Apostila de Português PROF. ELI CASTRO
Apostila de Português PROF. ELI CASTRO
Apostila de Português PROF. ELI CASTRO
FUNDAMENTAÇÃO
Esta apostila está fundamentada nas seguintes gramáticas: Nova Gramática do Português
Contemporâneo, de Celso Cunha & Lindley Cintra; Nova Gramática da Língua
Portuguesa, de Evanildo Bechara; Novíssima Gramática da Língua Portuguesa, de
Domingos Paschoal Cegalla, Gramática para Concursos, de Marcelo Rosenthal e A
Gramática para concursos, de Fernando Pestana. Das cinco, sugiro a última, uma vez que
ela é rica em exercícios e traz base teórica na medida certa. Também sugiro a aquisição
do Dicionário Houaiss, o melhor disponível no mercado.
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O AUTOR
Eli Castro é graduado pela Universidade Estadual do Ceará (UECE) com licenciatura em
Língua Portuguesa, Literatura e Língua Espanhola. Foi professor de espanhol do Núcleo de
Línguas da UECE entre os anos de 2002 e 2005. É mestre em Literatura Brasileira
Contemporânea pela Universidade Federal do Ceará (UFC), onde foi professor substituto
entre os anos de 2008 e 2010. É professor dos principais cursinhos preparatórios para
concursos em Fortaleza. Eventualmente, leciona, também, em cursos de pós-graduação
em faculdades particulares. Atualmente, dedica-se ao estudo da psicanálise. Em breve,
talvez possa exercer, também, o papel de analista.
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Sumário
Fonologia.
Acentuação gráfica.
Domínio da ortografia oficial (Novo Acordo Ortográfico e uso do hífen).
Estrutura das palavras e Processos de formação de palavras.
Domínio da estrutura morfossintática do período (Morfologia II ─ inclui emprego e
correlação de tempos e modos verbais).
Regência verbal (Tema base para Termos da oração e crase).
Regência nominal (Tema base para Termos da oração e crase).
Colocação pronominal.
Emprego do sinal indicativo de crase.
Concordância verbal.
Concordância nominal.
Termos da oração (Tema base para as relações de coordenação e subordinação)
Emprego dos sinais de pontuação.
Relação de coordenação entre os termos da oração (Orações coordenadas)
Relação de subordinação entre os termos da oração (Orações subordinadas
adjetivas).
Relação de subordinação entre os termos da oração (Orações subordinadas
substantivas).
Relação de subordinação entre os termos da oração (Orações subordinadas
adverbiais).
Compreensão e interpretação de textos (análise do discurso: pressupostos,
subentendidos e implícitos).
Reconhecimento dos tipos e gêneros textuais (Tipologia textual e Gêneros textuais).
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FONOLOGIA
FONEMA
Dá-se o nome de fonema ao menor elemento sonoro capaz de estabelecer uma distinção
de significado entre as palavras. Observe, nos exemplos a seguir, os fonemas que marcam
a distinção entre os pares de certas palavras:
barata batata
rato pato
morro corro
nexo sexo
Veja como esses sons distintivos (esses fonemas) são importantíssimos para um falante
do português:
Fonema e Letra
O fonema não deve ser confundido com a letra. Na língua escrita, representamos os
fonemas por meio de sinais chamados letras. Portanto, letra é a representação gráfica do
fonema. Na palavra sapo, por exemplo, a letra s representa o fonema /s/ (lê-se “sê”); já
na palavra brasa, a letra s representa o fonema /z/ (lê-se “zê”).
Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. É o
caso do fonema /z/, que pode ser representado pelas letras z, s, x:
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Exemplos:
Já em outros casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema. A letra x, por
exemplo, pode representar:
ALFABETO FONÉTICO
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NÚMERO DE LETRAS X NÚMERO DE FONEMAS
Exemplos:
A LETRA DIACRÍTICA
LETRA ETIMOLÓGICA
Trata-se da letra H. Ainda que ela não represente nenhum som, faz parte do passado
etimológico de muitas palavras e, por isso, é conservada até os dias atuais em muitos
vocábulos.
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DÍGRAFO
O dígrafo ocorre quando duas letras representam um único fonema. A segunda letra é a
chamada diacrítica, como já vimos.
a) Consonantais: gu, qu, ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc, xs.
Ex.: guerreiro, queda, chave, nhoque, arrastão, assado, exceção, exsudar, exsicar,
descendente, excitar.
Obs.: os conjuntos “ha”, “ho”, “he” das palavras Habitante, Homenagem e Hediondo, por
exemplo, não constituem dígrafos. O “H” nada mais é do que uma letra etimológica.
Outros exemplos:
- GUERREIRO
- LANCHA
- EXCEÇÃO
- CHAMAR
- NHOQUE
DÍFONO
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VOGAIS X SEMIVOGAIS
Dica:
A E I O U
3 2 1 2 1
Exemplos:
Obs.: as semivogais /j/ e /w/ podem aparecer representados na escrita por "e", "o" ou
"m".
Veja:
CUIDADO!!!
Alguns gramáticos, como Celso Cunha e Sacconi, consideram a letra L uma semivogal (
/w/ ) em finais de sílabas (sal, mal, sol, alto, alvo etc.) por terem som de U. Esse pedido,
entretanto, é pouquíssimo visto em provas de concursos.
a) Orais: quando o ar sai apenas pela boca: /a/, /e/, /i/, /o/, /u/.
Ex.:
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c) Átonas: pronunciadas com menor intensidade.
e) Abertas:
f) Fechadas:
Consoantes
Exemplos:
Encontros Vocálicos
1) Ditongo
É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba.
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a) Crescente: quando a semivogal vem antes da vogal.
Por Exemplo: sé-rie (i = semivogal, e = vogal) área, marmóreo, tênue, nódoa, quieto,
aquoso.
2) Tritongo
É a sequência formada por uma semivogal, uma vogal e uma semivogal, sempre nessa
ordem, numa só sílaba. Pode ser oral ou nasal.
Exemplos:
3) Hiato
É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que pertencem a sílabas diferentes,
uma vez que nunca há mais de uma vogal numa sílaba.
Por Exemplo: saída (sa-í-da), poesia (po-e-si-a), rainha (ra-i-nha), ruim (ru-im), aí (a-í) etc.
É considerado um falso hiato o encontro entre uma vogal + semivogal + uma, vogal que
pertencem a sílabas diferentes como em prai-a, mei-o, joi-o etc.
Esquematizando
V + SV SV + V + SV V+V V + SV + V
SV + V
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Mesma sílaba Mesma sílaba Sílabas diferentes Sílabas diferentes
Encontros Consonantais
Há ainda grupos consonantais que surgem no início dos vocábulos; são, por isso,
inseparáveis:
ATENÇÃO!!!
EXERCÍCIO I
A) HISTÓRIA
B) TAMBÉM
C) SAINDO
D) BEIJO
E) REFÉM
a) Peito / meia
b) Mãe / rei
c) Lírio / partiu
d) Quando / vácuo
e) Sua / pai
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03- Em qual opção em que não se nota uma palavra com uma vogal aberta, oral e
tônica.
a) Até
b) Bota
c) Patrulha
d) Trem
e) Vovó
04- Em qual vocábulo não se nota número de letras igual ao número de fonemas?
a) Trapaça
b) Montaria
c) Bem
d) Peixe
e) Revólver
a) Mínguam
b) Pinguim
c) Saguão
d) Uruguai
a) Praia
b) Meia
c) Saia
d) Gaiola
e) Poético
GABARITO
01 02 03 04 05 06
C C D B B E
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ACENTUAÇÃO GRÁFICA
CUIDADO!!!!! Polêmica!!!!!
B) -ão, -ãos, -ã, -ãs: órfão, órfãos, órfã, órfãs; ímã, ímãs, órgão, órgãos.
C) -i, -is: júri, júris, lápis, biquíni, biquínis, táxi, táxis etc.
D) -on, -ons: próton, prótons, nêutron, nêutrons, elétron, elétrons, íon, íons, píton,
pítons.
E) -um, -uns, -us: álbum, álbuns, bônus, Vênus, médium, médiuns, fórum, fóruns,
quórum.
F) l, n, r, x, ps,: amável, fácil, hífen, pólen, dólar, revólver, hambúrguer, Félix, tórax,
tríplex, látex, bíceps, fórceps.
A) Oxítonas: vatapá, cajá, Pará, você, vocês, café, cipó, paletós, mocotó, avô, mantê-
los, propô-lo, manifestá-la, chapéu, chapéus, papéis, corrói, anzóis etc.
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CUIDADO: REGRA SOMENTE PARA AS OXÍTONAS.
TERMINAÇÃO EXEMPLO
A) Monossílabas: cá, fé, é, és, pó, pôs, mês, ré, sós, mês, fê-la, pô-los, dá-las, céu,
céus, réis, réu, réus, dói, róis etc.
4- Acento nas vogais i e u: Para serem acentuadas, as vogais I e U precisam preencher as
seguintes condições:
a) ser tônicas;
b) ser precedidas de vogal;
c) formar sílaba sozinha ou com S.
Exemplos: aí, caí, juízes, caído, Luís, incluí-lo, caíste, baú, saúde, gaúcho, balaústre.
Basta falhar uma dessas condições para não mais haver acento: vai, cai, juiz, caindo, Luiz.
Exceções:
Obs.: Para que se caracterize a exceção, é necessário existir o dígrafo NH depois da vogal.
Mudanças no alfabeto
A B C D E F G H I J K L M N O P Q RSTU V W X Y Z
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b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy,
playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.
Uso do Trema
Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela
deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.
Atenção:
Quanto à acentuação
1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas
(palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
Atenção:
Essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser
acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: papéis,
herói, heróis, troféu, troféus.
Atenção:
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Depois de ditongo crescente, nas palavras oxítonas, o i ou o u serão acentuados
normalmente.
Atenção:
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Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. Exemplo:
Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.
Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir,
assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir
etc.).
Exemplos:
REGRAS
Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo. Mas, como se
trata ainda de matéria controvertida em muitos aspectos, para facilitar a compreensão
dos leitores, apresentamos um resumo das regras que orientam o uso do hífen com os
prefixos mais comuns, assim como as novas orientações estabelecidas pelo Acordo.
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Obs.: Algumas palavras, com o tempo, perderam, em certa medida, a noção de
composição, e passaram a se escrever sem o hífen.
3- EMPREGA-SE HÍFEN nos nomes geográficos compostos pelas formas grã, grão, ou
por forma verbal ou, ainda, naqueles ligados por artigo:
Cão de guarda, fim de semana, fim de século, sala de jantar, cor de açafrão, cor de
café, cor de vinho, depois de amanhã, em cima, por baixo de, por cima de, apesar
de, a fim de, em contrapartida, faz de contas, um deus nos acuda, tomara que
caia, maria vai com as outras, ponto e vírgula, comum de dois, arco e flecha etc.
Exemplos:
anti-higiênico anti-histórico
co-herdeiro macro-história
mini-hotel proto-história
sobre-humano super-homem
ultra-humano
Exemplos:
aeroespacial agroindustrial
anteontem antiaéreo
antieducativo autoaprendizagem
autoescola autoestrada
autoinstrução coautor
coedição extraescolar
infraestrutura plurianual
semiaberto semianalfabeto
semiesférico semiopaco
Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este
se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar,
coocupante etc.
Exemplos:
anteprojeto antipedagógico
autopeça autoproteção
coprodução geopolítica
microcomputador pseudoprofessor
semicírculo semideus
seminovo ultramoderno
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Exemplos: vice-rei, vice-almirante etc.
Exemplos:
antirrábico antirracismo
antirreligioso antirrugas
antissocial biorritmo
contrarregra contrassenso
cosseno infrassom
microssistema minissaia
multissecular neorrealismo
neossimbolista semirreta
ultrarresistente ultrassom
11- EMPREGA-SE HÍFEN quando o prefixo termina por vogal e o segundo elemento
começa pela mesma vogal.
Exemplos:
anti-ibérico anti-imperialista
anti-inflacionário anti-inflamatório
auto-observação contra-almirante
contra-atacar contra-ataque
micro-ondas micro-ônibus
semi-internato semi-interno
Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-região,
sub-raça etc.
Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e
vogal: circum-navegação, pan-americano etc
14- NÃO SE USA O HÍFEN quando o segundo elemento começar por vogal e o prefixo
termina por consoante.
Exemplos:
hiperacidez hiperativo
interescolar interestadual
interestelar interestudantil
superamigo superaquecimento
supereconômico superexigente
superinteressante superotimismo
15- USA-SE SEMPRE O HÍFEN com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré,
pró, vice.
Exemplos:
além-mar além-túmulo
aquém-mar ex-aluno
ex-diretor ex-hospedeiro
ex-prefeito ex-presidente
pós-graduação pré-história
pré-vestibular pró-europeu
recém-casado recém-nascido
sem-terra
16- DEVE-SE USAR O HÍFEN com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim.
Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.
17- DEVE-SE USAR O HÍFEN para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se
combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos
vocabulares.
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Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo, o percurso Lisboa-Coimbra- Porto, o
trecho Fortaleza-Itapipoca-Sobral etc.
18- NÃO SE DEVE USAR O HÍFEN em certas palavras que perderam a noção de
composição.
Exemplos:
girassol madressilva
mandachuva paraquedas
paraquedista pontapé
Observações
1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por “r”: sub-
região, sub-raça etc. Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem
hífen: subumano, subumanidade.
2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e
vogal: circum-navegação, pan-americano etc.
a) Cão de guarda
b) Fim de semana
c) Fim de século
d) Sala de jantar
e) Cor de açafrão
f) Cor de café com leite
g) Cor de vinho
h) Deus nos acuda
i) Salve-se quem puder
j) Um faz de contas
k) Um disse me disse
l) Um maria vai com as outras
m) Bumba meu boi
n) Tomara que caia
o) À toa
p) Dia a dia
q) Arco e flecha
r) Calcanhar de aquiles
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s) Comum de dois
t) Tão somente
u) Ponto e vírgula
a) Água-de-colônia
b) Arco-da-velha
c) Cor-de-rosa
d) Mais-que-perfeito
e) Pé-de-meia
f) Ao deus-dará
g) À queima-roupa
Acordo Ortográfico
Exercícios 1
a) Má-fé:
_________________________________________________________________________
_________________________________
Correto: 1º termo está representado por forma adjetiva. Ex.: luso-brasileiro, boa-fé,
ano-luz etc.
b) Luso-fonia:
_________________________________________________________________________
_________________________________
Errado: As formas afro- ,anglo-, euro-, indo-, franco- etc. continuam sendo grafadas sem
hífen.
c) Planalto:
_________________________________________________________________________
_________________________________
Correto: Não se reconhece mais o sentido de plano + alto. Ex.: Fidalgo, aguardente etc.
d) Conta-gotas:
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_________________________________________________________________________
_________________________________
Correto: 1º termo está representado por forma substantiva. Ex.: tio-avô, zé-povinho,
primeiro-ministro, porta-retrato etc.
e) Bem-dito
_________________________________________________________________________
_________________________________
Correto: Usa-se hífen quando o 1º elemento está representado por além, aquém,
recém, bem, sem. Ex.: bem-dizer, sem-número, recém-casado, além-mar, aquém-mar.
f) Sem-vergonha
_________________________________________________________________________
_________________________________
Correto: Usa-se hífen quando o 1º elemento está representado por além, aquém,
recém, bem, sem. Ex.: bem-dizer, sem-número, recém-casado, além-mar, aquém-mar.
Correto: Use-se hífen quando o 1º elemento for MAL e o 2º for VOGAL, H ou L. Exceção:
Mal de Alzheimer.
_________________________________________________________________________
_________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
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Errado: Adjetivos gentílicos serão grafados sempre com hífen. Ex.: juiz-forano, ouro-
pretense etc.
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j) Erva-doce, galo-de-campina, feijão-verde, couve-flor:
_________________________________________________________________________
_________________________________
Correto: nos compostos que designam espécies botânicas e zoológicas, usa-se o hífen.
Ex.: joão-de-barro, cobra-d`água etc.
A análise cuidadosa da estrutura das palavras mostra-nos que existem várias pequenas
partes que compõem um vocábulo, os chamados morfemas ou elementos mórficos.
MORFEMAS
►Raiz;
►Radical;
►Vogal temática;
►Tema;
►Desinências;
►Afixos;
►Vogais e consoantes de ligação.
1º) RAIZ
Assim, a raiz noc (do latim nocere = prejudicar) tem significação geral de causar dano, e a
ela se prendem, pela origem comum, as palavras nocivo, nocividade, inocente, inocentar,
inócuo etc.
2º) RADICAL
Em verbos
Coloque o verbo no infinitivo e isole o “R” final e a vogal anterior a ele. Assim, em
CANTAR, teremos:
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RADICAL VOGAL CONSOANTE “R”
CANT A R
Em nomes
Coloque o nome em sua forma primitiva. Depois, isole a parte irredutível do vocábulo.
Assim, em PANELA, teremos:
Tem como função preparar o radical para ser acrescido pelas desinências de gênero e
número, quando for nome; e também, quando for verbo, para indicar a conjugação a que
este pertence.
►Exemplo: saber, cantar, vender, partir, terra, milho, cerveja, vinho etc.
OBSERVAÇÃO:
Exemplo:
(Eu) parto (radical + desinência), barril, tatu, saci, sabiá, peru, caju, sutil etc.
Esses vocábulos que não possuem vogal temática são chamados de atemáticos. Nos
nomes, veja que a última vogal dos vocábulos atemáticos é tônica.
4º) TEMA
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É o radical com a presença da vogal temática. O tema dá o “assunto” da palavra, ou seja,
diz o que ela, de fato, significa.
Veja:
Ex.:
Conclusão: é possível que existam palavras com o mesmo radical, mas com significados
(raízes) diferentes. O tema, então, expõe essas diferenças.
5ª) DESINÊNCIAS
São elementos que indicam as flexões que os nomes e os verbos podem apresentar. São
subdivididas em desinências nominais e desinências verbais:
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DESINÊCIA DE NÚMERO (PLURAL) DESINÊNCIA DE NÚMERO (SINGULAR)
S ø
LIVRO- LIVRO-
MESA- MESA-
PRINCESA- PRINCESA-
CONFUSO- CONFUSO-
COERENTE- COERENTE-
Obs.: o símbolo de vazio (ø) indica que, no português, em geral, só se sabe quando uma
palavra está no singular quando não se nota o “S”.
VOCÁBULO
LÁPIS
ÔNIBUS
ANIS
FÓRCEPS
Obs.: Lembre-se de que o plural dessas palavras é sabido apenas quando se tem o artigo
antes do vocábulo.
CUIDADO!!!
Nem todo “O” será uma desinência de gênero masculino. Muitas vezes, esse “O” não faz
a oposição entre os gêneros (masculino x feminino). Nesses casos, trata-se, apenas, de
uma vogal temática. Veja:
7º) DESINÊNCIAS VERBAIS – indicam o modo, número, pessoa e tempo dos verbos.
MODO INDICATIVO
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Presente Pret. Pret. Perf. Pret. + q Fut. Pres. Fut. Pret.
Imperf. Perf.
ø - IA Ø - RA -RE - RIA
- VA - RÁ ~
MODO SUBJUNTIVO
-A -SSE -R
-E
8º) AFIXOS
São elementos que se juntam aos radicais para formação de novas palavras. Os afixos
podem ser:
Exemplo:
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PREFIXO RADICAL SUFIXO
DES ARM- MENTO
IN ESQUEC- ÍVEL
Obs.: no primeiro exemplo acima, foi retirada a vogal de ligação “A” para que ficassem
expostos, apenas, os afixos e os radicais.
São elementos que são inseridos entre os morfemas (elementos mórficos), em geral, por
motivos de eufonia, ou seja, para facilitar a pronúncia de certas palavras.
Exemplo: silvícola, cronômetro, psicodélico, cafeicultura, pazada, paulada, chapeLaria,
cafeTeira, sonoLento, frioRento etc.
DERIVAÇÃO
É o processo pelo qual palavras novas (derivadas) são formadas a partir de outras que já
existem (primitivas). Podem ocorrer das seguintes maneiras:
- Prefixal;
- Sufixal;
- Prefixal-sufixal;
- Parassintética;
- Regressiva;
- Imprópria.
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
PREFIXAL
Exemplos:
DESFAZER
INÚTIL
AMORAL
IMORAL
AFÔNICO
REORGANIZAR
Veja a sequência:
Os falsos prefixos
Algumas palavras têm estruturas que se assemelham a prefixos. Contudo não o são, pois
fazem parte do radical e, consequentemente, não apresentam valor semântico. Veja:
SUFIXAL
Exemplos:
Veja a sequência:
- GOIABEIRA (árvore que produz) , FIGUEIRA (árvore que produz), BANANEIRA (árvore
que produz) , CEGUEIRA (doença, afecção), BEBEDEIRA (excesso de.) .
PREFIXAL E SUFIXAL
Ocorre quando ambos os afixos surgem acoplados ao radical. Contudo, podem perder um
deles que, mesmo assim, o vocábulo continua com significação corrente.
- INFELIZMENTE
- AMORALIDADE
- DESMISTIFICAÇÃO
- DESMORALIZÁVEL
PARASSINTÉTICA
Exemplo:
- A-NOIT-ECER
- PER-NOIT-AR
- EN-FORC-AR
- DES-ALM-ADO
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
REGRESSIVA (ou DEVERBAL)
Exemplo:
Outros exemplos:
Amparar = o amparo
Perder = a perda
Enlaçar = o enlace
Dançar = a dança
Fugir = a fuga
Engasgar = o engasgo
IMPRÓPRIA
Processo de derivação que consiste na mudança de classe gramatical da palavra sem que
sua forma se altere.
Exemplos:
COMPOSIÇÃO
É o processo pelo qual a palavra é formada pela junção de dois ou mais radicais. A
composição pode ocorrer de duas formas: justaposição e aglutinação.
JUSTAPOSIÇÃO
Ocorre quando não há alteração nas palavras, e elas continuam sendo faladas e escritas
da mesma forma como eram antes da composição.
Detalhe: é possível, em palavras formadas por justaposição, que haja hífen ou não.
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
Exemplo: passatempo, seu-vizinho, beija-flor, guarda-roupa, radiocomunicação, boto-cor-
de-rosa, paraquedas, dezoito, beija-flor etc.
AGLUTINAÇÃO
Ocorre quando há alteração em pelo menos uma das palavras, seja na grafia, seja na
pronúncia.
OUTROS PROCESSOS
HIBRIDISMO
ONOMATOPEIA
SIGLA OU SIGLONIMIZAÇÃO
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ENEM: Exame Nacional do Ensino Médio.
Médico Veterinário: Méd.Vet.
Ministro: Min.
Professor: Prof.
NEOLOGISMO
Ex.:
ESTRANGEIRISMO
Ex.:
Do inglês (anglicismos)
Do francês (galicismos)
PALAVRA-VALISE
Consiste na combinação de duas palavras, sendo ao menos uma delas reduzida, formando
um novo vocábulo que abarque os dois significados anteriores.
Ex.:
Portunhol
Showmício
Chafé
Namorido
Sapatênis
Aborrecente
Dedoches
Chocotone
EXERCÍCIO
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1. Assinale a opção em que todas as palavras se formam pelo mesmo processo:
a) ajoelhar / antebraço / assinatura
b) atraso / embarque / pesca
c) o jota / o sim / o tropeço
d) entrega / estupidez / sobreviver
e) antepor / exportação / sanguessuga
a) hibridismo
b) aglutinação
c) justaposição
d) parassíntese
e) derivação regressiva
a) desagradável - complemente
b) navio- escola / pé-de-cabra
c) encruzilhada - estremeceu
d) supersticiosa - valiosas
e) desatarraxou - estremeceu
( ) aguardente 1) justaposição
( ) casamento 2) aglutinação
( ) portuário 3) parassíntese
( ) pontapé 4) derivação sufixal
( ) os contras 5) derivação imprópria
( ) submarino 6) derivação prefixal
( ) acéfalo
a) zunzum
b) reco-reco
c) toque-toque
d) tlim-tlim
e) fuga
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
b- Pereirinha estava mesmo com a razão. Sigilo... Voto secreto ... Bobagens,
bobagens!
c- Sem radical reforma da lei eleitoral, as eleições continuariam sendo uma farsa!
d- Não chegaram a trocar um isto de prosa, e se entenderam.
e- Dr. Osmírio andaria desorientado, senão bufando de raiva.
a) derivação
b) onomatopeia
c) hibridismo
d) composição
e) prefixação
a) prefixal
b) sufixal
c) regressiva
d) parassintética
e) imprópria
10. Assinale a opção em que nem todas as palavras são de um mesmo radical:
11. Em qual dos exemplos abaixo está presente um caso de derivação parassintética?
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
12. Em "O pernalta da vida e o passatempo do tempo que passa não brincam nos lagos da
lua", há, respectivamente:
a) um elemento formado por aglutinação e outro por justaposição
b) um elemento formado por justaposição e outro por aglutinação
c) dois elementos formados por justaposição
d) dois elementos formados por aglutinação
e) n.d.a
a) RA e SSE
b) S e MOS
c) VA e RA
d) S e M
e) RÁ e VA
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
B B B 2441536 E D A D C B
11 12 13 14
E A C E
MORFOLOGIA
As classes de palavras
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
1 - SUBSTANTIVOS
VERSOS ÍNTIMOS
Comum:
Próprio:
É aquele que particulariza uma coisa ou um ser. Os substantivos próprios têm uma história
no contexto.
Exemplos: Ayrton Senna, Recife, Gramado, Fortaleza, Audi, Pão de Açúcar, Heineken,
Coca-cola etc.
Concreto:
Exemplos: Casa, cobra, livros, mar, areia, rato, Deus, Saci etc.
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
Abstrato:
Nomeia seres ou coisas que dependem de outros seres ou de outras coisas para existir.
