7-Anatomia II

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CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

MÓDULO II

ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA II

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CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM – MÓDULO II

PLANO DE ENSINO

I – IDENTIFICAÇÃO

CURSO: Enfermagem II
DISCIPLINA: Anatomia e Fisiologia Humana II

II – EMENTA

Anatomia Geral; Anatomia dos Sistemas: Esquelético, Articular, Muscular, Respiratório, Digestório,
Circulatório, Urinário e Genital; Glândulas Endócrinas; Tegumento Comum; Sistema Nervoso.

III – OBJETIVOS DA DISCIPLINA

- Capacitar o aluno a conhecer as estruturas morfológicas macroscópicas do corpo humano,


correlacionando-as ao seu funcionamento, e a aplicar esse conhecimento em sua prática
profissional.
- -Identificar, nomear e descrever as estruturas do corpo humano como base para o
conhecimento da biologia humana;
- -Correlacionar função e forma dos órgãos do corpo humano.

IV – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

CAPÍTULO I – ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO


• Introdução ao sistema digestório: conceito e funções;
• Boca: dentes, língua, bochechas, glândulas salivares e orofaringe;
• Trato gastrintestinal: esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus;
• Glândulas anexas: fígado, vesícula biliar e pâncreas;
• Fisiologia do Sistema digestório: digestão química e mecânica.

CAPÍTULO 2 – ANATOMIA DO SISTEMA URINÁRIO


• Introdução ao sistema urinário: conceito e função;
• Rins: divisão estrutural e sistema calicial;
• Ureteres, bexiga urinária e uretra;
• Néfrons e fisiologia renal;
• Reflexo de Micção;
• Sistema Renina Angiotensina Aldosterona e a regulação da pressão arterial.

CAPÍTULO 3 – ANATOMIA DO SISTEMA GENITAL MASCULINO


• Introdução ao sistema genital masculino: conceito e funções;
• Pênis: divisão estrutural;
• Ductos ejaculatórios: epidídimo, ducto deferente, ducto espermático e uretra;
• Glândulas anexas: próstata, seminais e bulbouretrais;
• Sêmen e Esperma;
• Fisiologia da ereção e da ejaculação

CAPÍTULO 4 – ANATOMIA DO SISTEMA GENITAL FEMININO


• Introdução ao sistema genital feminino: conceito e função;
• Útero: divisão estrutural
• Tubas uterinas e ovário

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• Vulva e vagina;
• Fisiologia do ciclo menstrual;
• Fisiologia da reprodução.

CAPÍTULO 5 – ANATOMIA DO SISTEMA NEURAL E ENDÓCRINO


• Introdução ao sistema neuroendócrino: conceito e funções – O neurônio;
• SNC: medula e cerebelo;
• SNC: tronco encefálico e encéfalo;
• SNP: nervos, gânglios e terminações nervosas;
• SNA: simpático e parassimpático;
• Hipotálamo, hipófise, supra-renal, ovários e testículos: atuação hormonal.

V – AVALIAÇÃO

Avaliação Bimestral: .......................................................................................................20,0 pontos


Exercício Avaliativo Sistema Digestório e urinário .........................................................10,0 pontos
Exercício Avaliativo Sistemas genital e neuroendócrino:...............................................10,0 pontos
Participação: ...................................................................................................................05,0 pontos
Atividades avaliativas extras (visitas, relatórios, discussão de grupo) ..........................05,0 pontos
Total ................................................................................................................................50,0 pontos
Média (60%) ...................................................................................................................30,0 pontos
Freqüência (75%) ..........................................................................................................Aprovação

VI – TÉCNICAS DE ENSINO

(X) Aula Expositiva


(X) Seminário
(X) Leitura Dirigida
(X) Demonstração (prática realizada pelo Professor)
(X) Laboratório (prática realizada pelo aluno)
( ) Trabalho de Campo
( ) Execução de Pesquisa
(X) Dinâmicas de Grupo

VII – REGIME ESPECIAL DE RECUPERAÇÃO

A recuperação poderá ser de forma paralela aos estudos entre a primeira e a segunda etapa,
na semana seguinte às provas.
O aluno deverá pegar o material de recuperação com o professor e estudar o conteúdo
programático da disciplina e solucionar dúvidas com a assistência dos docentes com horário
agendado. Para o trabalho de recuperação o aluno deverá responder 20 questões objetivas e 05
questões discursivas inerentes ao conteúdo ministrado.
No final do semestre, caso o aluno não alcance o mínimo necessário para aprovação (60%)
estará de recuperação final. Neste momento, anulam-se os resultados do semestre e o discente
deverá realizar uma prova cumulativa do conteúdo no valor de 50,0 pontos e um trabalho de
recuperação de 50,0. A somatória destes resultados deve ser igual ou superior a 60,0 pontos para
aprovação. Caso contrário, o aluno fica dependente nesta disciplina.

VIII – REFERÊNCIAS

- BÁSICA:
MOORE, L. M.; DALLEY, A. F. Anatomia orientada para a clínica. 5.ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2007, 1021p.

NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008, 590 p.
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- COMPLEMENTAR:

DANGELO, J. S.; FATINI, C. A. Anatomia humana sistêmica e segmentar. 3. ed. São Paulo:
Atheneu, 2007, 763 p.

DRACE, R. L.; VOGL, W.; MITCHELL, A. W. M. Grãs: anatomia para estudantes. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2005, 1136 p.

FREITAS, V. Anatomia: conceitos e fundamentos. Porto Alegre: Artmed, 2004, 272 p.

MELO, S.R. Neuroanatomia: pintar para aprender. São Paulo: Roca, 2010. 200p.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANATOMIA. Terminologia anatômica: terminologia anatômica


internacional. São Paulo: Manole, 2001, 248 p.

PUTZ, R.; PABST, R. Sobotta: atlas de anatomia humana. 22.ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2007. 2 v.

WATANABE, I. Erhart: elementos de anatomia humana. 10.ed. São Paulo: Atheneu, 2009, 280 p.

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

ATIVIDADES DATA VALOR OBTIVE

ATIVIDADE _ /_ /_ _ _ pontos _ pontos


AVALIATIVA 1
_ /_ /_ _ _ pontos _ pontos

ATIVIDADE _ /_ /_ _ _ pontos _ pontos


AVALIATIVA 2
_ /_ /_ _ _ pontos _ pontos

DISCUSSÃO DE _ /_ /_ _ _ pontos _ pontos


ARTIGO CIENTÍFICO
_ /_ /_ _ _ pontos _ pontos

AULA PRÁTICA _ /_ /_ _ _ pontos _ pontos

_ /_ /_ _ _ pontos _ pontos

AVALIAÇÃO _ /_ /_ _ _ pontos _ pontos


BIMESTRAL
_ /_ /_ _ _ pontos _ pontos

TOTAL 100,0 pontos _ pontos

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"Ao te curvares com a rígida lâmina de teu bisturi


sobre o cadáver desconhecido,
lembra-te que este corpo nasceu do amor de duas almas,
cresceu embalado pela fé e pela esperança daquela que em
seu seio o agasalhou.
Sorriu e sonhou os mesmos sonhos das crianças e dos
jovens.
Por certo amou e foi amado, esperou e acalentou um
amanhã feliz e
sentiu saudades dos outros que partiram.
Agora jaz na fria lousa, sem que por ele se tivesse
derramado uma lágrima sequer,
sem que tivesse uma só prece.
Seu nome, só Deus sabe.
Mas o destino inexorável deu-lhe o poder e a grandeza
de servir à humanidade.
A humanidade que por ele passou indiferente"
(Rokitansky, 1876)

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CAPÍTULO I: ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO

1.1 INTRODUÇÃO AO SISTEMA DIGESTÓRIO


O trato digestório e os órgãos anexos constituem o sistema digestório. O trato digestório é
um tubo oco que se estende da cavidade bucal ao ânus, sendo também chamado de canal alimentar
ou trato gastrintestinal. As estruturas do trato digestório incluem: boca, faringe, esôfago, estômago,
intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus.
O comprimento do trato gastrintestinal, medido no cadáver, é de cerca de 9 m. Na pessoa
viva é menor porque os músculos ao longo das paredes dos órgãos do trato gastrintestinal mantém
o tônus.
Os órgãos digestório acessórios são os dentes, a língua, as glândulas salivares, o fígado,
vesícula biliar e o pâncreas. Os dentes auxiliam no rompimento físico do alimento e a língua auxilia
na mastigação e na deglutição. Os outros órgãos digestórios acessórios, nunca entram em contato
direto com o alimento. Produzem ou armazenam secreções que passam para o trato gastrintestinal
e auxiliam na decomposição química do alimento.
São funções do sistema digestório:
1- Aproveitamento pelo organismo, de substâncias estranhas
ditas alimentares, que asseguram a manutenção de seus processos
vitais.
2- Transformação mecânica e química das macromóléculas
alimentares ingeridas (proteínas, carboidratos, etc.) em moléculas de
tamanhos e formas adequadas para serem absorvidas pelo intestino.
3- Transporte de alimentos digeridos, água e sais minerais da
luz intestinal para os capilares sangüíneos da mucosa do intestino.
4- Eliminação de resíduos alimentares não digeridos e não
absorvidos juntamente com restos de células descamadas da parte do
trato gastrintestinal e substâncias secretadas na luz do intestino.
O processo digestório é divido em fases
Mastigação: Desintegração parcial dos alimentos, processo
mecânico e químico.
Deglutição: Condução dos alimentos através da faringe para o
esôfago.
Ingestão: Introdução do alimento no estômago.
Digestão: Desdobramento do alimento em moléculas mais
simples.
Absorção: Processo realizado pelos intestinos.
Defecação: Eliminação de substâncias não digeridas do trato
gastrintestinal.

O trato gastrointestinal apresenta diversos segmentos que


sucessivamente são:

BOCA → FARINGE → ESÔFAGO → ESTÔMAGO → INTESTINO


DELGADO → INTESTINO GROSSO → RETO → ÂNUS

Órgãos Anexos:

• Glândulas Parótidas
• Glândulas Submandibulares
• Glândulas Sublinguais
• Fígado
• Pâncreas

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1.2 BOCA
1.2.1 BOCA
A boca também referida como
cavidade oral ou bucal é formada
pelas bochechas (formam as paredes
laterais da face e são constituídas
externamente por pele e internamente
por mucosa), pelos palatos duro
(parede superior) e mole (parede
posterior) e pela língua (importante
para o transporte de alimentos,
sentido do gosto e fala). O palato mole
se estende posteriormente na
cavidade bucal como a úvula, que é
uma estrutura com forma de letra V e
que está suspensa na região superior
e posterior da cavidade bucal. O
órgão sede da mastigação e
insalivação Apresenta como órgãos
anexos:os dentes, a língua e as
glândulas salivares.

1.2.2 DENTES

Os dentes são estruturas


cônicas, duras, fixadas nos alvéolos
da mandíbula e maxila que são
usados na mastigação e na assistência à fala.

Crianças têm 20 dentes decíduos (primários ou de leite). Adultos normalmente possuem 32


dentes secundários. Na época em que a criança está com 2 anos de idade, provavelmente já estará
com um conjunto completo de
20 dentes de leite. Quando
um adulto jovem já está com
algo entre 17 e 24 anos de
idade, geralmente está
presente em sua boca um
conjunto completo de 32
dentes permanentes.

Dentição Decídua e Permanente.

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• Incisivos: Servem para cortar os alimentos.


• Caninos: Servem para perfurar os alimentos.
• Pré-molares: Servem para triturar os alimentos.
• Molares: Servem para triturar os alimentos

1.2.3 LÍNGUA
A língua é o principal órgão do sentido do gosto e um importante órgão da fala, além de
auxiliar na mastigação e deglutição dos alimentos. Localiza-se no soalho da boca, dentro da curva
do corpo da mandíbula.
Papilas Linguais - são projeções do cório, abundantemente distribuídas nos 2/3 anteriores
da língua, dando a essa região uma aspereza característica. Os tipos de papilas são: papilas
valadas, fungiformes, filiformes e simples.

1.2.4 GLÂNDULAS SALIVARES


As glândulas salivares são divididas em 2 grandes grupos: glândulas salivares menores e
glândulas salivares maiores. A saliva é um líquido viscoso, claro, sem gosto e sem odor que é
produzido por essas glândulas e pelas glândulas mucosas da cavidade da boca.
Glândulas salivares menores: constituem pequenos corpúsculos ou nódulos disseminados
nas paredes da boca, como as glândulas labiais, palatinas linguais e molares.
Glândulas salivares maiores: são representadas por 3 pares que são as parótidas,
submandibulares e sublinguais.
Glândula Parótida - a maior das três e situa-se na parte lateral da face, abaixo e adiante do
pavilhão da orelha. Irrigada por ramos da artéria carótida externa. Inervada pelo nervo
auriculotemporal, glossofaríngeo e facial.
Glândula Submandibular - é arredondada e situa-se no triângulo submandibular. É irrigada
por ramos da artéria facial e lingual. Os nervos secretomotores derivam de fibras parassimpáticas
craniais do facial; as fibras simpáticas provêm do gânglio cervical superior.

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Glândula Sublingual - é a menor das três e localiza-se abaixo da mucosa do assoalho da


boca. É irrigada pelas artérias sublinguais e submentonianas. Os nervos derivam de maneira
idêntica aos da glândula submandibular.

Disposição das Glândulas Salivares

1.3 TRATO GASTRINTESTINAL


1.3.1 FARINGE
A faringe é um tubo que se estende da boca até o esôfago. A faringe apresenta suas paredes
muito espessas devido ao volume dos músculos que a revestem externamente, por dentro, o órgão
é forrado pela mucosa faríngea, um epitélio liso, que facilita a rápida passagem do alimento.
O movimento do alimento, da boca para o estômago, é realizado pelo ato da deglutição. A
deglutição é facilitada pela saliva e muco e envolve a boca, a faringe e o esôfago.
Três estágios:
Voluntário: no qual o bolo alimentar é passado para a parte oral da faringe.
Faríngeo: passagem involuntária do bolo alimentar pela faringe para o esôfago.
Esofágico: passagem involuntária do bolo alimentar pelo esôfago para o estômago.
A faringe pode ainda ser dividida em três partes: nasal (nasofaringe), oral (orofaringe) e
laríngea (laringofaringe).
Parte Nasal - situa-se posteriormente ao nariz e acima do palato mole e se diferencia da
outras duas partes por sua cavidade permanecer sempre aberta. Comunica-se anteriormente com
as cavidades nasais através das coanas. Na parede posterior encontra-se a tonsila faríngea
(adenóide).
Parte Oral - estende-se do palato mole até o osso hióide. Em sua parede lateral encontra-
se a tonsila palatina (amígdalas).
Parte Laríngea - estende-se do osso hióide à cartilagem cricóide. De cada lado do orifício
laríngeo encontra-se um recesso denominado seio piriforme.

