vela Adaptada ...................................................................................... 53
2.2.5 Canoagem Adaptada ........................................................................... 54
2.3 Inicio do Projeto.......................................................................................... 55
2.4 Principais conclusões do projeto .............................................................. 56
2.5 História do Remo ........................................................................................ 57
2.5.1 Remo Adaptado ................................................................................... 57
2.5.2 Categorias do Remo adaptado: .......................................................... 59
vii
2.5.3 Remo Adaptado em Portugal .............................................................. 59
2.5.4 Descrição da Técnica do Ciclo de remada......................................... 60
2.5.6 Os principais grupos musculares utilizados no Remo ..................... 62
2.5.7 Caraterização da modalidade de remo............................................... 64
2.5.8 Ergómetros de treino .......................................................................... 65
3. Objetivo Geral do Estudo .............................................................................. 67
3.1 Objetivo Específico do Estudo .................................................................. 67
4. Procedimentos Metodológicos ......................................................................... 67
5. Instrumentos .................................................................................................. 69
5.1 Provas da Bateria de teste KTK ............................................................. 69
6 Procedimentos estatísticos ........................................................................... 72
7 Apresentação e discussão de Resultados....................................................... 73
7.1 Análise dos grupos na primeira e segunda avaliação do KTK dividida
por fator. ................................................................................................................ 73
7.1.2 Avaliação do equilíbrio à retaguarda no grupo de controlo com a co
- variável idade. ................................................................................................. 75
7.1.3 Avaliação do salto monopedal no grupo de intervenção com a co –
variável idade. .................................................................................................... 76
7.1.4 Avaliação do salto monopedal no grupo de controlo com a co –
variável idade. .................................................................................................... 77
7.1.5 Avaliação do salto lateral no grupo de intervenção com a co –
variável idade. .................................................................................................... 78
7.1.6 Avaliação do salto lateral no grupo de controle com a co – variável
idade. 79
7.1.7 Avaliação da transposição lateral no grupo de intervenção com a co
– variável idade. ................................................................................................. 80
7.1.8 Avaliação da transposição lateral no grupo de controle com a co –
variável idade. .................................................................................................... 81
7.1.9 Análise dos grupos na primeira e segunda avaliação do KTK......... 82
7.2 Análise do grupo que obteve uma intervenção melhorou o seu
desempenho (tempo) no Remo, em contexto ergómetro. .................................. 86
8 Conclusões ..................................................................................................... 88
9 Sugestões ....................................................................................................... 89
Referências Bibliográficas ....................................................................................... 90
viii
Índice de Figuras
Fig. nº 1 – Embarcação de remo adaptado………………………………………. 54
ix
x
Índice de Quadros
Quadro 1: Classificação da Deficiência Intelectual segundo AAMR (2002) e APA
(2002)…………………………………………………………………………............26
Quadro 10: Valores médios obtidos na avaliação do salto lateral com a variável
idade no grupo de controle…………………………………………………………..81
xi
Quadro 15: Valores médios obtidos na avaliação do tempo ergómetro do grupo
de intervenção………………………………………………………………………..88
xii
Resumo
A prática de atividades desportivas por pessoas com deficiência,
constituiu-se como um modo de promoção e melhoria da sua qualidade de vida,
manifestado pelos efeitos no seu bem-estar físico e psicológico.
xiii
xiv
Abstract
Sport activity, practised by disabled people became, by itself, a way of
improving and promoting disabled people’s life quality, considering its direct
effects on their physical and psychological well-being.
xv
Introdução
Cada vez mais se observa que a prática de atividades desportivas por
pessoas com deficiência, por estimular as suas potencialidades em diferentes
domínios, constituiu-se como um modo de promoção e de melhoria da sua
qualidade de vida, manifestado pelos efeitos no seu bem-estar físico e
psicológico.
17
sempre com a participação da pessoa com deficiência nas diversas
modalidades. Neste sentido, complementando-os e sintetizando-os, Gorgatti
define “desporto adaptado” como o desporto modificado ou especialmente criado
para ir ao encontro das necessidades únicas de cada indivíduo com deficiência
(Gorgatti, 2005).
18
Nesta perspetiva de igualdade de oportunidades a todos os cidadãos, o
presente projeto visa constituir-se como um complemento ao projeto “Náuticas
nas Escolas” de modo a proporcionar a prática desportiva de desportos náuticos
não motorizados, para indivíduos com deficiência.
19
20
1. Revisão de Literatura
1.1 Definição de deficiência Intelectual
21
aprendizagens escolares (funcionais), ocupação dos tempos livres, trabalho -, a
deficiência intelectual manifesta-se antes dos dezoito anos de idade.
22
1.2 Classificação da Deficiência Intelectual
23
Os educáveis, portadores de uma DI ligeira, com um QI entre 50% e 7’%,
e que, mediante um acompanhamento especial, “são suscetíveis de aprender
conceitos ligados a algumas disciplinas académicas” (p.23); e, por fim,
Os borderline, que são suscetíveis de aprender e frequentar classes de
ensino regular, muito embora possam necessitar de algum apoio acrescido,
sempre ministrado por agentes especializados.
