Livro Sobre Mei
Livro Sobre Mei
Livro Sobre Mei
Significa que, em regra, o segurado que possui mais de um vínculo obrigatório não
pode optar por contribuir apenas em um dos vínculos.
Então, se você exerce atividade como MEI e como empregado (CLT), ao mesmo tempo,
deve efetuar recolhimentos/contribuições em ambas as categorias.
No Brasil, a partir do momento em que uma pessoa exerce atividade remunerada, ela
está automaticamente vinculada ao INSS.
Ou seja, o ato de filiação ocorre de forma automática, porque só basta que a pessoa
exerça alguma atividade remunerada.
Essa filiação independe da vontade do trabalhador, já que o simples exercício do
trabalho remunerado gera vinculação automática ao INSS.
Basicamente, se você trabalha e recebe por isso, você deve contribuir para o INSS.
Tem exceção?
Sim!
Caso você contribua no valor do Teto do INSS em um desses vínculos, estará
dispensado de realizar o recolhimento pelo outro.
Em 2023, o valor do Teto do INSS é de R$ 7.507,49.
Então, por exemplo, se você já contribui no valor do Teto como empregado CLT,
não vai precisar contribuir como MEI.
Ou vice-versa.
Logo mais, vou mostrar com exemplos como saber se a soma das suas contribuições
ultrapassam o Teto. Continue me acompanhando.
João exerce atividade como empregado CLT na Empresa ‘X’, e também exerce uma
atividade como MEI.
Na empresa ‘X’, o patrão de João efetua o recolhimento da sua contribuição
previdenciária sobre o valor de R$ 7.000,00 (sua remuneração).
Então, o valor máximo que João tem que recolher como MEI é de 15% sobre
R$507,49 (valor do Teto do INSS menos o valor já recolhido como empregado CLT).
Veja que, nesse caso, como o valor da soma das remunerações ultrapassa o valor do
Teto do INSS, João terá que recolher um valor abaixo do salário-mínimo nacional
como MEI.
José exerce atividade como empregado CLT na Empresa ‘Z’, e também exerce
atividade como MEI.
Na empresa ‘Z’, o patrão de José efetua o recolhimento da sua contribuição
previdenciária sobre o valor de R$ 6.205,49 (sua remuneração).
Então, o valor que José tem que recolher como MEI é de 15% sobre R$ 1.320,00
(valor do salário mínimo nacional em 2023).
Fazendo a somatória, o salário de contribuição de José será R$ 6.205,49 (remuneração
na empresa ‘Z’) + R$ 1.320,00 (recolhimento como MEI), totalizando R$ 7.507,49, o
exato valor do Teto do INSS em 2023.
Lembre-se: o recolhimento como MEI é sempre com base no valor do salário-mínimo.
Caso o segurado queira recolher com valores maiores, ele deve se tornar um autônomo.
Não!
O valor da aposentadoria tem um limite, que é o Teto do INSS.
Em linhas gerais, você nunca vai receber um benefício acima do Teto do INSS.
Existem raríssimas exceções, que já explicamos aqui.
Mesmo se você exercer as duas atividades (MEI e CLT) e somar as contribuições, você
não vai receber acima do Teto vigente no ano (R$ 7.507,49 em 2023).
Para a análise do seu caso em específico, o mais indicado é sempre consultar um
advogado especialista para orientá-lo.
Quer saber como não errar na hora de contratar um advogado?
Leia as 9 dicas que separamos para você: Advogado Previdenciário: O Que Faz e 9
Dicas para Escolher o Melhor.
Conclusão
Se você leu até aqui, aprendeu que tanto o empregado CLT quanto o MEI
são segurados obrigatórios do INSS, e, por isso, devem realizar contribuições em
ambos os vínculos.
Aprendeu, também, como funcionam as contribuições nesses casos, quem é o
responsável por elas e qual é a vantagem de contribuir nos dois vínculos.
Além do mais, descobriu o que fazer quando a quantia paga para o INSS supera o valor
do Teto do INSS.
Se você exerce atividade como MEI e empregado CLT, é obrigado a fazer o
recolhimento em ambos os vínculos.