Exemplos: ódio, solidão, beleza, medo, pavor, salto, vantagem, amor etc.
Coletivo:
Quando um substantivo coletivo apresenta valor partitivo, nossa banca pode envolvê-lo
numa questão de concordância verbal. Fique atento.
Ex.:
Com quais verbos vamos preencher as lacunas acima? Resposta: com todos. Nesses
casos, o verbo pode concordar com o núcleo, ou com a expressão especificadora.
ARTIGOS
PEGADINHAS!!!
a) Não confundir os artigos definidos com os pronomes pessoais oblíquos.
*o = representa alguém citado no texto; mas poderia, num outro texto, representar algo, e
não uma pessoa+
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
-Ele não citou o motivo de sua demissão. (artigo)
*o = é o determinante de “motivo”+
*a = representa alguém citado no texto; mas poderia, num outro texto, representar algo, e
não uma pessoa+
* a = é o determinante de “moça”+
Morfologicamente Sintaticamente
ESQUEMATIZANDO
O “COMBO” DE PRONOMES
O que
Os que
A que
As que
Exemplos:
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
- Não sei se o que houve foi proposital.
- Mulheres são exigentes; as que não são devem ter valores diferenciados.
PEGADINHA!!!!
As formas analíticas representadas por “mais bom”, “mais mau”, “mais grande” e “mais
pequeno” apenas devem ser utilizadas quando se comparam duas características de um
mesmo ser.
Exemplos:
Esquema 02
Grau superlativo relativo
de inferioridade de superioridade
Analítico sintético
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
*O Dicionário Houaiss regista as formas marcadas também assim, respectivamente:
fragilíssimo, grandíssimo, humildíssimo ou humilíssimo, livríssimo, pequeníssimo.
NUMERAIS
- Cardinais: Indicam uma quantidade determinada de seres. Exemplos: um, dois, três...
- Ordinais: Indicam a ordem (posição) que o ser ou a coisa ocupa numa série. Exemplos:
primeiro, segundo, terceiro...
RESPOSTAS
PRONOMES
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
Palavras que acompanham ou substituem o substantivo. Os pronomes apoiam os
substantivos ou evitam a repetição deles dentro do texto.
CUIDADO!!!!
a) Quando sujeitos, os pronomes retos não podem ser preposicionados.
B) Nossa banca pode pedir, em relação ao pronome interrogativo “que”, para você
mudar a ordem dos elementos da frase. Note que o acento circunflexo passa a ser
obrigatório na ordem direta.
Pronomes possessivos
O nome sugere, claramente, a sua função: indicar relação de posse. São estes:
Meu(s), minha (s), teu(s), tua(s), seu(s), sua(s), nosso(s), nossa(s), vosso(s), vossa(s).
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
a) Os possessivos femininos no singular permitem, quando há situação de crase, a sua
facultatividade.
- Ele disse tudo à minha família. (a minha família)
Pronomes demonstrativos
Sem dúvida, é a classe gramatical mais complexa de todas. Rica em variações, usos,
substituições, irregularidades, significações etc., é a classe que iremos analisar ao longo
do nosso curso; ou seja, não para por aqui, até porque seria uma grande injustiça.
Portanto, o que iremos investigar, agora, é apenas uma amostra dessa classe tão versátil.
Definição
Exemplos:
Modos verbais
Os verbos do português têm modos. Os modos indicam os valores semânticos que podem
ser notados em cada verbo. Vamos a eles:
a) Indicativo: Manifesta uma certeza da ação ou do estado que informa o verbo. O leitor
não tem dúvidas de que aquela ação esteja ocorrendo, tenha ocorrido ou venha a ocorrer.
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
- João sempre joga futebol depois da aula.
b) Subjuntivo: Manifesta uma ação incerta, duvidosa ou mesmo hipotética. Agora, o leitor
não está mais seguro quanto à ação verbal; tudo é dúvida.
- Quero que o livro desperte a atenção dos alunos. (Será que vai despertar? É uma
hipótese)
- Se eu fizesse uma requisição, eles poderiam me atender. (Eu farei a requisição? Talvez
sim, talvez não)
- Quando vocês decidirem, estaremos à disposição. (Quando eles vão decidir? Não se
sabe.)
TEMPOS VERBAIS
MODO INDICATIVO
Ø - IA Ø - RA -RE - RIA
- VA - RÁ
MODO SUBJUNTIVO
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
-A -SSE -R
-E
TEMPOS VERBAIS
Presente do indicativo
- Quando Cabral chega ao Brasil, vê que o nosso povo é bem diferente do dele.
PRETÉRITOS
Perfeito
O pretérito perfeito indica uma ação totalmente realizada, que iniciou e terminou no
passado. Não tem desinência.
Imperfeito
O pretérito imperfeito indica uma ação que iniciou no passado, mas que não chegou a ser
totalmente concluída. As desinências são –VA e –IA.
- Hoje cedo, eu preparava os convites, quando tive que sair. (ação interrompida
bruscamente no passado)
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
- Na década passada, os brasileiros comiam menos carne do que hoje. (ação iniciada, mas
não finalizada em sua totaalidade no passado).
Mais-que-perfeito
- Quando deixamos o chalé, notamos que nosso filho caçula esquecera um de seus
brinquedos no quarto.
FUTUROS
Futuro do presente
O futuro do presente indica ações convictas (ou seja, certas) que acontecerão em relação
ao presente, já que este permite tal certeza. É um tempo meio “prepotente”, meio “já
ganhou”. Desinências: -RÁ ou -RE.
Futuro do pretérito
- Caso Pedro chegasse cedo, resolveria esse problema. (Contexto: quem falou a frase
espera ainda a chegada de Pedro; ou seja, a ação ainda não aconteceu, é uma ação
futura).
- O Brasil jamais seria goleado por time algum nesta Copa. (Contexto: o Brasil ainda não
havia enfrentado a Alemanha).
ADVÉRBIO:
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
Classe que exprime valor circunstancial, podendo modificar um verbo, um adjetivo, ou
um advérbio.
O termo grifado, no caso, sob uma análise sintática, é um adjunto adverbial, modificando
um verbo intransitivo, de sentido pleno, que no caso é o verbo "chover".
O termo grifado, neste caso, “modifica” (torna mais “encorpado”) o adjetivo complicado.
- LUGAR (aqui, ali, lá, acolá, acima, abaixo, dentro, fora, longe, perto etc.).
- MODO (bem, mal, melhor, pior, assim, velozmente e quase todos terminados em -
mente).
- CAUSA
- FINALIDADE
- INSTRUMENTO
- COMPANHIA
- CONCESSÃO (se bem que, muito embora, apesar disso, a despeito de, malgrado etc.)
8. PREPOSIÇÃO:
Palavra invariável, que liga dois termos. São elas: a, ante, após, até, com, contra, de,
desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás, durante etc.
9. CONJUNÇÃO:
Conjunção é a palavra cuja função é ligar termos ou orações, atribuindo, muitas vezes,
valores semânticos às frases. Portanto, as conjunções podem ou não manifestar sentido.
Detalhe: às vezes, a conjunção apresenta mais de uma palavra; quando isso acontece,
chamamos locução conjuntiva.
a) Coordenativas
b) Adverbiais
Na maioria das vezes, pede-se ao candidato para reconhecer as conjunções, seus valores
semânticos e se certas trocas são possíveis.
- O prefeito não só fez a licitação, mas também resolveu logo os problemas da população
carente.
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
Vamos, agora, ver as conjunções ou locuções adverbiais mais importantes:
- Ainda que todos os médicos tenham entrado em uma pesada greve, as unidades de
saúde resistem bravamente.
10. INTERJEIÇÃO:
Palavra que procura expressar sentimentos, emoções. Ih! Oh! Viva! Psiu! Aleluia!
EXERCÍCIOS 01
a) quatro adjetivos
b) três adjetivos
c) dois adjetivos
d) um adjetivo
e) nenhum adjetivo
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
c) Certificou a seus superiores no Ministério de que a Comissão de Licitações estava
prestes a pedir demissão.
Obs.: Para um melhor entendimento dessa questão e da próxima, sugiro que você
consulte a tabela de PRONOMES RELATIVOS, no final dessa bateria de exercícios, na
seção CURIOSIDADES SOBRE AS CLASSES DE PALAVRAS.
03- Assinale a opção em que é possível substituir, de acordo com a norma culta, a
expressão grifada pela palavra “onde”.
A noiva do cowboy
Era você
Eu enfrentava os batalhões
E ensaiava um rock
Para as matinês
(...)
Não, não fuja não
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
Eu era o seu pião
Sim, me dê a mão
No tempo da maldade
I. Nos versos Agora eu era o herói e A gente agora já não tinha medo, o uso do
advérbio agora mostra-se inadequado, pois os verbos conjugados no pretérito
imperfeito designam fatos transcorridos no tempo passado.
II. Em Finja que agora eu era o seu brinquedo e Sim, me dê a mão, os verbos
grifados estão flexionados no mesmo modo.
III. Substituindo-se a expressão a gente pelo pronome nós nos versos A gente agora
já não tinha medo e Acho que a gente nem tinha nascido, a forma verbal
resultante, sem alterar o contexto, será teríamos.
a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) III, apenas.
d) II, apenas.
e) I, apenas.
Obs.: Para um melhor entendimento dessa questão, sugiro que você revise o tema
MODOS VERBAIS. Lembre-se de que modo verbal é totalmente diferente de tempo
verbal.
05- “ À evidência imposta, que presume que a única forma aceitável de organização de
uma sociedade é a regulação pelo mercado, podemos opor a proposta de organizar
as sociedades e o mundo a partir do acesso para todos aos direitos fundamentais.”
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
b) pronome relativo e conjunção integrante.
Obs.: Para um aprofundamento dessa questão, sugiro que você vá aos capítulos
FUNÇÕES DO “QUE” e ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS.
06- “Com o real, os brasileiros redescobriram o valor do dinheiro e das coisas.”; a frase a
seguir em que a preposição com tem o mesmo valor semântico da ocorrência
sublinhada é:
08- Na frase "As negociações estariam meio abertas só depois de meio período de
trabalho", as palavras destacadas são, respectivamente:
a) adjetivo, adjetivo
b) advérbio, advérbio
c) advérbio, adjetivo
d) numeral, adjetivo
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
e) numeral, advérbio
Obs.: Para um melhor entendimento dessa questão, sugiro que você vá ao capítulo
CONCORDÂNCIA NOMINAL e leia, com atenção, a parte que fala das palavras
“bastante”, “meio”, “caro” e “barato”.
01- Na frase: "Passaram dois homens a discutir, um a gesticular e o outro com a cara
vermelha", o termo a está empregado, sucessivamente, como:
Obs.: Não cabe o uso de acento grave nas duas primeiras evidências de “a”, uma vez que,
na sequência de tais palavras, há dois verbos
02- Observe o período a seguir: "Podem acusar-me: estou com a consciência tranquila".
Os dois pontos do período acima poderiam ser substituídos por vírgula, explicando-se
o nexo entre as duas orações pela conjunção:
a) portanto
b) e
c) como
d) pois
e) embora
Obs.: para um melhor entendimento, sugiro que você vá ao capítulo PONTUAÇÃO e leia,
com cuidado, o uso de vírgulas em Orações Coordenadas.
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
d) Que enigmas há nesta vida - pronome adjetivo indefinido
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
D B A D B A A C C D
11 12
E D
Gêneros confusos
Acredito que a forma masculina esteja consagrada e deva ser aceita. MASCOTE passaria a
ser um substantivo de dois gêneros: O MASCOTE e A MASCOTE.
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
serviria para homens ou mulheres. O dicionário Houaiss considera MODELO substantivo
de dois gêneros: O MODELO e A MODELO.
Acredito que a forma feminina (A GRAMA) para massa (peso) está de tal forma
consagrada que provavelmente venha a ser aceita em breve.
9. O xerox OU a xérox? Tanto faz. Tudo é válido: o xerox, a xerox, o xérox ou a xérox.
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
11. O moral ou a moral? O conjunto de regras, a ética ou a conclusão é A MORAL. O
ânimo, brio ou vergonha é O MORAL: “Os jogadores estão com o moral baixo”.
19. O dó OU a dó?
DÓ é um substantivo masculino: “Estou com UM DÓ IMENSO”.
60
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
a abusão (engano);
a alcíone (ave doa antigos);
a aluvião, araquã (ave);
a áspide (reptil peçonhento);
a baitaca (ave);
a cataplasma, cal, clâmide (manto grego);
a cólera (doença);
a derme, dinamite, entorce, fácies (aspecto);
a filoxera (inseto e doença);
a gênese, guriatã (ave);
a hélice (FeM classificam como gênero vacilante);
a jaçanã (ave);
a juriti (tipo de aves);
a libido, mascote, omoplata, rês, suçuarana (felino);
a sucuri, tíbia, trama, ubá (canoa);
a usucapião (FeM classificam como gênero vacilante);
a xerox (cópia).
Gênero vacilante:
acauã (falcão);
inambu (ave);
laringe, personagem (Ceg. fala que é usada indistintamente nos dois gêneros, mas que
há preferência de autores pelo masculino);
víspora.
Alguns femininos:
abade - abadessa;
abegão (feitor) - abegoa;
alcaide (antigo governador) - alcaidessa, alcaidina;
aldeão - aldeã;
anfitrião - anfitrioa, anfitriã;
beirão (natural da Beira) - beiroa;
besuntão (porcalhão) - besuntona;
bonachão - bonachona;
bretão - bretoa, bretã;
cantador - cantadeira;
cantor - cantora, cantadora, cantarina, cantatriz;
castelão (dono do castelo) - castelã;
catalão - catalã;
cavaleiro - cavaleira, amazona;
charlatão - charlatã;
coimbrão - coimbrã;
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
cônsul - consulesa;
comarcão - comarcã;
cônego - canonisa;
czar - czarina;
deus - deusa, déia;
diácono (clérigo) - diaconisa;
doge (antigo magistrado) - dogesa;
druida - druidesa;
elefante - elefanta e aliá (Ceilão);
embaixador - embaixadora e embaixatriz;
ermitão - ermitoa, ermitã;
faisão - faisoa (Cegalla), faisã;
hortelão (trata da horta) - horteloa;
javali - javalina;
ladrão - ladra, ladroa, ladrona;
felá (camponês) - felaína;
flâmine (antigo sacerdote) - flamínica;
frade - freira;
frei - sóror;
gigante - giganta;
grou - grua;
lebrão - lebre;
maestro - maestrina;
maganão (malicioso) - magana;
melro - mélroa;
mocetão - mocetona;
oficial - oficiala;
padre - madre;
papa - papisa;
pardal - pardoca, pardaloca, pardaleja;
parvo - párvoa;
peão - peã, peona;
perdigão - perdiz;
prior - prioresa, priora;
mu ou mulo - mula;
rajá - rani;
rapaz - rapariga;
rascão (desleixado) - rascoa;
sandeu - sandia;
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
sintrão - sintrã;
sultão - sultana;
tabaréu - tabaroa;
varão - matrona, mulher;
veado - veada;
vilão - viloa, vilã.
Substantivos em -ÃO e seus plurais:
alão - alões, alãos, alães;
aldeão - aldeãos, aldeões;
capelão - capelães;
castelão - castelãos, castelões;
cidadão - cidadãos;
cortesão - cortesãos;
ermitão - ermitões, ermitãos, ermitães;
escrivão - escrivães;
folião - foliões;
hortelão - hortelões, hortelãos;
pagão - pagãos;
sacristão - sacristães;
tabelião - tabeliães;
tecelão - tecelões;
verão - verãos, verões;
vilão - vilões, vilãos;
vulcão - vulcões, vulcãos.
Alguns substantivos que sofrem metafonia no plural:
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
matinas (breviário de orações matutinas), núpcias, óculos, olheiras, primícias (começos,
prelúdios), pêsames, vísceras, víveres etc., além dos nomes de naipes.
Coletivos:
alavão - ovelhas leiteiras;
armento - gado grande (búfalos, elefantes);
assembleia (parlamentares, membros de associações);
atilho - espigas;
baixela - utensílios de mesa;
banca - de examinadores, advogados;
bandeira - garimpeiros, exploradores de minérios;
bando - aves, ciganos, crianças, salteadores;
boana - peixes miúdos;
cabido - cônegos (conselheiros de bispo);
cáfila - camelos;
cainçalha - cães;
cambada - caranguejos, malvados, chaves;
cancioneiro - poesias, canções;
caterva - desordeiros, vadios;
choldra, joldra - assassinos, malfeitores;
chusma - populares, criados;
conselho - vereadores, diretores, juízes militares;
conciliábulo - feiticeiros, conspiradores;
concílio - bispos;
canzoada - cães;
conclave - cardeais;
congregação - professores, religiosos;
consistório - cardeais;
fato - cabras;
feixe - capim, lenha;
junta - bois, médicos, credores, examinadores;
girândola - foguetes, fogos de artifício;
grei - gado miúdo, políticos;
hemeroteca - jornais, revistas;
legião - anjos, soldados, demônios;
malta - desordeiros;
matula - desordeiros, vagabundos;
miríade - estrelas, insetos;
nuvem - gafanhotos, pó;
panapaná - borboletas migratórias;
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
penca - bananas, chaves;
récua - cavalgaduras (bestas de carga);
renque - árvores, pessoas ou coisas enfileiradas;
réstia - alho, cebola;
ror - grande quantidade de coisas;
súcia - pessoas desonestas, patifes;
talha - lenha;
tertúlia - amigos, intelectuais;
tropilha - cavalos;
vara - porcos.
TEMA BASE PARA TERMOS DA ORAÇÃO E CRASE
REGÊNCIA VERBAL
Sem dúvida, o assunto que mais ajudará você a resolver importantes questões das
principais bancas de concursos públicos do país. É que o tema “regência verbal” funciona
como uma espécie de “porta de acesso” a vários raciocínios gramaticais. Mas quais
questões, especificamente, você poderia resolver? Vamos a elas:
Ocorre quando o termo regente (um verbo) se liga ao seu termo regido (o
complemento verbal) por meio de uma preposição ou não. Aqui, é fundamental o
conhecimento das transitividades verbais. Os verbos podem assumir as seguintes
transitividades:
Instalando o “Aplicativo”.
2. Leia a sequência completa da ferramenta (do LADO A ao LADO B), repetindo o verbo
duas vezes.
3. Se a leitura se efetivar de forma rápida e imediata (direta) até o LADO B (e você não
precisar usar nenhuma preposição do quadrado abaixo), o verbo é transitivo direto.
Logo, ESTUDAR é VTD (não rege preposição, apenas um objeto, que é direto)
4. Caso haja uma pausa na leitura e a exigência de preposição por parte do verbo,
este será transitivo indireto.
Logo, CRER é VTI (rege preposição EM; tem-se, logo, um objeto indireto)
5. Dependendo do verbo, o movimento pode ser duplo, o que gera verbos bitransitivos.
Logo, DIZER é VTDI (regendo dois objetos: o primeiro sem preposição [objeto direto] e o
segundo com preposição [objeto indireto]).
6. Agora, se a leitura nem precisar chegar ao ALGO ou ao ALGUÉM, o verbo deve ser
interpretado como intransitivo.
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
CONTUDO, CUIDADO!
Algumas frases podem induzir você a interpretar certas estruturas de forma errada, a
saber:
- A mulher chegou ø.
Conclusões
Obs.: os verbos intransitivos têm sentido cheio, completo, 100%. O que surgir a mais é só
“um extra”, ou seja, um Adjunto Adverbial (ou complemento circunstancial), que chamo
aqui de “10%”.
Nas frases acima, os dois verbos são bitransitivos? Antes de responder, veja as
construções a seguir:
Conclusão
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Só o segundo é VTDI, pois o complemento “ao pai”, de fato, está ligado ao verbo, ou seja,
complementa o sentido do verbo “entregar”. Já o termo “do pai” se liga ao nome “livro”
(e manifesta ideia de posse), cumprindo papel de adjunto adnominal.
Vamos fazer um teste agora? Use o aplicativo e descubra as transitividades dos verbos
abaixo e transcreva os seus possíveis objetos:
Só para lembrar:
Tipo de Verbo Exigência
VTDI OD / OI
VI Ø
Obs.: “Ø” quer dizer que não vai aparecer nem OD nem OI na frase.
Verbos de ligação
São aqueles cuja função é conectar o sujeito a uma qualificação. A estrutura qualificadora
cumprirá a função sintática de Predicativo do Sujeito. Logo, esses verbos servem para
indicar estados ou qualidades do sujeito.
Ser, Estar, Permanecer, Ficar, Andar (=estar), Viver(=estar), Tornar-se, Continuar, Parecer.
Ex.:
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
São aqueles que, pela morfologia (pela aparência), lembram verbos de ligação. Contudo,
não conseguem dar ao sujeito qualificação alguma.
Ex.:
Note que “em Fortaleza”, “na entrada do hotel” e “com as crianças” indicam ideia de
lugar (os dois primeiros) e companhia (o último), e não de estado ou qualidade. Logo, são
Adjuntos Adverbiais de lugar e companhia. Quando isso ocorre, o verbo não pode mais
ser considerado de ligação. Ele deverá ser reconfigurado e, assim, assume o caráter de
verbo intransitivo.
REGÊNCIAS CLÁSSICAS
As regências clássicas são aquelas que devem ser memorizadas por você. Por quê?
Simplesmente porque elas caem em provas, só por isso. Fechado?
Preposição exigida: a
Preposição exigida:
Preposição exigida: a
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Preposição exigida:
Preposição: ou “a”.
Preposição exigida: a
Ou seja, para concursos (que seguem a tradição), “em Fortaleza” e “na avenida João
Pessoa” NÃO são objeto indireto, mas sim ADJUNTO ADVERBIAL DE LUGAR (também
chamado de LOCATIVO ou mesmo COMPLEMENTO CIRCUNSTANCIAL).
Preposição: a
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
4 - CHEGAR
Preposição exigida: Ø
Um porém: este verbo costuma ser acompanhado de uma expressão introduzida por “A”.
Tal expressão NÃO é o objeto indireto, mas sim o ADJUNTO ADVERBIAL DE LUGAR,
também conhecido como locativo ou complemento circunstancial.
Exemplo:
Obs.: É errada a construção que usa a preposição EM para indicar o adjunto adverbial
de lugar. Assim, em “Ele chegou em casa” é, para a gramática tradicional, um erro. A
forma correta é “Ele chegou a casa”. Detalhe: não se usa crase em “a casa”, pois não
está especificada. Caso estivesse, aí teria: “Ele chegou à casa das primas”. Fechado?
5 – IR
6 – MORAR
Preposição: Ø
Exemplos:
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Obs.: “em Porto Alegre” é adjunto adverbial de lugar e, “desde os sete anos”, é de
tempo.
7 - NAMORAR
Preposição:
Exemplos:
8 – OBEDECER/DESOBEDECER
Preposição: a
Exemplos:
- Paguei a consulta (vtd).
10 - PISAR
Exemplos:
11 – PREFERIR
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
Sentido: Dar primazia a (VTDI).
Preposição: a
12 – QUERER
Preposição: a
Exemplo:
Preposição:
13 – VISAR
Preposição: a.
Preposição:
14- IMPLICAR
73
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
Obs.: alguns gramáticos consideram o verbo “implicar”, no sentido de “provocar”, VTI,
regendo a preposição EM. Tal ideia não é consensual.
Sentido 3: Ser incompatível; não estar de acordo: VTI, regendo preposição “com”.
15- ABDICAR
Pode significar renunciar, desistir. Pode ser um verbo intransitivo, transitivo direto ou
transitivo indireto.
Exemplo:
16- AGRADECER
Pode aparecer como transitivo direto, transitivo indireto e transitivo direto e indireto.
Exemplo:
17- CHAMAR
Exemplo:
74
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
- Eles chamaram o político ladrão. (transitivo direto);
- Eles chamaram ao político de ladrão. (transitivo indireto);
- Eles chamaram ao político ladrão. (transitivo indireto).
18- CUSTAR
Exemplo:
Exemplo:
19- ESQUECER
20- LEMBRAR
Exemplo:
Exemplo:
21- PRECISAR
Exemplo:
75
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
No sentido de necessitar é transitivo indireto.
Exemplo:
EXERCÍCIOS 01
O mesmo tipo de regência, tal como está empregado o verbo grifado acima,
encontra-se na frase:
d) Observa-se, atualmente, que tem havido mais consciência das diferenças e maior
respeito pela especificidade de cada um.
02- TRE (MA – 2009) CESPE: Em “Sem a teoria da evolução, a moderna biologia, incluindo
a medicina e a biotecnologia, simplesmente não faria sentido. O enigma reside na
relutância, quase um mal-estar, que suas ideias causam entre um vasto contingente
de pessoas, algumas delas fervorosamente religiosas, outras nem tanto”.
( ) A forma verbal “causam” (2º período do texto) não tem sentido completo.
03- FCC: “Todos os anos o Brasil perde com o tráfico uma quantia financeira
incalculável...” (final do texto)
A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento do verbo grifado acima é:
76
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
a) Grupos de preocupação ecológica investem na proteção aos recursos naturais do
país.
04- FCC: “Todo lugar-comum, porém, tem um alicerce na realidade ou nos sentimentos
humanos ...”. (1o parágrafo)
A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima é:
05- CESPE (2010) “A pobreza é um dos fatores mais comumente responsáveis pelo baixo
nível de desenvolvimento humano e pela origem de uma série de mazelas, algumas
das quais proibidas por lei ou consideradas crimes. É o caso do trabalho infantil. A
chaga encontra terreno fértil nas sociedades subdesenvolvidas, mas também viceja
onde o capitalismo, em seu ambiente mais selvagem, obriga crianças e adolescentes
a participarem do processo de produção”.