1.3.2 ESÔFAGO
O esôfago é um tubo fibro-músculo-mucoso que se estende entre a faringe e o estômago.
Se localiza posteriormente à traquéia começando na altura da 7ª vértebra cervical. Perfura o

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diafragma pela abertura chamada hiato esofágico e termina na parte superior do estômago. Mede
cerca de 25 centímetros de comprimento.
O esôfago é formado por três porções:
Porção Cervical: porção que está em contato íntimo com a traquéia.
Porção Torácica: é a porção mais importante, passa por trás do brônquio esquerdo
(mediastino superior, entre a traquéia e a coluna vertebral).
Porção Abdominal: repousa sobre o diafragma e pressiona o fígado, formando nele a
impressão esofágica.

1.3.3 ESTÔMAGO

O estômago está situado no abdome, logo abaixo do diafragma, anteriormente ao pâncreas,


superiormente ao duodeno e a esquerda do fígado. É parcialmente coberto pelas costelas. O
estômago está localizado no quadrante superior esquerdo do abdome, entre o fígado e o baço.
O estômago é o segmento mais dilatado do tubo digestório, em virtude dos alimentos
permanecerem nele por algum tempo, necessita ser um reservatório entre o esôfago e o intestino
delgado.
A forma e posição do estômago são muito variadas de pessoa para pessoa; o diafragma o
empurra para baixo, a cada inspiração, e o puxa para cima, a cada expiração e por isso não pode
ser descrita como típica.
O estômago é divido em 4 áreas (regiões) principais: cárdia, fundo, corpo e piloro.

Estômago – Vista Interna

São funções do estômago:


• Digestão do alimento
• Secreção do suco gástrico, que inclui enzimas Digestórias e ácido clorídrico como
substâncias mais importantes.
• Secreção de hormônio gástrico e fator intrínseco.
• Regulação do padrão no qual o alimento é parcialmente digerido e entregue ao intestino
delgado.
• Absorção de pequenas quantidades de água e substâncias dissolvidas.

1.3.4 INTESTINO DELGADO


A principal parte da digestão ocorre no intestino delgado, que se estende do piloro até a
junção iliocólica (ileocecal), que se reúne com o intestino grosso. O intestino delgado é um órgão
indispensável. Os principais eventos da digestão e absorção ocorrem no intestino delgado, portanto

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sua estrutura é especialmente adaptada para essa função. Sua extensão fornece grande área de
superfície para a digestão e absorção, sendo ainda muito aumentada pelas pregas circulares,
vilosidades e microvilosidades.
O intestino delgado retirado numa é de cerca de 7 metros de comprimento, podendo variar
entre 5 e 8 metros (o comprimento de intestino delgado e grosso em conjunto após a morte é de 9
metros).
O intestino delgado, que consiste em duodeno, jejuno e íleo, estende-se do piloro até a
junção ileocecal onde o íleo une-se ao ceco, a primeira parte do intestino grosso.

Cavidade abdominal – Intestino Delgado

1.3.5 INTESTINO GROSSO


O intestino grosso pode ser comparado com uma ferradura, aberta para baixo, mede cerca
de 6,5 centímetros de diâmetro e 1,5 metros de comprimento. Ele se estende do íleo até o ânus e
está fixo à parede posterior do abdômen pelo mesocolo.
O intestino grosso absorve a água com tanta rapidez que, em cerca de 14 horas, o material
alimentar toma a consistência típica do bolo fecal.
O intestino grosso apresenta algumas diferenças em relação ao intestino delgado: o calibre,
as tênias, os haustros e os apêndices epiplóicos.
O intestino grosso é mais calibroso que o intestino delgado, por isso recebe o nome de
intestino grosso. A calibre vai gradativamente afinando conforme vai chegando no canal anal.
As tênias do cólon (fitas longitudinais) são três faixas de aproximadamente 1 centímetro de
largura e que percorrem o intestino grosso em toda sua extensão. São mais evidentes no ceco e no
cólon ascendente.
Os haustros do cólon (saculações) são abaulamentos ampulares separados por sulcos
transversais.
A porção seguinte do intestino grosso é o cólon, segmento que se prolonga do ceco até o
ânus.

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Cólon Ascendente - Cólon Transverso - Cólon Descendente - Cólon Sigmóide

Intestino Grosso

São funções do intestino grosso:


• Absorção de água e de certos eletrólitos;
• Síntese de determinadas vitaminas pelas bactérias intestinais;
• Armazenagem temporária dos resíduos (fezes);
• Eliminação de resíduos do corpo (defecação).

1.4 GLÂNDULAS ANEXAS


O aparelho digestório é considerado como um tubo, recebe o líquido secretado por
diversas glândulas, a maioria situadas em suas paredes como as da boca, esôfago, estômago e
intestinos.
Algumas glândulas constituem formações bem individualizadas, localizando nas
proximidades do tubo, como qual se comunicam através de ductos, que servem para o escoamento
de seus produtos de elaboração.

1.4.1 FÍGADO
O fígado é a maior glândula do organismo, e é também a mais volumosa víscera
abdominal. Sua localização é na região superior do abdômen, logo abaixo do diafragma, ficando
mais a direita, isto é, normalmente 2/3 de seu volume estão a direita da linha mediana e 1/3 à
esquerda. Pesa cerca de 1,500g e responde por aproximadamente 1/40 do peso do corpo adulto
O fígado é dividido em lobos. A face diafragmática apresenta um lobo direito e um lobo
esquerdo, sendo o direito pelo menos duas vezes maior que o esquerdo. A divisão dos lobos é
estabelecida pelo ligamento falciforme. Na extremidade desse ligamento encontramos um cordão
fibroso resultante da obliteração da veia umbilical, conhecido como ligamento redondo do fígado.

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Fígado – Vista Anterior

Fígado – Vista Ínfero-Posterior

A função digestiva do fígado é produzir a bile, uma secreção verde amarelada, para passar
para o duodeno. A bile é produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar, que a libera quando
gorduras entram no duodeno. A bile emulsiona a gordura e a distribui para a parte distal do intestino
para a digestão e absorção.
Outras funções do fígado são:
Metabolismo dos carboidratos;
Metabolismo dos lipídios;
Metabolismo das proteínas;
Processamento de fármacos e hormônios;
Excreção da bilirrubina;
Excreção de sais biliares;
Armazenagem;

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Fagocitose;
Ativação da vitamina D.

1.4.2 VESÍCULA BILIAR


A vesícula Biliar (7 – 10cm de comprimento) situa-se na fossa da vesícula biliar na face
visceral do fígado. Esta fossa situa-se na junção do lobo direito e do lobo quadrado do fígado. A
relação da vesícula biliar com o duodeno é tão íntima que a parte superior do duodeno normalmente
é manchada com bile no
cadáver. A vesícula biliar tem
capacidade para até 50ml de
bile.
O Ducto Cístico (4cm
de comprimento) liga a
vesícula biliar ao Ducto
Hepático comum (união do
ducto hepático direito e
esquerdo) formando o Ducto
Colédoco. O comprimento
varia de 5 a 15cm. O ducto
colédoco desce posterior a
parte superior do duodeno e
situa-se na face posterior da
cabeça do pâncreas. No lado
esquerdo da parte
descendente do duodeno, o
ducto colédoco entra em
contato com o ducto pancreático principal.

1.4.3 PÂNCREAS

O pâncreas produz através de uma secreção exócrina o suco pancreático que entra no
duodeno através dos ductos pancreáticos, uma secreção endócrina produz glucagon e insulina que
entram no sangue. O
pâncreas produz
diariamente 1200 –
1500ml de suco
pancreático.
O pâncreas
divide-se em cabeça
(aloja-se na curva do
duodeno), colo, corpo
(dividido em três
partes: anterior,
posterior e inferior) e
cauda.

Pâncreas

O pâncreas tem as seguintes funções:


Dissolver carboidrato (amilase pancreática);
Dissolver proteínas (tripsina, quimiotripsina, carboxipeptidase e elastase);
Dissolver triglicerídeos nos adultos (lípase pancreática);
Dissolver ácido nucléicos (ribonuclease e desoxirribonuclease).

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1.5 FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO


Os alimentos para serem absorvidos pelas células da mucosa devem ser transformados por
ação das enzimas digestivas da seguinte maneira:

Digestão na boca: Na boca ocorre o início da digestão do amido, que é transformado em maltose,
por ação da saliva, uma enzima chamada ptialina ou amilase salivar, que atua com o pH neutro
da boca.

Digestão no estômago: O alimento chegando ao estômago estimula a liberação de um hormônio


chamado gastrina, que vai estimular a liberação do suco gástrico, que irá atuar sobre o alimento
(quimificação). As proteínas são digeridas por uma enzima chamada pepsina.

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As principais substâncias do
suco gástrico são:

HCl: É imprescindível para: garantir a


acidez (pH= 2) no estômago, ativa o
pepsinogênio, destrói bactérias e ainda
exerce controle sobre o esfíncter
pilórico.

Obs.: O ácido clorídrico do suco gástrico


também contribui para a coagulação do
leite e para a desmineralização de
fragmentos ósseos ingeridos (como
acontece com os cães, por exemplo).
Também tem relevante papel na
destruição de bactérias, evitando que
ocorra a putrefação do bolo alimentar.

Pepsinogênio: Ainda não é uma


enzima ativa. Mas, em pH ácido ele
perde uma parte de sua molécula (um peptídeo) e se converte em pepsina.

Renina: É uma enzima que atua na desnaturação da caseína (proteína), facilitando a coagulação
do leite.

Obs.: Mucina Gástrica: É uma glicoproteína que protege a mucosa do estômago contra a ação
corrosiva do ácido clorídrico.

Digestão no intestino: O alimento (quimo) chegando ao duodeno, estimula os seguintes hormônios


intestinais; secretina, colecistocinina e enterogastrona.

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O alimento sofre a ação dos seguintes alimento sucos:

a) Bile: É produzida no fígado, armazenada na vesícula biliar e lançada para o duodeno pelo canal
colédoco, com função de emulsionar as gorduras, facilitando a ação das lípases (enzimas que
digerem lipídios).

b) Suco pancreático: É produzido no pâncreas e lançado para o duodeno pelo canal de Wirsung,
contendo íons bicarbonato e as seguintes enzimas digestivas.

Íons bicarbonatos: Neutralizam a acidez no duodeno, contribuindo para a alcalinização do meio.

c) Suco entérico: É produzido no próprio intestino e apresenta-se formado pelas seguintes enzimas
digestivas:

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TESTES

01 – O esquema a seguir apresenta partes do aparelho digestivo humano com órgãos


numerados de I a V. Em relação à bile, podemos afirmar corretamente que é produzida no
órgão:

a) I e armazenada no órgão II.


b) I e secretada para o órgão IV.
c) I e contém enzimas que digerem as gorduras.
d) II e armazenada no órgão I.
e) II e secretada para o órgão IV.
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02 – O alimento, no sistema digestivo humano, percorre os seguintes órgãos, antes de


chegar ao intestino delgado:
a) faringe - laringe - diafragma – estômago b) boca - faringe - esôfago - estômago
c) boca - traquéia - fígado - intestino grosso d) faringe - esôfago - pâncreas - fígado
e) esôfago - vesícula biliar - fígado – estômago

03 – Assinale a alternativa que complementa corretamente o texto abaixo. "Quando bebemos_


_ _ percebemos que urinamos mais freqüentemente. A explicação para este fenômeno é que
o (a) _ inibe a liberação do hormônio __ , produzido pelo (a) ______”.
a) suco de laranja - vitamina C - adrenalina - medula adrenal
b) café - cafeína - ocitocina – hipófise
c) cerveja - álcool - antidiurético - hipófise
d) whisky - malte - prolactina - hipófise
e) vinho - álcool - insulina – pâncreas

04 - Associe as
colunas: _ Digere os lipídios.
(a) Ptialina. _ Digere amido.
(b) Pepsina. _ Protege o estômago contra a ação do suco
(c) Bile. gástrico.
(d) Lipase. _ Propicia o meio ideal para as enzimas do
(e) Mucina. estômago agirem.
(f) HCI. _ Emulsiona lipídios.
_ Digere proteínas.

05 – Mauricio, vestibulando da PUC- CAMP, ao saber de sua aprovação, convidou seus


amigos Rodrigo, Danilo e o Tiago para um churrasco.Durante o churrasco Rodrigo pergunta:
“ Maurício, você é capaz de dizer quais são as enzimas do aparelho digestivo que irão agir
nesta carne em ordem cronológica de ação, a partir da boca?
Vamos ajudar o Maurício, relacionando a primeira coluna segunda coluna e assinalando a
alternativa correta.

1. Boca
2. Esôfago I. bile.
II. pepsina.
3. Estômago III. lipases
4. Duodeno IV. tripsina
V. amilase pancreática
5. Jejuno
VI. ptialina.
6. Íleo
7. Ceco
8. Colo ascendente
9. Colo descendente
10. Sigmóide
11. Reto

a) I VI, 3 V, 4 1, 4 III, 5 IV. b)3 II e III, 4 III, IV, V e VI.


c) 3 II e III, 4 III, IV e V. d)3 III, 4 III e IV. e)3II,4I, III, IVeV.

06 – O desenho abaixo representa órgãos de um sistema do corpo humano, indicados


pelas letras X, Y e Z.

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Nos órgãos X e Y são lançados sucos capazes de atuar em carboidratos,


lipídios e proteínas, alterando-os quimicamente. Em relação ao órgão Z,
qual a afirmação errada?
a) produz hormônios. b) lança enzimas em Y.
c) produz suco ácido. d) funciona na dependência de Y.
e) relaciona-se com o controle da glicose no sangue.

07 – A digestão das proteínas produz:


a) glicerol b) aminoácidos c) glicose d) monossacarídeos e) sais minerais

08 – A digestão das proteínas nos vertebrados envolve várias enzimas. Dentre elas, podemos
citar:
a) pepsina, secretada pela mucosa intestinal.
b) tripsina, produzida pela mucosa do estomago.
c) sais biliares, produzidos pelo fígado e vesícula biliar.
d) quimiotripsina, secretada pelo pâncreas.
e) enteroquinase, produzida por células do esôfago.

