Aspectos Conceituais Do Psicodiagnóstico
Aspectos Conceituais Do Psicodiagnóstico
Aspectos Conceituais Do Psicodiagnóstico
Objetivos da Unidade:
📄 Contextualização
📄 Material Teórico
📄 Material Complementar
📄 Referências
📄 Contextualização
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A área de avaliação psicológica tem importância significativa no Brasil e no mundo. No Brasil, foi
regulamentada como atividade privativa do Psicólogo, de acordo com a Lei 4.119, de 27 de agosto de 1962
(BRASIL, 1962), que considera a utilização de métodos e técnicas psicológicas usadas para diagnóstico
psicológico, orientação, seleção profissional e orientação psicológica entre outras atividades.
O Conselho Federal de Psicologia define que o uso dos métodos e das técnicas em avaliação psicológica
são privativos dos psicólogos. É um processo estruturado que investiga fenômenos psicológicos no âmbito
individual, grupal ou institucional, com condições e finalidades específicas, de acordo com as demandas
apresentadas, e tem como objetivo oferecer informações que auxiliem na tomada de decisão (CONSELHO
FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2022).
A avaliação psicológica sofreu críticas em sua história por ter sido utilizada como produtora de exclusão
social (PATTO, 1997) e, atualmente as questões acerca da função da avaliação e do Psicodiagnóstico, do
ponto de vista ético, abrangem quais os benefícios para aqueles que solicitam, visto que, atualmente, a
patologização se tornou banalizada e os autodiagnósticos têm sido observados (OLIVEIRA; SAMICO, 2019).
O que é necessário considerar para garantir uma prática adequada, consistente e ética?
Nesta Unidade, veremos os fundamentos do Processo Psicodiagnóstico, sua importância, seus limites e
sua abrangência.
📄 Material Teórico
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Introdução
Antes de definirmos o Processo Psicodiagnóstico, destacaremos alguns pontos históricos e relevantes para
fundamentar nossa discussão sobre o tema.
Cunha (2003) considera que a Avaliação Psicológica é um conceito amplo, enquanto o Psicodiagnóstico
trata-se de uma avaliação com propósitos clínicos, o que não inclui todos os modelos que avaliam
diferenças individuais. Trata-se de uma investigação das forças e das fraquezas no funcionamento
psicológico, observando a existência ou não de psicopatologia.
As raízes da testagem são bem antigas e há registros de que, em 2200 a.C., na China, já se fazia uso de
testes para avaliação no Serviço Público. Em relação à origem do Processo Psicodiagnóstico, tal prática
derivou da Psicologia Clínica de Lighter Witmer, em 1896, a partir das tradições da Psicologia Acadêmica e
das influências da Medicina na identidade profissional do Psicólogo.
Mas foi no final do século XIX e início do XX, com os trabalhos de Galton, com o estudo das diferenças
individuais, e com Cattel, com as primeiras provas denominadas testes mentais, e com as contribuições de
Binet, que propõe o uso de exame psicológico para a avaliação de medidas intelectuais associadas à
avaliação pedagógica de crianças que o Psicodiagnóstico se desenvolve (CUNHA, 2003).
A partir das escalas Binet, a tradição psicométrica se desenvolve e possibilita a criação dos testes Army
Alfa e Army Beta, utilizados no exército americano, em 1917, por Robert Yerkes, bem como as contribuições
nosológicas de Emil Kraeplin e de Freud, no início do século XX.
Saiba Mais
Nosologia é um ramo da Medicina e significa classificação de doenças.
São as contribuições de Freud para o dinamismo psíquico que inauguraram uma nova forma de
compreender os indivíduos. Com o teste de Jung de Associação de Palavras, em 1906, surgem outras
técnicas projetivas como o Rorschach, em 1921, o Teste de Apercepção Temática – TAT, em 1935, ainda
amplamente utilizados.
Apesar do grande interesse nos testes projetivos, eles sofreram certo declínio com o surgimento de outras
formas de investigação, como os inventários e as baterias de origem psicométrica. Nos últimos anos, houve
grande desenvolvimento dos testes psicológicos no Brasil, principalmente, a partir de 2003, com a criação
do Sistema de Avaliação dos Testes Psicológicos – SATEPSI, com a proposta de avaliar a qualidade
técnico-científica dos instrumentos, considerando parâmetros internacionais, para os profissionais e a
comunidade (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2022).