06- CESPE: “Nas últimas décadas, o aumento dos índices de criminalidade e a atuação de
organizações criminosas transnacionais colocaram a segurança pública entre as
principais preocupações da sociedade e do Estado brasileiros. A delinquência e a
violência criminal afetam, em maior ou menor grau, toda a população, provocando
apreensão e medo na sociedade, e despertando o sentimento de descrença em
relação às instituições estatais responsáveis pela manutenção da paz social”.
77
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
( ) Estaria gramaticalmente correto o emprego da preposição “a” antes de "toda a
população" - a toda a população - visto que a forma verbal "afetam" apresenta
dupla regência.
07- CESPE: “Tendo como principal propósito a interligação das distantes e isoladas
províncias com vistas à constituição de uma nação-Estado verdadeiramente
unificada, esses pioneiros da promoção dos transportes no país explicitavam
firmemente a sua crença de que o crescimento era enormemente inibido pela
ausência de um sistema nacional de comunicações e de que o desenvolvimento dos
transportes constituía um fator crucial para o alargamento da base econômica do
país”.
08- CESGRANRIO: Assinale a opção que apresenta a regência verbal incorreta, de acordo
com a norma culta da língua:
a) que e em que.
b) que e de que.
78
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
c) de que e por que.
10- FGV: “A crise imobiliária nos Estados Unidos revela o papel que o
superendividamento exerce...”.
12- CESPE: “Em razão da complexidade, da amplitude e do poderio das redes criminosas
transnacionais, a solução para a criminalidade depende de decisões político-
econômico-sociais e, concomitantemente, de ações preventivas e repressivas de
órgãos estatais. Nesse contexto, as operações de inteligência são instrumentos legais
de que dispõe o Estado na busca pela manutenção e proteção de dados sigilosos”.
GABARITO EXERCÍCIOS 01
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
E F/V E E V F V B C D
11 12
B V
EXERCÍCIOS 02
79
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
01- ESAF (Denit: analista em infraestrutura e transporte 2012) “Coisas espantosas
acontecem conosco, a cada segundo, pelo simples fato de existirmos. Agora mesmo,
enquanto escrevo – ou enquanto você lê –, fatos fantásticos e dramáticos se
desenrolam dentro de nós. Células se reproduzem aos milhões. Bando de bactérias
percorrem nossas vias interiores, procurando encrenca. Nossos sucos se encontram e
se misturam em alquimias inacreditáveis. E giramos em torno do Sol, que, por sua
vez, se desloca pelo espaço, em alta velocidade, cuspindo fogo”.
(Verissimo, Luis Fernando. Orgias. Porto Alegre, RS: L&PM Editores, 1989, p.80-1,
Adaptado).
02- ESAF (Denit: analista em infraestrutura e transporte 2012) Assinale a opção correta
a respeito do período “Tem um personagem de Voltaire que um dia descobre,
encantado, que falou em prosa toda a sua vida, sem saber”.
( ) O sentido com que foi empregada a forma verbal “Tem” possibilitaria, sem que
houvesse alteração do sentido do período, a seguinte organização dos termos da
primeira oração: Voltaire tem um personagem.
03- Padrão ESAF/CESPE - Nos itens a seguir, são apresentados trechos adaptados de
jornal de grande circulação. Julgue-os quanto à regência de verbos e de nomes.
Marque o que não apresentar erro.
a) Mais de 1 bilhão de moradores das cidades enfrentarão de uma grave escassez de
água em 2050 na medida em que o aquecimento global piorar os efeitos da
urbanização, indicou um estudo nesta segunda-feira.
d) Além disso, mais 100 milhões de pessoas não terão água para beber, cozinhar,
limpar, tomar banho e ir no banheiro. "Não tomem os números como um destino.
São o sinal de um desafio", disse o principal autor do estudo, Rob McDonald.
80
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
e) Atualmente, cerca de 150 milhões de pessoas estão abaixo do patamar dos 100 litros
de uso diári o. A casa de um americano médio gasta 376 litros por dia por pessoa,
apesar do uso real variar dependendo da região, disse McDonald. Mas o mundo está
experimentando de mudanças sem precedentes no nível urbano, à medida que as
populações rurais de Índia, China e outras nações em desenvolvimento mudam-se
para as cidades
GABARITO EXERCÍCIOS 02
01 02 03 04
EE E C E
EXERCÍCIOS 03
01- CESPE (Câmara dos deputados 2012) “Quando possível, os teoremas e teorias mais
belos são também os mais simples: dadas duas ou mais explicações para o mesmo
fenômeno, vence a mais simples. Esse critério é conhecido como a lâmina de
Ockham, atribuído a William de Ockham, um teólogo inglês do século XIV”.
( ) No trecho “um teólogo inglês do século XIV” (R .13), que serve como aposto
apresentador de informações acerca de William de Ockham, o artigo indefinido
poderia ser omitido sem que se prejudicasse a correção gramatical do texto.
81
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
03- CESPE (Câmara dos deputados 2012) “Diferentes autores apresentam de maneiras
diversas as características que deve ter a lei bem feita. Em geral, todos concordam
que é mister conciliar cinco qualidades essenciais da linguagem legislativa, a saber:
simplicidade, precisão, clareza, concisão e correção”.
05- (CESPE 2013 Serpro) “O novo milênio ― designado como era do conhecimento, da
informação ―é marcado por mudanças de relevante importância e por impactos
econômicos, políticos e sociais. Em épocas de transformações tão radicais e
abrangentes como essa, caracterizada pela transição de uma era industrial para uma
baseada no conhecimento, aumenta-se o grau de indefinições e incertezas”.
( ) Estariam mantidos a correção gramatical e os sentidos do texto se, na oração
“aumenta-se o grau de indefinições e incertezas”, a forma verbal estivesse flexionada
no plural, desde que suprimida a partícula “-se”.
06- (CESPE MPU 2013) “A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar
desigualmente aos desiguais na medida em que se desigualam. Nessa desigualdade
social, proporcionada à desigualdade natural, é que se acha a verdadeira lei da
igualdade”.
GABARITO EXERCÍCIO 03
01 02 03 04 05 06
C C C E E C
82
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
EXERCÍCIOS 04
01- CESPE (Câmara dos deputados 2012) “Escrevi uma carta aos meus concidadãos,
pedindo-lhes que me dissessem francamente o que consideravam que fosse política,
e dispensando-os de citar Aristóteles, Maquiavelli, Spencer, Comte (...)”.
( ) Por terem como referente a palavra “concidadãos”, os pronomes empregados em
“pedindo-lhes” e “dispensando-os” poderiam ser intercambiados, sem prejuízo para
os sentidos e a correção gramatical do texto.
02- CESPE (Câmara dos deputados 2012) “ ‘Na hierarquia dos problemas nacionais,
nenhum sobreleva em importância e gravidade ao da educação.’ (...) Escrito há 80
anos, o enunciado do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova continua tão atual
quanto em 1932”.
( ) Mantém-se a correção gramatical do primeiro período ao se considerar a forma
verbal ‘sobreleva’ como transitiva direta, com a seguinte reescrita: nenhum
sobreleva em importância e gravidade o da educação.
03- CESPE (PF 2012) “Essa discrição é apresentada como um progresso: os povos
civilizados não executam seus condenados nas praças. Mas o dito progresso é, de
fato, um corolário da incerteza ética de nossa cultura.
Reprimimos em nós desejos e fantasias que nos parecem ameaçar o convívio social.
Logo, frustrados, zelamos pela prisão daqueles que não se impõem as mesmas
renúncias. Mas a coisa muda quando a pena é radical, pois há o risco de que a morte
do culpado sirva para nos dar a ilusão de liquidar, com ela, o que há de pior em nós”.
“Considerai no mistério
pareceríeis divinos:
83
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
como ilustres assassinos.
Ó soberbos titulares,
inutilmente matastes:
( ) Os trechos “Por sentenças, por decretos” (v .29) e “Por fictícia autoridade, vãs
razões, falsos motivos” ( v.35-36) exercem função adverbial nas orações a que
pertencem e ambos denotam o meio empregado na ação representada pelo verbo a
que se referem.
GABARITO EXERCÍCIO 04
01 02 03 04
E C E E
Para que você inicie esta segunda pare do assunto, é importante (para não dizer
fundamental) que você conheça o funcionamento dos pronomes enquanto elementos
que representam complementos verbais (ou seja, os objetos diretos e os indiretos).
Portanto, iniciemos com esta tabela:
84
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
Exemplos com problemas:
- A criança riscou-lhe.
- O filho o obedecia.
- O ladrão lhes molestou.
Exemplos corrigidos:
- A criança riscou-o.
- O filho lhe obedecia.
- O ladrão os molestou.
Portanto, frases como “O professor viu-lhe na rua” não obedecem ao padrão culto da
língua, porque não podemos associar a um verbo transitivo direto (ver) o pronome LHE.
- Se verbos terminam em R, S ou Z.
- E se os pronomes o, a, os ou as devem surgir na posição de ênclise.
FAÇA O SEGUINTE:
- Retire a dita consoante final.
- Coloque um hífen.
- E acrescente “L” ao pronome que o contexto pedir.
Exemplos:
Se você tiver os pronomes O, A, OS e AS ligados a verbos com finais nasais, faça assim:
REGÊNCIA NOMINAL
Exemplos:
Exemplo:
86
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
2- O convidado gostou do que foi oferecido pelo chef árabe.
2.1- O gosto pela gastronomia árabe é comum no Brasil. (o termo regente é um nome)
3.1- O atraso do ônibus foi causado pelo motorista. (o termo regente é um nome)
Obs.: Perceba que, em quase todos os casos, quando o verbo transformou-se em nome, a
regência foi alterada. Portanto, atenção a esses movimentos.
87
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
DIFERENÇA ENTRE COMPLEMENTO NOMINAL E ADJUNTO ADNOMINAL
Quando o adjunto não é iniciado por preposição, é tranquilo, não existe a confusão
complemento/adjunto.
No entanto, quando é, surgem os casos em que o aluno tem dificuldade para distinguir
esses dois termos.
Para não ter essa dificuldade, o estudante tem de ficar atento às diferenças entre o
complemento nominal e o adjunto adnominal.
PRIMEIRA DIFERENÇA: o complemento nominal se liga a substantivos abstratos, a
adjetivos e a advérbios; o adjunto se liga a substantivos, que podem ser abstratos ou
concretos.
Vamos agora praticar essa teoria: “As casas de madeira são ótimas no inverno".
88
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
Mais um exemplo: “Amor de mãe é eterno”.
A “segunda diferença” vai nos ajudar: “de mãe” tem sentido ativo, a mãe sente o amor.
EXERCÍCIOS 01
01- CESPE: “Floresta nacional, floresta estadual e municipal: é uma área com uma
cobertura florestal de espécies predominantemente nativas e tem como objetivo
89
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais de florestas nativas. É uma
área de posse e domínio públicos”.
O Brasil tem 24,8 milhões de pessoas consideradas aptas para trabalhar. Mas, nesse
universo, há cerca de 5,5 milhões de pessoas condenadas a ficar fora do mercado de
trabalho, tal como ele se apresenta hoje, visto que lhes falta a essencial qualificação.
Para estes, 20% da força de trabalho, resta tentar ganhar o pão de cada dia fazendo
bicos o trabalhos regulares, porém de baixa exigência e, portanto, com ganhos
ínfimos.
90
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
março. Para este ano, o crescimento econômico deve gerar 2 milhões de vagas,
dizem as estimativas oficiais.
b) Na oração “visto que lhes falta a essencial qualificação” (1º parágrafo), o verbo
não exige complemento indireto.
04- FCC: “A ocupação do cerrado por agricultores provenientes de outras áreas ...” (3º
parágrafo)
O mesmo tipo de regência assinalado acima SÓ NÃO se configura no segmento
grifado em:
d) a expansão do comércio.
Obs.: Uma dica para você não perder a paciência ao resolver essa questão é perceber
que nem todos os nomes advêm das mesmas classes de palavras. Vimos isso no
início da aula. Volte um pouco, faça uma nova leitura.
GABARITO 01
01 02 03 04
91
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
F F A B
EXERCÍCIOS 02
01- A sentença em que o verbo pegar apresenta-se com o mesmo sentido e integra a
mesma construção sintática com que é usado em “ele pegou um balde grande de
plástico,” é:
02- Assinale a opção em que a regência do verbo destacado difere da dos demais.
04- Em relação à regência nominal, em qual das frases a seguir a preposição empregada
NÃO está ADEQUADA?
92
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
c) Não seja inconstante em suas decisões.
05- Em relação à regência nominal, em qual das frases a seguir a preposição empregada
NÃO está ADEQUADA?
06- Assinale a opção em que a preposição destacada constitui caso de regência nominal.
e) “Então, que tal começar a exercitar a linguagem? Faz bem para você e para
aqueles com quem se relaciona”.
GABARITO 02
01 02 03 04 05 06 07 08
E B E D C C E C
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
É o estudo da colocação dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os,
as, lhes) em relação ao verbo.
PRÓCLISE
(a) Com palavras negativas: não, nunca, jamais, nada, ninguém, nem etc.
- Nada me perturba.
- Ninguém se mexeu.
- Jamais me afastarei daqui.
- Ela nem se importou com meus problemas.
- Nada perturba-me.
- Ninguém mexeu-se.
- Jamais afastar-me-ei daqui.
- Ela nem importou-se com meus problemas.
(b) Com conjunções ou locuções subordinativas: quando, se, porque, que, conforme,
embora, ainda que, já que, quanto etc.
94
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
Ou seja, seriam ERRADAS as seguintes construções:
(c) Advérbios: só, apenas, muito, pouco, cedo, tarde, ali, aqui, também etc.
OBS: Se houver vírgula depois do advérbio, este (o advérbio) deixa de atrair o pronome.
- Aqui, trabalha-se.
Um lembrete:
- Exemplos:
- “Macacos me mordam!”
- Deus te abençoe, meu filho!
CASOS FACULTATIVOS
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
(a) Diante de substantivos quando funcionam como sujeito:
- Os alunos se aproximaram.
- Os alunos aproximaram-se.
(e) Quando houver conjunções coordenativas (exceto as aditivas Nem, Não só...mas
também e companhia e todas as alternativas):
96
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
- Calei-me para sempre contrariá-lo. (FORMA CORRETA)
MESÓCLISE
ÊNCLISE
Outros casos:
- Alunos, comportem-se.
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS
Locuções verbais são formadas por um verbo auxiliar + infinitivo, gerúndio ou particípio.
AUXILIAR + INFINITIVO: se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes ou
depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.
- A polícia nos deseja revelar a verdade.
Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do verbo auxiliar ou depois do
verbo principal.
Infinitivo
Gerúndio
AUXILIAR + PARTICÍPIO: o pronome deve ficar sempre depois do verbo auxiliar, nunca
depois do particípio. Se houver palavra atrativa, o pronome deverá ficar antes do verbo
auxiliar.
Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá SOMENTE antes do verbo auxiliar.
98
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
- O preso jamais lhe havia contado a verdade.
99
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
a) Tudo me era completamente indiferente.
b) Ela não me deixou concluir a frase.
c) Este casamento não deve realizar-se.
d) Ninguém havia lembrado-me de fazer as reservas.
GABARITO
01.C
02.C
03.C
04.C
05.C
06.I
07.C
08.C
09.I
10.C
11.C
12.C
13.C
14.C
15.I
16.C
17.C
18.I
19.I
20.C
21.C
22.C
23.C
24.I
25.C
26.I
27.C
28.I
29.B
30.D
EXERCÍCIOS 05
01- FCC: em “Ajudamos a criar essa nova arma no intuito de impedir que os inimigos
tivessem acesso antes de nós a essa nova arma”.
100
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
a) Ajudamos a criar-lhe no intuito de impedir eles de acessarem antes de nós essa
nova arma.
b) Ajudamos a criá-la no intuito de lhes impedir o acesso dos inimigos a essa nova
arma antes de nós.
d) Ajudamos a criá-la no intuito de impedir que eles tivessem acesso a ela antes de
nós.
02- CESGRANRIO: Assinale a frase em que está usado indevidamente um dos pronomes
seguintes: o, lhe.
101
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
e) de cuja potência de análise / lhe considerar / os julgue indevassáveis / lhes
dissimular.
04- FCC: “A palavra progresso frequenta todas as bocas, todas pronunciam a palavra
progresso, todas atribuem a essa palavra sentidos mágicos que elevam essa palavra
ao patamar dos nomes miraculosos”.
06- FCC (Metrô São Paulo) A substituição do elemento grifado pelo pronome
correspondente, com os necessários ajustes no segmento, foi realizada corretamente
em:
GABARITO EXERCÍCIOS 02
01 02 03 04 05 06
D E A A B C
Note que, aparentemente, o período não apresenta falhas; auditivamente, tudo parece
estar bem. Contudo, sabendo que a regência do verbo acreditar pede a preposição “em”,
fica mais claro que a construção não obedece à norma culta.
Essa nova construção obedece à norma culta e também poderia ser reescrita da seguinte
forma:
As duas últimas construções estão corretas, ao passo que a primeira apresenta erro
gramatical.
PRONOMES RELATIVOS
Vejamos:
Pronome Referência
103
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
QUE (a qual....) A um termo (substantivo comum ou próprio) anterior a ele.
Exercícios reflexivos 01
a B c d E f g h i j k
de Com a de Ø Ø Ø a a ø de
Ou então,
104
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
f) As cidades _____ que/ ____ as quais ele viveu são fascinantes.
g) As pousadas____ que/____as quais ele dormiu recebiam muitos turistas.
h) O restaurante ___ que/____ o qual o homem foi só servia pratos franceses.
i) Os livros ____ cujas páginas estavam resgadas sumiram.
j) Os políticos _____ cujos programas o povo acredita estão mortos.
k) As personagens _____ cuja força muitos admiram eram as mais queridas.
RESPOSTAS
a b c d e f g h i j k
de com a de ø em em a ø em ø
EXERCÍCIOS REFLEXIVOS 02
02- Os esforços da população ______ que o ministro se reportou antes das eleições
valeram muito.
03- A imagem daquela população ______ que o ministro se reportou antes das eleições
demonstrou que ela é, de fato, atuante.
04- As notícias _____ que os eleitores, de fato, necessitavam ainda não foram tão
alvissareiras.
05- O homem maduro, _______ quem ela se apaixonou, era, na verdade, cheio de
problemas.
06- As muitas pessoas ______ quem o político dizia se dedicar precisavam demasiado de
ajuda.
07- As ruas do bairro ______ onde ela morou no passado eram cheias de crianças.
08- A antiga cidade chilena _______ onde meu amigo foi produzia bons vinhos.
09- O prédio novo ______ onde os computadores foram roubados tinha péssima
segurança.
10- O prédio novo ______ onde os computadores foram levados tinha péssima
segurança.
105
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
11- Aceitei o perfume_____ cuja fragrância não gostei somente por educação.
12- Quem matou o hábito das cartas foi o telefone,____ cujo reinado trouxe muitas
mudanças.
RESPOSTAS
01- Ø
02- A
03- A
04- DE
05- POR
06- A
07- Ø
08- A ou PARA
09- DE
10- DE ou PARA
11- DE
12- Ø
EXERCÍCIOS 01
a) O autor se pergunta por que haveriam de ser cruéis os animais que aspiram à
propagação da espécie.
e) Os bichos a cujos atribuímos atos cruéis não fazem senão lançar-se na luta pela
sobrevivência.
106
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
02- Está correto o emprego do elemento sublinhado na frase:
03- “... tema que faz com que em certas ocasiões ...” (último parágrafo)
A lacuna que deverá ser corretamente preenchida pela expressão grifada acima está
em:
c) Os leitores estão convictos .......... essas publicações serão a inspiração para uma
vida mais harmônica e feliz.
c) A trama com a qual o personagem anônimo participa jamais seria a mesma sem
o seu concurso.
107
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
d) Em dois segundos o lenhador tomou uma decisão na qual decorreria toda a
trama já conhecida de Branca de Neve.
e) Os figurantes anônimos muitas vezes são responsáveis por uma ação em que irão
depender todas as demais.
05- “A diferença é que eles viviam em comunhão com o mundo...” (final do texto)
A frase cuja lacuna estará corretamente preenchida pela palavra grifada acima é:
b) As armas ......... que os homens primitivos se defendiam dos perigos eram feitas
de materiais encontrados na natureza.
e) Instrumentos foram criados pelo homem de modo ......... que ele conseguisse
reproduzir os sons ouvidos no mundo exterior.
06- As expressões de que e com que preenchem corretamente, nessa ordem, as lacunas
da frase:
c) Os valores abstratos ...... muita gente costuma cultuar não tinham, para
Maquiavel, qualquer aplicação ...... pudesse se valer na análise da política.
e) A leitura de O Príncipe, ...... muita gente até hoje se entrega, interessa a todos
...... se sintam envolvidos na lógica da política.
108
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
O mesmo tipo de regência, tal como está empregado o verbo grifado acima,
encontra-se na frase:
d) Observa-se, atualmente, que tem havido mais consciência das diferenças e maior
respeito pela especificidade de cada um.
d) Não é à descrença, sentimento com que nos sentimos invadidos depois de uma
tragédia, é na esperança que queremos nos apegar.
e) Fatos como os de 11/9, com que ninguém espera se deparar, são também lições
terríveis, de cujo significado não se deve esquecer.
GABARITO 01
01 02 03 04 05 06 07 08
A B D B B A E E
EXERCÍCIOS 02
(Cespe MPU 2010 Técnico) “O corte de 125 mil empregos em junho indica que a
esperança de gradual retomada do crescimento do mercado de trabalho no curto prazo
era prematura e não deverá se concretizar. As razões para esse estancamento
109
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
encontram-se no comportamento do polo dinâmico da economia mundial, os países
emergentes, cujo desenvolvimento econômico começou a desacelerar — ainda que a
partir de taxas exuberantes de expansão”.
(Cespe MPU 2010 Técnico) “Para a maioria das pessoas, os assaltantes, assassinos e
traficantes que possam ser encontrados em uma rua escura da cidade são o cerne do
problema criminal. Mas os danos que tais criminosos causam são minúsculos quando
comparados com os de criminosos respeitáveis, que vestem colarinho branco e trabalham
para as organizações mais poderosas”.
04- O segmento “as quais” remete a “situações” e, por isso, admite a substituição pelo
pronome “que”; no entanto, nesse contexto, tal substituição provocaria
ambiguidade.
(Cespe 2010 Ministério do Planejamento) “Naquele final de década de sessenta, no
entanto, o jovem arquiteto interessava-se menos por torres que escalavam os céus do
que por estruturas abandonadas na periferia e por sistemas subterrâneos da cidade. Em
vez de construir, seu projeto era “cortar” edifícios ou “desfazer espaços”. Matta Clark
interessava-se pela situação paradoxal de um contexto urbano em que conviviam
modernização e abandono”.
110
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
05- As relações gramaticais e textuais em que ocorre a expressão “em que” permitem sua
substituição no texto, tanto por “onde” como por “no qual”, sem se prejudicar a
coerência e a correção do texto.
(Cespe 2011 Ministério das Comunicações) “Essa abordagem “objetal” levanta um
problema específico no plano da memória. Não seria ela fundamentalmente reflexiva,
como nos inclina a pensar a prevalência da forma pronominal: lembrar-se de alguma
coisa é, de imediato, lembrar-se de si? Entretanto, insistimos em colocar a pergunta “o
quê?” antes da pergunta “quem?”, a despeito da tradição filosófica, cuja tendência foi
fazer prevalecer o lado egológico da experiência mnemônica”.
07- A expressão “pela qual” poderia ser corretamente substituída por “por que”, o que
conferiria mais clareza ao texto, já que evitaria repetição — “pela” ( da expressão
“pela qual” ) e “pelo” (depois de “pautados”).
08- (TJ Rio de Janeiro 2012) “O restaurante Reis, ......... o poeta era assíduo frequentador,
ficava no velho centro do Rio”.
Preenche corretamente a lacuna da frase acima:
(A) de cujo.
(B) em que.
(C) o qual.
(D) no qual.
(E) de que.
09- (TRE São Paulo 2012) Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados
na frase:
(A) A argumentação na qual se valeu o ministro baseava-se numa analogia em cuja
pretendia confundir função técnica com função política.
(B) As funções para cujo desempenho exige-se alta habilitação jamais caberão a
quem se promova apenas pela aclamação do voto.
111
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
(C) Para muitos, seria preferível uma escolha baseada no consenso do voto do que a
promoção pelo mérito onde nem todos confiam.
10- (TRT 11ª Região 2012) Está correto o emprego da expressão sublinhada em:
(A) Os dicionários são muito úteis, sobretudo para bem discriminarmos o sentido
das palavras em cujas resida alguma ambiguidade.
(B) O texto faz menção ao famoso caso das cotas, pelas quais muitos se
contrapuseram por considerá-las discriminatórias.
(C) Por ocasião da defesa de políticas afirmativas , com as quais tantos aderiram,
instaurou-se um caloroso debate público.
(D) Um dicionário pode oferecer muitas surpresas, dessas em que não conta quem
vê cada palavra como a expressão de um único sentido.
GABARITO EXERCÍCIOS 02
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
E E E E C C E E B E
CRASE
Teoria
O uso do acento grave é produto da fusão de duas vogais idênticas: a + a = à (fusão). O
primeiro “a” é uma preposição, e o segundo “a” é um artigo.
112
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
Obs.: todos os substantivos, adjetivos e advérbios são NOMES.
Antes Depois
Verbo ( x ) ou Nome ( ) Sub. Fem. ( x ) ou Pronome ( ).
113
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
02- A mãe deu um livro ........ .......... filha mais nova.
Antes Depois
Verbo ( x ) ou Nome ( ) Sub. Fem. ( x ) ou Pronome ( ).
03- O direito .......... ........... justiça deve ser buscado a todo custo.
Antes Depois
Verbo ( ) ou Nome ( x ) Sub. Fem. ( x ) ou Pronome ( ).