24
de segurança durante o transporte automóvel ou o atravessamento das ruas nos
locais e momentos apropriados);
– Critério B do DSM – 5 – quando o portador manifesta limitações do
comportamento adaptativo em, pelo menos, um dos domínios do
funcionamento/comportamento adaptativo – conceptual, social, ou prático – está
suficientemente alterado de modo a necessitar de apoios contínuos no sentido
de adequar a sua participação e desempenho num ou mais contextos de vida,
tais como escola, trabalho, casa ou comunidade. Nota: “Para diagnóstico de PDI,
os défices no funcionamento adaptativo devem estar diretamente relacionados
com as alterações descritas no Critério A.”.
– Critério C do DSM – 5 – quando o portador manifesta limitações do
comportamento adaptativo que, à luz dos critérios A e B e como supra se disse,
ocorrem depois desta idade num sujeito com um neuro desenvolvimento prévio
convencional; doença que pode vir a ser diagnosticável como demência.
A PDI é uma entidade nosológica muito heterogénea, razão porque inclui
um espectro muito largo de funcionalidades, ou seja, de capacidades e de
limitações.
Genericamente, e apesar de não haver um consenso entre os
especialistas, as funções intelectuais/capacidades cognitivas envolvem, como
vem plasmado no DSM-5: o raciocínio, a resolução de problemas, o
planeamento, o pensamento abstrato, o julgamento, a aprendizagem com base
em instruções e na experiência e o conhecimento prático.
25
Quadro 2: Níveis de Gravidade de Acordo com o DSM-5
26
Durante a vida adulta, o desenvolvimento de Amizades com sujeitos com desenvolvimento típico são geralmente auxiliar nas várias responsabilidades, tais como horários, transportes,
competências académicas realiza-se a um nível afetadas por limitações sociais ou de comunicação. Requer benefícios de saúde, e gestão do dinheiro.
elementar, e requer apoio na utilização das significativo apoio social e comunicativo para o sucesso em contexto A vasta variedade de capacidades recreativas a desenvolver requer
mesmas em contexto laboral e vida pessoal. laboral. apoios adicionais e oportunidades de aprendizagem durante longos
É necessária assistência diária contínua na períodos de tempo.
realização de tarefas conceptuais do dia-a-dia. Comportamentos desadaptados estão presentes numa minoria
significativa, originando problemas sociais
Aquisição limitada das capacidades conceptuais. Linguagem (falada) limitada em termos gramaticais e lexicais. O sujeito requer apoio e supervisão nos variados momentos e atividades
De um modo geral, há existência de dificuldades O discurso e a comunicação baseiam-se nos eventos da vida diária, da vida diária, incluindo refeições, vestuário, e higiene pessoal.
na compreensão da linguagem escrita ou de e podem resumir-se a palavras ou frases simples, podendo ser Incapacidade para tomar decisões responsáveis a respeito do seu bem-
outros conceitos envolvendo números, complementados através de meios de comunicação aumentativa. estar ou de outros. Em idade adulta, a participação nas tarefas de casa,
Grave quantidades, tempo e dinheiro. A linguagem é usada para a comunicação social, mais do que como lazer e trabalho exigem apoio e assistência contínua. A aquisição de
Requer apoios permanentes por parte de meio de explicação. Os sujeitos compreendem o discurso simples e competências em todos os domínios envolve ensino a longo prazo e apoio
familiares e outros prestadores para resolução a comunicação gestual. Para além da satisfação emocional, as contínuo. Comportamentos desadaptados, incluindo a auto-
de problemas ao longo da vida. relações com os membros da família e outros familiares representam agressão/mutilação, estão presentes numa minoria significativa
um importante apoio.
De um modo geral, as capacidades conceptuais Compreensão muito limitada da comunicação simbólica na fala ou Total dependência dos outros nos vários aspetos de cuidados pessoais
envolvem o mundo físico, em vez dos processos gesto. Pode existir compreensão de instruções simples ou gestos. diários, saúde e segurança. No entanto, pode apresentar capacidade
simbólicos. Consegue expressar desejos e emoções maioritariamente através de para participar em algumas das atividades.
O sujeito pode ser capaz de utilizar objetos de comunicação não-verbal e não-simbólica. Sujeitos sem alterações físicas graves podem ajudar na realização de
forma funcional para o cuidado pessoal, trabalho O sujeito retira satisfação dos relacionamentos com os membros algumas tarefas domésticas simples, tais como arrumar a mesa para as
e lazer. No entanto, a coocorrência de alterações familiares e outros cuidadores, e inicia e responde a interações refeições.
Profundo motoras e sensoriais pode impossibilitar a sociais através de pistas gestuais e emocionais. A coocorrência de A participação em atividades vocacionais/profissionais podem ter por
utilização funcional dos mesmos. alterações físicas e sensoriais pode impossibilitar a realização de base ações simples com objetos, com recurso a elevado nível de apoio.
Determinadas capacidades visuo-espaciais, tais várias atividades sociais. Como atividades recreativas, inclui-se ouvir música, ver filmes, passear
como a correspondência e classificação com ou participar em atividades aquáticas, com apoio adequado. A
base em características físicas, podem ser coocorrências de alterações físicas e sensoriais são limitações frequentes
adquiridas pelo sujeito com deficiência intelectual à participação em casa, nas atividades recreativas e a nível profissional.
profunda. A ocorrência de comportamentos desadaptados está presente numa
minoria significativa.
