Pronto Atendimento de Síndrome Cólica em Equinos
Pronto Atendimento de Síndrome Cólica em Equinos
Pronto Atendimento de Síndrome Cólica em Equinos
Valdelice ESPOSITO
Acadêmica do curso de Medicina Veterinária da Universidade Guarulhos – UnG - Guarulhos – SP –
Brasil
RESUMO
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REVISTA CIENTÍFICA DE MEDICINA VETERINÁRIA - ISSN:1679-7353
Abdome agudo, também conhecido como síndrome cólica é uma enfermidade de caráter
agudo, afetando fatores fisiológicos do trato gastrointestinal, desencadeando alterações
sistêmicas, e sendo caracterizada por um conjunto sinais clínicos intensos, sendo
necessário auxilio veterinário de emergência. A etiologia é complexa e diversa, e na
maioria dos casos é desconhecida, isso se deve a várias causas que podem ocasionar o
quadro. Para diagnóstico é importante a avalição de várias parâmetros associados.
O seguinte trabalho foi feito baseado em questões básicas para se consiga estabelecer
um pronto atendimento emergencial em equinos nos quadros de cólica.
ABSTRACT
1. INTRODUÇÃO
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e pior o prognóstico. Lesões na fase inicial, a FC tende a ficar no seu valor normal (28 a
40 bpm). No caso de obstruções simples, geralmente a frequência se eleva (40 a 70
bpm). Lesões por estrangulação em uma fase inicial estão associadas à FC na ordem dos
50 a 90 bpm, e em uma fase mais avançada a 70 a 120 bpm. Caso de enterites e
peritonites a FC varia de 40 a 100 bpm.
Para Fernandes, (2009), a frequência respiratória (FR) auxilia na avaliação da
dor, sendo que em casos de dor moderada a intensa, os valores são superiores a 30
movimentos respiratórios por minuto, acompanhando por dilatação das narinas.
Ainda de acordo com Fernandes, (2009), a avaliação de mucosa se baseia no
tempo de repleção capilar, cor e humidade, nos quais fornecem informações sobre a
desidratação e perfusão dos tecidos. A mucosa oral é comumente a mais avaliada tendo
normalmente cor rósea, tempo de repleção capilar (TRC) de 1 a 2 segundos, e presença
de umidade, em casos de desidratação branda a mucosa torna-se hipocorada, com TRC
maior que 2 segundos, em quadro de perfusão deficiente a mucosa se apresenta
cianótica, e o TRC apresenta em média 4 segundos, quando se tem congestão venosa ou
endotexemia, a mucosa pode se apresentar com coloração vermelha ou púrpura, o que é
comum encontrar no caso de duodeno jejunite proximal, enterocolite, obstrução com
estrangulamento, enfarte sem estrangulamento ou peritonite.
A temperatura não é um bom indicador da necessidade de cirurgia, pois a
temperatura elevada pode estar associada a quadros infecciosos ou virais onde a cirurgia
é contra indicada (KELLER, 2015).
Para Fernandes, (2009), a temperatura retal deve ser mensurada antes da
palpação, porque pode ocorrer acúmulo de gás no reto, interferindo na mensuração da
temperatura, este parâmetro também pode ser alterado se for administrado anti-
inflamatório não esteroidal (WHITE & SHEHAN, 2009; MOORE, 2006; WHITE
1990). Nos quadros álgicos por obstrução ou deslocamento, os cavalos apresentam
aumento discreto de temperatura, que não ultrapassa 38,6º C, todavia quando há
desidratação, ou quando a temperatura ambiente está alta, pode ultrapassar este valor.
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5. CONCLUSÃO
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