Antes Depois
Verbo ( ) ou Nome ( x ) Sub. Fem. ( x ) ou Pronome ( ).
Antes Depois
Verbo ( ) ou Nome ( x ) Sub. Fem. ( x ) ou Pronome ( ).
Grupo 02
Antes Depois
Verbo ( x ) ou Nome ( ) Sub. Fem. ( ) ou Pronome ( x ).
Antes Depois
Verbo ( ) ou Nome ( x ) Sub. Fem. ( ) ou Pronome ( x ).
Antes Depois
Verbo ( ) ou Nome ( x ) Sub. Fem. ( ) ou Pronome ( x ).
04- A propaganda, ........ ........ qual os alunos assistiram, não era ofensiva.
Antes Depois
Verbo ( x ) ou Nome ( ) Sub. Fem. ( ) ou Pronome ( x ).
05- As medidas, ....... ........ quais os políticos não aderiram, são importantíssimas.
Antes Depois
Verbo ( x ) ou Nome ( ) Sub. Fem. ( ) ou Pronome ( x ).
06- A iniciativa ........ .........qual o empresário era atento poderia lhe render muito
dinheiro.
Antes Depois
Verbo ( ) ou Nome ( x ) Sub. Fem. ( ) ou Pronome ( x ).
OBSERVAÇÃO: As formas craseadas “à qual” e “às quais” podem ser substituídas por “a
que”, sem crase.
Grupo 03
115
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
Em alguns casos, um “à” ou um “às” é equivalente a “àquela(s)”. Nesses casos, o
substantivo feminino fica implícito no texto.
01- A novela que ele viu é semelhante à que passou nos anos de 1980.
[A novela que ele viu é semelhante àquela que passou nos anos de 1980].
CUIDADO:
- Se o verbo (o antes) não exigir ou sugerir a preposição “a”, não ocorrerá crase, ainda
que os vocábulos estejam especificados.
- O náufrago cultivou a terra dos ingleses, onde esteve perdido por meses.
116
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
Obs.: esse mesmo procedimento também pode ser notado para o nome de certos
lugares.
Ex.:
DICA:
CASOS FACULTATIVOS
Ex.: Ele disse tudo à minha professora e à tua mãe. (a minha / a tua).
Obs. 1: Se o nome próprio feminino estiver especificado, dando a entender que tal
pessoa é única (e/ou que haja intimidade entre os interlocutores), o acento grave será
obrigatório.
*Veja que há, no mínimo, duas moradoras de nome Patrícia nesse condomínio. Contudo,
o texto refere-se apenas à do 4º andar.
117
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
Obs. 2: se a mulher for historicamente famosa, não ocorre crase.
Ex.: O turista irá até à praça velha. (ou “até a praça velha”)
CASOS ESPECIAIS
a) Ocorre, obrigatoriamente, crase nas locuções adjetivas, adverbiais, conjuntivas e
prepositivas com núcleo substantivo feminino.
118
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
Enquadramento impreciso “....de....a....”
Enquadramento preciso “.....da...à.....” ou “...das....às.....”.
Ou seja,
Ou seja, para ocorrer crase, basta usar os artigos antes de TODOS substantivos.
CASOS PROIBITIVOS
(PARA LER EM CASA E FICAR AINDA MAIS SEGURO)
01- Antes de substantivos masculinos:
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
- Dedico a minha vida a uma pessoa especial.
- O homem se referia a um caso de agressão.
03- Antes de pronomes pessoais do caso reto, especialmente o ELA:
algum, alguma, nenhum, nenhuma, todo(s), toda(s), muitos, muitas, pouco(s), pouca(s),
demais, certa, certo, tanta(s), tanto(s), vários, diversos, bastante, ninguém, nada, tudo,
cada, algo, alguém, qualquer, quaisquer, determinado(s), determinada(s), outro(s),
outra(s).
Exceção:
EXERCÍCIOS 01
01- CEPSE: “O desinteresse pela política e a descrença no voto são registrados como
mera “escolha”, sequer como desobediência civil ou protesto. A consagração da
alienação política como um direito legal interessa aos conservadores, reduz o peso da
soberania popular e desconstitui o sufrágio como universal”.
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
(Em Questão, Subsecretaria de Comunicação Institucional da Secretaria-Geral da
Presidência da República, n. 390, Brasília, 06 de janeiro de 2006)
a) a – à – à –a – às
b) as – a – a –à – as
c) às – à – a –à – às
d) a – a – a –a – as
e) a – a – a –à – às
05- FCC: Opção que preenche corretamente as lacunas: “O gerente dirigiu-se ....... sua
sala e pôs-se ....... falar ....... todas as pessoas convocadas”.
a) à, à, à
b) a, à, à
c) à, a, a
d) a, a, à
122
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
e) à, a, à
GABARITO
01 02 03 04 05 06
V D B F C V
EXERCÍCIOS 02
I- " Ele não quis reconhecer, mas preferia esta vida insossa em casa humilde..........
outra de barão”.
III- " Os adultos são gente crescida que vive sempre dizendo pra gente fazer isso e
não fazer ....... ."
02- Assinale a opção incorreta com relação ao emprego do acento indicativo de crase:
123
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
d) A verba aprovada destina-se somente àquelas cidades interioranas.
a) 1, 2 e 3 somente.
b) 1, 3 e 5 somente.
c) 1, 3 e 4 somente.
d) Somente 1.
e) Somente 3.
04- A ocorrência de crase em à qual (nas duas evidências) ocorre pelas seguintes razões:
primeiro, a estrutura será submetido é fornecedora de preposição A; e, segundo, o
pronome relativo a qual, cuja referência é feita à palavra experiência, disponibiliza o
artigo A em sua composição original.
05- Ainda sobre a ocorrência de crase do texto acima, é correto afirmar que, caso
substituíssemos o conjunto à qual (também nas duas possibilidades) por à que os
sentido bem como a correção gramatical seriam mantidos.
GABARITO
1 2 3 4 5
124
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
C B B V F
EXERCÍCIOS 03
03- CESPE: “A ocultação, pela indústria do asbesto (amianto), dos perigos representados
por seus produtos provavelmente custou tantas vidas quanto as destruídas por todos
os assassinatos ocorridos nos Estados Unidos da América durante uma década
inteira; e outros produtos perigosos, como o cigarro, também provocam, a cada ano,
mais mortes do que essas”.
04- CESPE: “Essa análise permite, ainda, abordar um outro ponto: a caracterização dos
grupos em função de sua representação social. Isto quer dizer que é possível definir
os contornos de um grupo, ou, ainda, distinguir um grupo de outro pelo estudo das
representações partilhadas por seus membros sobre um dado objeto social. Graças a
essa reciprocidade entre uma coletividade e sua teoria, esta é um atributo
fundamental na definição de um grupo”.
125
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
( ) Já que a estrutura sintática exige a preposição “a”, a ausência de sinal indicativo
da crase em "a essa reciprocidade" mostra que, por causa da presença do
pronome demonstrativo "essa", o artigo não é aí usado.
05- FCC: Leia atentamente as orações abaixo e, em seguida, faça o que se pede:
07- FCC: “Uma floresta secundária apresenta, segundo estudo recente, biodiversidade
semelhante ...... da floresta original, embora haja especialistas que contestam o fato
de que as matas de segunda geração evoluam de modo ...... garantir as condições
ideais de sobrevivência ...... cada uma das espécies”.
a) a - à - à
b) à - a - à
126
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
c) à-a-a
d) a - à - a
e) à - à - a
Obs.: O detalhe dessa questão é lembrar que crase pode ocorrer em palavras elididas (ou
seja, apagadas).
08- FCC: Os objetivos ...... que se propunham os idealizadores da Declaração dos Direitos
Humanos referiam-se ...... criação de situações favoráveis de vida ...... mais diversas
populações do planeta.
a) a - a - às
b) à - à – as
c) à - à – às
d) à - a - as
e) a - à – às
Obs.: Lembre-se de que adjetivos não neutralizam crase. Tipo: “Eu fui à mais antiga praia
da cidade”.
Obs.: O detalhe dessa questão baseia-se no fato de que “tal” é um pronome indefinido.
Não ocorre crase diante de pronomes indefinidos.
10- ESAF: Marque o item que preenche de forma correta as lacunas do texto seguinte:
127
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
gerações de direitos humanos: os relativos ___ cidadania civil e política, os relativos
___ cidadania social e econômica e os relativos ___ cidadania "pós-material", que se
caracterizam pelo direito ___ qualidade de vida, ___ um meio ambiente saudável,
___ tutela dos interesses difusos e ao reconhecimento da diferença e da
subjetividade”.
a) a, à, à, a, à, à, a, a
b) a, a, à, à, à, à, a, à
c) à, a, a, à, à, a, a, à
d) à, a, a, à, à, à, a, à
e) a, à, à, a, à, à, a, à
Obs.: Uma boa leitura, entendendo o conjunto das ideias, resolve suas dúvidas.
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
V F F V D E C E D B
EXERCÍCIOS 04
01- CESPE: “E, enquanto os latifúndios de mais de mil hectares ─ 3% do total das
propriedades rurais do Brasil ─ ocupam 57% agriculturáveis, 4,8 milhões de famílias
sem-terra estão à espera de chão para plantar”.
Obs.: Mesmo que você não perceba, quando se retira acendo grave de expressões como
“à vontade” ou “às vezes” os sentidos serão alterados ou danificados.
02. Assinale a opção em que o A sublinhado nas duas frases deve receber acento
grave indicativo de crase:
128
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
d) Saiu, às escondidas, da casa do amigo. / O carro entrou a direita da rua.
03- Observe as alternativas e assinale a que não contiver erro em relação à crase:
b) Sem dúvida que, com novos óculos, ele veria a distância do perigo, aquela hora do
dia.
129
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
b) As novelas, às quais assisti, problematizam a questão da droga.
d) O delegado disse ao prefeito e aos vereadores que estava à procura dos foragidos.
Obs.: Se você vir uma “a” e, depois, uma palavra feminina no plural, nunca haverá crase.
Lembre-se!
07- Assinale a frase que pode ser completada por Há - a - à, nessa ordem:
a) ....... tempos não ....... via, mas sempre estive ....... espera de um encontro.
b) Aqui, ....... beira do rio, ....... muitos anos, existiu ....... casa-grande do engenho.
c) Em resposta ....... essa solicitação, só posso dizer que não ....... vaga ........
disposição.
d) Fiz ver, ....... quem de direito, que não ....... possibilidades de atender .......
solicitação.
Obs.: “ Haver” pode assumir valor de “existir” e de “fazer”, indicando tempo decorrido
(ou seja, tempo passado).
130
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
09- Preencha a sequência da melhor forma possível. “O fenômeno ....... que aludi é visível
....... noite e ....... olho nu”.
a) a - a - a
b) a - à - à
c) a-à-a
d) à - a - à
e) à - à – a
11- Assinale a frase na qual a palavra não deve receber o acento indicativo de crase:
b) Toda manhã, a qualquer hora, depois de ler o jornal do dia, fico pensando na vida.
Obs.: Note que, antes de “da” (item d) e “que” (item e) notam-se as respectivas palavras
subentendidas “reivindicações” e “pauta” (ambas femininas).
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11
V D C D B A A A C D B
131
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
Exercícios 05
132
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
e) Embora os sentidos fossem levemente alterados (sem que houvesse prejuízo ao
texto), seria correto gramaticalmente escrever “a autoridades” no lugar de “às
autoridades”.
Obs.: Volte aos casos facultativos e confirme quais elementos gramaticais permitem uso
ou não de crase.
04- PADRÃO CESPE: “Segundo o inglês Jack Challoner, autor de diversos livros sobre
história da ciência, entre eles 1.001 invenções que mudaram o mundo (Sextante),
recém-lançado no Brasil, embora toda invenção tenha a sua importância, algumas
mudaram mais os rumos do mundo por serem essenciais em momentos específicos.
“Se você estiver no banheiro e precisa se limpar, o motor a vapor ou a roda não tem
a mínima importância. Naquele momento, a maior invenção do mundo é o papel
higiênico, algo bem mais simples”, exemplifica o escritor em entrevista ao Correio.
A análise de Challoner mostra que não é porque algo foi criado há muito tempo e seu
uso acabou extremamente banalizado que ele deixa de ser importante. A cola, ele
lembra, foi desenvolvida pelos egípcios há cerca de 6 mil anos.
(...)
As primeiras versões, feitas à base de cera de abelha, serviam para colar as tábuas
dos barcos. “Os humanos inventam coisas há milhares de anos, e as espécies
anteriores ao homem, há mais tempo ainda. Mesmo assim, ao pensarmos em
invenções, logo imaginamos realizações do último século”, afirma Challoner. “Isso
acontece porque o mundo muda muito mais rápido do que antes. As novas invenções
chamam mais a atenção do que aquilo que foi feito há séculos”, completa”.
c) O uso de acento grave na expressão “à base de” justifica-se pela mesma razão
que ocorre tal fenômeno na sentença a seguir: “Aquela criança está à margem da
civilidade humana”.
d) O verbo “há”, depois de “coisas”, poderia ser substituído por “à cerca de” sem
que a correção gramatical bem como os sentidos textuais fossem
comprometidos.
133
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
e) O uso de crase em “a” (último período) é facultativo.
Obs.: Adjuntos adverbiais (que se relacionam com verbos, adjetivos e até advérbios) são
diferentes de adjuntos adnominais (que se relacionam com substantivos).
GABARITO
01 02 03 04
F F E C
CONCORDÂNCIA VERBAL
Assunto sempre presente nas provas de concursos, a concordância verbal se destaca por
sua regularidade. Nesse assunto, um problema é evidente: a quantidade de regras. Numa
conta genérica, que leva em consideração apenas a regra isolada, sem avaliar, contudo, as
variações que decorrem do contexto, podemos contabilizar mais de vinte. No entanto, as
bancas costumam “girar em círculos”, abordando, ano a ano, as mesmas situações. Nessa
segunda conta, temos um número muito menor: oito.
Já que o nosso objetivo é passar, sugiro que você dê prioridade às regras que vamos
apresentar agora, as chamadas, por mim, de regras de “primeiro escalão”. Num segundo
plano, apresento as que fazem parte do “segundo escalão”, que têm menos
probabilidade de aparecer em provas. Por fim, colocarei as do “terceiro escalão”, que são
mui raras, mas bastante excêntricas.
Princípio
Em geral, na concordância verbal, quem dita as regras do jogo é o sujeito. Ou seja, será o
sujeito o termo sintático responsável pelo “movimento” do verbo. “Movimento” quer
dizer, na linguagem da gramática, flexão verbal. O verbo sofre seis (06) flexões: três no
singular e três no plural. Em provas de concurso, entretanto, as flexões que dominam são
as da terceira do singular e as da terceira do plural, ou seja, as bancas costumam exigir
apenas duas flexões. Assim, o que elas mais gostam de fazer é pedir ao candidato para
avaliar se um verbo pode sair do singular e ir para o plural (ou vice e versa).
1º ESCALÃO DE REGRAS
134
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
CONSTRUÇÕES ERRADAS
Ex.: Após anos de revisão de pesquisas sobre o assunto, um relatório publicado nesse ano
em dois importantes jornais americanos concluiu que o corpo queima basicamente a
mesma quantidade de gordura, desconsiderando se você se alimentou ou não antes
do exercício.
3- É comum que o sujeito seja deslocado (daí a frase fica na “ordem indireta”) para o
meio ou o fim do período a fim de confundir o candidato.
Ex.: Embora remonte aos hábitos das sociedades mais violentas do passado, a pena de
talião ainda goza de prestígio entre cidadãos que se dizem civilizados.
CUIDADO!!!!
Se o sujeito for composto e estiver posposto ao verbo, este poderá concordar com o
núcleo mais próximo ou ir para o plural.
Nível básico:
Nível avançado:
- Embora remonte aos hábitos das sociedades mais violentas do passado, a pena de Talião
e a justiça com as próprias mãos ainda têm prestígio entre cidadãos que se dizem
civilizados.
- Embora remontem aos hábitos das sociedades mais violentas do passado, a pena de
Talião e a justiça com as próprias mãos ainda têm prestígio entre cidadãos que se
dizem civilizados.
135
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
4- Quando o sujeito for uma oração (ou seja, sua base for um verbo), lembre-se de
que o verbo fica, obrigatoriamente, na 3ª pessoa do singular.
Ex.: Malhar de estômago vazio não ajuda a queimar gordura, diz estudo.
Obs.: mesmo que haja dois ou três verbos no infinitivo, a regra do sujeito oracional
permanece.
Ex.: Estudar muitas horas por dia e cuidar da dieta exige muita força e muita fé.
CUIDADO!!!!!!
Obs.: agora, o sujeito tem base nominal, pois “estudar” e “cuidar” são substantivos.
5- Quando o sujeito estiver representado pelo pronome relativo “que”, concorde com
o termo ao qual o pronome se refere.
Ex.: O estudioso apresentou os detalhes que fazem toda a diferença na hora de estudar.
Ex.: Grande foi a comoção que, depois de muitas horas passadas e discutidas, revelou as
verdadeiras facetas daquela instituição.
Ex.: A economia brasileira foi uma das que sofreu com a crise mundial.
Ex.: A economia brasileira foi uma das que sofreram com a crise mundial.
6- Quando a oração não tem sujeito, o verbo é chamado de impessoal e fica sem
“comando”; por isso, permanecerá na 3ª pessoa singular (e raras vezes no plural).
136
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
O verbo EXISTIR, contudo, é pessoal e passa, automaticamente, a ter sujeito. Ou seja, o
objeto direto do verbo HAVER será, portanto, o sujeito do verbo EXISTIR. Sempre!!!
Nível básico:
Nível avançado:
CUIDADO!!!!!!
Quando o verbo (VTI, VI ou VL) vem acompanhado do pronome “se”, funcionando como
índice de indeterminação do sujeito, o verbo SEMPRE FICARÁ na terceira pessoa do
singular:
137
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
- Assiste-se a um novo momento cultural no Brasil.
Para termos que indiquem ideia partitiva ou fracionária, quando possuírem adjunto
adnominal pluralizado, admitirão que o verbo vá para o plural ou fique no singular.
Ex.:
- A maioria dos médicos quis a greve.
- A maioria dos médicos quiseram a greve.
Ex.:.
- 30% da empresa receberam críticas.
- 30% da empresa recebeu críticas.
DETALHE: de 0,0% até 1,9% significa SINGULAR. De 2,0% até o infinito, PLURAL.
Caso não haja adjunto no plural, a concordância se dará normalmente com o número
percentual.
Ex.:
ATENÇÃO: Caso surja o artigo “OS” (ou outro determinante, como ESSES, ESTES,
AQUELES) antes dos percentuais, o verbo irá, OBRIGATORIAMENTE, para o PLURAL.
Ex.:
- ¼ dos alunos não entregou (entregaram) o trabalho.
- 2/6 da cidade questionaram (questionou) a prefeitura.
EXERCÍCIOS
(A) A professora procurou fazer com que os alunos entendessem que eram possíveis
encontrar muitas maneiras de falar a mesma língua.
(B) A professora explicou que, embora exista diferenças na maneira como se falam nas
diferentes regiões do Brasil, todos falamos português.
(D) Na sala de aula, houve uma pequena parte dos alunos que não compreendeu por que
o novo colega falava “tu” em vez de “você”.
(E) Explicando que o povo do Sul e o do Sudeste falava a mesma língua, a professora
buscou convencer os alunos que não se deveriam zombar do colega gaúcho.
139
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
E) “... a escassa reflexão sobre a forma e o modelo do conhecimento produzido traz
algumas consequências negativas...”.
04- (CCV- UFC 2014 / Técnico administrativo) Assim como “haver” em “Isto porque a
gente havia que fabricar os nossos brinquedos” foi empregado corretamente, o verbo
destacado igualmente correto está na alternativa:
A) Haviam duas estátuas representando os heróis da guerra.
B) Havia participado da guerra soldados ainda muito jovens.
C) Sempre deverão haver soldados dispostos a defender a pátria.
D) Soldados bem treinados sempre se houveram bem nas batalhas.
E) Podem haver inúmeras guerras, mas a humanidade permanecerá.
GABARITO DO TESTE
01 02 03 04
D E A D
Ficará como leitura de casa. Tal leitura é importante, pois deixará você mais seguro.
Porém, o mais importante agora é o grupo do 1º escalão. Concentremo-nos nele!
1º Caso:
Quando os núcleos do sujeito composto vierem resumidos por tudo, todos, nada, alguém
ou ninguém, o verbo concordará com a palavra resumidora.
Ex.:
Quando os núcleos do sujeito vierem ligados pela conjunção “Ou”, o verbo ficará no
singular se houver ideia de exclusão. Se houver ideia de inclusão o verbo irá para o plural.
Ex.:
140
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
- Pelé ou Maradona será escolhido o melhor do século. (Exclusão)
Quando o sujeito for constituído das expressões aproximativas "mais de", "menos de",
"cerca de" o verbo concordará com o numeral que segue as expressões.
Ex.:
Quando o sujeito de um verbo for pronome relativo "que", o verbo concordará com o
antecedente deste pronome.
Ex.:
Quando o sujeito de um verbo for um pronome relativo "quem", o verbo concordará com
o antecedente ou ficará na 3º pessoa do singular concordando com o sujeito “quem”.
Ex.:
141
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
- (Quem comprou os vestidos foram elas).
Quando o sujeito for formado por nome próprio que só tem plural, não antecipado de
artigo, o verbo ficará no singular; se o nome próprio vier antecipado de artigo o verbo irá
para o plural.
Ex.:
Se o sujeito composto tem os seus núcleos ligados por uma série aditiva enfática
(não só...mas também; tanto...quanto; não só...como também etc.), o verbo vai,
NORMALMENTE, para o plural.
142
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
2º Caso: Sujeito ligado por “com”.
Ex.:
O rei, com toda a sua corte, estava satisfeito por tudo que ocorria no castelo.
Quando o sujeito for ligado pela série aditiva nem..nem, o verbo pode ir,
NORMALMENTE, para o plural ou ficar no singular.
Ex.: É difícil entender que nem o respeito nem o amor comoviam (comovia) o ator.
Mas cuidado!!!
Se o sujeito for constituído por nem um nem outro, o verbo fica, NORMALMENTE,
no singular.
Ex.:
- O mundo são os homens.
- Os professores são a educação.
Ex.:
- Sua roupa eram alguns trapos.
- Nosso trabalho são batalhas.
Exemplos:
- Tudo eram /era alegrias e cânticos.
- Isso são / é mentiras.
- Aquilo são / é verdades incontestáveis.
- Isto não são / é palavras de amor.
b) Quando o sujeito for formado pelos pronomes interrogativos que, quem ou o que
concorde com o predicativo.
Exemplos:
- Que são essas cartas?
- O que são atos éticos?
- Quem eram os convidados?
- Não sei quem são os vencedores. (Veja que aqui há uma interrogação indireta).
c) Quando o verbo Ser for empregado impessoalmente.
Exemplos:
- São dez horas.
- Hoje são 15 de novembro.
144
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
Obs.: Aqui também se permite a forma “Hoje é dia 15 de novembro” e “Hoje é 15 de
novembro”, quando, neste último caso, a palavra “dia” estará implícita.
- De minha casa ao Teatro José de Alencar são 5 quilômetros.
d) Quando o verbo “Ser” for usado nas expressões é muito, é pouco, é mais de, é tanto e
o sujeito for representado por termo no plural que denote preço, medida ou quantidade.
Exemplos:
- Oitenta mil reais é pouco para quem quer mudar radicalmente de vida.
- Duzentos gramas de queijo é muito para o café da manhã.
Quando os pronomes pessoais do caso reto representarem o sujeito, você terá dois
caminhos, a saber:
b) Se o “Tu” fizer parte do sujeito (sem que exista o “Eu”), concorde com “Vós” (menos
usual) ou com “Eles/as” (mais usual).
- Tu, Márcia e André desejais alguma coisa?
Ex.:
145
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
Quais de nós viajarão / viajaremos na próxima semana?
Não esqueça!!!
01- Na oração "Há vinte meses que o Decreto foi revogado", a forma verbal "Há" poderia
ser corretamente substituída por Faziam.
02- Na oração "Segue anexa a nota editorial", foi atendida regra de concordância
nominal, visto que o adjetivo "anexa" está no feminino para concordar com a
expressão no feminino "a nota editorial", que exerce a função de sujeito da oração.
03- “Estudos e o senso comum mostram que a carga genética exerce forte influência nas
características pessoais às quais damos o nome de talento”.
►A forma verbal "surge" poderia, sem prejuízo gramatical para o texto, ser flexionada no
plural, para concordar com "velocidade, persistência, relevância, precisão e flexibilidade".
05- “Não direi, senhores, que a obra chegou à perfeição, nem que lá chegue tão cedo. Os
meus pupilos não são os solários de Campanela ou os utopistas de Morus; formam
um povo recente, que não pode trepar de um salto ao cume das nações seculares”.
► A forma verbal "formam" está flexionada na terceira pessoa do plural para concordar
com a ideia de coletividade que a palavra "povo" expressa.
147
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
08- “O movimento da vida passa a ser uma efervescência constante e as mudanças a
ocorrer em ritmo quase esquizofrênico, determinando os valores fugidios de uma
ordem temporal marcada pela efemeridade. Como tentativas de acompanhar essa
velocidade vertiginosa que marca o processo de constituição da sociedade
hipermoderna, surge a flexibilidade do mundo do trabalho e a fluidez das relações
interpessoais”.