27
1.3 Etiologia da deficiência Intelectual
28
Pós-natais: são os que se encontram relacionados com tudo o que
acontece logo após o nascimento; tais como, traumatismos crânio – encefálicos,
infeções (meningite, encefalite), intoxicações, convulsões febris; hipotiroidismo e
hipoglicemia, desnutrição desidratação grave, acidente de trânsito, afogamento,
choque elétrico, asfixia, quedas, entre outros. (Verdugo e Bermejo, 2001).
Causas
• Metabolopatias (alterações no metabolismo de aminoácidos, lípidos, carbohidratos e
outros)
• Endocrinopatias (alterações endócrinas e hormonais tais como o hipotiroidismo e
pseudo – hipotiroidismo).
Genopatias • Síndromes polimalformativos (Síndrome de Prader – wili, Cornélia de Lange, Anemia
aplástica de Fanconi)
• Outras genopatias (Síndrome de Rette, Distrofia muscular progressiva, distrofia
miotónica).
• Síndromes autossómicas específicos (Trissomia G - Síndrome de Down, Trissomia E
– Síndrome de Edward e Trissomia D – Síndrome de Patau)
Cromossopatias • Síndrome autossómicas não específicos
• Síndrome Gonossómicos (ligados aos cromossomas sexuais como síndromes de
Turner e de Klinefelter)
Causas
• Infeções (rubéola, citomegalia, sífilis, toxoplasmose)
• Endocrinometabolopatias (tiroide, diabetes, défices nutritivos)
Pré - natais • Intoxicações (álcool, tabaco, drogas, fármacos)
• Radiações
• Perturbações Psíquicas
• Prematuridade
• Metabolopatias (hiperbilirrubinemia, hipoglicemia)
29
Perinatais ou • Síndroma de sofrimento cerebral (placenta prévia, traumatismo)
Neonatais • Infeções (meningite, encefalite)
• Incompatibilidade RH entre mãe e o recém-nascido
• Placentopatias
• Traumatismo de parto
• Idade e tamanho do feto
• Anoxia
• Hemorragias
• Rotura das membranas
• Má anestesia
30
historicamente, como verdadeiros marcos civilizacionais. Por exemplo, foi
proposto, com grande relevo nos anos 50 e 60 do século XX, o conceito de
integração, segundo o qual todos os cidadãos, independentemente do género,
da idade, da etnia, da religião, das suas capacidades ou limitações físicas,
mentais ou outras, das suas origens culturais ou familiares, etc., …, deveriam
usufruir dos mesmos direitos e frequentar, em absoluta igualdade de
oportunidades, os espaços sociais comuns e beneficiar dos mesmos serviços
comunitários. Uma vez que este desejo era de difícil concretização (não bastava
lutar pela integração das pessoas com Perturbação do Desenvolvimento
Intelectual), na década de 80 do século passado viria a evoluir-se para o conceito
de inclusão: que postulava deverem todos os cidadãos com Perturbação do
Desenvolvimento Intelectual (PDI) serem objeto de uma política ativa de
integração na sociedade, devendo, para tanto, desenvolver-se e aplicar todo um
conjunto de medidas conducentes a uma integração plena e bem-sucedida. Não
bastava, pois, ser-se ou estar integrado; impunha-se não se ser excluído.
31
degradante oferecido pela concentração artificial de pessoas com deficiência, as
baixas expectativas das instituições especiais. Porém, o principal argumento
deve assentar no direito à integração, independentemente das características
(aparências) físicas, mentais, culturais ou outras que distingam um sujeito da
restante maioria. Deste modo, a integração, erigida como imperativo ético,
postula e baliza a sua aplicação sistemática ao “caso” em análise. Assim
procedendo, independentemente dos resultados obtidos e no caso de se
manifestarem resultados menos bons no decurso da aplicação do ideal
integracionista, cumpre modificar as estratégias que conduziram a uma
intervenção ineficaz; reformulando-as sem minimamente abdicar daquele
princípio.
No plano ideal, uma pessoa com deficiência e pertencente a uma família
comum deve ser incluída no sistema regular de ensino e ter acesso às vulgares
atividades de lazer comunitário. Deve, ainda, em última análise e a fim de
garantir-lhe autonomia, ministrar-se-lhe formação profissional adequada com
vista à integração no mercado de trabalho,
Entende-se, para que tudo isto seja possível são necessários, grosso
modo, concretizar dois objetivos:
32
palavras, para uma adequada construção de um programa de intervenção, a
primazia pertencerá à pessoa com diferenças e à sua família. A escola
encarregar-se-á de concretizar, o melhor possível (mas não de forma exclusiva),
três dos quatro objetivos intermédios, a saber: a promoção do melhor
neurodesenvolvimento (cognição, linguagem, motricidade, aquisições
académicas, …) possível, numa perspetiva multidimensional; a adoção de
comportamentos pessoais e sociais convencionais; e a promoção de uma
adequada independência pessoal. Para que estes objetivos possam ser
concretizados, a escola terá de proporcionar currículos muito flexíveis, criativos
e bem-adaptados às necessidades de cada discente com diferenças. A escola
regular e inclusiva deverá reger-se, entre outros, pelos seguintes princípios
éticos:
33
1.5 Atividade Física
1.5.1 Definição de atividade física
34
hoje, esse novo estilo de vida vai em direção a um dos maiores problemas atuais:
a inatividade física (Cavill et, al 2006). Assim, do nomadismo imposto pela
necessidade de defesa e escassez de bens de consumo passamos para uma
era em que a aplicação sistemática da tecnologia à produção gerou um novo
estilo de vida e relações de trabalho propícias ao sedentarismo. Com este,
multiplicaram-se as horas de lazer, criadoras de um “novo estilo de vida” que
dispensava esforço físico e apelava à inércia.