09 – As únicas substâncias abaixo relacionadas, que entram em processo de digestão no


estomago humano, são:
a) carboidratos b) proteínas. c) lipídeos d) ácidos nucléicos e) glicídios

10 – Uma enzima do estômago do ser humano passa ao duodeno juntamente com o alimento.
A atividade dessa enzima deverá:

a) aumentar, pois passara de um meio ácido para um alcalino.


b) aumentar, pois passara de um meio alcalino para um ácido.
c) diminuir, pois passara de um meio alcalino para um ácido.
d) diminuir, pois passara de um meio ácido para um alcalino.
e) permanecer constante, pois não haverá mudança de acidez.

11 – Os itens abaixo, que relacionam diferentes estruturas do sistema digestório com suas
respectivas funções, estão corretos. exceto:
a) dentes - mastigação e trituração. b) estômago - produção de bile.
c) língua - deglutição e paladar. d) intestino - digestão e absorção.
e) esôfago - condução do alimento da faringe ao estômago.

12 – Qual das substâncias abaixo inicia a sua digestão na boca:


a) sacarose b) proteína c) amidos. d) lipídios. e) peptonas

13 – Quais as porções do esôfago?


a) Cervical – Torácica – Abdominal b)Faríngea – Laríngea – Estomacal
c)Faríngea – Torácica – Abdominal d)Cervical – Laríngea – Estomacal
e)Cervical – Laríngea – Abdominal

14 – Qual o trajeto correto do alimento no sistema digestório?


a) Boca, orofaringe, laringofaringe, esôfago, estomago, intestino delgado, intestino grosso, reto
e ânus
b) Boca, orofaringe, laringofaringe, esôfago, estomago, intestino grosso, intestino delgado, reto
e ânus
c) Boca, laringe, laringofaringe, esôfago, estomago, intestino delgado, intestino grosso, reto e
ânus
d) Boca, orofaringe, laringofaringe, laringe, esôfago, estomago, intestino delgado, intestino
grosso, reto e ânus
e) Boca, laringe, laringofaringe, orofaringe, esôfago, estomago, intestino delgado, intestino
grosso, reto e ânus.
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15 – Qual das válvulas abaixo se localiza na entrada do estômago?


a) Pilórica b)Cecal c)Cárdia d)Anal e)Nenhuma das anteriores

16 – Qual a flexura localiza-se entre o colo transverso e o colo descendente?


a) Flexura hepática b)Flexura renal c)Flexura esplênica
d)Flexura Cárdia e)Nenhuma das anteriores

17– Qual é o órgão que se encontra posterior ao estômago?


a)Pâncreas b)Rim c)Fígado d)Intestino grosso e)Bexiga

18 – Das fases do alimento no sistema digestório, qual é realizada nos intestinos?


a)Mastigação b)Deglutição c)Defecação d)Absorção e)Ingestão

19 – Em qual parte da faringe é encontrada a tonsila palatina?


a)Nasal b)Oral c)Laríngea d)Faríngea e)Esofágica

20 – A vesícula biliar localiza-se entre:


a)Lobo esquerdo e direito b)Lobo direito e quadrado c)Lobo esquerdo e quadrado
d)Lobo caudado e quadrado e)Lobo esquerdo e caudado

DISCURSIVAS

01 - O suco gástrico é rico em HCl (ácido clorídrico ), que e secretado pelas células
parietais do estômago humano. Ocorrendo uma deficiência na produção desse ácido pelo
estomago, o que aconteceria com a digestão gástrica de proteínas ? Por quê ?

02 - Observe o esquema do aparelho digestivo humano e responda as questões:


a) Quais sãos valores de pH de acidez de a massa alimentar nos locais apontados pelas setas 1, 5
e7?
b) Quais são as funções dos órgãos 3 e 4 no processo digestivo?
c) Qual e o órgão que cria as condições de pH necessárias para a atuação
de enzimas como a tripsina e a amilase pancreática ? Explique.
d) Qual e a função principal, no processo digestivo, da estrutura apontada
pela seta 8 ?
e) Que conseqüências poderiam advir da remoção cirúrgica de parte
dessa estrutura, sabendo-se que a cirurgia é compatível com a vida ?

03 – Explique porque uma pessoa após um dia de churrasco e uma


mesa cheia de frios sente um mal estar. A pessoa relata que é como
se estivesse com uma queimação, azia, no entanto, ainda menciona
que não consegue vomitar, fica somente no mal estar.

04 – Discuta fisiologicamente o porquê de uma pessoa apresentar fezes líquidas, em caso de


uma diarréia, e também porque ocorre a formação fezes endurecidas em caso de constipação
intestinal.
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CAPÍTULO 2: ANATOMIA DO SISTEMA EXCRETOR/ URINÁRIO

2.1 INTRODUÇÃO AO SISTEMA URINÁRIO

O sistema urinário é constituído pelos órgãos uropoéticos, isto é, incumbidos de elaborar a


urina e armazená-la temporariamente até a oportunidade de ser eliminada para o exterior. Na urina
encontramos ácido úrico, uréia, sódio, potássio, bicarbonato, etc.
Este aparelho pode ser dividido em órgãos secretores - que produzem a urina - e órgãos
excretores - que são encarregados de processar a drenagem da urina para fora do corpo.
Os órgãos urinários compreendem os rins (2), que produzem a urina, os ureteres (2) ou
ductos, que transportam a urina para a bexiga (1), onde fica retida por algum tempo, e a uretra (1),
através da qual é expelida do corpo.
Além dos rins, as estruturas restantes do sistema urinário funcionam como um encanamento
constituindo as vias do trato urinário. Essas estruturas – ureteres, bexiga e uretra – não modificam
a urina ao longo do caminho, ao contrário, elas armazenam e conduzem a urina do rim para o meio
externo.
Os rins realizam o trabalho principal do sistema
urinário, com as outras partes do sistema atuando,
principalmente, como vias de passagem e áreas de
armazenamento. Com a filtração do sangue e a
formação da urina, os rins contribuem para a
homeostasia dos líquidos do corpo de várias maneiras.
Entende-se por homeostase a capacidade que
tem o organismo de manter-se em equilíbrio interno
dinâmico. Para tanto, um dos quesitos básicos
exigidos é a manutenção da concentração dos líquidos
corpóreos, praticamente constante. Acontece, porém,
que as células vivas estão continuamente
descarregando no sangueresíduos do seu
metabolismo, por vezes tóxicos. Além disso, a
aquisição de água e sais minerais, por exemplo,
através da alimentação, pode estar além ou aquém
das necessidades básicas do animal-
Torna-se, necessário, então, o
desenvolvimento de estruturas capazes de promover
a eliminação das substâncias tóxicas ou em excesso,
bem como a retenção das substâncias que se acham
em falta. É através do sistema excretor que o
organismo exerce tal regulação. Assim, pode-se
concluir que a excreção tem, fundamentalmente, duas
finalidades:
- Remoção e eliminação de resíduos de
origem celular;
-Manutenção do equilíbrio hidrossalino
dos fluidos corpóreos (regulação Osmótica).

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- As funções dos rins incluem:

▪ Regulação da composição iônica do sangue;


▪ Manutenção da osmolaridade do sangue;
▪ Regulação do volume sangüíneo;
▪ Regulação da pressão arterial;
▪ Regulação do pH do sangue;
▪ Liberação de hormônios;
▪ Regulação do nível de glicose no sangue;
▪ Excreção de resíduos e substâncias estranhas

2.2 RINS: DIVISÃO ESTRUTURAL E SISTEMA CALICIAL


Os rins são órgãos pares, em forma de grão de feijão, localizados logo acima da cintura,
entre o peritônio e a parede posterior do abdome. Sua coloração é vermelho-parda.
Os rins estão situados de cada lado da coluna vertebral, por diante da região superior da
parede posterior do abdome, estendendo-se entre a 11ª costela e o processo transverso da 3ª
vértebra lombar. São descritos como órgãos retroperiotoneais, por estarem posicionados por trás
do peritônio da cavidade abdominal.
Os rins são recobertos pelo peritônio e circundados por uma massa de gordura e de tecido
areolar frouxo. Cada rim tem cerca de 11,25cm de comprimento, 5 a 7,5cm de largura e um pouco
mais que 2,5cm de espessura. O esquerdo é um pouco mais comprido e mais estreito do que o
direito. O peso do rim do homem adulto varia entre 125 a 170g; na mulher adulta, entre 115 a 155g.
O rim direito normalmente situa-se ligeiramente abaixo do rim esquerdo devido ao grande tamanho
do lobo direito do fígado.
Em um corte frontal através do rim, são reveladas duas regiões distintas: uma área
avermelhada de textura lisa, chamada córtex renal e uma área marrom-avermelhada profunda,
denominada medula renal. A medula consiste em 8-18 estruturas cuneiformes, as pirâmides renais.
A base (extremidade mais larga) de cada pirâmide olha o córtex, e seu ápice (extremidade mais
estreita), chamada papila renal, aponta para o hilo do rim. As partes do córtex renal que se estendem
entre as pirâmides renais são chamadas colunas renais. Dessa forma, as colunas renais mais as
pirâmides renais constituem a medula renal, nessa região, ainda, se encontram os tubos coletores.
No córtex renal ficam localizados os néfrons, unidades funcionais dos rins. O seio renal é uma
terceira região, onde ficam localizados a gordura renal, os cálices renais e o hilo renal.

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Juntos, o córtex e as pirâmides renais da medula renal constituem a parte funcional, ou


parênquima do rim. No parênquima estão as unidades funcionais dos rins – cerca de 1 milhão de
estruturas microscópicas chamadas NÉFRONS. A urina, formada pelos néfrons, drena para os
grandes ductos papilares, que se estendem ao longo das papilas renais das pirâmides.
A artéria renal, que penetra no rim, é proveniente da aorta. De cada rim, sai uma veia – a
veia renal. As duas veias renais convergem para a veia cava inferior.

2.3 NÉFRONS E FISIOLOGIA RENAL


O néfron é a unidade morfofuncional ou a unidade produtora de urina do rim. Cada rim
contém cerca de 1 milhão de néfrons.
A forma do néfron é peculiar, inconfundível, e admiravelmente adequada para sua função
de produzir urina.
O néfron é formado por dois componentes principais:

1. Corpúsculo Renal:
Cápsula Glomerular (de Bowman);
Glomérulo – rede de capilares sangüíneos enovelados dentro da cápsula glomerular

2. Túbulo Renal:
Túbulo contorcido proximal;
Alça do Néfron (de Henle);
Túbulo contorcido distal;
Túbulo coletor
Cada néfron, por sua vez, inicia-se por uma cápsula de Bowman (estrutura em forma de
cálice), por onde penetra a arteríola aferente (ramificação da artéria renal). No interior da cápsula,
a arteríola ramifica-se e organiza um emaranhado de vasos denominado glomérulo renal. Desse
emaranhado emerge a arteríola
eferente, que abandona o
glomérulo. A cápsula de Bowman
está ligada a um longo tubo
contorcido proximal. Este, por sua
vez, desemboca em uma estrutura
em forma de U chamada alça de
Henle, a partir da qual se estende o
tubo contorcido distal Vários túbulos
distais, de vários néfrons,
mergulham num túbulo coletor.

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O sangue entra no rim pela artéria renal, ramo da aorta. Na estrutura do órgão, essa artéria
se ramifica, dando origem as arteríolas aferentes. Cada arteríola aferente torna-se muito fina e forma
uma espécie de novelo a que se deu o nome de glomérulo de Malpighi.
A pressão sanguínea no interior dos finos vasos glomerulares força a passagem de grande
parte do plasma para fora do sangue. Aproximadamente 1/5 do volume de plasma que circula pelo
glomérulo filtra-se através das paredes delgadas desses vasos, caindo no interior da cápsula de
Bowman, Essa filtragem é tão intensa que, se não ocorresse logo de imediato a reabsorção da
maior parte da água filtrada (aproximadamente 99% da água serão reabsorvidos ao nível dos
túbulos), ocorreria a morte do indivíduo num curto espaço de tempo (pouco mais de 30 minutos).

1. Filtração nos glomérulos. O filtrado recolhido pela cápsula de Bowman ainda não é a urina,
pois tem uma composição totalmente diferente dos túbulos. Os íons Na+ puxam consigo os íons Cl-
-, que assim voltam também ao sangue. (Atualmente, há quem admita o contrário, isto é, que o Cl-
- é que sofre transporte ativo, puxando consigo o Na+). A reabsorção desses íons por transporte ativo
é fortemente estimulada pela ação de um hormônio do córtex das supra-renais chamado
aldosterona.

2. As células da parte inicial do tubo – tubo contornado próxima - absorvem, por transporte ativo,
toda a glicose, os aminoácidos e parte dos sais, lançando-os no sangue. Ao receber de volta essas
substâncias, o sangue torna-se mais concentrado que o líquido do tubo, fazendo com que parte da
água também seja reabsorvida, agora por osmose e não por transporte ativo. A uréia e outros
produtos tóxicos ou em excesso não voltam ao sangue: são eliminados com a urina.

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3. Ao nível da alça de Henle, o líquido tubular é muito diluído. E o sangue, que circula nos capilares,
está, ao contrário, muito concentrado. A passagem de água por osmose de volta para o sangue se
processa, então, intensamente. Assim, a urina primária começa a se tornar mais concentrada.
4. o longo do túbulo contornado distal, volta a se verificar o transporte ativo com a reabsorção
também de glicose e aminoácidos, notando-se o retorno dessas substâncias à
corrente sanguínea. Da mesma forma, nesse ponto, a reabsorção passiva da água, por osmose,
torna-se muito mais intensa, já que passa a ser "estimulada" por um hormônio liberado pela glândula
hipófise, chamado hormônio antidiurético ou ADH (anti-diuretic hormone). Na verdade, esse
hormônio é produzido no hipotálamo (região na base do encéfalo). Vai agir ao nível dos túbulos
distais incentivando a reabsorção da água, o que fará diminuir a concentração sanguínea. Em
compensação a urina tornar-se-á mais concentrada e com menor volume, Portanto, o ADH diminui
a diurese; daí o seu nome.
5. O líquido que chega ao final do túbulo distal e penetra nos tubos coletores da urina já não tem mais
glicose, aminoácidos, vitaminas; o seu teor de água é imensamente menor do que fora antes; a
concentração de sais e íons é bem menor do que a do filtrado glomerular. Esse líquido já é a urina
propriamente dita.
A regulação da função renal relaciona-se basicamente com a regulação da quantidade de
líquidos do corpo. Havendo necessidade de reter água no interior do corpo, a urina fica mais
concentrada, em função da maior reabsorção de água; havendo excesso de água no corpo, a urina
fica menos concentrada, em função da menor reabsorção de água.
O principal agente fisiológico regulador do equilíbrio hídrico no corpo humano é o hormônio
ADH (antidiurético), produzido no hipotálamo e armazenado na hipófise. Esse hormônio passa para
o sangue, indo atuar sobre os túbulos distais dos néfrons e sobre os dutos coletores, tornando as
células dos túbulos mais permeáveis à água.
Conseqüentemente, há maior retenção de água no corpo. Caso contrário, ocorre quando a
absorção de água nos túbulos distais e tubos coletores, possibilitando a excreção do excesso de
água. A urina fica, assim, mais diluída. Certas substâncias, como é o caso do álcool, inibem a
secreção de ADH, aumentando a produção de urina. Por isso, quando se tomam bebidas alcoólicas,
a produção de urina é mais abundante.