10- “Entre outros exemplos, citemos a formação da consciência moral, das modalidades
de controle de pulsões e afetos numa dada civilização, ou o dinheiro e tempo. A cada
um deles correspondem maneiras pessoais de agir e sentir, um habitus social que o
indivíduo compartilha com outros e que se integra na estrutura de sua
personalidade”.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
E C E E E E E E C E
148
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 02
(Padrão CESPE)
TEXTO I
TEXTO II
“O governo garante que não faltarão recursos para as obras de infraestrutura. As favelas
ocupadas dispunham de cerca de 827 milhões de reais do Programa de Aceleração do
Crescimento para obras de saneamento e outras intervenções urbanas. Também foram
anunciados a construção de 19 escolas, obras de contenção de encostas e um programa
habitacional orçado em 144 milhões de reais, entre outras medidas”.
TEXTO III
03- A forma verbal “constituem” está flexionada na terceira pessoa do plural para
concordar com “problemas graves”.
TEXTO IV
149
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
para se preservar a correção gramatical do texto, seria necessário flexionar a forma
verbal “prejudica” na terceira pessoa do plural, escrevendo-se prejudicam.
TEXTO V
“A Bike será, quando entrar em linha de montagem, uma sucessora do Fusca. Tem a
mesma conjugação de linhas curvas. Encarna a próxima geração do meio de transporte ao
mesmo tempo racional, popular e simpático. Como tal, apresentou-se oficialmente ao
público, semanas atrás, em uma feira de automóveis na China.
TEXTO VI
“A evidência surgiu com a análise das informações colhidas pela sonda Lcross da agência
espacial norte-americana. Os cientistas apresentam quatro hipóteses para explicar a
presença de água na Lua. Ela pode ter chegado ao satélite a bordo de cometas, astros
formados por gelo e poeira”.
TEXTO VII
“O medo tem raízes profundas na alma dos seres. Radica-se no inconsciente e é objeto
constante da pesquisa científica, com destaque para a psicanálise”.
TEXTO VIII
“Durante a realização das provas, o chefe da sala, verificando que Roberto não tinha
condições para a escrita cursiva, solicitou a presença do coordenador para orientá-lo
quanto à exigência dos procedimentos de identificação desse candidato. O coordenador
orientou-o, dizendo que a folha de respostas e a folha de frequência poderiam ficar em
branco, sem a assinatura do candidato e sem a transcrição da frase, e que a ocorrência
deveria ser relatada na ata de sala”.
08- Estaria mantida a correção gramatical do texto se, em “a folha de respostas e a folha
de frequência poderiam ficar em branco” , a forma verbal “poderiam” fosse
150
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
substituída pelo singular poderia, estabelecendo-se a concordância com o termo
mais próximo.
TEXTO IX
Quase dois terços da área sob risco de desertificação no Brasil estão na caatinga, que já
teve, a exemplo do cerrado, aproximadamente metade de sua extensão, que é de
826.000 km², destruída.
TEXTO X
“Mantido por contribuições das empresas associadas, o CIEE lançou o Guia Prático para
Entender a Nova Lei do Estágio, com respostas a mais de 30 perguntas acerca das
mudanças e normas mais importantes. Entre elas, destacam-se a limitação da jornada
diária para seis horas, a obrigatoriedade de pagamento do auxílio-transporte, a concessão
do recesso obrigatório de 30 dias após um ano de estágio e o limite máximo de dois anos
de permanência em uma mesma empresa”.
TEXTO XI
“Veja o que ocorre nos Estados Unidos da América. O país dispõe das melhores
universidades do mundo, detém metade dos cientistas premiados com o Nobel e registra
mais patentes do que todos os seus concorrentes diretos somados. Ainda assim, só um
em cada dois norte americanos acredita que o homem possa ser produto de milhões de
anos de evolução”.
13- Levando-se em conta o contexto, o verbo “acredita” poderia concordar com a ideia
de plural que a frase dá a entender que exista, escrevendo-se “acreditam”.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
E E E E C C E E C C
151
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
11 12 13
E E E
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 03
01. Indique a opção correta, no que se refere à concordância verbal, de acordo com a
norma culta:
04- Em todas as alternativas, o termo em negrito exerce a função de sujeito, exceto em:
06- Indique o único segmento que apresenta concordância verbal condizente com as
normas do português padrão:
e) Não existem fórmulas precisas ou exatas para avaliar uma obra de arte, não
existe um padrão de medida ou quantificação, tampouco podem haver modelos
rígidos pré-estabelecidos.
153
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
b) Registrou-se os processos
e) Somou-se as parcelas
12- É provável que ....... vagas na academia, mas não ....... pessoas interessadas: são
muitas as formalidades a ....... cumpridas.
a) hajam - existem - ser
13- Complete as lacunas: ........ de exigências! Ou será que não ....... os sacrifícios que
....... por sua causa?
a) Chega - bastam - foram feitos
154
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
b) Chega - bastam - foi feito
Gabarito
01 02 03 04 05 06 07
C D D D B C D
08 09 10 11 12 13
C D C D C A
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 04
( ) Os povos andinos e sua cultura, assim diz a tradição, contém muita riqueza.
a) I – C – C ─ C
b) I – C – I─ C
c) I–I–C─
d) C – I – I ─ I
e) C – C – C ─ I
155
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
02- Coloque C ou I nos parênteses, conforme esteja correta ou incorreta a concordância
verbal.
a) I – C – C ─ C
b) I – C – I─ C
c) C–I–C─C
d) C – I – I─ I
e) C – C – I─ I
03- Assinale a opção que apresenta ERRO de concordância verbal, segundo o registro
culto e formal da língua.
08- Assinale a opção que apresenta ERRO de concordância verbal, segundo o registro
culto e formal da língua.
d) Já fazem três meses que ele se adaptou a uma nova realidade profissional.
09- Assinale a opção que apresenta ERRO de concordância verbal, segundo o registro
culto e formal da língua.
157
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
b) A pressão, a ansiedade e a tensão muscular, tudo prejudicava a saúde do
trabalhador.
d) Já fazem três meses que ele se adaptou a uma nova realidade profissional.
158
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
a) A maioria dos entrevistados afirmou que sente raiva enquanto dirige. Pessoas
mais experientes na condução de veículos automotivos cometem mais erros e
são mais agressivas.
b) 84% dos entrevistados afirmou que sentem raiva enquanto dirigem. Pessoas, que
tinham mais tempo de habilitação e dirigiam com maior frequência, cometiam
mais erros e eram mais agressivas.
c) Dos entrevistados, 84% afirmou que sentem raiva enquanto dirigem. Pessoas
que tinham mais tempo de habilitação e dirigiam com mais frequência cometiam
mais erros e eram mais agressivas.
d) Dos entrevistados, 84% afirmou que sente raiva enquanto dirige. Pessoas com
mais tempo de habilitação e que dirigiam com mais frequência, cometiam mais
erros e eram mais agressivas.
e) A maior parte dos entrevistados afirmou que sente raiva enquanto dirigem.
Pessoas que dirigiam com mais tempo de habilitação frequentemente cometiam
mais erros.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
E C D E E E C D D A
11 12
E A
- Restam das festas, dos ritos e dos artesanatos da cultura popular pouco mais que um
resistente núcleo de práticas comunitárias. (Forma verbal correta: Resta)
159
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
- Não sensibilizavam aos possíveis interessados em apartamentos de luxo a visão
grotesca daqueles velhos carros-placa. (Forma verbal correta: sensibiliza)
- Destinam-se aos homens-placa um lugar visível nas ruas e nas praças, ao passo que
lhes é suprimida a visibilidade social. (Forma verbal correta: Destina-se)
c) Restam das festas, dos ritos e dos artesanatos da cultura popular pouco mais que
um resistente núcleo de práticas comunitárias.
d) Muita gente acredita que se devem imputar aos turistas a responsabilidade por
boa parte desses processos de falseamento da cultura popular.
160
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
e) No caso das regiões metropolitanas brasileiras, é necessário os investimentos na
expansão de sistemas integrados de transporte coletivo, para desestimular o uso
de veículos particulares no dia a dia das cidades.
03- Para cumprimento das normas de concordância verbal, será necessário CORRIGIR a
frase:
a) Presume-se que já tenha sido extinto muitas espécies da fauna e da flora com a
destruição de enormes extensões de florestas.
a) Há frases que se repete à exaustão e que, exatamente por isso, passam a soar
como se constituíssem cada uma delas uma verdade incontestável.
161
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
c) Quando a muitas pessoas interessam dar crédito a frases feitas e lugares-
comuns, há o risco de se cristalizar falsos juízos.
GABARITO
01 02 03 04 05
B A C E E
01. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do singular para
preencher de modo correto a lacuna da frase:
a) Entre as questões essenciais, que a todo cientista deve importar, estão as que se
prendem à origem e ao destino do ser humano.
b) Não houvesse outras razões, bastaria a propriedade das perguntas que lhe dirigiu
o público para fazê-lo sentir-se um professor privilegiado.
c) Só é dado alimentarem a curiosidade e a insatisfação ao cientista que não abdica
de fazer as perguntas fundamentais.
d) Diante do interesse que representavam cada uma das perguntas que lhe cabiam
responder, o professor sentiu-se um privilegiado.
e) O autor considerou um privilégio o fato de o interrogarem, com perguntas tão
instigantes, aquele público curioso que encontrou na escola.
162
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
03. Quanto à concordância verbal, está inteiramente correta a seguinte frase:
04. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural
para preencher corretamente a lacuna da frase:
05. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do singular para
preencher corretamente a lacuna da frase:
06. Para que se respeite a concordância verbal, será preciso corrigir a frase:
a) Fosse porcas, arruelas, parafusos, tudo o que não tivesse aplicação imediata era
remetido à “bacia das almas.”
b) O fato é que muita gente, tal como ocorre com o pai no referido texto da Internet,
têm a tendência de alimentar preconceitos contra os poetas.
c) Atira-se à “bacia das almas” as tranqueiras que não parecem úteis, e que talvez
nunca de fato os sejam.
d) Costumam-se atribuir às expressões evocativas e nostálgicas o sentido poético
que advém de tudo o que nos fala do passado.
e) Ao filho não pareceu coerente que expressões tão sugestivas fossem criadas
justamente por quem tinha por hábito desancar os poetas.
09. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural
para preencher de modo correto a lacuna da frase:
a) ...... (acabar) por mais nos favorecer o que foi esquecido do que todas as coisas de
que costumamos nos lembrar.
b) ......-se (costumar) atribuir às nossas memórias uma vantagem que, para o autor
do texto, elas não propiciam.
c) A ninguém ...... (dever) limitar essas expectativas, criadas pela memória que
cristaliza a personalidade.
d) ......-se (sedimentar) nos processos da nossa memória o perfil de uma
personalidade a que nos obrigamos a ser fiéis.
e) À força dos nomes próprios ...... (corresponder), pelas razões expostas no texto, a
força de estreitamento do espaço que há numa gaiola.
10. A concordância verbo-nominal está inteiramente correta na frase:
a) No século XX, a produção em massa permitiu que objetos, antes de posse restrita
a reis, fossem acessíveis a toda a população.
b) Sempre existiu colecionadores de objetos, que exerce maior poder de atração
sobre pessoas quanto mais estranho ele é.
c) No século XIX, foi dividido as áreas temáticas da ciência, surgindo então os
colecionadores especializados em reunir um único tipo de objetos.
164
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
d) Permaneceu imutável por séculos as razões que levam algumas pessoas a
colecionar objetos, algumas delas de gosto duvidoso.
e) O costume de enviar marinheiros pelo mundo para encontrar objetos exóticos
mudaram a paisagem de alguns países e modernizaram a Europa.
11. As normas de concordância verbal estão plenamente respeitadas na frase:
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11
A B E E E A A E C A C
CONCORDÂNCIA NOMINAL
REGRA GERAL:
1º. Caso:
Quando o adjetivo é posposto a vários substantivos do mesmo gênero, ele vai
para o plural ou concorda com o substantivo mais próximo.
165
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
- O caju e o abacaxi azedos parecem bons.
2º. Caso:
Se os substantivos forem de gêneros diferentes, o adjetivo pode ir para o plural
masculino ou pode concordar com o substantivo mais próximo.
Ex.:
3º. Caso:
Quando o adjetivo posposto funciona como predicativo, vai obrigatoriamente para
o plural e concorda com o sujeito.
Ex.:
REGRAS ESPECÍFICAS
1º. Caso:
2º. Caso:
Quando o adjetivo anteposto funciona como predicativo, pode concordar com o
substantivo mais próximo ou pode ir para o plural.
1
Aqui existe uma divergência entre os gramáticos Evanildo Becharra e Celso Cunha. Para o primeiro, os adjetivos antepostos a vários
substantivos podem concordar com o mais próximo ou com todos os substantivos pela lei da soma. Exemplo: Lerei interessante
(interessantes) livro e jornal. Já para o segundo, a concordância, nesta situação, só ocorrerá com o mais próximo. Exemplo: Comprei
novo carro e casa.
166
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
Ex.:
1ª . Possibilidade:
2ª . Possibilidade:
1º. Caso:
A palavra Bastante:
Ex.:
Obs.:
- Nessa regra, podemos incluir ainda as seguintes palavras: meio, muito, pouco, caro,
barato, longe. Só variam se acompanhar o substantivo.
2º. Caso:
Palavras como: quite, obrigado, anexo (incluso ou apenso), obrigado, mesmo,
próprio, leso e incluso são adjetivos. Devem, portanto, concordar com o nome a que se
referem.
Ex.:
3º. Caso:
Se nas expressões: "é proibido", "é bom", "é preciso" e "é necessário", o sujeito
não vier antecipado de artigo, tanto o verbo de ligação quanto o predicativo ficam
invariáveis.
Ex.:
- É proibido entrada.
Estudar é preciso.
168
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
Entretanto: Se o sujeito dessas expressões vier determinado por artigo, numeral
ou pronome (femininos, no singular ou no plural), tanto o verbo de ligação quanto o
predicativo variam para concordar com o sujeito.
Ex.:
4º. Caso:
Palavras invariáveis:
- Menos.
- A olhos vistos (expressão).
- Em anexo.
- A sós.
- Azul-marinho.
- Monstro (na condição de adjetivo).
- Alerta.
- Todo (em termos compostos).
- Mediante.
- Tirante.
- Pseudo.
- Salvo (significando exceto, afora).
Ex.:
5º Caso:
Nas expressões "o mais ... possível" e "os mais ... possíveis" , o adjetivo "possível"
concorde com o artigo que inicia a expressão
169
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
Exs:
Ex.: Ele foi sempre muito dedicado à família, haja vista o quanto era dedicado aos filhos.
Ex.: O repórter era mesmo competente, haja (hajam) vista seus últimos trabalhos.
DICA: Como é um caso polêmico, prefira usar a estrutura com o verbo sempre no singular
“haja vista”. Fazendo assim, você nunca estará errando.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 02
a) A vasta plantação e a casa grande caiados há pouco tempo eram o melhor sinal da
prosperidade familiar.
c) Não lhe pareciam útil aquelas plantas esquisitas que ele cultivava na sua pacata e
linda chácara do interior.
d) Quando foi encontrado, ele apresentava feridos a perna e o braço direitos, mas
estava totalmente lúcido.
170
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
e) Esses livro e caderno não são meus, mas poderão ser importante para a pesquisa
que estou fazendo.
02. Todas as alternativas, abaixo, estão corretas quanto à concordância nominal, exceto:
b) O jovem, ao completar dezenove anos, deve estar quite com o serviço militar.
e) Deste lado da rua há menos casas, por isso precisamos ficar mais alerta.
04. Quanto à redação das frases a seguir, assinale a que estiver errada:
05. Assinale a alternativa errada no que diz respeito ao atendimento à norma culta:
171
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
06. Está perfeitamente correta a concordância nominal apenas na frase:
a) Com opinião e propostas claras desfez as dúvidas que pairavam sobre a questão.
d) Sua atitude, seu olhar, seu gesto suspeito chamou a atenção da polícia.
172
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
e) Não temos razões bastantes para impugnar sua candidatura.
10. Assinale a alternativa em que a concordância nominal está de acordo com a norma
culta.
11. Assinale a alternativa cuja redação não está de acordo com a norma culta.
e) Entretidos com seus brinquedos, Guido e suas irmãs nem olharam para mim.
a) "... permite que uns meninos boêmios e esquisitos toquem música [...] nas suas
missas."
174
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
e) "Esse é o caso de muitos escritores e pensadores católicos..."
17. Todas as alternativas estão corretas quanto à concordância nominal, exceto em:
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09
D D E E E E E D C
10 11 12 13 14 15 16 17
B C D C C D D D
TERMOS DA ORAÇÃO
01- Essenciais:
- Sujeito.
- Predicado.
02-Termos integrantes:
- Objeto direto.
175
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
- Objeto indireto.
- Complemento nominal.
- Agente da passiva.
03-Termos acessórios:
- Adjunto adnominal.
- Adjunto adverbial.
- Aposto.
- Vocativo.
Termos essenciais
Sujeito
Palavra ou expressão que pratica, sofre ou pratica e sofre (ao mesmo tempo) a ação
verbal. O sujeito pode também simplesmente receber uma qualidade, sem desenvolver
ação verbal alguma.
a) Simples.
b) Composto.
Ex.:
- Os crimes de estelionato e o tráfico de drogas exigiram mais atenção das autoridades.
Neste caso, sabemos que ele existe, porém não está explícito na oração. A forma pela
qual o reconhecemos é pela terminação verbal (desinência).
Ex.:
d) Indeterminado.
Quando ele não está expresso e não podemos reconhecê-lo nem pela terminação do
verbo e nem pela identificação dos elementos aos quais o predicado se refere.
176
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
Há, portanto, duas regras específicas para reconhecermos os casos de ocorrência:
1º) Quando o verbo está na terceira pessoa do plural, sem que se notem antecedentes
no texto:
Obs.: Na sentença a seguir, note que o sujeito não é indeterminado, mas sim
subentendido.
2º) Quando o verbo (VTI, VI ou VL) está na terceira pessoa do singular acompanhado do
pronome “se”, funcionando como índice de indeterminação do sujeito:
177
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
- Deixou as cidades afetadas quem promoveu enorme baderna.
- Arriscar tudo uma vez na vida parece ser normal.
O PREDICADO
Os predicados contêm necessariamente um verbo, mas seu núcleo pode ser um verbo,
um nome, ou pode ser formado por um verbo e um nome. De acordo com o tipo de
núcleo os predicados se classificam em:
Ex.:
b) Predicado nominal é aquele que tem como núcleo um nome, uma forma nominal
(substantivo, adjetivo, locução adjetiva). Tipo de predicado em que ocorre verbo de
ligação e predicativo do sujeito.
Ex.:
Ex.:
Ex.:
178
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
- Estes livros trazem a cultura do velho mundo.
Esse objeto é pouco conhecido. Ele só é utilizado quando se deseja valorizar muito o
objeto direto por algumas razões específicas, a saber: ambiguidade, ideologia ou
extração de sentido.
Ex.:
Complemento nominal
Ex.:
- Este medicamento é compatível com aquela erva medicinal.
179
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
- O combate à dengue começa na casa de cada brasileiro.
Agente da passiva
Termo que representa quem pratica a ação verbal na voz passiva. É sempre
preposicionado.
Ex.:
- O livro foi descrito pelo crítico.
(Na voz ativa: O crítico descreveu o livro)
Termos acessórios
Os termos acessórios da oração são aqueles considerados dispensáveis, porém
necessários, em alguns contextos, para o entendimento daquilo que é enunciado. Além
de serem termos de função secundária, os termos acessórios são responsáveis por
caracterizar um ser, determinar os substantivos e exprimir alguma circunstância. Os
termos acessórios são os seguintes: adjunto adnominal, o adjunto adverbial e o aposto.
Apesar de o vocativo ser um termo independente, ele está presente neste artigo.
Resumindo
- Adjunto adnominal.
- Adjunto adverbial.
- Aposto.
- Vocativo (com ressalvas).
ADJUNTO ADNOMINAL
180
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
- Aquele espetáculo coreográfico foi suspenso até segunda ordem.
Quando o adjunto não é iniciado por preposição, é tranquilo, não existe a confusão
complemento/adjunto.
No entanto, quando é, surgem os casos em que o aluno tem dificuldade para distinguir
esses dois termos.
Para não ter essa dificuldade, o estudante tem de ficar atento às diferenças entre o
complemento nominal e o adjunto adnominal.
Vamos agora praticar essa teoria: “As casas de madeira são ótimas no inverno".
181
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
Como dissemos na “primeira diferença”, o complemento nominal se liga a adjetivos, o
adjunto não.
A “segunda diferença” vai nos ajudar: “de mãe” tem sentido ativo, a mãe sente o amor.
182
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
ADJUNTO ADVERBIAL
- LUGAR (aqui, ali, lá, acolá, acima, abaixo, dentro, fora, longe, perto, em casa, no
cinema).
- MODO (bem, mal, melhor, pior, assim, velozmente e quase todos terminados em -
mente).
- CAUSA
- FINALIDADE
- INSTRUMENTO
- COMPANHIA
183
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
Ex.: Certamente sairemos hoje.
- CONCESSÃO (se bem que, muito embora, apesar disso, a despeito de, malgrado etc.)
APOSTO
Serve para explicar, esclarecer, elucidar, discriminar ou mesmo enumerar um termo que
venha antes ou depois. Nesta função, os sinais gráficos, na maioria das vezes, são
decisivos.
Aposto explicativo
É aquele que explica um termo anterior ou posterior a ele. É marcado pelo uso de
vírgulas, travessões, parênteses ou dois pontos. Exemplo:
Aposto enumerativo
Exemplo:
184
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
Aposto especificativo
Exemplo:
Aposto oracional
Exemplo:
Exemplo:
Trocar fraldas, amamentar, colocar para dormir, acordar à noite, tudo exige
paciência.
Vento, chuva, neve, nada o impediu de cumprir sua missão.
VOCATIVO
É o nome do termo sintático que serve para nomear um interlocutor a que se dirige a
palavra ( chama a atenção da frase).
Exemplos
TEORIA DA PONTUAÇÃO
a) O sujeito e o verbo.
b) O verbo e o complemento.
Exemplos errados:
- A redução da emissão de partículas poluentes pelo escapamento dos carros, é uma das
metas que devem ser atingidas pelos órgãos responsáveis pela organização do trânsito
nas grandes cidades.
Exemplos problemáticos
É, entretanto, possível (em determinados contextos) usar uma unidade de vírgula entre:
REGRAS ESPECÍFICAS
Obs.: os elementos de uma lista sempre pertencem à mesma classe gramatical e têm a
mesma função sintática.
186
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
- O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço e dois
banheiros.
- O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço, dois
banheiros.
A pontuação abaixo, contudo, está incorreta: não se usa “, e” para concluir listas.
- O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço, e dois
banheiros.
- Alex Atala ― um dos maiores chefs do mundo ― é um brasileiro apaixonado por sua
cultura.
- Alex Atala (um dos maiores chefs do mundo) é um brasileiro apaixonado por sua cultura.
- É um brasileiro apaixonado por sua cultura Alex Atala ― um dos maiores chefs do
mundo.
- É um brasileiro apaixonado por sua cultura Alex Atala (um dos maiores chefs do mundo).
É um brasileiro apaixonado por sua cultura Alex Atala: um dos maiores chefs do mundo.
187
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
d) para isolar palavras e expressões explicativas (a saber, por exemplo, isto é, ou
melhor, aliás, além disso etc.):
Lembrete: o que temos abaixo é uma mera especulação com base nos gabaritos das
bancas CESPE e FCC, pois nenhum gramático ousa resolver tal imbróglio.
REALIDADE A:
1 2
Adjuntos com até dois termos podem ser interpretados pelo CESPE ou pela FCC como
de pequena extensão. Assim sendo, a banca vê as vírgulas ou a vírgula como
facultativa(s).
REALIDADE B:
1 2 3
Adjuntos com até três termos podem ser interpretados pelo CESPE ou pela FCC como de
grande extensão. Assim sendo, as bancas podem interpretar as vírgulas ou a vírgula
como obrigatória(s).
"No ano de 2007, eu estava à frente da 28ª DP, investigava a atuação da milícia naquele
local e recebi, via disque-denúncia, três informes sobre a possibilidade de um atentado
que seria feito contra a minha pessoa", disse o investigador.
(Obs.: Veja que a estrutura “,pois” poderia ser substituída por dois-pontos).
- Cheguei bem cedo ao estádio; não vi, entretanto, a apresentação do hino nacional.
(Obs.: Não se esqueça de que, nesse caso, as vírgulas que envolvem a conjunção
“entretanto” são obrigatórias porque a conjunção está posposta ao verbo VER. Sempre
que a conjunção estiver posposta ao verbo, uso obrigatório de duas vírgulas).
CONJUNÇÕES X PONTUAÇÃO
____________________ , e _____________________
Ou _________________ , ou ___________________
____________________ , mas___________________
____________________, pois__________________
____________________, porque________________
____________________, que___________________
____________________; e _____________________
Ou _________________; ou ___________________
____________________; mas___________________
____________________; pois_______________
____________________; porque________________
____________________; que___________________
2
Aqui existe uma pequena polêmica. Para alguns gramáticos, a vírgula antes das conjunções coordenadas (principalmente a E) é
obrigatória. Entretanto, gramáticos renomados, como Evanildo Bechara e Celso Cunha discordam dessa opinião. Para Bechara “A
vírgula pode ser usada para separar orações coordenadas aditivas ainda que sejam iniciadas pela conjunção E, proferida com pausa” (
Moderna Gramática da Língua Portuguesa, p.609). Para Cunha, a vírgula antes do E só aparecerá se os sujeitos das duas orações forem
diferentes.
3
Para Bechara e Cunha é possível, antes de conjunções adversativas, usar também o PONTO-E-VÍRGULA quando há a
intenção de realçar o contraste entre as duas orações.
189
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
a) O homem chegou e fez logo o seu serviço.
Para os gramáticos é proibida, pois os sujeitos das duas orações são iguais. Contudo, o
CESPE já interpretou como facultativa.
Para a maioria dos gramáticos é obrigatória, pois os sujeitos das orações são diferentes.