35
(Hove, 2004; Rimmer & Yamaki, 2006; Robertson et al., 2000; Stedman &
Leland, 2010).
36
O universo do desporto subdivide-se em várias vertentes,
nomeadamente, educativa, recreativa, terapêutica e competitiva, aplicáveis na
totalidade às populações especiais, e, cumulativamente, sendo promotoras de
integração social.
37
1.5.3 Fatores de risco associados à inatividade física
38
Os fatores inibidores da prática de AF, vinculados aos hábitos e
preferências das atividades, são de outra ordem; e que a literatura especializada
identifica, como: o impacto afetivo, o suporte social, a falta de companhia para a
prática, a acessibilidade ao local da prática, a pouca divulgação e conhecimento
de oportunidades de prática, as insuficientes instalações e as dificuldades nos
transportes. (Laurien et al., 2009; Cohen – Mansfield, Marx e Guralnik, 2003;
Cassou et al. 2008; Guralnik et al,. 2003).
Voltando para as pessoas com DI, outras das barreiras relacionadas com
a falta de AF são identificadas e relacionadas com a atitude e motivação (Laurien
et al., 2009).
39
abrangência da conjugação de vontades e esforços, e na durabilidade dos
efeitos práticos das ações desenvolvidas, tal como nos anteriores capítulos se
referiu: de governos, organizações não governamentais, meras associações
humanitárias e educadores, entre outros, com primordial importância para a
UNESCO, quando, em 21 de novembro de 1978, elaborou e proclamou a Carta
Internacional de Educação Física e Desporto. Cfr. Conferência Geral da Organização das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, reunida em Paris, na sua 20ª sessão, em 21 de novembro
de 1978) -.
40
1.6 Desporto Adaptado
1.6.1 A origem do Desporto Adaptado
41
guerra começaram a obter grande êxito em atividades desportivas, com especial
destaque para: o basquete sobre cadeira de rodas e o atletismo. Para Mattos
(1994), enquanto na Inglaterra o objetivo maior era a reabilitação pelo desporto,
nos Estados Unidos a meta final era a competição.
Em Aylesbury na Inglaterra, o médico neurologista e neurocirurgião,
alemão de origem judaica, Sir Ludwig Gutmann e seus colegas do Stoke
Mandeville Hospital, obtém inúmeros sucessos com a reabilitação de ex-
combatentes através de jogos desportivos com cadeira de rodas (Mattos, 1990;
varela, 1991; Mauerberg-de-Castro, 2005; Gorgatti, 2005).
Em 1945 foi iniciado no hospital o primeiro programa em cadeira de rodas
com o objetivo de trabalhar o tronco e os membros superiores, diminuindo assim
o tédio da vida hospitalar (Araújo, 1997). Segundo o Jornal Super Ação (1988),
“Os primeiros resultados dessa prática relatam que, num ano de trabalho, o Dr.
Gutmann conseguiu preparar seis paraplégicos para o mercado de trabalho e
reconheceu que as atividades desportivas, como medida terapêutica, eram
importantes para a reabilitação psicossocial dos deficientes”.
Em 1948 aconteceram os Jogos Olímpicos de Verão, em Londres,
Inglaterra, e Sir Ludwig Gutmann, que passou a sonhar com uma olímpiada
especial que reunisse milhares de deficientes em torno do desporto, aproveita o
evento e cria paralelamente os primeiros jogos de Stoke Mandeville para
paraplégicos, estes jogos contaram com a participação de 16 atletas ingleses
nas modalidades de: arco e flecha, tiro ao alvo e arremesso de dardo (Araújo,
1997; Winnick, 2004; cidade; Freitas, 2002; Gorgatti; Gorgatti, 2005).
E em 1952, os jogos desenvolveram-se para a primeira competição
internacional de desporto em cadeira de rodas para deficientes físicos, com
cento e trinta participantes, equipas dos EUA, Inglaterra e Holanda (Araújo,1997;
Winnick, 2004; cidade; Freitas, 2002).
Os 9º Jogos de Stoke Mandeville foram realizados em Roma na Itália em
1960, logo após o encerramento dos Jogos Olímpicos; este evento, que marca
o envolvimento político e social do mundo todo com os jogos para pessoas com
deficiência, em que participaram cerca de duzentos e trinta atletas de vinte e três
países, contou com o apoio do Comitê Olimpíco Italiano (COI) e teve como
madrinha dos jogos a primeira dama italiana, Srª. Carla Grounchi.
42
A designação de “Paraolimpíadas”, surge em 1964, na Olimpíada de
Tóquio, como um tributo a Alice Hunter, paciente paraplégica do Stoke
Mandeville Hospital, que, na sua biografia intitulada de “Alice Mandeville
Paralympiad” (Alice das Paraolimpíadas), escreveu para a revista de desporto
“The Cord Journal of the Paraplegics”. Assim, as “Paraolimpíadas”, para a qual
a doença da autora remete, haveria de influenciar a manifestação desportiva
global destinada a pessoas com deficiência; ou seja, os Jogos Paraolímpicos,
nome por que viria a ser universalmente reconhecida. (Paralympic Spirit apud
Mauerberg-Decastro 2005).
