Benefícios e Malefícios Do Uso de Cigarro Eletrônico
Benefícios e Malefícios Do Uso de Cigarro Eletrônico
Benefícios e Malefícios Do Uso de Cigarro Eletrônico
São Paulo
2020
SUMÁRIO
Pág.
RESUMO .......................................................................................... 2
1. INTRODUÇÃO ................................................................................ 3
2. OBJETIVOS ................................................................................... 7
3. MATERIAIS E MÉTODOS...................................................................... 7
3.1 Estratégias de Pesquisa .................................................................. 7
3.2 Critérios de Inclusão e Exclusão ........................................................ 8
4. RESULTADOS ................................................................................. 9
4.1 Seleção de artigos ........................................................................ 9
4.2 Hábitos de fumar relacionados ao uso de cigarro eletrônico ...................... 9
4.3 Desenvolvimento de doenças ........................................................... 11
4.4 Porta de entrada para novas drogas ................................................... 14
5. DISCUSSÃO ................................................................................... 17
6. CONCLUSÃO ................................................................................. 19
7. BIBLIOGRAFIA ............................................................................... 20
1
LISTA DE ABREVIATURAS
CE Cigarro eletrônico
THC Tetrahidrocanabinol
RESUMO
Neugebauer, V.R. Benefícios e Malefícios do uso de Cigarro Eletrônico 2020.
Trabalho de Conclusão de Curso de Farmácia-Bioquímica – Faculdade de Ciências
Farmacêuticas – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2020.
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
Segundo o Sétimo Relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS)
relativo à epidemiologia do consumo global de tabaco, o tabagismo é considerado
a maior causa de morte global evitável.1 O tabaco mata mais de 8 milhões de
pessoas/ano sendo que cerca de 1,2 milhão de mortes são decorrentes do uso
passivo.1 Segundo dados do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças)
dos Estados Unidos, em 2017 cerca de 34 milhões de americanos adultos eram
fumantes.2 No Brasil, em 2013, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) realizada pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatou que 14,7% dos
adultos com 18 anos ou mais eram fumantes. 3 Já em 2018, segundo dados da
Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito
Telefônico (VIGITEL), o percentual de fumantes com 18 anos ou mais no Brasil caiu
para 9,3% da população.4
Por último, segundo os resultados do levantamento ERICA (Estudo dos
Riscos Cardiovasculares em Adolescentes – 2016)5 do Ministério da saúde, 18,5%
(1,8 milhão) dos adolescentes brasileiros entre 12 e 17 anos já experimentaram
cigarros ou outros produtos derivados do tabaco.6
Considerando o período de 1989 a 2010, a queda do percentual de fumantes
no Brasil foi de 46% como consequência das Políticas de Controle do Tabagismo
(PCT) implementadas, e estima-se que um total de 420 mil mortes tenham sido
evitadas neste período.7
Esta redução no número de tabagistas se deve principalmente à adesão do
Brasil em 2005 junto com outros 176 países à Convenção-Quadro da OMS para
Controle do Tabaco (CQCT/OMS) que criou diretrizes e ações com objetivo de
reduzir globalmente o tabagismo. Tais diretrizes e ações passaram a integrar a
Política Nacional de Controle de Tabaco (PNCT). As principais ações e programas
que atualmente fazem parte do PNCT incluem: promoção de ambientes livres de
fumo (Lei Antifumo nº 12.546/2011 Art. 2º proibição do uso de cigarros, cigarrilhas,
charutos, cachimbos ou qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do
tabaco, em recinto coletivo fechado, privado ou público em locais fechados e
parcialmente fechados); programa de tratamento para o tabagismo fornecido pelo
4
2. OBJETIVOS
Os objetivos deste trabalho são compreender: 1) os possíveis efeitos no
hábito de fumo quando utilizado o cigarro eletrônico; 2) analisar as suas possíveis
correlações com o desenvolvimento doenças; e 3) se o cigarro eletrônico pode ser
considerado porta de entrada para outras drogas.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1. Estratégias de pesquisa
O método utilizado para o desenvolvimento deste trabalho foi a pesquisa de
referências bibliográficas nas bases científicas PubMed e SciElo, de acesso público.