Contudo, o CESPE já interpretou como facultativa.
Obs.: quem está entre vírgulas é o adjunto adverbial “depois de muitas tentativas”.
____________________, porém________________
____________________, contudo_______________
____________________, todavia _______________
____________________, entretanto_____________
____________________, no entanto_____________
____________________, em contrapartida_______
____________________, todavia________________
____________________, portanto_______________
____________________, logo__________________
____________________, assim_________________
(Essa versão somente será possível quando a conjunção estiver deslocada do verbo ou
do sujeito).
____________________, porém,________________
____________________, contudo,_______________
____________________, todavia, _______________
190
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
____________________, entretanto,____________
____________________, no entanto,____________
____________________, em contrapartida,______
____________________, todavia,_______________
____________________, portanto,______________
____________________, logo,_________________
____________________, assim,________________
____________________; porém________________
____________________; contudo_______________
____________________; todavia _______________
____________________; entretanto_____________
____________________; no entanto_____________
____________________; em contrapartida_______
____________________; todavia________________
____________________; portanto_______________
____________________; logo__________________
____________________; assim_________________
____________________. Porém,________________
____________________. Contudo,______________
____________________. Todavia, ______________
____________________. Entretanto,____________
____________________. No entanto,____________
____________________. Em contrapartida,______
____________________. Todavia,_______________
____________________. Portanto,______________
____________________. Logo,_________________
____________________. Assim,________________
191
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
- Atenciosamente,
- Respeitosamente,
- Por ser fã de águas profundas e de grandes deslocamentos, esse gigantesco bicho, que
pode chegar a 2 toneladas, dá muito trabalho para ser estudado.
2. PONTO
192
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
O ponto que é empregado para encerrar um texto escrito recebe o nome de ponto
final.
3. PONTO E VÍRGULA
- A maioria dos alunos passou de ano; porém não houve a tradicional festa de formatura.
b) num trecho longo, onde já existam vírgulas, para enunciar pausa mais forte.
- Vamos formar três equipes: João, Paulo e Carlos pertencem ao grupo azul; Maria, Jorge
e Rute, ao vermelho; e Otávio, Andréa e Lucas, ao branco.
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o
saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções, e coexistência de instituições públicas e
privadas de ensino;
IV - gratuidade do ensino em estabelecimentos oficiais.
4. DOIS-PONTOS
a) uma enumeração:
Obs.: Veja que, se os dois-pontos fossem substituídos por vírgula, os sentidos originais
seriam alterados, mas a correção gramatical seria preservada.
193
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
b) uma citação:
c) um esclarecimento:
- Joana conseguira enfim realizar seu desejo maior: seduzir Pedro. Não porque o amasse,
mas para magoar Lucila.
- Nota: A preposição per, considerada arcaica, somente é usada na frase de per si (= cada
um por sua vez, isoladamente).
NOTA
A invocação em correspondência (social ou comercial) pode ser seguida de
dois-pontos ou de vírgula:
Querida amiga:
Prezados senhores,
5. PONTO DE INTERROGAÇÃO
6. PONTO DE EXCLAMAÇÃO
NOTA
O ponto de exclamação é também usado com interjeições e locuções interjetivas:
Oh!
Valha-me Deus!
7. RETICÊNCIAS
- Bem, eu retiro-me, que sou prudente. Levo a consciência de que fiz o meu dever. Mas o
mundo saberá...
(Júlio Dinis)
Assim, só aparece aos nossos olhos uma verdade que seria riqueza, fecundidade, força
doce e insidiosamente universal. E ignoramos, em contrapartida, a vontade de verdade,
como prodigiosa maquinaria destinada a excluir todos aqueles *...+.
(FOUCAULT: A ordem dos discursos).
- Roulet afirma que "o gramático deveria descrever a língua em uso em nossa época, pois
é dela que os alunos necessitam para a comunicação quotidiana".
195
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
- O "lobby" para que se mantenha a autorização de importação de pneus usados no Brasil
está cada vez mais descarado.
9. TRAVESSÃO
(Ferreira de Castro)
Um novo livro ─ muito bem comentado pela crítica ─ foi lançado na livraria do centro.
10. PARÊNTESES
196
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
b) isolar orações intercaladas com verbos declarativos, em substituição à vírgula e aos
travessões:
- Afirma-se (não se prova) que é muito comum o recebimento de propina para que os
carros apreendidos sejam liberados sem o recolhimento das multas.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01
01- (MANAUPREV FCC 2015) Atente para as frases abaixo sobre a pontuação do texto.
I. No segmento
“Uma revista de vanguarda reúne algumas dessas representações, desde uma tapeçaria
persa do século IV, onde aparece a palmeira heráldica, até Chirico, o criador da árvore
genealógica do sonho, e dá a tudo isso o título: Decadência da Árvore”. (3º parágrafo),
a vírgula pode ser corretamente suprimida, uma vez que é seguida da conjunção aditiva
"e".
II. No segmento
o ponto final pode ser corretamente substituído por ponto e vírgula, feita a alteração
entre maiúscula e minúscula.
III. No segmento
“Já em Picasso a árvore se torna raríssima, e a aventura humana seduz mais o pintor do
que o fundo natural em que ela se desenvolve”. (3º parágrafo),
(A) I e II.
(B) III.
(C) II.
(D) II e III.
(E) I.
197
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
02- (TRE PIAUÍ CESPE 2016) A correção e a coerência do texto Elegibilidade dos
analfabetos:...seriam mantidas caso
A) a vírgula que sucede o nome “voto” fosse substituída por ponto, com a devida
alteração de maiúscula e minúscula.
“Durante o período colonial, os analfabetos tinham direito ao voto, ainda que mitigado e
suprimido, por meio do processo chamado voto ‘cochichado’. Nesse caso, as intenções de
voto de um analfabeto eram ouvidas por terceiros letrados”.
“Contudo, foi somente ao final do Império que esse direito foi totalmente retirado dos
brasileiros analfabetos por meio do Decreto n.º 3.029/1881, a chamada Lei Saraiva, que
instituiu um censo literário nos termos propostos por Rui Barbosa à época”.
C) o ponto que sucede o nome “país” fosse substituído por vírgula, com a devida
alteração de maiúscula e minúscula.
“Por sua vez, a elegibilidade, que constitui o direito de ser votado, em nenhuma
oportunidade foi reconhecida aos analfabetos na história breve de nosso país. Pelo
contrário, pouco se discute e pouco se discutiu sobre tal direito, e, reiteradamente, o tema
vem sendo esquecido no processo de consumação de uma cidadania plena, com acesso a
todos os direitos de participação política”.
“A discussão sobre a participação dos analfabetos na vida política nacional remonta aos
tempos do Brasil colônia e se mantém durante a formação da sociedade brasileira e os
processos de reconhecimento de direitos e de visibilidade social das diferentes parcelas
sociais anteriormente excluídas do processo democrático”.
“A discussão sobre a participação dos analfabetos na vida política nacional remonta aos
tempos do Brasil colônia e se mantém durante a formação da sociedade brasileira e os
processos de reconhecimento de direitos e de visibilidade social das diferentes parcelas
sociais anteriormente excluídas do processo democrático”.
198
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
e) A casa, onde morava, era linda
A) “recebido”.
B) “decisão”.
“...dos recursos após trânsito em julgado da decisão que julgasse as contas irregulares ou
as considerasse não prestadas”.
C) “recursos”.
D) “também”.
E) “políticos”.
199
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
A redação acima poderia ter sido extraída do editorial de uma revista, mas é parte do
texto O oxente e o ok, primeiro lugar na categoria opinião da 4.ª Olimpíada de Língua
Portuguesa Escrevendo o Futuro, realizada pelo Ministério da Educação em parceria com
a Fundação Itaú Social e o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação
Comunitária (CENPEC)”.
“O ouro já é escasso. A energia elétrica caminha para isso. Enquanto cientistas e governos
buscam novas fontes de energia sustentáveis, faça sua parte aqui no TJDFT”
Os juízes que se deparam com o tema dos conflitos familiares e da violência doméstica
assistem a situações de violência extrema, marcadas pelo abuso das relações de afeto e
parentesco, pela deslealdade nas relações íntimas de afeto e confiança. A violência
doméstica exclui e segrega os integrantes da família, pois as vítimas são muitas vezes
consideradas responsáveis pelas agressões que sofrem. É a mulher agredida quem “gosta
200
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
de apanhar”, é a criança espancada quem “provoca” os pais. Obviamente os membros da
família ficam apavorados diante da possibilidade da agressão e da exclusão e temem pela
própria vida quando dependem da família para sobreviver emocional ou materialmente.
Assim, todos são atingidos pela agressão a um deles dirigida.
“Estação do ano mais aguardada pelos brasileiros, o verão não é sinônimo apenas de
praia, corpos à mostra e pele bronzeada”.
“O calor extremo provocado por massas de ar quente ― fenômeno comum nessa época
do ano, mas acentuado na última década pelas mudanças climáticas ― traz desconfortos
e riscos à saúde. Não se trata somente de desidratação e insolação. Um estudo da
Faculdade de Saúde Pública de Harvard (EUA), o maior a respeito do tema feito até o
momento, mostrou que as temperaturas altas aumentam hospitalizações por falência
renal, infecções do trato urinário e até mesmo sepse, entre outras enfermidades”.
I- No segmento
“A praça, aliás, era já uma herdeira pobre da ágora, da praça ateniense, que não foi lugar
do footing ou da conversa mole, mas da decisão política. A ágora era praça no sentido
forte, onde as questões cruciais da coletividade eram debatidas e decididas”,
pode-se suprimir a vírgula colocada imediatamente após ágora sem prejuízo para o
sentido e a correção.
II. Na frase
“Já a rua é caminho de ida sem volta; fica-se na praça, anda-se na rua. Vai-se, sai-se”,
201
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
o ponto e vírgula após “volta” pode ser substituído por dois-pontos, sem prejuízo para o
sentido e a correção.
III. Na frase
a vírgula colocada imediatamente após fortes pode ser substituída por um travessão, sem
prejuízo para o sentido e a correção.
(A) I e III.
(B) III.
(C) I e II.
(D) II.
(E) II e III.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
C E B C C C C C C C
11 12
E E
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 03
01. Assinale a sequência correta dos sinais de pontuação que devem ser usados nas
lacunas da frase abaixo. Não cabendo qualquer sinal, O indicará essa inexistência:
202
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
02. (IBGE) Assinale a sequência correta dos sinais de pontuação que devem preencher
as lacunas da frase abaixo. Não havendo sinal, O indicará essa inexistência.
a) O - O - vírgula - vírgula
b) O - dois pontos - O - vírgula
c) O - dois pontos - vírgula - vírgula
d) vírgula - vírgula - O - O
e) vírgula - O - vírgula - vírgula
04. No período a seguir: “Os textos são bons e entre outras coisas demonstram que há
criatividade”. Cabem no máximo:
a) 3 vírgulas
b) 4 vírgulas
c) 2 vírgulas
d) 1 vírgula
e) 5 vírgulas
a) Não sei se disse, que, isto se passava, em casa de uma comadre, minha avó.
b) Eu tinha, o juízo fraco, e em vão tentava emendar-me: provocava risos, muxoxos,
palavrões.
c) A estes, porém, o mais que pode acontecer é que se riam deles os outros, sem que
este riso os impeça de conservar as suas roupas e o seu calçado.
d) Na civilização e na fraqueza ia para onde me impeliam muito dócil muito leve,
como os pedaços da carta de ABC, triturados soltos no ar.
e) Conduziram-me à rua da Conceição, mas só mais tarde notei, que me achava lá,
numa sala pequena.
06.
a) Pouco depois, quando chegaram, outras pessoas a reunião ficou mais animada.
203
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
b) Pouco depois quando chegaram outras pessoas a reunião ficou mais animada.
c) Pouco depois, quando chegaram outras pessoas, a reunião ficou mais animada.
d) Pouco depois quando chegaram outras pessoas a reunião, ficou mais animada.
e) Pouco depois quando chegaram outras pessoas a reunião ficou, mais animada.
07.
a) Precisando de mim procure-me; ou melhor telefone que eu venho.
b) Precisando de mim procure-me, ou, melhor telefone que eu venho.
c) Precisando, de mim, procure-me ou melhor, telefone, que eu venho.
d) Precisando de mim, procure-me; ou melhor, telefone, que eu venho.
e) Precisando, de mim, procure-me ou, melhor telefone que eu venho.
Gabarito
01 02 03 04 05 06 07 08
C E C A C C D E
ORAÇÕES COORDENADAS
Conceitos básicos.
FRASE:
ORAÇÃO:
Todo enunciado linguístico dotado de sentido e com presença de verbo ou locução
verbal.
204
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
- As verdades esquecidas mostraram que somos um país sem memória histórica.
PERÍODO:
Exemplo:
“Num mundo cada vez mais dominado pela tecnologia, o ensino de ciências deve começar
na pré-escola. Aprendendo desde cedo, as crianças incorporarão o pensamento científico
à rotina de suas vidas e descobrirão belezas e mistérios inacessíveis aos que desconhecem
os princípios segundo os quais a natureza se organizou”.
Orações coordenadas
Princípios:
a) São estruturas independentes.
b) Podem ser ligadas, ou não, por conjunção.
c) São, portanto, sindéticas ou assindéticas.
Demonstrando os princípios:
a) A criança comeu todo o lanche. A criança estava faminta. (orações independentes)
b) A criança comeu todo o lanche, pois estava faminta.
(período composto sindético)
c) A criança comeu todo o lanche: estava faminta.
(período composto assindético)
Obs.: as conjunções funcionam como um GPS de sentidos: elas orientam como o leitor
deve interpretar a frase. Daí sua importância.
Obs.: nesse caso, como o leitor não tem o “GPS”, ele fica, por um momento, sem
orientação, sem entender direito o texto. A frase não costuma ser agradável ao leitor, por
isso desperta a suspeita de que esteja gramaticalmente errada. Contudo, não está.
205
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
- A prefeitura negou a fraude, mostrou provas a seu favor.
- Joana deu à luz um lindo bebê; estava muito feliz.
- Comemoramos muito o título: a conquista foi espetacular.
Obs.: costuma-se usar uma (01) vírgula nas assindéticas aditivas e alternativas, ponto e
vírgula nas conclusivas e dois pontos nas explicativas. Isso, contudo, não é uma regra, é
um costume seguido por muitos bons redatores. A vírgula e o ponto e vírgula podem
isolar todas as coordenadas assindéticas. Por outro lado, é quase um consenso que só as
explicativas podem ser isoladas por dois pontos.
1. Aditivas
- Não falta um dia, não deixa de anotar nada, não esquece um trabalho nem se nega a
ajudar os colegas.
- O marido não só trabalha dez horas por dia, mas também ajuda nas tarefas domésticas.
Principais conjunções aditivas: e; nem (= e não); (não só)... mas também; (não
somente)...mas ainda; (não apenas)...senão também; (não somente)...como também;
(não só)...bem como.
2. Adversativas
- Ele pensou em, pelo menos, um dia de sol; aquela semana, PORÉM, foi de muita chuva.
(construção culta)
- Ele pensou em, pelo menos, um dia de sol; aquela semana foi, PORÉM, de muita chuva.
(construção culta)
206
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
- Ele pensou em, pelo menos, um dia de sol; aquela semana foi de muita chuva, PORÉM.
(construção cultíssima)
- Seu jantar estava maravilhoso, TODAVIA não precisava ter duas sobremesas. (restrição)
Corrupção é o tema do dia, MAS vamos falar de futebol. (a conjunção “mas” indica
mudança de assunto).
CUIDADO!!!!
3. Alternativas
Expressam alternância de ideias ou revezamento de ações:
Principais conjunções alternativas: ou ... ou, ora ... ora, já ... já, quer ... quer,
seja...seja..., talvez...talvez.
4. Conclusivas
Expressam ideia de conclusão, consequência (ou seja, dizem aquilo que não pode
ser evitado):
207
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
- O novo contratado saiu-se muito bem no primeiro mês; merece, pois, toda a confiança
da empresa.
- Os preços dos carros caíram muito nos últimos anos, logo é normal o aumento dos
engarrafamentos nas grandes cidades.
- Os preços dos carros caíram muito nos últimos anos; é, logo, normal o aumento dos
engarrafamentos nas grandes cidades.
5. Explicativas
Indicam uma justificativa ou uma explicação ao fato expresso na primeira oração:
- A jovem chegou muito tarde ao trabalho, porquanto seu carro quebrara no caminho.
- Ela mudou a cor do cabelo, porque vivia uma nova fase de sua vida.
208
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
- O novo contratado saiu-se muito bem no primeiro mês, porque merece toda a confiança
da empresa.
- Ela mudou a cor do cabelo, portanto vivia uma nova fase de sua vida.
PARTICULARIDADES
a) Aditivo:
b) Adversativo:
- Os funcionários da tesouraria, que não os diretores, estão dispensados despois das três
da tarde.
QUADRO DE MEMORIZAÇÃO
209
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
CLASSIFICAÇÃO SENTIDO CONJUNÇÕES E
LOCUÇÕES
ADITIVAS
Adição E
Soma NEM (= e não)
Sequência de (NÃO SÓ)... MAS
informações TAMBÉM
(NÃO SÓ)... COMO
TAMBÉM
(NÃO APENAS)...MAS
AINDA
(NÃO SOMENTE)...SENÃO
TAMBÉM
(NÃO SOMENTE)...BEM
COMO
QUE (= e)
ADVERSATIVAS MAS
PORÉM
CONTUDO
Oposição ENTRETANTO
Contraste TODAVIA
Restrição (ressalva) NO ENTANTO
Mudança de assunto EM CONTRAPARTIDA
SENÃO
AINDA ASSIM
EXCETO
SALVO
NÃO OBSTANTE
OU...OU
ORA...ORA
Alternância de ideias QUER...QUER
ALTERNATIVAS
Exclusão SEJA...SEJA
JÁ...JÁ
NEM...NEM
TALVEZ...TALVEZ
210
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
LOGO
PORTANTO
CONCLUSIVAS
Conclusão POR CONSEGUINTE
Consequência POR ISSO
Ilação* ASSIM
ENTÃO
POIS (posposto ao verbo)
EXERCÍCIO 01
Texto I
“Em um dado momento ou em outro, passa pela cabeça da maioria das pessoas a
ambição de largar tudo e ir viver uma vida tranquila em outro lugar. Mudar de vida pode
ser uma excelente solução para a tensão, dependendo evidentemente da vida que se
leva. Qualquer decisão nesse sentido, porém, deve levar em conta um fato da natureza:
ninguém pode evitar completamente situações estressantes. O estresse não é doença, e,
sim, uma reação instintiva ao perigo real ou imaginário ou a uma situação de desafio.
“Uma cascata bioquímica que prepara o corpo para lutar ou fugir”, na definição do
manual de técnicas para aliviar o estresse, elaborado pela Escola de Medicina de Harvard,
um centro de excelência nos Estados Unidos da América”.
211
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
02- A conjunção “ou” (início do texto) estabelece relação de alternância. Acrescenta-se
que seria possível substituí-la pela conjunção “seja”. Tal mudança mantém a ideia de
alternatividade e a correção do período.
03- Por cumprir papel copulativo, a conjunção “e” (depois de “largar tudo”) permite
substituição por “mas”.
04- O valor adversativo da conjunção “e” (antes de “não é doença”) permite sua
substituição por “mas”, sem que a argumentação do texto seja prejudicada.
05- Por desempenhar papel explicativo, “que” (depois de “se leva”) poderia ser
substituído por “, pois”, sem que os sentidos nem a correção gramatical fossem
comprometidos.
06- “Ou” em “prepara o corpo para lutar ou fugir” estabelece coordenação entre termos
nominais, o que descarta a hipótese de se ter qualquer tipo de oração.
GABARITO
01 02 03 04 05 06
E E E C E E
EXERCÍCIO 02
A questão mais importante para entender a reforma tributária é saber por que a estamos
propondo. Não é um projeto que sai do nada, mas que herda muito das discussões
realizadas sobre o tema desde o início da década passada no Brasil. Naturalmente este
tem algumas diferenças em relação aos projetos anteriores. A principal é que prevê um
prazo longo de transição, um modelo importante para viabilizar política e tecnicamente
sua implantação.
03- A oração “que sai do nada” poderia ser inaugurada por uma vírgula sem que os
sentidos e classificação sintática sejam comprometidos.
04- Depois de “naturalmente” (3º período) uma vírgula poderia existir, sem que nenhum
prejuízo fosse causado ao texto.
212
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
05- Levando em conta que os sentidos originais serão alterados, uma maneira de
conectar o penúltimo período ao último seria assim: no lugar de “A principal é” usar
“, uma vez”.
06- A inserção de uma conjunção coordenativa “e” no lugar da vírgula presente no último
período não alteraria as relações de sentido do texto.
07- O trecho “um modelo importante para viabilizar política e tecnicamente sua
implantação” (último período) funciona como aposto enumerativo da expressão “um
prazo longo de transição”.
01 02 03 04 05 06 07
E C E C C E E
EXERCÍCIO 03
213
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
03- PREVIC Superior (2011)
“Nas últimas décadas, os fundos de pensão assumiram papel de fundamental importância
nas principais economias do mundo. Governos empenhados em reformar seus sistemas
de previdência têm incentivado a expansão dos regimes privados, seja como um
complemento para o regime público, seja como uma alternativa para substituí-lo. Em
nenhuma outra parte do mundo, esta última alternativa foi tão vigorosa como na América
Latina. Os fundos de pensão estão crescendo rapidamente e se colocam no centro do
debate sobre o desenvolvimento econômico e social dos países da região”.
“Era uma vez uma rotina em que criança bem-criada e educada era aquela que tinha
horário para tudo e não misturava as coisas: brincar era brincar, estudar era estudar.
Pobres dos pais que ainda alimentam alguma ilusão de ritmo sequencial”.
“Pobres dos pais que ainda alimentam alguma ilusão de ritmo sequencial. Cercadas de
aparelhos eletrônicos que dominam desde cedo, as crianças da era dos estímulos
constantes e simultâneos são capazes de executar três, quatro, cinco atividades ao
mesmo tempo — e prestar pelo menos alguma atenção a todas elas. São crianças
multitarefa e encaram isso com total naturalidade”.
01 02 03 04 05 06 07
E C C C E C E
1- O time vitorioso.
215
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
Exemplos:
(Há dois grupos de aluno: o dos que se dedicam e passam [informação explícita]; o dos
que não se dedicam; logo não passam [informação implícita]).
(Há dois grupos de políticos corruptos: o dos que são filiados ao PSL [informação
explícita]; o dos que são filados a outros partidos [informação implícita]).
- O aluno, que é uma peça importante da escola, deve estar disposto a aprender.
(Só há um grupo de aluno: todos. A oração dá ao leitor uma visão generalista, pois todos
os alunos são uma peça importante da escola).
- Jair Bolsonaro ─ que é o atual presidente ─ é visto, por muitos, como um lunático.
(Só há um ser particularizado nesse texto, pois só existe, no mundo, um cidadão chamado
Jair Bolsonaro).
DETALHE!!!
As orações adjetivas se parecem muito com um aposto, mas não o são. Na verdade, as
orações adjetivas (quer explicativas, quer restritivas) são, sintaticamente, adjuntos
adnominais oracionais.
PRONOMES RELATIVOS
Pronome Referência
216
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
Dossiê sobre o CUJ-
04- O segundo QUE destacado no texto é um pronome relativo e pode ser substituído por
CUJA sem que haja nenhum dano à frase.
05- Já na frase “A violência urbana, cuja a vítima maior é sempre o cidadão, deve ser alvo
de projetos mais ousados por parte do Governo”, o pronome relativo CUJA está,
sintaticamente, bem estruturado dentro do período e deve ser classificado como
Adjunto Adnominal.
01 02 03 04 05
E C E E E
217
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
EXERCÍCIOS FINAIS
01- Na seguinte oração “Os viajantes, que possuem passaporte, podem viajar”.
► Em relação à frase, o único comentário falso é que:
03- Assinale a opção em que apresenta um período com oração subordinada adjetiva.
01 02 03
A A D
Essas orações recebem esse nome porque exercem função própria dos substantivos. Os
substantivos desempenham, majoritariamente, as funções sintáticas. Daí essas orações
representam as seguintes funções: objeto direto, objeto indireto, sujeito, predicativo,
complemento nominal e aposto.
Obs.: dos cinco conectivos, somente “que” e “se” podem ser chamados de conjunção
integrante.
Dicas importantes:
a) Somente uma dessas seis orações será antecipada por sinal gráfico (: ─ ,), a saber:
a APOSITIVA.
b) Somente duas dessas seis orações serão antecipadas por preposição (a, de, em
para, com, por), a saber: a COMPLETIVA NOMINAL e a OBJETIVA INDIRETA.
A estrutura:
Desenvolvendo:
3- ............................................impediu a confusão.
Ou seja:
Dica: substitua a oração subordinada iniciada por QUE, SE, COMO ou QUANTO por ISTO e
as iniciadas por QUEM, por ELE(A).
Obs.: alguns gramáticos consideram correto suprimir a preposição antes dos conectivos
nas orações objetivas indiretas e completivas nominais. Outros, contudo, não aceitam
tal mudança. Polêmica à vista!!!!
- O jovem diretor mostrou confiança, depois de muito esperar, em que seus filmes
fossem de fato bons.
Obs.: quando o verbo da oração principal for o “fazer” (VTD), é facultativo o uso da
preposição “com” por razões de eufonia. Veja:
01- (FCC MANAUPREV 2015) No segmento “...hoje pedimos ao amador que procure
tirar dela um prazer diferente...”, a oração sublinhada complementa o sentido de
um
(A) substantivo, e pode ser substituída por um verbo.
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221
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
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f) Faço apenas um pedido ─ que você nunca abandone os seus princípios ─ , e todos os
seus amigos ficarão mais tranquilos.