43
Deficiência – Cfr. art.º 51º, deste diploma. Neste, e como do seu próprio nome se deduz,
entendendo-se a prática desportiva para cidadãos com deficiência como um
objetivo a prosseguir pelo Estado, a sua promoção, incentivo e disseminação
territorial, é assumida como dever próprio, garantindo o exercício dos direitos
fundamentais e de cidadania que a Constituição da República Portuguesa
consagra.
44
tais como: as crianças, os adolescentes, as grávidas, os idosos e também os
deficientes, etc.
45
Segundo Carvalho (2009), o desporto tem o mérito de dar visibilidade às
capacidades dos indivíduos, e não às suas dificuldades, menciona que o
desporto adaptado surge como uma Reabilitação Funcional e de Inclusão bem
como uma atividade de Lazer e Prazer, que poderá ter como fim último uma
atividade de Alto Rendimento-Alta Competição.
46
Neste contexto também Teixeira (1998) refere que o desporto tem um
papel socializador, pois permite a interação com outros, favorecendo a
integração da população com deficiência na sociedade. O indivíduo com
deficiência, através do desporto, descobre os seus limites e potencialidades,
ultrapassa algumas barreiras impostas pela sociedade, relacionando-se e
trocando experiências com os outros. Deste modo, as suas limitações e
habilidades são postas à prova como forma de encorajamento e permitindo que
alcance os seus limites, valorizando as suas ações. (Kaschalk, McCann,
Mushett, Richter & Sherrill, 2002).
A este respeito, Moura e Castro (1994) defende que o desporto tem sido talvez
o meio mais importante para a sensibilização e integração da pessoa com
deficiência na sociedade. Do mesmo modo Carvalho (2009) afirma que o
desporto tem tido um papel importante na inclusão social e no reconhecimento
das capacidades e potencialidades das pessoas com deficiência.
47
generalizada, e a presença de pessoas tendencialmente excluídas na
sociedade, no exercício das atividades dirigentes e técnicas, isto é, que não seja
exercida discriminação no acesso a estes cargos por motivos, raciais, étnicos,
deficiência, género, orientação sexual, classe social ou outros.
49
desportos náuticos, com exceção dos alunos da UAEM do 1.º Ciclo que,
juntamente com as turmas da EB1 de Abelheira, estão a ir à piscina Frederico
Pinheiro à sexta-feira de manhã. Porém, a equipa do projeto dos desportos
náuticos para todos, juntamente com os professores e técnicas do CRI presentes
na atividade, disponibilizaram-se, de imediato, a apoiar a participação destes
alunos na piscina.
De seguida, analisou-se com a escola a possibilidade de os alunos da
unidade de multideficiência do 2.º Ciclo (EB 2,3 de Abelheira) participarem na
atividade de natação. Atenta a necessidade e propondo-se colmatá-la, a escola
submeteu à consideração da Câmara Municipal de Viana do Castelo um pedido
para cedência de espaço na piscina do Atlântico, às quartas-feiras, período da
manhã, e solicitou apoio ao transporte adaptado para estes alunos. Assim, com
o apoio da Câmara Municipal e da equipa dos desportos náuticos para todos,
esta atividade tem vindo a decorrer, semanalmente, desde o início de dezembro.
No agrupamento de escolas de Monte da Ola, onde houve a preocupação de
garantir o acesso à atividade de natação a todos os alunos, verificou-se a
existência de turmas inscritas para atividades de desportos náuticos em junho,
mais especificamente nas modalidades de Remo e Surf, integradas por jovens
das UAEM ou UEEA.
Desde logo, neste agrupamento, tendo-se constado que os alunos do
primeiro ciclo das unidades de ensino estruturado para o autismo (UEEA) já
estavam a beneficiar da atividade nas piscinas municipais com as respetivas
turmas, à segunda-feira de manhã, aventou-se a hipótese de, com apoio da
equipa dos desportos náuticos para todos, proporcionar a um maior número de
alunos das UEEA a frequência da atividade de natação; o que viria a concretizar-
se de imediato.
No que concerne aos alunos das duas UEEA do 2.º Ciclo (Carteado
Mena), que já frequentavam a piscina Frederico Pinheiro (uma das unidades à
segunda-feira de manhã e a outra à sexta-feira de manhã), logo se iniciou a
colaboração da equipa de desportos náuticos, motivando-os e auxiliando-os na
prática destas atividades.
De igual modo, também os alunos da UAEM do 2.º Ciclo, que utilizavam
a piscina do Atlântico à quarta de manhã, começaram logo a beneficiar do apoio
dos técnicos do projeto dos desportos náuticos para todos. Neste caso e numa
50
fase inicial, era a Associação de Pais quem garantia o pagamento do transporte
dos alunos entre instalações; todavia, por escassez de fundo de maneio, a
continuidade deste apoio encontrava-se em iminente risco de findar.
