O Mistério Da Flor Dourada

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O MISTÉRIO DA FLOR
DOURADA
MENSAGEM DE NATAL 1971 – 1972

SAMAEL MESMO WEOR
Buda Maitreya Kalki Avatara da Nova Era de Aquário
PRIMEIRA EDIÇÃO – SANTIAGO DE CALI, VALLE DEL
CAUCA, COLÔMBIA – 1971
Apresentado por www.gnosis-samaelaunweor.org

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PREFÁCIO
Por Mestre Gargha Kuichines

Nesta nova mensagem de Natal “O Mistério da Flor
Dourada”. Samael Aun-Weor nos dá ensinamentos
muito novos para os devotos do caminho, para todos
aqueles que conheceram o natural e agora querem
comandar o conhecido através do estudo do
sobrenatural. Esse conhecimento é totalmente sexual.
Ele nos fala sobre as maravilhosas forças do OD e as
descreve de forma patética para que aprendamos a
conhecê-las e administrá-las, de acordo com nossas
próprias conveniências, ele nos dá amostras tangíveis
para a troca magnética através da união amorosa e
através dela alcançar a desintegração dos nossos
defeitos, mesmo os mais enraizados.
Quando os devotos do Caminho alcançam a sabedoria
gnóstica, encontram-se tão fracos que muitos deles
não conseguem acabar com seus próprios hábitos,
seus maus costumes. Mais tarde, através da sabedoria
da Cristificação, eles não só acabam com seus
hábitos, mas também são capazes de destruir seus
próprios defeitos.
Se as pessoas acham difícil se livrar de um hábito, de
um mau hábito, como será se livrar de um defeito?
Todo este ensinamento nos coloca numa posição
privilegiada, através da qual temos forças que nos
permitem destruir as entidades obscuras que formamos
com os nossos defeitos, com as nossas paixões baixas.
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Com a revelação do poder do Mantra Krim, se não

formos capazes de potencializar o poder do amor para
nos libertarmos das forças satânicas que vêm do erro,
pelo menos aprenderemos a dar filhos superiores,
aprendendo a modificar nossa semente para procriação.
Três fatores determinam a qualidade física, moral e

mental da nossa semente, quando aprendemos a pensar,
respirar e selecionar os alimentos. O garanhão vale a
semente que produz, a qualidade dos grãos depende da
semente que o agricultor utiliza e para melhorar o nosso
próprio trabalho devemos melhorar a nossa semente. Se
o agricultor utiliza apenas uma semente para plantar o
cafeeiro e similares, se o proprietário utiliza a inseminação
artificial para evitar que milhões de sementes se percam,
com muito mais razão nós, através da transmutação
alquímica, aprendemos a fertilização divina, que consiste
na de um único espermatozóide para fecundação,
quando a mulher está pronta para ser fecundada, que
são os três dias decorridos e contados a partir da
chegada da menstruação
até contarem quatorze dias, esse décimo quarto dia com
os próximos dois são adequados para a fecundação em
uma mulher com menstruação normal, para a anormal
devem primeiro buscar a normalidade e depois pedir à
Mãe Santíssima, junto com seu marido, que lhes conceda
um criança que pode ser homem ou mulher. Se a pessoa
lhe interessa, leia esta mensagem e encontre a fórmula
que é bem clara.
O Senhor Jeová, que é o Chefe da Reprodução, permite
que um espermatozoide forte e vigoroso escape para
estabelecer a fecundação, sem perder a
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milhões que o fornicador desperdiça dando vida ao seu

satanás com o excedente.
A educação destes filhos da Luz é muito sagrada.

O homem que está permanentemente apaixonado pela
sua mulher rodeia-a de mimos e atenção. Mais tarde,
quando ela anunciar que está grávida, deverá afastar-se
dela fisicamente, ou seja, não poderá praticar o Arcano
porque o ventre da sua mulher está a gestar um ser
humano. e não pode gerar ao mesmo tempo dois tipos de
personalidades tão diferentes quanto são: um embrião
humano e um divino, isto é, o homem que segue o caminho
da castidade científica, para iniciar o caminho angélico ou
dévico. Durante toda a gestação o gnóstico tornará a vida
agradável para sua esposa. O fato de não utilizar a união
sexual os eleva à categoria de namorados, os mantém em
transe permanente de amor, fortalece a vontade, devem
utilizar a magia do amor solteiro, o que é pessoal para cada
um deles. Ao nascer a criança nasce sem dor porque é um
filho da luz, um filho abençoado.
O casal continua com a mesma magia de solteiro até nada
menos que 40 dias após o nascimento do filho.
O leite fornecido pela mãe pode ser melhorado tanto em
qualidade como em força espiritual, o que não pode ser
feito com o que é dado de fora: o leite engarrafado. Quando
a mãe lhe dá o seio, ela imagina o filho saudável, livre de
todas as doenças, envia-lhe amor por todo o seu ser e
pede aos Mestres da Loja Branca que o libertem de todo
mal. A mãe deve evitar ler escritos com acontecimentos
sangrentos, brigas e tudo que a mortifica porque tudo isso
vai para o ventre do filho do seu ventre. Mais tarde, quando
ele retornar ao sindicato com
5
O marido deve evitar todas as emoções apaixonadas, o marido

deve tratá-la como uma mãe que dá a vida com o próprio
sangue. Assim como nenhum pai pensa em maltratar as
mamadeiras que seu filho bebe, muito menos a natural que a
própria mãe lhe dá.
Quando todos esses preceitos são atendidos, a Natureza
ajuda a mãe e a coloca em condições de ter leite abundante.
Se ela quiser aumentá-lo, pode beber muita água panela. Isso
evita que tudo isso obstrua seus seios e tenha que rasgá-los e
danificar suas mamas.
Você pode alimentá-los sempre que a criança exigir, sem
esperar as quatro horas indicadas em todos os textos que
falam sobre maternidade, dormir com eles nos primeiros 40
dias durante os quais você amamenta livremente quando a
criança pede, o que permite o criança continue se alimentando
da aura da mãe. Força Divina que a envolve e principalmente
nesses dias que é Puro Amor pelo Ser que acaba de chegar
em sua casa.
Como se pode verificar, a educação destas crianças começa
com os casos amorosos, são mantidas durante a gravidez e
continuam ao nascer, tendo a mãe o cuidado de não ler a
imprensa, não prestando atenção a fofocas, conjecturas ou
conselhos alheios que só trazem a dor dela.
Se quando perdermos apenas um dos milhões de
espermatozóides [isto acontecer], o que não acontecerá aos
milhões que reservamos para nos dar Luz e Sabedoria? Isto é
o mesmo para homens e mulheres, a Mulher mantém a sua
Força Criativa tal como o Homem.
Os estudantes gnósticos aproveitam os ensinamentos de

“O Mistério da Flor Dourada” para aqueles que
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As Hierarquias Divinas guiam você para a compreensão

desses mistérios, porque quem está de fora só poderá
ver as imagens que o Mestre fornece sobre Sex-Yoga
através das múltiplas lições deste livro.
Se é conveniente aprender a dar a vida, é também de
grande interesse aprender a morrer. O Mestre fala
claramente do Retorno, o que morre na entidade
Humana? O que permanece ou permanece? Desintegram-
se: O Corpo Físico, o Corpo Vital, ou seja, aquele que
dá vida ao Físico, e a personalidade, os três dos quais
o ser humano tanto cuida porque desconhece o funcionamento da
Muitas pessoas que se dedicam a invocar os falecidos
não sabem que o chamado é quase sempre atendido
pelas conchas astrais ou pelos Eus Múltiplos que
formam o Satã em nós. Hoje se difundiu o mau costume
de estabelecer contato com o falecido, com as pessoas
que atendem ao chamado acreditando nas almas do
falecido, quando quem atende são os Eus Satânicos da
pessoa chamada; O contacto com estas entidades
sepulcrais permite que alguns deles tornem os
invocadores possuídos, produzindo doenças que os
psiquiatras ou médicos desconhecem e acabam no
asilo, ou os seus familiares procuram pessoas que
conheçam este tipo de entidades para os retirar, os
Nossos filhos devem EVITAR por todos os meios
frequentar tais curas para os possuídos porque muitas
vezes são entidades muito perversas que causam
estragos e danos a quem tenta removê-los. Agora tornou-
se comum usar um pequeno tablet com letras e com dor
vemos que as meninas da escola têm isso como uma
brincadeira, seus pais não sabem o mal que estão
causando aos seus filhos com tal esporte...
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Os mortos do além-túmulo são frios e fantasmagóricos,

porque as pessoas desconhecem totalmente o uso de
energias criativas para mudar os corpos lunares com
os quais nascemos. A sabedoria gnóstica lhe ensinará
a gestar você mesmo esses corpos, para que você
não apenas aprenda a morrer, mas também a
nascer.
Nesta mensagem o Estudante encontrará fórmulas

concretas para determinar o sexo da criança que quer
trazer ao mundo, como criar crianças bonitas à
vontade, como criar crianças inteligentes à vontade e
muitos outros factores que dão importância à nossa existência
O Mestre está entregando o Quinto Evangelho ao
mundo através das Mensagens de Natal, falando do
que nunca havia sido escrito antes.
Muitos estudantes de ocultismo apontaram o Mestre
porque ele era um BODHISATTVA caído, ele nunca
negou isso, também é verdade que se levantou sem a
ajuda de todos aqueles tolos, e hoje está de pé.
Em meio a grandes sacrifícios ele obteve sua ascensão
e serviu de exemplo para muitos de nós nos
levantarmos, foi um grande sinal para todos nós que
seguimos e aproveitamos seu conhecimento.
Aqueles agressores não tiveram a coragem que nosso
Mestre teve de contar não apenas seus triunfos e
conquistas, mas também nos confessar suas derrotas
e nos mostrar o Mal através de seu próprio
conhecimento, nunca através da imaginação, pois
tenta por todos os meios ensinar o doutrina., torná-la
compreensível, disponibilizá-la a todos os estudantes
gnósticos, esse valor só pertence aos Super-homens, já que m
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Os detratores aproveitarão os erros confessados para atacá-

lo; Isto me lembra os primórdios da Gnose, em 1950, quando
um leitor do livro “O Casamento Perfeito” lhe escreveu,
contando-lhe que em Cali muitos espíritas o atacaram por ter
tomado, por ter bebido, por ter pertencido a muitos ismos, por
ter percorrido estradas e caminhos como um viajante, como
um estranho, e muitas outras afirmações, e o Mestre
respondeu ao amigo de Cali, que elogiava o trabalho, e disse-
lhe: “Esses espíritas que me atacam estão mortos-vivos,
habitantes dos antigos túmulos das minhas memórias,
murmuram o lixo do meu passado, mas aumentando os
defeitos que tinha aquela velha personalidade que eu mesmo
destruí para formar a atual e escrevi a obra solene que acabas
de conhecer. “Se Luz Bel conhecesse a sabedoria do pecado
ela nunca teria caído.”
“As donzelas podem cair, mas Maria Madalena nunca cai

porque elas têm a sabedoria do pecado e a vertigem do
Absoluto. Vivekananda antes de acordar era um mulherengo
e um vagabundo, Ghandi o Libertador da Índia, antes de
acordar era uma coruja noturna e um bebedor, então se não
estivéssemos perdidos, estaríamos perdidos. A Obra é tudo.”
SSS JULIO MEDINA VIZCAÍNO.
9
CAPÍTULO I MAGIA SEXUAL
A magia é, segundo Novalis, a arte de influenciar

conscientemente o mundo interior.
Está escrito com brasas no extraordinário livro da vida, que o
amor ardente entre Homem e Mulher funciona magicamente.
Hermes Trismegisto, o três vezes grande Deus IBIS OF

THOT disse em sua tábua de esmeralda: “Eu te dou amor no
qual está contido todo o summum da sabedoria.”
“Todos nós temos algumas forças elétricas e magnéticas em

nós e exercemos, como um ímã, uma força de atração e
repulsão... Entre os amantes, essa força magnética é
especialmente poderosa e sua ação vai muito longe.”
A Magia Sexual (SAHAJA MAITHUNA) entre marido e mulher

baseia-se em propriedades polares que certamente têm seu
elemento potencial no sexo.
Não são hormônios ou vitaminas patentes que são necessários
para a vida, mas sentimentos autênticos de você e de mim e,
portanto, a troca das mais seletas faculdades emocionais e
eróticas, entre homem e mulher.
O asceta medieval da falecida era de Peixes rejeitava o sexo,
descrevendo-o como tabu ou pecado.
O novo ascetismo revolucionário de Aquário baseia-se no
sexo; É claro que a chave de todo o poder se encontra nos
mistérios do LINGAM-YONI.
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Da mistura inteligente de desejo sexual com entusiasmo

espiritual, a consciência mágica emerge como num passe de
mágica.
Um sábio autor disse: “A Magia Sexual leva à unidade da
alma e da sensualidade, isto é, à sexualidade vivificada: o
sexual perde o caráter de coisa suspeita e desprezada que só
é obedecida secretamente e com certa vergonha declarada;
Pelo contrário, é posta ao serviço de uma maravilhosa alegria
de viver, por ela penetrada e elevada a componente de
afirmação da existência, que assegura felizmente o equilíbrio
da personalidade livre.
Precisamos urgentemente escapar da sombria corrente diária

do acoplamento vulgar comum e entrar na esfera luminosa do
equilíbrio magnético da "redescoberta no outro", de "encontrar
em si mesmo o caminho do fio da navalha", "o caminho
secreto que leva para a libertação final.”
“Somente quando conhecermos e usarmos as leis do

magnetismo entre corpos e almas, é que todas as palavras
sobre amor, sexo e sexualidade deixarão de ser imagens
fugazes e sem sentido, névoas que se transformam em luz.”
É óbvia a tremenda dificuldade que o estudo da Magia Sexual

apresenta. Não é nada fácil querer mostrar como yoga sexual
“aprendível e visível”, o Maithuna, com o seu governo das
mais delicadas correntes nervosas e as múltiplas influências
subconscientes, infraconscientes e inconscientes sobre o
espírito.
onze
Falemos com clareza e sem ambigüidades; Este tópico sobre

SEX-YOGA é uma questão de experimentação íntima direta,
algo muito pessoal.
Renunciar à concupiscência animal em prol da espiritualidade
é fundamental na Magia Sexual, se quisermos realmente
encontrar o fio de Ariadne do
ascensão, o rugido dourado que nos levará das trevas à luz,
da morte à imortalidade.
Um grande filósofo cujo nome não menciono disse: “Se as

autênticas forças procriadoras, as psíquicas e as espirituais,
estão localizadas nas profundezas da nossa consciência,
encontramos precisamente no simpático, com a sua rede
radiante de redes sensíveis de gânglios, o mediador e condutor
da realidade interior, que não só influencia os órgãos da alma,
mas também governa, dirige e controla os centros mais
importantes do corpo; guia, de forma igualmente misteriosa, o
prodígio da concepção até o nascimento do novo ser, bem
como os fenômenos do coração, dos rins, das cápsulas
adrenais, das glândulas geradoras, etc.
“Por outro lado, com toda sensibilidade e espiritualidade, com

vida rítmica, ele tenta, como autêntico ESPÍRITO CRIADOR
do corpo, e através do direcionamento da corrente molecular
e da cristalização dos raios cósmicos, equilibrar todos os
elementos do corpo. ritmo do universo psíquico e físico que
lhe estão subordinados.”
“Este NERVUS SYMPATHICUS, é na realidade também um

NERVUS IDEOPLASTICUS, deve ser entendido como um
mediador entre a nossa vida
12
o instinto inconsciente e a moderação da imagem viva

impressa em nosso espírito desde as eternidades; É o grande
equilibrador médio que pode apaziguar e reconciliar a
polaridade perpétua, os amanheceres e crepúsculos do sol da
alma, as manifestações do preto e do branco, do amor e do
ódio, de Deus e do Diabo, da exaltação e da decadência.
O Divino Andrógino da primeira raça humana, Adam Kadmon,

foi propagado apenas pelo poder da vontade e da imaginação
mágica, unidos em vibrante harmonia.
Os antigos sábios da Cabala afirmavam que tal poder volitivo
e imaginativo foi perdido devido à queda no pecado, razão
pela qual o ser humano foi expulso do Éden.
Esta magnífica concepção sintética da Cabala Hebraica baseia-
se numa tremenda verdade; Sendo assim, é precisamente a
função da Magia Sexual restaurar em nós mesmos aquela
unidade Divina original, do andrógino paradisíaco.
Um certo sábio disse enfaticamente o seguinte: “A Magia

Sexual atua transfigurando o corpo e busca uma acentuação
ideal do sexual na alma. Por eso son capaces de Magia Sexual
sólo los seres que tratan de superar el dilema dualista entre el
mundo anímico y el de los sentidos, quienes dotados de intima
“vela”, se hallan absolutamente libres de cualquier especie de
hipocresía, mojigatería, negación y devaluación da vida".
13
CAPÍTULO II RASPUTIN
Quero enfatizar a ideia básica que devemos formular assim:

“Os grandes fascinadores da lubricidade e da impudência
pertencem mais ao tipo Casanova do que ao famoso Don Juan
Tenorio”.
Se o tortuoso tipo Don Juan reflete todas as suas aventuras

amorosas no maligno espelho egocêntrico de sua fantasia
refinada, com a abominável intenção de degradar a mulher,
de profaná-la vilmente, de estuprá-la e difamá-la perversamente
através da única cópula apaixonada sem repetição em o
“empurrão do pecado”, um tipo especial de ódio masculino
contra as mulheres é incontestável.
Pela lei dos contrastes, no tipo Casanova predomina o desejo

libidinoso de fascínio sexual, baseado exclusivamente em
impulsos instintivos naturais e sentimentais. Infelizmente, esse
tipo de sujeito é insaciável e sofre e causa sofrimento.
O tipo Casanova é uma espécie de “mestre zombador” das

mulheres; Parece ter o dom da onipresença, pois é visto em
todos os lugares, aqui, ali e ali; É como o marinheiro que em
cada porto tem namorada; Muitas vezes ele se compromete e
jura amor eterno.
Em contraste com o sadismo sexual refinado do tipo Don
Juan, descobrimos no tipo Casanova o Homúnculo racional
que quer afogar em leitos de prazer o tédio insuportável da
sua própria existência.
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Outra variedade, felizmente rara, de fascinador feminino é

melhor designada como “tipo demônio”.
Um dos representantes mais genuínos deste tipo sinistro foi

sem dúvida o Monge Gregor Rasputin: Estranho asceta
apaixonado pela vida após a morte; uma espécie de
hipnotizador rústico com hábitos religiosos.
Destaca-se claramente com total clareza meridiana que a
força mágica despótica do “Diabo Sagrado”
Rasputin, deveu-se exclusivamente ao seu tremendo poder
sexual.
O czar e a czarina ajoelharam-se diante dele; Eles acreditavam ter
visto naquele monge fatal um Santo vivo.
É óbvio que Rasputin achou o espírito dos czares muito

disposto, graças ao mágico francês Papus (Dr.
Incause) médico de família dos soberanos.
Waldemar diz: “Mais instrutivas são as memórias diplomáticas
do ex-embaixador francês em São Petersburgo, Mauricio
Paléologue, publicadas pela Revue des Deux Mondes.”
“O Embaixador descreve uma invocação de espíritos realizada

pelo conspícuo ocultista francês Papus (Dr.
Incause), e certamente de acordo com o desejo expresso dos czares.
A causa de tal sessão foram os distúrbios revolucionários de
1905; Papus teve que afastar a revolta através de um grande
exorcismo na presença do czar, da czarina e do capitão
assistente Mandryka.
“Paléologue, como fiador de Papus, com quem mantinha
relações amistosas, relata”:
quinze
“Através de uma intensa concentração de sua vontade e

de um aumento extraordinário em seu dinamismo fluido,
o Mago conseguiu evocar a sombra do muito piedoso
Czar Alexandre III: Sinais indubitáveis provaram a
presença do espírito invisível”…
“Apesar da angústia que oprimia o seu coração, Nicolau
II ainda perguntava ao seu pai se deveria ou não reagir
contra a corrente liberal que ameaçava varrer a Rússia.
O fantasma respondeu: “Vocês devem extirpar, a
qualquer custo, a revolução incipiente. Mas um dia irá
rebentar novamente e será mais violenta quanto mais
dura for a repressão actual.
Não importa! Anime-se, meu filho! Não pare de lutar!"
Waldemar, o sábio, diz: “O czar, como notório crente em
espíritos, deve, portanto, ter prestado grande interesse a
um homem que, como Rasputin, foi precedido por grande
fama como curandeiro milagroso”.
“O monge camponês também provinha da categoria, tão
difundida na Rússia da época, dos chamados mágicos
de aldeia, possuindo um magnetismo vital tão
extraordinário, devido ao seu poder sexual incomum, que
deve ter produzido o efeito de um primitivo força
irrompendo nos círculos da nobreza de Petersburgo, em
parte já degenerada.”
“Uma de suas primeiras façanhas na corte foi tratar
magneticamente o herdeiro do trono, que sofria de
hemofilia, conseguindo conter suas hemorragias, algo
que os médicos não haviam conseguido”.
O Sábio Waldemar continua dizendo: “A partir daquele
momento grandes Duques, Ministros e toda a camarilha
da nobreza tremeram diante dele, já que a circunstância de
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O facto de ter a vida do Czarevitz nas mãos valeu-lhe a

confiança ilimitada do Czar e da Czarina. E ele sabia como
usar plenamente essa confiança a seu favor; “Ele governou
os czares e, portanto, a Rússia, como quis.”
“Aumentando constantemente o seu poder, um grupo de

adversários de alto nascimento e posição, liderados pelo
Príncipe Yussupov e pelo Grão-Duque Pavlovitsch, decidiu
suprimir o importuno “Monge Milagroso”.”
“E assim, num jantar no palácio do referido príncipe, foram

servidas ao monge convidado iguarias e bebidas
envenenadas com Cianeto de Potássio, em doses tão
fortes que teriam sido suficientes para matar uma vintena
de homens ou mais em poucos segundos. . Mas Rasputin
comeu e bebeu com apetite cada vez maior; "O veneno
não pareceu ter nenhum efeito sobre ele."
“Os conspiradores ficaram inquietos, mas continuaram a
encorajar o homem odiado a comer e beber mais. Nem
mesmo para aqueles; o veneno não teve poder sobre o
milagroso Monge; Pelo contrário, a maldita parecia sentir-
se cada vez mais à vontade.”
“Consequentemente, os conspiradores concordaram que

Yussupov o mataria com uma pistola; Então o príncipe
atirou, Rasputin caiu de bruços no chão e os conspiradores
já o deixaram como morto.
“Yussupov, que havia atingido o Monge no peito, preparou-
se para virar o rosto do homem caído, mas para seu horror,
Rasputin o empurrou, levantou-se e com passos pesados
tentou escapar da sala.
Então o conspirador Purischkjewitsch fez quatro
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tiros contra o Monge, que desmaiou novamente,

levantou-se novamente, sendo agora espancado com
bengalas e chutes pelo furioso Purischkjewitsch, até
parecer definitivamente liquidado. Mas a vitalidade de
Rasputin era tal que ele ainda dava sinais de vida
quando os conspiradores colocaram seu corpo forte
em um saco, que amarraram, e depois o jogaram de
uma ponte entre os icebergs do Neva.
Este foi o fim trágico de um homem que poderia ter
se ALCANÇADO completamente.
Infelizmente, o Monge Gregor Rasputin não soube
usar com sabedoria o formidável poder sexual que a
natureza lhe dotou e desceu ao plano da mais baixa
sensualidade.
Uma noite decidi investigar diretamente o
desencarnado Rasputin.
Como conheço a fundo todas as funções psíquicas
do EIDOLON, (Corpo Astral) do homem autêntico,
não me foi difícil realizar um desdobramento mágico.
Vestido então, daquele corpo sideral de que Felipe

Teofastro, o Bombasto de Honheneim (Aureola
Paracelsus), tanto falava, abandonei meu corpo físico
para circular livremente na Quinta Dimensão da
natureza; no mundo astral.
O que vi com o sentido espacial (com o Olho de
Hórus) foi terrível. Vale a pena afirmar enfaticamente
que tive que entrar numa taberna horrível onde só se
viam barris cheios de vinho entre os
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que deslizava aqui, ali e ali, uma multidão de criaturas

horríveis à semelhança dos homens.
Procurava Rasputin, o Diabo sagrado, queria falar com aquele
estranho monge diante do qual tremiam tantos príncipes,
condes, duques e marqueses da nobreza russa: Mas em vez
de um eu vi muitos Is e todos eles constituíam o mesmo EGO
do monge Gregor Rasputin.
Tive portanto diante da minha visão espiritual, em toda a

presença do meu ser cósmico, muitos Demônios; a um EU
PLURALIZADO dentro do qual existia apenas um elemento
digno; Quero me referir à Essência.
Não encontrando um sujeito responsável, voltei-me para uma
daquelas criaturas abomináveis e grotescas que se
aproximaram de mim: “Este é o lugar onde você veio pousar, Rasputin.
“Isso foi resultado da sua vida desordenada e de tantas orgias
e vícios.”
"Você está errado, Samael", respondeu a figura monstruosa,
como se defendesse ou justificasse sua vida sensual, e então
acrescentou: "Você precisa da linha da intuição."
—“Você não pode me enganar, Rasputin”; Foram minhas

últimas palavras; Depois saí daquele esconderijo escuro
localizado no LIMBUS, no ORCO dos clássicos; no vestíbulo
do reino mineral submerso.
Se Rasputin não tivesse feito tantas obras de caridade em
sua vida, nesta hora estaria regredindo no tempo dentro dos
mundos submersos, sob a crosta da Terra, na casa de Plutão.
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Muitos anos se passaram e continuo meditando: o

ser humano ainda não possui uma individualidade
autêntica; A única coisa que continua após a morte
é um bando de Demônios.
Que horror! Diabo-I... cada um dos nossos defeitos
psicológicos é representado por uma daquelas
abomináveis criaturas dantescas...
vinte
CAPÍTULO III O DIABO

CONJURADOR
A existência de um extraordinário mediador plástico naquele

Homúnculo intelectual erroneamente denominado “homem” é
óbvia.
Quero me referir enfaticamente ao PLEXO SOLAR, centro
emocional, sabiamente colocado pela natureza na região do
umbigo.
É inquestionável que este magnífico ascendente do bípede
tricerebrado ou tricêntrico está inteiramente saturado com a
essência sexual dos nossos órgãos criativos.
Disseram-nos que o “Olho Mágico” da barriga é frequentemente
estimulado pelo Hidrogénio sexual SI-12 que sobe dos órgãos
sexuais.
É portanto um axioma inquebrantável da filosofia hermética
que na região do útero existe um poderoso acumulador de
energia sexual.
Através do agente sexual qualquer representação pode tomar
forma no campo magnético do PLEXO SOLAR.
O ideoplástico representativo constitui em si o conteúdo do

abdome inferior.
Não estamos de forma alguma exagerando quando enfatizamos
a ideia básica de que os egos que mais tarde emergem à
existência são gestados no útero. Tais entidades psicológicas
e ideoplásticas não existiriam de forma alguma sem o agente
sexual.
vinte e um
Cada EU é, portanto, uma representação psicológica viva que

surge do útero; O EGO pessoal é uma soma de eus.
O animal intelectual é certamente uma máquina controlada

por vários eus.
Alguns Egos representam a raiva com todas as suas facetas,
outros a ganância, a luxúria, etc. etc. etc.
Esses são os “demônios vermelhos” citados pelo antigo livro
egípcio dos mortos.
Em nome da verdade é fundamental dizer que a única coisa
digna que levamos dentro de nós é a “ESSÊNCIA”;
Infelizmente, isso em si está disperso aqui, ali e ali, preso
entre cada um dos vários eus.
“O Diabo Conjurador” toma forma no poder sexual; Alguns

Egos muito fortes produzem frequentemente vários fenômenos
físicos surpreendentes.
Waldemar relata o seguinte caso: “O prestigiado administrador

da cidade de San Miniato al Tedesco, situada entre Florença
e Pisa, tinha uma filha de quinze anos, sobre a qual “veio o
Diabo” de tal forma que causou sensação no país."
“Não foi apenas porque a cama em que a menina estava se

moveu de um lado para o outro do quarto, de modo que agora
estava contra uma parede ou contra a outra, mas também
porque o Demônio quebrou um grande número de panelas e
frigideiras no chão. casa, “Ele abriu portas e gavetas e fez
tanto barulho que os moradores passaram a noite tremendo e
cheios de medo”.
22
“Na presença dos pais, a filha foi atacada de tal forma

pelo maligno que, apesar dos apelos e implorações da
menina, ele a agarrou pelos quadris e a ergueu no ar”.
“Em vão ela chamou invocando: Santa Virgem Maria!

Ajude-me a salvar-me, porque - e isto na presença de
centenas de habitantes da cidade - foi arrastado pela
janela, acenando durante vários minutos em frente à
casa e sobre a praça do mercado.
“Não surpreende, então, que quase toda a cidade tenha
corrido para lá, homens e mulheres, atônitos com o
inédito e assustados com a crueldade do Diabo,
manifestando sua admiração pela coragem da menina.”
“Diz uma história da época: “Todos ficaram apavorados
e profundamente comovidos com a aparição da mãe e
das mulheres da família, que com os cabelos soltos
coçavam o rosto com as unhas, batiam no peito com os
punhos. encheu o ar de gritos e gritos cujos ecos
ressoaram pelas ruas.”
“A mãe, sobretudo, gritava ora com a filha, ora com o
Diabo, pedindo-lhe que lançasse sobre ela toda a
desgraça; Depois dirigiu-se novamente ao povo,
especialmente às mães, para que se ajoelhassem com
ela, implorando a ajuda de Deus, o que todos fizeram
imediatamente.
"Oh, Santo Deus! A filha imediatamente precipitou-se do

alto em direção à mãe, e consolou a mulher meio morta,
com um semblante alegre: "Abandone o seu medo,
minha mãe! Pare de chorar, aqui está sua filha; não
tenha medo pelo fantasma do Diabo, eu imploro. Você
talvez pense que fui torturado e humilhado, mas sim
23
Encontro-me repleto de uma doçura deliciosa e indescritível

porque a proteção de todos os desconsolados sempre esteve
ao meu lado, ajudando-me e falando comigo para me dar
ânimo e perseverança"; é assim, disse a mim mesmo, que se
ganha o céu.
“Estas palavras encheram os presentes de alegria e de espanto

ao mesmo tempo, e eles saíram dali aliviados; Mas assim que
a família voltou para casa, o Diabo irrompeu novamente e,
lançando-se com toda a violência sobre a menina, agarrou-a
pelos cabelos, apagou as lâmpadas e as velas, derrubou
caixas e gavetas e todos os utensílios domésticos, e, quando
finalmente mais uma vez o pai conseguiu acender as luzes, a
filha atirou-se sobre o crucifixo da casa e gritou com voz
desoladora: “Faze com que a terra me engula, ó Senhor, antes
de me abandonar; e me liberte, eu te imploro sinceramente!"
“E ao falar assim, desatou a chorar, o que irritou ainda mais o

maligno, que arrancou primeiro a camisa do corpo, depois o
vestido de lã e por fim o sobretudo de seda, como as meninas
costumam usar, rasgando e destruindo tudo, e quando a
coitada estava quase nua, ele começou a puxar os cabelos
dela.”
“Ela gritou: “Meu Pai, traz-me um vestido, cobre a minha nudez;

Virgem Santa, ajuda-me!” Finalmente, e depois de o demónio
a ter submetido a mais abusos, a menina foi libertada dos seus
braços através de uma peregrinação e exorcismos realizados
por um padre.
.
Chega da interessante história de Waldemar. É ostensivo que

o Demônio sádico que atormentou aquele
24
pobre menina, era sem sombra de dúvida, o

Conjurador do Diabo, um forte EU demoníaco da
donzela que tomou forma no poder sexual de si
mesma, só isso.
O fluxo de exteriorizações sexuais ideoplásticas,
que se manifesta especialmente durante os anos
da puberdade, costuma ser realmente tremendo, é
quando criamos Egos terríveis capazes de produzir
fenômenos sensacionais.
A raiva de não poder amar ou o próprio fato de se
sentir defraudado por alguém é, sem dúvida, o
verdadeiro inferno e provoca aquelas assustadoras
emanações sexuais fluídicas capazes de se tornar
o Conjurador do Diabo.
25
CAPÍTULO IV A LANÇA
ESOTÉRICO
A esotérica lança crística do Santo Graal e o pólo

pagão dos pactos mágicos, empunhada por Wotan, é
o mesmo bendito Lúcio considerado sagrado por
todos os povos desde a mais remota antiguidade.
Seja na verdade, porque tem um carácter fálico e
simbólico de potência sexual viril, ou porque é a
arcaica arma de combate que o homem poderia
imaginar nos primórdios da vida, é verdade que o Pólo
Romano foi, como se sabe, algo como a balança da
Justiça, presidindo todos os negócios jurídicos da
primitiva lei quiritária ou lei da lança (KYRIES), e
especialmente as núpcias, entre aqueles que gozavam
do direito de cidadania, certamente muito precioso.
As matronas romanas que estavam sob a tutela da
bendita Deusa JUNO, eram muito sabiamente
chamadas de CURETIS (CAURETES OU KYRIAS, e
daqui WALKYRIAS), por causa de CURES OU
TORRE, cidade dos Sabinos, fundada por Medio Fidio
e Himella, seus inefáveis Deuses, e por isso os Líderes
e demais homens da Cúria Romana que se distinguiam
como heróis de guerra eram agraciados com uma
pequena lança de ferro, chamada HASTAPURA, nome
que certamente lembra a cidade HASTINAPURA,
símbolo divino da Jerusalém Celestial .
“Matronae in tutela Junonis Curetis essent, quae ita

vocabatur ab hasta ferenda quae sabinorum lingua
curis dicebatur”… “Nec tibi, quae cupidae matura videbere”
26
matri, comat virgineas até recurva vírgulas.” (Ovídio, 2 Jejum).
“Hasta Pura dicitur, quae sine ferro est, et signum est pacis.
Haec donabatur militibus, qui in bello fortiter fecissent” (Suetônio
Cláudio).
“Translatae hastae dicuntur argumenta oratória”
(Cícero II Ou, c. 57).
“Deos in hastario vectigales habetis” (Tertuliano, Apologética,
c. 13).
“Ponitur etiam pro leilão ineunda, quia auctio cum esset hasta
erigebatur” (Calepinus, Hasta).
É óbvio e evidente que os troncos ou tábuas da Lei, onde o
profeta Moisés escreveu sabiamente os dez mandamentos
por ordem de Jeová, nada mais são do que uma lança dupla
das Runas, sobre cujo significado fálico há muita documentação.
Vale ressaltar a ideia transcendental de que existem mais dois

mandamentos no esoterismo mosaico.
Quero referir-me ao Décimo Primeiro e ao Doze Mandamentos,

intimamente relacionados com os Arcanos XI e XII da Cabala.
O primeiro deles – isto é, o décimo primeiro – tem sua

expressão clássica no sânscrito DHARMAN CHARA: “Cumpra
seu dever”.
Lembre-se, irmão leitor, que você tem o dever de buscar o

caminho estreito, apertado e difícil que leva à luz.
27
O Arcano XI do Tarô ilumina este dever: A força maravilhosa

que pode dominar e subjugar os leões da adversidade é
essencialmente espiritual. Por isso é representado por uma
bela mulher que, sem esforço aparente, abre com suas
deliciosas mãos as terríveis mandíbulas de Leão, o assustador
Puma, o leão furioso.
O décimo segundo mandamento da lei de Deus ilustrado pelo
Arcano XII está relacionado e entrelaçado com o décimo
primeiro: “FAÇA BRILHAR A TUA LUZ!”
Para que a luz, que constitui a ESSÊNCIA ENGARRAFADA
entre o EU, possa brilhar verdadeiramente
e brilhar, deve ser liberado e isso só é possível através da
aniquilação budista; dissolvendo o Ego.
Precisamos morrer de momento a momento, de momento a
momento, só com a morte do Ego é que o
novo.
Assim como a vida representa um processo de externalização

ou extroversão gradual e cada vez mais completa, a morte do
EU é um processo de internalização gradual, no qual a
consciência individual, a essência, lentamente se despoja de
sua roupa inútil - assim como Istar em sua descida simbólica
– até ficar completamente nua em si mesma diante da grande
Realidade da vida livre em seu movimento.
A lança, o sexo, o Phalo, também desempenha um grande

papel em numerosas lendas orientais como um maravilhoso
instrumento de salvação e libertação que, sabiamente brandido
pela alma saudosa, permite reduzir todas aquelas entidades
cavernosas a pó cósmico.
28
que juntos constituem o “EU” pecaminoso

MESMO".
Na terra sagrada dos Vedas, SHIVA, o TERCEIRO LOGOS,

(ENERGIA SEXUAL), foi profundamente analisado em seus
aspectos criativos e destrutivos...
É evidente, claro e visível, que os aspectos subjetivos,

SEXUAIS..., cristalizam fatalmente naquelas múltiplas entidades
cuja soma total constitui o que os egípcios chamavam de
SETH. (O ego).
O poder gerador normal de nossas glândulas endócrinas

sexuais é manifesto.
O poder criativo objetivo do Senhor SHIVA é transcendental,
quando ele trabalha criando o vestido de noiva da alma; o
PARA SOMA HELIAKON; o corpo dourado do homem solar.
A energia sexual é altamente explosiva e maravilhosa.

Em verdade vos digo que quem sabe usar a arma de Eros (a
lança, o sexo), pode reduzir o Eu Pluralizado a poeira cósmica.
Orar é conversar com Deus e é preciso aprender a orar durante

a relação sexual; Naqueles momentos de alegria suprema,
peça e lhe será dado, bata e lhe será aberto...
Quem põe o coração em súplica e implora à sua Divina Mãe
Kundalini que empunhe a arma de Eros, obterá os melhores
resultados, pois ela o ajudará, destruindo o Ego.
Porém, digo a vocês que este é um processo longo, paciente e

muito delicado. É inquestionável que o caçador que quer caçar
dez lebres ao mesmo tempo não caça
29
nenhum, portanto quem quiser eliminar todos os defeitos

psicológicos simultaneamente não elimina nenhum.
Dentro de cada um de nós existem milhares de defeitos e
todos eles têm muitas raízes e facetas que estão
escondidas entre os diferentes recantos subconscientes
da mente.
Cada um desses defeitos psicológicos tem uma forma animal;

Dentro de tais criaturas submersas está aprisionada a
ESSÊNCIA, a CONSCIÊNCIA.
Uma condição prévia para qualquer eliminação é a

compreensão completa do defeito a ser eliminado.
Implore se tiver certeza de que entendeu e retire-se da
relação sexual sem ejacular o sêmen.
Fazendo uma síntese transcendental de um trabalho
muito longo e árduo, diremos: Primeiro devemos liberar a
Essência para que a luz brilhe em nós; depois fundi-lo
com “ATMAN” (O Ser), para nos libertarmos da mente;
mais tarde entregue-o ao “ANTIGO DOS DIAS” (O Pai
que está em segredo, a Mônada) para se tornarem
Mestres perfeitos e ressuscitados. E finalmente absorvê-
lo definitivamente em ISHVARA, o LOGOS, primeira
emanação do PARABRAHMAN supremo. (O grande
oceano do espírito universal da vida).
Concluímos agora este capítulo com a seguinte história.

Há muito tempo, quando ainda não havia reduzido o Ego
a poeira cósmica, fiz uma formidável invocação mágica.
Chamei um certo Grão-Mestre dizendo: “Venha! Vir!