A preocupação com os critérios científicos dos instrumentos passa a ser vista como forma de garantir a
qualidade do trabalho profissional, a avaliação psicológica e o Processo Psicodiagnóstico.
Saiba Mais
A palavra diagnóstico deriva do grego diagnõstikós, que significa faculdade de
Psicodiagnóstico – Definição
O Psicodiagnóstico é considerado uma prática bem delimitada, com o objetivo de alcançar descrição e
compreensão a mais completa possível da personalidade do paciente ou do grupo familiar. Envolve
aspectos pretéritos, presentes – que envolve o diagnóstico – e futuros, que abarcam o prognóstico. Após a
compreensão completa do caso, incluindo os aspectos adaptativos e patológicos, realiza-se o informe
descritivo e o encaminhamento adequado ao caso, se necessário psicoterapia etc. (OCAMPO et al., 1999).
O Diagnóstico Psicológico teve como base os modelos médico, psicométrico e behaviorista. No modelo
médico, foram enfatizados os aspectos patológicos do indivíduo e as referências nosológicas. No modelo
psicométrico, foi estabelecido como campo exclusivo para a atuação do Psicólogo, para determinar a
capacidade intelectual de crianças, aptidões e dificuldades a partir do uso de testes e o modelo
behaviorista, a partir da compreensão de que o comportamento não seria inato e sim aprendido, sendo
portanto modificável, utiliza avaliações próprias, como levantamento de repertório ou análises do
comportamento (ANCONA-LOPEZ, 1984).
A Avaliação Psicológica Clínica, também conhecida como Psicodiagnóstico, é uma prática bastante comum
no Brasil, e parece ser mais comum quando o profissional faz uso de testes psicológicos. Mas será que
Psicodiagnóstico ocorre somente no uso de testes?
O uso de testes no Psicodiagnóstico, historicamente, parece ser bastante associado. Arzeno (1995)
considerou que o uso de testes é necessário para o Psicodiagnóstico e Cunha destacou que:
testes psicológicos (input), em nível individual ou não, seja para entender problemáticas à
- CUNHA, 2003, p. 26
Krug, Trentini e Bandeira (2016) destacam que essa discussão é infrutífera, visto que o caráter diagnóstico
e investigativo é o que define o Psicodiagnóstico, e não o uso de instrumentos específicos.
investigação dos fenômenos psicológicos, que inclui métodos, técnicas e instrumentos, com o intuito de
oferecer informações à tomada de decisão, tanto em relação ao indivíduo, grupos ou instituições a partir das
demandas apresentadas (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2022).
Krug, Trentini e Bandeira defendem que a atividade prática de avaliação realizada por Psicólogos seja com
testes ou não, possa ser chamada de Psicodiagnóstico, pois entendem ser necessário incluir as diferentes
formas desse procedimento clínico de investigação, a partir de diferentes Teorias Psicológicas.
limitado no tempo, que emprega técnicas e/ou testes com o propósito de avaliar uma ou
#ParaTodosVerem: foto de uma criança com síndrome de down, com as palmas das
mãos cobertas por tinta colorida. As mãos estão na altura do rosto. Fim da descrição.
A perícia forense pode não ser considerada por alguns um Psicodiagnóstico, visto que o objetivo é
responder a questões legais, solicitadas por um juiz. Em muitos aspectos, a perícia na avaliação forense se
diferencia do contexto clínico e, por ser uma avaliação compulsória ou solicitada para responder a uma
questão jurídica, a presença de dissimulação e de simulação tornam a avaliação mais complexa. A
Resolução CFP 08/2010 dispõe sobre a atuação do Psicólogo como perito e Assistente Técnico no Poder
Judiciário.
O Psicodiagnóstico pode ser realizado com crianças, adolescentes, adultos e idosos. A preocupação com a
saúde mental na terceira idade vem aumentando, o que tem possibilitado instrumentos específicos para
serem utilizados em idosos, a fim de compreender sua capacidade cognitiva, afetiva, motora, sexual e social
e, nos casos de suspeita de demência, a avaliação neuropsicológica é de grande importância (MACHADO et
al., 2019).