Na tentativa de supri-lo foi convocada uma reunião entre a Direção do
Agrupamento de Escolas de Monte da Ola e a equipa do projeto, que deliberou
submeter os fatos à apreciação da Câmara Municipal de Viana do Castelo, e,
em consequência, solicitar o necessário apoio;
o que se fez, a requerimento daquela e onde se solicitava o benefício do
transporte não só para os alunos da UAEM do 1.º Ciclo (EB1 Cabedelo) e da
UAEM do 2.º Ciclo (Carteado Mena), mas também para uma aluna, com
mobilidade reduzida, da Escola Secundária de Monte da Ola.
Pretende-se que este grupo de alunos venha a frequentar a piscina do
Atlântico, às quartas-feiras, de manhã, em horário que, na atualidade, se
encontra cativo por destinado à Escola Carteado Mena.
51
7- Aumento da função respiratória;
8- Aumento da força muscular;
9- Estimulação da atenção e memória;
10- Favorecimento da autoestima e motivação;
11- Estimulação da capacidade de resolução;
52
2.2.3 Surf Adaptado
O Surf adaptado em Portugal é considerado uma modalidade desportiva
ainda em fase embrionária.
Não existindo ainda qualquer estudo ou investigação cientifica que possa
servir-nos como “guia” para fundamentar os benefícios concretos que, ao caso,
o surf pode proporcionar, cumpre dizer que: uma associação denominada
SURFDDICT pretendendo criar um movimento à escala nacional para que os
indivíduos com deficiência desfrutem da modalidade, está a tentar transformar a
modalidade num desporto para todos.
Pranchas de Surf Adaptado
Fig nº 2 – Prancha de surf adaptada para a mobilidade reduzida (foto retirada pelo próprio)
Fig. nº 3 – Prancha de Surf adaptada para Invisuais (foto retirada pelo próprio)
53
Mas a vela não é apenas competição! Confere também um sentimento de
independência e de prazer em disfrutar de elementos naturais tais como o vento
e o mar.
Entre os benefícios da Vela Adaptada, podem salientar-se os seguintes:
1- Independência para atividade;
2- Benefícios resultantes do contacto com a Natureza;
3- Capacidade aeróbica;
4- Apuramento Sensorial;
5- Aumento da autoestima;
54
2.3 Inicio do Projeto
Na sua origem, o presente projeto visou o ensino da Natação nas escolas
do 1º ciclo de ensino básico; a saber: EB1/JI Cabedelo e a Unidade de Autismo
da EB1/JI Senhora das Oliveiras.
Nele, no ensino da Natação, quando considerado e percebido como
primordial no desenvolvimento da autonomia aquática, visava-se a iniciação e
adaptação ao respetivo meio num processo evolutivo até ao nado;
proporcionando, deste modo, ferramentas imprescindíveis ao indivíduo com
deficiência.
Também, e nos trabalhos do projeto, chegou a equacionar-se a
possibilidade de apoio técnico nas piscinas aos alunos das turmas do 1º Ciclo
do Ensino Básico que apresentavam algum tipo de deficiência e que, à data, não
eram acompanhados por técnicos qualificados.
Na primeira fase de implementação do projeto foram, para o efeito,
utilizadas as Piscinas Municipais existentes em Viana do Castelo: Piscina
Municipal Frederico Pinheiro, Piscina do Atlântico – Joaquim Batista Alves e a
Piscina Municipal de Barroselas; e, numa sequência lógica e trajetória evolutiva,
avançou para o 2º e 3º ciclo do ensino básico com as escolas EB2,3 Viana do
Castelo e EB2,3 Carteado Mena.
Agora, os alunos com deficiência passaram a ter contacto com as
modalidades náuticas desportivas, utilizando os equipamentos acima referidos.
A Vela adaptada, o Remo adaptado, a Canoagem adaptada e o Surf adaptado,
passaram a ser modalidades de referência, integrados na disciplina de Educação
Física.
Em fase posterior e pretendendo ser mais abrangente, o projeto visava os
alunos que frequentavam as turmas regulares, propondo o seu
acompanhamento por um técnico qualificado na área da deficiência; tudo na
perspetiva de uma convergência regional que, com a criação de um programa
curricular, viesse a proporcionar aos alunos com deficiência a prática regular da
atividade física.
Todas as descritas Atividades foram desenvolvidas nas piscinas
municipais e nos centros náuticos, e redimensionadas com apoio técnico na área
da Psicomotricidade com qualificação académica na área da Atividade Física
55
Adaptada, num processo de interação técnico–pedagógico entre as escolas,
clubes e autarquia.
Esta conjugação de vontades e esforços, permitiu uma melhor
compreensão do funcionamento, da coordenação global e da adaptação
biomecânica às dificuldades na “gestão de conflitos” inerentes ao indivíduo com
deficiência.
56
2.5 História do Remo
57
O número de atletas envolvidos nos Jogos tem vindo sempre a aumentar.
Participando 400, em Roma, 3 195, em Atlanta e mais de 4 300, no Rio de
Janeiro. No que toca às modalidades náuticas, a Vela iniciou a sua participação
na Austrália e o Remo veio a integrar o Movimento apenas a partir de Pequim.
58
deficiência não necessitam de grandes adaptações para remar o que permite
que No Remo as provas para cidadãos com deficiência realizam-se juntamente
com aqueles que não apresentam essas caraterísticas; fato que, tendo sido
proposto pela Federação Internacional, foi aceite e tem como objetivo a
promoção da inclusão.