Vir! Profeta de RA... JOR... KU. Venha até mim!
30
Ele quer cumpri-lo! Ele quer cumpri-lo! Ele quer

cumpri-lo! AUM... AUM... AUM... (entoando bem esta
última palavra, abrindo a boca com o “A”, arredondando
com o “U” e fechando com o “M”).
Vale esclarecer que a atmosfera estava saturada de

harmonia infinita, carregada de “OD”…
O resultado da invocação foi imediato e o grande profeta
veio até mim.
O KABIR assumiu uma formidável figura simbólica que
pude ver, ouvir, tocar e sentir em toda a presença do
meu ser cósmico.
O Venerável parecia dividido em duas metades: da

cintura para cima brilhava gloriosamente; Sua testa era
alta como os muros invencíveis da Jerusalém celestial;
seus cabelos como lã branca caindo sobre suas costas
imaculadas; o nariz reto como o de um Deus, os olhos
profundos e penetrantes; Sua barba era linda como a
dos antigos, suas mãos pareciam anéis de ouro
engastados com jacintos; Seus lábios são como lírios,
deixando cair mirra com cheiro doce...
Porém, na parte inferior de seu corpo, da cintura para
baixo, vi algo incomum; formas bestiais horríveis,
personificando erros, demônios vermelhos, Devil-Is,
dentro dos quais a consciência está engarrafada.
“Eu te chamei para te pedir iluminação”: Esse foi o meu

apelo! (é óbvio que a resposta estava na sua forma de
apresentação).
31
O velho colocou a mão direita na minha cabeça e me

disse: “Me ligue sempre que precisar e eu te darei a
iluminação!”... então ele me abençoou e foi embora.
Com infinita alegria compreendi tudo; apenas eliminando
aquelas criaturas animalescas que todos carregamos
dentro de nós e entre as quais dorme a consciência. A
iluminação chega até nós.
32
CAPÍTULO V O EU LASCIVO
“Brognoli esclarece muito instrutivamente até que extremo

pode chegar a força de formação, (dos AUTO-DEMÔNIOS)
já se pode dizer IDEOPLASTICA, ou seja, a representação
sexual excitada pelo órgão sexual.”
“Tendo-me detido em 1664 em Veneza, o Vigário Geral de
um Bispo do continente veio ver-me, para pedir-me conselho
sobre o seguinte caso”:
“Num convento de freiras havia uma muito dada ao jejum e
à abstinência voluntários. Além disso, tinha prazer e prazer
em ler livros profanos que tratavam de transformações,
como as realizadas por Circe e outros encantadores, ou
pelas antigas Divindades, que transformavam os seres em
animais, pássaros, cobras e espíritos.
“Uma noite, a figura de um jovem extraordinariamente bonito

apareceu-lhe e, ao olhar para ele com espanto, disse-lhe:
"Não tenha medo, minha querida irmã! Você não é aquela

freira que gosta de jejuar além da medida? E você não se
entregou a eles de todo o coração? Bem, você deve saber
que eu sou o Anjo chamado Jejum, e venho para você
agradecer e responder com igual amor ao seu.
"Antes eu era filho de um Rei; mas como na minha
juventude, em que você também se encontra, eu amava e
também me entregava inteiramente ao jejum, meu pai ficou
muito zangado, me repreendendo."
"Mas eu, ignorando suas advertências, continuei a fazer
minha vontade até que ele, cheio de raiva,
33
Ele me expulsou do palácio. Mas os Deuses que eu adorava

desaprovaram tal rejeição, e acolhendo-me, transformaram-me
em Anjo, e dando-me o nome de Jejum, também me concederam
o poder de adotar a forma de um jovem, na qual você me vê, e
o dom de nunca envelhecer."
“Também sou dotado de uma mobilidade tal que, num tempo

inexprimivelmente curto, posso deslocar-me de uma parte do
mundo para outra, indo e vindo invisível, mas mostrando-me a
quem me ama”.
“E assim tendo os Deuses manifestado a mim que você destinou

todo o seu amor para mim, venho até você para expressar
minha gratidão, e para permanecer com você e servi-lo em tudo
de acordo com seu prazer.”
"Por esta razão fiz hoje a grande viagem; portanto, deixe-me

dormir esta noite em sua cama, se lhe agradar. Não tema minha
companhia, pois sou amigo da castidade e da modéstia."
“A freira, extremamente satisfeita e seduzida por este discurso,

acolheu o Anjo em sua cama. Na primeira noite tudo correu
bem; ele não se mexeu. Mas no segundo ele começou a abraçá-
la e beijá-la, numa demonstração de gratidão e amor, não se
separando dela nem de dia nem de noite, admoestando-a a
nunca contar o segredo ao seu confessor ou a ninguém."
“Ele a serviu com o maior zelo e diligência e a seguiu por toda

parte. Finalmente, no ano de 1664, quando chegou a data do
Jubileu, a freira foi atacada pelo arrependimento e revelou tudo
ao seu confessor, que a aconselhou a expor também o assunto
em confissão ao Vigário Geral do Bispado, para que ele pudesse
proporciona a
3. 4
adequado para libertá-lo do maligno. Então ele veio até mim

para pedir conselhos."
É claro que o espírito lascivo Jejum era um EU projetado tão
vividamente pela freira, que ela certamente parecia ser uma
pessoa diferente.
Tal EU obviamente teve que ser concebido na parte inferior
do abdômen da freira antes da projeção incomum.
O “Olho Mágico da Barriga” carregado de substância sexual
é um formidável intermediário plástico.
Ali todos os desejos sexuais reprimidos tomam forma; todos
os desejos insatisfeitos.
35
CAPÍTULO VI EROS
“O doutor Roubaud diz o seguinte: “Assim que o membro

viril penetra no vestíbulo, primeiro esfrega-se contra a
glande do pênis na glândula clitóris que está localizada na
entrada do canal sexual, e que, pela sua posição e ângulo
forma, pode ceder e flexionar.
“Após esta primeira excitação de ambos os centros

sensíveis, a glande do pênis desliza pelas bordas de
ambas as vulvas; O colo e o corpo do pênis serão
envolvidos pelas partes salientes da vulva, estando a
glande mais avançada em contato com a superfície fina e
delicada da mucosa vaginal, que é elástica ao tecido erétil
que fica entre as membranas individuais. ”.
“Essa elasticidade, que permite que a vagina se adapte ao

volume do Pênis, aumenta ainda mais o turgor e, portanto,
a sensibilidade do Clitóris, ao mesmo tempo em que
conduz para ele e para a vulva o sangue que foi expelido
dos vasos da vagina. paredes”.
“Por outro lado, o turgor e a sensibilidade da glande do
pênis são aumentados pela ação compressiva do tecido
vaginal, que fica cada vez mais túrgido, e de ambas as
vulvas do vestíbulo”.
“Além disso, o Clitóris é pressionado pela porção anterior

do MÚSCULO COMPRESSOR e encontra a superfície
dorsal da Glande e do Corpo.
Pênis, ele esfrega contra eles e esfrega contra eles, de
modo que cada movimento influencia a cópula de ambos
os sexos e, por fim, agregando sensações
36
voluptuoso (do deus Eros) leva a esse alto grau de

orgasmo, que por um lado provoca a ejaculação e
por outro a recepção do licor seminal na fenda do
colo do útero.
“Quando se pensa na influência do temperamento,
da constituição e de uma série de outras
circunstâncias, tanto especiais como ordinárias,
sobre a faculdade sexual, fica-se convencido de que
a questão da diferença na sensação de prazer entre
ambos os sexos, e mesmo que esta questão,
envolvida entre todas as diversas condições, é
insolúvel; Isto é tão verdade que é até difícil traçar
um quadro completo das manifestações gerais da
relação sexual, mas enquanto numa pessoa a
sensação de prazer se traduz apenas numa vibração
quase imperceptível, noutra atinge o ponto mais alto
de exaltação, tanto moral e físico.”
“Entre os dois extremos existem inúmeras transições;

aceleração da circulação sanguínea, palpitações
agudas das artérias; O sangue venoso, que fica
retido nos vasos pela concentração muscular,
aumenta a temperatura geral do corpo e aquela
estagnação do sangue venoso, que tem sua ação
ainda mais pronunciada no cérebro, devido à
contração dos músculos do pescoço. a inclinação da
cabeça para trás causa uma congestão cerebral
momentânea, durante a qual alguns perdem a razão
e todas as faculdades intelectuais.”
“Os olhos, avermelhados pela injeção da conjuntiva,
tornam-se fixos e incertos no olhar, ou, como no caso
37
“Na maioria das vezes, fecham convulsivamente, para

evitar o contato com a luz”. (Isso é algo que está
totalmente comprovado).
“A respiração, que em alguns é ofegante e difícil, em
outros é interrompida pela contração espasmódica da
laringe, e o ar, retido por algum tempo, finalmente
busca um caminho para o exterior, misturado com
palavras desconexas e incompreensíveis.”
“Como já salientei, os centros nervosos congestionados
produzem apenas impulsos confusos.”
“O movimento e a sensação mostram uma desordem
indescritível; os membros são vítimas de convulsões,
às vezes também de cãibras, movem-se em todas as
direções ou contraem-se e ficam dormentes como
barras de ferro; as mandíbulas cerram-se até rangerem
os dentes, e certas pessoas vão tão longe no seu
delírio erótico que, esquecendo-se completamente do
parceiro, mordem-no nestes espasmos de prazer no
ombro até sangrar.
“Este estado frenético, esta epilepsia e este delírio de
Eros, geralmente duram pouco tempo, mas o suficiente
para esgotar completamente a energia do organismo
no animal intelectual que desconhece a Magia sexual
e para quem tal hiperexcitação deve terminar com um
perda mais ou menos abundante de espermatozoides,
enquanto a mulher, por mais energicamente que tenha
participado do ato sexual, sofre apenas uma lassidão
temporária muito menor que a do homem, e que lhe
permite se recuperar mais rapidamente para repetir a
relação sexual".
38
“"Triste est omne animal post coitum, praeter mulierem

gallumque", disse Galeno, um axioma que é essencialmente
preciso no que diz respeito ao sexo masculino."
No amor não importa nem a dor nem a alegria, mas apenas
o que se chama amor...
Enquanto o amor livre une, a desunião o mata, porque
Eros é o que verdadeiramente une.
O amor se acende com amor, como fogo com fogo: mas...
de onde veio a primeira chama? Em você ela salta sob a
vara da dor... você sabe disso.
Então... Oh, deuses!... Quando o fogo oculto sai ardendo,
o que está dentro e o que está fora são uma só coisa, e
todas as barreiras caem em cinzas.
O amor começa com um lampejo de simpatia, se
substancializa com a força do afeto e se sintetiza na
adoração.
Um casamento perfeito é a união de dois seres, um que

ama mais e outro que ama melhor...
O amor é a religião mais acessível. Amor? Como é lindo
amar! Só as almas simples e puras sabem amar. O amor
é alimentado pelo amor. Acenda a chama do espírito com
a força do EROS.
“Como a união dos sexos pode equivaler a um ato criativo,
que adere ao poder e ao esplendor do primeiro dia, Lutero
chama os órgãos sexuais de HONESTISSIMAE ET
PRASTANTISSIMAE PARTES CORPORIS. Foi através do
pecado que os membros mais úteis e honestos se tornaram
os mais vergonhosos.”
39
Muhammad disse: “A relação sexual é um ato que é até prazeroso

para a Religião, desde que seja realizado com a invocação de Allah e
com a própria mulher para a reprodução” (ou melhor, para a
Transmutação sexual).
O Alcorão diz: “Vá, tome como sua esposa uma donzela a quem você
acaricia e ela acaricia você; "Não prossiga para a relação sexual sem
antes ter sido despertado por carícias."
O profeta enfatiza assim: “Suas esposas são um campo para vocês.

Vá até ele como quiser, mas primeiro realize algum ato de devoção.
Tema a Deus e não esqueça que um dia você se encontrará na
presença dele”.
“O autor de THE KTAB, um escrito extraordinariamente apreciado

pelos árabes, não se cansa da glorificação das relações sexuais; Este
é para ele o mais magnífico e sagrado hino de louvor, o mais nobre
desejo do homem e de seu companheiro pela unidade primitiva e
pelas delícias paradisíacas.
“O famoso teólogo destaca muitas vezes o caráter sublime e divino

do ato carnal; Mas ele toma uma posição decisiva contra as naturezas
profanas e grosseiras que satisfazem nele apenas a sua volúpia
animal.”
“Estes”, diz ele, “não compreenderam nem viram que o amor é o FIAT
LUX do livro de Moisés, o mandato divino, a lei para todos os
continentes, mares, mundos e espaços”.
“E nas suas explicações subsequentes, o autor de “THE KTAB” revela

a ciência esotérica primitiva, que no fundo a união física do homem e
da mulher é um ato sobrenatural, uma reminiscência paradisíaca, o
mais
40
lindo de todos os hinos de louvor dirigidos pela criatura ao

Criador, o Alfa e o Ômega de toda a criação.”
"O Xeque Nefrani coloca estas palavras na boca de um
homem sábio: "Uma mulher é como uma fruta cujo aroma é
inalado pela primeira vez quando pega com a mão. Se, por
exemplo, a erva basilisco não for aquecida com a mão, não
será observe seu aroma. O âmbar só exala sua fragrância
quando aquecido. E você sabe disso muito bem.
O mesmo acontece com as mulheres: quando você quer
passar para o ato amoroso, é preciso primeiro aquecer o
coração dela com todos os preparativos da arte de amar, com
beijos, abraços e pequenas mordidas. Se você negligenciar
isso, nenhum prazer completo estará reservado para você, e
todos os encantos dos amantes ficarão escondidos de você.
Num muito sábio tratado de medicina chinesa li o seguinte: “O
taoísmo tem outras influências na medicina, como comprova
a leitura de uma compilação de tratados taoístas, o “Sing-Ming-
Kuei-Chen”, datado aproximadamente do ano de 1622.” .
“Existem três regiões no corpo humano. A região superior ou

cefálica é a origem dos espíritos que habitam o corpo.”
“O travesseiro de Jade (Yu Chen) está localizado na parte

inferior da cabeça. O chamado travesseiro é o occipital (Chen-
Ku).
“O palácio de Ni-Huan (termo derivado da palavra sânscrita
Nirvana), está localizado no cérebro, também chamado de
“mar de medula óssea” (Suie-Hai); É a origem das substâncias
seminais.”
41
“A região intermediária é a coluna vertebral,

considerada não como um eixo funcional, mas como
um canal que une as cavidades cerebrais aos centros
genitais; Termina em um ponto denominado “coluna
celeste” (Tiien Chu) localizado atrás da nuca, no ponto
onde cresce o cabelo; Este ponto não deve ser
confundido com o da acupuntura de mesmo nome.”
“A região inferior inclui o campo de cinábrio (Tun-Ten),
do qual trataremos mais adiante, nele fica a atividade
genital representada pelos dois rins: o fogo do tigre
(Yang) à esquerda e o fogo do o Dragão (Ying) para a
direita.”
“A união sexual é simbolizada por um casal; um jovem
conduz o tigre branco e uma jovem monta o dragão
verde; chumbo (elemento masculino) e mercúrio
(elemento feminino) vão se misturar; Assim que se
unem, os jovens jogam sua essência em um caldeirão
de bronze, símbolo da atividade sexual. Mas os fluidos
genitais, em particular o esperma (Tsing), não são
eliminados e perdidos, mas podem retornar ao cérebro
através da coluna vertebral, graças à qual o curso da
vida é recuperado.
“A base destas práticas sexuais taoístas é o COITUS

RESERVATUS, em que o esperma que desceu do
cérebro até à região da próstata (mas não foi
ejaculado), regressa à sua origem; Isso é chamado de
trazer de volta a substância (Huan-Tsin).”
“Quaisquer que sejam as objeções levantadas contra
a realidade deste retorno, não é menos verdade que
os taoístas conceberam um domínio cerebral do
42
instintos elementares que mantinham o grau de excitação

reprodutiva abaixo do limiar de ejaculação; “Eles deram ao ato
sexual um novo estilo e um propósito diferente da fertilização”.
O esotérico VIPARITAKARANI ensina cientificamente como o

Hindustan Yogi, em vez de ejacular o sêmen, o faz subir
lentamente através da concentração, para que o homem e a
mulher sexualmente unidos possam eliminar o Ego animal.
Os antigos gregos conheciam com muita exatidão a relação

essencial entre a morte e o ato sexual, em Eros apresentavam
o “Gênio da Morte”, o deus que segurava na mão uma tocha
inclinada para baixo, como o portador da morte.”
Sendo a força sexual a mais profunda e primitiva de todas nos

homens, é considerada pelo Tantra como o Eros cosmogônico,
a serpente ígnea de nossos poderes mágicos.
Muito longe de violar nossa essência íntima no sentido da

concupiscência brutal, ou de entorpecer organicamente devido
a um espasmo que dura apenas alguns segundos, o praticante
toma contra si o poder de sua Divina Mãe Kundalini particular,
para fundir-se com ela em um unidade e eliminar este ou
aquele Eu, isto é, este ou aquele defeito psicológico
previamente compreendido completamente.
Só com a morte chega o novo. É assim que Eros com sua

tocha inclinada para baixo reduz a pó cósmico todos aqueles
agregados psíquicos que juntos constituem o EU.
43
O Mantra ou palavra mágica que simboliza todo o

trabalho de Magia Sexual é KRIM.
Neste Mantra deve ser utilizada uma grande imaginação,
que atua diretamente sobre Eros, que por sua vez atua
sobre a imaginação, soprando nela energia e
transformando-a em força mágica.
Para entrar em contato com o poder universal móvel, o
praticante percebe diversas imagens, mas sobretudo
sua adorável Mãe Divina lhe é revelada com a lança
sagrada na mão direita lutando furiosamente contra
aquele Eu-Diabo que personifica este ou aquele erro
psicológico que desejamos destruir.
O praticante entoando seu mantra KRIM fixa então sua
imaginação, seu translúcido, no elemento fogo de tal
forma que se sente como uma chama ardente, como
uma única chama, como uma terrível fogueira que
incinera o Eu-Diabo que caracteriza o Defeito psicológico
que queremos aniquilar.
A extrema sensibilidade dos órgãos sexuais anuncia
sempre a proximidade do espasmo; então devemos
retirar-nos a tempo de evitar a ejaculação do sêmen.
Depois continue o trabalho, o homem deitado no chão
em decúbito dorsal (virado para cima) e a mulher em
sua cama..., suplique à Divina Mãe Kundalini, peça com
frases simples vindas do coração sincero, elimine com
a lança de Eros , com a força sexual, o EU que
personifica o erro que verdadeiramente compreendemos
e que desejamos reduzir a poeira cósmica.
44
Por fim, abençoe a água contida em um copo de vidro

bem limpo e beba-a, dando graças à Mãe Divina.
Todo este ritual PANCATATTVA liberta o herói de todo

pecado; ninguém das trevas pode resistir a ele; Os
poderes terrestres e supraterrestres estão subordinados
a ele e ele caminha pela terra com a consciência desperta.
Temido por todos os Demônios, ele vive como Senhor da
Salvação em completa felicidade; ele escapa à lei do
renascimento, porque através de longos e terríveis
trabalhos de magia sexual, ele usou a formidável energia
elétrica de Eros, não para satisfações brutais de tipo
animal, mas para reduzir a pó o EU PLURALIZADO.
Quatro cinco
CAPÍTULO VII EU LUSTIOSOS
Porque na falecida era de Peixes a Igreja Católica limitou

excessivamente a vida moral das pessoas, através de
múltiplas proibições, não pode ser surpreendente que
precisamente Satanás, como encarnação viva dos
apetites mais bestiais, ocupasse de forma especial a
fantasia daquelas pessoas. ... que, contidos no livre
trato com a espécie humana, eles se consideravam
obrigados a uma vida distintamente virtuosa.
Assim, e de acordo com a analogia dos opostos, o que
estava contido na mente cotidiana era exigido tanto mais
intensamente, precisamente do subconsciente, quanto
mais ou menos ação as energias instintivas ou
impulsivas, eventualmente reprimidas, exigiam.
Este tremendo desejo de ação foi capaz de aumentar a
libido sexual de tal forma que em muitos lugares levou
a um abominável comércio carnal com o maligno.
O sábio Waldemar diz o seguinte:
“Em Hessimont, as freiras foram visitadas - como conta
Wyer, o médico da câmara de Cleve - por um Demônio
que à noite corria como um redemoinho de ar para o
quarto e, de repente calmo, tocava a cítara tão
maravilhosamente que as freiras "Eles foram tentados
dançar."
“Então ele pulou na forma de um cachorro para a cama
de um deles, sobre quem recaíram as suspeitas de que
ele havia chamado o maligno.” (Milagrosamente, não
ocorreu às freiras colocar o caso nas mãos da Inquisição).
46
É inquestionável que aquele Demônio transformado em Lata,

queimando como fogo, era um EU lascivo que após tocar a
cítara se perdeu no corpo de seu dono que estava deitado
entre a cama.
Pobre freira com paixões sexuais ancestrais reprimidas à
força; quanto ele teve que sofrer!
Incrível! o poder sexual daquele infeliz anacoreta; Em vez de
criar Demônios no Cenobio, ele poderia ter eliminado as feras
submersas com a lança de Eros se tivesse seguido o caminho
do casamento perfeito.
“O médico da câmara Wyer descreve então um caso que
mostra a “EROTOMANIA” das freiras de Nazaré, em Colônia.”
“Essas freiras foram atacadas durante muitos anos por todos

os tipos de pragas do Diabo, quando no ano de 1564 ocorreu
entre elas uma cena particularmente assustadora. Foram
jogados ao chão, na mesma posição do ato carnal, mantendo
os olhos fechados durante todo o tempo em que permaneceram
assim. (Os olhos fechados aqui indicam com segurança o ato
sexual com o Diabo, a autocópula, uma vez que é a relação
sexual com o EU lascivo projetado para fora pelo
subconsciente).
“Uma menina de quatorze anos”, diz Wyer, “que estava

confinada no claustro foi quem deu a primeira indicação sobre
isso”.
"Ela muitas vezes experimentou fenômenos estranhos em
sua cama, sendo descoberta por suas risadas abafadas, e
embora ela fizesse um esforço para espantar o duende com
uma estola consagrada, ele voltava todas as noites."
47
“Havia combinado que uma irmã dormiria com ela, para

ajudá-la a se defender, mas a pobrezinha ficou apavorada
assim que ouviu o barulho da luta.”
“Finalmente, a jovem ficou completamente possuída e
lamentavelmente atacada por espasmos.”
“Quando ela teve um ataque, parecia que ela estava privada
de visão, e mesmo quando ela parecia sã e com boa
aparência, ela pronunciava palavras estranhas e inseguras
que beiravam o desespero.”
“Investigamos este fenômeno como médico no claustro, em
25 de maio de 1565, na presença do nobre e
discreto Sua Alteza Constantine Von Lyskerkern, honorável
conselheiro, e Mestre Juan Alternau, ex-reitor de Cleve.”
“Também estiveram presentes o Mestre Juan Eshst, notável

Doutor em Medicina, e por último meu filho, Enrique,
também Doutor em Farmacologia e Filosofia.”
“Nesta ocasião li cartas terríveis que a menina havia escrito
ao seu namorado, mas nenhum de nós duvidou nem por
um momento que foram escritas pela mulher possuída em
seus ataques.”
“Descobriu-se que a origem estava em alguns jovens que,
enquanto jogavam bola nas redondezas, estabeleceram
relações amorosas com algumas freiras, escalando
posteriormente as paredes para desfrutar dos seus amantes”.
“A coisa foi descoberta e o caminho foi fechado. Mas então
o Diabo, o mágico, enganou a fantasia das pobres meninas,
assumindo a figura de seu amigo (tornando-se um novo EU
lascivo) e fez-as representar a comédia horrível, diante dos
olhos do mundo inteiro.
48
“Mandei cartas ao convento, nas quais desvendava

toda a questão e prescrevia remédios apropriados e
cristãos, para que resolvessem a infeliz questão…”
“O Diabo conjurador aqui nada mais é do que o poder

sexual concreto exacerbado, que a partir do momento
em que deixou de se envolver no comércio com os
jovens, assumiu a figura do amigo em fantasia e de
forma tão vívida, aliás, que o a realidade apreciável
do ato assumiu, talvez justamente por causa do
isolamento, formas ainda mais intensas em relação
ao outro sexo desejado; “formas que seduziram tão
plasticamente o olhar interior do instinto desencadeado,
que para explicá-las tive que pagar ao Diabo pelos vidros quebr
49
CAPÍTULO VIII O EU DO
FEITIÇARIA
O sábio autor do livro «Specimen of British Writers»,

Barnett, apresenta um caso extraordinário de Bruxaria:
“Há cinquenta anos vivia numa aldeia no condado de
Sommerset uma velha que era geralmente considerada uma
bruxa.”
“O corpo dela estava seco e curvado pela idade, ela andava
com muletas. Sua voz era cavernosa, de misteriosa mas
simulada solenidade; “Uma luz penetrante saiu de seus olhos,
deixando qualquer um que o tocasse silencioso de medo.”
“De repente, um jovem saudável de cerca de vinte e um anos,

da mesma cidade, foi atacado por um pesadelo tão persistente
que sua saúde foi afetada e, num período de três a quatro
meses, ficou fraco, pálido e magro . ., com todos os sintomas
de uma vida que estava se esgotando.”
“Nem ele nem ninguém de seu povo duvidou da causa e, após
realizar o conselho, ele tomou a decisão de esperar acordado
pela bruxa.”
“Assim, na mesma noite seguinte, por volta das onze e meia,
ele ouviu passos silenciosos e furtivos na escada.”
“Assim que o ser intimidador chegou ao quarto, ele foi até os
pés da cama, subiu nela e rastejou lentamente em direção ao
jovem.”
“Ele deixou que ela fizesse isso até chegar aos joelhos, e
então agarrou-a pelos cabelos com as duas mãos, segurando-
a com força convulsiva, chamando a dupla para
cinquenta
sua mãe, que dormia em um quarto contíguo, para iluminar.”
“Enquanto a mãe ia procurá-la, o jovem e o desconhecido

brigavam no escuro, ambos rolando furiosamente no chão, até
que ao primeiro vislumbre da escada, a mulher se desvencilhou
com força sobrenatural do jovem e desapareceu como um
relâmpago de sua vista".
“A mãe encontrou o filho em pé, ainda ofegante pelo esforço e
com fios de cabelo nas duas mãos.”
“Quando ele me contou sobre o fenômeno”, diz Barnett,
“perguntei-lhe curiosamente de onde ele tirou o cabelo.
Ao que respondeu: “Fui desajeitado em não ter conseguido
retê-lo porque isso demonstraria melhor a identidade da
pessoa”.
“Mas no turbilhão das minhas sensações fiz com que ele caísse
no chão, e a bruxa a quem pertencia o cabelo teve o cuidado
de não aparecer novamente à minha vista, nem vir me
incomodar à noite, já que ela havia conseguido um bom
negócio. de mim." curry".
“É estranho”, acrescentou ele, “que enquanto eu a segurava e

lutava com ela, embora soubesse quem ela deveria ser, sua
respiração e todo o seu corpo pareciam os de uma garota
fresca”.
“O homem a quem isso aconteceu ainda está vivo; Ele me

contou o episódio mais de uma vez e, portanto, posso atestar
a autenticidade do fato, independentemente do que você pense
sobre a causa.”
Comentando o caso, o sábio Waldemar diz: “Essa história
contém dois pontos de muito peso: Em primeiro lugar, o jovem
sabia que seu pesadelo estava
51
"porque a bruxa que morava na cidade, e também

conhecia essa bruxa, por seus encontros fugazes
durante o dia, e em suas visitas astrais noturnas."
“Em segundo lugar, a bruxa, curvada pela idade e
apoiada por muletas, transformou-se depois de
vários meses, durante os quais foi enfraquecendo e
definhando, na imagem de uma jovem jovem.
Onde se encontra a causa deste evidente
rejuvenescimento da velha?
“Para responder a esta pergunta”, continua
Waldemar, “devemos ter em vista o mecanismo do
Eidolon, o Duplo”.
“Se a aura que envolve e oculta os seres representa
também um reflexo fiel do seu corpo, de modo que
os seus defeitos e fraquezas são correspondentemente
contidos com precisão, o “corpo duplo” apresenta,
por assim dizer, evidências acrescidas, que, por
exemplo, muitas vezes manifesta-se em pessoas
gravemente feridas, de modo que a dor pode ser
sentida num membro amputado há vários anos, e
certamente tão intensa como se ainda existisse.
“Esta integridade invulnerável do duplo baseia-se
no “princípio criativo” de que a forma dada pela
natureza, a forma congênita do ser, está contida
numa espécie de primeiro germe.”
“Nisto, como na bolota, está contida a estrutura de
toda a árvore, o ser está escondido na sua imagem
viva.”
52
“Através de múltiplas ações falsas e erros, o tecido vibratório

astral que se liga ao corpo primitivo reflete-se no curso da
vida.”
“No que diz respeito aos “corpos primitivos” gostaríamos ainda
de salientar que o professor Hans Spemann, da Universidade
de Freiburg, obteve o Prêmio Nobel de Medicina e Psicologia
em 1955, devido à sua verificação em estudos transcendentais
que nos primeiros Nas fases do desenvolvimento embrionário,
atua um escultor da vida, um “ideoplasticista químico” que
forma o protoplasma segundo uma imagem pré-determinada.
“Com base nesses estudos de Spemann, o professor Oscar

E. Schotté, da Universidade de Yale, conseguiu verificar,
através de seus experimentos com Salamandras, que “o
escultor da vida” não desaparece em nenhum macaco, como
supunha Spemann, após o período embrionário.
desenvolvimento, mas é mantido ao longo da vida do indivíduo”.
“Um pequeno pedaço de tecido, proveniente de um ferimento

habitual de um homem, poderia, de acordo com o
O professor Schotté, enxertando-se num “solo” virgem e vivo,
reconstruiu de maneira inteiramente idêntica todo o corpo do
ferido em questão. Talvez os experimentos nos laboratórios
de homúnculos levem um dia a reforçar praticamente as
teorias do professor Schotté de uma forma insuspeitada.”
É óbvio que a abominável harpia desta história sangrenta,

através de um certo “modus operandi” desconhecido pelo
povo, foi capaz de sugar ou vampirizar a vitalidade do jovem
para transplantá-la em seu próprio “corpo primitivo”.
53
Só assim o rejuvenescimento incomum do corpo da velha pode

ser explicado cientificamente.
É inquestionável que o “ideoplástico químico” impregnado pela
vitalidade do jovem, foi capaz de reconstruir o organismo
valetudinário da velha.
Enquanto a vida do jovem estava terrivelmente esgotada, a
velha fatal com seus clãs sombrios recuperou sua antiga
juventude.
É claro que o menino poderia tê-la capturado se não tivesse
cometido o erro de agarrá-la pelos cabelos; Teria sido melhor
agarrá-la pela cintura ou pelos braços.
Muitas destas harpias abismais, apanhadas em flagrante,

foram capturadas por outros meios.
Algumas tradições antigas dizem: “Se colocarmos no chão uma
tesoura de aço aberta em forma de cruz e espalharmos
mostarda preta em torno deste instrumento metálico, qualquer
bruxa pode ser capturada”.
Causa espanto! que alguns ocultistas ilustres não sabem que
essas bruxas podem escapar da lei da gravidade universal.
Embora a notícia possa parecer inusitada, enfatizamos a ideia

de que isso é possível colocando o corpo físico dentro da
quarta dimensão.
Não é de todo estranho que estas harpias colocadas com o

seu corpo físico dentro da dimensão desconhecida possam
levitar e viajar em poucos segundos para qualquer lugar do
mundo.
54
É óbvio que possuem fórmulas secretas para escapar do

mundo tridimensional de Euclides.
Em termos estritamente ocultos podemos descrever essas
criaturas sombrias como “JINAS”.
O organismo humano certamente oferece possibilidades

surpreendentes. Lembrem-se, queridos leitores, da execrável
Celeno e suas imundas harpias, monstros com cabeça e
pescoço de mulher. Aves horrendas das Ilhas Strofada
encontradas no Mar Jônico.
Dotados de longas garras, sempre apresentam no rosto a
palidez da fome. Fúrias terríveis que com seu contato
corrompem tudo o que tocam e que já foram lindas donzelas.
A principal capital de todas essas abominações fica em

Salamanca, na Espanha. Ali está o famoso castelo de Klingsor
– o salão da bruxaria –, santuário das trevas apropriadamente
mencionado por Richard Wagner em seu “Parsifal”.
Deus e Santa Maria me ajudem!... se as pessoas soubessem

de tudo isso, procurariam o Castelo de Klingsor em todas
aquelas ruas antigas de Salamanca...
Porém, os Divinos e os humanos sabem bem que o castelo
do Graal negro está localizado nas terras dos “Jinas”, na
dimensão desconhecida.
Às terças e sábados, à meia-noite, esses CALCHONAS se

reúnem ali com seus DRONES para celebrar suas orgias.
Quando uma dessas harpias é capturada, faz-se um bom

solfejo, palmadas ou chicotadas, porque os pobres ainda não
sabem retribuir o bem com o mal...
55
É preciso ser compreensivo e em vez de se atolar no lamaçal da

infâmia, antecipar-se a tais harpias através do amor, enfrentar o
problema com coragem e alertar com sabedoria.
“Não julgue, por não ser julgado”. Pois com o julgamento com que
vocês julgam, vocês serão julgados, e com a medida com que
vocês medem, isso será medido para vocês”.
“E por que você olha para o cisco que está no olho do seu irmão,
mas não percebe a trave que está no seu olho?”
“Ou como você dirá ao seu irmão: Deixe-me tirar o cisco do seu
olho e aqui está a trave no meu olho?”
"Hipócrita! “Tire primeiro a trave do seu olho, e então você verá

claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão.”
“Aquele que está limpo do pecado atire a primeira pedra”...
Embora possa parecer incrível, é bom saber que muitas pessoas

honradas e até religiosas carregam dentro de si o EU da bruxaria.
Em outras palavras, diremos; pessoas honestas e sinceras que em

sua existência atual nada sabem sobre ocultismo, esoterismo, etc.
Porém, eles carregam dentro de si o EU da bruxaria.
É óbvio que tal EU muitas vezes viaja através do tempo e da

distância para causar danos ou danos a outros.
Qualquer interesse passageiro pela Bruxaria em alguma vida

anterior poderia ter criado tal EU.
56
Isso significa que no mundo existem muitas pessoas

que praticam bruxaria sem saber.
Em verdade lhes digo que existem muitos devotos
do caminho que também carregam dentro de si o EU
da bruxaria.
Concluiremos este capítulo dizendo: Todo ser
humano – mesmo que esteja no caminho do fio da
navalha – é mais ou menos negro, desde que não
tenha eliminado o EU PLURALIZADO.
57
CAPÍTULO IX O PAROXISMO
SEXUAL
Com Sahaja Maithuna (Magia Sexual), praticada nas

escolas do Tantrismo Branco, o poder da vontade é
infinitamente multiplicado através do desencadeamento e
atualização onipotente das correntes nervosas sutis.
O delicioso paroxismo da união sexual não é apenas um

reflexo de Tamas, segundo o Tantra; precisamos indagar,
investigar, investigar.
No paroxismo das alegrias devemos descobrir diretamente
a síntese cósmica e criativa de SHIVA (O Espírito Santo)
e SHAKTI (Sua Divina Esposa Kundalini).
Enquanto o animal intelectual comum e ordinário é

fatalmente vencido pela abominável concupiscência e
levado pelos afetos apaixonados, numa palavra, sofre no
gozo, pela vil consumação do prazer, o gnóstico esotérico,
em pleno êxtase durante o coito, penetra vitorioso no
região das Mônadas no esplêndido mundo do TATTVA
ANUPADAKA.
O grau anterior a esse mundo de ANUPADAKA é o
extraordinário princípio de poder que se encontra no
domínio do espaço, do tempo e do acaso, e é denominado
AKASHA - TATTVA. (A morada de ATMAN - BUDDHI -
MANAS).
Está escrito com palavras de ouro no grande livro de todos
os esplendores, que o Paroxismo Sexual é PROTO -
TATTICO.
58
O jogo de vibrações extraordinárias começa durante o

MAITHUNA com o dourado Tattva, Phrithvi, o magnífico éter
da terra perfumada, mantendo exata concordância com nosso
corpo físico.
A harpa continua, deliciando-se com as vibrações, fazendo
tremer a água da vida universal (APAS), o ENS SEMINIS.
A respiração (Vayú) é visivelmente alterada e na atmosfera

sutil do mundo ressoa a lira de Orfeu.
A Chama Sagrada (Tejas) está acesa no misterioso castiçal

da espinha.
Agora... Ó Deuses!, o cavaleiro (Manas superior) e sua dama
(Buddhi), abraçam-se ardentemente na região do puro
AKASHA, estremecendo de paroxismo sexual.
Contudo, é claro e manifesto que AKASHA é apenas uma

ponte de maravilhas e prodígios entre os TATWAS Phrithvi
(Terra) e ANUPADAKA (O mundo dos esplendores).
O Paroxismo Sexual atravessa a ponte da bem-aventurança e

entra no mundo de Aziluth, a região de ANUPADAKA. a morada
de SHIVA e SHAKTI, então ELE e ELA brilham gloriosamente
embriagados de amor.
Mulheres, ouçam-me: SHAKTI deve ser vivida majestosamente

durante a relação sexual como MAYA - SHAKTI (Mulher - Eva
- Deusa), só assim a consubstancialização do amor no realismo
pode ser alcançada com sucesso. Psico -
fisiológico de sua natureza.
59
O Homem Gnóstico durante SAHAJA MAITHUNA (Magia

Sexual), deve personificar SHIVA (O Espírito Santo) e sentir-
se inundado por essa força maravilhosa do Terceiro Logos.
“Kalyanamalla refere-se repetidamente ao fato de que o

cumprimento do código do amor é muito mais difícil do que
o leigo imagina”:
“As alegrias preparatórias já são complicadas; Portanto, a
arte deve ser utilizada exatamente de acordo com os
preceitos, para alimentar a paixão da mulher da mesma
forma que se alimenta uma fogueira, e que sua YONI se
torne mais suave, mais elástica e adequada ao “ato de amor”.
“O «ANANGARANGA» atribui grande importância ao facto
de ambos os membros do casal não permitirem que
qualquer tibieza, tédio ou saciedade nas suas relações
entrem na sua vida comum, realizando a consumação do
amor com total contemplação e dedicação.
A forma do ato sexual, ou seja, a posição nele, chama-se
ASANA.”
Para informação de alguns leitores de certa idade,
transcreveremos neste capítulo a posição denominada
TIRYAK:
“A posição TIRYAK tem três subdivisões, nas quais a

mulher fica sempre deitada de lado.”
"para). O homem fica longitudinalmente ao lado da mulher,
pega uma das pernas dela e coloca-a na cintura.
Somente com uma mulher totalmente desenvolvida essa postura
pode ser completamente satisfeita, o que deve ser omitido em uma
mulher jovem.
60
“b). “Homem e mulher deitam-se de lado, ela não precisa se

mover nem um pouco.”
“c). Deitado de lado, o homem penetra entre os quadris da

mulher, de forma que uma coxa fique embaixo dele, enquanto
a outra repousa na cintura dela.
É conveniente invocar KAMADEVA durante o SAHAJA
MAITHUNA na “Forja dos Ciclopes”.
“KAMADEVA: O Deus Hindu do amor. Literalmente, seu nome
significa Deus do desejo, e ele se passa por filho do céu e da
ilusão.”
“Rati, ternura, é sua esposa, e Vasanta (a estação do
florescimento) sua companheira, que carrega
constantemente sua aljava com flores nas pontas das flechas.”
“KAMADEVA tinha uma figura visível, mas por incomodar o

Senhor da criação, Hara, em suas práticas, reduziu-o a cinzas
com um olhar; Os deuses o ressuscitaram, pingando néctar
neles, e desde então ele é chamado de "o incorpóreo".
“Ele é representado montado em um papagaio, cujo arco é

feito de cana-de-açúcar e a corda é feita de abelhas.”
O casal terreno ADÃO - EVA, através de SAHAJA MAITHUNA

(Magia Sexual), encontra sua correspondência com o par mais
humano e mais puro no elevado casal divino SHIVA - SHAKTI.
“Homero verificou uma descrição desejada e mágica do

abraço amoroso do casal Divino:”
61
“Sob eles, a terra em germinação produziu uma vegetação

florida,
lótus, trevos suculentos e jacintos e açafrão
aquele tenso, túrgido e tenro subia do chão,
e eles ficaram lá e arrastaram as nuvens
cintilante e dourado, e o orvalho cintilante caiu na terra.”
Inebriados pelo vinho do amor, lindamente vestidos com
o manto da espiritualidade transcendente e coroados com
as flores da bem-aventurança, devemos aproveitar a
tremenda vibração do Tattva ANUPADAKA durante o
paroxismo sexual para suplicar à serpente ígnea do nosso
mágico
poderes, eliminar da nossa natureza interior o defeito
psicológico que já compreendemos, a fundo, em todas as
regiões do subconsciente.
É assim que morremos de momento a momento, de momento a
momento, só com a morte vem o que
novo.
62
CAPÍTULO X VISITANTES
ESCURO
O sábio Waldemar diz textualmente: “Um contemporâneo
de Brognoli, o padre Coleti, conta-nos sobre uma
mulher de sua paróquia que veio até ele com o marido”.
“Ela era devota e de bons costumes, mas durante dez

anos foi assediada por um espírito que dia e noite lhe
sugeria desonestidade, e mesmo quando ela não
estava dormindo, agia com ela como um íncubo, por
isso não estava em alguns sonham com o que ele sofreu.
“Mas ele não conseguiu obter o consentimento dela e
ela permaneceu inabalável. Assim, bastava ao exorcista
pronunciar o “Praeceptum leviticum” contra o Demônio,
e a partir de então ela estava livre dele.
“Neste caso”, diz Waldemar, “vemos que quando a
consciência de uma pessoa tão obcecada imaginou o
estupro do Diabo como um subterfúgio, ou seja, quase
uma tomada de controle contra sua vontade, o Estado
pode ser superado através do processo de “expulsão
do espírito lascivo por forças morais ainda não
tiranizadas”.
“Mas se o íncubo, (o EU lascivo), a imagem lasciva
criada pela própria fantasia, se afirma sem oposição
até o fim, o próprio indivíduo, convertido em íncubo,
executa, cindido em dois seres, uma
AUTOCOPULAÇÃO. Neste caso, a obsessão
geralmente termina em demência total.”
63
“Foi assim que Brognoli tentou, na primavera de 1643,

libertar uma menina de 20 anos de um íncubo, em vão.”
“Fui”, diz ele, “com seu confessor para sua casa; assim
que entramos, o Diabo, que estava dedicado à sua
tarefa, escapou. Falei então com a menina e ela me
contou detalhadamente o que o Diabo estava fazendo
com ela.
“Pela história dela, não demorei muito para entender
que, embora ela negasse, ela havia dado consentimento
indireto ao Diabo. Pois bem, ao notar a aproximação
dela, devido à dilatação e intensas cócegas nas partes
afetadas, não se refugiou na oração nem invocou ajuda
a Deus e à Virgem Santa, nem ao Anjo da Guarda, mas
correu para o seu quarto e “deitei-me na cama, para
que o maligno pudesse realizar a sua tarefa com mais
conforto e prazer”.
“Quando tentei despertar nela, para concluir, uma firme

confiança em Deus para se libertar, ela permaneceu
indiferente e sem eco, notei antes uma resistência,
como se ela não quisesse ser libertada”.
“Eu a deixei, portanto, mas não antes de ter dado
algumas prescrições aos seus pais sobre disciplina e
restrição do corpo da filha através de jejum e abluções.”
“Mas não só as mulheres eram visitadas dessa forma”,
diz o sábio Waldemar; Brognoli foi levado a Bérgamo
para um jovem comerciante de cerca de vinte e dois
anos de idade, que emagreceu até se tornar um
esqueleto, por ter sido atormentado por uma súcubo.
64
“Há vários meses, quando ele estava deitado em sua cama, o

Diabo lhe apareceu na figura de uma garota extraordinariamente
bela, a quem ele amava.”
“Quando ele gritou ao contemplar aquela figura, ela o incentivou
a ficar em silêncio, garantindo-lhe que era realmente a mesma
garota, e que porque sua mãe bateu nela, ela fugiu de casa,
indo para a casa de seu amante.”
“Ele sabia que esta não era sua Teresa, mas algum Goblin;
Porém, depois de alguma conversa e alguns abraços, ele a
levou para a cama.”
“Então a figura disse a ele que, na verdade, não era a garota,
mas um Demônio que o amava – um de seus Eus Diabólicos
– e foi por isso que ele se uniu a ele dia e noite.”
“Isso durou vários meses, até que Deus o libertou através de
Brognoli, e ele fez penitência por seus pecados.”
Através desta história inusitada, a AUTOCOPULAÇÃO com

um AUTO-DIABO que assumiu a forma da mulher amada fica
completamente evidente e manifesta-se.
É inquestionável que aquele jovem de imaginação ardente e

luxúria terrível usou inconscientemente a faculdade ideoplástica
para moldar sutilmente sua amada.
Assim surgiu uma súcubo, um Demônio apaixonado com

cabelos longos e ideias curtas.
É óbvio que boa parte de sua consciência estava engarrafada
dentro daquela mulher demônio.
65
“Paracelso diz sobre isso em sua obra «De origine morborum

invisibilium Lib III»:
“Íncubos e súcubos foram formados a partir do esperma

daqueles que realizam o ato imaginativo e não natural de
masturbação (em pensamentos ou desejos).”
“E como vem apenas da imaginação, não é um esperma
(material) autêntico, mas um sal corrompido.”
“Somente o sêmen proveniente de um órgão indicado pela
natureza para o seu desenvolvimento pode germinar e formar
um corpo.”
“Quando o espermatozóide não provém de material adequado
(substrato nutricional), não produzirá nada de bom, mas
gerará algo inútil.”
“É por isso que íncubos e súcubos, que vêm do sêmen
corrompido, são prejudiciais e inúteis de acordo com a ordem
natural das coisas.”
“Esses germes formados na imaginação nasceram IN AMORE

HEREOS, que significa uma espécie de amor em que o
homem imagina uma mulher, ou, inversamente, realiza a
cópula com a imagem criada na esfera de sua mente.”
“Este ato resulta na evacuação de um fluido etéreo inútil,

incapaz de gerar uma criatura, mas em condições de trazer
larvas à existência.”
Tal imaginação é mãe de um atrevimento exuberante que,

continuando, pode tornar um homem impotente e uma mulher
estéril, pois na prática frequente de uma imaginação tão
doentia, perde-se grande parte da verdadeira energia criativa.
66
O EU - LARVA da lascívia são verdadeiras entidades

pensantes autônomas dentro das quais uma boa
porcentagem da consciência permanece presa.
As larvas de que fala Paracelso nada mais são do
que aquelas formas cultivadas de pensamento que
devem sua força e existência apenas à imaginação
desnaturada.
67
CAPÍTULO XI A CABEÇA DE JOÃO
“Os tambores ressoaram e gritos surgiram da multidão.