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2.1 URETERES, BEXIGA URINÁRIA E URETRA


Os ureteres são as estruturas que deixam os rins, logo após a diferenciação da pelve renal.
São constituídos de tecido muscular liso, o que por meio de ondas peristálticas e auxilio da força da
gravidade transportam a urina até a bexiga, onde a mesma ficará armazenada. Os ureteres
desembocam na face póstero-superior da bexiga de maneira oblíqua, impedindo o retorno da urina
aos rins, assim, evitando que ocorra hidronefrose. Ainda, vale ressaltar que os ureteres participam
dos processos infecciosos, provocando uma disseminação por contigüidade de uma cistite, podendo
evoluir para uma pielonefrite.
A bexiga urinária funciona como um reservatório temporário para o armazenamento da
urina. Quando vazia, a bexiga está localizada inferiormente ao peritônio e posteriormente à sínfise
púbica: quando cheia, ela se eleva para a cavidade abdominal.
É um órgão muscular oco, elástico que, nos homens situa-se diretamente anterior ao reto e,
nas mulheres está à frente da vagina e abaixo do útero.
Quando a bexiga está cheia, sua superfície interna fica lisa. Uma área triangular na superfície
posterior da bexiga não exibe rugas. Esta área é chamada trígono da bexiga e é sempre lisa,
constituído pelos óstios dos ureteres e pelo óstio interno da uretra. Este trígono é limitado por três
vértices: os pontos de entrada dos dois ureteres e o ponto de saída da uretra. O trígono é importante
clinicamente, pois as infecções tendem a persistir nessa área.
A saída da bexiga urinária contém o músculo esfíncter chamada esfíncter interno, que se
contrai involuntariamente, prevenindo o esvaziamento. Inferiormente ao músculo esfíncter,
envolvendo a parte superior da uretra, está o esfíncter externo, que controlado voluntariamente,
permitindo a resistência à necessidade de urinar.
A capacidade média da bexiga urinária é de 700 – 800ml; é menor nas mulheres porque o
útero ocupa o espaço imediatamente acima da bexiga.
A uretra por sua vez é uma estrutura musculoelástica que conduz a urina para o meio
externo. Na mulher se apresenta, aproximadamente, em 4 cm, enquanto no homem varia, podendo
chegar a 12 cm. No homem, esta estrutura é comum com o sistema genital.

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URETER BEXIGA URETRA

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2.2 REFLEXO DE MICÇÃO

O sistema nervoso autônomo tem importante papel no controle da micção. A parede da


bexiga contém densa inervação simpática e parassimpática, ambas atuantes sobre a musculatura
lisa (músculo detrusor). Esta musculatura normalmente está relaxada, com exceção da que forma
o esfíncter interno, normalmente contraída. Essa configuração permite o enchimento gradativo da
bexiga com a urina. Esse fenômeno de enchimento é mediado pelo sistema simpático. Veja na
figura as estruturas anatômicas e a inervação da região.
O enchimento vai estirando a parede, e termina por ativar os mecanorreceptores aí situados.
Então, entra em funcionamento um arco reflexo que envolve o nervo vago e seus núcleos no tronco
encefálico. Retornam pelo mesmo nervo vago comandos que resultam na contração da musculatura
da bexiga e no relaxamento do esfíncter interno (fenômeno mediado pelo sistema parassimpático).
Nesse momento a micção fica contida apenas pela contração do esfíncter externo, constituído de
fibras musculares estriadas sob o comando voluntário exercido por neurônios da ponte (núcleo de
Barrington) e motoneurônios da medula sacra.
O núcleo de Barrington recebe informação sensorial sobre o enchimento da bexiga, bem
como comandos do prosencéfalo relativo às condições socialmente adequadas para o relaxamento
do esfíncter externo. Por tanto, o controle da micção é feito pela ação da medula espinhal, da ponte
e do córtex cerebral.
Os reflexos têm centro de controle na medula sacral tronco encefálico (Parassimpático):

• Receptores de estiramento da vesícula urinária iniciam o reflexo sacral que permite contrair
e expulsar a urina
• O Tronco cerebral previne a contração da vesícula urinária e abertura do esfíncter externo
• O controle cortical intervém e permite a micção.
• Uma vez iniciado o esvaziamento este é sempre completo. (Reflexo com participação dos
receptores de fluxo da uretra que mantém a vesícula urinária sob contração)
• O controle da micção é exclusivamente parassimpático, mas durante a ejaculação o colo
da vesícula urinária se mantém contraído evitando a ejaculação retrógrada (para dentro de vesícula
urinária).

2.3 SISTEMA RENINA ANGIOTENSINA ALDOSTERONA E A REGULAÇÃO DA PRESSÃO


ARTERIAL
Na arteríola aferente do rim existe uma substância chamada renina. Toda vez que ocorrer
uma hipoperfusão renal ou ativação do simpático, o rim libera renina. Então, toda vez que eu tenho
queda de pressão arterial, isso faz hipoperfusão renal e o rim libera renina.
A renina transforma o angiotensinogênio, uma proteína inativa do plasma, em angiotensina
I. A angiotensina I tem pouco efeito vasopressor, ela circula no sangue e vai até os leitos capilares,
principalmente no pulmão. O pulmão é o leito capilar que mais tem ECA (enzima de conversão da
angiotensina).
A ECA converte angiotensina I em angiotensina II. A angiotensina II faz vasoconstrição
sistêmica (fecha as arteríolas) e libera aldosterona (supra-renal). A aldosterona age no rim, retendo
sal e água. A própria angiotensina II, diretamente, também retém sal e água e além disso aumenta
a sede.
Esse mecanismo de retenção de sal e água e aumento da ingesta de água contribui para o
aumento do volume sanguíneo circulante. Com esse aumento, o retorno venoso aumenta, o débito
cardíaco aumenta e a pressão arterial aumenta. Então, a angiotensina II aumenta o débito cardíaco
(pela retenção de sal e água) e a resistência periférica (pela vasoconstrição sistêmica), os dois
determinantes da pressão arterial. Através deste mecanismo de feedback negativo, a angiotensina
II aumenta a pressão arterial (queda de pressão levou a liberação de renina que se transformou em
angiotensina II que por sua vez aumentou a pressão arterial).
Este mecanismo da renina-angiotensina-aldosterona auxilia a natriurese de pressão no
controle a longo prazo da pressão arterial em humanos.

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O sistema renina-angiotensina também permite que o consumo de sal possa ser variado. O
sal, quando é absorvido pelo intestino, puxa água por osmose, aumentando a volemia. Se não fosse
o sistema renina-angiotensina, cada dia que ingeríssemos grande quantidade de sal, ficaríamos
hipertensos. E quando consumíssemos pequena quantidade, ficaríamos hipotensos. Mas o sistema
renina-angiotensina ajusta este problema. Quando a quantidade de sal ingerida é muito grande, a
volemia aumenta e a pressão arterial também é aumentada transitoriamente. Isso faz com que a
quantidade de renina liberada pelo rim seja menor, implicando em menor formação de angiotensina
e maior excreção renal de sal e água, normalizando a pressão arterial.

TESTES

1 – Quando se bebe cerveja, observa-se que há aumento do volume da urina. A provável


causa desse fato é:
a) a diminuição da produção de adrenalina
b) o aumento da pressão osmótica do plasma sangüíneo
c) o aumento de concentração da urina na bexiga
d) a inibição da produção de hormônio antidiurético.
e) a estimulação da produção do hormônio responsável pelo controle da diurese.

2 – Os rins, além da importante função excretora, contribuem de maneira eficiente


na(o):
a)manutenção do equilíbrio endócrino b) metabolismo dos açúcares
c) manutenção da composição sangüínea d) manutenção da temperatura
e) metabolismo dos lipídios

3 – No desenho ao lado os números 1, 2, 3 e 4 representam, respectivamente:

a) rins, ureteres, bacinete e uretra.


b) rins, artérias renais, bexiga e uretra.
c) rins, ureteres, bexiga e uretra.
d) rins, uretra, bexiga e ureter.

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4 – O hormônio antidiurético (ADH) regula o teor de água do corpo humano, determinando


aumento de reabsorção de água nos túbulos renais. Assim, quando o suprimento de água
do corpo for excessivo, espera-se encontrar no sangue:
a) pouco ADH, o que reduz a reabsorção de água.
b) pouco ADH, o que aumenta a reabsorção de água.
c) nenhum ADH, o que eleva, ao máximo, a reabsorção de água.
d) muito ADH, o que reduz a reabsorção de água.
e) muito ADH, o que aumento a reabsorção de água.

5 – O líquido que penetra na cápsula de Bowman pode ser chamado:


a) plasma.
b) linfa.
c) soro.
d) ultrafiltrado.
e) sangue.

6 – Qual a função do sistema urinário?

a) Produzir fezes e retirar a água em excesso das mesmas.


b) Produzir uréia a ácido úrico.
c) Produzir urina e filtrar o sangue.
d) Produzir suor e libertá-lo para o exterior.
e) Nenhuma das alternativas anteriores

7 – Qual a doença do sistema urinário que se caracteriza pela incapacidade de reter a


urina na bexiga?
a) infecções
b) incontinência
c) acumulações de minerais
d) cancro
e) nefrolitíase

8 - Em algumas doenças humanas, o funcionamento dos rins fica comprometido. São


conseqüências diretas do mau funcionamento dos rins:
a) acúmulo de produtos nitrogenados tóxicos no sangue e elevação da pressão arterial.
b) redução do nível de insulina e acúmulo de produtos nitrogenados tóxicos no sangue.
c) não-produção de bile e enzimas hidrolíticas importantes na digestão das gorduras.
d) redução do nível de hormônio antidiurético e elevação do nível de glicose no sangue.
e) redução do nível de aldosterona, que regula a pressão osmótica do sangue.

9 – Qual das expressões abaixo melhor traduz a idéia de homeostase?

a)Composição do meio interno;


b) Crescimento constante;
c)Crescimento exponencial;
d)Equilíbrio dinâmico;
e)Equilíbrio estático.

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10 – Eliminação das células sangüíneas que estão velhas demais.


- Formação de uréia.
- Armazenamento de energia para qualquer eventualidade.
- Maior glândula do corpo humano.
Todas essas características típicas de um super-orgão estão relacionadas ao (à):

a) baço.
b) rim.
c) pâncreas.
d) fígado.
e) hipófise.

11 – A manutenção da estabilidade do ambiente fisiológico interno de um organismo é


exercida por diversos órgãos. Por exemplo, os rins são responsáveis, entre outras coisas,
pela estabilidade dos níveis de sais, água e açúcar do sangue. Assinale a opção que indica
corretamente o nome do mecanismo referido anteriormente:
a) Homeotermia.
b) Homeostase.
c) Organogênese.
d) Ontogenia.
e) Etologia.

12 – A ingestão de bebidas alcoólicas inibe a liberação do hormônio responsável pelo


aumento da permeabilidade das membranas das células dos túbulos renais. Com isso, é
diminuída a reabsorção:
a) passiva de água, o que diminui a concentração sangüínea e concentra a urina.
b) passiva de água, o que aumenta a concentração sangüínea e dilui a urina.
c) passiva de água, o que diminui a concentração sangüínea e dilui a urina.
d) ativa de água, o que aumenta a concentração sangüínea e dilui a urina.
e) ativa de água, o que diminui a concentração sangüínea e concentra a urina.

13 – O hormônio ADH atua sobre os túbulos renais promovendo absorção de água do filtrado
glomerular. A deficiência na secreção desse hormônio faz com que a pessoa produza:
a) muita urina, com alta concentração de excreções.
b) muita urina, com baixa concentração de excreções.
c) pouca urina, com alta concentração de excreções.
d) pouca urina, com baixa concentração de excreções.
e) quantidade normal de urina, com alta concentração de excreções.

14 – Os rins artificiais são aparelhos utilizados por pacientes com distúrbios renais. A função
desses aparelhos é:
a) oxigenar o sangue desses pacientes, uma vez que uma menor quantidade de gás oxigênio é
liberada em sua corrente sangüínea.
b) nutrir o sangue desses pacientes, uma vez que sua capacidade de absorver nutrientes orgânicos
está diminuída.
c) retirar o excesso de gás carbônico que se acumula no sangue desses pacientes.
d) retirar o excesso de glicose, proteínas e lipídios que se acumula no sangue desses pacientes.
e) retirar o excesso de íons e resíduos nitrogenados que se acumula no sangue desses pacientes.

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15 – Uma pessoa apresenta o seguinte quadro de sintomas: eliminação de grande volume de


urina, sede e desidratação. Exames clínicos revelaram alteração hormonal, tratando-se de:
a) aumento do hormônio aldosterona, produzido pela adrenal, que levou a um aumento na
reabsorção de água pelos rins.
b) diminuição do hormônio aldosterona, produzido pela hipófise, que levou a um aumento na
reabsorção de água pelos rins.
c) aumento do hormônio antidiurético, produzido pela adrenal, que levou a uma diminuição na
reabsorção de água pelos rins.
d) diminuição do hormônio antidiurético, produzido pela hipófise, que levou a uma diminuição na
reabsorção de água pelos rins.
e) aumento do hormônio antidiurético, produzido pela hipófise, que levou a uma diminuição na
reabsorção de água pelos rins.

16 – Considere as listas a seguir referentes a estruturas e funções do sistema excretor humano.


I. néfron II. Bexiga III. uretra IV. ureter

a. condução de urina para o meio externo


b. produção de urina
c. armazenamento de urina
d. condução de urina até o órgão armazenador

Assinale a alternativa que associa corretamente cada estrutura à sua função.

a) Ia, IIb, IIIc, IVd b) Ib, IIc, IIIa, IVd c) Ib, IId, IIIc, IVa
d) Ic, IIa, IIId, IVb e) Id, IIc, IIIb, IVa

17 – Assinale a alternativa que mostra a(s) estrutura(s) compartilhada(s) pelos sistemas


excretor e reprodutor de mamíferos machos.
a) Os testículos.
b) A uretra.
c) Os ureteres.
d) Os vasos deferentes.
e) A próstata.