59
saúde, nos ginásios ou, também e como forma de inclusão social, nos
estabelecimentos prisionais.
60
cadência da remada podem variar de acordo com as características mecânicas
do barco e a capacidade física do remador. A figura nº 2 procura ilustrar o ciclo
de remada; assim, as primeiras três imagens representam a fase motora e as
quatro últimas a fase de recuperação ou de deslize da embarcação.
61
prolonga-se com a flexão da articulação do joelho; entretanto, a pá é
preparada para nova reentrada na água.
2. A fase motora:
• Importância das pernas (membros inferiores): no início da
remada é exigida a força máxima dos membros inferiores. Os
62
quadricípites estendem os joelhos e os pés fazem uma ligeira
flexão plantar.
63
3. O final: os joelhos e tornozelos mantêm-se constante enquanto as
ancas completam a extensão total.
Os extensores das costas contraem-se continuamente e os membros
superiores rodam internamente através da contração do latíssimos.
64
cíclicos e atentas as características especificas da modalidade, se visa, através
do esforço físico a realizar, atingir a máxima velocidade média na distância a
percorrer na competição.
65
Os ergómetros de uso corrente são os mais comuns em laboratórios e
ginásios; cujo padrão de movimento melhor se adequa à generalidade da
população. Pereira (1997) indica que o tapete rolante e o cicloergómetro são os
mais utilizados na avaliação de indivíduos não atletas, e que a manivela é o mais
utilizado na avaliação ergométrica de populações especiais.
66
3. Objetivo Geral do Estudo
4. Procedimentos Metodológicos
Para obtenção e seleção da amostra recorreu-se a uma Associação de
Apoio a Pessoas com Deficiência Intelectual de Viana do Castelo (APPACDM).
A recolha de dados foi realizada após o pedido ter sido aprovado em reunião
pelos membros responsáveis da instituição.
Este estudo teve como objeto dois grupos distintos com idades
compreendidas entre os 18 e os 40 anos, pertencentes a turmas da APPACDM
de Viana do Castelo, com o diagnóstico de Deficiência Intelectual e segundo a
classificação do DSM-5 variam entre o ligeiro, moderado e o grave.
67
Média de idades
29,1
23,2
Grupo 1 Grupo 2
Gráfico 1: Média de idades dos atletas – Grupo 1: grupo de intervenção e Grupo 2: Grupo de controle
GRUPO 1 GRUPO 2
Masculino Feminino
68
5. Instrumentos
Equilíbrio à retaguarda
69
Salto Monopedal
Salto Lateral
• Objetivo: medir a capacidade de saltar a pés juntos de um lado
para o outro durante um determinado tempo.
70
Transferência lateral
71
6 Procedimentos estatísticos
Após a recolha de dados, passou-se à sua organização e, posteriormente
à respetiva análise estatística, através do programa estatístico Statiscal Package
for the Social Sciences (SPSS) versão 24.0.
72
7 Apresentação e discussão de Resultados
Com base nos dados obtidos foram construídos gráficos que permitem de
forma mais clara e objetiva a apresentação dos dados estatísticos e, neste caso
específico, mostrar detalhadamente a prestação de cada participante durante as
provas KTK.
73
7.1.1 Avaliação do equilíbrio à retaguarda no grupo de Intervenção com a
co - variável idade.
Tipo III
Soma dos df Quadrado F Sig.
Quadrados médio
Intervenção 36,423 1 36,423 3,028 0,120
Intervenção + Idade 4,814 1 4,814 0,545 0,545
113
111 110
105
64
107
95 97 98
56
1 2 3 4 5
Série1 Série2
Gráfico 3: Valores médios obtidos no Equilíbrio à retaguarda, durante a primeira e a segunda avaliação onde a série 1
pertence à primeira avaliação e a serie 2 à segunda avaliação.
74
algumas atividades que propusemos, nomeadamente o caminhar em pontas dos
pés, o treino de equilíbrio utilizando bancos suecos, a realização de jogos onde
os participantes pudessem exercitar o equilíbrio estático em apoio retilíneo, em
pontas dos pés e também apoio unipedal, considerando que muitos
apresentavam dificuldades em se manterem imóveis. Do mesmo modo, o
equilíbrio dinâmico foi trabalhado com recurso à marcha controlada e à evolução
na trave (deslocações á frente, atrás, à direita e à esquerda).
Quadro 6: Valores médios obtidos na avaliação do equilíbrio à retaguarda com a variável idade
90 95 88
82 80
1 2 3 4 5
Série1 Série2
Gráfico 4: Valores médios obtidos no fator Equilíbrio à retaguarda onde a série 1 pertence à primeira avaliação e a
serie 2 à segunda avaliação.
75
7.1.3 Avaliação do salto monopedal no grupo de intervenção com a co –
variável idade.
Tipo III
Soma dos df Quadrado F Sig.
Quadrados médio
Quadro 7: Valores médios obtidos na avaliação do salto monopedal com a variável idade no grupo de
intervenção.
99 99
91
86
90 93 51
78 86
46
1 2 3 4 5
Série1 Série2
Gráfico 5: Valores médios obtidos no fator salto monopedal onde a série 1 pertence à primeira avaliação e a serie 2 à
segunda avaliação.