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i) Paulo José observa que o anti-heroísmo é uma característica forte dos personagens
da cultura latino-americana.
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GABARITO
222
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
e) Oração Subordinada Objetiva Direta.
f) Oração Subordinada Apositiva.
g) Oração Subordinada Objetiva Indireta.
h) Oração Subordinada Subjetiva
i) Oração Subordinada Objetiva Direta.
j) Oração Subordinada Subjetiva.
k) Oração Subordinada Objetiva Indireta.
l) Oração Subordinada Apositiva.
m) Oração Subordinada Subjetiva.
n) Oração Subordinada Completiva Nominal.
EXERCÍCIOS FINAIS
02- Em “Convém que a leitora do Jornal do Brasil e outros desinformados saibam que o
eucalipto é uma árvore predadora”, encontramos, além da oração principal,
respectivamente:
a) Duas orações subordinadas subjetivas.
b) Uma oração subordinada objetiva direta e uma subjetiva.
c) Uma oração subordinada objetiva direta e uma adjetiva.
d) Duas orações subordinadas completivas nominais.
e) Uma oração subordinada subjetiva e uma objetiva direta.
a) Ninguém.
b) Aula.
c) Indeterminado.
d) Que haverá aula.
e) Inexistente.
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
01 02 03
D E D
Essas orações desempenham função adverbial. Vamos ver como essas orações se
originam:
Exemplos:
- Já que os brasileiros vivem cada vez mais, a velhice vem se prolongando em nossa
sociedade.
- Ele não chegou cedo, porquanto o engarrafamento travou a cidade.
- Dado que a cidade estava sem segurança pública, os bandidos tomavam conta de tudo.
- Como tinha um compromisso, apressava-se com as tarefas.
- Por saber muito, o bandido foi morto pela quadrilha.
- Porque as cidades estão cada vez mais poluídas, muitas pessoas têm problemas
respiratórios.
Exemplos:
Exemplos:
- Conquanto a vida sempre ofereça muitos obstáculos, nunca devemos nos deixar abater.
- Mesmo que ele traga todos os documentos, não há mais tempo hábil para sua inscrição.
“Por (mais, menos, melhor, pior, menor, muito) que” e “quando” (=ainda que)
Ex.:
- Por mais que todos a avisem, ela teima em insistir naquele namoro.
225
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
- Quando ela te ame tanto, você não se cansa de rejeitá-la.
DICA!
CONJUNÇÃO EQUIVALÊNCIA
Conquanto Embora
Posto que Embora e
Em que pese Apesar de
A despeito de Apesar de
Não obstante Embora / Apesar de
Malgrado Embora / apesar de
Exemplos:
Obs.: cito, a seguir, algumas locuções pouco comuns em provas de concurso, mas que
também indicam valor de condição.
- Exceto se, salvo se, a não ser que e uma vez que (seguido de verbo no subjuntivo).
Exemplos:
- Segundo revelou o IBGE, brasileiros estudam mais hoje do que na década passada
226
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
F) Comparativa: funciona como adjunto adverbial de comparação. Geralmente, o verbo
fica subentendido. É iniciada por uma conjunção subordinativa comparativa. São elas:
(mais) ... que, (menos)... que, (tão)... quanto, como.
Exemplo:
G) Temporal: funciona como adjunto adverbial de tempo. É iniciada por uma conjunção
subordinativa temporal ou por uma locução conjuntiva subordinativa temporal. São elas:
quando, enquanto, sempre que, assim que, desde que, logo que, mal, ao + infinitivo.
Exemplos:
H) Final: funciona como adjunto adverbial de finalidade. É iniciada por uma conjunção
subordinativa final ou por uma locução conjuntiva subordinativa final. São elas: a fim de
(que), para que, para + infinitivo.
Exemplos:
- Alguns brasileiros procuram economizar no fim do ano para que consigam comprar mais
em janeiro.
Obs.: “porque” também pode ser classificada como conjunção final, mas é algo muito
raro.
- Ao passo que ganhava fama, ficava mais distante dos amigos antigos.
DICA FINAL 01
DICA FINAL 02
QUADRO DE MEMORIZAÇÃO
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
PORQUE
PORQUANTO
POIS (QUE)
JÁ QUE
VISTO QUE
CAUSAIS HAJA VISTA QUE
Causa UMA VEZ QUE
DADO QUE
SENDO QUE
NA MEDIDA EM QUE
COMO
QUE
POR + verbo no infinitivo
(TÃO)...QUE
(TAL)...QUE
CONSECUTIVAS
(TANTO)...QUE
(TAMANHO/
Consequência
TAMANHA)...QUE
DE MANEIRA QUE
DE FORMA QUE
DE SORTE QUE
229
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
EMBORA
CONQUANTO
NÃO OBSTANTE
CONCESSIVAS APESAR DE (QUE)
SE BEM QUE
Contraste SEM QUE
Contraposição MESMO (QUE)
Oposição POSTO QUE
AINDA QUE
POR MAIS QUE
EM QUE PESE
A DESPEITO DE (QUE)
MALGRADO
(MAIS / MENOS)...(DO)
QUE
(MAIOR / MENOR)...(DO)
QUE
(MELHOR / PIOR)...(DO)
COMPARATIVAS Comparação QUE
(TÃO / TANTO) QUANTO
(TÃO) QUANTO
(TÃO) COMO
ASSIM COMO
(TANTO) COMO
SE
CASO
CONDICIONAIS
DESDE QUE
SALVO SE
Condição EXCETO SE
CONTANTO QUE
A MENOS QUE
A NÃO SER QUE
SEM QUE
A + verbo no infinitivo
230
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
CLASSIFICAÇÃO SENTIDO PRINCIPAIS
CONJUNÇÕES
CONFORMATIVAS
CONFORME
CONSOANTE
Conformidade
SEGUNDO
COMO
QUANDO
ENQUANTO
ASSIM QUE
TEMPORAIS LOGO QUE
SEMPRE QUE
DESDE QUE
ATÉ QUE
MAL
DEPOIS QUE
ANTES QUE
Tempo
AO + verbo no infinitivo
À PROPORÇÃO QUE
À MEDIDA QUE
AO PASSO QUE
PROPORCIONAIS QUANTO MAIS / MAIS
Proporção OU MENOS
QUANTO MAIOR /
MAIOR OU MENOR
QUANTO
MELHOR/MELHOR OU MAIS
01- A estrutura sintática iniciada por “Conquanto” é responsável pelo uso do modo
subjuntivo em “tenha”; por isso, a substituição dessa forma verbal por “tem”
desrespeita as regras gramaticais do padrão culto da língua.
03- Seria facultativo o uso de uma vírgula após “Tessalônica”, sem comprometer a
correção gramatical.
05- O segundo período é iniciado por uma oração de caráter temporal e permitiria, sem
comprometer os sentidos ou correção gramatical, a substituição da expressão “Num
momento em que ”por “Enquanto”.
06- A oração “que reuniu cerca de 18.000 pessoas” tem natureza restritiva.
232
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
08- A substituição de “segundo” por “conforme” não altera a correção gramatical ou
mesmo os sentidos textuais.
“Apesar de ter o maior índice de alta confiança na polícia, mesmo que seja abaixo dos
6%, o Nordeste também é a região que tem o menor índice de sensação de segurança do
País. Segundo o Sistema de Indicadores de Percepção Social (Sips) sobre segurança
pública 2010, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 85,8% dos
entrevistados têm medo de serem assassinados”.
10- A oração “mesmo que seja abaixo dos 6%” imprime uma relação de causa quando se
refere à oração anterior.
11- A substituição de “mesmo que” por “posto que” mantém correção gramatical do
período.
12- A oração “o Nordeste também é a região que tem o menor índice de sensação de
segurança do País” pode ser caracterizada como a oração principal da estrutura que
imediatamente a antecede.
Correio Braziliense
13- Seria possível manter a correção gramatical ao se substituir a expressão “mas que”
por “embora”.
233
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
“O cérebro não guarda informações como em um dicionário, em que o verbete “teatro”
vai estar na letra “T”. Nele, a palavra “teatro” é associada a experiências distintas por nós
vividas. Algumas são lógicas, outras menos óbvias. Quanto maior a variedade de
experiências e de conhecimento, mais conexões o cérebro pode fazer”.
16- Ao se substituir “Quanto maior” por “À medida que cresce”, mantém-se a correção
gramatical do período.
O mais curioso é que, a despeito de qualquer discussão sobre o dever das escolas, ajudar
no desenvolvimento do aluno com vistas à sua colocação no mercado de trabalho é um
fundamento no país, estabelecido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,
conjunto de normas que dá o norte ao sistema educacional brasileiro”.
“Na realidade, à exceção das manifestações indígenas, o restante do que se pode definir
como cultura brasileira veio de fora. A multirracialidade do país contribuiu para isso.
Mesmo quando determinados movimentos estéticos adotaram um comportamento
nacionalista, os modelos foram importados. Apesar de as esculturas de Aleijadinho, do
século XVIII, terem fisionomia mestiça, esse era um artista barroco, com influência
europeia. A Semana de Arte Moderna em São Paulo, no ano de 1922, foi motivada pelo
Futurismo italiano”.
18- Caso se substitua “Apesar de” por “Embora”, é necessário também substituir “terem”
por “tenham”, de forma a assegurar a correção gramatical do período.
“Realizada em Copenhague, sob o signo da recessão mundial, a COP-15 foi uma relativa
decepção: não conseguiu produzir um documento tornando obrigatórias as metas de
redução da emissão de poluentes, mas houve consensos”.
19- A substituição do sinal de dois-pontos por uma vírgula seguida da expressão “uma
vez que” prejudicaria a correção gramatical e a informação original do período.
“Sabe-se que, no Brasil, a questão do acesso à escola não é mais um problema, já que a
quase totalidade das crianças ingressa no sistema educacional. Entretanto, as taxas de
repetência dos estudantes são bastante elevadas...”.
20- A locução “já que” confere a noção de causa à oração em que ocorre.
Várias cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Goiás e Minas Gerais
convivem com oferta anual inferior 2 milhões de litros por habitante, para uso direto e
indireto. O consumo per capita dobrou em 20 anos, enquanto a disponibilidade de água
ficou três vezes menor. Para piorar esse quadro, há muito desperdício: cerca de 30% da
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
água tratada é perdida em vazamentos nas ruas do país — só na Grande São Paulo o
desperdício chega a 10 metros cúbicos de água por segundo, o que daria para abastecer
cerca de 3 milhões de pessoas diariamente.
A cena é muito comum: cidade afora, pessoas abusam do uso da água, lavando calçadas,
passeios e carros. Mesmo que o Brasil seja o grande reservatório de água doce do mundo
(11,6% do total disponível, com cada brasileiro, em tese, dispondo de 34 milhões de litros
por ano, embora possa levar vida confortável com 2 milhões de litros anuais), tem na
distribuição o seu maior gargalo: 80% concentram-se na Amazônia, onde vivem apenas
5% da população do país, com os 20% restantes abastecendo 95% dos brasileiros.
22- A expressão “Mesmo que” confere ao trecho em que se insere a noção de condição,
por isso, poderia ser trocada por “A menos que”.
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
C C C E E E C C E E
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
C E E E C C C C C C
21 22
E E
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1
01. Por definição, “oração coordenada que se prende à anterior por conectivo é
denominada sindética e é classificada pelo nome da conjunção que a encabeça”.
235
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
c) Todo mundo trabalhando: ou varrendo o chão ou lavando as vidraças.
02. No período “Sabe-se que Jacó propôs a Labão que lhe desse todos os filhos das
cabras...”, a alternativa que contém a análise correta das orações, na sequência em
que vêm no período, é:
03. Assinalar a alternativa que apresenta orações de mesma classificação que as deste
período: “Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos.”
e) Não podia dizer em voz alta que aquilo era um furto, mas era.
236
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
5) Aos homens que são racionais coube o domínio da natureza.
Qual das orações subordinadas adjetivas é explicativa e, portanto, deve ficar entre
vírgulas?
07. No período "É possível discernir no seu percurso momentos de rebeldia contra a
estandardização e o consumismo", a oração destacada é:
b) Agora eu lhe mostro com quantos paus se faz uma canoa/ oração subordinada
substantiva objetiva direta
c) Tudo quanto possuímos vem desses cem mil réis/ oração subordinada adjetiva
restritiva
e) A ideia é tão santa que não está mal no santuário/ oração subordinada adverbial
consecutiva
09. No período: "Era tal a serenidade da tarde, que se percebia o sino de uma
freguesia distante, dobrando a ruas dos finados.", a segunda oração é:
10. Observe o seguinte período: "Sabendo que seria preso, não saiu à rua". Nele, nota-se:
a) concessão
238
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
b) oposição
c) condição
d) lugar
e) consequência
- Embora a televisão ofereça imagens concretas, ela não fornece uma reprodução
fiel da realidade.
GABARITO 1
01 02 03
D A D
04 05
E D
06 07 08 09 10 11 12
C D A B C C D
239
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS (ANÁLISE DO DISCURSO: PRESSUPOSTOS,
SUBENTENDIDOS E IMPLÍCITOS)
Olá! Tudo bem com você? Espero que sim! Olha, nós vamos explicar a diferença entre
compreensão e interpretação de texto usando uma estratégia diferente. Em vez de teoria
“seca”, que tal se a gente fizesse uma explicação contextualizada? Vamos fazer assim: eu
vou comentar uma questão e, nesse comentário, toda a teoria e as dicas para você
acertar as questões serão dadas. Combinado? Vamos lá!
A questão que vamos comentar agora tem uma importância fundamental em nossa
aprovação. É possível até que mais de 50% das questões tratem daquilo que chamarei
aqui, genericamente, de leitura. Então, não temos tempo a perder. A primeira
providência é saber que, quando lemos qualquer texto, realizamos dois processos
mentais que se dão ao mesmo tempo. Nossa banca quer que saibamos exatamente o que
é cada processo. Assim, se não sabemos que eles existem, é possível que marquemos o
item errado em muitas questões. Para o concurseiro, não há margem para erro. Ele tem
que ser preciso em sua leitura e saber dividir muito bem as duas partes. As duas partes a
que me refiro são as seguintes: compreensão e interpretação.
A compreensão diz respeito àquela informação que está, explicitamente, no texto. Tudo
está à vista do leitor: fatos citados; números percentuais; comparações; citações de
estudiosos, políticos, advogados etc.; discordâncias ou concordâncias do autor, entre
outras. Ou seja, a compreensão de textos consiste em analisar o que realmente está
escrito. Porém, a banca não vai, simplesmente, fazer um “Ctrl C/Ctrl V” e pedir para você
checar essa informação. Na verdade, ela vai retirar uma passagem do texto e fazer uma
paráfrase dela. Paráfrase consiste em dizer uma mesma informação, mas com palavras
diferentes. Parece algo simples, mas nem sempre o é. Muitas vezes, a abanca muda tanto
as palavras do texto original, que muitos candidatos não reconhecem que a mesma
informação está ali, porém bem diferente, como uma “nova roupa”, uma “nova
maquiagem”. Para não cair nessa trapaça, fique bem atento ao vocabulário e às
equivalências de cada passagem proposta na questão. Reitero: não faça julgamentos pela
“aparência”. Duas frases podem ser bem diferentes no que diz respeito à forma, mas
iguais no que diz respeito ao conteúdo que elas veiculam.
Mas como vou saber que uma questão é de compreensão de textos? Para tal, você terá
alguns enunciados básicos, os quais se repetem com bastante frequência. Os comandos
(enunciados) de compreensão são, na maioria das vezes, os seguintes:
o Segundo o texto...
o O autor/narrador do texto diz que...
o O texto informa que...
o No texto, há uma crítica sobre...
o Tendo em vista o texto...
240
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
o De acordo com o texto...
o O autor defende que...
o O autor afirma que...
o Na opinião do autor do texto...
Entre os citados acima, tenha muito cuidado com os que dizem respeito à opinião do
autor. Sabe qual o principal problema que vejo nos meus alunos? Eles acabam
envolvendo as suas próprias opiniões com as do autor do texto. Cuidado!!! Não é o seu
ponto de vista que está em debate, mas sim o daquele(a) que escreveu o texto.
Entendido? Creio que sim! Vamos continuar.
Porém, se a informação estiver além do que o texto literalmente quis dizer, fora dele,
trata-se de uma questão de interpretação. Vamos fazer uma analogia: o que um ator faz
quando interpreta um personagem? Ele sai de si e entra noutra pessoa, concorda? Então,
ele fala diferente, veste-se de forma diferente de si, pensa com os paradigmas daquela
nova pessoa etc. Ou seja, se ele não sair do seu mundo, não haverá a interpretação.
Conosco, vai ocorrer algo semelhante.
E como o leitor vai conseguir enxergar fora do texto (sair do texto)? Aliás, o que significa
“fora do texto”? Vamos às respostas. Todo texto diz algo literal e que qualquer leitor
consegue perceber. Porém, todo texto também “diz” algo de forma “secreta”. Pus aspas
no “diz” para afirmar que ele quer dizer, na verdade, “permite entender”: um texto vale
por aquilo que ele diz e também por aquilo que ele permite que eu (a partir de uma lógica
universal) entenda. Se encontro uma pessoa no corredor do trabalho, e tal pessoa me diz
um “Bom dia!!!” de forma radiante, entendo duas mensagens: primeira, ela está sendo
educada e me dando bom dia (compreensão); segunda, tal pessoa deve estar vivendo um
ótimo momento de sua vida, daí imagino que ela esteja feliz (interpretação). Mas veja: ela
não me “disse”, literalmente, que estava feliz, ela apenas me deu autorização para que eu
entendesse isso. Pronto, isso é um exemplo de “interpretação”. Ou seja, as questões de
interpretação são essas discretas “autorizações” que o texto nos dá. Para ter mais
consciência desse processo, você precisará dominar o uso de uma ferramenta bem
especial: a inferência textual. Uma inferência é uma triangulação entre os seguintes
pontos: texto, contexto e mundo. O texto é a parte “material” que você tem: todas as
palavras são importantes nesse momento. Porém, o contexto (a parte mental) é a mais
valiosa nesse processo. O contexto é, na verdade, um conjunto de informações que está
em sua cabeça. Por exemplo, quando você percebe que o texto da prova trata de
alimentação saudável, automaticamente, você aciona um exército de informações a
respeito desse assunto: documentários que você já tenha visto, textos que já tenha lido,
conversas entre amigos, lembranças de sua infância à mesa, idas a feiras para a compra
de frutas e legumes etc. É esse conjunto de informações que auxilia você a fazer as
inferências textuais. O terceiro e último ponto dessa triangulação é o mundo. O mundo é
a realidade. É ela quem autoriza você a confirmar ou não a inferência. Assim, se digo
“João foi jogar futebol com os seus amigos e voltou com um galo enorme na cabeça”,
embora o texto não afirme, posso chegar à seguinte conclusão: João sofreu um pequeno
acidente quando jogava futebol. Isso é possível porque o texto nos dá pistas, o contexto
241
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
nos diz que futebol é um esporte de contato e que acidentes são normais e o mundo nos
autoriza essa conclusão. Contudo, se a frase fosse “João foi jogar xadrez com os seus
amigos e voltou com um galo enorme na cabeça”, jamais poderíamos inferir que João se
acidentara quando jogava xadrez, pois o contexto e o mundo não nos permitiriam chegar
a essa conclusão.
Portanto, a interpretação de texto consiste em saber o que se infere do que está escrito,
tem a ver com o que podemos chamar de “vazios textuais”, que todo texto deixa para o
leitor.
E como vamos saber que a questão é de interpretação? Agora, a nossa banca vai alternar,
normalmente, os seguintes verbos: inferir, depreender, concluir, deduzir. Detalhe: todos
esses verbos significam a mesma coisa, ou seja, são sinônimos. Os comandos de
Interpretação são, na maioria das vezes, os seguintes:
QUESTÃO ÚNICA
Os anônimos
242
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
trama para fazer uma escolha, mas toda a narrativa fica em suspenso até que ele faça a
escolha certa, pois se fizer a errada não tem história. O lenhador compadecido representa
dois segundos de livre-arbítrio que podem desregular o mundo dos deuses e dos heróis.
Por isso é desprezado como qualquer intruso e nem aparece nos créditos.
Muitas histórias mostram como são os figurantes anônimos que fazem a história, ou
como, no fim, é a boa consciência que move o mundo. Mas uma das pessoas do grupo em
que conversávamos sobre esses anônimos discordou dessa tese, e disse que a entrada do
lenhador simbolizava um problema da humanidade, que é a dificuldade de conseguir
empregados de confiança, que façam o que lhes for pedido.
a) Segundo o texto, parte da imprensa brasileira não segue uma linha jornalística
clara, pois oscila em sua atividade.
b) Infere-se do texto que uma parte da imprensa brasileira omite a realidade a fim de
ganhar crédito com os poderosos.
c) É possível depreender, a partir do segundo parágrafo, que o lenhador não tem um
caráter exemplar de cidadão.
d) Deduz-se do texto que o lenhador é figura decisiva no conto.
e) O texto faz um paralelo entre os espelhos de castelos e uma parte da imprensa
nacional.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
ITEM A: Certo. Lembre-se de que este item trata de uma questão de compreensão, pois o
comando diz: “Segundo o texto”. Lembra a história da paráfrase? Então, é isso o que
temos. Veja:
Texto Paráfrase
“...certa imprensa brasileira...” “...parte da imprensa brasileira...”
“...muitas vezes dividida...” “...não segue uma linha jornalística
clara...”
“...as necessidades de bajular o poder e “...oscila em sua atividade...”
de refletir a realidade...”
Viu como, de fato, tudo o que está no item está também no texto? Claro que uma
paráfrase pode detalhar mais ou menos o que está escrito. Isso é do jogo! O que vale, no
fim das contas, é você responder à seguinte pergunta: o texto disse isso mesmo?
ITEM B: Certo. O detalhe desse item está em você notar que o texto não diz, literalmente,
que uma parte da imprensa omite a realidade. Mas, quando se lê que a dita imprensa
está “...dividida entre as necessidades de bajular o poder e de refletir a realidade”,
243
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
raciocina-se da seguinte maneira: se ora a imprensa reflete a realidade, ora bajula o
poder, deduzo que, quando bajula, essa certa imprensa não faz o seu real papel, daí ser
possível dizer que ela “omite” (esconde) a realidade, em vez de refleti-la. O outro ponto
desse item é como se chegar à conclusão de que a dita imprensa deseja ganhar crédito
com os poderosos. Como é possível depreender essa informação? Simples: quando se
bajula uma pessoa, por exemplo, não se está sendo espontâneo, não se está sendo 100%
verdadeiro com ela. Nenhuma bajulação é sem “segundas intenções”. É próprio do ato de
bajular querer alguma coisa em troca, e tal coisa tem que ser boa, valiosa. A bajulação
tem, intrinsecamente, uma essência falsa e individualista. Se eu bajulo meu pai, por
exemplo, tenho algum interesse por trás desse ato. Se bajulo o poder, quero algo dele.
Concorda?
ITEM C: certo. Talvez, este seja o item mais curioso dessa questão, porém será o mais
fácil de ser explicado. Quem marcou este item como o incorreto pensou da seguinte
forma: o texto diz que “o lenhador poupou Branca de Neve” e que “Toda a história
depende da compaixão de um lenhador”; então, o lenhador só pode ser uma pessoa de
bom caráter. Contudo, esse mesmo candidato se esquece de levar em conta que esse
mesmo lenhador aceitou a proposta da rainha de sequestrar Branca de Neve, matá-la e
ocultar o seu cadáver em troca de algum dinheiro. Você considera que uma pessoa que
aceita esse tipo de proposta tenha um caráter exemplar de cidadão? É próprio de um
cidadão aceitar encomendas de morte? Como se vê, é uma simples dedução. Uma
pergunta final: o arrependimento e, consequentemente, o não assassinato de Branca de
Neve transformam o lenhador em uma pessoa de bom caráter? Claro que não. Ele só não
matou Branca de Neve por alguma razão não mencionada no texto, mas seu objetivo era
matá-la.
ITEM D: Errado. Eis uma enorme “casca de banana”. O erro deste item está no simples
fato de essa informação não ser adquirida a partir de uma dedução (inferência). Na
verdade, está claramente explícito no texto que o lenhador é figura fundamental para o
conto. Ou seja, se, em vez de “Deduz-se do texto que o lenhador é figura decisiva no
conto” fosse “Segundo o texto, o lenhador é figura decisiva no conto”, aí teríamos mais
um idem certo. Moral da história: fique atento aos comandos de cada item e sempre
reflita se aquele é um item de compreensão ou de interpretação.
ITEM E: Certo. Embora não use os comandos habituais, nota-se que este item é de
compreensão, pois ele diz que “o texto faz um paralelo entre...”. Ou seja, se o texto,
literalmente, fizer essa comparação, o item é verdadeiro. Veja: “Os espelhos de castelo,
nos contos de fada, são um pouco como certa imprensa brasileira”. Não há o que discutir:
item verdadeiro.
EXERCÍCIO 02
Terremoto
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
Houve pânico em algumas cidades do Norte. A terra tremeu com força e em vários pontos
o mar arremeteu contra ela, avançando duzentos, trezentos metros, espatifando barcos
contra o cais e bramindo com estrondo. O povo saiu para as praças e passou a noite ao
relento; algumas construções desabaram, mas o único homem que morreu foi de susto.
Lamentemos essa morte e também os pobres pescadores que perderam seus barcos; mas
qualquer enchente carioca dá mais prejuízo e vítimas. Mas louvemos o maremoto e o
terremoto pelo que eles têm de fundamentalmente pânico, pela sua cega, dramática,
purificadora intervenção na vida cotidiana, pela sua lição de humanidade e de fatalidade.