18 – Produzido pelo hipotálamo e eliminado na circulação sangüínea pelo lobo posterior da


hipófise, o hormônio ADH irá atuar:
a) na bexiga. b) na uretra e na bexiga. c) no bacinete.
d) nos ureteres e na uretra. e) nos túbulos contornados distais.

19 – Os rins, além da importante função excretora, contribuem de maneira eficiente na(o):


a) manutenção do equilíbrio endócrino b) metabolismo dos açúcares
c) manutenção da composição sangüínea d) manutenção da temperatura
e) metabolismo dos lipídios

20 – Em algumas doenças humanas, o funcionamento dos rins fica comprometido. São


conseqüências diretas do mau funcionamento dos rins:
a) acúmulo de produtos nitrogenados tóxicos no sangue e elevação da pressão arterial.
b) redução do nível de insulina e acúmulo de produtos nitrogenados tóxicos no sangue.
c) não-produção de bile e enzimas hidrolíticas importantes na digestão das gorduras.
d) redução do nível de hormônio antidiurético e elevação do nível de glicose no sangue.
e) redução do nível de aldosterona, que regula a pressão osmótica do sangue.

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CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM – MÓDULO II

21 – Uma pessoa apresenta o seguinte quadro de sintomas: eliminação de grande volume de


urina, sede e desidratação. Exames clínicos revelaram alteração hormonal, tratando-se de:
a) aumento do hormônio aldosterona, produzido pela adrenal, que levou a um aumento na
reabsorção de água pelos rins.
b) diminuição do hormônio aldosterona, produzido pela hipófise, que levou a um aumento na
reabsorção de água pelos rins.
c) aumento do hormônio antidiurético, produzido pela adrenal, que levou a uma diminuição na
reabsorção de água pelos rins.
d) diminuição do hormônio antidiurético, produzido pela hipófise, que levou a uma diminuição na
reabsorção de água pelos rins.
e) aumento do hormônio antidiurético, produzido pela hipófise, que levou a uma diminuição na
reabsorção de água pelos rins.

22 – O esquema ao lado representa um néfron de mamífero. O filtrado


glomerular, ao passar pelo túbulo, sofre modificações no volume e na
composição apenas em:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.

23 – Qual das estruturas abaixo transporta urina da bexiga para o meio externo?
a) Ducto deferente.
b) Uretra.
c) Ureter.
d) Ducto ejaculatório.
e) Nenhuma das anteriores

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CAPÍTULO 3: ANATOMIA DO SISTEMA GENITAL MASCULINO

3.1 INTRODUÇÃO AO SISTEMA GENITAL MASCULINO

Encontramos na espécie humana diferenças anatômicas sexuais entre homem e mulher que
são muito relevantes para a procriação da espécie. A célula reprodutora masculina recebe o nome
de espermatozóide e a célula feminina é conhecida como óvulo. Tanto o espermatozóide como o
óvulo caracterizam-se por apresentar somente a metade do número de cromossomos encontrados
normalmente nas células que constituem o corpo humano.

Espermatogênese

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CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM – MÓDULO II

Os cromossomos são partículas incumbidas da transmissão dos caracteres hereditários e


que entram na constituição dos núcleos celulares. Admitindo-se que as células humanas
apresentam 46 cromossomos, tanto os espermatozóide como os óvulos apresentam somente 23
cromossomos cada um deles, o que nos leva a deduzir que as células reprodutoras são na realidade
hemi-células, sendo necessário à conjugação de duas
delas para que se constitua uma célula básica,
denominada ovo.
O ovo resulta da fusão do espermatozóide com o
óvulo.
Os órgãos do sistema genital masculino são os
testículos (gônadas masculinas), um sistema de ductos
(ducto deferente, ducto ejaculatório e uretra), as
glândulas sexuais acessórias (próstata, glândula
bulbouretral e vesículas seminais) e diversas estruturas
de suporte, incluindo o escroto e o pênis. Os testículos
(gônadas masculinas) produzem esperma e secretam
hormônios (testosterona). O sistema de ductos transporta
e armazena esperma, auxiliando na maturação e o
conduz para o exterior. O sêmen contém esperma mais
as secreções das glândulas sexuais acessórias.

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3.2 PÊNIS: DIVISÃO ESTRUTURAL

O pênis é considerado o principal órgão do


aparelho sexual masculino, sendo formado por dois
tipos de tecidos cilíndricos: dois corpos cavernosos e
um corpo esponjoso (envolve e protege a uretra). Na
extremidade do pênis encontra-se a glande - cabeça do
pênis, onde podemos visualizar a abertura da uretra.
Com a manipulação da pele que a envolve - o prepúcio
- acompanhado de estímulo erótico, ocorre a inundação
dos corpos cavernosos e esponjoso, com sangue,
tornando-se rijo, com considerável aumento do
tamanho (ereção).
O prepúcio deve ser puxado e higienizado a fim
de se retirar dele o esmegma (uma secreção sebácea
espessa e esbranquiçada, com forte odor, que consiste
principalmente em células epiteliais descamadas que se
acumulam debaixo do prepúcio).
Quando a glande não consegue ser exposta
devido ao estreitamento do prepúcio, diz-se que a
pessoa tem fimose.

3.3 TESTÍCULOS DUCTOS EJACULATÓRIOS

3.3.1 TESTÍCULOS
Os testículos são as gônadas masculinas. Cada testículo é composto por um emaranhado
de tubos, os ductos seminíferos. Esses ductos são formados pelas células de Sertoli (ou de
sustento) e pelo epitélio germinativo, onde ocorrerá a formação dos espermatozóides. Em meio aos
ductos seminíferos, as células intersticiais ou de Leydig (nomenclatura antiga) produzem os
hormônios sexuais masculinos, sobretudo a testosterona, responsáveis pelo desenvolvimento dos
órgãos genitais masculinos e dos caracteres sexuais secundários:

38
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM – MÓDULO II

• Estimulam os folículos pilosos para que façam crescer a barba masculina e o pêlo
pubiano.
• Estimulam o crescimento das glândulas sebáceas e a elaboração do sebo.
• Produzem o aumento de massa muscular nas crianças durante a puberdade, pelo aumento
do tamanho das fibras musculares.
• Ampliam a laringe e tornam mais grave a voz.
• Fazem com que o desenvolvimento da massa óssea seja maior, protegendo contra a
osteoporose.

3.3.2 TESTÍCULOS
No escroto, um espermatozóide leva cerca de 70 dias para ser produzido. Eles não podem
se desenvolver adequadamente na temperatura normal do corpo (36,5°C). Assim, os testículos se
localizam na parte externa do corpo, dentro do escroto, que tem a função de termorregulação
(aproximam ou afastam os testículos do corpo), mantendo-os a uma temperatura geralmente em
torno de 1 a 3 °C abaixo da corporal.

39
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM – MÓDULO II
3.3.3 EPIDÍDIMO
Os epidídimos são dois tubos enovelados que partem dos testículos, onde os
espermatozóides são armazenados. Os espermatozóides recém formados passam para o
epidídimo, onde terminam sua maturação e ficam armazenados até sua eliminação durante o ato
sexual.

3.3.4 CANAIS DEFERENTES


Os canais deferentes são dois tubos que partem dos testículos, circundam a bexiga urinária
e unem-se ao ducto ejaculatório, onde desembocam as vesículas seminais. Sob a bexiga, os vasos
deferentes provenientes de cada testículo se fundem em um tubo único, o duto ejaculador, que
desemboca na uretra.

3.3.5 URETRA
A uretra é comumente um canal destinado para a urina, mas os músculos na entrada da
bexiga se contraem durante a ereção para que nenhuma urina entre no sêmen e nenhum sêmen
entre na bexiga. Todos os espermatozóides não ejaculados são reabsorvidos pelo corpo dentro de
algum tempo.

3.4 GLÂNDULAS ANEXAS: PRÓSTATA, SEMINAIS E BULBORETRAIS

3.4.1 PROSTÁTA
A próstata é glândula localizada abaixo da bexiga urinária, é a maior glândula acessória do
sistema reprodutor masculino. Sua secreção é viscosa e alcalina que neutralizam a acidez da urina
e ativa os espermatozóides. A próstata envolve a porção inicial da uretra, onde lança sua secreção
através de uma série de pequenos dutos.

3.4.2 GLÂNDULAS SEMINAIS


As vesículas seminais são responsáveis pela produção de um líquido, que será liberado no
ducto ejaculatório que, juntamente com o líquido prostático e espermatozóides, entrarão na
composição do sêmen. O líquido das vesículas seminais age como fonte de energia para os
espermatozóides e é constituído principalmente por frutose, apesar de conter fosfatos, nitrogênio
não protéico, cloretos, colina (álcool de cadeia aberta considerado como integrante do complexo
vitamínico B) e prostaglandinas (hormônios produzidos em numerosos tecidos do corpo. Algumas
prostaglandinas atuam na contração da musculatura lisa do útero na dismenorréia – cólica
menstrual, e no orgasmo; outras atuam promovendo vasodilatação em artérias do cérebro, o que
talvez justifique as cefaléias – dores de cabeça – da enxaqueca. São formados a partir de ácidos
graxos insaturados e podem ter a sua síntese interrompida por analgésicos e antiinflamatórios).

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3.4.3 GLÂNDULAS BULBOURETRAIS


As glândulas bulbouretrais ou de Cowper, sua secreção
transparente é lançada dentro da uretra para limpá-la e preparar
a passagem dos espermatozóides. Também tem função na
lubrificação do pênis durante o ato sexual

3.5 SÊMEN E ESPERMA


O esperma é a junção de todos os líquidos produzidos nas
glândulas acessórias: próstata, vesículas seminais e
bulbouretrais. Quando se unem aos espermatozóides, esta
substância passa a se chamar sêmen.

3.6 FISIOLOGIA DA EREÇÃO E DA EJACULAÇÃO


Durante o estímulo sexual o pênis se encontra em um estado rijo, e para que isso ocorra, é
necessário que gere uma vasodilatação, que permite a inundação dos corpos cavernosos e
esponjoso de sangue. Assim, facilita a cópula, isto é, a penetração. No clímax do ato sexual, o
sêmen (esperma), constituído: espermatozóides e pelas secreções das glândulas acessórias
(líquido seminal, líquido prostático e líquido bulbouretral), é expulso do corpo por meio de contrações
rítmicas da parede dos dutos espermáticos. A eliminação dos espermatozóides é chamada
ejaculação.
Observação: A Hipófise faz o controle hormonal no homem através da produção de 2 (dois)
hormônios que agem nos testículos F.S.H. e L.H. (I.C.S.H.).
1. F.S.H. (Hormônio Folículo Estimulante) = estimula a espermatogênese, que tem seu início aos 7
anos e completa-se entre 12 e 14 anos.
2. L.H. (Hormônio Luteinizante) = estimula a produção de testosterona pelas células de Leydig.
I.C.S.H. = hormônio estimulante das células intersticiais.
3. Testosterona(andrógeno): estimula a espermatogênese e determina o aparecimento dos
caracteres sexuais secundários masculinos.

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CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM – MÓDULO II

TESTES

01 - A esterilização masculina chamada vasectomia é um método contraceptivo que só deve


ser utilizado por homens que não desejam mais ter filhos, pois sua reversão é muito difícil. O
processo da vasectomia consiste em:
a) inutilizar os tubos seminíferos para que os espermatozóides não sejam mais produzidos.
b) seccionar os canais deferentes, não sendo mais possível eliminação dos espermatozóides.
c) remover a vesícula seminal para que o sêmen fique bastante diminuído.
d) inocular hormônios nos testículos para dificultar a ereção do pênis.
e) alterar o funcionamento da próstata, reduzindo a quantidade de espermatozóides produzida.

02 – A mulher cessa a sua produção de gametas na menopausa. O homem, diferentemente,


tem condições de produzir gametas após o seu amadurecimento sexual e enquanto estiver
sexualmente ativo. O seu aparelho reprodutor é adaptado para produzir e armazenar
espermatozóides continuamente. Marque a opção que indica o enovelado de túbulos
localizado sobre os testículos que recebe os espermatozóides, os quais terminam a sua
maturação, ficando armazenados até o ato sexual.
a) A próstata
b) O epidídim
c) Os túbulos seminíferos
d) A vesícula seminal

03 – O sêmen é:
a) A mesma coisa que os espermatozóides.
b) O líquido seminal.
c) O líquido prostático.
d) Líquido seminal mais líquido prostático e espermatozóides.
e) Espermatozóides e líquido prostático.

04 – Associe as estruturas abaixo relacionadas com a função realizada por cada uma:

1. túbulos seminíferos 2. Epidídimo 3. células intersticiais do testículo 4. hipófise

_ local de produção de espermatozóides.


_ local de armazenamento de espermatozóides.
_ local de produção do hormônio sexual masculino.
_ local de produção de hormônio gonadotrófico.

a) 1, 2, 3, 4. b) 2,3,4,1. c) 3,4,1,2. d) 4,3,2,1. e) 2.1,4.3.

05 – Coloque V para as verdadeiras e F para as falsas:


1. _ As gônadas produzem gametas e secretam hormônios sexuais.
2. _ As gônadas secretam apenas hormônios.
3. _ Os órgãos que constituem o sistema genital masculino são os testículos, um sistema
de ductos, glândulas sexuais acessórias, escroto e pênis.
4. _ O escroto e pênis são órgãos internos que constituem o sistema genital masculino.
5. _ O sêmen contém esperma mais as secreções das glândulas sexuais acessórias.
6. _ O sêmen contém apenas o esperma.
7. _ O sistema de ductos transporta e armazena esperma, auxilia na sua maturação e o
conduz para o exterior.
8. _ O músculo dartos e músculo cremaster são um fascículo de fibras musculares lisas
encontrado no tecido subcutâneo do escroto.
9. _ A localização do escroto e a contração de suas fibras musculares regulam a
42
temperatura dos testículos.
10. _ Fora da cavidade pélvica, a temperatura do escroto é mantida aproximadamente 2-3
ºC abaixo da temperatura central, requerida para produção de esperma.
11. _ Fora da cavidade pélvica, a temperatura do escroto é mantida aproximadamente 2-3
ºC acima da temperatura central, requerida para produção de esperma.
12. _ Os testículos desenvolvem-se próximos aos rins na parte posterior do abdome e
normalmente começa a sua descida, durante a última metade das ultimas semanas do
desenvolvimento fetal.
13. _ O epidídimo é um órgão em forma de vírgula que se situa ao longo a margem posterior de
cada testículo.
14. _ O epidídimo é um órgão em forma de vírgula que se situa ao longo a margem anterior de
cada testículo.
15. _ O epidídimo é formado por três partes: uma cabeça, um corpo e uma cauda.
16. _ Na cauda do epidídimo, o ducto do epidídimo fica menos contorcido e seu diâmetro
aumenta.
17. _ O ducto deferente após entrar na cavidade pélvica e fazer a curva sobre o ureter e passar
sobre o lado e abaixo da face posterior da bexiga urinária termina com uma dilatação
chamada ampola.