Foram selecionadas as referências bibliográficas disponíveis em texto completo
(Full Text) publicados nos últimos 5 anos sobre o uso de cigarro eletrônico.
As principais palavras-chave utilizados para a busca de referências foram:
cigarro eletrônico, toxicidade, malefícios, benefícios, sistema nervoso central,
cardiotoxicidade, doença pulmonar, dependência e adultos (electronic cigarette,
8
4. RESULTADOS
4.1. Seleção de Artigos
que a taxa de abstinência não diferiu significativamente entre esses três grupos,
sendo 23,7%, 20,2% e 19,4% entre usuários de CE, fumantes de cigarros
convencionais e usuários duais, respectivamente.
Um outro ponto de vista que foi abordado, é o de Bullen et. al. (2013)51, que
mostrou que o uso de CE ou de adesivos de nicotina ou CE sem nicotina por 6
meses não apresentam diferenças significativas na taxa de abstinência
proporcionada pelo seu uso, sendo 7,3% para usuários de CE, 5,8% para usuários
de adesivo de nicotina e 4,1% para usuários de CE sem nicotina.
Dessa forma, apesar das incertezas e de estudos que refutam a eficácia do
uso de CE 29,41 como uma ferramenta capaz de ajudar na cessação do tabagismo
45, seus usuários o utilizam mesmo sem sólidas evidências científicas e acreditam
que os CE: são mais seguros, que ajudam na cessação, que proporcionam redução
de danos à saúde 34,39, além de ajudar no controle do humor, peso e estresse. Para
Busch et. al. (2016) 56 os principais motivos dos usuários de cigarros convencionais
que fazem uso de CE é a redução (52%) ou parar de fumar (23%) cigarros
convencionais. Essa mesma expectativa é também corroborada pelos médicos
(67%) e fornecedores de CE (18%) que acreditam e recomendam o uso de CE como
um método eficaz de cessação do tabagismo.29
Em 2014 a Organização Mundial da Saúde, afirmou que encontrou
"evidências insuficientes" para apoiar o uso de CE como uma ferramenta para parar
de fumar e reiterou sua recomendação de que os medicamentos e tratamentos
existentes já aprovados sejam utilizados.45
37,45,49 visto que, em novembro de 2019, havia mais de dois mil casos de lesão
pulmonar associada ao uso de CE nos EUA com 39 mortes confirmadas. 22
As lesões pulmonares descritas na literatura como 49 relacionadas ao CE
incluem o surgimento e/ou exacerbação de: asma, 25 fibrose cística,25 doença
pulmonar obstrutiva crônica,25,30 pneumotórax espontâneo, pneumonia lipoide
exógena, derrame pleural bilateral, bronquiolite, bronquiolite obliterante, 29
pneumonia eosinofílica aguda 22 e pneumonite de hipersensibilidade aguda.22 Tais
lesões ocorrem devido às substâncias inaladas induzirem uma resposta inflamatória
inata no pulmão alterando as vias aéreas.49 Outros sintomas clínicos causados
pelos CE são: tosse seca e ressecamento da membrana mucosa. 45
Além de lesões no trato respiratório, foram constatados efeitos imunológicos
(aumento do risco de infecção por Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus
aureus e vírus) 30,36 e cardiovasculares adversos, como:45 taquicardia, dor torácica,
hipertensão, bradicardia, hipotensão, paralisia respiratória, fibrilação atrial e
dispneia. Podendo estar relacionados à nicotina devido à sua capacidade de causar
alterações hemodinâmicas.45
Apesar da ampla quantidade de doenças relacionadas ao uso do CE, um
benefício à saúde foi encontrado por,43 que determinou seu uso como uma
alternativa valiosa para a saúde periodontal de fumantes de cigarro convencional
que migraram para o CE, uma vez que foi observada redução significativa da placa
bacteriana da superfície dos dentes.