Mas, assim como o valor da sua futura aposentadoria, essas contribuições
estão limitadas ao valor do Teto do INSS.
Fique muito atento a isso!
Caso o valor já esteja no Teto do INSS em um dos vínculos, você vai ser dispensado de
fazer o recolhimento pelo outro.
Da mesma forma, como a soma das contribuições não deve superar o valor do Teto
do INSS, você pode solicitar o reembolso dos últimos 5 anos se tiver contribuído a
mais.
Gostou dessas informações e conhece alguém que pode se beneficiar deste
conteúdo? Então, compartilhe o artigo pelo Whatsapp.
Tenho certeza que esse material pode ajudar muita gente.
Para ficar por dentro de todas as regras e atualizações da Previdência, acompanhe o
Blog do Ingrácio diariamente.
Como fica o cálculo da
aposentadoria para quem
contribui como CLT e como
MEI?
Escrito por Carlos Castro, CFP®
A partir de 2003, o cálculo do benefício passou a ser feito pela soma dos salários de
"Sou professora e trabalho também como freelancer. Pensei em me tornar MEI, e com isso
passarei a contribuir mensalmente como autônoma para o INSS. Quando eu for me
aposentar, as duas contribuições contam ou apenas uma delas? Com quanto tempo de
contribuição poderei me aposentar?"
Esta dúvida é frequente e ocorre principalmente entre profissionais como professores, médicos e
enfermeiros, que acabam trabalhando em mais de uma função. No caso em que a contribuição
para a previdência social é feita no exercício de mais de uma atividade econômica, sob a
perspectiva do direito previdenciário, dizemos que o profissional exerce atividades
concomitantes. As contribuições previdenciárias em atividades concomitantes contam sim para
o cálculo do benefício social.
A partir de abril de 2003, o cálculo do benefício passou a ser feito pela soma dos salários de
contribuição das atividades concomitantes. O benefício da aposentadoria é limitado pelo teto
para atividades exercidas na iniciativa privada, recentemente corrigido para R$ 6.101,06. Este
valor pode ser maior no caso dos servidores que tenham ingressado no setor público até 31 de
dezembro de 2003 e que têm garantida a aposentadoria integral. Logo, os benefícios de
atividades concomitantes serão somados, mas o resultado da soma não poderá ser maior que o
maior valor de aposentadoria permitido em cada atividade, de acordo com as regras de cálculo
de benefício dos setores público e privado.
Com a aprovação da Reforma da Previdência, houve mudanças nas regras de aposentadoria para
professores e para microempreendedor individual (MEI).
Os professores do setor público poderão se aposentar com idade mínima de 57 anos se mulheres
e 60 anos se homens. O tempo mínimo de contribuição é de 25 anos, sendo 10 anos no serviço
público e 5 no cargo em que for concedida a aposentadoria. Os professores da iniciativa privada
se aposentam com 57 anos, se mulher, e 60 anos, se homem, com tempo mínimo de
contribuição de 25 anos. Os professores que já contribuíram para a previdência social antes da
reforma poderão antecipar a aposentadoria de acordo com as 4 regras de transição para os
professores da iniciativa privada e 2 regras para os servidores públicos. Estas regras estão
disponíveis para consulta no site da Previdência Social.
As variáveis acerca da previdência social são muitas. Para que a decisão seja tomada de maneira
que se possa ter o benefício previdenciário justo, é importante contar com o apoio de
profissionais especialistas em planejamento financeiro e em direito previdenciário.
O MEI não pode ser sócio, titular ou administrador de nenhuma outra empresa.
Também não podem ser microempreendedores individuais as pessoas que atuam em
profissões intelectuais ou regulamentadas. Profissões regulamentadas são as que exigem
diploma ou registro em órgãos de classe.
Dito isso, reportemo-nos à questão apresentada: “O tempo como MEI pode ser somado
ao tempo como CLT na hora de pedir aposentadoria?”. A resposta é positiva.
Sim, o tempo de contribuição na condição de MEI poderá ser somado ao tempo de
celetista ou de contribuinte individual no ato da aposentadoria, desde que não seja
concomitante. Contudo, a priori, em sendo computado o tempo de MEI o contribuinte
somente terá direito a aposentadoria por idade e no valor do salário mínimo.