No trabalho do Psicólogo Clínico, o diagnóstico pode ser compreendido como uma etapa que antecede à
Psicoterapia, vez que tende a buscar compreender quais são as dificuldades apresentadas pelo indivíduo,
seus recursos e quais são as intervenções adequadas para o caso. Entretanto, no modelo tradicional, não se
prevê intervenção, cabendo ao momento da devolutiva a orientação e a informação dos resultados, bem
Psicodiagnóstico Compreensivo
A proposta de um modelo compreensivo foi decorrente da necessidade de uma prática abrangente, que, no
diagnóstico psicológico, incluiria um conjunto de informações disponíveis, relevantes e significativas da
personalidade. Evita-se a unilateralidade ao buscar uma visão totalizadora do indivíduo, abrangendo as
dinâmicas intrapsíquicas, intrafamiliares e socioculturais (TRINCA, 1984).
Seus principais fatores estruturantes são: elucidar o significado das perturbações (compreender a função
das perturbações e os fatores inconscientes que a mantém), ênfase na dinâmica emocional inconsciente,
pautada na psicanálise, considerações de conjunto para o material clínico, ou seja, tudo que é relevante ao
caso e que interessa à elucidação do caso: entrevistas, observações, testes e outras técnicas de
investigação e aspectos da própria personalidade do profissional, para alcançar uma visão global do
A compreensão psicológica de uma visão globalizada do paciente conta com a interação na personalidade
de diferentes fatores:
Forças intrapsíquicas que não apenas se expressam no momento atual, mas marcam os
períodos evolutivos na vida do paciente;
Forças socioculturais presentes nos dados básicos e que não devem ser negligenciadas.
No modelo compreensivo:
profundo sobre seu funcionamento mental. Nos últimos anos, cada vez mais, os
de suas personalidades”
Winnicott (e suas consultas terapêuticas) é considerado precursor desse tipo de avaliação, em que, na
maioria dos casos, realizava interpretações e tratamento nas poucas entrevistas, a partir do clima de
Nas principais técnicas empregadas no diagnóstico compreensivo, além das entrevistas clínicas, testes,
anamnese e observação, estão o Jogo do Rabisco de Winnicott, observação lúdica ou hora de jogo proposto
por Aberastury e procedimento de Desenhos Histórias de Trinca (TRINCA, 1984).
Figura 3 – Foto das mãos de uma criança brincando
Fonte: Getty Images
#ParaTodosVerem: foto das mãos de uma criança brincando com um jogo de montar
peças para encaixe, com peças das cores azul, laranja, verde e vermelho. Fim da
descrição
Psicodiagnóstico Interventivo
O Processo Psicodiagnóstico dos aspectos da personalidade do indivíduo, com suas etapas bem definidas,
a partir do contato inicial e de entrevistas com o paciente, aplicação de testes e técnicas projetivas,
encerramento do processo, devolutiva oral e informe por escrito ao solicitante (OCAMPO et al., 1999) pode
suscitar no profissional muita angústia frente ao pouco intervalo de tempo que ele tem e a magnitude da
tarefa proposta (ANCONA-LOPEZ, 1995).
A pessoa/família que procura auxílio do Psicólogo o faz em um momento delicado de sua vida, no qual as
estratégias anteriores de resolução não foram bem-sucedidas e podem levar à expectativa de que o
profissional, no risco de uma relação assimétrica, tenha uma atitude passiva dos que procuram
esclarecimentos de sua atuação (ANCONA-LOPEZ, 1995).
A busca por ajuda favorece que o indivíduo entre em contato com suas próprias atitudes e auxilia a auto-
observação, e mesmo que já tenha um autodiagnóstico e busque sua confirmação, pressupõe-se a
importância da confiança depositada no profissional e na qualidade da relação bipessoal estabelecida
(ANCONA-LOPEZ, 1995; OCAMPO et al., 1999).