14
10,9% dos estudantes relataram ter utilizado THC no CE, enquanto que em 2017
essa taxa era de 5,2%.22
Apesar das evidências demonstrarem que a quantidade de adolescentes que
faz uso de CE estar aumentando,28 durante o mesmo período de tempo, a taxa de
prevalência do uso de cigarros convencionais diminuiu, partindo de 18,7% em 2011,
para 9,7% em 2017 e para 7,6% em 2018, o que sugere uma possível substituição
de preferência no uso de produtos contendo nicotina 12 e confirmando uma maior
experimentação por parte dos mais jovens.33
Para estimular o uso de CE pelos jovens, as indústrias de CE utilizam as
mais diversas táticas, aplicando as mesmas estratégias de décadas atrás utilizadas
nas propagandas de cigarros convencionais, só que agora com o auxílio da
internet.33 Por esse motivo, o uso da internet como forma de propaganda em grande
escala de CE tem sido abordada por alguns pesquisadores, 22,32,33 que observaram
que são utilizadas propagandas direcionadas especificamente para sites
frequentados por adolescente e jovens adultos, os de jogos e músicas. Essas
propagandas são capazes de influenciar e afetar a tomada de decisão, fazendo com
que os CE sejam vistos como saudáveis, agradáveis, "legais", seguros e
divertidos.53
Os métodos de propaganda também incluem o apoio de celebridades, o
patrocínio de eventos e a distribuição de amostras grátis, tais ações são ilegais para
a divulgação de cigarros convencionais, visto que elas podem promover a iniciação
e progressão dos jovens no uso de produtos de tabaco tradicionais, o que também
promove o uso de CE,32 entretanto ainda não existem regulamentações específicas
para propagandas de CE em diversos países. Buscando compreender como as
propagandas afetam o uso do CE pelos mais jovens, Jenssen et. al. (2019)32 relatou
que em 2016, 78,2% dos alunos do ensino fundamental e médio (20,5 milhões de
jovens) dos EUA foram expostos a anúncios de CE de pelo menos uma fonte, o que
poderia aumentar a intenção do uso de CE entre eles.32
Apesar das propagandas serem direcionadas para adolescentes e jovens, os
CE são proibidos para venda a menores de 18 anos. Os CE podem ser comprados
em vários pontos de venda, que incluem lojas de tabaco/vaper, quiosques de
16
5. DISCUSSÃO
O CE, que é um sistema eletrônico de liberação de nicotina vem ganhando
mais popularidade nos últimos anos, devido a isso diversos estudos buscaram
compreender quais são os seus efeitos no organismo humano, de forma que foram
realizados: estudos comparativos do CE vs. formas de tratamento existentes para
se atingir a cessação do tabagismo, pesquisas sobre os componentes químicos do
e-líquido e do aerossol formado durante seu uso, além da possibilidade de
desenvolvimento e exacerbação de doenças pulmonares, cardiológicas e
imunológicas, assim como uma nova porta de entrada para outras drogas.
Quando avaliado os hábitos de fumar relacionados ao uso de CE, Polosa 52,
Pulvers 40, Caponnetto 50 e Piper 42 determinaram que o uso dual está relacionado
a uma redução significativa no uso de cigarros convencionais e atraso no primeiro
cigarro do dia. Porém, as intenções de parar de fumar não aumentaram e as
concentrações de CO e cotinina não diferiram significativamente, demonstrando
uma possível substituição da fonte de nicotina. Essa troca diminui a exposição do
usuário aos agentes tóxicos do cigarro convencional, mas em contrapartida
aumenta a exposição aos componentes tóxicos do CE, de forma que o usuário dual
fica ainda mais exposto a compostos químicos tóxicos do que um usuário exclusivo
de cigarro convencional ou CE.