DISCUSSIVAS

1 – Desenhe um espermatozóide, indique suas partes e aponte as funções de cada um.

2 – As glândulas do sistema genital masculino têm diversas funções. Descreve cada


uma das glândulas e suas principais finais.

3 – Descreva o mecanismo da ereção e ejaculação.

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CAPÍTULO 4: ANATOMIA DO SISTEMA GENITAL FEMININO

4.1 INTRODUÇÃO AO SISTEMA GENITAL FEMININO

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OVOGÊNESE

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CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM – MÓDULO II

Os órgãos genitais femininos são incumbidos da produção dos óvulos, e depois da


fecundação destes pelos espermatozóides, oferecem condições para o desenvolvimento até o
nascimento do novo ser.
Os órgãos genitais
femininos consistem de um
grupo de órgãos internos e
outro de órgãos externos. Os
órgãos internos estão no
interior da pelve e consistem
dos ovários, tubas uterinas ou
ovidutos, útero e vagina.
Os órgãos externos
são superficiais ao diafragma
urogenital e acham-se abaixo
do arco púbico. Compreendem
o monte do púbis, os lábios
maiores e menores do
pudendo, o clitóris, o bulbo do
vestíbulo e as glândulas
vestibulares maiores. Estas
estruturas formam a vulva ou
pudendo feminino. As
glândulas mamárias também
são consideradas parte do sistema genital feminino.

4.2 ÚTERO: DIVISÃO ESTRUTURAL


O útero é órgão oco situado na cavidade pélvica anteriormente à bexiga e posteriormente
ao reto, de parede muscular espessa (miométrio) e com formato de pêra invertida. É revestido
internamente por um tecido vascularizado rico em glândulas – o endométrio.
É um órgão muscular composto por três camadas:
- perimétrio, camada externa, conjuntiva; estrutura que prende o útero na cavidade pélvica
através dos ligamentos.
- miométrio, camada média, músculo liso;
- endométrio, epitélio escamoso estratificado não-queratinizado, composto por um stratum
basale e um stratum functionale, mais superficial, renovado ciclicamente, crescendo sob a ação dos
estrogênios e progesterona e desagregando-se, posteriormente, na menstruação.
O útero, por sua vez, é divido em três regiões, o fundo, localizado acima das tubas uterinas;
o corpo, grande parte da estrutura uterina, onde ocorre a implantação e, colo, região de contato com
a vagina.

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4.3 TUBAS UTERINAS E OVÁRIO

4.3.1 TUBAS UTERINAS

OVULAÇÃO- FECUNDAÇÃO

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As tubas uterinas são ovidutos, dois ductos que unem o ovário ao útero. Seu epitélio de
revestimento é formado por células ciliadas. Os batimentos dos cílios microscópicos e os
movimentos peristálticos das tubas uterinas impelem o gameta feminino até o útero. Dividida em
quatro regiões:
- Fímbrias – extremidade afilada, se assemelha a dedos, são responsáveis pela captação
do óvulo na cavidade abdominal, após ser expelido pelo ovário.
- Infundíbulo – Estrutura mais dilatada e achatada, prende as fímbrias.
- Ampola – Região mais dilatada das tubas uterinas, geralmente, é nessa região que ocorre
a fecundação do óvulo.
- Istmo – extremidade estreita que liga as tubas uterinas ao útero.

4.3.2 OVÁRIOS
Ovários: são as gônadas femininas que produzem estrógeno e progesterona, hormônios
sexuais femininos que serão vistos mais adiante.
No final do desenvolvimento embrionário de uma menina, ela já tem todas as células que
irão transformar-se em gametas nos seus dois ovários. Estas células - os ovócitos primários -
encontram-se dentro de estruturas denominadas folículos de Graaf ou folículos ovarianos.
A partir da adolescência, sob ação hormonal, os folículos ovarianos começam a crescer e a
desenvolver. Os folículos em desenvolvimento secretam o hormônio estrógeno. Mensalmente,
apenas um folículo geralmente completa o desenvolvimento e a maturação, rompendo-se e
liberando o ovócito secundário (gameta feminino): fenômeno conhecido como ovulação.
Após seu rompimento, a massa celular resultante transforma-se em corpo lúteo ou amarelo,
que passa a secretar os hormônios progesterona e estrógeno. Com o tempo, o corpo lúteo regride
e converte e em corpo albicans ou corpo branco, uma pequena cicatriz fibrosa que irá permanecer
no ovário.
O gameta feminino liberado na superfície de um dos ovários é recolhido por finas
terminações das tubas uterinas - as fímbrias. O ovário é constituído por 3 zonas distintas:
- o córtex, que constitui a maior parte do ovário, é delimitado pelo epitélio germinativo e
contém o estroma e os folículos. O estroma contém células tecais, células contrácteis e tecido
conjuntivo. As estruturas foliculares são constituídas por ovócitos rodeados de células da granulosa
(uma ou mais camadas, consoante o estadio de desenvolvimento)
- a medula, formada por um agregado celular heterogêneo
- o hilo, por onde entram e saem vasos sanguíneos.

4.4 VULVA E VAGINA

4.4.1 VULVA
A genitália externa ou vulva é delimitada e protegida por duas pregas cutaneomucosas
intensamente irrigadas e inervadas - os grandes lábios. Na mulher reprodutivamente madura, os
grandes lábios são recobertos por pêlos pubianos. Mais internamente, outra prega cutâneo-mucosa
envolve a abertura da vagina - os pequenos lábios - que protegem a abertura da uretra e da vagina.
Na vulva também está o clitóris, formado por tecido esponjoso erétil, homólogo a glande do pênis.
A pele nessa região é mais escura que o restante da pele do corpo, devido ao grande número de
melanócitos.

4.4.2 VAGINA
A vagina é um canal de 8 a 10 cm de comprimento, de paredes elásticas, que liga o colo do
útero aos genitais externos. Contém de cada lado de sua abertura, porém internamente, duas
glândulas denominadas glândulas de Bartholin, que secretam um muco lubrificante.
A entrada da vagina é protegida por uma membrana circular - o hímen - que fecha
parcialmente o orifício vulvo-vaginal e é quase sempre perfurado no centro, podendo ter formas
diversas. Geralmente, essa membrana se rompe nas primeiras relações sexuais.
A vagina é o local onde o pênis deposita os espermatozóides na relação sexual. Além de
possibilitar a penetração do pênis, possibilita a expulsão da menstruação e, na hora do parto, a
saída do bebê.

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4.5 FISIOLOGIA DO CICLO MENSTRUAL


As variações cíclicas na secreção de gonadotrofinas estão na base das transformações que
ocorrem no ovário durante um ciclo mensal (ciclo menstrual). O ciclo ovárico faz-se acompanhar de
variações cíclicas na secreção de estradiol e progesterona que, interactuando com o hipotálamo e
hipófise, regulam a secreção de gonadotrofinas.
A duração de um ciclo menstrual típico é de 28 dias, podendo variar entre os 21 e os 35 dias.
Convencionou-se designar o primeiro dia de menstruação por "dia 1" do ciclo, porque o fluxo de
sangue menstrual é a mais evidente das alterações que acontecem.
O ciclo ovárico divide-se, fisiologicamente, em 3 fases seqüenciais:
- a fase folicular, que se inicia com a hemorragia menstrual e se prolonga por 15 dias
(variando entre os 9 e os 23 dias).
- a fase ovulatória, com 1 a 3 dias de duração, culminando na ovulação.
- a fase luteínica, com uma duração mais constante de, aproximadamente, 13 dias,
terminando com o início da hemorragia menstrual.
A menstruação normal contém sangue (predominantemente arterial, apenas 25% do sangue
menstrual é venoso), células endometriais descamadas, prostaglandinas e fibrinolisina. A
fibrinolisina, de origem
endometrial, lisa os
coágulos, pelo que, a
menos que o fluxo seja
anormalmente volumoso, o
sangue menstrual não
contém coágulos. A
duração habitual do fluxo
menstrual é de 3-5 dias
(variando entre 1 e 8 dias
em mulheres normais). O
volume varia entre
pequenas perdas não -
quantificáveis (spotting) até
aos 80 mL (30 mL, em
média). Obviamente, o
volume do fluxo é
condicionado por fatores
como a espessura do
endométrio, medicação e
coagulopatias.

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4.6 FISIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

O desejo sexual feminino é aumentado por fatores:

- endócrinos: o desejo atinge o máximo próximo da ovulação, provavelmente devido


aos altos níveis de secreção de estrogênios. Os androgênios também exercem, na
mulher, um efeito estimulante do desejo sexual.

- sensoriais: as feromonas, sinais químicos emitidos por um indivíduo e


percepcionados pelo olfato.

- psíquicos: os pensamentos eróticos, a libido.

Durante a excitação sexual, as terminações nervosas parassimpáticas provenientes do plexo


sagrado libertam, nas estruturas genitais, acetilcolina, peptídeos vasodilatadores e NO, tendo como
resultado, a dilatação e congestão venosas, causando a ereção do clitóris e a turgescência dos
pequenos lábios que fazem saliência e alongam funcionalmente a vagina. Estimulam a secreção
das glândulas de Bartholin, responsáveis pela lubrificação durante o ato sexual.
A congestão venosa origina passagem de líquido para o espaço intersticial e conseqüente
edema. Ocorre transudação de líquido através das paredes vaginais. Os dois terços superiores da
vagina distendem-se e o útero eleva-se para o interior da falsa pelve. Abaixo, encontra-se uma
plataforma de tecidos distendidos pela congestão e edema pélvicos - a plataforma orgástica.
O orgasmo varia de um episódio para outro, mas, em geral, consiste em 15-18 contrações rítmicas
dos músculos transverso do períneo e elevador do ânus, que convergem nas paredes laterais do
terço inferior da vagina. As 5-6 primeiras contrações são as mais intensas. Resultam de reflexos da
medula espinal que provocam, também, o aumento da motilidade tubar e contrações uterinas
semelhantes às do parto.
O canal cervical permanece dilatado durante cerca de 30 minutos, permitindo, assim, o fácil
transporte dos espermatozóides. Nalguns casos, o sangue pode refluir às estruturas distendidas, o
que explica que algumas mulheres respondam a novas estimulações, segundos depois de um
orgasmo inicial e tenham orgasmos múltiplos.
A resposta orgásmica não se limita ao órgãos genitais. As mamas aumentam de volume e
há ereção mamilar, em conseqüência da congestão durante a fase de excitação. Durante as fases
de elevada excitação sexual podem também produzir-se espasmos da musculatura abdominal. A
pele de algumas mulheres adquire uma tonalidade rosada, que é mais evidente na face, pescoço e
parte superior do tórax. Costuma designar-se por "asfixia sexual" e desaparece, como todas as
outras modificações, na fase de resolução.
Após a ovulação, o ovócito secundário é captado pela ampola da tuba uterina (o cumulus
oophorus adere aos cílios das fímbrias). É viável durante 12-24 horas, enquanto os espermatozóides
podem sobreviver até 48 horas. Todavia, dos cerca de 300 milhões de espermatozóides ejaculados,
a esmagadora maioria morre e apenas 100 chegam a entrar nas tubas
uterinas.

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CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM – MÓDULO II

Os espermatozóides
possuem, na cabeça, uma vesícula
(tipo lisossoma) de conteúdo
enzimático, situada logo acima do
núcleo - o acrossoma. A interação do
espermatozóide com receptores
específicos da zona pelúcida (p. ex.
a proteína ZP3) desencadeia a
reação acrossômica, que consiste
na fusão da membrana do
acrossoma com a membrana
plasmática do espermatozóide,
criando-se poros que permitem a
exocitose das enzimas: acrosina
(uma protease, semelhante à
tripsina), neuraminidase e
hialuronidases que digerem a zona pelúcida.
É assim possível a fusão do espermatozóide com a membrana plasmática do ovócito,
despolarizando-a e levando à exocitose de proteases e glicosidases que alteram as glicoproteínas
da superfície celular (como a ZP3), impedindo a fertilização por outros espermatozóides -
polispermia.
Com a fertilização, o ovócito secundário é estimulado a completar a segunda divisão da
meiose, em que o óvulo maduro fica com praticamente todo o citoplasma e o segundo corpo polar
acaba por sofrer fertilização e degenerescência. Em cerca de 12 horas, a membrana nuclear do
óvulo desaparece, permitindo a fusão com os 23 cromossomas do espermatozóide. Forma-se,
assim, o zigoto, diplóide, com 46 cromossomas.
Note-se que o espermatozóide contribui para o zigoto com mais do que os 23 cromossomas
paternos. De fato, pensa-se que o centrossoma, necessário para a organização do fuso mitótico do
zigoto, deriva também do espermatozóide e não do ovócito.

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TESTES

01 – Na urina de uma mulher foi verificada a presença de gonadotrofina coriônica (HCG).


Essa substância indica que a mulher:
a) está menstruada. b) está grávida. c) tem diabetes.
d) tem falta de cálcio. e) tem metabolismo basal baixo.

02 – Em relação reprodução humana, julgue os seguintes itens em verdadeiro ou falso:


_ Os testículos precisam de uma temperatura maior que a corporal para produzirem os
espermatozóides.
_ A obstrução total dos canais deferentes leva à esterilidade masculina.
_ A pílula anticoncepcional torna os espermatozóides menos capazes de fecundar um óvulo,
além de agir na parede do útero, impedindo a fixação do ovo.
_ Os hormônios que regulam o ciclo menstrual geralmente favorecem a ocorrência da ovulação
por volta da metade do ciclo.
_ A formação dos gametas femininos inicia-se na puberdade.

03 - Os hormônios responsáveis pela maior massa muscular nos homens e pela maior
gordura e tecido adiposo nas mulheres são, respectivamente:
a) Luteinizante e Prolactina. b) Testosterona e Estrógeno.
c) Ocitocina e Progesterona. d) Aldosterona e Folículo Estimulante.