As atitudes presentes no paciente devem ser assinaladas, mas há divergências em relação à quando elas
devem ocorrer. Enquanto que para alguns ela deve surgir no Psicodiagnóstico diante de bloqueios,
paralisações ou momentos em que seja necessário retomar o objetivo da tarefa (OCAMPO et al., 1999), há
aqueles que que destacam que o processo é permeado de angústias e, muitas vezes, em serviço-escola
diante de uma fila de espera significativa, em que crianças são encaminhadas pelas Escolas, diante de
queixas de aprendizagem, a demora para serem atendidas, e o tempo empregado para a avaliação pode
incrementar angústias, pois mesmo que o encaminhamento seja o de Psicoterapia, novamente a espera
numa nova fila parecia contribuir pouco para mitigar a ansiedade e trazer benefícios mais imediatos para
pacientes e família (ANCONA-LOPEZ, 2014).
Diante desse cenário, a necessidade de fazer alguns apontamentos durante o processo favoreceria uma
compreensão mais ampla e um trabalho em conjunto com o avaliando. A conduta de realizar perguntas,
sugestões e comentários e assinalamentos já ocorre durante o processo e, ao mesmo tempo que amplia o
olhar do profissional, altera a qualidade do atendimento e possibilita observar com mais clareza os limites e
as possibilidades do paciente, e funcionaria também como devoluções parciais, que favorecem ao
avaliando uma melhor compreensão de si mesmo (ANCONA-LOPEZ, 2014; ANCONA-LOPEZ, 1995).
A visão clássica do Psicodiagnóstico sugere uma atitude neutra por parte do profissional, o que implica
certo distanciamento na relação. No entanto, no modelo interventivo, essa postura pode impedir que a
intervenção ocorra, já que, de qualquer maneira, ela ocorrerá, vez que a relação entre o cliente e o
profissional envolve sujeitos com suas subjetividades, que irão se inter-relacionar durante o processo. Ao
receber o cliente, caberá ao profissional clarear sua demanda e, dessa maneira, considerá-lo coparticipante
desse processo, ao mesmo tempo em que permitirá uma atitude flexível do profissional, inventiva e
responsável. Não se trata de igualar o Psicodiagnóstico ao Processo de Psicoterapia, mas reconhecer que é
um encontro privilegiado e significativo com o cliente (ANCONA-LOPEZ, 1984).
O Processo Psicodiagnóstico é considerado um momento de transição, em que o cliente encontrará
acolhida por suas dúvidas e sofrimentos. No caso de atendimento infantil, deve-se acolher os pais, explorar
as queixas trazidas e os sintomas apresentados pela criança, bem como compreendem a situação com o
filho e a própria postura em relação a ele. Se os pais não recebem orientações, apoio, motivação e não estão
empenhados para esse processo, pode contribuir para sua deserção (YEHIA, 2014).
Além da qualidade dos instrumentos, o cuidado com a formação profissional é fundamental. O CFP destaca
que, no processo avaliativo, deve-se considerar o funcionamento global dos indivíduos, sua integralidade e
equidade e livres de conteúdos que possam ser discriminatórios ou estigmatizantes (CFP, 2022).
Cabe ao Psicólogo avaliar com cuidado a demanda trazida ou a fonte de encaminhamento que, muitas
vezes, não tem clareza do que necessita exatamente, e é papel do profissional avaliar como deve atender
aquela demanda.
É necessário tecer objetivos daquele processo e considerar os aspectos éticos, além do preparo pessoal e
técnico, que considera dominar os conhecimentos específicos de avaliação e de áreas afins (Psicologia do
Desenvolvimento, Psicopatologia, Avaliação Psicológica, Estatística, Teorias da Personalidade, Processos
cognitivos e Pesquisa Científica entre outras). O preparo pessoal envolve seu processo terapêutico
individual, de preferência orientado na mesma base teórica que sustenta sua clínica, associado às
avaliações realizadas e supervisionadas por outro profissional mais experiente (BANDEIRA; TRENTINI;
KRUG, 2016).
No Psicodiagnóstico, deve-se avaliar com cuidado a demanda trazida ou a fonte de encaminhamento,
realizar considerações éticas e se favoráveis, tecer os objetivos para sua realização, levando em
consideração as habilidades do Psicólogo para realizar tal tarefa, a partir de uma formação sólida e
As questões éticas permeiam atenção ao que já foi publicado na Área, necessitando do profissional
acompanhamento constante das publicações científicas, das atualizações dos materiais avaliativos como
testes ou materiais complementares, bem como os princípios do Código de Ética do Psicólogo – CEP
(BANDEIRA et al., 2016; CFP 010/2005).