Quando comparado o uso de CE como forma de tratamento para se atingir a
cessação do tabagismo, Flacco 41 e Bullen 51 compararam as taxas de abstinência
proporcionadas pelo CE vs. cigarros convencionais, uso dual, CE sem nicotina e
adesivos de nicotina. O estudo concluiu que não houve diferença significativa na
abstinência proporcionada pelo CE que justifique seu uso como forma de tratamento
para parar de fumar. Além disso, a OMS também afirmou que não apoia o uso de
CE como forma de tratamento e reafirmou a recomendação do uso de
medicamentos e tratamentos já existentes.45
Para contornar a falta de diferença significativa na abstinência proporcionada
pelo CE, outros estudos 22,25,29,45 buscaram identificar os componentes do e-líquido
e do aerossol de diversos sabores e marcas, de modo que identificaram diversas
substâncias tóxicas e cancerígenas, sendo que algumas são permitidas para o
18
consumo em alimentos, mas que são tóxicas e não recomendadas para a inalação.
Além disso, os componentes químicos do CE também estão sendo associados ao
desenvolvimento de doenças pulmonares, cardiológicas e alterações imunológicas.
Não apenas danos fisiológicos, mas danos físicos como queimaduras e até mortes
foram relatados devido à explosão dos dispositivos eletrônicos, sendo as mãos,
rosto, coxa e virilha as regiões mais afetadas.
Mesmo com o CE não apresentando superioridade significativa na taxa de
abstinência, ele ainda expõe o usuário a uma série de compostos tóxicos que outras
formas de tratamento não possuem, como por exemplo os adesivos de nicotina, de
modo que seu uso aparenta ser mais danoso do que beneficiário aos usuários.
Com isso, o uso de longo prazo do CE tem levantado diversas preocupações
em organizações e profissionais de saúde e também em pesquisadores por todo o
mundo, além do eventual desenvolvimento de doenças e danos físicos, o uso de
CE por adolescentes e jovens adultos encoraja e facilita a iniciação do tabagismo,
de forma que esses jovens usuários ficam até 3 vezes mais propensos a fazer uso
de cigarros convencionais ou de outras drogas 22.
Foi constatado que o principal motivo de uso do CE pelos adolescentes e
jovens adultos é o sabor,22,33 sendo que se o sabor preferido do usuário não estiver
mais disponível, ele deixaria de fazer uso do CE.54 Tal informação é fundamental
para criar mecanismos e regulamentações que visem não incentivar o uso de CE,
tornando proibida a comercialização de determinados sabores, como foi feito nos
EUA.19
Além da comercialização, a regulamentação de CE também deve criar
mecanismos que busquem proteger os jovens de propagandas que tentam
incentivar o uso de CE, seja por meio da televisão ou sites de entretenimento, visto
que milhares de jovens são expostos às propagandas que podem aumentar a
intenção de uso e que facilitam a sua compra.32
19
6. CONCLUSÃO
Ao relacionarmos os objetivos deste trabalho com os resultados obtidos,
vemos que a) os CE são capazes de alterar os hábitos de fumar de fumantes
convencionais mas não interferem na intenção de se atingir a cessação do
tabagismo quando o usuário não busca por parar de fumar e também não
apresentam diferenças significativas que justifiquem seu uso como terapia de
cessação do tabagismo em comparação a outros tratamentos já existentes; b)
apesar de conterem menos compostos químicos tóxicos em relação aos cigarros
convencionais, os CE ainda apresentam muitos componentes tóxicos e
cancerígenos que estão e podem estar relacionados ao desenvolvimento de
doenças pulmonares, cardiológicas e imunológicas, além da exacerbação de
doenças já presentes em seus usuários; c) o fácil acesso às propagandas e aos
estabelecimentos de compra de CE facilita o início do uso por adolescentes e jovens
adultos, sendo o sabor um fator fundamental na iniciação, além de que seu uso está
relacionado a maiores chances de experimentação de cigarros convencionais, THC
e à utilização drogas de abuso como cocaína.
20
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