Se pretender uma aposentadoria superior ao salário mínimo, o MEI poderá optar por
complementar o recolhimento previdenciário com mais 15%. Nesse caso, continuará
pagando os 5% de praxe via DAS (Documento de Arrecadação do Simples) sobre o
salário mínimo. Para recolher o INSS complementar, o MEI deve emitir a Guia da
Previdência Social (GPS) sob o código 1910.
Sabendo-se que a alíquota é de 20%, é fácil concluir que o valor mensal da contribuição
previdenciária a ser recolhida pelo contribuinte varia de R$ 220,00 (piso) a R$ 1.286,71
(teto). Caso opte pelo recolhimento complementar, o MEI deverá abater do valor
apurado de 20% sobre sua base de cálculo o valor de R$ 55,00 recolhido através do
DAS.
É valioso ter presente que a contribuição como MEI pode ser somada com outras
contribuições (CLT, Autônomo), podendo, também, aumentar o valor da aposentadoria.
Esclareça-se que o MEI não está impedido de, por exemplo, ter vínculo empregatício
e/ou auferir rendimentos na qualidade de autônomo.
Por outro lado, se o MEI optar por recolher o adicional de 15% sobre o salário mínimo,
a aposentadoria observará as normas aplicáveis aos demais contribuintes do Regime
Geral da Previdência Social – RGPS (INSS), sendo lícito somar o tempo de
contribuição na condição de MEI com o tempo das demais contribuições (CLT,
Autônomo), podendo, nesse caso, alcançar uma aposentadoria superior ao salário
mínimo.
Por último, independentemente de optar pelo recolhimento previdenciário
complementar de 15%, o MEI tem direito aos seguintes benefícios: (i) aposentadoria
por invalidez; (ii) salário-maternidade; (iii) pensão por morte; e (iv) auxílio-reclusão.
Como paga menos, o MEI que não paga o INSS Complementar tem
“menos direitos”:
1. Não pode utilizar a sua contribuição como MEI para se aposentar por
tempo de contribuição; e
2. Não pode utilizar a sua contribuição como MEI para a emissão
de Certidão de Tempo de Contribuição (CTC) e contagem
recíproca em outro Regime de Previdência Social (situação dos
servidores públicos).
Além disso, existe o risco de que a sua aposentadoria seja limitada
a 1 salário mínimo.
Além disso, não corre o risco de que a sua aposentadoria seja limitada
a 1 salário mínimo.
1. Pedágio de 50%;
2. Pedágio de 100%;
3. Idade mínima progressiva; e
4. Aposentadoria por pontos .
Todavia, o MEI que não paga o INSS complementar não pode se
aposentar por tempo de contribuição, nem com as regras anteriores à
reforma, nem com as regras de transição.
Entretanto, o MEI que não paga o INSS Complementar não tem este
direito.
Mas não é certo que esta situação vai durar para sempre. Afinal, há
uma norma na Constituição Federal afirmando que o valor da
aposentadoria daquele que contribui de forma reduzida deve ser
limitada a 1 salário mínimo.
Para ter certeza quanto ao melhor valor neste caso, o ideal é antes
realizar uma consulta ou planejamento previdenciário . Assim,
você terá certeza de que estará contribuindo com o valor certo sem
correr o risco de estar jogando dinheiro fora.
Isto será possível desde que você exerça mais de uma atividade
remunerada.
Atenção
Porém, se tiver uma média salarial mais elevada por ter contribuído
acima do salário mínimo em algum momento da sua vida contributiva,
a questão é mais polêmica e envolve um risco para o contribuinte.
Porém, para quem está contribuindo como MEI e ainda está longe da
aposentadoria, existe o risco de que, no futuro, o INSS passe a aplicar
o que está previsto na Constituição Federal e limite o valor da sua
aposentadoria sempre ao valor do salário mínimo, caso você não
esteja pagando o INSS Complementar.
Pedágio de 50%;
Pedágio de 100%;
Idade mínima progressiva; e
Aposentadoria por pontos .
Se você tiver a possibilidade de se aposentar com base em alguma
destas regras de transição e quiser utilizar um tempo de contribuição
como MEI para esta finalidade, deverá pagar o INSS Complementar.