Talvez seja bom que os homens não se sintam muito seguros sobre a terra, e que o
proprietário de imóvel possa desconfiar de que ele não é tão imóvel assim; que há diabos
loucos no fundo do chão e que eles podem promover terríveis anarquias. A natureza tem
outros meios de advertência, como o raio e a tromba d’água; mas são demônios do céu
que nos atacam. E o homem é fundamentalmente um bicho da terra, e é na terra que ele
se abriga e confia; apenas se move no céu e na água, na terra é que está o seu porto e seu
pouso. Ele pisa a terra com uma soberba inconsciente, seguro dela e de si mesmo; só o
terremoto consegue lembrar-lhe de maneira fundamental sua condição precária e vã e o
faz sentir-se sem base e sem abrigo. (...)
Não sei que influência tem o terremoto sobre o caráter chileno; sei que muitos poderosos
de nossa terra ficariam mais simpáticos e propensos à filosofia se o nosso bom Atlântico
fizesse uma excursão até a rua Barata Ribeiro e o velho Pão de Açúcar desmoralizasse um
slogan de propaganda comercial dando algumas estremeções nervosas.
Houve um tempo em que Deus bastava para tornar humilde o poderoso; hoje seus
pesadelos são apenas o comunismo, o enfarte e o câncer, mas ele já se acostumou a
pensar que essas coisas só acontecem aos outros. O terremoto ameaça a terra com seus
bens, e a própria vida; sua ocorrência só pode tornar as pessoas mais amantes da vida e
mais conscientes de sua espantosa fragilidade. E isso faz bem.
(BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1960, p.17-19)
(A) julga definitivamente inúteis os esforços que os homens fazem para conviver em
harmonia com a natureza.
(B) avalia o efeito positivo que tais catástrofes acabam por trazer para o desenvolvimento
da tecnologia.
(C) rejubila-se com o efeito das grandes catástrofes sobre os projetos mais ambiciosos da
civilização moderna.
(D) lamenta os prejuízos econômicos que a natureza acaba por trazer à base mesma das
atividades essenciais.
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(E) pondera que as violências da natureza alertam o homem contra a arrogância com que
costuma se conduzir.
03- Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento
em:
(B) conscientes de sua espantosa fragilidade (4º parágrafo) = ciosos de sua temerária
debilidade.
(C) pelo que eles têm de fundamentalmente pânico (2º parágrafo) = por aquilo que os faz
essencialmente assustadores.
(D) podem promover terríveis anarquias (2º parágrafo) = ameaçam constituir políticas
anárquicas.
(E) com uma soberba inconsciente (2º parágrafo) = com uma inconsciência avantajada.
EXERCÍCIO 03
TEXTO
Houve um tempo em que eu comia um monte de coisas e não precisava contar nada para
ninguém. Na civilização contemporânea, on-line, conectada o tempo todo, se não for
registrado e postado, não aconteceu. Comeu, jantou, bebeu? Então, prove. Não está na
rede? Então, não vale.
Não estou aqui desfiando lamúrias de dinossauro tecnológico. Pelo contrário: interajo
com muita gente e publico ativamente fotos de minhas fornadas. A vida, hoje, é digital.
Contudo, presumo que algumas coisas não precisam deixar de pertencer à esfera privada.
Sendo tudo tão novo nessa área, ainda engatinhamos a respeito de uma etiqueta que
equilibre a convivência entre câmeras, pratos, extroversão, intimidade.
(Adaptado de: CAMARGO, Luiz Américo. Comeu e não postou? Então, não valeu.
Disponível em:
http://brasil.elpais.com/brasil/2017/01/09/opinion/1483977251_216185.html)
(B) o autor, embora não desaprove integralmente o uso das redes sociais para a
postagem de fotos das refeições, considera necessário que se imponha um limite para
isso, a fim de se preservar não apenas a apreciação do prato como também a interação
presencial.
(C) as pessoas, hoje, preferem partilhar com os amigos os momentos que consideram
mais importantes em seu cotidiano, o que justifica as fotos de refeições realizadas em
família, já que o convívio familiar continua sendo valorizado, apesar da expansão do meio
virtual.
(D) o autor vê com desaprovação a postagem de fotos de pratos em redes sociais, motivo
pelo qual prefere acessar a internet
para a interação com pessoas com as quais partilha desse mesmo sentimento, já que tem
consciência de que não será ouvido pela maior parte das pessoas.
(E) a experiência com a cozinha espanhola de vanguarda legou ao autor um olhar crítico
para a apresentação estética dos pratos, o que fez com que ele aprendesse a conter sua
ansiedade em degustá-los para antes fotografá-los em seu esplendor.
EXERCÍCIO 4
TEXTO
Sandberg, que mudou totalmente o conceito espectador/obra de arte com o seu trabalho
de duas décadas no Museu Stedelijk, de Amsterdã, iniciou sua palestra elogiando a
arquitetura do nosso MAM-RJ que, segundo ele, segue a sua teoria de que o público deve
ver a obra de arte de frente e não de lado, como acontece até agora com o museu
convencional de quatro paredes. O ideal, disse ele, é que as paredes do museu sejam de
vidro e que as obras estejam à mostra em painéis no centro do recinto. O museu não é
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uma estrutura sagrada e quem o frequenta deve permanecer em contato com a natureza
do lado de fora:
(A) ainda que sejam convencionais, os museus antigos possibilitaram que a arte voltasse a
fazer parte da vida das pessoas, contribuindo para a mudança de mentalidade que
possibilitou a arte contemporânea.
(B) muito embora os museus de arte contemporânea optem pela simplicidade em sua
estrutura, não devem abrir mão do modo de expor as obras, tampouco das regras e
costumes que se foram sedimentando com o passar dos tempos.
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(C) os museus antigos precisam se adequar a uma nova mentalidade, tornando-se
verdadeiros mercados, que possibilitassem a aquisição de obras por qualquer pessoa, a
ponto de se tornarem supérfluos com o tempo.
(D) por serem pintadas com luz lateral, as telas antigas necessitam de uma luz neutra,
sem direcionamento específico e que não interfira em sua apreciação, razão pela qual
permanecem em museus tradicionais.
06- Com a frase Quando eu era jovem, as pessoas entravam nos museus nas pontas dos
pés, não ousavam falar ou rir alto, apenas cochichavam (3º parágrafo), o autor
(C) mostra como deve se portar, na sua opinião, qualquer pessoa que adentre o espaço
de um museu de arte, seja ela antiga ou contemporânea, de modo a demonstrar respeito
e educação.
(D) considera sua juventude como um período em que não se compreendia a verdadeira
função dos museus, o que ocorreu não apenas com sua própria maturidade, passando a
respeitá-los com a devida solenidade.
(E) ressalta as diferenças de mentalidade entre sua geração e a atual, uma vez que aquela
era reprimida por pretender usar o museu como um espaço de convivência.
Algumas questões pedem para que o candidato marque o item que apresenta a ideia
central do texto (ou assunto principal ou principal ideia). Nesse tipo de questão, o texto
normalmente pertence à tipologia dissertativa. Assim, siga o seguinte roteiro:
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Conclusão, se você tiver esse tipo de questão, não perca tempo: procure logo as
extremidades do texto. Vamos a um exemplo:
TEXTO
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07- O título que dá conta do assunto tratado com prioridade no texto é:
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07
D E C B E B B
TIPOLOGIA TEXTUAL
Os textos não são puros. Eles, na verdade, são formados pela reunião de várias tipologias.
É claro que, entre as tipologias presentes, uma sempre se destaca; daí afirmar-se que
haverá sempre uma predominante. As bancas de concursos querem que o candidato
perceba qual está em evidência no texto da prova. As tipologias existentes são as
seguintes: narrativa, descritiva, dissertativa, injuntiva, preditiva e dialogal
(conversacional).
Narrativa
É da natureza humana contar histórias. Talvez seja este o tipo mais antigo e do qual todos
os demais tenham surgido. Quem não gosta de ouvir uma bela história? Um texto
pertencerá à tipologia narrativa quando as seguintes características aparecerem:
251
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Exemplo:
Descritivo
c) Esse tipo de texto costuma ter verbos de ligação, mas não é obrigatório.
Texto
Como você pode ver, uma garotinha está deitada displicentemente no colo de um senhor
bem velhinho e bem simpático. Ela parece um anjo. Loirinha, cabelo castanho claro,
encaracolado, nariz e boca perfeitos, ar inteligente e sadio, uma dessas crianças que a
gente vê em anúncios. Pelo jeito, deve ter uns três ou quatro anos, não mais que isso. Ela
está vestida em um desses macaquinhos de flanela, com florezinhas azuis e vermelhas e
uma malha creme por baixo. Calçando um tênis transadíssimo nas discretas cores
amarelo, vermelho e azul, o que nos mostra que a mocinha não é apenas novinha, mas
moderninha também. O velhinho tem um tipo bem italiano. O boné cinza é típico desses
senhores que a gente vê passeando pelo Bixiga nos domingos à tarde. (...)
Note que predomina no texto a descrição, já que o relato feito envolve uma cena estática,
isto é, em que nenhum acontecimento pode ser considerado cronologicamente anterior a
outro.
Dissertativo
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
Por isso, há dois formatos do tipo dissertativo:
Injuntivo
Nesse modelo de texto, o autor indica ao leitor como realizar uma ação, orienta um
procedimento, dá instruções ao leitor, enfim. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os
verbos desses textos são, em sua maioria, empregados no modo imperativo.
Ex.:
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Texto
Note que há, nesse texto, características das tiplogias expositiva e injuntiva, como
prediminância da última.
Preditivo
Caracterizado por predizer algo ou levar o interlocutor a crer em alguma coisa, a qual
ainda está por ocorrer. É o tipo predominante nos seguintes gêneros: previsões
astrológicas, previsões meteorológicas, análise de mercado, previsões
escatológicas/apocalípticas etc.
Dialogal / Conversacional
Como nós já sabemos quais são os tipos de textos, ou seja, já conhecemos as tipologias
textuais, vamos agora entender os gêneros textuais. Estes seriam uma espécie de
aprofundamento dos tipos de textos.
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
Embora os diferentes gêneros textuais apresentem estruturas específicas, com
características próprias, é importante que os concebamos como flexíveis e adaptáveis, ou
seja, que não definamos a sua estrutura como fixa.
Como já sabemos, os tipos textuais são modelos abrangentes e fixos que definem e
distinguem a estrutura e os aspectos linguísticos de uma narração, descrição, dissertação
e explicação.
Tipos textuais:
Texto narrativo;
Texto descritivo;
Texto dissertativo expositivo;
Texto dissertativo argumentativo;
Texto injuntivo;
Texto preditivo;
Texto dialogal/conversacional.
romances;
contos;
fábulas;
novelas;
crônicas;
lendas;
piadas;
diários;
relatos de viagens;
folhetos turísticos;
cardápios de restaurantes;
classificados;
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
legendas de quadros ou fotografias;
artigos de opinião;
manifestos;
sermões;
dissertações;
teses;
editoriais;
resenhas críticas;
receitas culinárias;
manuais de instruções;
bula de remédio;
dicas de comportamento;
horóscopo;
análise de mercado;
previsão do tempo;
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
peças de teatro;
entrevistas;
debates;
gravações telefônicas;
A COERÊNCIA TEXTUAL
Quando estamos numa conversa entre amigos, e um assunto polêmico surge, é normal
que o debate fique cada vez mais acalorado. Daí alguém pode dizer: “Isso que você falou
não tem coerência nenhuma!”. Quando alguém diz isso, é esperado que esse alguém
tenha comparado as palavras da pessoa que estava falando como aquilo que
chamaremos de a lógica do mundo. Alguns fatos, dados ou conceitos costumam ser
incontestáveis em nossa consciência porque são entendidos, coletivamente, como
lógicos, como racionais. É como se todos nós tomássemos certas informações que estão
no mundo como referência daquilo que vamos designar, ao longo da vida, como o certo e
o errado. Por exemplo, matar pessoas é errado. Sabemos disso porque certos
“instrumentos” (como a bíblia e as leis) nos dizem, há séculos, que não é correto matar
pessoas. Assim, quando alguém, por conta da criminalidade urbana crescente, clama pela
paz nas grandes cidades e coloca como argumento central de seu discurso que “bandido
bom é bandido morto”, a coerência começa a ser quebrada porque uma regra maior foi
violada. Assim, a coerência textual diz respeito a essa “malha” de informações que,
quando cruzada, pode ser entendida como coerente ou incoerente. Nessa linha de
pensamento, quanto mais leituras de mundo você tem, mais há possibilidades de você ser
coerente como aquilo que vê, lê, fala ou escreve.
Qualquer banca de concurso público, na prova de língua portuguesa, trará um texto para
que você responda às questões de compreensão e interpretação. É nesse momento que a
organizadora irá sondar se você consegue fazer, com precisão, os cruzamentos de
informações que estão no texto e fora dele. Como assim fora dele? É que todo leitor fará
consultas a um espécie de “google”, ou seja, todo leitor consultará seu conhecimento
enciclopédico (conhecimento de mundo) para julgar uma assertiva como correta ou
incorreta. É claro que você, nesse momento, terá como referência maior sempre o texto
que a banca colocou na prova. Não se esqueça disso! Assim, você deve ficar muito atento
a cada palavra do enunciado e dos itens. Muitas vezes, uma expressão ou palavra
utilizada fazem como um item perca coerência. Por exemplo: imaginemos que o texto da
sua prova trate de alimentação saudável nos dias atuais. Daí, um dos itens diz: “Segundo
o texto, alimentar-se de forma saudável é um ato que começa nos pequenos gestos
diários, pois prescinde que nos interessemos pelo valor energético e pela qualidade do
produto que estamos ingerindo”. Ora, se sei que “prescindir” significa “não levar em
conta”, o item é totalmente incoerente. É claro que estamos diante de um caso
específico, pois o vocabulário aqui atrapalhou um pouco. Contudo, você tem que ficar
atento a isso. Se “imprescindível” é aquilo que NÃO podemos dispensar, o prescindível
deve significar exatamente o contrário: aquilo que PODEMOS dispensar. Você fará essas
conferências em todos os enunciados e em todos os intens. Combinado?
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
A COESÃO TEXTUAL
A coesão textual diz respeito às diversas formas que um produtor de texto tem para fazer
ligação entre as ideias do texto. Essas estratégias, quase sempre, exigem o domínio de
elementos gramaticais, como conjunções, locuções conjuntivas, pronomes ou advérbios,
por exemplo.
Tipos de coesão
- Coesão referencial.
- Coesão sequencial.
Coesão referencial
- Sinonímia
- Hiponímia e hiperonímia
- Elipse
- Substituição pronominal
Coesão sequencial
Na coesão sequencial, é estabelecida uma conexão entre as ideias do texto por meio de
conjunções, conectivos ou expressões que servem para dar continuidade aos assuntos,
estabelecendo, assim, uma sequência entre aquilo que já foi afirmado e aquilo que se
deseja dizer. Nesse tipo de coesão, a lógica entre as ideias é determinante. Veja algumas
palavras ou expressões que podem realizar esse tipo de coesão: por conseguinte,
portanto, logo, embora, ainda que, dessa forma, caso, entretanto, porém, ainda assim,
mesmo que, por esse motivo etc.
Ex.:
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
agravo e se rezasse, na audiência, uma vez, a oração do Pai-Nosso pela alma do rei de
Portugal, seria considerado quitado o pagamento das custas de então.
Léxico significa “conjunto de vocábulos de uma língua”. Na coesão lexical, são utilizados
recursos coesivos que permitem a manutenção do tema a partir de troca de vocábulos
afins.
Ex.:
“Francisco foi a Porto Alegre no final deste mês. Na capital gaúcha, o Sumo Pontífice
disse que a igreja católica tem que aderir aos movimentos sociais”.
Note que “capital gaúcha” e “Sumo Pontífice” são sinônimos de Porto Alegre e Francisco,
respectivamente. Por isso, essa coesão lexical pode ser chamada também de coesão
lexical por sinonímia.
Ex.:
Esse tipo de coesão lexical exige que você conheça dois conceitos: hiponímia e
hiperonímia. Hiponímia é a relação vocabular que se dá do menor para o maior: tesoura é
mais específico (menor) e instrumento é mais genérico (maior); assim, pode-se dizer que
tesoura é um hipônimo de instrumento, nessa sequência. Hiperonímia é o contrário.
Pode-se dizer que médico é mais genérico (maior) do que obstetra (menor); assim,
médico é um hiperônimo de obstetra, considerando, claro, essa sequência de
aparecimento das palavras no texto.
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Coesão por elipse
Ex.:
“Minha namorada fugiu do país sem me dizer nada. Eu acredito que deixou de me amar”.
Note que antes de “deixou” fica elidida (omitida) a expressão “minha namorada”. Isso é
coesão por elipse.
Na coesão por substituição são também utilizadas palavras que retomam termos já
referidos, havendo, contudo, uma nova definição desse termo, sem que haja
correspondência total ao primeiro termo.
Ex.:
“Gosto muito de fotografia e de cinema. Embora este seja incrível e mais comum, é
aquela que me deixa mais impressionado”.
EXERCÍCIO DE REFLEXÃO
Este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s), isto, isso, aquilo, tal, tais.
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a) Alguns desses pronomes podem desempenhar o papel de retomar /sinalizar palavras
ou ideias no texto. Chamamos esse papel de anafórico (referência para trás) e
catafórico (referência para frente).
Chamo essa dupla de “Bebeto e Romário” porque imagino esses pronomes como se
fossem esses dois jogadores quando atuaram na seleção de 94, quando fomos campeões.
Bebeto e Romário tinham uma sintonia incrível: cada um fazia a sua parte no jogo! Assim,
a dupla Este(a)(s) & Aquele(a)(s) atuará da seguinte forma no “jogo” do texto:
“A sociedade rejeita o velho, não oferece nenhuma sobrevivência à sua obra, às coisas
que ele realizou e que fizeram o sentido de sua vida. Esta, infelizmente, já não parece
fazer muito sentido para aquela”.
“A sociedade rejeita o velho, não oferece nenhuma sobrevivência à sua obra, às coisas
que ele realizou e que fizeram o sentido de sua vida. Estas deveriam ser mais valorizadas,
pois aquele lutou muito para que elas se realizassem”.
- “Ela comprou os livros, os cadernos e os lápis. Estes, contudo, foram os mais fáceis de
achar”.
261
PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
- “Ela comprou os livros, os cadernos e os lápis. Estes foram os mais fáceis de achar, esses
estavam em promoção e aqueles tiveram seus preços reduzidos”.
- “Após a Lava a Jato, o único político tucano punido foi este: nenhum”.
Esses pronomes precisam da ajuda do substantivo que surge a sua frente. Tais
substantivos funcionam como uma lanterna, ou seja, seu significado “jogará luz” para a
parte de trás do texto, pois haverá uma correspondência de sentidos entre o substantivo
“lanterna” e o seu referente. Esses pronomes têm, assim, função anafórica.
SITUAÇÃO 01
SITUAÇÃO 02
SITUAÇÃO 03
SITUAÇÃO 04
Um estudo da Faculdade de Saúde Pública de Harvard (EUA), o maior a respeito do tema
feito até o momento, mostrou que as temperaturas altas aumentam hospitalizações por
falência renal, infecções do trato urinário e até mesmo sepse, entre outras enfermidades.
Essas patologias se destacaram em um estudo...
SITUAÇÃO 05
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
Um estudo da Faculdade de Saúde Pública de Harvard (EUA), o maior a respeito do tema
feito até o momento, mostrou que as temperaturas altas aumentam hospitalizações por
falência renal, infecções do trato urinário e até mesmo sepse, entre outras enfermidades.
Tal curso também divulgou trabalhos em áreas...
SITUAÇÃO 06
Um estudo da Faculdade de Saúde Pública de Harvard (EUA), o maior a respeito do tema
feito até o momento, mostrou que as temperaturas altas aumentam hospitalizações por
falência renal, infecções do trato urinário e até mesmo sepse, entre outras enfermidades.
Essa universidade colabora com produções científicas....
- O pronome “isso” retoma uma ideia (um processo), e não uma palavra ou expressão
isolada do texto.
“O Estado do Amazonas é o que tem a floresta mais preservada. Isso é repetido por todos
e lá eles dizem que 98% da floresta estão preservados”.
- “Isso” refere-se a..........................................
RESPOSTAS DO EXERCÍCIO
“A sociedade rejeita o velho, não oferece nenhuma sobrevivência à sua obra, às coisas
que ele realizou e que fizeram o sentido de sua vida. Esta, infelizmente, já não parece
fazer muito sentido para aquela”.
“A sociedade rejeita o velho, não oferece nenhuma sobrevivência à sua obra, às coisas
que ele realizou e que fizeram o sentido de sua vida. Estas deveriam ser mais valorizadas,
pois aquele lutou muito para que elas se realizassem”.
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
O “Este(a)(s)” pode surgir sozinho no texto:
- “Ela comprou os livros, os cadernos e os lápis. Estes, contudo, foram os mais fáceis de
achar”.
- “Após a Lava a Jato, o único político tucano punido foi este: nenhum”.
SITUAÇÃO 01
(TEMPERATURAS ALTAS)
SITUAÇÃO 02
(UM ESTUDO)
SITUAÇÃO 03
SITUAÇÃO 04
SITUAÇÃO 05
SITUAÇÃO 06
(HARVARD)
- O pronome “isso” retoma uma ideia (um processo), e não uma palavra ou expressão
isolada do texto.
“O Estado do Amazonas é o que tem a floresta mais preservada. Isso é repetido por todos
e lá eles dizem que 98% da floresta estão preservados”.
- “Isso” refere-se a TUDO O QUE FOI DITO ANTERIORMENTE”.
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INTERTEXTUALIDADE
Quando escrevemos um texto, podemos “pedir ajuda” a um outro texto. Esse “pedir”
ajuda é a intertextualidade. O objetivo desse gesto é fazer com que o nosso texto ganhe
força e fique mais robusto.
Na história, inúmero grandes autores fizeram intertextualidade, o que mostra que tal
procedimento é normal e, muitas vezes, necessário.
A intertextualidade explícita.
Quando explícita, ela é facilmente identificada pelos leitores, uma vez que estabelece
uma relação direta com o texto fonte, o texto de origem. Quando digo, por exemplo,
“Michel Foucault, em seu livro História da loucura, afirma que...”, a intertextualidade é
flagrante, pois aparecem elementos que identificam facilmente o texto fonte. Nesse tipo
de intertextualidade, não há a necessidade de dedução por parte do leitor, já que tudo
está à vista de quem lê.
A intertextualidade implícita
Já quando implícita, ela não é facilmente identificada pelos leitores, haja vista que não
estabelece uma relação direta com o texto de origem. É como se as evidências ou pistas
das citações desaparecessem. Nesse caso, cabe ao leitor realizar deduções para notar
que aquela parte do texto vem de outro texto. Esse difícil procedimento exige que os
leitores recorram a conhecimentos prévios para a compreensão do conteúdo. Aqui,
quanto mais leituras tiver o leitor, mais facilmente notará a intertextualidade.
Tipos de intertextualidade
A intertextualidade não é única. Assim, ela pode ter diversas formas e ser realizada de
diversas maneiras. Vamos a elas.
Paráfrase
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Parafrasear é dizer o que outro disse, mas mudando as palavras originais. É claro que,
nesse processo, é possível que o texto original seja diminuído ou ampliado.
Ex.:
- “O que não provoca minha morte faz com que eu fique mais forte”. Friedrich Nietzsche
Paródia
Ex.:
IMAGEM ORIGINAL
IMAGEM PARODIADA
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Referência ou alusão
Na referência ou alusão, é realizada uma sugestão ou insinuação de algo, que pode ser
um acontecimento, personalidade, personagem, local, obra etc. Não é apresentada a
intertextualidade de forma direta, mas sim através da apresentação de características
simbólicas. Exige atenção e conhecimento de mundo do leitor.
Ex.:
Nesse caso, o título da música, assim como a música inteira, faz referência ao poema
Navio Negreiro, de Castro Alves. Se o leitor não conhece o poema e todo o contexto que
o envolve, não percebe que está havendo intertextualidade.
Citação
Ex.:
Segundo QUINTET (2006, p.17), "A civilização exige do sujeito uma renúncia pulsional.
Todo laço social é, portanto, um enquadramento da pulsão, resultando em uma perda
real de gozo".
Epígrafe
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PIRATARIA É CRIME - LEI 10.695/2003
Nesse tipo de intertextualidade, o autor utiliza uma passagem de um texto fonte para
iniciar um novo texto. Costuma aparecer isoladamente em uma única folha ou antes de
capítulos. É comum em trabalhos acadêmicos ou em obras literárias. Uma epígrafe é uma
espécie de antecipação cujo objetivo é fazer com que o leitor realize pontes com o texto
que irá começar.
Ex.:
“Quem luta com monstros deve velar por que, ao fazê-lo, não se transforme também em
monstro. E se tu olhares, durante muito tempo, para um abismo, o abismo também olha
para dentro de ti” Friedrich Nietzsche
Pastiche
Aqui, ocorre a imitação direta do estilo de outro autor, misturando esses diversos estilos
numa única (e nova) forma. Surge como uma criação independente, sem o intuito de
criticar ou satirizar, o que o difere da paródia. O pastiche é muito utilizado em músicas e
imagens, mas pode ocorrer também na literatura.
Ex.:
As adaptações literárias são um belo exemplo. Fernando Sabino fez uma adaptação da
obra Dom Casmurro, de Machado de Assis. Ao seu pastiche, Sabino deu o título Amor de
Capitu, e construiu uma narrativa independente, mas muito ligada à obra original do
grande mestre.
BIBLIOGRAFIA
PESTANA, Fernando. A gramática para concursos públicos. Editora Campus Elsever, 2013.
São Paulo.
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LIMA, A. Oliveira. Manual de redação oficial. Editora Elsevier, 2010, Rio de
Janeiro.
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