Mas o tetrarca dominou todo o barulho com a sua voz:
"Ei! Ei! Cafarnaum será sua! E a planície de Tiberíades! Metade
do meu reino!”
“Então ela se jogou no chão e de repente seus calcanhares

balançaram no ar e ela avançou vários metros nas mãos, como
um grande besouro.”
“Então ele se levantou e olhou atentamente para Herodes.
Seus lábios estavam pintados de vermelho e suas sobrancelhas
eram pretas, e seus olhos brilhavam com um brilho perigoso,
com gotas tremeluzentes surgindo em sua testa.
“Herodes e Salomé se entreolharam de ponto em ponto, até
que Herodias estalou os dedos na galeria.”
“Salomé então sorriu, mostrando seus dentes brancos e firmes,

e sussurrou como uma donzela modesta e tímida.”
“Quero a cabeça em uma fonte - esqueci o nome; Sorrindo

novamente, ele disse claramente: “A cabeça de Juan!”
"Ela talvez estivesse um pouco zangada com seu amado e

mandou decapitá-lo, mas quando viu a cabeça do amado na
fonte, chorou, enlouqueceu e morreu de delírio erótico."
Horrível batalha íntima na Psique de Salomé; Apesar de tudo,

estou arrastando sua abominável decadência
68
para o outro eu. Triunfo repugnante do Diabo Homicida...

Horror... Horror...
Herodes temia a multidão porque considerava João um
profeta. No capítulo XI do Evangelho de Mateus, fala-
se de João Batista como um verdadeiro “JINA”, um
homem celestial, um semideus, superior aos profetas,
pois dele o próprio Jesus diz:
“Em verdade vos digo que ele é muito mais que um
profeta, pois é dele que está escrito”:
“Eis que envio meu anjo diante da tua face, para ir
adiante de ti, preparando-te e limpando o teu caminho.”
“Entre os homens nascidos de mulher não surgiu

ninguém maior do que ele, embora seja menor do que
o menor no reino dos céus e se queres recebê-lo, saiba
que ele é aquele Elias que nos dizem que tem que vir...
"Quem tem ouvidos para ouvir, ouça."
Estas palavras do Grande Kabir Jesus unem os dois
grandes caracteres hebraicos em um só.
João Batista, decapitado pela luxuriosa Salomé, foi
verdadeiramente a reencarnação viva de Elias, o
Profeta do Altíssimo.
Naquela época os Nazarenos eram conhecidos como
Batistas, Sabeus e Cristãos de São João; O erro de
tais pessoas consistiu na crença absurda de que o
Kabir Jesus não era o Filho de Deus, mas simplesmente
um profeta que queria seguir João.”
Orígenes (Vol. II, página 150) observa que “há alguns
que dizem de João Batista que ele era o ungido
(Christus)”. Quando as concepções de
69
Os gnósticos, que viam em Jesus o Logos e o Ungido,

começaram a ganhar terreno, os cristãos primitivos separaram-
se dos nazarenos, que acusaram injustamente o Hierofante
Jesus de perverter as Doutrinas de João e de trocar o Batismo
no Jordão por outro. (Codex Nazarenus, II. Página 109).
Salomé nua, embriagada de vinho e de paixão, com a cabeça

inocente de João Batista entre os braços eróticos, dançando
diante do rei Herodes, fez tremer as terras de Tiberíades,
Jerusalém, Galiléia e Cafarnaum...
Contudo, não devemos ficar tão escandalizados: Salomé está

muito escondida nas profundezas de muitas mulheres... você
sabe disso... e que nenhum homem se vanglorie de ser perfeito
porque em cada uma está escondido um Herodes.
Matar é evidentemente o ato mais destrutivo e corrupto
conhecido no planeta Terra.
Está escrito no livro de todos os mistérios que matar não se
faz apenas com adagas, armas de fogo, enforcamento ou
veneno; Há muitos que matam com olhar de desprezo, com
sorriso irônico ou com risada; com uma carta ou com ingratidão
e calúnia.
Em verdade vos digo que o mundo está cheio de Uxoricidas,

Matricidas, Parricidas, Fratricidas, etc. etc. etc.
É preciso amar muito e copular sabiamente com aquele que

adoramos se quisermos verdadeiramente reduzir o Diabo
Homicida a poeira cósmica, através da onipotente lança de
Eros.
70
CAPÍTULO XII O FIM DE UM

TRIÂNGULO FATAL
Vamos agora apresentar um caso assustador que nos

demonstra enfaticamente o que é o EU esquerdo e sombrio
do ciúme na troca conjugal entre marido e mulher.
O horrível acontecimento ocorreu no ano de 1180 na

Provença, a notícia se espalhando por toda parte, até que
finalmente entrou na literatura em 1250, algo como na
forma de um épico.
“Aconteceu que Guilherme de Cabstaing, filho de um pobre
cavaleiro do castelo de Cabstaing, chegou à corte de Lord
Raymond de Roussillon e, depois de se apresentar,
perguntou se seria considerado um escudeiro. O Barão o
encontrou em boa situação e o felicitou por permanecer em
sua corte.”
“Então William ficou e soube se comportar de maneira tão
gentil que todos os que o amavam; e também soube
distinguir-se tanto que o Barão Raimundo o designou ao
serviço de Dona Margarita, sua esposa, como pajem.
William agora se esforçava para ser ainda mais digno em
palavras e ações, mas, como acontece com o amor, Lady
Margaret se viu envolvida nele, com os sentidos inflamados.
“Ela ficou tão satisfeita com o empenho do pajem no

atendimento, com sua fala e sua firmeza, que um dia não
se conteve e lhe perguntou: "Diga-me, William, você amaria
uma mulher que desse sinais de te amar?" Para o qual Guilherme
71
Ele respondeu sinceramente: “Claro que sim, senhora, desde

que suas amostras fossem verdadeiras”.
“Pelo Santo João”, exclamou a senhora, “você respondeu como

um cavalheiro! Mas agora quero testar se você consegue saber
e reconhecer o que nas amostras era verdade e o que era
apenas aparência."
“A cujas palavras Guilherme respondeu: "Faça-se como quiser,

minha senhora!"
“Ele ficou pensativo, e imediatamente Amor começou a justa

com ele: e os pensamentos que Amor lhe enviou penetraram
em seu coração e a partir de então ele se tornou seu campeão,
começando a compor lindos versos e lindas canções e poemas,
que o agradaram. o mais alto grau em que ele recitou e cantou.
“Mais Amor, que concede a seus servos sua recompensa

quando eles lhe agradam, quis conceder a sua a Guillermo.
E imediatamente a senhora começou a ansiar e a meditar tanto
sobre seu hobby que não conseguia descansar nem dia nem
noite, vendo em William a soma de todos os dons de coragem
e feitos heróicos.
“Então aconteceu que um dia Lady Margarita questionou William,

dizendo: "Você sabe, William, o que neste momento é verdade
e o que não é verdade sobre a minha aparência?" e Guilherme
respondeu: “Senhora, tão certo quanto Deus me ajude, desde o
momento em que me tornei seu escudeiro, não pude abrigar
nenhum outro pensamento em mim além de que você é, entre
todos os seres vivos, o melhor e o mais verdadeiro”. aparência.
“Eu acredito assim e acreditarei nisso por toda a minha vida.” "A
Senhora respondeu: 'William, como Deus me ajude
72
Além disso, eu lhe digo que você não será enganado por mim, e seu
Os pensamentos não serão perdidos em vão.”
“E abrindo os braços ela o beijou delicadamente, e ambos sentados

no quarto começaram a cuidar do seu amor”…
“Mas não demorou muito para que as línguas malévolas, que a ira
de Deus deveria ter alcançado, começassem a se libertar falando
sobre seu amor e tagarelando sobre as canções que William
compôs, murmurando que havia posto os olhos em Lady Margaret.
E conversaram tanto e tanto, que a coisa chegou aos ouvidos do
mestre.”
“O Barão Raimundo ficou extremamente triste porque teve que

perder seu companheiro de cavalgada, e mais ainda por causa da
afronta de sua esposa.”
"E um dia, quando William foi sozinho com um escudeiro para caçar
o falcão, Raymond pegou armas escondidas e cavalgou até
encontrar o jovem."
“De nada, senhor”, Guillermo o cumprimentou, indo ao seu encontro

assim que soube: “Por que está tão sozinho?”
"Depois de alguns desvios, Raimundo começou: "Diz-me por Deus

e pela Santa Fé! Tens um amante para quem cantas e o amor te
acorrenta?"
“Senhor”, respondeu Guilherme, “de que outra forma eu poderia

cantar, se o amor não me induzisse a fazê-lo?” É verdade, Senhor,
que o amor me prendeu completamente em seus laços.”
“Gostaria de saber, se lhe agrada, quem é a senhora em questão.”
73
“Ah, senhor, veja em nome de Deus o que você exige de mim!

Você sabe muito bem que a senhora nunca deveria ser identificada.
“Mais Raimundo continuou a insistir (porque o Eu do Ciúme o

estava engolindo vivo), até que Guilherme disse: “Senhor, o senhor
deve saber que amo a irmã de Lady Margaret, sua esposa, e
espero ser retribuído por ela. (O Eu do engano respondeu). E
agora que você sabe, imploro seu apoio, ou pelo menos que não
me machuque.”
“Aqui você tem minha mão e minha palavra”, ele falou.

Raimundo, com promessa e juramento de que usarei tudo que
estiver ao meu alcance para ajudá-lo.”
"Vamos então ao Castelo dele, que é aqui perto... Guilherme

propôs...".
“Fizeram-no, sendo bem recebidos pelo senhor Roberto de

Tarascón, marido da própria senhora Inés. E Raimundo, pegando
Dona Inês pela mão, conduziu-a para o seu quarto e sentaram-se
ambos na cama.
“Diga-me, minha cunhada, pela lealdade que você me deve...

Raimundo falou: “Você ama alguém?”
“Sim, Senhor”, ela respondeu (com seu EU mentiroso).
"A quem?".
“Ah, não posso dizer isso! —Ela respondeu—Que maldade você

está falando?
“Mas ele insistiu tanto com ela que ela não teve escolha a não ser
confessar seu amor por Guillermo. Foi isso que ela reconheceu
quando o encontrou tão triste e taciturno, embora soubesse muito bem
74
que ele amava sua irmã; e sua resposta trouxe muita

alegria para Raimundo.”
“Inés contou tudo ao marido, ele julgando que ela tinha
agido bem e dando-lhe toda a liberdade de dizer e agir
como quisesse, para salvar Guilherme” (Infame adúltero).
“Inés... tendo se tornado cúmplice do crime... não deixou

de fazê-lo, pois levando o jovem sozinho para seu quarto,
ficou tanto tempo em sua companhia que Raimundo de
fato conjecturou que eles haviam sido aproveitando o
mel do amor".
“Isso o agradou muito, e ele começou a pensar que tudo

o que se dizia sobre ele não era verdade, mas apenas
fofoca vazia. Inés e Guillermo saíram da sala, o jantar foi
preparado e decorreu com muita animação.” (Essas são
as farsas que o EU PLURALIZADO faz).
Depois do jantar, Inês mandou arrumar os quartos dos

dois convidados bem perto da porta do seu, e Guillermo
e ela desempenharam tão bem o seu papel que
Raimundo pensou que o rapaz dormia com a senhora.
“No dia seguinte, e depois de se despedir, Raimundo
separou-se de Guilherme assim que pôde, foi até a
esposa e contou-lhe o ocorrido. Diante daquela notícia,
Dona Margarita passou a noite inteira imersa no mais
profundo desespero e, na manhã seguinte, ligando para
Guilherme, recebeu-o mal, tratando-o como falso amigo
e traidor.
“Guillermo pediu misericórdia, como homem que não
havia incorrido em nenhuma das faltas que ela lhe atribuiu e
75
Ele lhe contou literalmente tudo o que havia acontecido. A

senhora ligou para a irmã e por ela soube que Guilherme
estava falando a verdade. Com o que ordenou ao jovem
que compusesse para ele uma canção na qual lhe
mostrasse que não amasse outra mulher senão ela. E
compôs a música que diz: “As belas ocorrências que o
amor muitas vezes inspira”.
“Quando o homem de Roussillon ouviu a canção que
Guilherme havia composto para sua esposa, obrigou-o a
vir falar com ele, e a uma certa distância do castelo cortou-
lhe a garganta, guardando a cabeça decepada num saco
de caça, depois arrancando-a seu coração"…
“Com ela ele voltou ao castelo, mandou assar o coração e
serviu à esposa à mesa. “Ela comeu, sem saber do que
gostava.”
“No final da refeição, Raimundo levantou-se e disse à
esposa que o que havia comido no almoço era o coração
de Guilherme, mostrando-lhe depois a cabeça horrível.”
“Ele também perguntou se o coração estava gostoso. Ao

que Dona Margarita respondeu que era, de fato, tão
saboroso que comer qualquer outra iguaria tiraria o prazer
que o coração de William havia deixado nela.
O furioso Raimundo - desesperado pelo EU do ciúme -
avançou contra ela - a perversa adúltera - com o punhal em
punho. “Margarita fugiu, se jogou de uma varanda e
quebrou a cabeça na queda.”
Esse foi o fim catastrófico de um triângulo fatal onde os eus

do ciúme, do adultério, do engano, da farsa, etc. Eles
levaram seus atores a um beco sem saída.
76
Deus e Maria Santíssima me ajudem! O divino e o

humano sabem bem que o poderoso Lord Raymond de
Roussillon tornou-se um assassino devido ao demônio
do ciúme. Teria sido melhor entregar à esposa uma carta de
divórcio.
77
CAPÍTULO XIII O RITUAL

PANCATATTVA
Entre o crepitar incessante do FOHAT cósmico onipresente,

onipenetrante e onipresente, surgem naturalmente também
terríveis tentações carnais, indescritíveis e indescritíveis à
maneira do grande Patriarca Gnóstico Santo Agostinho, que
teve visões na cruz de uma deliciosa mulher nua.
Está escrito no livro dos esplendores com personagens de

fogo ardente: “O conhecimento real e a identificação sábia
com todas as infinitas possibilidades do sexo não deveriam
significar para o sábio uma queda no mundo dos instintos e
das ilusões, mas sim precisamente tal familiarização e
profunda o conhecimento deve nos levar à AUTO-
REALIZAÇÃO ÍNTIMA.”
O Iniciado, que na sexualidade busca inteligentemente o

poder extraordinário do princípio eterno e criativo, e passa do
domínio da passividade ao domínio da atividade, de uma
ação bem compreendida, que domina as energias sexuais...
este conhecedor é. óbvio que ele está em condições de
despertar a consciência através da morte do Ego animal.
No campo da vida prática pudemos constatar ad nauseam

que quem se afasta da questão sexual para viver a vida
superior do coração, classificando como tabu tudo o que
possa ter sabor erótico, mais cedo ou mais tarde chega a de
repente, experimente tédio e desconsolação de uma forma
inesperada.
78
Então o surgimento dos EUs submersos mais baixos, que

antes pareciam adormecidos e como se estivessem mortos,
torna-se evidente e manifesto; De repente entram em atividade
e toda alegria espiritual tão difícil de alcançar se transforma
em escrúpulos infernais.
Aquela sublime esperança de “Descanso no Divino” parece
então ser lançada repentinamente e o que brilhava como
harmonia eterna transforma-se em abismos de uma vã quimera.
Por esta razão, o homem que quer alcançar a libertação

autêntica nunca deve se deixar levar por uma falsa sensação
de segurança.
É urgente aprender a viver perigosamente de momento a
momento, de momento a momento.
O verdadeiro conhecimento direto, místico e transcendental
certamente será impossível enquanto houver conflitos íntimos.
Precisamos agarrar o Diabo pelos chifres; É essencial roubar

a tocha de fogo de Typhon Baphomet; A cabra de Mendez.
“O esotérico Viparitakarani ensina como o Yogue faz subir

lentamente o sêmen, através da concentração, para que
homem e mulher possam alcançar VAJROLI.”
“A mulher no ato carnal é explicitamente designada como

“Santa”; ela deve estar em condições de também transformar
o fogo de sua potência sexual e poder conduzi-lo aos centros
superiores do corpo”, fazendo o sêmen subir no corpo, ou seja,
fazê-lo fluir para dentro e para cima em vez de
79
derramando-o, revertendo as gotas que os profanos e

profanadores destinam ao útero da mulher, entra em atividade
a chama etérea do sêmen, a serpente ígnea de nossos
poderes mágicos através da qual podemos e devemos reduzir
a pó o Ego animal.
No "ANANGARANGA" de Kalyana Malla encontramos o
seguinte tipo TÂNTRICO ASANA.
UTTANA-DANDA
O homem se ajoelha e se inclina sobre a mulher deitada de
costas. Existem dez variedades dessa postura, que geralmente
é a preferida.
a) O homem coloca sobre seus ombros as pernas da mulher
deitada de costas, e coabita enquanto se inclina em sua
direção...
b) A mulher deita-se de costas, o homem coloca-se entre as

pernas dela e levanta-as para que toquem no seu peito, e
coabita com a mulher.
c) Uma perna da mulher permanece estendida sobre o tapete
ou cama, e a outra é imediatamente colocada na cabeça do
homem; É uma posição que estimula especialmente as
sensações eróticas.
d) Posição KAMA-RAD: situada entre as pernas da mulher, o

homem alarga ao máximo os braços dela com as mãos.
e) Durante o ato carnal, a mulher levanta ambas as pernas até

o peito do homem, que fica colocado entre suas coxas. É uma
das posições preferidas por quem conhece a arte de amar.
80
f) O homem ajoelha-se diante da mulher deitada de costas,

depois coloca as duas mãos sob as costas dela e levanta-a na
sua direção, para que a mulher, por sua vez, possa atraí-lo
com os braços ligados ao pescoço.
g) O homem fica entre os quadris e o travesseiro da cabeça da

mulher, de forma que seu corpo fique elevado em forma de
arco. Ajoelhado sobre uma almofada, ele executa o ato, em
cuja forma muito apreciada ambos os participantes
experimentam o maior prazer.
h) Enquanto a mulher está deitada de costas, ela cruza as

pernas e levanta um pouco os pés; postura que alimenta
vividamente o fogo do amor.
i) A mulher deitada na cama ou tapete coloca uma perna no
ombro do companheiro e a outra estendida.
j) O homem levanta, após a introdução do membro, as pernas

da mulher deitada de costas e aperta bem o seu quadril.
No VIPARITAKARANI é dito: “Esta prática é a mais excelente,

a causa da libertação do Yogue; Esta prática traz saúde ao
Yogue e lhe garante perfeição.”
“O VIRA-SADHAKA ou Heruka considera o próprio universo

como o lugar da libertação; ele sabe viver com sabedoria; Com
os olhos pousados na verdade infinita, ele está acima do medo
e da censura, pela evidência do “Saham” (eu sou ela, ou seja,
o poder, sem dúvida penetrado por ela), livre de todos os
vínculos com o Samsara, Senhor. dos seus sentidos,
procedendo ao ritual PANCATATTVA.”
81
“Esta palavra designa os cinco elementos: éter, ar,

fogo, água e terra são considerados os diversos
princípios da manifestação de SHAKTI (Kundalini). O
poder cósmico está contido nos cinco, e o VIRA-
SADHAKA deve cumprir a tarefa de ressuscitar a
natureza primordial destes elementos como um “ato de
poder”, para avançar ao “primogênito da criação”, ao
próprio SHIVA .”
A necessidade intrínseca de uma ascensão gradual aos
princípios transcendentais da vida universal se destaca
claramente com total clareza cristalina.
Tal ascensão deve ter como fundamento a natureza
orgânica do Pentante.
No que diz respeito ao tema orgânico, o éter está
intimamente relacionado com as mulheres ou o comércio
sexual (MAITHUNA), o ar com o vinho (MADYA), o fogo
com a carne (MAMSA), a água com os peixes (MATSYA)
e a terra com os cereais (MUDRA).
Assim, através do desfrute inteligente dos cinco
“M” (Mulher, vinho, carne, peixe e cereais), invoca-se o
poder (SHAKTI) dos elementos, atualizando-o em si mesmo.
aqui e agora.
O PANCATATTVA torna possível o SHAKTI-PUJA (ou
seja, o culto gnóstico à Divina Mãe Kundalini Shakti).
Os maravilhosos flashes de MAHA-KUNDALINI estão
contidos em todas as propriedades dos cinco elementos
da natureza.
Precisamos urgentemente transformar esses flashes
em chamas dentro de nós.
82
Através do ritual PANCATATTVA é inquestionável que

a Divindade interior oculta, mesmo quando não inserida
no animal intelectual erroneamente denominado
homem, estende conscientemente sua energia íntima
com o propósito óbvio de auxiliar a essência no
processo de despertar...
Devemos saber com clareza que os cinco elementos
são formas diversas de um poder e, portanto, procuram
atrair a vida interior do ser íntimo para uni-lo à vida
exterior, o imanente ao transcendente para que com
este o ser seja reconhecido aqui e agora. .
Precisamos aprender a viver intensamente, momento
a momento, no mundo dos cinco elementos.
KARMA-YOGA, o caminho da linha reta, baseia-se na
lei do equilíbrio.
Como poderíamos exercer poder sobre o AKASHIC
TATTVA com domínio soberano, excluindo o SAHAJA
MAITHUNA? (Magia Sexual).
As tradições indianas dizem que RAMAKRISHNA fez
Sarada Devi sentar-se no trono da Mãe Divina dentro
do templo e iniciou, enquanto cantava o hino a Devi
Kundalini, a antiga cerimônia ritual que culmina no
famoso SHORASHI PUJA, a adoração das mulheres.
Ele e Ela durante o MAITHUNA, chegaram ao
SAMADHÍ... É assim que todo poder é exercido sobre
o AKASHIC TATTVA.
Está escrito com palavras de fogo no livro dos
esplendores que o poder do Logos Solar não se
encontra no cérebro ou no coração ou em qualquer
83
outro órgão do corpo, mas exclusivamente nos órgãos sexuais,

no falo e no útero.
De forma alguma poderíamos desenvolver os poderes
AKASHIC em nossa constituição íntima se cometêssemos o
erro de fornicar, odiar o sexo ou cometer adultério. “Todo
pecado será perdoado, exceto o pecado contra o Espírito
Santo.” (Sexo).
Certa vez, estando fora do corpo físico, fiz a seguinte pergunta
à minha DIVINA MÃE KUNDALINI: É possível que exista no
mundo físico alguém que possa AUTO-REALIZAR-SE sem
necessidade de MAGIA SEXUAL? A resposta foi terrível,
horrível. “Impossível, meu filho, isso não é possível.” Fiquei
muito impressionado e toquei no fundo da minha alma...
E o que diremos de Vayú Tattva, o elemento ar?

Qual a sua relação com o fruto da Videira?
É óbvio que nenhum bêbado poderia adquirir os maravilhosos
poderes do Vayú Tattva.
É claro e manifesto que o Vinho puro, sem fermentação de
qualquer tipo, é utilizado com sucesso no ritual PANCATATTVA...
De que forma ou de que forma poderíamos adquirir os

milagrosos poderes ígneos do Tattva Tejas se cometermos o
erro de renunciar aos elementos carnívoros? Infelizmente, as
multidões humanas tornam-se vegetarianas radicais ou tornam-
se quase canibais.
E o que diríamos sobre o Tattva Apas e seus poderes

formidáveis? É óbvio que os peixes contêm
84
segredo que nos permite dominar as tempestades e

caminhar sobre as águas; Infelizmente, as pessoas
odeiam mariscos ou abusam deles.
Como poderíamos conquistar os poderes do Tattva

Phrithvi, o elemento terra, se abominamos cereais,
legumes e plantas ou se abusamos destes alimentos?
“Do que foi dito segue-se que todos os elementos, tanto

da terra como da carne, são em essência absolutamente
puros. Quando o VIRA desfruta do prazer sem um toque
pessoal, a causa primitiva do cosmos, o mundo dos
fenômenos, o mundo de Maya, é-lhe revelada no sexo.
“As correntes de TATTVA que se encontram no cosmos

em consonância com a estruturação das forças e que
produzem a Evolução e Involução do universo, manifestam-
se como o limite da criação e o primogênito da natureza,
de modo que um imenso poder e transforma o vontade
do VIRA, que doravante arde na brasa de MAHA-
KUNDALINI.”
O sábio escritor Waldemar diz textualmente em uma de
suas obras:
“Prana, a sexta força fundamental, não afeta apenas os
homens, mas é o princípio vital de todo ser existente no
universo.”
“Prana é o que se chama de sopro de Deus e que provoca

manifestações vitais nos organismos. Através do desfrute
dos cinco elementos do ritual (Pancatattva), os poderes
são energizados, por assim dizer, para brilhar.
85
no sexto princípio, na constituição dos seres, isto é, no

LINGAM-SARIRA, o corpo etérico.”
“Se alguém souber prestar a devida atenção à verdadeira
natureza da vontade despertada por este clarão, captá-la com
consciência alerta e não apenas imaginativamente, mas
retendo-a com todo o seu ser íntimo, realiza-se um transporte
de ordem transcendental .”
É inquestionável que os lampejos do vinho, da mulher, da
carne, etc., após girarem os chacras do corpo vital, chegam a
atualizar as forças superiores da alma: ATMAN-BUDDHI-
MANAS.
“Para que a massa escura do TAMAS (Poder Latente) seja

superada em seu estado caótico e inerte, devem ser
provocados momentos especiais de emoção extática; o
indivíduo sai de certa forma “de si mesmo”, e os recursos do
vinho e do ato sexual desempenham aqui um papel decisivo.
Este “sair de si mesmo” é, no sentido próprio e bem entendido,

uma entrada na força dos elementos.
As correntes de Tattvas encontradas no cosmos estão

obviamente subordinadas ao SHAKTI, à potência.
Uma vez que o poder dos cinco elementos é atualizado nas

profundezas vivas da alma, é evidente que nos tornamos
mestres dos Tattvas. Então poderemos, se quisermos,
imortalizar o corpo físico; passar pelo fogo sem se queimar,
andar sobre as águas, acalmar ou desencadear tempestades;
flutuar no ar, desencadear furacões; atravessar qualquer pedra
ou
86
montanha de um lado para o outro sem sofrer o menor dano;

proferir palavras que entorpecem ou encantam cobras
venenosas, etc. etc. etc.
“OM! Obediente à Deusa, que lembra uma cobra adormecida
no SWAYAMBBULINGAM e maravilhosamente decorada, ele
desfruta do que ama e de outros encantos. É iluminado pelo
vinho e irradia como milhões de raios. Será despertado pelo
ar e pelo fogo, pelos mantras YAM e DRAM e pelo mantra
HUM (Durante a Magia Sexual).
Grande imaginação deve ser usada na pronúncia do Mantra

KRIM : É necessário instilar energia nele e transformá-la em
força mágica.
Tal Mantra não é usado apenas em Magia Sexual; É óbvio
que ele é uma parte viva de todo o ritual PANCATATTVA.
Quando o Gnóstico Vira bebe vinho ou come carne ou peixe

ou cereais, pronuncia o mantra KRIM, sua imaginação se
intensifica de tal forma que todo o universo lhe parece repleto
da bendita Deusa Mãe do mundo.
87
CAPÍTULO XIV PODERES

TATTIVIDADES
Para o bem da grande causa, vou agora transcrever

neste capítulo duas histórias extraordinárias do Sri Lanka.
Swami Sivananda:
“Iogue Bhusunda”
“Yogi Bhusunda é considerado entre os Yoginis, como
um Chiranjivis.”
“Ele era um mestre na ciência do Pranayama. Diz-se
que este Yogi construiu na parte ocidental do Kalpa
Vriksha, localizado no cume norte do Mahameru, um
enorme covil onde viveu.
“Este Yogi era um Trikala Jnani e poderia ficar em
Samadhi por muito tempo. Ele alcançou o supremo Santi
e Jnana e em tal estado desfrutou da felicidade do seu
próprio EU sempre como um Chiranjivi.”
“Ele possuía pleno conhecimento dos cinco Dharanas e
deu provas de domínio sobre os cinco elementos através
da prática da concentração.”
“Diz-se que quando os doze Adytyas queimaram o
mundo com seus raios refulgentes, ele foi capaz, por
meio de seu Apas Dharana, de alcançar o Akasa, e
quando o forte vendaval soprou até que as rochas foram
feitas em pedaços, ele foi capaz de permanecer no
Akasa pelo Agni Dharana.”.
“Além disso, quando o mundo junto com o Mahameru

afundar nas águas, ele flutuará através do Vayú
Dharana.”
88
Chega desta maravilhosa história de Sri Swami Sivananda: É

óbvio que Yogi Bhusunda teve que praticar intensamente o
ritual PANCATATTVA.
Vejamos agora atentamente a segunda história do

Guru-Deva Sivananda:
“MILAREPA”
“Milarepa foi uma daquelas almas que ficam profundamente
impressionadas pela compreensão da natureza transitória da
existência mundana e dos sofrimentos e misérias em que os
seres se encontram imersos.”
“Parecia-lhe que a existência, deste ponto de vista, era igual a
uma enorme fogueira na qual se consumiam criaturas vivas.”
“Diante de uma dor tão desconcertante, ele sentiu em seu

coração que era incapaz de perceber qualquer coisa da
felicidade celestial desfrutada por Brahma e Indra nos céus,
mas muito menos sentiu as alegrias terrenas e os deleites do
mundo profano. ”
“Por outro lado, ele se sentiu profundamente cativado pela
visão de pureza imaculada e beatitude casta, descrita no
estado de perfeita liberdade e onisciência atingível no Nirvana,
a tal ponto que não poderia desperdiçar sua vida em busca de
algo que havia havia sido dele há muito tempo descartado,
dedicando-se com plena fé, profundidade de mente e pleno
coração ao amor e simpatia onipresente de todas as criaturas.”
“Tendo obtido conhecimento transcendental no controle da

natureza etérea e espiritual da mente,
89
“Ele se sentiu capaz de dar demonstrações disso e, para

isso, conseguiu voar pelo céu, caminhar e descansar no
ar.”
“Ele também era capaz de produzir chamas e fazer sair

água de seu corpo, transformando-se no objeto que
desejava, manifestações que conseguiram convencer
os incrédulos e devolvê-los aos caminhos religiosos.”
“Milarepa era perfeito na prática dos quatro estados de

meditação, e através deles foi capaz de projetar seu
corpo sutil a ponto de estar presente presidindo
conselhos iogues em vinte e quatro lugares diferentes,
nos quais assembleias de Deuses e Anjos são iguais.
às nuvens espirituais foram realizadas. comunhão".
“Ele foi capaz de dominar Deuses e elementais,
colocando-os sob seu comando imediato no cumprimento
de seus deveres.”
“Adepto perfeito dos poderes tatwicos sobrenaturais, ele
teve a graça de poder cruzar e visitar inúmeros paraísos
sagrados e céus dos Budas, onde com a virtude de seus
atos todo-absorventes e devoção nunca superada, os
Budas e Boddhisattvas que governam aqueles lugares
sagrados o favoreceram ao permitir que ele se
expressasse sobre o DHARMA, santificando-o em seu
retorno pela visão daqueles mundos celestiais e pela
permanência em tais moradas.”
90
CAPÍTULO XV O ABOMINÁVEL
VÍCIO DO ÁLCOOL
Muito longe daqui, desta minha querida pátria mexicana,

viajando por outras estradas, fui levado pelos ventos do destino
até aquela antiga cidade sul-americana que em tempos pré-
colombianos se chamava “Bacatá” na típica língua Chibcha.
Cidade boêmia e taciturna com mentalidade crioula do século

XIX; cidade enfumaçada no vale profundo...
Cidade maravilhosa da qual disse um certo poeta: “A cidade
de Bacatá gira na chuva como um carrossel irregular; a cidade
neurastênica que cobre suas horas com lenços de nuvens.”
Então a Primeira Guerra Mundial começou...