Além dos princípios presentes no CEP, atenção especial deverá ser dada às resoluções do CFP, como a
Resolução 001/2009, que dispõe sobre a obrigatoriedade do registro documental dos serviços psicológicos
prestados, Resolução 31/2022 que estabelece diretrizes para a realização da Avaliação Psicológica no
exercício profissional e a Resolução CFP 006/2019, que orienta sobre os documentos escritos.
Considerando a Demanda
O Processo Psicodiagnóstico e seu resultado dependem da demanda: suas questões e clareza. A demanda
é o primeiro desafio, pois nem sempre está clara e o paciente não consegue informar o que precisa ou
perceber o seu sofrimento. Muitas vezes, as demandas são genéricas e cabe ao profissional estabelecer
boas questões, visto que trata-se de um processo científico, no qual as hipóteses são imprescindíveis
(BANDEIRA et al., 2016).
Muitas vezes, as fontes encaminhadoras não são claras ou podem solicitar uma avaliação, quando o
atendimento psicoterápico possa ser mais urgente, em condições clínicas agudas, cujo objetivo, no caso, é
mitigar o sofrimento. Outras condições clínicas podem emergir no processo, que necessitará do Psicólogo a
relação com outros profissionais para um olhar global, evitando reducionismos e integrando aspectos
emocionais, cognitivos, físicos, motores e neurológicos (BANDEIRA et al., 2016).
Ao receber uma demanda para atendimento, caberá ao profissional avaliar a pertinência do caso, realizar
diagnóstico diferencial, identificar forças e fraquezas do paciente e rede de atenção, pautar a compreensão
do caso numa Teoria Psicológica e refletir sobre os encaminhamentos necessários e ou avaliações
complementares com outros profissionais (Fonoaudiólogo, Neurologistas e Psiquiatras entre outros). Ao
avaliar a demanda, caberá ao Psicólogo estabelecer o objetivo do Psicodiagnóstico, que irá nortear a
escolha das técnicas e ou instrumentos a serem utilizados (BANDEIRA et al., 2016)
Em Síntese
Nesta Unidade, vimos os aspectos históricos do Processo Psicodiagnóstico, sua definição e seus aspectos
éticos.
O Psicodiagnóstico é um processo científico, com começo, meio e fim. Tem como objetivo responder a
hipóteses levantadas a partir da demanda e utiliza técnicas e ou instrumentos psicológicos, para avaliar
uma ou mais características psicológicas. A avaliação deve ser global e considerar os aspectos descritivos
e dinâmicos do caso, sendo compreendido à luz de uma orientação teórica, que irá embasar o caso e os
devidos encaminhamentos que se fizerem necessários.
Discutimos que o Psicodiagnóstico pode ser no modelo clássico, em que se busca, por tempo limitado,
responder à demanda, não o tornando um processo terapêutico, porém, no decorrer da história, vimos
propostas de um modelo compreensivo, que pressupõe técnicas que permitem maior liberdade para o
material clínico, incluindo aspectos dinâmicos psíquicos intrafamiliares, socioculturais e do próprio
avaliando, com a proposta de compreensão global
Figura 4 – Mãe acompanhando o processo de seu filho
Fonte: Getty Images
#ParaTodosVerem: a imagem, vemos uma mãe com o filho sentado em seu colo no canto
direito da imagem, ao lado esquerdo está uma mulher vestindo calça jeans, camisa preta
e blazer amarelo, com uma prancheta em mãos, parece anotar o que a mãe fala. Fim da
descrição.
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Leitura
ACESSE
Resolução CFP NR 008/2010
Dispõe sobre a atuação do Psicólogo como Perito e Assistente Técnico no Poder Judiciário
ACESSE
ACESSE
📄 Referências
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resolucao-cfp-no-15-1996-a-resolucao-cfp-no-07-2003-e-a-resolucao-cfp-no-04-2019?q=006/2019>. Acesso
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