76
também com as mesmas como forma de consciencialização do controlo dos
movimentos poderão ajudar a explicar a obtenção destes resultados.
Quadro 8: Valores médios obtidos na avaliação do salto monopedal com a variável idade no grupo de controle
80 77
78 77
68
78 74
68 66 67
1 2 3 4 5
Série1 Série2
Gráfico 6: Valores médios obtidos no fator salto monopedal onde a série 1 pertence à primeira avaliação e a serie 2 à
segunda avaliação.
77
7.1.5 Avaliação do salto lateral no grupo de intervenção com a co –
variável idade.
Tipo III
Soma dos df Quadrado F Sig.
Quadrados médio
Intervenção 110,613 1 110,613 2,962 0,124
Intervenção + Idade 109,413 1 109,413 2,930 0,125
Quadro 9: Valores médios obtidos na avaliação do salto lateral com a variável idade no grupo de
intervenção.
77
70 68
63
65 70 35
62 60
30
1 2 3 4 5
Série1 Série2
Gráfico 7: Valores médios obtidos no fator no salto lateral onde a série 1 pertence à primeira avaliação e a serie 2 à
segunda avaliação.
78
Tratando-se de uma atividade que exige equilíbrio e impulsão, foi dada
continuidade aos exercícios referidos anteriormente
Tipo III
Soma dos df Quadrado F Sig.
Quadrados médio
Intervenção 0,018 1 0,018 0,004 0,953
Intervenção + 0,217 1 0,217 0,045 0,836
Idade
Erro 38,233 8 4,779
Quadro 10: Valores médios obtidos na avaliação do salto lateral com a variável idade no grupo de
controle
70
49 49
55
44
64 67 70
55
43
1 2 3 4 5
Série1 Série2
Gráfico 8: Valores médios obtidos no grupo de controle no salto lateral onde a série 1 pertence à primeira avaliação e a
serie 2 à segunda avaliação.
79
7.1.7 Avaliação da transposição lateral no grupo de intervenção com a co
– variável idade.
Tipo III
Soma dos df Quadrado F Sig.
Quadrados médio
Intervenção 72,980 1 72,980 1,566 0,246
Intervenção + Idade 44,457 1 44,457 0,954 0,357
Quadro 11: Valores médios obtidos na avaliação transposição lateral com a variável idade no grupo de
intervenção
68 70
52 49
44
55 60 62 59
40
1 2 3 4 5
Série1 Série2
Gráfico 9: Valores médios obtidos no grupo de intervenção na transposição lateral onde a série 1 pertence à primeira
avaliação e a serie 2 à segunda avaliação.
80
7.1.8 Avaliação da transposição lateral no grupo de controle com a co –
variável idade.
Tipo III
Soma dos df Quadrado F Sig.
Quadrados médio
Intervenção 0,338 1 0,338 0,048 0,832
Intervenção + 0,427 1 0,427 0,06 0,811
Idade
Erro 56,023 8 7,003
Quadro 12: Valores médios obtidos na avaliação transposição lateral com a variável idade no grupo de
controle
70 61
70
52 52
57 60
50 52 48
1 2 3 4 5
Série1 Série2
Gráfico 10: Valores médios obtidos no grupo de controle na transposição lateral onde a série 1 pertence à primeira
avaliação e a serie 2 à segunda avaliação.
82
Para uma melhor perceção, serão apresentados os gráficos relativos á
primeira e segunda avaliações onde é possível verificar que na primeira
avaliação o percentil mais baixo está nos 40.
Gráfico 11: Valores médios obtidos no grupo de intervenção na primeira avaliação do KTK
Gráfico 12: Valores médios obtidos no grupo de intervenção na segunda avaliação do KTK
83
Na segunda avaliação é possível verificar que houve uma evolução
acentuada em termos gerais em todo o grupo passando dos 60 para os 72,
sendo que, podemos ainda realçar que, apesar de haver evolução não foi
suficientemente significativa para manter o grupo equilibrado, pois ainda
apresenta um elemento no percentil 40, ou seja um valor atípico (outlier).
Gráfico 13: Valores médios obtidos no grupo de controle na primeira avaliação do KTK
84
Relativamente ao gráfico podemos observar que os percentis variam entre
os 40 e os 65, mostrando que o grupo é homogéneo, destacando-se apenas
alguns elementos com o percentil acima da média do grupo.
Gráfico 14: Valores médios obtidos no grupo de controle na segunda avaliação do KTK
85
7.2 Análise do grupo que obteve uma intervenção melhorou o seu
desempenho (tempo) no Remo, em contexto ergómetro.
No final de cada treino foi recolhido o tempo, sendo este processo repetido
ao longo do tempo.
Quadro 15: Valores médios obtidos na avaliação do tempo ergómetro do grupo de intervenção
Gráfico 14: Valores médios obtidos no grupo de intervenção na avaliação do tempo inicial do ergómetro
86
Gráfico 15: Valores médios obtidos no grupo de intervenção na avaliação do tempo final no ergómetro
8
7
6
5
4
3
2
1
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Série1 Série2
Gráfico 16: Diferença do tempo inicial vs final do remo ergómetro a uma distância de 1000 metros.
87
8 Conclusões
Em função dos objetivos definidos para este estudo podemos tirar as seguintes
conclusões:
88
9 Sugestões
89
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Anexos
98
99
100