Que horas, meu Deus! Que tempos! É melhor agora exclamar
com Rubén Darío: “Juventude, tesouro divino que você está
deixando para nunca mais voltar, quando quero chorar não
choro e às vezes choro sem querer”.
Quanta dor ainda sinto quando me lembro de tantos amigos
mortos! Os anos se passaram...
Essa foi a época do brinde de Bohemio e Julio Flores: anos
em que Lope de Vega e Gutiérrez de Cetina estavam na moda.
Então quem quisesse se gabar de ser inteligente relacionaria

entre bebidas aquele soneto de Lope de Vega que diz
literalmente:
“Um soneto me ordena a me tornar um violador,
Na minha vida estive em tal situação,
91
quatorze versos dizem que é um soneto,

zombando zombeteiramente, os três vão em frente.”
“Achei que não conseguiria encontrar uma consoante
e estou no meio de outro quarteto,
mais se eu me ver no primeiro trio,
"Não há nada nos quartetos que me assuste."
“Para o primeiro terceto estou entrando,
e ainda presumo que entrei com o pé direito
Bem, vou terminar com este versículo."
“Já estou no segundo e ainda suspeito,
Estou terminando os treze versos,
conte se são quatorze e está feito.”
É óbvio que naquele ambiente crioulo de bardos insones

concluíam este tipo de declamação entre gritos de admiração e
rajadas de aplausos.
Aqueles foram os tempos do brinde boêmio; anos em que

cavalheiros arriscavam a vida por qualquer senhora que
passasse na rua...
Alguém me apresentou a um amigo de intelectualidade brilhante

e muito dado aos estudos metafísicos; Roberto era seu nome e
se mantenho seu sobrenome em silêncio o faço com o propósito
óbvio de não ferir os sentimentos das pessoas.
Ilustre filho de representante de seu departamento perante a

Câmara Nacional daquele país.
Com a taça do fino bacará na mão direita, embriagado de vinho

e paixão, aquele bardo de cabelos compridos declamando
92
desenfreado, destacou-se por toda parte diante dos intelectuais,

nas lojas, nas cantinas e nos cafés.
Era certamente algo digno de admiração naquele jovem, a

erudição prodigiosa que possuía; Comentou Juan Montalvo e
seus sete tratados com a mesma rapidez com que recitou a
marcha triunfal de Rubén Darío...
Contudo, houve mais ou menos pausas em sua vida

tempestuosa; Às vezes ele parecia se arrepender e trancava-
se longas horas, dia após dia, na biblioteca nacional.
Muitas vezes o aconselhei a abandonar para sempre o
abominável vício do álcool, mas meu conselho não adiantou,
mais cedo ou mais tarde o jovem voltou aos seus velhos
hábitos.
Aconteceu que uma noite, enquanto meu corpo físico dormia
na cama, tive uma experiência astral muito interessante:
Com olhos de terror me vi diante de um precipício horrendo

diante do mar; e olhando para a escuridão abismal observei
pequenos navios leves com velas infladas aproximando-se
dos penhascos.
Os gritos do mar e o barulho das âncoras e dos remos

permitiram-me verificar que aqueles pequenos barcos tinham
chegado à costa escura.
E percebi almas perdidas, pessoas esquerdistas, horríveis,
desembarcando ameaçadoramente...
assustador,
Sombras vãs subindo ao cume onde eu e Roberto estávamos!
93
Aterrorizado, o jovem atirou-se de cabeça nas profundezas

abismais, caindo como uma pentalfa invertida e finalmente se
perdendo entre as águas tempestuosas.
Não posso negar que fiz a mesma coisa, mas em vez de
afundar entre aquelas águas do Ponto, flutuei deliciosamente
enquanto uma estrela sorria para mim no espaço.
É óbvio que aquela experiência astral me causou uma forte

impressão; Eu entendi o futuro que aguardava meu amigo.
Os anos se passaram e continuei minha jornada pelo caminho

da vida, me afastei daquela cidade boêmia e esfumaçada...
Muito mais tarde, além do tempo e da distância, viajando pelas

costas do Mar do Caribe, cheguei ao Porto de Río del Hacha,
hoje capital da Península de Guajira.
Cidade com ruas tropicais arenosas à beira-mar; pessoas
hospitaleiras e caridosas com rostos queimados de sol...
Nunca consegui esquecer aquelas índias Guajiras vestidas

com túnicas tão lindas e gritando por toda parte: Carua! Uau!
Uau! (Carvão).
Piracá! Piracá! Piracá! (Venha cá) exclamavam as senhoras

da porta de cada casa com o propósito de comprar o
combustível necessário.
“Haita Maya” (eu te amo muito) diz o indiano quando a Índia
se apaixona por ele. “Ai macai pupura”, ela responde como se
dissesse: “Os dias vêm e os dias vão”.
94
Existem casos inusitados na vida, surpresas tremendas; uma

delas foi para mim o encontro com aquele bardo que já havia
conhecido na cidade de Bacatá.
Ele veio até mim declamando no meio da rua, bêbado de vinho

– como sempre – e para piorar a situação, na mais terrível
miséria.
É evidente que aquele luminar do intelecto degenerou

assustadoramente com o vício do álcool.
Todos os meus esforços para tirá-lo desse hábito foram inúteis;

Todos os dias ia de mal a pior.
O ano novo estava se aproximando; Por todo o lado ressoavam

os tambores, convidando o povo para as festividades, para os
bailes que se realizavam em muitas casas, para a Orgia.
Um dia, enquanto estava sentado à sombra de uma árvore em

profunda meditação, tive que sair do meu estado de êxtase
quando ouvi a voz do poeta...
Roberto chegou descalço, rosto abatido e corpo seminu; meu

amigo era agora um mendigo; o EU do álcool o transformou em
um mendigo.
Olhando para mim e estendendo a mão direita, ele exclamou:

“Dê-me uma esmola”.
Para que você quer esmola? “Para arrecadar dinheiro para

comprar uma garrafa de Rum.”
Sinto muito, amigo; Acredite em mim, nunca cooperarei com o

vício. Você abandona o caminho da perdição.
Assim que essas palavras foram ditas, aquela sombra retirou-se

silenciosa e taciturnamente.
95
A véspera de Ano Novo chegou; Aquele bardo com seu

cabelo selvagem chafurdava como um porco na lama,
bebendo e mendigando de orgia em orgia...
Perdendo completamente a cabeça sob os efeitos
repugnantes do álcool, ele brigou; Ele disse alguma coisa e
eles lhe contaram e é evidente que lhe deram uma surra tremenda.
Depois a polícia interveio com o saudável propósito de
acabar com a raquete e, como é evidente em todos estes
casos, o bardo acabou na prisão.
O epílogo desta tragédia cujo autor foi naturalmente o EU
do álcool, é verdadeiramente macabro e assustador porque
aquele poeta morreu enforcado; Quem o viu diz que no dia
seguinte o encontrou pendurado pelo pescoço nas mesmas
barras da masmorra.
Os serviços fúnebres foram magníficos e muitas pessoas
vieram ao Panteão para dizer o último adeus ao Bardo.
Depois de tudo isso, muito entristecido, tive que continuar

minha viagem, afastando-me daquele porto marítimo.
Mais tarde, decidi investigar diretamente o amigo

desencarnado no mundo astral.
Este tipo de experimentos metafísicos podem ser realizados
projetando o EIDOLON ou duplo mágico de que tanto nos
falou Paracelso.
Sair da forma densa certamente não me custou nenhum

trabalho; O experimento ficou maravilhoso.
96
Flutuando com o EIDOLON na atmosfera astral do Planeta Terra,

entrei pelas gigantescas portas de um grande edifício.
Fiquei ao pé da escada que levava aos andares superiores;

Consegui verificar uma bifurcação na escada ao me aproximar
da base.
Gritei em voz alta pronunciando o nome do falecido! e então

esperei pacientemente pelos resultados...
Este último certamente não esperou muito; Fiquei surpreso com

uma grande multidão de pessoas correndo pelos dois lados da
escada derivada.
Toda aquela força chegou perto de mim e me cercou; Roberto,

meu amigo! Por que você cometeu suicídio?
Eu sabia que todas aquelas pessoas eram o Roberto, mas não

consegui encontrar alguém a quem recorrer, não consegui
encontrar um sujeito responsável, um indivíduo...
Eu tinha diante de mim um EU PLURALIZADO, um bando de
Demônios, meu amigo desencarnado não gozava de um centro
permanente de consciência.
A experiência terminou quando aquela legião de Is se retirou,

subindo a escada derivada.
97
CAPÍTULO XVI PAUSA

MAGNÉTICO CRIATIVO
A experiência da vida diária veio mostrar-nos conclusivamente

que a excitação excessiva da luz e do som, infelizmente, embota
os maravilhosos órgãos da visão e da audição.
A sábia lei da concomitância permite-nos inferir logicamente que

a troca contínua de raios da alma esgota tanto a alma como o
corpo.
O homem, como microcosmo, exige caminhar de acordo com

todos aqueles ritmos vivos do espaço infinito que mantêm o
universo firme em sua marcha.
Assim como as estrelas do firmamento vão e voltam dentro de

suas órbitas, sem interferir umas nas outras e, portanto, tendo
suas luminosidades proporcionais, também marido e mulher
devem proceder unindo-se sexualmente periodicamente.
Mesmo que fosse impossível que certos cônjuges tivessem

quartos separados, existe um remédio infalível para evitar a
plenitude magnética, e como seria muito grave calar-se sobre
isso, daremos a fórmula: "Você coabita uma ou duas vezes por
semana e tente não interromper o fluxo de eletricidade vital
evitando cuidadosamente o espasmo abominável.”
De Hutten, são estes versos:

“O plantão é quinzenal
O que você faz com a mulher?
que nem você nem eu prejudicamos,
98
e cento e quatro por ano são premiadas.”
Zoroastro escreve aos seus fiéis que o homem deve conviver

com a mulher a cada nove dias; Para isso, a mulher deve
fazer ao Senhor nove vezes todas as manhãs a pergunta:
Diga-me, meu mestre, o que devo fazer hoje. Sua vontade é
lei.
O sábio legislador Sólon concedeu às mulheres o direito de
serem cobertas pelos homens três vezes no decorrer de
quatro semanas.
Os homens que já passaram dos cinquenta anos são

aconselhados a simplesmente obedecer à pausa magnética
criativa que a natureza estabelece na sua fisiologia de Eros.
Estas pessoas, mesmo que queiram praticar Magia Sexual,

devem saber esperar o momento certo; Seria absurdo violar
os órgãos sexuais ou realizar a cópula com uma ereção
deficiente.
De forma alguma os idosos deveriam se preocupar; É óbvio
que a natureza também estabelece neles o seu “MAIS” e
“MENOS” sexuais, os seus períodos de atividade e descanso.
A pausa criativa magnética também resolve o desenvolvimento

um tanto deficiente dos órgãos genitais e dos chakras ou
plexos simpáticos por eles supridos.
O sábio Waldemar diz:
“No período preparatório, gastam-se energias da própria

massa de poder, e a consequência é que, devido à frequente
repetição desses gastos, produz-se um crescente vazio interior
e descontentamento.”
99
“A pausa magnética é necessária para repor o que foi

consumido.”
“Muitas vezes, porém, um parceiro chega ao ponto de

interpretar esta pausa como uma deficiência no amor e
no desejo conjugal, forçando então o seu parceiro, numa
vaidade mórbida, a mostrar a sua deferência complacente
através de novas demonstrações de excitação.”
“Forçosamente, o fogo sensual deve repetidamente

produzir chamas claras; O outro não tem outra escolha
senão escapar para a representação mímica de
sensações que não são mais excitáveis ou experienciáveis.”
“Como consequência disso, o desvio emocional aumenta,
até que a repulsa e o desespero se tornam tão densos
que as disputas veementes não são mais evitáveis.”
“A vergonha e o ódio dos afetados aumentam, o que

leva à perturbação emocional e, portanto, à conversão
do casamento numa maldição. O culpado aqui é
chamado: Ignorância e não utilização da “pausa criativa
magnética”.
A troca magnética na relação sexual é especialmente
positiva quando marido e mulher se unem com o
propósito óbvio de não ultrapassar o clímax sexual, ou
seja, não atingir o orgasmo.
Então, tanto o marido como a esposa possuem forças

elétricas e sexuais prodigiosas com as quais podem
reduzir a cinzas todos os agregados psíquicos que juntos
constituem o que se chama EGO, EU, MIM, EU.
100
CAPÍTULO XVII O
IMPLANTAÇÃO
Quando se trata de projeções do EIDOLON e de viagens

supersensíveis fora do corpo físico, temos muito a dizer.
Nos momentos em que escrevo estas páginas, acontecimentos

extraordinários e maravilhosos vêm à minha memória.
Revendo antigas crônicas de minha longa existência, com a

tenacidade do clérigo na cela, surge Eliphas Lévi.
Uma noite, fora da forma densa, andei por toda parte invocando
a alma daquele falecido que em vida se chamava: Abate
Alfonso Luis Constant (Eliphas Levi).
É óbvio que o encontrei sentado a uma velha escrivaninha, no

augusto salão de um antigo palácio.
Com grande cortesia ele levantou-se da cadeira para atender
respeitosamente às minhas saudações.
Venho pedir-lhe um grande serviço”, disse, “quero que me dê
uma chave para emergir instantaneamente em corpo astral
sempre que eu precisar.
“É com grande prazer”, respondeu o abade, “mas primeiro
quero que amanhã você me traga a seguinte lição: “Qual é a
coisa mais monstruosa que existe na Terra?”
Dê-me a chave agora mesmo, por favor... “Não!

Traga-me a lição e terei prazer em lhe dar a chave.”
101
O problema que o abade me colocou revelou-se um

verdadeiro enigma, visto que existem tantas coisas
monstruosas no mundo, que francamente não consegui
encontrar uma solução.
Andei por todas as ruas da cidade observando, tentando
descobrir o que havia de mais monstruoso, e quando
pensei que tinha encontrado, apareceu algo pior; Logo
um raio de luz iluminou meu entendimento.
Ah! -Eu disse a mim mesmo-; Entendo. O mais
monstruoso deve ser, de acordo com a lei das analogias
dos opostos, o antipolo do maior...
Bem! Mas qual é a maior coisa que existe na face
dolorosa deste mundo aflito?
Então veio até mim translúcida a montanha de caveiras,
o Gólgota da amargura, e o grande Kabir Jesus morrendo
numa cruz por amor a toda a humanidade sofredora...
Então exclamei: O amor é a maior coisa que existe na

Terra! Eureca! Eureca!
Eureca! Agora descobri o segredo: o ódio é a antítese
do maior.
A solução para o problema complexo era evidente;
Agora não há dúvida de que tive que entrar em contato
novamente com Eliphas Levi.
Projetar novamente o EIDOLON foi uma questão de
rotina para mim, pois é claro que nasci com essa
preciosa faculdade.
Se eu procurava uma chave especial, não o fiz tanto por causa da

minha pessoa insignificante que não vale nada, mas por causa de muitos
102
outras pessoas que anseiam por um desenvolvimento

consciente e positivo.
Viajando com o EIDOLON ou duplo mágico muito longe do
corpo físico, viajei por vários países europeus em busca do
abade; mas este não apareceu em lugar nenhum.
De repente, de forma inusitada, senti um chamado telepático
e entrei em uma luxuosa mansão; O abade estava lá, mas...
Oh! Surpresa! Maravilhoso! O que é isso? Eliphas se

transformou em criança e foi colocado em seu berço. Um caso
verdadeiramente incomum, certo?
Com profunda veneração, muito silenciosamente, aproximei-
me do bebê dizendo: “Mestre, eu trago a lição; A coisa mais
monstruosa que existe na Terra é o ódio. Agora quero que
você cumpra o que me prometeu. Me dê a chave...
Porém, para meu espanto, aquele menino permaneceu em

silêncio enquanto eu me desesperava sem compreender que
o silêncio é a eloquência da sabedoria.
De vez em quando eu o tomava nos braços desesperadamente,
implorando, mas tudo em vão, aquela criatura parecia a
esfinge do silêncio.
Quanto tempo isso duraria? Não sei! Na eternidade não há
tempo e o passado e o futuro estão unidos num eterno agora.
Por fim, decepcionado, deixei a criança no berço e saí muito

triste daquela casa antiga e ancestral.
103
Passaram-se dias, meses e anos e continuei a sentir-me

desiludido, senti como se o abade não tivesse cumprido a
promessa que me fizera com tanta solenidade; Mas um dia a
luz veio até mim.
Lembrei-me então daquela frase de Kabir Jesus: “Deixai vir a
mim as crianças, porque delas é o reino dos céus”.
Ah! Entendo; Eu disse a mim mesmo. É urgente, é essencial,

reconquistar a infância na mente e no coração. “Até que vocês
sejam como crianças, não poderão entrar no reino dos céus.”
Esse retorno, esse retorno ao ponto de partida original, não é

possível sem antes terem morrido dentro de si; A essência, a
consciência, infelizmente está engarrafada entre todos aqueles
agregados psíquicos que juntos constituem o EGO.
Somente aniquilando esses agregados de esquerda e sombra

a essência poderá despertar em um estado de inocência
primordial.
Quando todos os elementos subconscientes forem reduzidos
a poeira cósmica, a essência é liberada.
Então recuperamos nossa infância perdida.
Novalis diz: “A consciência é a própria essência do homem
em completa transformação, o ser celestial primitivo”.
É claro e manifesto que quando a consciência desperta, o

problema do desenvolvimento voluntário deixa de existir.
Depois de ter compreendido completamente todos esses

processos da psique humana, o abade nos mundos
104
superiores me deram a segunda parte da chave real.
Certamente esta foi uma série de sons matriciais com os

quais se pode realizar de forma consciente e positiva a
projeção do EIDOLON.
Para o bem dos nossos estudantes gnósticos, é
conveniente estabelecer de forma didática a sucessão
inteligente destes sons mágicos.
A) Um assobio longo e delicado semelhante ao de um pássaro.
B) Entonação da vogal “E” (eeeeeee) alongando o som

com a nota “RE” da escala musical.
C) Cantar o “R” fazendo ressoar o “SIM MUSICAL”

imitando a voz da criança em tom agudo; algo semelhante
ao som agudo de um moedor ou motor que é muito fino e
sutil (rrrrrrrrrrrrr).
D) Faça o “S” ressoar delicadamente como um assobio
doce e gentil. (sssssss).
Esclarecimento: O ponto (A) é um apito real e eficaz. O
ponto (D) é apenas semelhante a um apito.
ÁSANA
O estudante gnóstico deita-se na posição do morto:
Decúbito dorsal (face para cima).
Abra os dedos dos pés em forma de leque, tocando os
calcanhares.
Braços ao longo do corpo; todo o veículo físico bem
relaxado.
Enquanto dorme, o devoto em meditação profunda cantará
os sons mágicos muitas vezes.
105
ELEMENTAIS
Esses mantras estão intimamente relacionados ao departamento
elemental dos pássaros e é óbvio que este último auxiliará o
devoto, auxiliando-o efetivamente no trabalho de desenvolvimento.
Cada ave é o corpo físico de um elemental e estes sempre

auxiliam o neófito desde que tenha um comportamento adequado.
direto.
Se o aspirante anseia pela assistência do departamento

elemental dos pássaros, ele deve aprender a amá-los. Aqueles
que cometem o crime de encerrar as criaturas do céu em jaulas
abomináveis nunca receberão essa ajuda.
Alimente os pássaros do céu, torne-se o libertador dessas
criaturas, abra as portas de suas prisões e você será auxiliado
por elas.
Quando experimentei pela primeira vez a chave real, depois

de entoar os mantras, senti-me vaporoso e leve, como se algo
tivesse penetrado dentro do EIDOLON.
É óbvio que não esperei para sair da cama; Eu mesmo saí da

cama; Levantei-me voluntariamente e andando lentamente saí
de casa; Os inocentes elementais dos simpáticos pássaros
enfiados em meu corpo astral me ajudaram no desenrolar.
CONCLUSÃO
Portanto, explicamos neste capítulo os aspectos fundamentais
da chave real.
106
O desenvolvimento pleno e absoluto destas duas partes

da grande chave nos permitirá desenvolver-nos à vontade,
de forma consciente e positiva.
Aqueles que realmente desejam tornar-se experimentadores
das grandes realidades dos mundos superiores devem
desenvolver dentro de si os dois aspectos da grande chave.
107
CAPÍTULO XVIII TROCA

MAGNÉTICO
Na cópula química, na relação metafísica, durante o SAHAJA

MAITHUNA, a sensação erótica máxima é experimentada
após cinco minutos.
Chamas dinâmicas magnéticas, como um mar ondulante de

gás vermelho arroxeado, terrivelmente divino, cercam o casal
durante o transe sexual.
É um momento tremendo em que as correntes masculinas
tentam unir-se às femininas.
Com a pausa magnética criativa, estabelecem-se ritmos

sexuais harmoniosos e coordenados entre homem e mulher.
Tal pausa contém em si dois fatores básicos: A)

Um certo período de tempo estabelecido de forma inteligente
e voluntária entre cópula e cópula. B)
Gozo prolongado da relação metafísica, sem orgasmo,
espasmo e sem perda do licor seminal.
Para que a troca de forças magnéticas seja profunda, edificante
e essencialmente dignificante, é urgente que os centros mais
importantes do corpo estabeleçam contacto de forma
harmoniosa e calma.
O clitóris, que fica preso entre os dois pequenos lábios da
vulva, representa o ponto mais sensível do organismo feminino
e isso já foi comprovado.
108
Qualquer clarividente esclarecido será capaz de perceber as

forças magnéticas centrífugas que iniciam sua marcha a partir
do clitóris.
O clitóris é, portanto, sem dúvida, o ponto centrífugo magnético

que fornece à aura da mulher correntes de energia
convenientes.
Contudo, devemos estudar tudo isso não parcialmente, mas
totalmente; Seria absurdo supor que o clitóris, que está
localizado antes da saída da vagina —
separado dele pelo canal condutor da uretra -
ser o único portador e gerador de sensação para o sexo
feminino.
Devemos pensar com clareza e compreender que também o

útero e partes isoladas do interior da vagina podem ser
portadores e geradores da máxima sensação sexual.
É inquestionável que o tecido cavernoso e os corpúsculos

terminais se encontram no clitóris.
Sem tais tecidos e corpúsculos, a aptidão fisiológica feminina
e a possibilidade de alcançar a sensação sexual máxima
estariam excluídas.
Após o contato com o homem, o clitóris, dotado de corpos
cavernosos, fica ereto, assim como o falo masculino,
inflamando-se ao mesmo tempo.
No extraordinário momento em que os corpos cavernosos
também incham na região dos lábios da vulva, é evidente que
a entrada da vagina está coberta por uma espécie de forro
esponjoso que envolve maravilhosamente o falo masculino.
109
Quanto mais a entrada da vagina estiver agora umedecida

pela secreção glandular, maior será a possibilidade de levar
os finos condensadores magnéticos ali localizados a uma
afinidade elétrica com o Falo, que na organização tensional do
organismo humano representa, por assim dizer, o principal
emissor de energia, para trocar uma corrente alternada físico-
psíquica.
Diz o Sábio WALDEMAR: “Não esqueçamos: nosso corpo

será invariavelmente mais completo quanto mais desenvolvido
e sob controle consciente estiver o sistema nervoso simpático.”
“Quando o homem e a mulher, com os mínimos movimentos

possíveis, ou seja, apenas com os necessários à manutenção
e prolongamento do contato, fizerem da união sexual também
uma união psíquica, só então será proporcionada a
oportunidade para o Os gânglios cerebrospinais, que estão
ligados à glândula pineal, a glândula soberana do corpo, e
também ao plexo solar (Plexus coeliacus) com os numerosos
plexos radiantes para o fígado, intestino, rins e baço, são
carregados de eletricidade.
O abominável espasmo sexual é certamente um curto-circuito

que vem nos descarregar assustadoramente; É por isso que
devemos sempre evitá-lo.
A maravilhosa força do OD é certamente especificada nos
vários órgãos em diversas qualidades; Assim, a melhor e mais
frutífera troca magnética criativa baseia-se no seguinte
procedimento revolucionário: O lado do coração do homem
repousa sobre o lado direito da mulher, unindo-se à sua mão
esquerda.
110
com a direita e estabelecendo contato do pé direito

com o esquerdo da mulher.
“Os órgãos sexuais podem então ser dedicados a
uma tarefa da qual muitas vezes são afastados, ou
seja, servir ao princípio físico de assimilação e
purificação da matéria, principalmente atuando sobre
o plexo localizado abaixo do diafragma (parte ventral
do simpático sistema nervoso), que é absolutamente
necessário como base para o desenvolvimento da
sensação mais refinada.”
A cópula metafísica com todo o seu refinamento
erótico coloca-nos numa posição privilegiada através
da qual dispomos de forças maravilhosas que nos
permitem reduzir a poeira cósmica cada uma
daquelas entidades obscuras que personificam os
nossos defeitos psicológicos.
111
CAPÍTULO XIX O DEMÔNIO

ALGOL
É urgente repetir algumas vezes certas frases ao tentar

compreender: Vale ressaltar o que já dissemos no capítulo
treze. Quero me referir ao álcool.
“Não há necessidade de discutir longamente os efeitos do

álcool. Seu próprio nome árabe (igual ao da estrela Algol, que
representa a Cabeça da Medusa, cortada por Perseu) significa
simplesmente: "o Demônio"...
“E que se trata efetivamente de um Demônio ou espírito

maligno, quando se apodera do homem, é evidente e facilmente
demonstrável pelos seus efeitos, que vão da embriaguez ao
delirium tremens e à loucura, sendo registrados nos
descendentes na forma de paralisia e outras defeitos.”
hereditário.”
É inquestionável que sendo um produto da desintegração, que
também tem origem no nosso corpo, entre aqueles que são
eliminados pela pele, tem uma tendência vibratória
desintegradora, dissolvida e destrutiva, secando os nossos
tecidos e destruindo as células nervosas, que gradualmente
se tornam. substituído por cartilagem.
É claro e manifesto que o álcool tende a eliminar a capacidade

de pensar de forma independente (pois estimula fatalmente a
fantasia) e de julgar com serenidade, bem como enfraquece
assustadoramente o sentido ético e a liberdade individual.
112
Os Ditadores de todos os tempos, os tiranos, nunca ignoram

que é mais fácil governar e escravizar um povo de bebedores
do que um povo de abstêmios.
Sabe-se também que em estado de embriaguez pode-se levar
a aceitar qualquer sugestão e praticar atos contra o decoro e
o sentido moral. A influência do álcool nos crimes é demasiado
óbvia para que haja necessidade de insistir nela.
O álcool, horrendo, sobe do precipício e cai no abismo da

perdição; É a substância maligna que caracteriza intimamente
os “Mundos Infernais” onde apenas se ouvem balidos, uivos,
assobios, relinchos, guinchos, mugidos, grasnidos, miados,
latidos, bufos, roncos e crocodilos.
O abominável Algol gira incessantemente no círculo vicioso

do tempo.
Insinua-se por toda parte, sempre tentador, parece ter
o dom da onipresença; assim que sorri entre sonhos deliciosos
na taça de ouro ou prata sob o teto dourado de um palácio
luxuoso, enquanto faz cantar o bardo peludo da taberna
horrível.
O malvado Algol às vezes é muito fino e diplomático; Veja-o
ali brilhando perigosamente! Entre a resplandecente taça de
fino bacará, a amada lhe oferece.
E diz o poeta que quando, na cama macia e perfumada de

mogno, a amada embriagada de vinho tentou despir-se, o anjo
da guarda apareceu por um momento...
113
Todos chegamos ao fim, todos temos o nome na ânfora

fatal, nunca beba, eu lhe digo, licor maldito porque se beber
logo perderá o caminho.
Hoje beberás comigo vinho Sabina muito forte em copos
pequenos, embora o recipiente estivesse numa ânfora
grega, que eu mesmo selei, exclama Satanás do fundo do
abismo...
Nas suas profundezas negras, cada demónio cumpre a sua

tarefa, cuidando das vinhas, até ao sol da tarde e, como
Deus, chama-te, quando no alegre jantar chega a hora de
beber o vinho fermentado...
Numen é novo em sua casa, os camponeses oferecem-lhe

votos e libações do mosto de suas vinhas e Algol sorri,
pérfida Medusa, regozijando-se com sua vítima.
Jejuns, mortificações, sílicas, pede o anacoreta penitente
ao amanhecer e depois tudo termina bebendo entre a
tempestade e a orgia quando o sol já cansado se põe no
oeste...
O que não perde tempo? Nossos queridos pais já eram
inferiores aos rudes avós; peões de que somos nós; e na
decadência bolorenta entre a bebida e a tragédia, uma
prole cruel nos segue.
“Quão diferentes são os descendentes — de outras famílias!”
que tinge os mares da Cicília com sangue púnico,

que derrotou Pirro e Antíoco de uma só vez,
e o formidável Aníbal, porque o confronta até o fim.”
“Casta viril de soldados rústicos, ensinados
retirar as glebas com enxada de sabre,
114
jayanes obedientes a uma mãe severa,
que sob seu comando eles carregaram, na última hora.”
“Desde o dia em que toras enormes para o corte doméstico,
Quando os bois cansados são soltos do jugo,
O sol afunda nas sombras que a noite deixa,
e em descanso amigável a casa da fazenda descansa.”
Hoje tudo aconteceu; Esta pobre humanidade cheia de tanta

amargura degenerou com o vício abominável do álcool.
E quem são esses tolos que tentam negociar com Satanás? Ouça
amigos! Com o sinistro Demônio Algol não é possível fazer
compromissos, arranjos, travessuras, de qualquer espécie. O álcool
é muito insidioso e, mais cedo ou mais tarde, nos apunhala na cara.
costas.
Muitas pessoas de THELEMÁ (Will) bebem apenas um ou outro

drink por dia, uma farsa maravilhosa.
VERDADEIRO?
Arranjo? Compadrazgo? Bolo? pessoas inexperientes na vida;

Certamente, falando-lhes em linguagem socrática, poderíamos dizer
que eles não apenas ignoram, mas também ignoram que ignoram.
Os átomos do inimigo secreto, semelhantes a frações microscópicas

de vidro, com o passar do tempo e entre tantas melopeias,
esfolamentos ou embriaguezes muito sutis e dissimuladas, vão se
incrustando nas células vivas do organismo humano...
115
É assim que os Divinos e os humanos sabem que o Demônio

Algol se apodera do corpo humano de forma muito astuta e
lenta, até que finalmente, um dia, nos mergulha no abismo da
embriaguez e da loucura.
Escutem-me muito bem, estudantes gnósticos; À luz do sol ou

da lua, dia ou noite, com o Demônio Algol você tem que ser
radical! Qualquer compostura, transação, diplomacia ou
negociação com esse espírito maligno estará, mais cedo ou
mais tarde, fadada ao fracasso.
Lembrem-se, devotos do caminho secreto, de que o eixo fatal
da dolorosa roda do Samsara está umedecido com álcool.
Está escrito com palavras de fogo no livro de todos os mistérios

que com o álcool ressuscitam os Demônios, os eus já mortos,
aquelas criaturas abomináveis, brutais e animalescas que
personificam nossos erros psicológicos.
Já que o licor está relacionado com Vayú

Tattva (o elemento ar), bebendo-o cairemos como a pentalfa
invertida com a cabeça baixa e as pernas levantadas no
abismo da perdição e das lamentações terríveis; (Ver capítulo
13).
O poço do abismo, de onde sobe fumaça como de uma grande
fornalha, cheira a álcool.
Aquela mulher do “Apocalipse” de São João vestida de púrpura

escarlate, e adornada com ouro, pedras preciosas e pérolas;
e que tem na mão um cálice de ouro cheio de abominações e
das imundícies do seu
116
fornicação, beber álcool; essa é a grande prostituta cujo

número é 666.
Infeliz o guia religioso, o sacerdote, o místico ou o profeta que

comete o erro de se embriagar com o abominável álcool!...
É bom trabalhar pela salvação das almas, ensinar a doutrina

do Senhor, mas em verdade vos digo: não é justo atirar ovos
podres contra quem vos segue.
Sacerdotes, anacoretas, místicos, missionários, que com amor
ensinam o povo, por que os escandalizam?
Você não sabe que escandalizar as pessoas equivale a

desrespeitá-las? Jogar tomates e ovos podres neles?
Quando você vai entender tudo isso?
117
CAPÍTULO XX ganância
Viajando aqui, ali e ali por todos esses países do mundo,

tive que morar algum tempo na cidade do conquistador
Gonzalo Jiménez de Quesada, no sopé das montanhas
de Monserrate e Guadalupe.
Naquela época, bem perto da Segunda Guerra Mundial,
fui apresentado a um amigo muito singular naquela cidade.
Chamava-se Sucre e durante a viagem ele também veio

em busca de conhecimentos universitários de um
determinado porto do Atlântico até o cume dos Andes.
Com esse amigo de outros tempos tudo foi muito curioso,
até a própria apresentação inusitada.
Alguém cujo nome não menciono bateu uma noite na
porta da minha casa com o propósito óbvio de me
convidar para uma conversa com o conhecido amigo...
O local do encontro certamente não era muito bonito;

uma loja decadente com um pequeno salão.
E depois de todas as formalidades de apresentação
entramos em assuntos de discussão.
A capacidade intelectual do meu novo amigo era evidente

e manifesta; sujeito teórico e especulativo. estudioso...
Ele alegou ser o fundador de alguma Loja Teosófica e

citou frequentemente HPB, Leadbeater, Annie Besant,
etc.
118
Na troca de ideias é indubitável que brilhou fazendo

exposições pseudo-esotéricas e pseudo-ocultas...
Se não fosse seu amor ao Hipnotismo e seu desejo

exibicionista, aquele encontro de amigos teria terminado
pacificamente, mas aqui o Diabo enfia o rabo onde quer.
Aconteceu que este amigo decidiu demonstrar seu

poder hipnótico e aproximando-se de um homem de
certa idade que estava sentado perto de outra mesa,
pediu-lhe muito educadamente que servisse de sujeito
passivo para seu experimento.
Quando se trata de questões relacionadas à hipnologia,
vale ressaltar a ideia de que nem todos os sujeitos são
suscetíveis de entrar em transe.
Sucre, com seu caráter exibicionista, claramente não
queria parecer ridículo; precisava demonstrar seu poder
e, portanto, fez esforços sobre-humanos para mergulhar
o cavaleiro em um sono hipnótico.
Mas tudo foi inútil, enquanto Sucre lutava e até sofria,
aquele bom cavaleiro no seu coração pensava o pior.
E de repente, como se um raio tivesse caído numa

noite escura, aconteceu o que tinha que acontecer; O
senhor passivo saltou do seu lugar, repreendendo
Sucre, tratando-o como ladrão, vigarista, bandido, etc.
etc. etc. Mas nosso conhecido amigo, que não era uma
ovelha gentil, trovejou e brilhou.
119
E mesas e cadeiras e xícaras e pratos voaram pelo ar, e o dono

do negócio gritou em meio a todo aquele burburinho pedindo o
pagamento da conta.
Felizmente a polícia interveio e tudo ficou calmo; O pobre Sucre

teve que penhorar sua bagagem para pagar a dívida...
Passado aquele desagradável desastre, marcamos um novo

encontro com o referido amigo, que obviamente foi mais tranquilo
porque Sucre não cogitou a ideia absurda de repetir sua
experiência.
Depois esclarecemos muitas ideias e conceitos de fundo esotérico

e oculto.
Esse amigo ingressou mais tarde na Universidade com o propósito

de se tornar um bom advogado e é evidente que foi um aluno
magnífico.
Um dia, depois de muitos anos, o referido amigo convidou-me

para comer e à mesa conversou-se sobre tesouros escondidos;
Então me ocorreu contar o seguinte caso:
“Eu estava dormindo no meu quarto”, contei a ele, “quando fui

subitamente acordado por um estranho barulho subterrâneo que
corria ou circulava misteriosamente de Nordeste para Sudeste”.
“Sentei-me um tanto assustado com um som tão incomum para

ver o que estava acontecendo na minha cama.”
“Então, com grande surpresa, vi que num canto do meu quarto a

terra se abria.”
“E como num passe de mágica, o fantasma de uma mulher

desconhecida apareceu e me disse com uma voz muito delicada: “Já faz
120
há muitos anos estou morto; aqui neste lugar enterrei um grande

tesouro; Você tira, é para você."
Quando Sucre ouviu minha história depois do jantar, ele me implorou

veementemente que o levasse ao local e é claro que eu não queria
negar-lhe esse serviço...
Outra tarde ele veio me contar que havia contatado o dono daquela
casa – um médico muito famoso da cidade – e me pediu para
investigar se essa pessoa era mesmo ou não o dono do referido
imóvel porque ele tinha suas dúvidas.
Confesso abertamente e com a mais completa franqueza que não

me foi difícil realizar a divisão astral; Simplesmente aproveitei o
estado de transição entre a vigília e o sono.
Nos momentos em que comecei a cochilar levantei-me delicadamente

da cama e saí para a rua. É óbvio que o corpo físico adormeceu na
cama.
Assim o desdobramento do EIDOLÓN foi realizado com total
sucesso; Ainda me lembro fielmente daquele notável experimento
psíquico.
Voando, flutuando no ambiente astral do planeta Terra, andei por

diversas ruas procurando o consultório médico do Doutor...
Implorei ao meu elemental intercessor que me levasse àquele

consultório e é evidente que fui atendido...
Quando cheguei a uma determinada casa eu entendi; três degraus

levavam ao sumptuoso portal de uma mansão...
121
Entrei por aquelas portas e me encontrei numa sala de

espera; Avancei um pouco mais e entrei resolutamente no
escritório...
Examinei detalhadamente o interior deste último; Vi uma

mesa e sobre ela uma máquina de escrever e algumas
outras coisas; uma janela permitia a visão de um pátio da
residência; O Doutor estava sentado e em sua aura pude
ver a propriedade habitual...
Voltei ao meu corpo físico muito satisfeito com a
experiência; o EIDOLON é certamente extraordinário...
Bem cedo pela manhã meu amigo veio saber o resultado

do meu experimento psíquico...
Contei-lhe detalhadamente tudo o que tinha visto e ouvido;
então vi espanto no rosto de Sucre; Ele conhecia aquele
escritório e as informações que ele lhe deu eram precisas...
O que aconteceu a seguir é fácil de adivinhar; Sucre não
só conseguiu que aquele médico lhe alugasse a casa,
mas também - e isso é o mais curioso - fez dele seu sócio.
Naqueles dias decidi fugir daquela cidade apesar dos
pedidos daquele amigo que insistiu para que eu cancelasse
minha viagem...
Quando voltei mais tarde, depois de alguns anos, aquele
lugar, tudo havia mudado, aquela casa havia desaparecido...
Então me vi em um terreno árido, horrível, rochoso e

assustadoramente chato...
122
E vi instalações elétricas de alta tensão e motores de

bombas duplas e máquinas de todos os tipos e
trabalhadores bem pagos, etc. etc. etc.
Sucre morando ali mesmo em um quarto que mais parecia
uma trincheira de campo de batalha, ele entrou, saiu, deu
ordens aos trabalhadores, etc. etc. etc.
Aquela sala era protegida por pedras gigantescas e em

suas paredes dava para ver aqui, ali e ali, muitas janelinhas
que podiam ser abertas ou fechadas à vontade.
Através daquelas venezianas Sucre observava o que acontecia ao

seu redor. Tais olho mágicos eram “supostamente” muito úteis...
De vez em quando, ao menor ruído externo, ele sacava

sua pistola ou seu rifle e então aquelas aberturas podiam
ser vistas de fora abrindo ou fechando ou os canos de rifles
ou pistolas espiando por elas...
Foi assim que as coisas estavam quando voltei; Então meu

amigo me explicou que aquele tesouro era muito cobiçado;
que foi o famoso bezerro de ouro que tanto perturbou muita
gente na região e que por isso estava rodeado de inimigos
mortais e gananciosos que tentaram matá-lo.
Deus e Maria Santíssima me ajudem! Eu disse para mim

mesmo... numa hora ruim fui contar a esse amigo essa
visão do tesouro... teria sido melhor ter ficado de boca fechada...
Outro dia, cheio de otimismo, ele me confessou que
realmente havia encontrado uma boneca de barro a doze
metros de profundidade e que dentro dela
123
A cabeça oca do chicote encontrou um pergaminho no qual

estava desenhada toda a planta do tesouro.
No laboratório do Doutor, esse pergaminho foi cuidadosamente
retirado do meio da cabeça do boneco porque é óbvio que com
o tempo e a umidade ele ficou grudado.
demais...
De acordo com o plano, existiam quatro jazidas com doze

metros de profundidade, uma localizada a Leste, outra a Oeste,
uma terceira a Norte e a última a Sul...
Tal plano dava sinais e dados precisos e ao final trazia uma

frase assinada com as iniciais do nome e sobrenome:
“Quem encontrar meu tesouro que enterrei em poços profundos,

será
perseguido pela Igreja do Padroeiro e dentro de vinte dias
Não deixe que eles saibam que ele retirou os lucros que enterrei para
mim."
Naquela época, a segunda guerra já estava bem avançada;

Hitler havia invadido muitos países europeus e estava se
preparando para atacar a Rússia...
Meu amigo era cem por cento germanófilo e acreditava muito

seriamente no triunfo de Hitler...
Fica claro então que influenciado pelas táticas políticas de Hitler

que hoje assinou um tratado de paz com qualquer país e no dia
seguinte o atacou, ele não quis trabalhar de acordo com as
indicações do plano...
124
Sucre disse para si mesmo: “Tais indicações são um

descuido”... O tesouro está muitos metros abaixo da boneca;
Os quatro depósitos acima mencionados não me interessam..."
Então, ele abandonou as instruções e foi fundo; Quando olhei
para dentro do buraco só vi um precipício negro, profundo e
assustador...
“Amigo Sucre”, disse-lhe eu, “você cometeu um erro
gravíssimo, deixou o tesouro lá em cima, nos quatro depósitos
e foi para o fundo, ninguém enterra um tesouro a tal
profundidade…”
É evidente que tais palavras ditas por mim carregavam a
fragrância da sinceridade e o perfume da cortesia.
Contudo, devemos falar claramente para enfatizar o EU da

ganância.
Inquestionavelmente, esta última se destacou de forma
exorbitante no meu amigo, aliando-se à astúcia, à desconfiança
e à violência.
De forma alguma foi incomum para mim que Sucre trovejasse
e trovejasse, vociferando e até me impingindo coisas que eu
nunca havia pensado.
Pobre Sucre!..., ele ameaçou me matar, acreditou por um

momento que eu "supostamente" concordava muito com seus
conhecidos inimigos, talvez com o propósito de roubar seu
tesouro...
Afinal, vendo minha assustadora serenidade, ele me convidou

para seu “abrigo” para tomar um café...
125
Antes de partir definitivamente daquela cidade hispânica

outrora conhecida como Nova Granada, aquele amigo me fez
outro pedido; Ele me implorou de todo coração para estudar
seu trabalho underground com EIDOLON.
É evidente que eu também queria fazer uma exploração astral

naquela profundidade e por isso concordei com o seu pedido...
E aconteceu que numa linda noite de lua cheia fui para a cama
muito calmamente em posição supina (virado para cima) e com
o corpo muito relaxado...
Sem nenhuma preocupação resolvi monitorar, espionar meu
próprio sonho... Queria usar esse estado de transição entre a
vigília e a letargia para minha saída astral...
Quando começou o processo de sonhar, quando as imagens
oníricas começaram a surgir, delicadamente e como se me
sentisse um espírito, fiz um esforço para eliminar a preguiça e
então levantei da cama...
Saí do meu quarto como se fosse um fantasma, andando

delicadamente e depois saí de casa...
Pelas ruas da cidade flutuava deliciosamente cheio de uma
deliciosa voluptuosidade espiritual...
Não foi difícil para mim me orientar; Logo estive no local dos
acontecimentos, no terreno dos fatos...
Diante daquele buraco negro e horrível que já tinha mais de

setenta metros de profundidade, um velho anão, um pigmeu,
um gnomo, de respeitável barba branca me olhou
inocentemente...
126
Flutuando na atmosfera desci suavemente até o fundo aquoso

do desastroso buraco da ganância...
Tocando com meus pés siderais o lodo da terra úmida e
sombria, fiz de bom grado mais um esforço e penetrei em seu
interior, bem no fundo do poço...
Quão suavemente desci com o EIDOLON sob o assento

negro de tal cova de onde fluía muita água...!
Examinando detalhadamente cada rocha granítica submersa
nas águas caóticas, mergulhei profundamente naquele
subsolo...
É evidente que meu amigo havia deixado lá em cima o
fabuloso tesouro como já dissemos nos parágrafos anteriores...
Agora e nestas regiões abismais, só via diante da minha

insignificante pessoa, pedras, lama, água...
Mas de repente acontece algo inusitado, estou num canal
horizontal que, saindo do terreno, segue em direção à rua...
Que surpresa! Sucre nunca me contou nada sobre isso, nunca

me contou que em tais profundidades pensava em fazer uma
perfuração horizontal...
Deslizei calmamente com o EIDOLON pelo referido canal
inundado pelas águas, avancei um pouco mais e depois voltei
à superfície na beira da rua...
Terminada a exploração astral, retornei ao meu corpo físico;

