Relatório Imunodiagnósticos - Daiane Val

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

DEPARTAMENTO DE MORFOFISIOLOGIA VETERINÁRIA/CCA


CURSO: MEDICINA VETERINÁRIA
DISCIPLINA: IMUNOLOGIA VETERINÁRIA
DOCENTE: MARIA DO SOCORRO PIRES E CRUZ

RELATÓRIO 3: IMUNODIAGNÓSTICO (DPP E ELISA)

DAIANE VAL DE MELO SOUZA

TERESINA, 2024
INTRODUÇÃO

A leishmaniose visceral canina é uma doença parasitária causada pelo


protozoário Leishmania infantum. Transmitida por mosquitos flebotomíneos, ela
afeta cães e pode ser transmitida aos humanos. Os sintomas incluem perda de
peso, fraqueza e lesões na pele.
O teste DPP (Dual Path Platform) é uma técnica imunocromatográfica utilizada
para diagnosticar a leishmaniose visceral canina. Ele é projetado para detectar a
presença de anticorpos anti-Leishmania no sangue do cão. O teste é baseado na
interação entre antígenos específicos de Leishmania e os anticorpos presentes no
soro sanguíneo do animal. Se anticorpos contra o parasita estiverem presentes,
uma linha colorida aparecerá, indicando um resultado positivo.
O objetivo da atividade foi identificar se as amostras de três animais
apresentavam resultados negativos ou positivos para leishmaniose, utilizando o
Teste DPP.
MATERIAIS E MÉTODOS

1. Suporte DPP com Proteínas Recombinantes K28 de Leishmania chagasi e


Proteína A Conjugada ao Ouro Coloidal, absorvidos em Membranas de
Nitrocelulose;
2. Tampão de corrida;
3. Soro, plasma e sangue;
4. Luvas;
5. Conjugado concentrado;
6. Micropipetador calibrado;
7. Lancetas descartáveis.
8. Alças coletoras;

PROCEDIMENTO

A amostra de soro foi aplicada no poço utilizando um micropipetador, seguido pela


adição de 2 gotas de tampão de corrida para facilitar a ligação dos antígenos e
anticorpos. Após 5 minutos, foram adicionadas 5 gotas de tampão de corrida na
área do tampão, aguardando-se 15 minutos. Durante esse período, o conjugado se
une aos anticorpos específicos, resultando em uma linha avermelhada na área do
teste em caso de presença de anticorpos para Leishmania. A ausência de
anticorpos resulta na não visibilidade da linha avermelhada na área do teste.
Independentemente do resultado, uma linha avermelhada na área de controle é
esperada, indicando a condição adequada dos reagentes.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Por meio do método micromacroscópico e tiras de nitrocelulose, realizamos um
teste para analisar os antígenos no fluido biológico, visando detectar a presença de
um antígeno específico relacionado a uma doença.
Durante o teste, a adição de cinco gotas de soro a um poço, seguidas por duas
gotas de tampão de corrida, provocou o deslocamento do soro. Após a introdução
de mais quatro gotas de tampão, observou-se o movimento do fluido em direção à
área contendo anticorpos imunoenzimados.
A detecção bem-sucedida do deslocamento do soro e a migração do fluido para a
área com anticorpos imunoenzimados sugerem a presença do antígeno específico
relacionado à doença em questão. Esses resultados indicam a eficácia do teste na
identificação do antígeno-alvo no fluido biológico, fornecendo informações valiosas
para diagnóstico e monitoramento da condição de interesse.

1. Suporte DPP composto por dois poços (zona de aplicação) e membrana de


Nitrocelulose;
2. Amostra sorológica do paciente;

3. Conjugado Concentrado;
4. Solução de Tampão de Corrida;

5. Suporte DPP com resultado positivo para presença de antígenos da leishmaniose


visceral canina (presença das linhas de Teste e de Controle)
CONCLUSÃO:
A partir deste experimento, é possível concluir que a metodologia empregada,
utilizando o teste de suporte com os componentes de existência, proporcionou
resultados indicativos. A presença de duas linhas de teste nos dois poços sugere a
validação dos elementos analisados, reforçando a eficácia do procedimento na
detecção dos componentes em questão. Essa observação positiva respalda a
confiabilidade do método para verificar a existência dos elementos específicos
analisados no experimento.

REFERÊNCIAS:
TIZARD, Ian R. Imunologia veterinária. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.

TORRES, Ane Pamela Capucci. Programa de orientação para controle de


Leishmaniose Visceral canina. 2017

SCHIMMING, Bruno Cesar et al. Leishmaniose visceral canina: revisão de literatura.