04 – Sobre a reprodução humana, todos os itens abaixo estão corretos, exceto:


a) a fecundação ocorre no útero.
b) a espermatogênese ocorre nos testículos.
c) a placenta e responsável pela respiração e nutrição do embrião.
d) na ovulação, rompe-se a parede do ovário e o ovócito e liberado na trompa de Falópio.
e) a clivagem da célula-ovo origina células denominadas blastômeros.

05 – Coloque V para as verdadeiras e F para as falsas:


1. _ Os ovários além de produzir óvulos também produzem hormônios.
2. _ Os ovários só produzem hormônios.
3. _ Os ovários são homólogos aos testículos.
4. _ Os ovários localizam-se na cavidade pélvica
5. _ As tubas uterinas vão do ovário até o útero.
6. _ As tubas dividem-se em 4 partes.
7. _ A estrutura da tuba uterina é igual em toda a sua extensão.
8. _ A fecundação ocorre no istmo da tuba uterina.
9. _ A fecundação ocorre no infundíbulo da tuba uterina.
10. _ A fecundação ocorre na ampola da tuba uterina.
11. _ As fímbrias circundam o óstio interno da tuba uterina.
12. _ O istmo da tuba uterina é mais fino e está em continuação ao útero.
13. _ Se fecundado o óvulo chega ao útero em 7 dias.
14. _ O útero constitui caminho de passagem para espermatozóides.
15. _ O perimétrio é o local de implantação do embrião.
16. _ A parte do útero acima das tubas uterinas denomina-se fundo.
17. _ Normalmente o útero está apoiado na bexiga.

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18. _ Miométrio é a camada média do útero.


19. _ Endométrio é a camada externa do útero.
20. _ Vagina é um órgão fibromuscular.
21. _ Cérvice da vagina circunda o colo do útero.
22. _ A vagina é muito distensível.
23. _ O termo vulva refere-se aos órgãos genitais externos femininos.
24. _ O termo vulva refere-se aos órgãos genitais internos femininos.
25. _ O termo vulva refere-se a todos os órgãos genitais femininos.
26. _ O monte púbico é formado por tecido adiposo e conjuntivo.
27. _ O monte púbico é recoberto por pêlos.
28. _ Os lábios maiores da vulva são cobertos por pêlos.
29. _ O clitóris é homólogo ao pênis.
30. _ O útero é divido em duas partes: fundo e corpo
31. _ As fímbrias captam o óvulo e este pode cair na cavidade pélvica provocando uma
gravidez ectópica.
32. _ A pele e a mucosa da genitália externa é mais clara que o restante da pele do corpo.

DISCUSSIVAS

01 – A figura ao lado mostra acontecimentos que ocorrem no aparelho reprodutor


humano Descreva a os fatos que são ocorridos em I, II, III, IV.

02 – Aponte quais as camadas do útero e suas regiões, explique.

03 – O ciclo menstrual é regulado por hormônios. Explique como ocorre esta regulação, o
período de maior fertilização feminina e as fases desse processo.

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CAPÍTULO 5: ANATOMIA DO SISTEMA NERVOSO

5.1 INTRODUÇÃO AO SISTEMA NEUROENDÓCRINO

O sistema nervoso dos vertebrados pode se; subdividido em central (SNC), periférico (SNP)
e autônomo (SNA). O SNC é constituído pelo encéfalo (massa nervosa situada na caixa craniana)
e medula espinhal
(filamento nervoso que
percorre o interior do canal
raquiano da coluna
vertebral). O encéfalo, por
sua vez, apresenta
basicamente as seguintes
regiões: cérebro,
cerebelo, ponte e bulbo. O
SNP é formado por uma
rede de nervos que se
espalham ao longo de todo
o organismo. O SNA é
dividido em simpático e
parassimpático.

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5.2 TECIDO NERVOSO

O tecido nervoso compreende basicamente dois tipos de celulares: os neurônios e as células glias.
Neurônio: é a unidade estrutural e funcional do sistema nervoso que é especializada para a comunicação
rápida. Tem a função básica de receber, processar e enviar informações. Células Glias: compreende as
células que ocupam os espaços entre os neurônios e tem como função sustentação, revestimento ou
isolamento e modulação da atividade neural.

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Neurônios: são células altamente excitáveis que se comunicam entre si ou com outras
células efetuadoras, usando basicamente uma linguagem elétrica. A maioria dos neurônios possui
três regiões responsáveis por funções especializadas: corpo celular, dentritos e axônios.
O corpo celular: é o centro metabólico do neurônio, responsável pela síntese de todas as
proteínas neuronais. A forma e o tamanho do corpo celular são extremamente variáveis, conforme
o tipo de neurônio. O corpo celular é também, junto com os dendritos, local de recepção de
estímulos, através de contatos sinápticos.
Dendritos: geralmente são curtos e ramificam-se profusamente, a maneira de galhos de
árvore, em ângulos agudos, originando dendritos de menor diâmetro. São os processos ou
projeções que transmitem impulsos para os corpos celulares dos neurônios ou para os axônios. Em
geral os dendritos são não mielinizados. Um neurônio pode apresentar milhares de dendritos.
Portanto, os dendritos são especializados em receber estímulos.
Axônios: a grande maioria dos neurônios possui um axônio, prolongamento longo e fino que
se origina do corpo celular ou de um dendrito principal. O axônio apresenta comprimento muito
variável, podendo ser de alguns milímetros como mais de um metro. São os processos que
transmitem impulsos que deixam os corpos celulares dos neurônios, ou dos dendritos. A porção
terminal do axônio sofre várias ramificações para formar de centenas a milhares de terminais
axônicos, no interior dos quais são armazenados os neurotransmissores químicos. Portanto, o
axônio é especializado em gerar e conduzir o potencial de ação.

Portanto, o sistema nervoso apresenta


três funções básicas:

Função Sensitiva: os nervos sensitivos


captam informações do meio interno e externo do
corpo e as conduzem ao SNC;

Função Integradora: a informação


sensitiva trazida ao SNC é processada ou
interpretada;

Função Motora: os nervos motores


conduzem a informação do SNC em direção aos
músculos e às glândulas do corpo, levando as
informações do SNC.

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5.2.1 SINAPSES

Os neurônios, principalmente através de


suas terminações axônicas, entram em contato com
outros neurônios, passando-lhes informações. Os
locais de tais contatos são denominados sinapses.
Ou seja, os neurônios comunicam-se uns aos outros
nas sinapses – pontos de contato entre neurônios,
no qual encontramos as vesículas sinápticas, onde
estão armazenados os neurotransmissores. A
comunicação ocorre por meio de
neurotransmissores – agentes químicos liberados
ou secretados por um neurônio. Os
neurotransmissores mais comuns são a acetilcolina
e a norepinefrina. Outros neurotransmissores do
SNC incluem a epinefrina, a serotonina, o GABA e
as endorfinas.

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Fibras nervosas: uma fibra nervosa compreende um axônio e, quando presente, seu
envoltório de origem glial. O principal envoltório das fibras nervosas é a bainha de mielina (camadas
de substâncias de lipídeos e proteína), que funciona como isolamento elétrico. Quando envolvidos
por bainha de mielina, os axônios são denominados fibras nervosas mielínicas. Na ausência de
mielina as fibras são denominadas de amielínicas. Ambos os tipos ocorrem no sistema nervoso
central e no sistema nervoso periférico, sendo a bainha de mielina formada por células de Schwann,
no periférico e no central por oligodendrócitos. A bainha de mielina permite uma condução mais
rápida do impulso nervoso e, ao longo dos axônios, a condução é do tipo saltatória, ou seja, o
potencial de ação só ocorre em estruturas chamadas de nódulos de Ranvier.

Nervos: após sair do tronco encefálico, da medula espinhal ou dos gânglios sensitivos, as
fibras nervosas motoras e sensitivas reúnem-se em feixes que se associam a estruturas conjuntivas,
constituindo nervos espinhais e cranianos.

5.2 SNC: MEDULA E CEREBELO

5.2.1 MEDULA ESPINAL


Medula significa miolo e indica o que está dentro. Assim temos a medula espinhal dentro dos
ossos, mais precisamente dentro do canal vertebral. A medula espinhal é uma massa cilindróide de
tecido nervoso situada dentro do canal vertebral sem entretanto ocupá-lo completamente. No
homem adulto ela mede aproximadamente 45 cm sendo um pouco menor na mulher. Cranialmente
a medula limita-se com o bulbo, aproximadamente ao nível do forame magno do osso occipital. O
limite caudal da medula tem importância clinica e no adulto situa-se geralmente em L2. A medula
termina afinando-se para formar um cone, o cone medular, que continua com um delgado filamento
meníngeo, o filamento terminal.
A medula apresenta forma aproximada de um cilindro, achatada no sentido antero-posterior.
Seu calibre não é uniforme, pois ela apresenta duas dilatações denominadas de intumescência
cervical e intumescência lombar.
Estas intumescências medulares correspondem às áreas em que fazem conexão com as
grossas raízes nervosas que formam o plexo braquial e lombossacral, destinados à inervação dos
membros superiores e inferiores respectivamente. A formação destas intumescências se deve pela
maior quantidade de neurônios e, portanto, de fibras nervosas que entram ou saem destas áreas.
A intumescência cervical estende-se dos segmentos C4 até T1 da medula espinhal e a
intumescência lombar (lombossacral) estende-se dos segmentos de T11 até L1 da medula espinhal.
A superfície da medula apresenta os seguintes sulcos longitudinais, que percorrem em toda
a sua extensão: o sulco mediano posterior, fissura mediana anterior, sulco lateral anterior e o sulco
lateral posterior. Na medula cervical existe ainda o sulco intermédio posterior que se situa entre o
sulco mediano posterior e o sulco lateral posterior e que se continua em um septo intermédio
posterior no interior do funículo posterior. Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem
conexão, respectivamente as raízes ventrais e dorsais dos nervos espinhais.
Existem 31 pares de nervos espinhais aos quais correspondem 31 segmentos medulares
assim distribuídos: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo. Encontramos 8
pares de nervos cervicais e apenas 7 vértebras cervicais porque o primeiro
par de nervos espinhais sai entre o occipital e C1.

5.2.2 CEREBELO
O cerebelo, órgão do sistema nervoso supra-segmentar, deriva da
parte dorsal do metencéfalo e fica situado dorsalmente ao bulbo e à ponte,
contribuindo para a formação do tecto do IV ventrículo. Repousa sobre a
fossa cerebelar do osso occipital e está separado do lobo occipital por uma
prega da dura-máter denominada tenda do cerebelo. Liga-se à medula e ao
bulbo pelo pedúnculo cerebelar inferior e à ponte e mesencéfalo pelos
pedúnculos cerebelares médio e superior, respectivamente.

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CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM – MÓDULO II

Do ponto de vista fisiológico, o cerebelo difere fundamentalmente do cérebro porque


funciona sempre em nível involuntário e inconsciente, sendo sua função exclusivamente motora
(equilíbrio e coordenação).

5.3 SNC: TRONCO ENCEFÁLICO E ENCÉFALO

5.3.1 TRONCO ENCEFÁLICO


O tronco encefálico interpõe-se entre a medula e o diencéfalo, situando-se ventralmente ao
cerebelo, ou seja, conecta a medula espinal com as estruturas encefálicas localizadas
superiormente. A substância branca do tronco encefálico inclui tratos que recebem e enviam
informações motoras e sensitivas para o cérebro e também as provenientes dele. Dispersas na
substância branca do tronco encefálico encontram-se massas de substância cinzenta denominadas
núcleos, que exercem efeitos intensos sobre funções como a pressão sangüínea e a respiração. Na
sua constituição entram corpos de neurônios que se agrupam em núcleos e fibras nervosas, que por
sua vez, se agrupam em feixes denominados tratos, fascículos ou lemniscos.
O tronco encefálico é constituído por: Bulbo, ponte e mesencéfalo.

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- Bulbo – situa-se logo acima da medula espinhal e exerce as funções de centro nervoso e
de condutor do impulso nervoso.
Corno centro nervoso, o bulbo
comanda o ritmo
cardiorrespiratório e certos atos
reflexos, como os de deglutição,
sucção, mastigação, vômitos,
tosse, secreção lacrimal e o
piscar.
- Ponte – situa-se acima
do bulbo a abaixo do cérebro;
tem papel de condutor do
impulso nervoso e de centro
nervoso. Neste último caso,
relaciona-se com reflexos
associados às emoções, como o
riso e as lágrimas.
- Mesencéfalo – assim
como o cerebelo está associado
a motricidade, tato epicrítico e
sensibilidade.

5.3.2 DIENCÉFALO

O diencéfalo e o telencéfalo formam o cérebro, que corresponde ao prosencéfalo. O cérebro


é a parte mais desenvolvida do encéfalo e ocupa cerca de 80% da cavidade craniana. O diencéfalo
é uma estrutura ímpar que só é vista na porção mais inferior de cérebro. Ao diencéfalo
compreendem as seguintes partes: tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo, todas relacionadas
com o III ventrículo.

Tálamo
O tálamo, com comprimento de cerca de 3cm, compondo 80% do diencéfalo, consiste em
duas massas ovuladas pareadas de substância cinzenta, organizada em núcleos, com tratos de
substância branca em seu interior.
Em geral, uma conexão de
substância cinzenta, chamada
massa intermédia (aderência
intertalâmica), une as partes
direita e esquerda do tálamo. A
extremidade anterior de cada
tálamo apresenta uma eminência,
o tubérculo anterior do tálamo,
que participa da delimitação do
forame interventricular.
O tálamo serve como uma
estação intermediária para a
maioria das fibras que vão da
porção inferior do encéfalo e
medula espinhal para as áreas
sensitivas do cérebro. O tálamo
classifica a informação, dando-
nos uma idéia da sensação que

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estamos experimentando, e as direciona para as áreas específicas do cérebro para que haja uma
interpretação mais precisa.
São funções do Tálamo:

• Sensibilidade;
• Motricidade;
• Comportamento Emocional;
• Ativação do Córtex;
• Desempenha algum papel no mecanismo de vigília, ou estado de alerta.