A pesquisa foi obviamente maravilhosa...
127
Mais tarde, quando comuniquei tudo isso ao meu amigo, vi-o

muito triste (este homem sofria indescritivelmente, queria ouro,
esmeraldas, riquezas, a ganância o engolia vivo...).
Porém, ele se justificou dizendo que precisava de todo aquele

tesouro para fazer uma revolução proletária, dizendo que
precisava investir esse dinheiro em armas, etc.
Quão horrível é a ganância!... em tal lugar só o medo, a

desconfiança, o revólver, o rifle, a espionagem, a astúcia, os
pensamentos de assassinato, o desejo de comandar, de
governar, de subir ao topo da escada, fazendo-se senti... etc.
Quando deixei aquela cidade tomei a resolução de nunca

mais intervir nesses motivos de ganância...
“Venda o que você possui”, disse Cristo, “e dê esmolas;
Façam para vocês coisas que não envelheçam, um tesouro
no céu que não se esgote, onde nenhum ladrão entra e
nenhuma traça destrói”.
"Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu
coração..."
128
CAPÍTULO XXI TRAIÇÃO
Um por um, entre muitos, entre muitos, Judas, Bruto e

Cássio destacam-se entre as três bocas imundas
daquele vil verme que atravessa o coração do mundo.
Voltando aos delitos de Roma e nos depararmos com
Brutus, apontado com uma faca da mão de Deus,
referindo-se àqueles originais, saboreando o doce
venenoso, certamente não é nada agradável, mas é
urgente afastar certas lembranças dolorosas do bem de séculos.
Paralisado de angústia, sem vanglória, em estado de
alerta novidade, preservo energicamente a memória
viva daquela minha reencarnação romana conhecida
pelo nome de Júlio César.
Eu então tive que me sacrificar pela humanidade
preparando o cenário para a quarta sub-raça desta
nossa quinta raça raiz.
Deus e Maria Santíssima me ajudem! Se cometi algum
erro gravíssimo naquela antiguidade foi ter ingressado
na ordem da Jarreteira, porém, é óbvio que os Deuses
quiseram me perdoar...
Subir aos céus por causa de suas amizades não é nada
fácil, mas é evidente que consegui isso surpreendendo
a aristocracia romana.
Quando relato isso não me sinto vaidoso porque bem
sei que só o EU gosta de subir, subir ao topo da escada,
fazer-se sentir, etc. Cumpro meu dever de narrar e
pronto.
129
Quando parti para a Gália, implorei à minha linda esposa

Calpurnia que enviasse os nossos dois filhos para me
encontrarem quando regressasse.
Brutus morria de inveja ao lembrar minha entrada triunfal na
cidade eterna; No entanto, parecia que esqueci deliberadamente
meus terríveis sofrimentos nos campos de batalha...
O direito de governar aquele império certamente não me foi

dado como um presente; O divino e o humano sabem bem o
quanto sofri.
Eu poderia muito bem ter sido salvo da pérfida conspiração se
soubesse ouvir o velho astrólogo que visitou minha mansão.
Infelizmente o Demônio do ciúme torturou meu coração;

Aquele velho era muito amigo da Calpurnia e eu não gostei
muito disso...
Na manhã daquele dia trágico, ao levantar-me do leito conjugal
com a cabeça coroada de louros, Calpúrnia contou-me o seu
sonho; Ele tinha visto em visão noturna uma estrela caindo do
céu para a terra e me avisou, implorando para que eu não
fosse ao Senado...
Os apelos de minha esposa foram inúteis; “Hoje irei ao
Senado”, respondi imperativamente...
“Lembre-se que hoje uma família amiga nos convidou para
uma refeição nos arredores de Roma; "Você aceitou o convite",
respondeu Calpurnia...
“Não posso comparecer a essa refeição”, objetei. “Então você
vai deixar aquela família esperando?”
“Tenho que ir ao Senado”…
130
Horas depois, na companhia de um cocheiro, marchou em uma

carruagem de guerra em direção ao Capitólio da Águia
Romana...
Muito em breve cheguei lá em meio aos tremendos aplausos

da multidão entusiasmada...
Granizo caesar! Eles gritaram comigo...
Alguns notáveis da cidade cercaram-me no átrio do Capitólio;

Respondi perguntas, esclareci alguns pontos,
etc.
De repente, de forma inusitada, surge diante de mim o velho

astrólogo, aquele que anteriormente me havia alertado sobre
os tistils de março e os terríveis perigos; Ele furtivamente me
entrega um pedaço de pergaminho onde estão escritos os
nomes dos conspiradores...
O pobre velho tentou me salvar mas tudo foi inútil, eu não o
escutei; Além disso, eu estava muito ocupado atendendo
tantos romanos ilustres...
Depois, sentindo-me invencível e invulnerável, com aquela

atitude cesária que me caracterizava, avancei em direção ao
Senado pelas colunas olímpicas do Capitólio.
Mas, infelizmente, os conspiradores por trás daquelas colunas

heróicas estavam me perseguindo; a ponta de aço da adaga
assassina rasgou minhas costas...
Acostumado a tantas batalhas, tentei instintivamente pegar
minha espada, mas senti como se estivesse desmaiando; Vejo
Brutus e exclamo: “Você também, meu filho?”
Então... o terrível ceifador leva minha alma...
131
Pobre Brutus... o EU da inveja devorou-lhe as entranhas

e o resultado não poderia ser diferente...
Tive mais duas reencarnações na augusta Roma dos
Césares e depois existências muito variadas com
magnífico DHARMA na Europa durante a Idade Média
e o Renascimento.
No tempo do terrível Inquisidor Tomás de Torqemada
reencarnei na Espanha e esta é outra história muito
interessante...
Falar do referido Inquisidor e do Santo Ofício certamente

não é muito agradável, mas agora é conveniente...
Eu era então um marquês muito famoso que infelizmente

tive que entrar em contato com aquele execrável
inquisidor tão perverso quanto aquele outro chamado
Juan de Arbuses.
Naquela época reencontrei o traidor Brutus reincorporado

a um novo organismo humano.
Que conde incisivo, mordaz e irônico! ...bom ridículo
que ele me fez... Que insultos!... Que sarcasmo!
De forma alguma eu queria me envolver em novas

disputas, não tinha vontade de me irritar...
A grosseria, a grosseria, a falta de cultura daquele
fidalgo, desgostei-me terrivelmente mas não queria
ofendê-lo, parecia-me bom evitar novos duelos e por
isso procurei o Inquisidor...
132
Um dia desses, bem cedo pela manhã, fui ao palácio da

Inquisição; Tive que procurar uma solução inteligente para o
meu conhecido problema...
Oh! Senhor Marquês, que milagre vê-lo aqui! Como posso
ajudá-lo?
Assim respondeu à minha saudação o Monge que estava
sempre à porta do Palácio onde funcionava o “Santo Ofício”...
Muito obrigado, sua reverência", eu disse, "venho pedir-lhe

uma audiência com o Senhor Inquisidor...
“Hoje é um dia de muitas visitas, Sr. Marquês, mas no seu
caso, vou cuidar imediatamente da sua audiência.”
Ditas essas palavras, aquele Frei desapareceu para reaparecer

diante de mim momentos depois...
"Você entra." Senhor Marquês, consegui uma audiência para
você. Muito obrigado pela sua reverência...
Atravessei um pátio e entrei numa sala completamente escura;
Fui para outro quarto e encontrei-o também às escuras;
Finalmente entrei na terceira sala e uma lâmpada brilhou
sobre a mesa... Lá encontrei o temível Inquisidor Torquemada.
Aquele Cenobita certamente parecia um Santo... Que olhar!...

Que atitudes beatíficas! Que poses pietistas!... no seu peito
brilhava um crucifixo.
Que farisaísmo, meu Deus! Que pudor horrível!... É óbvio que
o EU FARISEU era muito forte naquele monge azul...
133
Depois de muitas saudações e reverências conforme os

costumes da época, sentei-me à mesa ao lado do Frei...
“Como posso servi-lo, Sr. Marquês? você fala"...

Muito obrigado Meritíssimo...
Acontece que o Conde – fulano de tal – tornou minha vida
impossível, insultando-me por inveja, ironizando-me,
caluniando-me, etc.
"Oh! Não se preocupe com isso, Sr. Marquês, já temos
muitas reclamações contra esse Conde aqui...
“Darei imediatamente ordens para capturá-lo. Nós o
trancaremos na torre do martírio; Vamos arrancar-lhe as
unhas das mãos e dos pés e derramar-lhe-emos chumbo
derretido nos dedos para torturá-lo; Depois queimaremos
suas plantas com brasas e finalmente o queimaremos vivo
na fogueira.”…
Mas por Deus! Este monge enlouqueceu? Nunca pensei que
iria tão longe, apenas procurava na Casa Inquisitorial uma
admoestação cristã para aquele Conde em quem foram
reincorporados aqueles valores que outrora estavam
incorporados na personalidade de Brutus...
Aquele monge azul sentado diante da mesa sagrada com
aquele rosto de penitente e anacoreta em atitude pietista e
Cristo pendurado no pescoço...
Aquela figura beatífica singular, tão devota e cruel, tão doce
e bárbara, tão hipócrita e perversa...
Aquele homem malvado vestido em pele de cordeiro acordou
dentro da minha consciência não sei o quê, senti que aquilo
134
O que tenho de Bodhisattva me revoltou, protestou, gemeu.
Uma tempestade íntima havia explodido em mim, o relâmpago,

o trovão, não demorou a aparecer e então...
Oh, Deus! o que tinha que acontecer aconteceu...
Você é um pervertido, eu disse a ele, não vim pedir que
queime ninguém vivo, só vim pedir uma reprimenda para
aquele nobre, você é um assassino, por isso não pertenço à
sua seita, etc. . etc.
etc.
“Ah! Então nós temos isso, Sr. Marquês?”...

Enfurecido, o prelado tocou veementemente uma campainha
alta e então, como num passe de mágica, alguns cavaleiros
armados até os dentes apareceram na sala...
“Agarre este aqui”, exclamou o abade. Um momento!

Respeitem as regras da cavalaria, lembrem-se que estamos
entre cavaleiros, não tenho espada, me dêem uma e lutarei
com cada um de vocês...
Um daqueles homens fiéis ao Código de Cavalaria deu-me

uma espada e depois...
Pulei sobre ele como um leão, não foi em vão que ganhei a
reputação de ser um grande espadachim... (aqueles foram meus
tempos como Boddhisattva caído).
Enquanto flocos de neve congelados voam no ar sob o sopro

do etéreo Bóreas, os fortes e resplandecentes capacetes,
escudos convexos, armaduras duras e lanças de cinzas
foram espalhados dentro daquele recinto inquisitorial.
135
E seu brilho ascendeu até Urano, e certamente a terra

riu, iluminada pelo brilho do bronze e tremendo sob os
pés dos guerreiros, e no meio deles eu travava uma
dura luta com aquele outro cavaleiro...
Assim como o navio leve é destruído quando a água

do mar inflada pelos ventos, que sopram
veementemente das nuvens, o ataca, cobrindo-o
completamente de espuma, enquanto o ar faz a vela
gemer, assustando os marinheiros com quase a morte.
assim o medo destruiu os corações daqueles cavaleiros
que contemplavam a batalha em seus peitos...
Obviamente fui vitorioso no estrondoso choque de aço
e só precisei usar meu melhor impulso para colocar
aquele guerreiro fora de combate...
Os senhores, assustados com a inevitável proximidade
do terrível ceifador soberano, esqueceram todas as
regras da cavalaria e então em gangue eu
Eles atacaram...
Eu não esperava por isso, era sério para mim ter que
me defender de toda aquela galera bem armada...
Tive que lutar até ficar exausto, exausto, derrotado,
porque eram muitos...
O que aconteceu a seguir é muito fácil de adivinhar;
Fui queimado vivo na fogueira no pátio do palácio da
Inquisição...
Amarrado a um poste impiedoso sobre a lenha verde
que ardia lentamente, sentia dores impossíveis de
descrever com palavras; então eu vi como meus pobres
136
a carne incinerada caiu nas chamas...
Porém, a dor humana, por mais grave que seja, também

tem um limite bem definido além do qual existe felicidade...
Não é de surpreender, portanto, que ele finalmente tenha

experimentado uma certa felicidade; Senti algo muito
agradável sobre mim, como se uma chuva refrescante e
benéfica caísse do céu...
Ocorreu-me dar um passo, como era suave! Saí daquele

palácio andando devagar... devagar... não pesava nada, já
estava desencarnado.
Foi assim que morri durante aquele período horrível da
“Santa Inquisição”.
O décimo quarto arcano do livro de ouro (O Tarô) nos ensina
como a água da vida passa de uma ânfora a outra...
Não é de estranhar, portanto, que depois daquela
tempestuosa reencarnação com tantos títulos de nobreza
que de nada me serviram diante do terrível Inquisidor Tomás
de Torquemada, eu voltei a assumir um corpo físico...
Então meu nome era Simeón Bleler e caminhei pela nova
Espanha; Não é meu propósito falar neste capítulo sobre
minha nova vida ou sobre minha existência anterior no
México Porfirista de outrora, quero apenas referir-me agora
à minha reencarnação atual.
O Nemesis da vida teve que me colocar de volta em contato

com aqueles valores que outrora foram reincorporados na
personalidade de Brutus...
137
Permiti que um certo senhor, em troca de tais valores, fizesse

alguns trabalhos no templo...
Muitas pessoas o ouviam e ele até parecia cheio de
sinceridade; Ele falou da Gnósis e o povo o aplaudiu...
Mas de repente algo inusitado acontece, um dia ele entra no

Santuário com atitudes agressivas...
Sons! Trovão! Raio! ele se torna um insultador; Limito-me
então a perdoar e abençoar; aí ele sai ameaçando...
Que o Ego havia retornado aos seus velhos hábitos:

novamente suas calúnias e ameaças habituais...
Tais mentiras absurdas e difamatórias tinham como pano de
fundo certos sonhos sem rima nem razão nos quais me via
em caminhos muito obscuros, cometendo crimes infundados...
É claro e manifesto que aquele espírito perverso que ele via

em seus sonhos absurdos era um eu criado por ele mesmo
desde a Roma antiga...
Tal eu de Brutus assumi minha própria forma e figura sob
seus impulsos infraconscientes.
Vale ressaltar que alguns de seus outros EUs, assumindo
uma certa forma de Jesus Cristo, confiaram-lhe a missão de
me assassinar; Foi assim que ele expressou isso em praça
pública...
Para me libertar de um inimigo tão antigo foi necessário
colocar o caso nas mãos de ANÚBIS, o Chefe dos Senhores
do Karma...
138
Desde então Brutus se afastou de mim, faz muito tempo que

não o vejo neste mundo físico.
Do que foi dito sobre Brutus e suas visões oníricas, segue-se
que ninguém pode realmente se tornar um pesquisador
competente da vida nos mundos superiores até que tenha
dissolvido o EU psicológico e todos os elementos subjetivos
que condicionam as percepções...
Ingrato aos seus benfeitores, com muito trabalho cavalheiresco,

Brutus, no entanto, aceitou a Gnose e o SAHAJA MAITHUNA...
Sem se inibir no conhecimento de uma causa, mas virando

as costas ao Guru (Mestre) trabalhou na FORJA ILUMINADA
DE VULCANO sem sucesso porque DEVI KUNDALINI nunca
recompensa a traição...
Mesmo que trabalhássemos muito seriamente com o SEX-

YOGA, a serpente ardente dos nossos poderes mágicos
nunca subiria pela espinha de traidores, assassinos, adúlteros,
estupradores e pervertidos...
Devi Kundalini nunca se tornaria cúmplice do crime; o fogo
sagrado sobe de acordo com os méritos do coração...
A magia sexual é fundamental, mas sem a santidade as

conquistas espirituais não são possíveis...
Brutus pensou em uma KUNDALINI mecânica e infelizmente
se enganou; a Mãe Divina é muito exigente...
Para os indignos todas as portas estão fechadas, exceto uma,

a do arrependimento; infelizmente Bruto
139
Ele não quis bater naquela porta e o fogo sagrado, em

vez de subir pelo seu canal espinhal, saiu correndo do
seu cóccix, tornando-se
em o abominável órgão
KUNDARTIGUADOR, a cauda de Satã...
Numa noite estrelada, conversando nos mundos
superiores com meu grande amigo, o resplandecente
Ángel Adonaí, que agora tem corpo físico, tive que receber
uma notícia extraordinária...
“Fulano de tal, (Brutus)”, disse o Anjo, “despertou no mal

e para o mal”.
Confirmei isso alguns dias depois, quando o encontrei
nos mundos superiores...
Concluiremos este capítulo com aquelas palavras que
Daniel, o Profeta do Eterno, ouviu em êxtase e que se
referem aos tempos do fim:
“E muitos dos que dormem no pó da terra despertarão,
uns para a vida eterna e outros para a vergonha e o
desprezo eterno.”
“Aqueles que são sábios brilharão como o brilho do
firmamento; e aqueles que ensinam a justiça a muitos,
como as estrelas para todo o sempre.”
“Mas você, Daniel, cale essas palavras e sele o livro até
o tempo do fim. Muitos correrão de um lado para o outro
e a ciência aumentará.”
140
CAPÍTULO XXII COMPREENSÃO
Quando se trata de compreender fundamentalmente qualquer

defeito psicológico, devemos ser honestos conosco mesmos...
Infelizmente Pilatos, o Demônio da mente, sempre lava as

mãos, ele nunca tem culpa, nunca
reconheça seus erros...
Sem evasivas de qualquer espécie, sem justificativas, sem

desculpas, devemos reconhecer os nossos próprios erros.
É fundamental nos auto-explorarmos para nos auto-
conhecermos profundamente e partirmos de uma base ZERO
RADICAL.
O fariseu interior é um obstáculo à compreensão.

Vangloriar-se de ser virtuoso é um absurdo...
Certa vez fiz a seguinte pergunta ao meu Guru: Existe alguma

diferença entre a sua Mônada Divina e a minha? O Mestre
respondeu: “Nenhum, porque você e eu e cada um de nós
não passamos de um caracol mau entre o seio do Pai”…
Julgar os outros e chamá-los de magos negros é incongruente

porque toda criatura humana, enquanto não tiver dissolvido o
EU PLURALIZADO, é mais ou menos negra...
AUTO – EXPLORAR-SE intimamente é certamente algo

muito sério; O EGO é realmente um livro de muitas
volumes...
141
Em vez de adorar o execrável demônio “ALGOL” é aconselhável

beber o vinho da meditação no copo da concentração perfeita...
A atenção plena, natural e espontânea em algo que lhe

interessa, sem nenhum artifício, é uma concentração
verdadeiramente perfeita.
Qualquer erro é multifacetado e se processa fatalmente nos
quarenta e nove covis do subconsciente...
A academia psicológica é essencial, felizmente a temos e esta
é a própria vida...
O caminho da casa doméstica com seus infinitos
detalhes muitas vezes dolorosos são a melhor sala da
academia.
O trabalho frutífero e criativo através do qual ganhamos o pão
de cada dia é outro espaço de maravilhas.
Muitos aspirantes à vida superior desejam desesperadamente
fugir do local onde trabalham, não circular mais pelas ruas de
sua cidade, refugiar-se na floresta com o propósito de buscar
a libertação final...
Esses coitados são parecidos com meninos estúpidos que
fogem da escola, que não vão às aulas, que procuram fugas.
Viver momento a momento, em estado de alerta percepção,

alerta à novidade, como o vigia em tempos de guerra, é
urgente, indispensável, se quisermos realmente dissolver o
EU PLURALIZADO...
No inter-relacionamento humano, na convivência com nossos
semelhantes, existem infinitas possibilidades de
AUTODESCOBERTA...
142
É inquestionável - e todos sabem disso - que na inter-relação

os múltiplos defeitos que escondemos entre as profundezas
desconhecidas do universo sempre emergem naturalmente,
e se estivermos subconscientemente, espontaneamente,
vigilantes então os vemos, os descobrimos.
Porém, é óbvio que a AUTO-VIGILÂNCIA deve sempre ser

processada momento a momento.
O defeito psicológico descoberto deve ser totalmente
compreendido nos diferentes recônditos da mente.
A compreensão profunda não seria possível sem a prática da
meditação.
Qualquer defeito íntimo é multifacetado e tem vários vínculos

e raízes que devemos estudar criteriosamente.
A AUTO-REVELAÇÃO é possível quando há plena

compreensão do defeito que sinceramente queremos eliminar...
EU - Novas DETERMINAÇÕES surgem da consciência quando

a compreensão é unitária...
A ANÁLISE SUPERLATIVA é útil se combinada com a
meditação profunda, então a chama da compreensão irrompe.
A dissolução de todos os agregados psíquicos que constituem

o EGO é precipitada se soubermos aproveitar ao máximo as
piores adversidades.
As difíceis academias psicológicas em casa ou na rua ou no
trabalho oferecem-nos sempre as melhores oportunidades...
143
Cobiçar virtudes é um absurdo, é melhor produzir

mudanças radicais...
O controle dos defeitos íntimos é superficial e fadado
ao fracasso...
Mudanças fundamentais são o fundamental e isso só
é possível compreendendo totalmente cada erro...
Ao eliminar os agregados psíquicos que constituem o
EU, o EU, estabelecemos em nossa consciência bases
adequadas para a ação correta...
Mudanças superficiais não adiantam, precisamos
urgentemente de mudanças fundamentais.
A compreensão vem em primeiro lugar, a eliminação vem em segundo.
144
CAPÍTULO XXIII ELIMINAÇÃO
A relação química subliminar causa choques nervosos

transcendentes e vibrações áuricas extraordinárias
entre os diversos componentes do casal humano
Adão-Eva...
As radiações divinas de natureza sexual foram
descritas pelos melhores escritores de esoterismo
como "LUZ ODICA"...
Tendo a ciência já começado a estudar a teoria astral
do corpo humano, é conveniente, para maior
simplicidade, usar os termos da tradição antiga...
Aqui o “OD” é, sem dúvida e sem ambigüidade, o
brilhante magnetismo positivo ativo, dirigido pelo
maravilhoso poder da vontade consciente.
Aqui o “OB” é o fluido magnético passivo, governado
muito sabiamente pela faculdade inteligente conhecida
como imaginação criativa...
Aqui o “AUR” é o agente luminoso diferenciado, o
“Genius Lucis” do anfiteatro cósmico...
Uma imagem real que está em sublime harmonia com
o magnetismo sexual de Eros é a já conhecida
imagem do famoso caduceu de Mercúrio cingido de
cobras; a víbora flamejante solar à direita representa
o “OD”; a cobra lunar e molhada à esquerda alegoriza
o “OB”; No magnífico topo do misterioso caduceu, o
globo da “AUR” ou igualdade brilha gloriosamente na
luz...
145
Através do intercâmbio metafísico, nitrogênio e magnésia dos

antigos alquimistas, a luz astral polarizada sofre alterações
notáveis...
É inquestionável que tais alterações íntimas influenciam

secretamente as relações eletroquímicas nas unidades vitais
do nosso organismo para transformar a sua estrutura...
Diz Waldemar: “Quando os químicos nos dizem que a

totalidade dos biocatalisadores de um organismo aparecem
como um sistema ordenado de fatores teleocausais inferiores,
que estão sob a legalidade da vida, isto é, a serviço dos
objetivos superiores do organismo, eles não "É difícil concluir
que a formação de emoções, reflexos e impulsos internos
depende dos fatores radiocausais da aura."
“Vamos dar uma olhada comparativa”, diz Waldemar, “nas

relações entre elétrons e íons da substância viva, e chegaremos
consideravelmente mais perto da compreensão do que foi dito
acima”.
É algo óbvio e manifesto que no momento maravilhoso do
jardim das delícias, no momento primoroso em que o membro
viril penetra profundamente na vagina da mulher, se apresenta
um tipo muito singular de indução elétrica.
Não há dúvida de que os fatores teleocausais da aura sob o

impulso elétrico oferecem possibilidades surpreendentes...
Mudanças psicológicas fundamentais podem surgir nas

profundezas da consciência se soubermos aproveitar
146
inteligentemente a oportunidade cósmica que nos é

oferecida...
Essa oportunidade de admiração se perde quando nos

propomos apenas a gratificar nossos sentidos...
“Infeliz o Sansão da CABALA que se deixa adormecer por
DALILA, o HÉRCULES DA CIÊNCIA que troca o seu cetro
de poder pelo fuso de Omphalia, logo sentirá a vingança
de DEIANIRA, e não terá outra escolha senão queimar a
fogueira na montanha. ETA para escapar dos tormentos
devoradores do manto NESO.”
A luxúria é uma abominação; Cair como uma fera na cama

de Procusto equivale a perder a melhor das oportunidades...
Em vez da incontinência fatal da libido sexual, é melhor

orar; Está escrito com palavras de fogo no livro de todos
os enigmas, que a relação sexual é uma forma de oração...
O Patriarca Gnóstico Santo Agostinho disse enfaticamente:

“Por que não deveríamos acreditar que antes da queda do
pecado, os humanos poderiam dominar os órgãos sexuais,
bem como os restantes membros do corpo, aos quais a
alma serve através do desejo, sem desconforto ou
excitação?”. ..
Santo Agostinho propõe a tese incontestável de que só

depois do pecado ou do Tabu se formou a Libido (agitação
carnal despótica ou arbitrária, ou instinto, poder sexual
descontrolado): “Depois do pecado, a natureza, que antes
não se envergonhava, sentiu a libido., ele percebeu e
147
“Ele tinha vergonha dele, porque havia perdido a força

soberana que originalmente oferecia a todas as partes
do corpo.”
O segredo da felicidade do Deus íntimo de cada um
criatura consiste na relação dele consigo mesmo...
O próprio estado Divino é, sem dúvida, o de felicidade
suprema, um desejo e prazer sexual que permanecem
inalterados em AEONS, e que procede da relação da
Divindade consigo mesma...
Em última análise, os sete cosmos que brilham
gloriosamente no espaço infinito estão sexualmente
ligados...
Por que o MICROCOSMO humano deveria ser uma
exceção? ELE e ELA sempre se adoram... você sabe
disso...
O gozo sexual é, portanto, um direito legítimo do homem

e provém, como já dissemos, da relação da divindade
consigo mesma...
Em outras palavras, enfatizaremos a realidade
transcendental dizendo: O PRAZER SEXUAL é
terrivelmente Divino...
Santo Alberto diz que o homem espiritual deve orientar

o comércio carnal para um objetivo moral, e que uma
função da sexualidade baseada apenas no prazer dos
sentidos pertence aos vícios mais infames.
Nestes momentos é oportuno lembrar que aqueles
troncos ou tábuas da Lei onde Moisés escreveu, por
ordem de IOD HEVE, os preceitos luminosos do
Decálogo, nada mais são do que uma lança dupla de
148
as Runas, sobre cujo significado fálico devemos meditar

profundamente...
O Amor é o FIAT LUX do livro de Moisés, o grande desiderato

cósmico, sexual, a Lei Divina para todos os continentes, mares,
mundos e espaços.
O SAHAJA MAITHUNA, SEXO - YOGA, é o diamante e
fundamento eterno do FIAT LUMINOSO e espermático do
primeiro instante.
É inquestionável que se manejarmos corajosamente a lança
sexual de Eros com o saudável propósito de reduzir cada um
dos variados elementos subjetivos que carregamos dentro de
nós à poeira cósmica em ordem sucessiva, então surgirá a luz.
Dentro de cada um desses eus variados e briguentos que

personificam nossos erros psicológicos existe substância,
essência da alma.
Assim como o átomo quando fracionado libera energia, também

a desintegração total de qualquer um desses variados eus
infernais libera essência, luz...
Devemos, portanto, fabricar luz, fazer luz...
“acenda mais luz!” Goethe gritou com todas as forças de sua

alma momentos antes de morrer...
A COMPREENSÃO é básica na psicologia transcendental mas

é óbvio que não é tudo, precisamos eliminar...
Em DEVI KUNDALINI, a serpente ígnea dos nossos poderes

mágicos, está a chave.
Não é possível eliminar Egos - Demônios, (defeitos psicológicos),
sem a ajuda de DEVI KUNDALINI, você sabe...
149
IO, nossa Mãe Cósmica particular, é certamente o maravilhoso

desdobramento de nossa própria Mônada Divina e embora lhe
falte uma forma concreta, pode, se assim o desejar, assumir
uma figura humana e materna.
No momento supremo da entrega sexual, no meio da relação
sexual, medite e ore para não cair em tentação.
Nesses momentos de bem-aventurança, reze com todas as
forças de sua alma, implore à sua Divina Mãe Kundalini,
elimine o EU Diabo de seu interior. Quero me referir ao defeito
psicológico que através da meditação profunda você
compreendeu em todos os níveis da mente ...É assim que
morremos de momento a momento. Só com a morte chega o
novo.
150
CAPÍTULO XXIV O FOGO

SAGRADO
A descida à NONA ESFERA (Sexo) foi desde a antiguidade a

prova máxima para a dignidade suprema do Hierofante;
Hermes, Buda, Jesus, Dante, Zoroastro, Quetzalcoatl, etc. etc.
etc. Eles tiveram que passar por aquele teste terrível.
Marte desce até lá para temperar a espada e conquistar o

coração de Vênus; Hércules para limpar os estábulos de
Augias e Perseu para cortar a cabeça da Medusa com sua
espada flamejante.
O círculo perfeito com o ponto mágico no centro, símbolo
sideral e hermético do astro-rei e do princípio substancial da
vida, da luz e da consciência cósmica, é sem dúvida um
maravilhoso emblema sexual.
Tal símbolo expressa claramente os princípios masculino e

feminino da NONA ESFERA.
É inquestionável que o princípio ativo de irradiação e penetração
é complementado no Nono Círculo Danteano com o princípio
passivo de recepção e absorção.
A Serpente Bíblica nos apresenta a imagem do Logos Criador

ou força sexual que inicia sua manifestação a partir do estado
de potencial latente.
O fogo serpentino, a Serpente Ígnea dos nossos poderes

mágicos, dorme enrolado três vezes e meia no centro do
Chakra Muladhara localizado no osso coccígeo.
151
Se refletirmos muito seriamente sobre esta relação íntima

entre o “S” e o TAU, cruz ou “T”, chegamos à conclusão lógica
de que somente através de SAHAJA MAITHUNA (Magia
Sexual) a cobra criativa pode ser despertada.
A “Chave”, o “Segredo”, publiquei em quase todos os meus

livros anteriores e consiste em nunca derramar o “Vaso de
Hermes” (O ENS-SEMINIS) durante o transe sexual da sua
vida.
Conexión del LIMGAM-YONI (Phalo-Utero) sin eyacular nunca

ese vidrio liquido, flexible, maleable, (EL ENS-SEMINIS),
porque en esa sobredicha substancia que los fornicarios
derraman miserablemente, se encuentra en estado latente
todo el “ENS VIRTUTIS” do fogo.
“OM obediente à Deusa, que se assemelha a uma cobra

adormecida no SWAYAMBHULINGAM e maravilhosamente
adornada, desfruta do que é amado e de outros encantos. É
iluminado pelo vinho e irradia milhões de raios. Será
despertado durante a MAGIA SEXUAL pelo ar e pelo fogo,
com o mantra: YAM e DRAM e pelo mantra HUM.” (O H soa
como J assim: JUM).
Cante estes Mantras naqueles momentos preciosos em que

o Phalo está dentro do útero, assim despertará a serpente
ígnea de nossos poderes mágicos.
IAO é o Mantra básico fundamental do SAHAJA MAITHUNA,
entoe cada letra separadamente prolongando seu som quando
estiver trabalhando no laboratório - oratório do TERCEIRO
LOGOS (Em plena cópula metafísica).
152
A transmutação sexual do “ENS-SEMINIS” em energia criativa

é um axioma legítimo da sabedoria hermética.
A bipolarização deste tipo de energia cósmica no organismo

humano foi analisada com muito cuidado desde a antiguidade
nos Colégios Iniciáticos do Egito, México, Grécia, Índia, Pérsia,
etc.
A milagrosa ascensão da energia seminal ao cérebro é possível
graças a um certo par de cordões nervosos que se desdobram
esplendidamente na forma de um oito à direita e à esquerda
da medula espinhal.
Chegamos, então, ao Caduceu de Mercúrio, com as asas do

espírito maravilhosamente abertas...
O referido par de cordões nervosos nunca poderia ser
encontrado com o bisturi; Esses dois fios são de natureza
etérica bastante TETRADIMENSIONAL.
Não há dúvida de que estas são as duas testemunhas do

Apocalipse de São João; as duas azeitonas e os dois
candelabros que estão diante do Deus da terra.
No país sagrado dos Vedas este par de nervos é classicamente
conhecido pelos nomes sânscritos de Idá e Pingalá; A primeira
está relacionada à narina esquerda e a segunda à direita.
É óbvio que o primeiro destes dois Nadis é de natureza lunar;

É óbvio que o segundo é do tipo Solar.
Muitos estudantes gnósticos podem ficar um pouco surpresos

com o fato de Ida, sendo fria e de natureza lunar, ter suas
raízes no testículo direito.
153
Muitos discípulos do nosso Movimento Gnóstico Internacional

podem achar a notícia como algo inusitado e inusitado que,
sendo Pingala de tipo exclusivamente Solar, na verdade
começa no testículo esquerdo.
Contudo, não devemos nos surpreender porque tudo na

natureza se baseia na Lei das polaridades.
O testículo direito encontra o seu pólo oposto precisamente na
narina esquerda.
O testículo esquerdo encontra seu antipólo perfeito na narina
direita, isso é inquestionável.
A fisiologia esotérica e gnóstica ensina com total clareza que

no sexo feminino as duas testemunhas partem dos ovários.
É inegável que nas mulheres a ordem deste par de Oliveiras

no templo é harmoniosamente invertida.
Velhas tradições que surgem como que por encantamento da

noite profunda de todas as épocas, dizem que quando os
átomos solares e lunares do sistema seminal fazem contato no
Triveni próximo ao osso coccígeo, então, por indução elétrica,
uma terceira força de tipo mágico desperta. ; Quero me referir
ao KUNDALINI, o fogo místico do ARHAT Gnóstico, através do
qual podemos reduzir o EGO animal a poeira cósmica.
Está escrito nos antigos textos da sabedoria antiga que o

orifício inferior do canal espinhal nas pessoas comuns está
hermeticamente fechado; Os vapores seminais o abrem para
que a serpente sagrada possa penetrar ali.
154
Ao longo do canal espinhal se processa um maravilhoso jogo

de canais variados que se penetram e se interpenetram sem
se confundirem porque estão localizados em dimensões
diferentes.
Não é fora de lugar lembrar enfaticamente o glorioso

SUSHUMNA e o famoso CHITRA, e o CENTRALIS e o
BRAHMANADI; É inquestionável que o fogo flamejante
ascende através deste último.
Quando se trata da verdade devemos ser muito francos;
Certamente é uma mentira assustadora ousar dizer que
depois de ter encarnado o JIVATMA, (O SER) no coração, a
serpente sagrada empreende a viagem de regresso até ser
novamente encerrada no MULADHARA CHACRA.
É uma horrível falsidade afirmar diante de Deus e diante dos

homens que a serpente ígnea de nossos poderes mágicos,
depois de ter desfrutado de sua união com PARAMASHIVA,
separa-se cruelmente, iniciando a viagem de retorno ao centro
coccígeo.
Tal retorno fatal, tal descida ao MULADHARA, só é possível
quando o iniciado, em plena relação sexual, derrama o sêmen;
então ele perde a espada flamejante e cai no abismo sob o
terrível relâmpago da justiça cósmica.
A subida da KUNDALINI pelo canal medular se realiza muito

lentamente de acordo com os méritos do coração. Os fogos
dos CARDIAS controlam o desenvolvimento milagroso da
serpente sagrada.
DEVI KUNDALINI não é algo mecânico como muitos supõem;
a serpente ígnea só desperta com amor
155
autêntico entre marido e mulher; Nunca subiria pelo canal

espinhal dos adúlteros.
Num capítulo anterior deste livro falamos algo sobre os três

tipos de sedutores: Don Juan Tenorio, Casanova e Diablo.
É óbvio que o terceiro deles é certamente o mais perigoso;

Não devemos, portanto, surpreender-nos que este tipo de
sujeitos - tipo Diabo - com o pretexto de praticar SAHAJA
MAITHUNA seduzam muitas donzelas ingénuas.
É bom saber que quando HADIT, a Serpente alada de luz,

desperta para iniciar sua marcha pelo canal espinhal, emite
um som misterioso muito semelhante ao de qualquer víbora
que é provocada com um bastão.
O tipo Diabo, aquele que seduz aqui, ali e ali com o pretexto
de trabalhar na NONA ESFERA, aquele que abandona a
esposa porque “DIZENDO” que ela não é mais adequada para
o trabalho na “FORJA VULCANA”, em vez de despertar a
KUNDALINI despertará o abominável órgão KUNDARTIGUADOR.
para o
Um certo Iniciado, cujo nome não menciono neste tratado,

comete o erro de atribuir à KUNDALINI todas as sinistras
qualidades do abominável órgão KUNDARTIGUADOR.
É óbvio que tal erro está causando danos muito sérios entre
os círculos pseudo-esotéricos e pseudo-ocultistas.
156
É urgente, não pode ser adiado, compreender que não é de

forma alguma possível eliminar todos esses EUs briguentos e
gritadores que carregamos dentro de nós, se não apelarmos à
ajuda da KUNDALINI.
Aquele iniciado que cometer o crime de se manifestar contra a
KUNDALINI em uma hora infeliz será obviamente devidamente
punido pelos juízes da Lei KATANCIA. (Quero me referir aos
juízes do KARMA Superior, diante dos quais comparecem os
Mestres da Loja Branca).
Em nome DAQUELE que não tem nome digo: A KUNDALINI é

a “DÍADE MÍSTICA”, “DEUS-MÃE”, ÍSIS, MARIA ou melhor
dizendo RAM-IO, ADONÍA, INSOBERTA, REA, CYBELES,
TONANTZÍN, etc. o desdobramento transcendental de cada
Mônada Divina nas profundezas do nosso SER.
Analisando raízes esclareço: a palavra KUNDALINI vem de

dois termos: KUNDA e LINI.
KUNDA: nos lembra o abominável órgão KUNDARTIGUADOR.
LINI: Palavra atlante que significa fim.

KUNDA-LINI: “Fim do abominável órgão KUNDARTIGUADOR.”
É óbvio que com a subida da chama sagrada pelo canal

medular, o órgão das abominações chega ao fim, conclui a
força fohática cega.
Tal FOHAT negativo é o agente sinistro em nosso organismo
através do qual o ideoplástico se torna
157
naquela série de eus que personificam nossos defeitos

psicológicos.
Quando o fogo é projetado para baixo desde o Chacra
Coccígeo, aparece a cauda de Satã, o abominável
órgão KUNDARTIGUADOR.
O poder hipnótico do órgão dos Covens acalmou e
brutalizou as multidões humanas.
Aqueles que cometem o crime de praticar o

TANTRISMO NEGRO (MAGIA SEXUAL COM
EJACULAÇÃO SEMINAL) despertam e desenvolvem
claramente o órgão de todas as fatalidades.
Aqueles que traem o Guru ou Mestre, mesmo que
pratiquem o TANTRISMO BRANCO, (SEM
EJACULAÇÃO SEMINAL), é óbvio que colocarão em
atividade o órgão de todos os males.
Tal poder sinistro abre as sete portas do abdômen
inferior (os sete Chakras infernais) e nos transforma
em Demônios terrivelmente perversos.
158
CAPÍTULO XXV A PÉROLA

SEMINAL
Chegando a este capítulo da Mensagem de Natal de 1971-

1972, vale a pena sublinhar algo muito doloroso que
pudemos verificar através de muitos anos de observação
e experiência constantes.
Quero referir-me inequivocamente à “MITOMANIA”, uma
tendência muito acentuada entre as pessoas filiadas a
diversas escolas metafísicas.
Sujeitos aparentemente muito simples, da noite para o dia,
após algumas alucinações, tornam-se MITÔMANOS.
Inquestionavelmente, tais pessoas de Psique Subjetiva

quase sempre conseguem surpreender muitos incautos
que de fato se tornam seus seguidores.
O MITOMAN é como uma parede sem alicerce, basta um
leve empurrão para transformá-la em pequenos sedimentos.
O MITOMAN acredita que essa coisa oculta é algo como

“SOPRAR E FAZER FRASCOS” e de um momento para o
outro se declara MAHATMA, Mestre ressuscitado,
Hierofante, etc. etc. etc.
O MITOMAN geralmente tem iscas impossíveis, ele
invariavelmente sofre do que é chamado de “delírios de
grandeza”.
Esses tipos de personagens geralmente se apresentam
como reencarnações de Mestres ou heróis fabulosos,
lendários e fictícios.
159
Contudo, é claro que estamos enfatizando algo que merece

ser explicado.
Os centros EGÓICOS do subconsciente animal que
acompanham determinados grupos mentais em relações de
troca podem provocar, através de associações e reflexões
fantásticas, algo como “espíritos” que quase invariavelmente
são apenas formas ilusórias, personificações do próprio EU
PLURALIZADO.
Não é estranho, portanto, que qualquer agregado psíquico

assuma uma forma jesu-cristã para ditar falsos oráculos...
Qualquer uma dessas muitas entidades que juntas constituem

o que é chamado EGO, pode, se assim o desejar, assumir a
forma de um MAHATMA ou Guru e então o sonhador, ao
retornar ao estado de Vigília, dirá de si mesmo: “Eu sou o
EU”. - REALIZADO, sou PROFESSOR."
Deve-se notar a este respeito que em qualquer caso a
tendência de tomar partido, de personificar, está latente no
subconsciente de cada pessoa.
Esta é portanto a razão clássica pela qual muitos GURUJIS
Asiáticos, antes de iniciarem os seus discípulos no Magismo
Transcendental, os alertam contra todas as formas possíveis
de AUTO-ENGANO.
Um monge foi visitar Te Shan, que bateu a porta na cara dele.
O monge bateu na porta e Te Shan perguntou: “Quem é
este?” O monge respondeu: “O filhote de leão”. Então Te
Shan abriu a porta e pulou no pescoço do monge de chinelos,
enquanto
160
Ele gritou: “Animal! Para onde você está indo agora? O monge não
respondeu nada.
O termo “filhote de leão” é usado pelos Zen Budistas para designar

um discípulo que é capaz de compreender a verdade Zen: Quando
os professores elogiam a compreensão de um discípulo, ou querem
testá-la, este termo é frequentemente usado.
Neste caso, o monge presunçosamente se autodenomina “o filhote

de leão”, mas quando Te Shan o testa, tratando-o como um
verdadeiro filhote de leão – quando ele sobe em seu pescoço e lhe
faz uma pergunta esotérica – ele então O monge não sabe como
responder.
“Esta é a prova de que faltava ao monge o entendimento autêntico

que afirmava possuir.”
Tal monge era na verdade um homem de consciência adormecida,

um homem sincero e equivocado, um MITOMAN.
“Um dia, no Mosteiro de Man Chuan, os monges da ala oriental

brigaram com os da ala ocidental pela posse de um gato. “Todos
eles recorreram a Nan Chuan para servir como juiz.”
“Marcando uma faca em uma mão e o gato na outra.