Mês a mês
Caso opte por pagar o INSS Complementar mês a mês, você tem 2
caminhos possíveis:
1. Nome completo;
2. Data de vencimento (até o dia 15 do mês seguinte ao da contribuição);
3. Código de Pagamento 1910;
4. Mês da contribuição (por exemplo, “03/2022” para a contribuição de
março de 2022);
5. Número do NIT/PIS/PASEP; e
6. 15% do salário mínimo.
Em seguida, deve pagá-lo em uma casa lotérica ou em uma agência
bancária conveniada.
Provavelmente, isto vai dar um trabalho bem grande. Por isso também
há a possibilidade de solicitar diretamente ao INSS, seja no
requerimento de aposentadoria ou em um requerimento específico, a
emissão desta guia com o valor completo do período que você deseja
complementar.
Assim, não vai correr o risco de pagar a menor e não atingir o objetivo
que espera nem de pagar a mais e acabar desperdiçando dinheiro.
Conclusão
O INSS Complementar do MEI é um forma de garantir ao MEI os
mesmos direitos previdenciários de qualquer outro contribuinte
individual (autônomo).
Ou seja, uma análise profunda, caso a caso, vai permitir concluir o que
é mais vantajoso para o seu caso.
O principal quesito para definir se uma empresa pode optar pelo regime de
Microempreendedor Individual (MEI) ou se deverá ser registrado como Pequena ou
Micro Empresa (ME) optante do Simples Nacional é o faturamento. Por isso, quem
está começando um novo negócio precisa ter uma estimativa de arrecadação anual
para começar a dar andamento à formalização.
No entanto, existem outras regras que distinguem MEI e Simples Nacional e que
podem fazer muita diferença para novos empreendedores ou mesmo para quem já
está no mercado há algum tempo, mas de modo informal.
Formalização
Quem escolhe ser MEI passa por um processo mais simples para obter o registro no
Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), que pode ser feito totalmente online
através do site do Portal do Empreendedor.
Contabilidade
O MEI pode optar por fazer sozinho seu livro caixa com registro de entradas e saídas
mensais, desde que de forma organizada. Portanto, não é obrigatório contratar um
contador e, inclusive, alguns profissionais credenciados estão à disposição para
orientar os microempreendedores individuais de forma gratuita. Anualmente, deve ser
entregue a Declaração Anual de Faturamento, que também é bastante simples e feita
totalmente online pelo Portal do Empreendedor.
Número de funcionários
Uma diferença bastante marcante entre MEI e Simples Nacional está relacionada ao
número de funcionários, que no caso do Microempreendedor Individual, está limitado à
contratação de apenas uma pessoa, cujo salário deve corresponder ao mínimo de R$
998 ou ao piso da categoria em que se o funcionário enquadre.
Os tributos que compõe a alíquota do Simples Nacional são o IRPJ, CSLL, PIS/Pasep,
Cofins, IPI, ICMS, ISS, além da contribuição para Previdência Social (INSS). Já o MEI
paga somente a contribuição ao INSS e a taxa do ISS ou ICMS (já previstas nos
valores fixados descritos acima).
Na verdade, o MEI não é uma empresa, mas um profissional individual que tem
algumas prerrogativas de empresa mediante a obtenção do registro no CNPJ. Ou seja,
não é todo tipo de negócio que se enquadra como MEI, e para saber se você pode
optar por esse modelo tributário, basta acessar aqui a lista de atividades permitidas.
Ainda que este seja um regime com maior carga tributária em comparação ao MEI,
também é mais simplificado que outros modelos de classificação empresarial, e por
isso a opção pelo Simples Nacional também está condicionada ao tipo de atividade,
conforme a CNAE (Classificação Nacional de Atividade Econômica).
As empresas optantes do Simples podem ter sócios, desde que não residam no
exterior e não sejam titulares ou também sócios de outras empresas com regime
tributário diferente.
Se você já sabe qual o melhor tipo de regime tributário para o seu negócio e
deseja orientação para solicitar crédito e ampliar seu empreendimento, entre em
contato com o Banco do Empreendedor!