Hipotálamo

É uma área relativamente pequena do diencéfalo, situada abaixo do tálamo, com funções
importantes principalmente relacionadas à atividade visceral.
O hipotálamo é parte do diencéfalo e se dispõe nas paredes do III ventrículo, abaixo do sulco
hipotalâmico, que separa o tálamo. Apresenta algumas formações anatômicas visíveis na face
inferior do cérebro: o quiasma óptico, o túber cinéreo, o infundíbulo e os corpos mamilares. Trata -
se de uma área muito pequena (4g) mas, apesar disso, o hipotálamo, por suas inúmeras e variadas
funções, é uma das áreas mais importantes do sistema nervoso.
O hipotálamo é constituído fundamentalmente de substância cinzenta que se agrupa em
núcleos. Percorrendo o hipotálamo existem, ainda, sistemas variados de fibras, como o fórnix. Este
percorre de cima para baixo cada metade do hipotálamo, terminando no respectivo corpo mamilar.
Impulsos de neurônios cujos dendritos e corpos celulares situam-se no hipotálamo são conduzidos
por seus axônios até neurônios localizados na medula espinhal, e em seguida muitos desses
impulsos são então transferidos para músculos e glândulas por todo o corpo.
São funções do Hipotálamo:

Controle do sistema nervoso autônomo;


Regulação da temperatura corporal;
Regulação do comportamento emocional;
Regulação do sono e da vigília;
Regulação da ingestão de alimentos;
Regulação da ingestão de água;
Regulação da diurese;
Regulação do sistema endócrino;
Geração e regulação de ritmos circadianos.

5.3.3 TELENCÉFALO

O telencéfalo compreende os dois hemisférios cerebrais, direito e esquerdo, e uma


pequena linha mediana situada na porção anterior do III ventrículo. Os dois hemisférios cerebrais
são incompletamente separados pela fissura longitudinal do cérebro, cujo o assoalho é formado por
uma larga faixa de fibras comissurais, denominada corpo caloso, principal meio de união entre os
dois hemisférios. Os hemisférios possuem cavidades, os ventrículos laterais direito e esquerdo, que
se comunicam com o III ventrículo pelos forames interventriculares.
Cada hemisfério possui três pólos: frontal, occipital e temporal; e três faces: súpero-lateral
(convexa); medial (plana); e inferior ou base do cérebro (irregular), repousando anteriormente nos
andares anterior e médio da base do crânio e posteriormente na tenda do cerebelo.
Durante o desenvolvimento embrionário, quando o tamanho do encéfalo aumenta
rapidamente, a substância cinzenta do córtex aumenta com maior rapidez que a substância branca
subjacente. Como resultado, a região cortical se enrola e se dobra sobre si mesma. Portanto, a
superfície do cérebro do homem e de vários animais apresenta depressões denominadas sulcos,
que delimitam os giros ou circunvoluções cerebrais. A existência dos sulcos permite considerável
aumento do volume cerebral e sabe-se que cerca de dois terços da área ocupada pelo córtex
cerebral estão “escondidos” nos sulcos.

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Em qualquer hemisfério, os dois sulcos mais importantes são o sulco lateral e o sulco
central.
Sulco Lateral: é o sulco que separa o lobo frontal do lobo temporal. Ele é subdividido em
ascendente, anterior e posterior.
Sulco Central: separa o lobo parietal do frontal. O sulco central é ladeado por dois giros
paralelos, um anterior, giro pré-central, e outro posterior, giro pós-central. As áreas situadas adiante
do sulco central relacionam-se com a MOTRICIDADE, enquanto as situadas atrás deste sulco
relacionam-se com a SENSIBILIDADE.
Ao fim desse conteúdo, gostaria de ilustrar ainda uma imagem com algumas áreas
importantes considerando o telencéfalo como um todo. Como dito anteriormente, a divisão por lobos
e sulcos é apenas didática, pois o cérebro funciona como um todo independente dos lobos, porém
algumas áreas são específicas e bem localizadas, tais como as indicadas na figura:

As meninges são membranas que envolvem o SNC. São elas:


• Epidural
- DURAMÁTER, mais externa e mais rígida, ajuda na proteção dos impactos;
• Subdural
- ARACNÓIDE, se assemelha a uma teia de aranha
• Subaracnóideo – líquor
- PIA-MÁTER, mais interna, está intimamente ligada às estruturas do sistema neural

O líquor é produzido nos ventrículos laterais.Sua Função é:proteção,nutrição e excreção do


SNC. Ela absorve os impactos, impedindo lesões no SNC.

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5.4 SNP: NERVOS, GÂNGLIOS E TERMINAÇÕES NERVOSAS

O Sistema Nervoso Periférico é constituído por uma rede de nervos. Estes podem ser
cranianos (quando partem do encéfalo) e raquidianos (quando partem da medula espinhal). Os
nervos estabelecem a comunicação dos centros nervosos com os órgãos sensoriais (receptores) e
efetores (músculos ou glândulas); de acordo com a direção da transmissão do impulso nervoso,
classificam-se em sensitivos ou aferentes (quando transmitem os impulsos nervosos dos órgãos
receptores até o SNC), motores ou eferentes (quando transmitem os impulsos nervosos do SNC
para os órgãos efetores) e mistos (quando possuem fibras sensitivas e motoras).
Os nervos são constituídos por feixes de fibras nervosas e não contêm corpos celulares dos
neurônios. Os corpos celulares podem ser observados no SNC, nos gânglios nervosos e nos órgãos
sensoriais.

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No cérebro e no cerebelo os corpos celulares dos neurônios situam-se na região superficial,


constituindo a chamada substância cinzenta. Portanto, o córtex cerebral e o córtex cerebelar são
constituídos, basicamente, por vários bilhões de corpos celulares de neurônios. Na região mais
interna prolongamentos das células nervosas, que formam a substância branca. Na medula, na
ponte e no bulbo, dá-se o contrário: a região superficial é formada de substância branca e o interior
dessas estruturas abriga a substância cinzenta, rica em corpos celulares.
Os nervos são classificados como:
- Cranianos: 12 pares
- Espinhais: 31 pares
Os gânglios são um conjunto de substância cinzenta fora do sistema nervoso central. E as
terminações nervosas podem ser classificadas de acordo com sua função como: frio, calor, tato e
pressão.

5.5 SNA: SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO


O sistema nervoso visceral ou neurovegetativo regula as funções viscerais do organismo.
Esse sistema fundamenta na integração das atividades desenvolvidas pelas vísceras e, portanto,
na manutenção da constância do equilíbrio interno, isto é, da homeostase.
O sistema nervoso autônomo simpático é formado por inúmeros gânglios e fibras nervosas
pré-ganglionares e pós-ganglionares. As fibras pré-ganglionares originam-se de neurônios
localizados nas regiões torácica e lombar da medula, e chegam aos gânglios, onde fazem sinapses
com corpos celulares presentes nos órgãos. Dos corpos celulares ganglionares saem as fibras pós-
ganglionares que inervam os órgãos viscerais, liberando neles o neurormônio adrenalina.
Dai essas fibras serem chamadas de adrenérgicas. O sistema nervoso autônomo
parassimpático também é constituído por gânglios e fibras pré-ganglionares e pós ganglionares. As
fibras pré-ganglionares originam-se de neurônios localizados no encéfalo e na medula espinhal), e
as fibras pós-ganglionares liberam nos órgãos viscerais o neurormônio acetilcolina. Por isso, essas
fibras são denominadas colinérgicas.

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5.6 GLÂNDULAS ENDÓCRINAS

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TESTE

01 – Um indivíduo, após sofrer lesão em seu cerebelo poderá desempenhar todas as


funções a seguir, EXCETO:
a) lembrar-se do nome de um amigo.
b) retirar a mão, se espetada por um alfinete.
c) resolver, mentalmente um problema matemático.
d) pular corda.
e) e) ouvir música.

02 - Se uma pessoa sofrer lesão no hipotálamo, é de se esperar que apresente problemas de:
a) memória e inteligência.
b) mastigação, deglutição, fonação.
c) coordenação motora, postura e equilíbrio.
d) visão, audição e olfato.
e) temperatura corporal, sono e apetite.

03 - No homem, o controle dos movimentos respiratórios é exercido:


a) pelo cérebro.
b) pelo cerebelo.
c) pelo bulbo.
d) pela medula.
e) pela hipófise.

04 - Em alguns acidentes em provas automobilísticas, têm-se dado como causa de lesões


sérias ou morte do piloto a desaceleração violenta sofrida pelo encéfalo, mesmo que não
haja fratura da caixa craniana. Porém, há um mecanismo de proteção do encéfalo,
responsável por absorver os choques mecânicos, exercido:
a) pelas meninges.
b) pelo líqüido cefalorraquidiano.
c) somente pela aracnóide.
d) tanto pela aracnóide como pela dura-máter.
e) somente pela dura-máter.

05 - A sinapse é:
a) um tipo de fibra muscular envolvida no processo de contração cardíaca.
b) uma célula sangüínea envolvida na liberação de tromboplastina para o processo de
coagulação.
c) um tipo de reprodução sexuada, que envolve a formação de gametas, realizada por
protozoários ciliados.
d) uma região de contato entre a extremidade do axônio de um neurônio e a superfície de outras
células.
e) um fenômeno que explica o fluxo de seiva bruta em espermatófitas.

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06 - É comum ouvir expressões como estas:


"Meu coração disparou", "Fiquei tão nervoso que comecei a suar", "Senti a boca seca". Estas
reações são características de um estado emocional alterado, e são controladas sob a ação
do(s):
a) sistema nervoso autônomo. b) sistema nervoso somático.
c) hormônios da tireóide. d) nervos do cerebelo. e) centro nervoso medular.

07 – Principal glândula do corpo humano, produz hormônios para estimular outras


glândulas:
a)Hipotálamo. b)Hipocampo. c)Hipófise. d)Hipotireóide. e)Tireóide.

08 – O gráfico representa as variações nos níveis de dois importantes hormônios


relacionados com o cicio menstrual na espécie humana. Qual das alternativas indica
fenômenos que ocorrem, respectivamente, nos momentos 1 e 2 do cicio?

a) amadurecimento do óvulo e ovulação.


b) menstruação e crescimento do endométrio.
c) liberação do óvulo e menstruação.
d) ovulação e formação do corpo amarelo ovariano.
e) menstruação e formação do corpo amarelo
ovariano.

10 – Associe a segunda coluna de acordo com a primeira:

1. testosterona 2. insulina 3. adrenalina 4. tiroxina 5. progesterona


_ tireóide _ ovários _ testículos _ supra-renal (medula) _ pâncreas

A seqüência correta, de cima para baixo, é:


a) 4, 1, 5, 3, 2.
b) 4, 5, 1, 3, 2.
c) 4, 5, 1, 2, 3.
d) 3, 5, 1, 4, 2.
e) 2,1,5,3,4.

11– Associe os hormônios com sua ação principal

1. prolactina 2. Glucagon 3. Tiroxina 4. Ocitocina 5. ADH

_ contrai a musculatura uterina.


_ estimula a quebra do glicogênio a glicose no fígado.
_ estimulante da produção de leite nas glândulas mamárias.
_ controla a excreção de água pelos túbulos renais.
_ eleva o metabolismo basal.

A correta seqüência numérica da segunda coluna, de cima para baixo, de conformidade com a
primeira, é:
a) 5, 3, 2, 1, 4.
b) 4, 2, 1, 5, 3.
c) 3, 4, 2, 1, 5.
d) 2, 1, 3, 5, 4.

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10 – No organismo humano, encontramos glândulas endócrinas (secretam hormônios


diretamente na corrente circulatória) e glândulas exócrinas (secretam substâncias
diretamente para o meio externo ou para o interior de uma cavidade ou órgão). São exemplos
de glândulas endócrinas e exócrinas, respectivamente:
a)glândulas salivares e hipófise.
b)tireóide e glândulas salivares.
c)supra-renais e tireóide.
d)tireóide e hipófise.
e)glândulas lacrimais e supra-renais.

11 – No homem, a glândula endócrina, cuja função é controlar as demais, é:

a) a tireóide.
b) a hipófise.
c) a adrenal.
d) o timo.
e) o pâncreas

12 – Se analisarmos o sangue de um indivíduo em situação de emergência ou perigo, ou


em um momento de raiva ou de susto, poder-se-ia identificar, na corrente sangüínea, o
aumento do seguinte hormônio:
a) ocitocina.
b) gonadotrofina.
c) adrenalina.
d) folículo estimulante.
e) luteína.

13 – A regulação da glicemia, taxa de glicose no sangue, ocorre principalmente graças à


ação conjunta de dois hormônios, a insulina e o glucagon. Com relação a esse controle
hormonal, assinale a alternativa correta:
a) a elevação da taxa de glicose circulante estimula a hipófise, que libera imediatamente insulina
na circulação.
b) o glucagon é considerado um hormônio hiperglicemiante, enquanto a insulina é hipoglicemiante.
c) a insulina e sintetizada no pâncreas, enquanto o glucagon e sintetizado pela tireóide sob estímulo
hipofisário.
d) a insulina promove, após sua liberação, o aumento de glicose circulante, enquanto o glucagon
realiza efeito contrário.
e) o estímulo para a liberação de insulina pelo pâncreas e a queda na taxa de glicose circulante.

14 – O tronco encefálico é formado por:


a)Cérebro, cerebelo, ponte.
b)Mesencéfalo, ponte, bulbo.
c)Cerebelo, ponte, bulbo.
d)Medula, bulbo, cerebelo.
e) NDA

15 – As meninges são :
a)Dura - máter, aracnóide, líquido – raquidiano
b)Dura - máter, pia- máter, aracnóide.
c)Dura - máter, periósteo, pia- máter.
d)Aracnóide, máter, pia – máter.

16 – Funciona de maneira coordenada como o cérebro e tronco encéfalo, controla os


movimentos, a tonicidade muscular e participa na manutenção do equilíbrio do corpo:
a)Diencefálico.
b)Cérebro.
c)Cerebelo.
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d)Hipófise.
e)Tireóide.

17 – Retirar rapidamente o dedo ao espetá-lo num espinho é uma ação comandada pelo
sistema nervoso:
a) autônomo: nervos simpáticos.
b) autônomo: nervos parassimpáticos.
c) autônomo: nervos simpáticos e parassimpáticos.
d) central: medula.
e) central: cérebro.

18 – Considere os seguintes elementos do sistema nervoso:

I. encéfalo III. nervos cranianos


II. medula IV. nervos raquidianos

O sistema nervoso central (SNC) e constituído por:


a) II e III b) I e III. c) III e IV d) II e IV. e) I e II.

DISCUSSIVAS

1 – Descreva quais as divisões do Sistema Neural.

2 – Desenhe esquematicamente um neurônio, coloque suas partes e enumere as funções de


cada parte.

3 – Se em um acidente automobilístico o individuo sofrer secções na medula a nível cervical


o que ocorrerá com o mesmo.

4 – Em um acidente o indivíduo sofre uma lesão no cerebelo o que ocorrerá com o mesmo.

5 – Um individuo sofreu um acidente e teve uma lesão no bulbo, primeira parte do tronco
encefálico, o que ocorrerá com este paciente?

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