Nan Chuan disse: “Se algum de vocês conseguir dizer corretamente
o que precisa ser dito, o gato será salvo; caso contrário, vou cortá-
lo em dois”. Nenhum dos monges pôde dizer nada. Então Nan
Chuan matou o gato.”
Naquela noite, quando Chao Chou regressou ao Mosteiro, Nan

Chuan perguntou-lhe o que ele teria dito se estivesse presente.
Chao Chou tirou as sandálias de palha, colocou-as na cabeça e foi
embora. Então
161
Nan Chuan comentou: “Oh, se você estivesse aqui o gato teria

sido salvo”.
É óbvio que Chao Chou era um homem de consciência
desperta, verdadeiramente iluminado.
Não é possível despertar a consciência, objetivá-la totalmente,
sem ter previamente eliminado os elementos subjetivos das
percepções.
Tais elementos subumanos são formados por toda aquela
multiplicidade de eus briguentos e gritadores que juntos
constituem o EGO, o EU.
A ESSÊNCIA engarrafada entre todas essas entidades
subjetivas e incoerentes, dorme profundamente...
A aniquilação de cada uma dessas entidades infra-humanas
é essencial para libertar a essência.
Somente emancipando a essência é alcançado o seu
despertar, então a iluminação se torna.
Os Iogues Hindustani tentam despertar a consciência através

do KUNDALINI, infelizmente não ensinam a didática, o
procedimento.
Dizem que quando o KUNDALINI dorme enrolado dentro do
Muladhara Chakra, o homem está acordado neste vale de
lágrimas e isso é cem por cento falso porque o Humanóide
intelectual onde quer que esteja, seja no mundo físico ou nas
dimensões superiores da natureza, Ele está sempre dormindo.
Dizem que quando a KUNDALINI desperta, o homem dorme

nesta terra de amargura, perde a consciência do mundo e
penetra em seu corpo Causal;
162
Tal afirmação é fundamentalmente utópica por duas razões:
A) O bípede de três cérebros ou de três centros, erroneamente

chamado de homem, está sempre dormindo aqui e agora e
não apenas já perdeu a consciência planetária, mas também -
e isso é o pior - continua a degenerar.
B) O animal racional não possui Corpo Causal, deve ser

fabricado através da Alquimia Sexual na FORJA ILUMINADA
DE VULCANO.
O princípio mais importante é que, quando o KUNDALINI

desperta, ele deixa de ser um poder estático e se transforma
em um poder dinâmico.
Aprender a manejar a potência ativa da KUNDALINI é urgente
para despertar a consciência.
No meio das relações químicas devemos dirigir inteligentemente
o raio KUNDALINI contra esses Demônios Vermelhos (I's),
dentro dos quais infelizmente se encontra a ESSÊNCIA, a
CONSCIÊNCIA.
O caçador que quer caçar dez lebres ao mesmo tempo não

pega nenhuma; Da mesma forma, o gnóstico que deseja
eliminar simultaneamente vários eus, infelizmente falha.
O trabalho esotérico que visa dissolver qualquer defeito

psicológico é um verdadeiro quebra-cabeça chinês; Não
devemos apenas compreender previamente o
defeito em questão em cada um dos níveis subconscientes da
mente, mas também elimina cada um dos eus que a
caracterizam.
163
Fica claro com total clareza que é necessário um trabalho

muito longo e paciente para eliminar qualquer defeito
psicológico.
Muitos aspirantes que alcançaram a castidade absoluta neste
mundo tridimensional de Euclides falharam miseravelmente
nos mundos supra-sensíveis quando foram testados;
Demonstraram com fatos contundentes e definitivos que eram
fornicadores e adúlteros.
Qualquer defeito psicológico pode desaparecer da zona

intelectual e continuar a existir nas diversas regiões
subconscientes.
Alguém poderia ser uma pessoa honesta neste mundo físico
e em até quarenta e oito zonas subconscientes e ainda assim
falhar em quarenta e nove.
Agora nossos queridos leitores devem refletir e compreender
o quão difícil é despertar a consciência, tornar-se um “filhote
de leão”, compreender a verdade Zen, vivenciar o TAO.
Não é tão fácil sensibilizar; É preciso liberar a essência, retirá-

la de seus habitats.
subconsciente, destruir tais habitats, transformá-los em pó, é
um processo gradual muito lento, doloroso e difícil.
À medida que a ESSÊNCIA é liberada, a porcentagem de

consciência aumenta.
Os humanóides intelectuais erroneamente chamados de

homens possuem, na verdade, apenas três por cento de
consciência; Se eles tivessem pelo menos dez por cento
164
Cem guerras seriam impossíveis na face da Terra.
É inquestionável a ESSÊNCIA primordial que é liberada quando

se inicia o processo de morrer, que se torna “A PÉROLA
SEMINAL”; aquele ponto matemático de consciência citado
pelo evangelho do TAO. Assim começa o mistério da “flor
dourada”.
O MITOMAN se vangloria de ser ILUMINADO sem ter liberado

a ESSÊNCIA, sem sequer possuir a PÉROLA SEMINAL.
As pessoas da Psique Subjetiva são cem por cento utópicas;

Supõem erroneamente que se pode ser iluminado sem ter
conseguido a morte do EGO de forma radical e definitiva...
Estas pobres pessoas não querem compreender que ter uma

iluminação auto-fechada, objetiva e autêntica é completamente
impossível.
É óbvio que quando a ESSÊNCIA é engarrafada entre o EU
PLURALIZADO, o EU existe.
CONFINAMENTO.
A ESSÊNCIA engarrafada só funciona de acordo com o seu

próprio condicionamento.
O EGO é SUBJETIVO e INFRA-HUMANO, é óbvio que as
percepções que a ESSÊNCIA tem através dos sentidos do EU
PLURALIZADO são deformadas e absurdas...
Isto nos convida a compreender quão difícil é alcançar a

verdadeira e objetiva ILUMINAÇÃO.
165
O preço da ILUMINAÇÃO é pago com a própria Vida.

Na terra sagrada dos Vedas existem Chelas –
discípulos – que depois de trinta anos de trabalho
intensivo, estão apenas no início, no prólogo do seu
trabalho.
O MITOMAN quer ser iluminado da noite para o dia;
Ele presume ser sábio, acredita ser um Deus.
166
CAPÍTULO XXVI O EMBRIÃO

DOURADO
O MISTÉRIO DA FLOR DOURADA DIZ: “Purifica o coração,
limpa os pensamentos, refreia os apetites e preserva o sêmen.”
“Se os pensamentos são duráveis, o sêmen também o será:

se isso for durável, a força também o será: se isso for durável,
o espírito também o será.”
“A força dos rins se encontra sob o signo da água.
Quando os impulsos são agitados, ele flui para baixo, é
direcionado para fora e produz criaturas. Quando é direcionado
para trás pela força do pensamento, invadir para cima o
cadinho do coração e do corpo criativo, refrescante e nutritivo
é o método do refluxo. (Estas são palavras do texto taoísta
acima mencionado).
Transcrevamos agora outro “ASANA TÂNTRICA” do principesco
autor de “ANANGARANGA”: (Esta é a postura UTTHIA).
“O ato carnal é realizado em pé. Somente homens fisicamente

muito fortes usam esta postura.”
A) “Primeiro eles ficam um de frente para o outro, depois o
homem pega a mulher entre os joelhos, levanta-a, segura-a na
dobra dos cotovelos e faz a cópula enquanto ela se agarra à
nuca dele.”
B) “O homem levanta uma das pernas da mulher enquanto ela

mantém a outra firmemente plantada no chão.
Especialmente as mulheres jovens estão muito satisfeitas com
esta posição.”
167
C) “Enquanto o homem fica em pé com as pernas um pouco

abertas, a mulher agarra-se aos quadris dele com os braços e
as pernas, apoiando-a com as mãos, de modo que ela fica
completamente pendurada nele.”
É vital, fundamental e definitivo nunca ejacular o licor seminal

em sua vida.
É urgente devolver a energia sexual para dentro e para cima,

sem nunca derramar o copo de Hermes.
“Este refluxo ou método recorrente realiza aquele movimento

rotativo da luz, pelo qual as forças do céu e da terra se
cristalizam em uma “Flor Dourada” no corpo.”
“A força seminal dirigida para fora (fluindo para baixo) produz

uma dissipação e diminuição da consciência espiritual.”
Através da sublimação das forças vitais e procriadoras, o

fenômeno do renascimento pode ser alcançado: nasce o “ponto
do elixir vital”, a “Pérola Seminal”, formando o embrião dourado
ou Puer aeternus, que vem desenvolver e transformar o nosso
princípios pneumáticos imortais.
O sábio autor de “ANANGARANGA” ensina outra

Asana Tântrica muito interessante que transcrevo abaixo:
“POSIÇÃO DO ELEFANTE”:
“A mulher deitou-se de forma que o rosto, o peito e a barriga

tocassem a cama ou o tapete. O homem então se aproxima por
trás e insere seu membro viril com muita delicadeza na vulva,
retirando-se antes do espasmo para evitar a ejaculação do
sêmen.
168
O PURUSHAYITA-BANDHA faz da mulher o elemento

ativo, enquanto o homem permanece passivo de costas.
Nesses momentos, ela, posicionada sobre o homem,
segura o Phalo com a mão direita e o introduz na Vulva,
iniciando então um movimento erótico muito lento e
delicioso ao mesmo tempo em que invoca KAMADEVA
para ajudá-la no MAITHUNA.
A mulher consagrada, “A SUVANI”, sabe fechar todos os

esfíncteres por vontade, comprimindo ao máximo a YONI
para evitar o orgasmo e a perda do licor sexual. (Isso é o
que a iniciação do Tantra ensina).
Vale a pena acrescentar o seguinte em tempo hábil: Se

ocorrer um espasmo, a ejaculação seminal deve ser
evitada retirando-se instantaneamente e deitando-se no
chão em decúbito dorsal (face para cima).
Nestes momentos feche as narinas direita e esquerda,
bloqueando-as com os dedos indicador e polegar da mão
direita. Tente prender a respiração o maior tempo possível.
Direcione a corrente nervosa em direção aos esfíncteres
sexuais ou portas de fuga, com a finalidade de evitar o
derramamento do copo de Hermes.
Imagine que a energia seminal sobe através do ldá e do
Píngala até o cérebro.
Os ASANAS Tântricos ensinados pelos grandes Iniciados
na terra sagrada do Ganges são maravilhosos no SAHAJA
MAITHUNA.
A relação química, a cópula metafísica da Iniciação Tantra,

é verdadeiramente transcendental.
169
Nesses momentos de indiscutíveis delícias paradisíacas,

devemos implorar à nossa Divina Mãe Kundalini particular
(pois cada pessoa tem a sua Serpente Ígnea) que elimine de
dentro de nós aquele defeito que compreendemos em todos
os recônditos da mente.
Ela, a adorável, empunhará a lança de Eros e reduzirá a

cinzas aquele Diabo que personifica o defeito compreendido.
Assim, a essência será progressivamente liberada à medida

que destruímos os Eus...
Desta forma e desta forma, a “Pérola Seminal” irá se
desenvolver com o aumento das diferentes Porcentagens da
essência até se tornar o “Embrião Dourado”.
É inquestionável que o despertar da consciência torna-se

maravilhoso no mistério do FLOR Dourado.
O “Embrião Dourado” nos dá AUTOCONSCIÊNCIA e

conhecimento objetivo transcendental.
O “Embrião Dourado” nos torna cidadãos conscientes dos

mundos superiores.
170
CAPÍTULO XXVII A ESCOLA

JINAYANA
A conquista do MUNDO ULTRA-MARE-VITAE ou

SUPERLIMINAL e ULTRA-TERRESTRE, seria mais que
impossível se cometêssemos o erro de subestimar as
mulheres.
A deliciosa Palavra do ISIS emerge do seio profundo de
todas as idades aguardando o momento de ser realizada...
As palavras inefáveis da Deusa NEITH foram gravadas em

letras douradas nas paredes resplandecentes do templo da
sabedoria.
“EU SOU AQUELE QUE FOI, É E SERÁ, E NENHUM
MORTAL LEVANTOU MEU VÉU.”
A religião primitiva de JANO ou JAINO, ou seja, a doutrina

áurea, solar, quiritária e sobre-humana dos JINAS, é
absolutamente sexual, você sabe disso.
Está escrito com brasas no livro da vida, que durante a Idade
de Ouro do Lácio e da Ligúria, o Divino Rei JANUS ou
SATURNO, (IAO, BACCO, JEOVÁ, IOD-HEVE), reinou
sabiamente sobre aquele povo santo, todos arianos. tribos,
embora de épocas e origens muito diferentes.
Então, meu Deus!... como em tempos semelhantes de

outros povos da antiga Arcádia, pode-se dizer que os JINAS
e os homens viviam felizes juntos...
Dentro do inefável idílio místico comumente chamado
“OS ENCANTOS DA SEXTA-FEIRA SANTA”,
171
Sentimos no fundo de nossos corações que nos

órgãos sexuais existe uma força terrivelmente Divina
que pode libertar ou escravizar o homem.
A energia sexual contém dentro de si o arquétipo vivo
do autêntico HOMEM SOLAR que deve tomar forma
dentro de nós.
Muitas almas sofredoras gostariam de entrar no
Monsalvat transcendente, mas infelizmente isso é
mais do que impossível devido ao Véu do ISIS, ou
Véu sexual Adâmico.
Entre as bem-aventuranças inefáveis dos paraísos
JINAN certamente existe uma humanidade divina que
é invisível aos sentidos dos mortais devido aos seus
pecados e limitações, nascida do abuso sexual.
Está escrito e com caracteres de fogo no grande livro
da vida, que na cruz JAINA ou JINA está
milagrosamente escondido o segredo indizível do
Grande Arcano, a maravilhosa chave da transmutação sexua
Não é difícil compreender que tal cruz mágica seja a
mesma suástica dos grandes mistérios...
Entre o delicioso êxtase da alma saudosa, podemos e
até devemos nos colocar em contato místico com
JANO, o austero e sublime Hierofante “JINA” que no
velho continente MU ensinou a ciência dos “JINAS”.
No Tibete secreto, existem duas escolas que lutam

entre si: quero referir-me claramente às instituições
MAHAYANA e JINAYANA.
172
No nosso próximo capítulo falaremos sobre a primeira destas

duas instituições; Agora só nos preocuparemos com a escola
“JINAYANA”...
É evidente que o caminho “JINAYANA” é, em última análise,
profundamente budista e cristão...
Neste caminho misterioso encontramos com espanto místico
os fiéis guardiões do Santo Graal, ou da Pedra da Iniciação,
isto é, da suprema Religião-Síntese, que foi o primitivo da
humanidade; a doutrina da Magia Sexual...
JANA, SWANA ou JAINA, é portanto a doutrina daquele

velho Deus da luta e da acção, chamado JANO, o Senhor
Divino de duas faces, transposição andrógina do Hermes
Egípcio e de muitos outros Deuses dos panteões MAIA-
QUICHE e ASTECA, cuja imponência e esculturas majestosas
esculpidas na rocha viva ainda podem ser vistas no México.
O Mito Greco-Romano ainda preserva a memória do exílio

de JANUS ou JAINOS para a Itália por ter sido lançado do
céu por CRONOS ou SATURNO, ou seja, a memória lendária
de sua descida à Terra como instrutor e guia da humanidade
para dê-lhe a Religião Natural primitiva “JINA” ou “JAINA”.
Janna ou Jaina é também obviamente a maravilhosa Doutrina

Sino-Tibetana de Dan, Chhan, dzan, Shuan, Ioan ou Dhyan-
Choan, características de todas as escolas esotéricas do
mundo ariano com raízes na submersa Atlântida.
173
A Doutrina Secreta, a primitiva Doutrina Jainista, baseia-se na

Pedra Filosofal, no sexo, no Sahaja Maithuna.
Doutrina Gnóstica infinitamente superior, mais antiga que o

próprio Bramanismo, a primitiva escola JINAYANA, a do
caminho estreito que conduz à luz...
Verdadeiramente admirável Doutrina da Salvação da qual [no]

Na Ásia Central e na China há muitas memórias, como também
há na Maçonaria universal onde ainda encontramos, por
exemplo, a sobrevivência da simbólica cruz jainista ou suástica
(do Cisne, do Hamsa, do Cisne, da Fênix, da Pomba de o
Espírito Santo ou Paráclito, alma do templo do Graal, Nous ou
espírito que nada mais é do que o SER ou DHYANI do homem).
Mesmo nestes tempos modernos podemos encontrar vestígios

na Irlanda daqueles 23 profetas DJINAS ou conquistadores de
almas que foram enviados em todas as direções do mundo
pelo fundador do Jainismo:
O Rishi - Raja - Deva...
Nos momentos em que escrevo estas linhas, lembranças
transcendentais vêm à minha memória...
En uno de esos tantos pasillos de un antiguo palacio, no

importa la fecha, ni la hora, bebiendo agua con limón en copas
delicias de fino bacará, junto con un grupo muy selecto de
ELOHIM, dije: “Yo necesito descansar por un tiempo entre a
felicidade; “Tenho ajudado a humanidade há vários
MAHAMVANTARAS e já estou cansado.”
174
“A maior felicidade é ter Deus dentro de nós”, respondeu um Arcanjo

muito simpático.
Essas palavras me deixaram perplexo, confuso; Pensei no Nirvana,

no Maha – Paranirvana, etc.
Vivendo em regiões de felicidade tão intensa, poderia alguma

criatura não ser feliz? Como? Porque?
Por não ter a Mônada dentro?
Cheio de tantas dúvidas, resolvi consultar o velho Sábio “JANO”, o

Deus vivo da ciência “Jinan”...
Antes de entrar em sua residência fiz diante do Guardião uma
saudação secreta; Avancei diante dos guardas e os cumprimentei
com outra saudação e finalmente tive a alegria de me encontrar
diante do Deus JANO...
“Falta outra saudação”, disse o Venerável: “Não há melhor saudação

do que a de um coração calmo”. Assim respondi na hora que
coloquei devotamente as mãos sobre o cárdia...
“Está tudo bem”, disse o Sábio...
Quando quis fazer-lhe perguntas que dissipassem dúvidas

conhecidas, o velho, sem dizer uma palavra, depositou a resposta
no fundo da minha consciência...
Podemos resumir esta resposta assim:
“Mesmo que um homem vivesse no Nirvana ou em qualquer outra

região de felicidade infinita, se não tivesse Deus dentro de si, não
seria feliz.”
“No entanto, se eu vivesse nos mundos infernais ou na prisão mais

imunda da Terra, tendo Deus dentro de mim, seria feliz.”
175
Concluiremos este capítulo dizendo: A Escola

JINAYANA com seu esoterismo subjacente nos conduz
pela via sexual até a encarnação do Verbo e a libertação
final...
OREMUS...
176
CAPÍTULO XXVIII BUDISMO

ZEN
Por que a VERDADE-PRAJÑA última que o ZEN BUDISMO

quer indicar é tão indefinível, abstrata e inatingível?
“Definir” realmente significa colocar limites intelectuais ou

declarar o significado de uma determinada coisa.
“Agarrar”, no sentido aqui utilizado, significa compreender
algo e retê-lo na memória.
Visto que o próprio ato de definir consiste obviamente [em]
encerrar algo dentro de um certo limite, ele não pode
necessariamente não ser finito, estreito e restritivo em sua
natureza; Da mesma forma, uma vez que “Compreender”
significa compreender mentalmente algo, mas não tudo,
deve ser igualmente limitante e exclusivo.
A VERDADE-PRAJÑA última que a escola ZEN quer indicar
não pode ser de forma alguma algo estreito, finito ou
exclusivo; Deve ser algo vasto, universal e infinito, algo
inclusivo e abrangente, algo além de definição e designação.
A própria palavra “definir” sugere ostensivamente um dedo

humano que aponta para um determinado objeto, e a
palavra “agarrar” uma mão que segura algo e não o solta.
Dada esta lamentável limitação e este apego, profundamente
enraizado no racionalismo do animal intelectual
erroneamente chamado Homem, não é de forma alguma
surpreendente que o ser livre e OMNI-
VERDADE INCLUSIVA-PRAJÑA torna-se verdadeiramente
177
em algo indescritível que sempre escapa misteriosamente a

qualquer pensador.
Raio. Esta palavra, grande em essência e poder, é usada
neste capítulo para indicar enfaticamente a experiência mística
transcendental que consiste em vivenciar o TAO, o VERDADE-
ZEN, o REAL.
Não basta compreender algo, é preciso apreender, apreender,

captar o seu significado íntimo.
O sexto Patriarca perguntou a BODHIDHARMA: “Como é
possível alcançar o TAO”? “O BODHIDHARMA respondeu:
“Externamente, toda atividade cessa; internamente, a mente

para de se agitar. Quando a mente se torna uma parede, então
surge o TAO.”
É urgente saber que o ZEN japonês é o mesmo DHYANA

hindustani, Pali JHANA, CHAN chinês: uma forma extraordinária
de BUDISMO MAHAYANA...
É inquestionável que os estudos e práticas ZEN nos permitem

apreender o significado íntimo dos ensinamentos BUDISTAS
defendidos pela escola MAHAYANA, uma maravilhosa antítese
e ao mesmo tempo complemento da escola JINAYANA de
AUTO-REALIZAÇÃO ÍNTIMA.
O vazio iluminador é impossível de descrever com palavras

humanas. Não é definível ou descritível. Como disse o Mestre
Zen Huai Jang: “Qualquer coisa que eu diga perderá o ponto
principal”.
178
O ensinamento budista sobre a vacuidade é abrangente

e profundo e requer muito estudo antes de ser
compreendido...
Somente na ausência do EGO podemos vivenciar
diretamente o vazio iluminador.
Deificar a mente é absurdo porque ela em si é apenas
uma masmorra fatal para a consciência...
Afirmar que a mente é o Buda, dizer que é o TAO, é um
absurdo porque o intelecto é apenas uma gaiola para a
consciência.
A experiência mística de iluminar o vazio é sempre
realizada fora do terreno intelectual.
A iluminação budista nunca é alcançada através do
desenvolvimento da força mental ou da razão
divinizante; Pelo contrário: consegue-se desfazendo
qualquer vínculo que nos liga à mente.
Somente libertando-nos da masmorra intelectual
poderemos experimentar a alegria do vazio iluminador,
livre e totalmente insubstancial.
Vazio é simplesmente um termo budista claro e preciso
que denota a natureza não substancial e não pessoal
dos seres, e um sinal que indica o estado de absoluto
desapego e liberdade fora do tempo e além da mente.
Beba o vinho da meditação na deliciosa taça da

concentração perfeita.
179
CAPÍTULO XXIX OS DOIS

ESCOLAS
A realidade (Li em chinês) pode ser vista repentinamente, mas

a matéria (Shih em chinês) deve ser cultivada de forma
progressiva e ordenada.
Ou seja, após ter atingido o êxtase, deve ser cultivado até o
seu completo desenvolvimento e maturidade.
Assim, o trabalho esotérico consiste em dois aspectos
principais, “VISÃO” e “AÇÃO”.
Para ter uma visão é preciso subir ao topo da montanha e
olhar de lá, para iniciar a jornada é preciso descer até o fundo
do abismo e começar a caminhar a partir daí.
Embora o templo ZEN, que é uma forma maravilhosa de

Budismo MAHAYANA, seja sustentado pelos dois pilares da
“Visão” e da “Ação”, é evidente que dá uma ênfase muito
especial ao primeiro.
Isto é claramente reconhecido por Guruji I Shan, que disse: “A
sua visão e não a sua acção é o que importa para mim.”
É por isso que os Mestres Zen colocam toda a ênfase no

êxtase, no Samadhi, no Satori, e concentram todos os seus
esforços em conduzir diretamente seus discípulos ou Chelas
a isso.
A escola tibetana JINAYANA é diferente e embora as suas
duas colunas principais sejam também a “Visão” e a
“Ação”, é inquestionável que coloca especial
180
solenidade na segunda e luta incansavelmente para levar

seus devotos à Nona Esfera (Sexo).
Não é fora de lugar neste capítulo afirmar que os aspirantes
da escola MAHAYANA anseiam verdadeiramente e com
infinita ansiedade pela experiência direta do Vazio iluminador.
De forma alguma exageramos conceitos se afirmamos com

certa veemência que os discípulos da escola JINAYANA
trabalham tenazmente na “Forja dos Ciclopes” – o sexo –,
com o propósito inteligente de alcançar a (AUTO-REALIZAÇÃO)
íntima do iluminador. Vazio.
Quando a mente está quieta, quando a mente está silenciosa,

dentro e fora e no centro, surge a experiência mística do
Vazio; Porém, é óbvio que a TI AUTO-PERFORMÁTICA é
algo muito diferente.
O Vazio não é muito fácil de explicar. Em verdade vos digo
que não é definível ou descritível.
A linguagem destes humanóides que povoam a face da Terra
foi criada para designar coisas e sentimentos existentes; não
é adequado expressar aquilo que está além do corpo, dos
efeitos e da mente.
O Vazio iluminador não é uma questão de saber ou não saber,

é indicado vivenciá-lo diretamente.
“VISÃO” e “AÇÃO” se complementam.
As duas escolas mencionadas são essenciais.
Ver com infinita lucidez só é possível na ausência do EGO, de
MIM, do EU, dissolvê-lo é urgente.
181
A ação consciente é o resultado do trabalho progressivo na

“Forja dos Ciclopes”. (Sexo)...
A “Flor Dourada” estabelece o equilíbrio harmonioso perfeito
entre “VISÃO” e “AÇÃO”.
O “Embrião Dourado”, a flor sublime, é a base extraordinária
do íntimo BUDA.
Tradições antigas arcaicas dizem que existem dois tipos de

BUDAS:
A) BUDAS Transitórios.
B) BUDAS Permanentes.
É óbvio que os primeiros estão em trânsito, de esfera em

esfera, lutando para realizar em si mesmos o “Vazio Iluminador”.
É inquestionável que estes últimos são os BUDAS da

contemplação; aqueles que já perceberam dentro de si o
“Vazio Iluminador”.
No estudo esotérico do Zen – uma forma maravilhosa da
escola MAHAYANA – existem dois termos chineses muito
interessantes: CHIEN e HSING.
Usado como verbo, CHIEN significa “ver” ou “olhar”; usado
como substantivo significa "visão", "compreensão" ou
"observação".
HSING significa “a prática”, “a ação”, “o trabalho esotérico”.

Também pode ser usado como verbo ou substantivo.
Chien, no seu sentido mais íntimo, significa toda a compreensão

mística do ensinamento budista; mas, no Zen, não denota
apenas compreensão clara e
182
evidente dos princípios e da Verdade - Prajna, mas também

implica a visão desperta que surge da Experiência -
“Wu” (Satori, êxtase, Samadhi) -.
CHIEN neste sentido transcendental e Divino, pode ser
entendido como a realidade vista ou uma visão da realidade.
Contudo, é inquestionável que embora isto signifique ver a

realidade, não implica posse ou controle dela.
HSING o trabalho frutífero e criativo na “Forja Ardente de

Vulcano”. É essencial quando se deseja a posse e o controle
do “Real”.
183
CAPÍTULO XXX HOMENS

ACORDAR
O Monge desperto chamado Tien Jan foi visitar o Venerável

Mestre Rui Chang.
(Ao chegar) perguntou muito solenemente a um certo asceta
assistente se o “Mestre Real” estava em casa.
O místico respondeu: “Sim, mas não recebe visitas”. Tien Jan
disse: “Oh, o que eles dizem é muito profundo e estranho!”
O anacoreta assistente respondeu: “Nem mesmo os olhos do

Buda podem ver.”
Então Tien Jan argumentou: “A fêmea do Dragão dá à luz um

Pequeno Dragão e a fêmea da Fênix dá à luz uma pequena
Fênix!” E então ele se aposentou.
Mais tarde, quando Hui Chang saiu da meditação e descobriu
o que havia acontecido em sua casa, bateu no assistente
religioso.
Quando Tien Jan soube disso, fez o seguinte comentário: “Este
velho merece ser chamado de mestre real”.
No dia seguinte, Tien Jan, o homem de consciência desperta,

visitou novamente o Guru Hui Chang.
Seguindo os exóticos costumes orientais, assim que viu o Guru
estendia seu cobertor no chão (como se estivesse se
preparando para sentar-se para receber seus ensinamentos).
Hui Chang disse: “Não há necessidade, não há necessidade”.
184
Tien Jan recuou um pouco e o Mestre Real disse

enfaticamente: “Tudo bem; está bem".
Porém, de forma incomum, Tien Jan deu novamente
alguns passos à frente. Então o Mestre Real disse: “Não.
Não".
Porém, Tien Jan entendeu tudo, fez um círculo simbólico
ao redor do Hierofante e saiu.
Mais tarde o Venerável comentou: “Muito tempo se
passou desde os dias dos Abençoados. As pessoas
estão muito preguiçosas agora. Em trinta anos será muito
difícil encontrar um homem assim.”
Atitudes estranhas! Conversas telepáticas instantâneas!
“insights” que piscam...
Explicar tudo isto seria como castrar o ensinamento: os
nossos queridos leitores devem compreender o seu
profundo significado...
Hui Chang possuía o embrião dourado: é óbvio que ele
percebeu o “Vazio Iluminador” em si mesmo.
Tien Jan também era um homem com consciência
desperta, alguém que, embora ainda não tivesse
realizado o Vazio, possuía a “Flor Dourada”.
Certa vez, Huang Po encontrou um monge acordado e
caminhou com ele. Quando chegaram perto de um rio
tempestuoso que corria furiosamente pelo seu leito de
rochas, Huang Po tirou por um momento o chapéu de
bambu e, deixando de lado a bengala, parou para pensar
como poderiam passar.
Enquanto nessas reflexões, algo incomum acontece de
repente; o outro monge caminhou sobre a água
185
ondas tempestuosas do rio sem deixar os pés tocarem a água, e ele

imediatamente alcançou a outra margem.
Velhas tradições que se perderam na noite dos séculos

dizem que quando Huang Po viu o milagre mordeu os
lábios e disse: “Oh! Eu não sabia que poderia fazer isso;
Se eu soubesse, teria empurrado ele para o fundo do
rio.”
Esses poderes milagrosos são simplesmente produtos

naturais da verdadeira iluminação e são possuídos por
homens despertos, aqueles que já fabricaram o “embrião
dourado” na “Forja Acendeda de Vulcano” (O Sexo).
Chan Chen-Chi nos conta a seguinte história:

“O Mestre Zen Pu Hua foi assistente de Lin Chi.
Um dia ela decidiu que havia chegado a hora de morrer
e, então, foi ao mercado e pediu às pessoas que lhe
dessem um vestido em caridade. Mas quando algumas
pessoas lhe ofereceram o vestido e outras roupas, ele
recusou e continuou marchando com a bengala na mão.
“Quando Lin Chi ouviu isso, ele convenceu algumas
pessoas a dar um caixão a Pu Huan. Assim, ofereceram
um caixão a Pu Huan. Ele sorriu e disse aos doadores:
“Esse indivíduo, Lin Chi, é muito mau e charlatão”.
"Então ele aceitou o caixão e anunciou ao povo: 'Amanhã
deixarei a cidade pelo Portão Leste e morrerei em algum
canto dos subúrbios do leste.'"
“No dia seguinte, muitas pessoas da cidade, carregando
o caixão, escoltaram-no até o portão leste. Mas de
repente ele parou e exclamou: "Oh, não, não, de acordo com
186
geomancia, este dia não é auspicioso. “É melhor que eu morra

amanhã em um subúrbio ao sul.”
“Então, no dia seguinte, todos se dirigiram para o portão sul,

mas Pu Huan mudou de ideia novamente e disse ao povo que
preferia morrer no dia seguinte, no subúrbio oeste.”
“Muito menos pessoas foram acompanhá-lo no dia seguinte. E

novamente Pu Huan mudou de ideia, dizendo que estava
adiando mais um dia sua saída deste mundo e que então
morreria em um subúrbio ao norte, a essa altura as pessoas
já estavam cansadas do assunto e, assim, ninguém o
acompanhou no próximo dia.
“Pu Huan teve que carregar ele mesmo o caixão para os
subúrbios ao norte. Ao chegar, subiu no caixão, sempre com
a bengala na mão, e esperou a chegada de alguns transeuntes.
Ele então pediu que pregassem o caixão assim que ele
morresse. Quando eles consentiram, ele se deitou e morreu.”
“Então”, continua Chang Chen-Chi, “os transeuntes pregaram

a caixa conforme prometido”.
“A notícia desse acontecimento logo chegou à cidade e as

pessoas começaram a chegar em massa. Alguém então
sugeriu que abrissem o caixão para dar uma olhada no corpo,
mas quando o fizeram, para sua surpresa, não encontraram
nada.”
“Antes de se recuperarem da surpresa, ouviram, do céu, o

som familiar dos sinos do cajado que Pu Huan carregou
durante toda a vida.”
187
“No início o toque foi violento, porque estava muito

próximo; depois tornou-se cada vez mais fraco, até que
finalmente desapareceu completamente. Ninguém sabia
para onde Pu Huan tinha ido.”
188
CAPÍTULO XXXI GOETHE
Em sublime êxtase inefável, Goethe proclama aos seus

Divina Mãe Kundalini como autêntica libertadora:
“Elevai os olhos para o olhar salvador.

Todos vocês, ternas almas arrependidas,
para te transformar, cheio de gratidão
para um destino feliz.
Que todo sentido purificado esteja pronto para o seu serviço.
Virgem, Mãe, Rainha, Deusa,
Seja propício!
Goethe sabia bem que sem a ajuda de DEVI KUNDALINI, a
Serpente Ígnea dos nossos poderes mágicos, a eliminação do
EGO animal seria mais que impossível.
É inquestionável que os relacionamentos amorosos mais

conhecidos de Goethe — excluindo, naturalmente, aquele com
Cristina Vulpius — eram, sem exceção, de natureza mais
erótica do que sexual.
Diz Waldemar: “Não nos parece que estejamos afirmando
demais quando dizemos que em Goethe o gozo da fantasia
era o elemento elementar em suas relações com as mulheres:
ele se esforçou para perceber a sensação de consolação
entusiástica, numa palavra, a musa excitante elemento da
mulher que inflamava seu espírito e coração e que de forma
alguma ele deveria buscar satisfação em seu material.”
189
“A paixão apaixonada que ele tinha por Carlota Buff Lili ou

Federica Brión não poderia propagar correspondentemente
toda a situação para o sexual.”
“Muitas histórias literárias já tentaram explicar claramente
até que ponto chegaram as relações de Goethe com a
Sra. von Stein. Os fatos examinados sustentam a ideia de
que se tratava de uma correspondência ideal.”
“O fato de Goethe não ter vivido, como se sabe, em

completa abstinência sexual na Itália, e de ao retornar à
sua terra natal ter logo estabelecido um vínculo com
Cristina Vulpius, que nada lhe recusou, permite concluir
que ele deve primeiro ter faltou alguma coisa”.
“Sem dúvida”, continua Waldemar a nos dizer, “Goethe
amou mais apaixonadamente quando estava separado do
objeto de seu desejo; Somente refletindo ele pegou seu
corpo amoroso e insuflou nele ardor.”
Invariavelmente, quando ele deixava o
demonstrações de seu coração para a Sra. Von Stein, ele
está realmente perto dela... mais perto do que jamais
poderia estar fisicamente.
Hermann Grimm diz com razão: “Vimos como a sua
relação com Lotte só é compreensível quando remetemos
toda a sua paixão às horas em que não está com ela”.
Não é descabido neste capítulo enfatizar a ideia de que

Goethe odiava as relações sexuais dos fornicadores:
Omne animal post coitum triste:
“Então você traz meu amor
um prazer infeliz?
190
Tire o desejo de tantas músicas,
trazer de volta o breve prazer,
Pegue e dê ao peito triste,
para o eterno baú triste, algo melhor.”
“Deixe o poeta falar agora! Deixe-o dizer o que sente! Na

verdade e na poesia, ele escreve: "Raramente saía, mas nossas
cartas - referindo-se a Federica - eram trocadas com ainda
mais vivacidade. Mantive-me atualizado sobre a situação dela...
para mantê-las em mente, para que eu as mantivesse diante
de minha alma com carinho e paixão seus méritos."
“A ausência me libertou e toda a minha inclinação só floresceu

adequadamente através da conversa à distância.
Nesses momentos eu poderia realmente me deixar deslumbrar
pelo futuro."
"Em seu poema" Bliss of Absence "ele expressa claramente

sua propensão para o erotismo metafísico:"
“Liba, oh jovem, da felicidade sagrada a flor
ao longo do dia aos olhos da pessoa amada!...
Mas sempre essa alegria é maior que tudo
estar longe do objeto de amor”
Em alguma parte posso esquecer,
mais sim na mesa sente-se quieto
com espírito alegre e em total liberdade.
E o engano imperceptível
que faz o amor ser venerado
e transforma o desejo em ilusão.”
191
Comentando, Waldemar diz: “O poeta não estava nem

um pouco interessado – e isso deve ser notado – na Sra.
Von Stein, em como ela realmente era, mas em como ele
a via através da pressão de seu próprio coração criativo”.
“O seu anseio metafísico pelo “eterno feminino” foi
projectado em Carlota de tal forma que ela viu nela a
Mãe, a amada, numa palavra, o princípio universal ou,
melhor dizendo, a própria ideia de Eva .
Já em 1775 escreveu: “Seria um grande espetáculo ver
como o universo se reflete nesta alma. “Ela vê o universo
como ele é, e certamente através do amor.”
“Enquanto Goethe conseguiu “poetizar” a garota que
amava, ou seja, criar uma entidade ideal que
correspondesse ao vôo de sua fantasia, ele foi fiel e
viciado; Mas assim que o processo dessa “poetização”
relaxou, seja por culpa própria ou do outro, ele se retirou.
Invariavelmente, ele persegue suas sensações erótico-
poéticas até o momento em que as coisas ameaçam se
tornar sérias, guardando-se então no PATHOS da
distância.
Permita-nos a liberdade de discordar de Goethe neste
ponto espinhoso de sua doutrina.
Amar alguém à distância, prometer muito e depois
esquecer, parece-nos muito cruel; No fundo disso há
fraude moral...
Em vez de esfaquear corações adoráveis, é melhor

praticar SAHAJA MAITHUNA com a esposa sacerdotisa,
amá-la e permanecer fiel a ela por toda a vida.
192
Este homem compreendeu o aspecto transcendental do sexo,

mas falhou no ponto mais delicado, por isso não alcançou a
AUTO- REALIZAÇÃO ÍNTIMA...
Goethe adorando sua Divina Mãe KUNDALINI exclama cheio de
êxtase:
“Virgem pura no sentido mais belo,
mãe digna de veneração,
rainha escolhida por nós
e de status igual aos deuses...!
Desejando morrer aqui e agora durante a relação química,

querendo destruir MEFISTÓFELES, ele exclama:
“Setas, me perfurem;
lanças, subjuguem-me;
maças, me ataquem.
tudo desaparece,
tudo desaparece.
Brilhe a estrela sempre verde,

foco do amor eterno”...
Este Bardo Genial possuía inquestionavelmente uma intuição

maravilhosa; se tivesse sido redescoberto em uma única mulher;
se nele eu tivesse encontrado o caminho secreto; Se ele tivesse
trabalhado com ela durante toda a sua vida na “NONA ESFERA”,
é óbvio que teria alcançado a libertação final.
Em seu “Fausto” ele expõe com muito sucesso a Fé na

possibilidade da elevação do “EMBRIÃO DE OURO”
193
liberado, para uma “SUPERALMA”. (O MANAS

SUPERIOR DA TEOSOFIA).
Quando isso acontece, o referido princípio teosófico
nos penetra e, fundido com o EMBRIÃO DOURADO,
passa por extraordinárias transformações íntimas:
então se diz de nós que somos homens com alma.
Ao atingir essas alturas alcançaremos Maestria,

Adeptos, nos tornaremos membros ativos da Irmandade
Oculta.
Isso não significa perfeição no sentido mais amplo da
palavra. Os Divinos e os humanos sabem bem como
é difícil alcançar a perfeição na Maestria.
Aliás, é urgente saber que tal Perfeição só é alcançada
após ter realizado trabalhos de formação esotérica
nos mundos Lua, Mercúrio, Vênus, Sol, Marte, Júpiter,
Saturno, Urano e Netuno.
Em qualquer caso, a encarnação da Alma humana ou
terceiro aspecto da Trimurti Hindustani conhecida
como Atman-Buddhi-Manas em nós e sua mistura com
o Embrião Dourado, é um evento cósmico extraordinário
que nos transforma radicalmente.
A encarnação do Manas Superior em nós não implica
a entrada dos princípios Átmicos e Búdicos em nosso
organismo. Este último pertence a trabalhos futuros
sobre os quais falaremos em profundidade em nosso
futuro livro intitulado: “AS TRÊS MONTANHAS”.
194
Após esta breve digressão, essencial para a agenda em

questão, continuaremos com a seguinte história:
Há muito tempo, algo incomum e incomum aconteceu

comigo no caminho da vida. Uma noite, enquanto estava
ocupado com meu interessante trabalho esotérico fora do
corpo físico, tive que me aproximar da gigantesca cidade
de Londres com o EIDOLON.
Lembro-me com total clareza cristalina que ao passar por
determinado local daquela cidade pude perceber com
espanto místico a resplandecente aura amarela de um
certo jovem inteligente que estava parado numa esquina.
Entrei num café muito elegante daquela metrópole e
sentado a uma mesa discuti o referido caso com uma
pessoa de certa idade que saboreava lentamente o
delicioso conteúdo daquela bebida arabesca numa xícara.
De repente acontece algo inusitado, um personagem se

aproxima de nós e senta ao nosso lado; Ao observá-lo
atentamente, pude constatar com grande espanto que se
tratava do mesmo jovem de aura amarela resplandecente
que tanto me surpreendera momentos antes.
Depois das habituais apresentações, fiquei sabendo que
esse sujeito não era outro senão aquele que escreveu
Fausto em vida; Quero me referir a Goethe.
No mundo astral acontecem maravilhas, acontecimentos
extraordinários, prodigiosos; Não é incomum encontrar
alguém ali com homens já desencarnados; com
personagens como Victor Hugo, Platão, Sócrates, Danton, Molliere,
etc. etc. etc.
195
Então, vestido de EIDOLON, quis conversar com Goethe fora de

Londres e às margens do imenso mar; Eu o convidei e é óbvio
que ele não recusou de forma alguma tal convite.
Conversando nas margens daquela ilha britânica onde fica a

capital inglesa, pudemos ver algumas ondas mentais de cor
vermelho sangrento flutuando no oceano tempestuoso vindo em
nossa direção.
nós.
Tive que explicar àquele jovem de aura radiante que essas

formas mentais provinham de uma certa senhora que, na
América Latina, me desejava sexualmente. Isto não deixou de
nos causar alguma tristeza...
As estrelas brilhavam no espaço infinito e as ondas furiosas

rugindo assustadoramente batiam incessantemente na praia
arenosa.
Conversando nas falésias do Ponto, ele e eu, trocando ideias,

resolvi fazer-lhe à queima-roupa, como dizemos aqui no mundo
físico, as seguintes perguntas: Agora você tem um corpo físico
de novo? A resposta foi afirmativa. Seu veículo atual é masculino
ou feminino? Então ele respondeu: “Meu corpo atual é feminino”.
Em que país você reencarnou?
"Na Holanda". Você ama alguém? Sim, ela disse: “Eu amo
um príncipe holandês e pretendo me casar com ele” em
uma determinada data (o leitor me desculpará por não
mencionar esta última).
Achei que seu amor seria estritamente universal; amo as pedras,
eu disse a ele, as montanhas, os rios, os mares, o pássaro que
voa e os peixes que deslizam nas águas profundas. “Não é o
amor humano uma centelha de
196
amor divino?". Esse tipo de resposta em forma de

pergunta proferida por aquele que em sua
reencarnação passada se chamava Goethe,
certamente me deixou atordoado, perplexo, atônito.
Sem dúvida o famoso poeta me dissera algo
irrefutável, incontestável, exato.
197
CAPÍTULO XXXII O
REENCARNAÇÃO
O “Bhágavad-guitá”, o livro sagrado do Senhor

KRISHNA, diz literalmente o seguinte:
“O Ser não nasce, nem morre, nem reencarna: não tem
origem, é eterno, imutável, o primeiro de tudo, e não morre
quando seu corpo é morto.”
Deixemos nossos leitores gnósticos refletirem agora sobre
o seguinte versículo antitético e contraditório:
“Assim como alguém deixa suas roupas usadas e veste
outras novas, o Ser corpóreo deixa seu corpo desgastado
e entra em novos.”
Dois versos opostos do grande Avatara KRISHNA: Se não

soubéssemos a chave é óbvio que ficaríamos confusos:
“Ao sair do corpo, tomando o caminho do fogo, da luz, do

dia, da quinzena luminosa da Lua e do solstício norte,
quem conhece BRAHMAN vai para BRAHMAN.”
“O Iogue que, ao morrer, segue pelo caminho da fumaça,

da quinzena escura da Lua e do solstício meridional,
chega à esfera lunar. (O Mundo Astral) e então renasce.
(Retorna, junta-se novamente).”
“Esses dois caminhos, a luz e a escuridão, são
considerados permanentes. Através do primeiro alguém é
emancipado e através do segundo renasce (retorna).
198
Declaremos sem hesitação que o Ser, o Senhor ENCARNADO

em alguma criatura perfeita, pode retornar, REENCARNAR...
“Quando o Senhor, (O SER), toma um corpo, ou o abandona,

ELE se associa aos seis sentidos ou os abandona, e vai
embora como a brisa que carrega consigo o perfume das
flores.”
“Ao direcionar os ouvidos, os olhos, os órgãos do tato, paladar

e olfato, e também a mente, ELE experimenta os objetos dos
sentidos.”
“O ignorante, alucinado, não vê quando ELE toma um corpo,
o abandona, ou faz experiências associando-se aos Gunas;
Mas aqueles que têm os olhos da sabedoria vêem isso.”
Como documento extraordinário para a doutrina da

REENCARNAÇÃO, vale a pena meditar no seguinte versículo
do Senhor KRISHNA:
“Ó Bharata, sempre que a religião declina e a irreligião
prevalece. Eu encarno novamente (isto é, REENCARNO) para
proteger o bem, destruir o mal e estabelecer a religião. Eu
encarno (ou REENCARNO) em tempos diferentes.”
De todos estes versículos do Senhor KRISHNA duas

conclusões são deduzidas logicamente com total clareza.
A) Quem conhece BRAHMA vai para BRAHMA e pode, se

quiser, retornar, ingressar, REENCARNAR, para trabalhar na
GRANDE OBRA do Pai.
199
B) Aqueles que não dissolveram o EGO, o EU, o MIM, partem

após a morte pelo caminho da fumaça, da quinzena escura
da Lua e do solstício do sul, chegam à esfera Lunar e então
renascem, RETORNAM, eles re -entre neste doloroso vale do
Samsara.
A Doutrina do Grande Avatara KRISHNA ensina que somente

Deuses, Semideuses, Reis Divinos, Titãs e Devas
REENCARNAM.
A Lei do eterno retorno de todas as coisas está sempre

combinada com a Lei da RECORRÊNCIA.
Os EGOS voltam incessantemente para repetir Dramas, cenas,
acontecimentos, aqui e agora. O passado é projetado no
futuro através do beco do presente.
A palavra REENCARNAÇÃO é muito exigente; Não deve ser
utilizado de forma alguma: Ninguém poderia REENCARNICAR
sem primeiro ter eliminado o EGO, sem ter verdadeiramente
uma Individualidade Sagrada.
ENCARNAÇÃO é uma palavra muito venerável; Significa, de
fato, a reincorporação do Divino no homem.
A REENCARNAÇÃO é a repetição de tal evento cósmico;

uma nova manifestação do Divino...
De forma alguma exageramos conceitos enfatizando a ideia

transcendental de que a REENCARNAÇÃO só é possível
para “EMBRIÕES DOURADOS” que já alcançaram qualquer
CICLO DE em
MANIFESTAÇÃO a gloriosa união com o SUPER-
ALMA.
200
Seria absurdo confundir REENCARNAÇÃO com RETORNO.

Seria um erro da pior espécie afirmar que o EGO – uma
legião de Egos sombrios, sinistros e de esquerda – pode
REENCARNAR.
O RETORNO é algo muito diferente: O RETORNO dos
KALPAS, YUGAS, MAHAM-VANTARAS, MAHAPRALAYAS,
etc. etc. etc.
201
CAPÍTULO XXXIII RETORNO
Falando claramente e sem ambiguidades, podemos e devemos

afirmar com certa ênfase muito marcada que três formas
humanas vão ao túmulo:
A) O cadáver físico.
B) O Corpo Vital ou Lingam Sarira.
C) Personalidade.
É inquestionável – e todos sabem disso – que a forma densa,
num processo gradual, se desintegra dentro da tumba…
É óbvio que o segundo aspecto, vital ou Lingam Sarira,

flutuando diante da tumba como um fantasma fosforescente
às vezes visível para pessoas muito psíquicas, desintegra-se
lentamente junto com o corpo físico.
A terceira forma é interessante para os clarividentes: quero

referir-me à Personalidade energética...
Certamente seria um erro enfatizar a ideia de qualquer
possível REENCARNAÇÃO para a Personalidade: Esta é filha
de seu tempo; Ele nasce no seu tempo, morre no seu tempo...
Não há amanhã para a personalidade dos mortos...
Em nome da Verdade devemos dizer que a Personalidade se

forma durante os primeiros sete anos da infância e que se
fortalece com o tempo e as experiências...
202
Após a morte do corpo carnal a personalidade vai para a

sepultura; No entanto, ele geralmente escapa para passear
pelo panteão.
A nossa compaixão também deve estender-se amplamente a
estas personalidades descartadas que fizeram da sepultura a
sua casa...
Os povos antigos não ignoravam isso e por isso colocavam
coisas e alimentos relacionados a estes no túmulo de seus
adoráveis seres. Muitos arqueólogos puderam comprovar isso
descobrindo guacas, antigos túmulos, cenotáfios, nichos,
habitações, sarcófagos...
As flores e as visitas dos enlutados trazem grande alegria às

personalidades descartadas.
O processo de desintegração de tais personalidades é muitas
vezes assustadoramente lento.
Nos momentos em que escrevo estas linhas, vêm à mente
meus camaradas que caíram nos campos de batalha durante
a Revolução Mexicana: É inegável que suas personalidades
sepulcrais saíram de seus túmulos para me receber quando
os visitei em um antigo panteão; É óbvio que me reconheceram
e que me interrogaram, indagando, indagando sobre a minha
existência e modo de vida no presente.
DEVI-KUNDALINI, a Rainha consagrada de SHIVA, nossa

Divina Mãe Cósmica particular e individual, assume em cada
criatura cinco aspectos místicos transcendentes, que precisam
ser enumerados com urgência.
A) A PRAKRITI imanifesta.
203
B) A casta DIANA, ISIS, TONANZÍN, MARÍA ou melhor

diríamos RAM-IO.
C) A terrível HÉKATE, PROSERPINE, COATLICUE, rainha
do inferno e da morte; terror do amor e da lei.
D) A Mãe Natureza particular e individual, criadora e arquiteta
do nosso organismo físico.
E) O Mago Elemental a quem devemos todo impulso vital,
todo instinto.
A abençoada Deusa Mãe Morte tem o poder de nos punir

quando violamos a lei e o poder de tirar nossas vidas.
Não há dúvida de que ela é apenas uma faceta magnífica da

nossa dupla mística, uma forma esplêndida do nosso próprio
Ser. Sem o seu consentimento, nenhum anjo da morte ousaria
romper o fio da vida, o cordão prateado, o antahkarana.
Aquilo que continua além do túmulo é o EGO, o EU, o Mim

mesmo, uma certa soma de Eus Diabólicos que personificam
nossos defeitos psicológicos.
Normalmente estes “agregados Psíquicos” são processados
nos mundos Astral e Mental. Raras são as ESSÊNCIAS que
conseguem emancipar-se por algum tempo de tais elementos
subjetivos para gozar férias no mundo Causal antes de
retornar a este vale de lágrimas.
Durante estes tempos sombrios do KALY-YUGA, a vida

celestial entre a morte e o novo nascimento torna-se cada vez
mais impossível... a causa de tal anomalia consiste no
fortalecimento do Ego animal; o
204
A ESSÊNCIA de cada pessoa está muito aprisionada pelo EU

PLURALIZADO...
Os Egos normalmente submergem no Reino Mineral dos

Mundos Infernais ou retornam imediata ou mediatamente em
um novo organismo.
O EGO continua na semente dos nossos descendentes;
Voltamos incessantemente para repetir sempre os mesmos
dramas, as mesmas tragédias.
Devemos enfatizar que nem todos os agregados psíquicos
alcançam tal recuperação humana; Na verdade, muitos eus-
demônios se perdem porque ou submergem no reino mineral,
ou continuam a se reintegrar nos organismos animais ou se
apegam resolutamente, aderem a certos lugares.
205
CAPÍTULO XXXIV FERTILIZAÇÃO
É inquestionável que os ovários emitem um óvulo a cada vinte

e oito dias, que é coletado em uma das trompas de falópio e
sabiamente levado ao útero dos prodígios, onde deve encontrar
o germe masculino (zoosperma) para que uma nova vida
exista. ... começar.
O SAHAJA MAITHUNA, SEX YOGA, com todos os seus

ASANAS TÂNTRICOS e o seu famoso “COITUS
RESERVATUS”, embora limite o número de fecundações, não
é de forma alguma um obstáculo para algumas concepções.
Qualquer zoosperma maduro pode escapar durante o SAHAJA

MAITHUNA para realizar a fertilização.
É interessante que dos seis ou sete milhões de zoospermas

que qualquer leigo comum perde na relação sexual, apenas
um espermatozóide sortudo consegue penetrar no óvulo.
É óbvio que o zoosperma fertilizante capaz de entrar no óvulo

tem maior força.
Vale ressaltar a ideia de que a Dinâmica do zoosperma
fecundante se deve à ESSÊNCIA que volta para se reunir.
É portanto manifestamente absurdo derramar o copo de

Hermes, perder vários milhões de zoospermas, quando na
realidade apenas é necessário um único espermatozóide
fertilizante...
206
Nós, gnósticos, criamos com o poder de KRIYA-SHAKTI

– o poder da vontade e do Yoga – nunca em nossas vidas
derramamos o “Recipiente de Mercúrio Sófico”.
Não há força na vida mais impulsionadora em sua

expressão do que o esforço que os germes masculino e
feminino fazem para se encontrarem.
O útero é o órgão sexual feminino no qual o feto se
desenvolve, o vestíbulo deste mundo onde a criatura se
prepara para o seu advento.
Disseram-nos muito corretamente que é possível escolher
e determinar voluntariamente o sexo da criatura; Isto é
possível quando a lei do Karma permite.
Na imaginação de cada homem existe sempre o protótipo
vivo de uma beleza feminina ideal...
No imaginário de toda mulher existe sempre um príncipe
encantado; isso já foi comprovado...
Se no momento da relação sexual predomina o desejo
masculino, o fruto do amor será feminino...
Se no exato momento da cópula o desejo feminino se
sobressair, a criatura será masculina...
Com base neste princípio podemos formulá-lo assim: Se
Adão e Eva concordam em criar, é óbvio que podem
determinar voluntariamente o sexo da criatura.
Se, no momento transcendental da cópula química, marido

e mulher, em mútuo acordo psicológico, realmente
desejassem um filho homem, o resultado manifesto seria
um menino.
207
Se, no maravilhoso momento da relação metafísica, ELE e Ela

desejassem ardentemente uma filha, o resultado seria uma
menina...
Está escrito com brasas nas páginas do livro da vida, que toda
concepção se realiza sob as influências cósmicas da Lua em
Câncer.
Morte e Concepção estão intimamente relacionadas. Os

extremos se tocam. O caminho da vida é formado pelas
pegadas do cavalo da morte.
Os últimos momentos do moribundo estão associados às

delícias eróticas de casais que se amam...
No último segundo de vida, no preciso momento em que
exalamos o nosso último suspiro, transmitimos ao futuro
organismo que nos espera para além do tempo e da distância,
um certo desenho cósmico particular que vem a cristalizar-se
no óvulo fecundado...
É através do cordão de prata – o famoso ANTKARANA – que

estamos conectados ao zoosperma fecundante...
Vale ressaltar que a ESSÊNCIA só chega a penetrar no corpo

físico no momento em que fazemos a primeira inspiração...
208
CAPÍTULO XXXV BELEZA

Waldemar disse:
“O chamado “susto da gravidez” das mulheres é demasiado
conhecido para que nos debrucemos muito sobre o assunto.
Registra as agitações especiais do espírito que atuam sobre
o tenro fruto encontrado no ventre da mãe. Mas, de uma
forma singular, nunca foi suficientemente levada em conta a
imensa importância de uma influência psíquica sobre o feto.
“Uma simples sugestão de objetos pode levar a uma

transformação física dos mesmos; Assim, uma mulher deu à
luz há algum tempo, num hospital de Berlim, um monstro que
tinha orelhas e focinho de cachorro e pêlo de fera. Entre meus
conhecidos, ocorreu o caso de que, visitando frequentemente
o Zoológico durante a gravidez, a esposa de um industrial de
Chemnitz, como gostava muito de filhotes de leoa, deu à luz
um par de gêmeos com cabeças e garras castanhas; “ambas
as criaturas eram desprovidas de inteligência humana e
morreram aos onze e doze anos, respectivamente.”
“De mulheres grávidas que tiveram um susto de rato, ouvia-se

muitas vezes que o recém-nascido apresentava uma mancha
ou verruga semelhante à pele do rato, exactamente no local
onde a mãe lhe tinha pegado a mão no momento do susto.”
“Nos tempos antigos”, continua Waldemar, “a consequência

correspondente foi tirada do medo das mulheres; Poderia
implicar resultados negativos, mas também positivos. É assim
que Oppian nos conta que as mulheres de Esparta deram à
luz bebês
209
extraordinariamente belos e bem construídos porque

tinham estátuas de Apolo, Jacinto, Narciso e Dióscuros
expostas em seus quartos, e também gostavam da
música de harpas e flautas durante a gravidez.
“Também foi imposto aos maridos espartanos que

durante a gravidez de suas esposas eles nunca deveriam
mostrar um semblante carrancudo ou mal-humorado,
mas sempre estar satisfeitos. Heliodoro conta que de um
casal de cônjuges assustadoramente feios nasceu um
filho extraordinariamente belo, porque a mãe sempre
tinha diante de si, em seu quarto, uma maravilhosa
estátua de Adônis em tamanho natural. Também o tirano
de Chipre, mal formado e feio, era, no entanto, pai de
meninos surpreendentemente fofos, por ter decorado o
quarto com radiantes figuras de divindades.
“Ao longo da História tem ocorrido repetidamente que

mulheres levantaram suspeitas de infidelidade devido ao
seu “susto de gravidez”.”
“A esposa morena do moreno Hydaspo, chamada

Persina, deu à luz, após dez anos de casamento estéril,
uma filha completamente branca. Desesperada porque
o marido não acreditava na sua inocência e a acusou de
lidar com um estranho, ela abandonou a criança. Ele a
chamou de Charikleia, e aconteceu que ele a encontrou
novamente depois de muitos anos.
Abençoado ele então declarou para sua filha. “Desde
que você nasceu branco, cuja cor contradiz a natureza
dos etíopes, eu mesma reconheci a causa: nos braços
do meu marido eu tinha visto a imagem de Andrômeda
210
nua, quando Perseu a sequestrou das rochas, e é por isso que

você ficou com essa cor." Em seguida, Persina confessou ao
marido que tinha uma filha; ela colocou a imagem de
Andrômeda ao lado de Charikleia e, de fato, a semelhança era
desconcertante ... Hydaspo deixou-se convencer pela
admiração, e o povo, fora de si de alegria, encheu os três de
prazer.
“Além disso, um crítico de espírito tão penetrante como Lessing
afirma muito EXPRESSAMENTE que as artes plásticas em
particular, para além da influência infalível que exercem sobre
o carácter da nação, são capazes de uma acção que exige um
controlo mais estreito por parte do Estado: “Se belos seres
criam belas estátuas, estes agem novamente sobre elas, e o
Estado deve agradecer às belas estátuas, aos belos cidadãos.”
Entre nós, a imaginação delicada da mãe só parece se

expressar em monstros.
É preciso voltar ao ponto de partida original e cultivar com
desejo singular a beleza do espírito...
O quarto nupcial deve tornar-se o templo da arte; Ela é em si
mesma o centro magnético do amor...
As mulheres da santa predestinação nunca devem perder a
capacidade de admiração...
Contemplem, ó Filhas de Vênus! as esculturas divinas do seu
quarto para que o fruto do seu amor seja verdadeiramente
lindo...
Criem belezas eu lhes digo em nome do amor e da verdade...

sejam felizes amados, sejam felizes com suas criações...
211
A câmara nupcial é o santuário de Vênus, nunca a

profane com pensamentos indignos...
212
CAPÍTULO XXXVI INTELIGÊNCIA
A procriação mágica, esotérica, sem ejaculação

seminal, a impregnação ideoplástica do feto, deveria
ser animada pelo desejo inteligente de proporcionar
à prole as melhores propriedades características e a
possibilidade de uma vida longa, cheia de luz e de vida...
O momento oportuno para gerar filhos saudáveis e
inteligentes encontra-se na curva ascendente da vida,
na qual a essência maravilhosa da criança transportada
pelo grande sopro do sol na alegre ressurreição sutil
da grande natureza, será reincorporada no geral.
florescimento da vida universal.
Está escrito com palavras de fogo que o poder de
ação e a energia psíquica e física são alcançados na
procriação mágica de forma muito especial no primeiro
quartel de maio e na hora do nascer do sol.
Os chamados “filhos da noite de núpcias”, ou aqueles
infelizes que foram gerados após copiosos banquetes
e bebedeiras, são portadores de valores mentais
muito inferiores...
Neurastenóides. aqueles que sofrem de complexos
de todos os tipos, covardes, misantropos,
esquizofrênicos, masoquistas, assassinos de todos
os tipos, bêbados inveterados, homossexuais,
lésbicas, estúpidos, estúpidos, imbecis e idiotas, que
também acrescentam ao seu defeito repugnante um
corpo fraco e deformado, provêm de coabitações
aleatórias e abomináveis ou da concorrência de doenças vené
213
A procriação descontrolada de “criaturas – do momento – da

embriaguez-inconsciência”, muitas vezes sob a influência
depravada do álcool, age como uma maldição para as
gerações posteriores...
Somente quando ADAM-EVA vive em um estado
essencialmente dignificante e edificante de
e AUTO-
EXPLATAÇÃO, é que essa troca de forças da alma ocorre
através de cada célula, o que realmente consegue gerar um
filho do sol, uma bela criatura física e emocionalmente feliz...
“É propriamente inconcebível que o homem que, como

fazendeiro ou jardineiro, se preocupe com o maior cuidado em
produzir os melhores exemplares de feras e os mais belos,
perfumados e variados frutos e plantas, através da seleção e
cruzamento dos mais seletos produtos e sementes, exclui
geralmente na própria geração de suas espécies esses
cuidados, diligência e atenção.”
A qualidade do sêmen está intimamente associada ao poder

imaginativo; Se for cometido o crime de derramar este
maravilhoso elixir, a faculdade criativa, a translúcida, a
imaginação ficam empobrecidas; então não será mais possível
manter na mente com igual frescor qualquer bela imagem que
possamos usar para dar vida e forma a uma criatura
resplandecente.
Platão, que em seu “Sintoma” chama a doutrina da beleza de
“os mistérios de Eros”, define o amor como o desejo divino
sugerido ao homem com um grande poder universal, que
consegue excitar o coração para criar filhos saudáveis e belos.
214
Sabe-se que mensalmente durante a fase de lua

cheia um óvulo é liberado do ovário da mulher que
causa hemorragia; isso é chamado de menstruação.
Sabe-se que mensalmente um óvulo é liberado do
ovário da mulher.
O óvulo não fertilizado por nenhum zoosperma sai do
útero depois de alguns dias e um novo ritmo vital
começa.
Disseram-nos que no local onde o óvulo foi liberado
se forma o chamado “corpo amarelo”, que é
infinitesimal...
Este é o fruto maravilhoso que possui a preciosa
substância do poder nervoso, da qual todo o seu
corpo obtém uma consequência energizante e
estruturante.
A corrente sanguínea, bem como todas as células
vitais, são então, por assim dizer, eletricamente
carregadas novamente...
Quanto mais casta a mulher é, mais ela transmuta e
sublima a energia sexual, mais se produz nela uma
reanimação física e emocional...
Não há dúvida de que quanto mais espasmos e
orgasmos você tiver, haverá uma diminuição na
secreção interna estruturante. Os valiosos núcleos
orgânicos das glândulas genitais não serão então
capazes de se transformar naquelas substâncias
etéreas de tecido sutil que dão tensão e renovação
às células do corpo físico, e ocorrerão velhice
prematura e doenças.
215
“Além disso, a frequência respiratória mais longa ou mais

curta da mãe determina no parto a qualidade da primeira
respiração da criança; Com este ritmo de respiração ele fará
o mundo fluir para ele e devolvê-lo-á, gosto e desprazer, valor
e futilidade.”
“A paixão cega no ato carnal gera redemoinhos
eletromagnéticos desordenados, que como as oscilações
vitais herdadas causam uma dissonância que é tanto maior
nas células da criatura, quanto a parte positiva da influência
paterna não consegue romper”…
É óbvio que tendo castidade científica, beleza e amor, o óvulo
fertilizado será impregnado por alguma essência altamente
desenvolvida e o resultado será então um filho ou filha com
ricos valores emocionais.
216
CAPÍTULO XXXVII DA LEI DE

CARMA
No caso de experimentos metafísicos transcendentes, não é

descabido afirmar solenemente que fiquei plenamente satisfeito
com o uso inteligente do EIDOLON...
Sem me gabar de forma alguma de certas descobertas

esotéricas, vou simplesmente relatar humildemente um
acontecimento íntimo notável.
Aconteceu que uma noite, estando ausentes da forma densa,

Mestre LITELANTES e eu decidimos entrar em contato com o
templo do Zodíaco.
É notório e evidente – e qualquer um pode compreender – que

encontrar tal Santuário aqui no mundo tridimensional de
Euclides seria mais do que impossível...
Não é portanto algo estranho, inusitado e inusitado, o facto de

para este tipo de investigação experimental termos utilizado o
“EIDOLÓN”.
De forma alguma quero me gabar de ser sábio, apenas me

proponho agora esclarecer que tal contato foi maravilhoso...
O SANCTA SANTORUM Zodiacal, virginal, brilha gloriosamente

entre os ritmos ardentes do MAHAVAN e do CHOTAVAN que
sustentam o universo firme em sua marcha.
217
Templo cósmico, Basílica de luz zodiacal com doze santuários,

casa sideral do Divino...
Sublime Igreja circular de encantos irresistíveis: em frente a

“SANCTAS” que se complementam localizadas frente a frente...
Projetando-nos para o futuro, para além da nossa reencarnação

atual, LITELANTES penetrou resolutamente na “SANCTA” da
brilhante constelação de LIBRA...
Na soleira daquele santuário havia uma efígie semelhante a um

anjo; Com uma mão ele segurava a balança da justiça cósmica e
com a outra segurava a espada.
LITELANTES, avançando alguns passos no recinto sagrado,

finalmente parou, colocando-se sobre uma pedra venerada...!
—Você vai continuar com LIBRA?
-Sim!
—Mas reparem que a pedra dessa constelação é muito fria...!
-"Não importa!" —foi assim que o Iniciado respondeu—...
Como esta Senhora-Adepta se prepara atualmente para cumprir

uma missão muito especial com um corpo masculino, é óbvio que
a constelação de Libra lhe será muito favorável, principalmente
quando o seu trabalho tiver que ser no campo das leis...
De minha parte, cheio de profundo recolhimento e tremenda

veneração, entrei resolutamente na sublime “SANCTA” da
constelação de Leão.
218
A soleira daquele santuário brilhava, adornada com um par de

leões brilhantes de ouro puro.
Em êxtase, tive que me deitar silenciosamente em posição
supina num sofá delicioso cujos braços dourados brilhavam...
Minha intenção era esperar naquele santuário pelos sublimes

arcontes do destino...
É óbvio que eles manipulam o ANTKARANA (O Fio da Vida)

conectando-o ao zoosperma fecundante...
Quando todo ser vivo morre, ele leva o átomo-semente de seu

corpo físico para além da morte...
Os Senhores do KARMA depositam tal átomo no zoosperma
fertilizador para que possamos nos reunir...
A extremidade do FIO MAGNÉTICO está ligada a tal átomo...

Qualquer criatura durante o sono normal deixa o corpo para
viajar muitas vezes a distâncias remotas; O Fio da vida
estende-se até ao infinito e permite-nos sempre regressar ao
corpo físico...
Quando morremos, os anjos da morte cortam esse fio prateado
e então fica óbvio que não podemos mais retornar ao corpo
físico...
Eu, de antemão, não desconhecia nada disso e esperei
pacientemente pelos Senhores da Lei, ansiava por reencarnar
sob a constelação de Leão...
Mas, refletindo um pouco, disse para mim mesmo: O que
estou fazendo aqui? Devo aguardar ordens de meu Pai; Além
disso, disseram-me que durante este
219
MAHAMVANTARA Não terei mais corpo físico.
Refletindo assim, levantei-me e deixei aquele lugar sagrado.

É óbvio que os Mestres podem escolher à vontade o signo do
Zodíaco sob o qual irão
reencarnar...
No templo zodiacal dentro do “SANCTA” escolhido, os Iniciados

aguardam os Senhores do Karma com a finalidade de se
relacionarem psiquicamente com o Zoosperma fecundante
que, navegando pelas águas da vida, deverá conduzi-los ao
mundo físico sob a regência do escolhido. constelação.
Para os BUDHATAS (ESSÊNCIAS) inconscientes do vale

doloroso do SAMSARA, tudo é diferente, desencarnam sem
saber e reincorporam-se automaticamente sob qualquer signo...
Nesta questão do retorno não há injustiça; Os Mestres do

Karma escolhem o signo do Zodíaco de quem dorme...
Ao inspirarmos pela primeira vez ficamos intimamente

impregnados pela estrela que regerá a nossa nova existência...
No maravilhoso livro do Zodíaco está escrito o destino de cada

criatura que retorna ao mundo...
O KARMA não se paga apenas pelo mal que se faz, mas pelo
bem que não se faz quando poderia ser feito...
Cada má ação é uma conta que assinamos para pagar na vida
subsequente...
220
A lei da ação e consequência rege o curso de nossas diversas

existências e cada vida é o resultado da anterior...
Compreender plenamente as bases e o “Modus Operandi” da

lei do KARMA é essencial para guiar o navio da nossa vida de
forma positiva e edificante...
Um grande Mestre da boa lei, vestido com uma veste de linho
branco, aproximando-se muito silenciosamente, deu-me o
seguinte ensinamento:
“Quando uma lei inferior é transcendida por uma lei superior,
a lei superior elimina a lei inferior.”
Durante os processos iniciáticos esotéricos do fogo, tive que
compreender plenamente os seguintes postulados:
“O Leão da lei é combatido na balança.”

“Quem tem capital para pagar, paga e vai bem nos negócios”;
“Quem não tem como pagar, deve pagar com dor”...
Faça boas obras para poder pagar suas dívidas.

É possível obter créditos com os Mestres KARMA e isso é algo
que muitos ignoram.
Porém, é urgente saber que todo crédito deve ser pago com
boas obras ou com dor suprema...
Eu devia KARMA de vidas anteriores e fui perdoado.
Já me havia sido anunciado um encontro especial com minha
Divina Mãe KUNDALINI: eu sabia muito bem que ao atingir
certo grau esotérico seria levado à sua presença.
221
E certamente chegou o tão almejado dia, e fui levado diante

dela: um Adepto da irmandade oculta me tirou do corpo físico no
EIDOLON e me levou ao santuário...
Vi na parede do “SANCTA” um misterioso obelisco no qual
brilhava uma Madona terrivelmente divina; ela era minha mãe...
Ajoelhado, ajoelhado, prostrado, em tremenda adoração, chorei,

chorei, implorei...
Aquela Madonna se desprendeu do obelisco e veio até mim

como uma maravilhosa síntese de Sabedoria, amor e poder...
Impossível explicar em palavras humanas o que senti naqueles

momentos de êxtase, nela estava representada o melhor de
todas aquelas lindas mães que tive em minhas diversas
reencarnações...
Porém... é óbvio que ela foi mais longe devido às suas infinitas
perfeições...
Num par de poltronas confortáveis sentámo-nos frente a frente,

muito próximos, filho e mãe... Tive que pedir uma coisa e falei
com uma voz que me surpreendeu...
“Peço-lhe que me perdoe por todos os meus crimes cometidos

em vidas anteriores, porque você sabe que hoje eu seria incapaz
de cair nos mesmos erros.”
“Eu sei, meu filho”, respondeu minha Divina Mãe com uma voz
do paraíso, cheia de infinita ternura.”
“Nem por um milhão de dólares eu repetiria esses erros”,

continuei.
“O que é isso de dólares, meu filho? Porque disse isso?

Porque você fala assim?"...
222
“Com licença, minha mãe, o que acontece é que ali, naquele

mundo físico vão e ilusório onde moro, as pessoas falam
assim”…
“Eu entendo, meu filho”, respondeu minha Mãe, “e com essas

palavras da adorável me senti consolada.”…
“Agora sim, minha mãe; Peço-te que me abençoes e me
perdoes”: exclamei cheio de suprema bem-aventurança”...
Terrível foi aquele momento em que minha Mãe, de joelhos,
ajoelhada, com infinita humildade, me abençoou, dizendo:
“MEU FILHO, VOCÊ ESTÁ PERDOADO”...
“Permita-me beijar seus pés, minha Mãe” -

exclamei. Então, oh Deus! Ao depositar o beijo místico em
suas plantas Divinas, descobri um certo símbolo equivalente
ao do lavatório sagrado do último
jantar.
É óbvio que compreendi intuitivamente o significado profundo

de tal símbolo...
Ele já havia dissolvido o EU PLURALIZADO nas regiões
minerais do nosso planeta Terra, mas teve que continuar
morrendo nos infernos de Luna. Mercúrio, Vênus, Sol, Marte,
Júpiter, Saturno, Urano e Netuno...
Mais tarde, após ter investigado um erro muito lamentável da
minha reencarnação passada, quase fui atropelado por um
carro do Distrito Federal. Capital do México, é inquestionável
que se Karma não tivesse sido previamente perdoado, ele
teria ido parar no cemitério ou no hospital...
Quando tive em mãos o livro do meu destino – pois cada um

tem o seu – encontrei suas páginas em branco; as contas
pendentes foram
223
apagado por minha Divina Mãe KUNDALINI: somente em

determinada página encontrei o nome de uma montanha onde
mais tarde viveria...
Isso é algum KARMA? —Perguntei aos Senhores da Lei—:

“Não é KARMA” —me responderam—. “Você irá morar lá pelo
bem da Grande Causa.” Contudo, este último não é obrigatório;
Me é concedida liberdade de escolha...
Não devo mais KARMA humano comum, mas é claro que devo
pagar impostos aos Senhores da Lei.
Tudo tem um preço e o direito de ter um corpo físico e viver
neste mundo deve ser pago; Nós, seguidores da irmandade
oculta, pagamos com boas obras...
Negociar com os Senhores da Lei é possível através da

meditação: Ore, medite e concentre-se em ANÚBIS, o mais
exaltado regente da boa Lei...
Para os indignos, todas as portas estão fechadas, exceto uma:
a do arrependimento... Peça e lhe será dado, bata e lhe será
aberto.
224
CAPÍTULO XXXVIII DA LEI DE

RECORRÊNCIA
Com uma série de histórias inusitadas quero agora explicar o

que é a Lei da Recorrência.
Certamente a referida lei nunca foi algo novo, estranho ou
extravagante para mim: em nome DAQUELE que é o Divino
devo afirmar enfaticamente que só conheci aquela regra
pragmática através de minhas experiências inusitadas.
Atestar tudo o que realmente vivemos de forma direta é, sem

dúvida, um dever para com os nossos semelhantes.
Nunca quis escapar, libertar-me intelectualmente, daquela

múltipla variedade de memórias, relacionadas com as minhas
três existências anteriores e o que corresponde à minha vida
atual.
Pelo bem da grande causa pela qual lutamos intensamente,

prefiro pecar, assumir responsabilidades, pagar e confessar
francamente os meus erros diante do solene veredicto da
consciência pública.
É confiável e inequivocamente apropriado declarar agora que
estive na Espanha o Marquês Juan Conrado, terceiro grande
Senhor da Província de Granada.
É evidente que esta foi a época de ouro do famoso Império de
Espanha: o cruel conquistador Hernán Cortés, traiçoeiro como
nenhum outro, perfurou o coração do México com a sua
espada enquanto o implacável Pizarro, no Peru, fez fugir as
cem mil virgens. .
225
Como muitos nobres e plebeus, aventureiros e

pervertidos, em busca de fortuna, embarcavam
constantemente para a Nova Espanha, é claro que eu
não poderia de forma alguma ser uma exceção.
Numa caravela simples, frágil e leve, naveguei durante

vários meses pelo oceano tempestuoso com o propósito
de chegar a estas terras da América.
Vale a pena afirmar com veemência que nunca tive a
intenção de saquear os templos sagrados dos augustos
Mistérios, nem de conquistar cidades, ou destruir
cidadelas.
Certamente caminhei por estas terras da América em

busca de fortuna, infelizmente fiz algumas
erros...
Estudá-los é necessário para conhecer os paralelos e

verificar conscientemente a sábia Lei da Recorrência.
Aqueles foram os meus tempos de BODHISATTVA caído e eu
certamente não era uma ovelha mansa...
Séculos se passaram e desde que minha consciência

está desperta, é óbvio que nunca consegui esquecer
tantas bobagens...
O primeiro paralelo que devemos estudar corresponde

exatamente ao meu corpo físico atual.
Tendo chegado num frágil navio vindo da Pátria, fixei-me
muito perto das falésias destas costas atlânticas...
226
Durante a época da conquista espanhola, infelizmente existia

um negócio internacional relacionado com a infame venda de
negros africanos.
Então, para o bem ou para o mal, conheci uma família nobre
de cor originária da Argélia...
Ainda me lembro de uma donzela tão negra e tão bela quanto
um sonho milagroso das Mil e Uma Noites...
Se compartilhei com ela o canteiro de prazeres do Jardim das

Delícias, ela foi realmente movida pelo incentivo da curiosidade;
Queria saber o resultado desse cruzamento racial...
Que daí tenha nascido um filho mulato não é estranho; Depois

veio o neto, o bisneto e o tataraneto...
Naqueles tempos de BODHISATTVA caído, esqueci das
famosas marcas astrais que se originam nas relações sexuais
e que todo desencarnado carrega em seu KARMASAYA...
É claro e manifesto que tais marcas conectam a pessoa com

aquelas pessoas e sangue associados às relações químicas;
É apropriado dizer agora que os Iogues do Hindustão já
fizeram estudos detalhados sobre isto.
Vale afirmar que meu corpo físico atual provém da citada

cópula metafísica; Em outras palavras, direi que foi assim que
fui revestido da carne que carrego em minha existência atual.
Os meus antepassados paternos foram exactamente os
descendentes daquele acto sexual do Marquês.
227
É incrível que nossos descendentes através do tempo e da

distância se tornem ascendentes. É maravilhoso que depois
de alguns séculos venhamos a revestir-nos da nossa própria
carne, a tornarmo-nos filhos dos nossos próprios filhos.
Viagens incessantes por estas terras da Nova Espanha

caracterizaram a vida do Marquês e estas se repetiram nas
minhas vidas subsequentes, incluindo a atual.
LITELANTES, como sempre, esteve ao meu lado, suportando
pacientemente todas aquelas bobagens dos meus tempos de
BODHISATTVA caído... À medida que o outono da vida chega
a cada reencarnação, confesso sem hesitar que sempre tive
que sair com o "Undertaker" , quero referir-me a uma antiga
iniciação pela qual sempre abandonei a minha esposa e que
numa existência e noutra cumpriu o seu dever de me dar uma
sepultura cristã.
Na noite da minha vida atual, aquele antigo iniciado voltou

para mim; Reconheci-a imediatamente, mas como não estou
mais caído, repudiei-a gentilmente; Ela foi embora triste...
Revestido daquela personalidade altiva e até insolente do

Marquês, iniciei o regresso à pátria depois de uma certa briga
repugnante motivada por um carregamento de diamantes
brutos extraídos de uma riquíssima mina...
Para benefício de muitos leitores, vale a pena enfatizar
afirmando cruamente que após um curto intervalo na região
dos mortos, tive que voltar a entrar em cena reencarnando na
Inglaterra...
228
Entrei no seio da ilustre família Bleler e fui batizado com o piedoso

nome de Simeão...
Com o desabrochar da juventude mudei-me para Espanha movido

pelo desejo íntimo de regressar à América. É assim que funciona
a Lei da Recorrência...
Obviamente vale dizer que as mesmas cenas, dramas idênticos,

despedidas semelhantes, etc. se repetiram no espaço e no
tempo. etc. etc. incluindo, é claro, a viagem através do oceano
tempestuoso...
Intrépido desembarquei nas costas tropicais da América do Sul,

então habitadas por diferentes tribos...
Explorando tais e tais regiões de selva habitadas por feras

ferozes, cheguei ao vale profundo de Nova Granada, no sopé das
montanhas de Monserrate e Guadalupe: um belo país governado
pelo vice-rei Solís...
É inquestionável que nessa altura começou de facto a pagar o

KARMA que devia desde os anos do Marquês...
Entre esses crioulos da Nova Espanha, meus esforços para

conseguir um emprego bem remunerado foram sem dúvida
inúteis; Desesperado pela má situação económica, alistei-me no
exército do Soberano como um simples soldado raso: pelo menos
lá encontrei pão, abrigo e abrigo...
Aconteceu que num feriado, muito cedo pela manhã, as tropas

de Sua Majestade preparavam-se para prestar homenagens
muito especiais ao seu líder e por isso foram distribuídas aqui, ali
e ali realizando manobras com o objetivo de organizar fileiras.
229
Ainda me lembro de um certo sargento mal-humorado e

briguento que, enquanto fiscalizava seu batalhão, gritava,
xingava, batia, etc. etc. etc.
De repente, chegando na minha frente, ele me insultou
gravemente porque meus pés não estavam na posição
militar correta e então, observando mínimos detalhes da
minha jaqueta, me deu um tapa traiçoeiro...
O que aconteceu a seguir não é muito difícil de adivinhar:
nada de bom pode ser esperado de um BODHISATTVA
caído. Sem qualquer reflexão, desajeitadamente, enfiei
minha baioneta de aço e sanguinária em seu peito corajoso.
O homem caiu no chão, mortalmente ferido, gritos de terror
podiam ser ouvidos por toda parte, mas fui esperto e
aproveitando a confusão, a desordem e o medo, escapei
daquele local, perseguido de perto pelos soldados bem
armados.
Percorri muitas estradas em direção às costas íngremes
do Oceano Atlântico, fui procurado em todos os lugares e
por isso sempre evitei passar pelos postos de controle
fazendo muitos desvios pelas selvas.
Nas estradas – que naquela época eram muito poucas –

passavam por mim algumas carruagens arrastadas por
pares de corcéis vigorosos: nesses veículos viajavam
pessoas que não tinham meu KARMA, gente rica.
Um dia à beira da estrada, perto de uma aldeia, encontrei

uma humilde loja e entrei nela com a intenção de tomar
uma bebida, queria me animar um pouco.
Espantado! Confuso! Espantado! Fiquei sabendo que o
dono daquele negócio era
230
LITELANTES. Oh! Eu a amava muito e agora a encontrei

casada e mãe de vários filhos. Que afirmação eu poderia
fazer? Paguei a conta e saí de lá com o coração partido...
Continuei caminhando pelo caminho, quando com algum

receio constatei que vem alguém atrás de mim: o filho da
senhora, uma espécie de prefeito rural. Aquele jovem tomou
a palavra para me dizer: “De acordo com o artigo 16 do Código
do Vice-Rei, você está detido”.
Tentei suborná-lo em vão: aquele senhor bem armado levou-
me a tribunal e é óbvio que depois de condenado tive que
pagar uma pena de prisão muito longa pela morte do
conhecido Sargento.
Quando fui libertado, caminhei pelas margens selvagens e
terríveis do poderoso rio Magdalena, realizando um trabalho
material muito árduo sempre que tive oportunidade.
Como nota interessante deste capítulo, devo dizer que a

ESSÊNCIA daquele Prefeito por quem tive que passar tantas
amarguras trancado em uma masmorra imunda, voltou com
um corpo feminino; Ela agora é minha filha; Aliás, ela é até
mãe de família, me deu alguns netos.
Antes de sua reentrada interroguei aquela alma nos mundos

supra-sensíveis; Perguntei-lhe o motivo que o levou a me
procurar como Pai. Ele respondeu dizendo que estava
arrependido do mal que me causou e que queria ser bom
comigo para compensar seus erros. Confesso que ele está
cumprindo sua palavra.
231
Naquela época me estabeleci nas costas do Oceano Atlântico

depois de infinitas amarguras cármicas, repetindo assim todos
os passos do insolente Marquês Juan Conrado... O melhor
que fiz foi ter estudado esoterismo, medicina natural, botânica...
Os nobres indígenas daquelas terras tropicais me deram seu

amor, gratos pelo meu trabalho como Galeno: sempre os curei
de forma altruísta.
Um dia acontece algo inusitado: é a aparição espetacular de
um grande Senhor da Espanha. Esse senhor me contou seus
infortúnios. Ele trouxe toda a sua fortuna em seu navio e os
piratas o seguiram. Ele queria um lugar seguro para sua rica
riqueza.
É evidente que lhe ofereci conforto fraternal e até sugeri abrir
uma caverna e nela guardar sua riqueza: o senhor aceitou
meu conselho, mas não antes de exigir de mim um juramento
solene de honestidade e lealdade.
Com o perfume da sinceridade e o perfume da cortesia ambos
nos entendíamos. Depois dei ordens ao meu povo, um grupo
muito seleto de aborígenes: estes últimos abriram a crosta
terrestre.
Feito o buraco, colocamos ali com muito cuidado um grande

baú e uma caixa menor, contendo morrocotas de ouro maciço
e ricas joias de valor incalculável.
Através de certos exorcismos mágicos consegui o
encantamento da “jóia guardada” como dizia Dom Mario Roso
de Luna, com o propósito de torná-la invisível aos olhos
desagradáveis da ganância.
O senhor em questão me recompensou muito bem, dando-me
generosamente uma rica sacola com
232
moedas de ouro e depois deixou esses lugares, tendo como

objetivo retornar à sua pátria para trazer de lá a família, pois
queria estabelecer-se de forma senhorial nestas belas terras
da Nova Espanha.
A ampulheta do destino nunca pára; Dias, meses e anos se

passaram e aquele bom homem nunca mais voltou; Talvez
ele tenha morrido em sua terra natal ou tenha sido vítima da
pirataria que então infestava os sete mares, não sei.
Há casos sensacionais na vida, um dia na minha atual
reencarnação, estando longe desta minha terra mexicana,
estava conversando sobre o referido assunto com um certo
grupo de irmãos gnósticos entre os quais o Mestre GARGHA
KUICHINES se destacou pela sua sabedoria: foi então quando
Recebi uma tremenda surpresa: vi com espanto místico como
o Soberano Comandante GK se levantou para confirmar
enfaticamente as minhas palavras.
O referido Mestre nos informou que viu pessoalmente tal

história escrita em versos dourados. Ele nos contou sobre um
livro velho e empoeirado e se arrependeu de tê-lo emprestado.
Deus e Maria Santíssima me ajudem!Mas eu nunca soube de
tal tratado.
Tradições antigas nos contam que muitas pessoas daquelas
costas caribenhas procuravam o tesouro de Bleler.
É curioso que aqueles nobres indígenas que antes enterraram

tão rica fortuna sejam novamente reincorporados, formando o
grupo SSS.É assim que funciona a Lei da Recorrência.
233
Lembro-me claramente que depois da minha tempestuosa

existência com a citada personalidade inglesa, fui
constantemente invocado por aquelas pessoas que se dedicam
ao espiritismo ou ao espiritismo. Queriam que eu lhes contasse
onde ficava o delicioso dourado; eles cobiçavam o Tesouro
Bleler; Contudo, é evidente que fiel ao meu juramento na região
dos mortos, nunca quis dar-lhes o
segredo.
Repetindo os passos do insolente Marquês Juan Conrado, na

minha existência posterior reencarnei no México, fui batizado
com o nome de Daniel Coronado, nasci no Norte, nos arredores
de Hermosillo, todos esses lugares conhecidos em outros
tempos pelo Marquês. Meus pais queriam tudo de bom para
mim e quando eu era jovem me matricularam na Academia
Militar, mas estava tudo certo
vão.
Qualquer um desses dias, aproveitei um fim de semana de

festa e bebendo com amigos malucos. Confesso ainda com
alguma vergonha que tive que regressar a casa com o uniforme
de cadete sujo, rasgado e degradado... é óbvio que os meus
pais ficaram desiludidos.
É óbvio que nunca mais voltei à academia militar: sem dúvida

a partir daquele momento começou o meu caminho de
amargura...
Felizmente reencontrei então LITELANTES, ela reencarnou
com o nome de Ligia Paca (ou Francisca): em boa hora ela me
recebeu como marido...
2. 3. 4
A biografia de qualquer vida é na verdade um trabalho muito

difícil e com conteúdo substancial e é por isso que só destaco
alguns detalhes para fins esotéricos.
Inquestionavelmente não desfrutava de uma situação
confortável, era-me difícil ganhar o pão de cada dia; Muitas
vezes comia com o mísero salário de Lígia: ela era uma pobre
professora rural e, para piorar, cheguei a atormentá-lo com
meu ciúme execrável. Ele não queria olhar com bons olhos
todos aqueles colegas professores que lhe ofereceram
amizade...
Porém, fiz algo útil naqueles tempos: vale dizer enfaticamente
que formei um lindo grupo esotérico gnóstico no meio do
Distrito Federal: os alunos de tal congregação em minha atual
existência de acordo com a Lei da Recorrência voltaram a
meu...
Durante o sangrento regime porfirista ocupei um cargo
certamente não muito agradável na Polícia Rural. Cometi o
erro imperdoável de processar o famoso “GOLONDRINO”,
bandido perigoso que devastou a região; É claro que tal
criminoso foi morto a tiros...
Na minha existência atual encontrei-o reincorporado num
corpo humano feminino; Sofria de delírio de perseguição,
temia ser preso por roubo; lutou para se libertar de certas
amarras imaginárias; Achei que iam atirar nele... é claro que
paguei minha dívida curando o referido paciente; Os psiquiatras
infelizmente falharam: não conseguiram curá-la...
Quando eclodiu a rebelião contra Dom Porfirio Díaz, abandonei

a situação desastrosa nas zonas rurais: depois, com humildes
proletários com picaretas e pás, trabalhadores pobres retirados
das propriedades dos senhores, organizei uma
235
batalhão. Esse valente punhado de humildes armados

apenas com facões era certamente admirável, pois
ninguém tinha dinheiro para comprar armas de fogo.
Felizmente o General Francisco Villa nos recebeu na
Divisão Norte; Lá eles nos deram cavalos e rifles.
Não há dúvida de que durante aqueles anos de tirania

lutamos por uma grande causa; O povo mexicano gemeu
sob as botas da Ditadura...
Em nome da verdade devo dizer que minha personalidade

como Daniel Coronado foi certamente um fracasso: a
única coisa pela qual valeu a pena viver foi o grupo
esotérico no Distrito Federal e meu sacrifício na Revolução...
Aos meus companheiros de rebelião digo: abandonei as

fileiras quando fiquei gravemente doente. Nos últimos dias
daquela vida tempestuosa, andei pelas ruas do Distrito
Federal, descalço, com a roupa rasgada, faminto, velho,
doente e mendicando...
Com profundo pesar, confesso francamente que cheguei a
morrer em um casebre imundo.
Ainda me lembro daquele momento em que Galeno,

sentado numa cadeira, depois de me examinar, exclamou,
balançando a cabeça: “Este caso está perdido”.
E então ele vai embora.
O que se segue imediatamente é tremendo: sinto uma

frio assustador como gelo mortal. Gritos de desespero
chegam aos meus ouvidos: São Pedro, São Paulo, ajude-
o! Isso é o que exclama a mulher que chamo de “The
Undertaker”.
236
Estranhas mãos esqueléticas agarram-me pela cintura e

arrancam-me do corpo físico: é óbvio que o Anjo da Morte
interveio: corta resolutamente o cordão de prata com a sua
foice e depois abençoa-me e afasta-se.
Bendita morte, há quanto tempo estou esperando por você,
você finalmente veio em meu auxílio, minha existência foi
bastante amarga!
Bem-aventurado descansei nos mundos superiores depois de

inúmeras amarguras: certamente a dor humana dos mortais
também tem o seu limite além do qual reina a paz.
Infelizmente, esse descanso no seio profundo da eternidade

não durou muito: um dia, qualquer que fosse, muito
silenciosamente, um dos brilhantes senhores da Lei veio até
mim. Ele falou e disse: “Mestre Samael Aun Weor, agora está
tudo pronto, siga-me.”
Eu respondi imediatamente, sim, venerável Mestre, ok, irei
segui-lo. Caminhamos então juntos por vários lugares e
finalmente entramos num solar, atravessamos um pátio e
depois passamos por um quarto e depois entramos no quarto
da matrona: ouvimos dizer que ela estava reclamando, estava
com dores de parto...
Esse foi o momento místico em que vi com espanto o cordão
prateado da minha existência atual ligado psiquicamente ao
bebê que estava para nascer.
Momentos depois aquela criatura inalou avidamente o prana
da vida: senti-me atraído para o interior daquele pequeno
organismo e então chorei com todas as forças da minha alma...
237
Vi algumas pessoas ao meu redor sorrindo e confesso que

fiquei especialmente impressionado com um gigante que me
olhava com carinho; Ele foi meu progenitor terreno.
Vale a pena dizer com alguma ênfase que aquele bom autor
dos meus dias foi na época medieval, durante os tempos da
cavalaria, um nobre senhor que tive de derrotar em batalhas
sangrentas. Ele então jurou vingança e é claro que ele cumpriu
isso na minha existência atual.
Muito jovem deixei a casa de meu pai, movido por
circunstâncias dolorosas, e viajei por todos aqueles lugares
onde estive em existências passadas.
Repetiram-se os mesmos dramas, as mesmas cenas:
LITELANTES apareceu novamente no meu caminho:
reencontrei meus velhos amigos: queria falar com eles, mas
eles não me conheciam, meus esforços para fazê-los lembrar
de nossos tempos passados foram inúteis.
No entanto, algo novo aconteceu em minha atual reencarnação:
meu verdadeiro ser interior fez esforços desesperados e
terríveis para me trazer de volta ao caminho certo, do qual eu
havia me desviado há muito tempo.
Confesso francamente que dissolvi o Ego e que me levantei
da lama da terra.
É óbvio que o Eu está sujeito à Lei da Recorrência, quando o

Mim mesmo se dissolve adquirimos a liberdade, nos tornamos
independentes da referida Lei.
A prática me ensinou que as diferentes cenas das diversas

existências são processadas dentro do
238
espiral cósmica sempre se repetindo em espirais superiores

ou inferiores.
Todos os feitos do Marquês, incluindo as suas inúmeras
viagens, repetiram-se sempre em espirais cada vez mais
baixas nas três reencarnações subsequentes.
Existem pessoas com repetição automática exata no mundo;
pessoas que renascem sempre na mesma cidade e entre a
mesma família.
É evidente que tais EGOS já sabem de cor o seu papel e até
se dão ao luxo de profetizar sobre si mesmos: é claro que a
repetição constante não lhes permite esquecer os
acontecimentos, por isso parecem adivinhos.
Essas pessoas muitas vezes surpreendem seus parentes com
a precisão de suas previsões.
239
CAPÍTULO XXXIX O
TRANSMIGRAÇÃO DE ALMAS
Tomando o anfiteatro cósmico como palco, quero

derramar nestas páginas algumas memórias...
Muito antes daquela cadeia lunar de que tantos ilustres
escritores teosofistas falaram surgir do Caos, existia
um certo universo do qual apenas seus vestígios
permanecem agora entre os registros íntimos da
natureza...
Foi num desses mundos onde aconteceu o que narro
a seguir com o óbvio propósito de esclarecer a Doutrina
da Transmigração das almas...
De acordo com os desejos cósmicos, sete raças
humanas muito semelhantes às do nosso mundo
evoluíram e evoluíram em tal planeta...
Na época da sua Quinta Raça Raiz, que era muito
semelhante à nossa, existia a abominável civilização
da KALI-YUGA ou idade do ferro, tal como a temos
atualmente aqui na Terra...
Então eu, que era apenas um pobre “ANIMAL
INTELECTUAL” condenado à pena de viver, fui de mal
a pior, reincorporando-me incessantemente nos
organismos masculinos ou femininos de acordo com
os débitos e créditos do KARMA...
Confesso sem hesitação que minha Mãe Natureza
trabalhou inutilmente criando corpos para mim; Sempre
os destruí com meus vícios e paixões.
240
Como se fosse uma maldição insuportável, cada uma das

minhas existências se repetia dentro da linha espiral, em
curvas cada vez mais baixas... obviamente eu havia corrido
pelo caminho involutivo, descendente.
Eu estava chafurdando como um porco na lama abjeta de
todos os vícios e não estava nem remotamente interessado
em temas espirituais...
É inquestionável que me tornei um cínico irredimível: é claro e
manifesto que qualquer tipo de punição, por mais grave que
fosse, estava na verdade fadada ao fracasso...
Dizem que Cento e Oito contas têm o colar do BUDA e isso

nos diz o número de vidas que são atribuídas a cada alma...
Devo fazer alguma ênfase ao dizer que a última dessas cento

e oito existências foi algo definitivo para mim...
então entrei na Involução do Reino mineral submerso.
A última dessas personalidades era feminina e é evidente que

depois de rolar na cama de Procusto ela serviu de passaporte
para o Inferno...
Entre o ventre mineral daquele mundo, blasfemei, amaldiçoei,
magoei, insultei, forniquei horrivelmente e degenerei cada vez
mais sem nunca mostrar sinais de arrependimento...
Senti-me cair na distância remota do passado; a forma humana

me enojou; Preferiu assumir figuras de feras entre aqueles
abismos; Depois pareci uma planta, uma sombra que deslizava
aqui, ali e ali; Finalmente senti como se estivesse fossilizando...
241
Transformar-me em pedra? Que horrível!... porém, como eu

já estava tão degenerado, nem me importei com isso...
Ver como um leproso na cidade dos mortos-vivos, dedos,

orelhas, nariz, braços e pernas caindo, certamente não é nada
agradável; Porém, nem isso me comoveu...
Fornicava incessantemente na cama de Procusto com qualquer

larva que se aproximasse e me sentia apagado como uma
vela, vela ou vela...
A vida entre as entranhas minerais de tal planeta era

obviamente muito chata para mim e, portanto, como se
quisesse matar o tempo longo e tedioso, mergulhei como um
porco na sujeira.
Fiquei terrivelmente fraco, tudo se despedaçou e morri

dolorosamente; Eu estava me desintegrando com uma lentidão
horrenda...
Já nem tinha forças para pensar – era melhor assim –

finalmente chegou a “Segunda Morte” de que fala o Apocalipse
de São João; Eu exalei meu último suspiro e então...
A ESSÊNCIA era gratuita; me vi transformada numa linda

criança; certos Devas, depois de me examinarem
cuidadosamente, permitiram-me entrar pelas portas atômicas
que conduzem de volta à superfície planetária; à luz do sol.
Ostensivamente o EGO, o EU, o eu havia morrido: minha

alma livre agora assumia a bela forma de uma tenra criança...
Que alegria, meu Deus!
Quão grande é a misericórdia de Deus!...
242
A ESSÊNCIA liberada do EGO é inteiramente inocente e pura:

esse EU tornou-se poeira cósmica nas entranhas desse
mundo...
Quanto tempo vivi nos mundos infernais? Não sei:
possivelmente cerca de oito mil ou dez mil anos...
Agora desprovido de EGO retornei ao caminho do tipo
evolutivo; Entrei no reino dos Gnomos ou Pigmeus, seres que
trabalham com o lodo da terra, elementais inocentes do
mineral...
Mais tarde entrei nos paraísos elementais do reino vegetal;

reincorporando-me constantemente às plantas, árvores e
flores; Como me senti feliz nos templos do EDEM recebendo
ensinamentos aos pés dos DEVAS!...
A alegria dos paraísos “JINAS” é inconcebível ao raciocínio

humano.
Cada família nesses Édens tem seus templos e seus

instrutores; enche-se de êxtase ao entrar no santuário dos
laranjais, ou na capela da família elemental da hortelã ou na
Igreja dos eucaliptos...
Ao tratar de processos evolutivos devemos fazer a seguinte

afirmação: “Natura Non Facit Saltus”. A natureza não dá
saltos. É portanto evidente que os estados mais avançados
do reino vegetal permitiram-me a transição para o estado
animal.
Comecei por me reincorporar em organismos muito simples e
depois de ter tido milhões de corpos, concluí voltando a
organismos cada vez mais complexos...
243
Como nota marcante destes parágrafos, devo afirmar que ainda

guardo lembranças muito interessantes de uma daquelas muitas
existências às margens de um lindo rio de águas cantantes que
sempre corriam alegremente pelo seu leito de rochas antigas...
Eu era então uma criatura humilde, um “exemplar” muito particular

do gênero “Batraciano”: andava pulando aqui, ali e ali, entre as
matas.
É evidente que eu estava plenamente consciente de mim mesmo:

Eu sabia que já havia pertencido ao perigoso reino dos animais
intelectuais... meus melhores amigos eram os elementais
daqueles vegetais que tinham raízes nas margens do rio, com
eles conversava na linguagem universal...
Ele vivia deliciosamente nas sombras, longe dos humanóides

racionais; Ao pressentir algum perigo refugiei-me imediatamente
entre as águas cristalinas...
Muitas vezes continuei retornando em vários organismos, antes
de ter a alegria de me reincorporar a um “exemplar” de um certo
tipo de anfíbios muito inteligentes, que emergiam alegremente
das águas tempestuosas do mar para receber os raios solares
sobre a superfície arenosa. praia...
Quando chegou o terrível soberano Grim Reaper que faz todos

os mortais tremerem de medo, eu me despedi dos três reinos
inferiores e retornei em um organismo humanóide; Assim
recuperei laboriosamente o estado de animal racional que antes
havia perdido.
Nesse meu novo estado de “Bípede Tricerebrado ou Tricêntrico”,

lembrei-me, evoquei acontecimentos inusitados.
244
abismal Ele não queria nem remotamente retornar ao

mundo subterrâneo; Ansiava aproveitar com sabedoria o
novo CICLO de cento e oito vidas que agora me foram
atribuídas para minha AUTO-REALIZAÇÃO íntima...
A experiência passada deixou cicatrizes dolorosas nas
profundezas da minha alma; de forma alguma ele estava
disposto a repetir os processos involucionários dos
MUNDOS INFERNOS.
Ele bem sabia que a roda do SAMSARA gira

incessantemente de maneira evolutiva e involucionária e
que as essências, depois de passarem pelo reino animal
intelectual, descem milhares de vezes ao horrível precipício
para eliminar os elementos subjetivos das percepções;
Porém, de forma alguma ansiava por mais sofrimento
abismal e por isso estava bem preparado para aproveitar
meu novo ciclo de existências racionais.
Naquela época, a civilização do referido planeta atingiu o

seu auge; Os habitantes daquele mundo tinham
embarcações marítimas e aéreas, gigantescas cidades
ultramodernas, poderosas indústrias e comércio,
etc.
universidades de todos os tipos, etc. etc., infelizmente esta
ordem de coisas não estava de forma alguma coordenada
com as preocupações do espírito.
Numa das minhas novas existências humanóides, com a
consciência inquieta, como se sentisse um estranho terror,
decidi indagar, investigar, procurar o caminho secreto...
Um provérbio da sabedoria antiga diz: “Quando o discípulo

está pronto, o Mestre aparece”.
245
O Guru, o Guia, apareceu para me levar das trevas para

a luz; Ele me ensinou os mistérios da vida e da morte;
Ele me mostrou o Caminho do Fio da Navalha.
Assim surgiu o Mistério da Flor Dourada; Compreendi
perfeitamente minha própria situação; Eu sabia que era
apenas um pobre homúnculo racional, mas ansiava por
me tornar um “HOMEM VERDADEIRO” e é óbvio que
consegui isso naquele grande dia cósmico, naquele dia
sideral anteontem, muito antes do mahamvantara de
Padma ou Golden Lótus.
Infelizmente, naqueles tempos muito remotos, quando

acabava de começar meus estudos esotéricos aos pés
do Mestre, não desfrutei de nenhuma fortuna; minha
família – habitantes daquele mundo – vivia na pobreza;
uma irmã que cuidava da casa ganhava parcos centavos
no mercado público vendendo frutas e legumes; Eu
costumava acompanhá-lo...
Em alguma ocasião, eles me trancaram em uma prisão
horrível sem motivo algum...
Durante muito tempo estive atrás das cruéis grades
daquela prisão; Contudo – e isto é curioso – ninguém
me acusou; não havia crime a ser perseguido; Foi um
caso muito especial e, para piorar, meu nome nem
constava da lista dos presos; obviamente houve um
certo tipo de perseguição secreta contra os iniciados; Foi
assim que passei a entender.
Pacientemente, esperando por alguma oportunidade, ele
observava qualquer momento de sorte com o propósito
de escapar...
246
Tentei várias vezes em vão, mas finalmente, num dia daqueles,

os guardas sem saber como ou porquê esqueceram uma
porta, deixando-a aberta; É inquestionável que de forma
alguma ele estava disposto a perder a tão esperada
oportunidade; Em questão de segundos saí daquela prisão,
fazendo alguns desvios até uma praça do mercado com o
desejo de enganar alguns policiais que conseguiram me ver e
que me seguiam; De qualquer forma, consegui e deixei aquela
cidade para sempre.
Concluirei este capítulo dizendo que somente trabalhando na

FORJA ILUMINADA DE VULCANO consegui me tornar um
HOMEM DE VERDADE.
247
CAPÍTULO XL O ARCANO DEZ
Do ponto de vista rigorosamente acadêmico, a palavra

EVOLUÇÃO significa: desenvolvimento, construção,
progressão, avanço, avanço, edificação, dignidade,
etc. etc. etc.
Tomando uma abordagem gramatical, ortodoxa, pura,
esclareço: o termo INVOLUÇÃO significa: progressão
reversa, retrospecção, retrocesso, destruição,
degeneração, decadência, etc. etc. etc.
Obviamente é urgente enfatizar a ideia transcendente
de que a lei das Antíteses coexiste com qualquer
processo grosseiramente natural. Este conceito de
conteúdo é absolutamente irrefutável, irrefutável, irrefutável.
Exemplos concretos: dia e noite, luz e trevas,
construção e destruição, crescimento e decréscimo,
nascimento e morte, etc. etc. etc.
A exclusão de qualquer uma das duas leis acima
mencionadas – EVOLUÇÃO e INVOLUÇÃO – originaria
a estática, o quietismo, a paralisia radical dos
mecanismos naturais...
Negar qualquer uma dessas duas ordenanças significa,
na verdade, cair na barbárie...
Há EVOLUÇÃO na planta que germina, se desenvolve
e cresce. Há INVOLUÇÃO no vegetal que envelhece
e vai diminuindo aos poucos até virar um monte de
toras.
Há EVOLUÇÃO em cada organismo que é gestado,
nasce e se desenvolve; A INVOLUÇÃO existe em
cada criatura que expira e morre.
248
A EVOLUÇÃO existe em qualquer unidade cósmica que surge

do caos; A INVOLUÇÃO existe em todos os planetas em
estado de consumo chamado a se tornar uma Lua, um
cadáver...
Há EVOLUÇÃO em toda civilização ascendente, há involução

em qualquer cultura descendente...
É óbvio que estas duas leis acima mencionadas constituem o
eixo mecânico fundamental da natureza.
Inquestionavelmente, sem esse eixo básico a roda dos
mecanismos naturais não poderia girar. A vida se processa
em ondas que giram com o Arcano Dez do Tarô...
As ondas ESSENCIAIS iniciam sua EVOLUÇÃO no reino
mineral; continuam com o estado vegetal; Eles continuam na
escala animal e finalmente alcançam o nível do tipo humanóide
intelectual...
Descem então ondas de vida, involuindo no interior do
organismo planetário para descer pelas escalas animal e
vegetal até retornar ao reino mineral.
A roda do SAMSARA gira: Anúbis em evolução ascende pelo

lado direito; No lado esquerdo, Tiphon desce involuntariamente.
Permanecer no estado humanóide intelectual é algo muito

relativo e circunstancial.
Disseram-nos com muita precisão que qualquer período
humanóide consiste sempre em cento e oito existências de
tipo evolutivo e involutivo mais ou menos alternado.
249
Deixe-me esclarecer: a cada CICLO humanóide racional

são atribuídas cento e oito vidas que mantêm estrita
concordância matemática com o número de contas que
compõem o colar do BUDA.
Após cada época humanóide, de acordo com as leis do

tempo, do espaço e do movimento, a roda do décimo
arcano do TAROT gira inevitavelmente; então fica claro
e manifesto que as ondas de vida em evolução descem
dentro do organismo planetário para reascender
evolutivamente mais tarde...
Três mil vezes a roda do SAMSARA gira.

Compreender isto, compreender o seu significado
profundo, é essencial e não pode ser adiado se realmente
ansiamos pela libertação final.
Continuando com este capítulo, é agora urgente colocar

alguma ênfase para afirmar o seguinte: uma vez
concluídos os três mil períodos da grande roda, qualquer
tipo de auto-realização íntima torna-se impossível.
Em outras palavras, é necessário afirmar

inquestionavelmente o fato inescapável de que a cada
mônada são atribuídos matematicamente três mil CICLOS
para sua profunda autorrealização interior. Não há dúvida
de que após a última volta do volante as portas se fecham.
Quando isto acontece, então a mônada, a centelha

imortal, nosso ser real, recolhe sua essência e seus
princípios para ser definitivamente absorvida no seio
daquilo que não tem nome. (O Supremo Parabrahman).
250
É óbvio que as mônadas falharam [que] não alcançaram a

Maestria; Possuem felicidade divina, mas não têm
autoconsciência legítima; São apenas faíscas da grande
fogueira, não poderiam virar chamas...
Nenhum tipo de pedido de desculpas poderia dar essas
faíscas, pois as três mil voltas da roda são sempre processadas
em muitos dias cósmicos e em vários cenários universais que
oferecem infinitas possibilidades.
Acima da roda dos Dez Arcanos vemos uma esfinge adornada
com uma coroa metálica de nove pontas. Tal figura egípcia
não está ostensivamente localizada nem à direita nem à
esquerda da grande roda.
A coroa nos fala da Nona Esfera, do sexo, do trabalho
esotérico na FORJA ILUMINADA DE VULCANO.
Ostensivamente, essa imagem hierática, tão distante das leis

evolutivas e involutivas simbolizadas nos lados direito e
esquerdo da roda, está nos mostrando o caminho da revolução
da consciência, da verdadeira sabedoria iniciática...
Somente entrando no caminho da rebelião íntima, somente

nos separando dos caminhos evolutivos e involutivos da roda
do SAMSARA, poderemos nos tornar homens autênticos,
legítimos e verdadeiros.
A exclusão intransigente da Doutrina da transmigração das
almas ensinada por KRISHNA, o grande Avatara hindu, vem
nos engarrafar de fato em “O DOGMA DA EVOLUÇÃO”.
Em matéria de esoterismo, orientalismo, ocultismo, etc., os

estudiosos têm total liberdade para escrever o que
251
deixe-os por favor; Contudo, não devem esquecer o “Livro

de Ouro”. Quero me referir ao “Padrão de medidas”: “O
TAROT”.
Ninguém poderia violar as leis do TAROT impunemente

sem receber o que merece; lembre-se que existe a Lei da
KATANCIA, o KARMA SUPERIOR... Existe a
responsabilidade nas palavras...
O DOGMA DA EVOLUÇÃO rompe as leis cósmicas do
ARCANUUM DEZ do TAROT; viola os desejos do livro de
ouro... leva muitas pessoas ao erro.
Obviamente todo oculista, estudioso esotérico, deve sempre

recorrer ao “Padrão de medidas”, ao “TAROT”, se não
quiser cair no absurdo.
PAZ INVERENCIAL.
SAMAEL MESMO WEOR.
PS Todas as cartas deverão ser endereçadas SOB um envelope

etiquetado com o nome do Secretário: Rafael Ruiz Ochoa,
O Sr. Ruiz entregará sua carta ao MESTRE AUTOR do

LIVRO.
Caixa: Postal M-7858 Cidade do México

ESTE TRABALHO PODE SER SOLICITADO AO SR. JULIO
MEDINA VIZCAÍNO
SEÇÃO NAL. 53 CIÉNAGA - MADALENA
Impresso no Editorial “MERCEDES” Calle 17 Nº 3-

56. Tel. 871623. Cali - Colômbia SA
252
253
ÍNDICE GERAL
O MISTÉRIO DA FLOR DOURADA................................... 1

PREFÁCIO................................................. ........................... 3
CAPÍTULO I MAGIA SEXUAL ........................................ 10
CAPÍTULO II RASPUTIN .................................................. 14
CAPÍTULO III O PRESTIDIGITADOR DO DIABO......... 21
CAPÍTULO IV A LANÇA ESOTÉRICA CAPÍTULO .................... 26
V O EU LASCIVO ................................... 33
CAPÍTULO VI EROS .................................................. .... 36

CAPÍTULO VII EU LUXUOSO................................... 46
CAPÍTULO VIII O EU DA BRUXARIA............ 50
CAPÍTULO IX PAROXISMO SEXUAL.................... 58
CAPÍTULO ................ 63
CAPÍTULO XII O FIM DE UM TRIÂNGULO FATAL

.................................................. ........................................ 71
CAPÍTULO XIII O RITUAL PANCATATTVA ............ 78
UTTANA-DANDA................................................. .. ....80
CAPÍTULO XIV PODERES TÁTVICOS .................... 88
“Iogue Bhusunda” .................................................. .. 88
“MILAREPA”.................................................. ............ 89
CAPÍTULO XV O VÍCIO ABOMINÁVEL DO
ÁLCOOL .................................................. ..................... 91
CAPÍTULO XVI PAUSA MAGNÉTICA CRIATIVA CAPÍTULO XVII . 98
A DESDOBRAÇÃO................... 101
ASANA................................................. ................... 105

ELEMENTAIS .................................................. .. 106
CONCLUSÃO................................................. ...... 106
254
CAPÍTULO XVIII TROCA MAGNÉTICA.... 108
CAPÍTULO XIX O DEMÔNIO ALGOL CAPÍTULO .................... 112
XX ganância................................... 118
CAPÍTULO XXI TRAIÇÃO ........................................ 129
CAPÍTULO XXII COMPREENSÃO ............................ 141
CAPÍTULO XXIII ELIMINAÇÃO................................... 145
CAPÍTULO XXIV O FOGO SAGRADO CAPÍTULO ................. 151
XXV A PÉROLA SEMINAL...... 159
CAPÍTULO XXVI O EMBRIÃO DE OURO CAPÍTULO ................. 167
XXVII A ESCOLA JINAYANA...... 171
CAPÍTULO XXVIII ZEN BUDISMO.......... 177
CAPÍTULO XXIX AS DUAS ESCOLAS.................. 180
CAPÍTULO XXX HOMENS DESPERTOS.............. 184
CAPÍTULO XXXI GOETHE ........................................ 189
CAPÍTULO XXXII REENCARNAÇÃO...... 198
CAPÍTULO XXXIII RETORNO................................... 202
CAPÍTULO XXXIV FERTILIZAÇÃO................................ 206
CAPÍTULO XXXV BELEZA CAPÍTULO........................................ 209
XXXVI INTELIGÊNCIA.............................. 213
CAPÍTULO XXXVII A LEI DO KARMA.............. 217
CAPÍTULO XXXVIII DA LEI DA RECORRÊNCIA.. 225
CAPÍTULO XXXIX A TRANSMIGRAÇÃO DO

ALMAS .................................................. ........................ 240
CAPÍTULO XL O DÉCIMO ARCANO................................... 248
ÍNDICE GERAL................................................ ....... 254
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255
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MENSAGEM DE NATAL 1971 – 1972

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Por Mestre Gargha Kuichines

Com a revelação do poder do Mantra Krim, se não

Três fatores determinam a qualidade física, moral e

milhões que o fornicador desperdiça dando vida ao seu

A educação destes filhos da Luz é muito sagrada.

O marido deve evitar todas as emoções apaixonadas, o marido

Os estudantes gnósticos aproveitam os ensinamentos de

As Hierarquias Divinas guiam você para a compreensão

Os mortos do além-túmulo são frios e fantasmagóricos,

Nesta mensagem o Estudante encontrará fórmulas

Os detratores aproveitarão os erros confessados para atacá-

“As donzelas podem cair, mas Maria Madalena nunca cai

SSS JULIO MEDINA VIZCAÍNO.

CAPÍTULO I MAGIA SEXUAL

A magia é, segundo Novalis, a arte de influenciar

Hermes Trismegisto, o três vezes grande Deus IBIS OF

“Todos nós temos algumas forças elétricas e magnéticas em

A Magia Sexual (SAHAJA MAITHUNA) entre marido e mulher

Da mistura inteligente de desejo sexual com entusiasmo

Precisamos urgentemente escapar da sombria corrente diária

“Somente quando conhecermos e usarmos as leis do

É óbvia a tremenda dificuldade que o estudo da Magia Sexual

Falemos com clareza e sem ambigüidades; Este tópico sobre

Um grande filósofo cujo nome não menciono disse: “Se as

“Por outro lado, com toda sensibilidade e espiritualidade, com

“Este NERVUS SYMPATHICUS, é na realidade também um

o instinto inconsciente e a moderação da imagem viva

O Divino Andrógino da primeira raça humana, Adam Kadmon,

Um certo sábio disse enfaticamente o seguinte: “A Magia

Quero enfatizar a ideia básica que devemos formular assim:

Se o tortuoso tipo Don Juan reflete todas as suas aventuras

Pela lei dos contrastes, no tipo Casanova predomina o desejo

O tipo Casanova é uma espécie de “mestre zombador” das

Outra variedade, felizmente rara, de fascinador feminino é

Um dos representantes mais genuínos deste tipo sinistro foi

É óbvio que Rasputin achou o espírito dos czares muito

“O Embaixador descreve uma invocação de espíritos realizada

“Através de uma intensa concentração de sua vontade e

O facto de ter a vida do Czarevitz nas mãos valeu-lhe a

“Aumentando constantemente o seu poder, um grupo de

“E assim, num jantar no palácio do referido príncipe, foram

“Consequentemente, os conspiradores concordaram que

tiros contra o Monge, que desmaiou novamente,

Vestido então, daquele corpo sideral de que Felipe

que deslizava aqui, ali e ali, uma multidão de criaturas

Tive portanto diante da minha visão espiritual, em toda a

—“Você não pode me enganar, Rasputin”; Foram minhas

Muitos anos se passaram e continuo meditando: o

CAPÍTULO III O DIABO

A existência de um extraordinário mediador plástico naquele

O ideoplástico representativo constitui em si o conteúdo do

Cada EU é, portanto, uma representação psicológica viva que

O animal intelectual é certamente uma máquina controlada

“O Diabo Conjurador” toma forma no poder sexual; Alguns

Waldemar relata o seguinte caso: “O prestigiado administrador

“Não foi apenas porque a cama em que a menina estava se