Revista científica eletrônica de medicina veterinária, p. 1-17, 2012.

Imagens: arquivo pessoal


INTRODUÇÃO

O teste ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay) é uma técnica


imunoenzimática utilizada para detectar a presença de substâncias específicas,
como antígenos ou anticorpos, em amostras biológicas. O ELISA é amplamente
empregado em laboratórios de diagnóstico para identificar diversas condições,
incluindo infecções, alergias, e até mesmo para avaliação de processos de
produção em biotecnologia.

O procedimento básico do ELISA envolve a fixação do antígeno (ou anticorpo) alvo


em uma superfície sólida, como um poço de microplaca. Em seguida, a amostra
biológica é adicionada, permitindo que os componentes específicos presentes na
amostra interajam com o antígeno (ou anticorpo) fixado. Após lavagem para
remover materiais não ligados, um segundo anticorpo marcado com uma enzima é
adicionado.

Se o antígeno (ou anticorpo) de interesse estiver presente na amostra, o segundo


anticorpo se ligará, formando um complexo antígeno-anticorpo-enzima. A detecção
ocorre pela adição de um substrato para a enzima, resultando na produção de um
produto colorido ou fluorescente. A intensidade da cor ou da fluorescência é
proporcional à quantidade de antígeno ou anticorpo presente na amostra.

O ELISA pode ser realizado em diferentes formatos, como indireto, direto,


competitivo ou sanduíche, adaptando-se à natureza do alvo a ser detectado. Essa
versatilidade torna o teste ELISA uma ferramenta valiosa em pesquisa biomédica e
diagnóstico clínico.
MATERIAIS E MÉTODOS

1. Placa Sensibilizada - contendo Placa de poliestireno dividida em 12 tiras xom


8 poços cada, impregnada com antígeno recombinante de L. infantum;
2. Conjugado concentrado (100X) -Soluçãode anticorpo anti-IgG de cão ligado a
peroxidase;
3. Lavagem concentrada (20X)
4. Substrato TBM;
5. Solução de parada;
6. Pipetas

PROCEDIMENTO

Preparação Prévia:
Os poços foram impregnados com antígeno de Leishmania. Em seguida, foram
pipetados soros positivos e negativos nos poços designados, e o conjugado
(anticorpos com enzima) foi adicionado nos poços correspondentes.

Procedimento Principal:
Foi pipetado 100 μl de conjugado diluído em cada poço, foi homogeneizado e
foram cobertas as cavidades com selador de placas, incubando por 30 minutos à
temperatura ambiente. Após uma lavagem nos poços, foram pipetados 100 μl de
substrato e TMB em cada poço, foram cobertos novamente e incubados por 10
minutos. Nesse período, foi observada a mudança de cor (transparente para azul)
em alguns poços, indicativa da reação antígeno-anticorpo-enzima. Finalizou-se
pipetando 100 μl de solução de parada de ácido sulfúrico em cada poço,
aguardando mais 10 minutos para interromper a reação enzimática.
1.Placa de teste ELISA após lavagem e adição de substrato enzimático (é possível
observar a mudança de cor em alguns poços)

RESULTADO E DISCUSSÕES

O teste de ELISA, conduzido mediante ao procedimento das amostras, revelou os


seguintes resultados para a interação de antígenos-anticorpos, associados à
mudança de coloração de azul para amarelo:

● Amostra A: Resultado positivo;


● Amostra B: Resultado negativo;
● Amostra C: Resultado positivo;
● Amostra D: Resultado negativo;
● Amostra E: Resultado negativo;
● Amostra F: Resultado negativo.

Esses achados indicam a presença de anticorpos específicos em amostras A e C,


enquanto as amostras B, D, E e F apresentaram resultados negativos. A mudança
de coloração para amarelo sugere uma reação positiva à presença do antígeno de
interesse.
As soluções nas microcavidades foram amostradas para a leitura das absorbâncias
em duplo comprimento de onda, 450nm/630nm, dentro do intervalo de 10 minutos
(positivo exibindo coloração amarela e negativo permanecendo transparente).

CONCLUSÃO:

A partir deste experimento, é possível concluir que o teste de ELISA aplicado às


amostras revelou resultados distintos na interação de antígenos-anticorpos. As
amostras A e C demonstraram uma resposta positiva, indicando a presença de
anticorpos específicos, enquanto as amostras B, D, E e F apresentaram resultados
negativos.

Esses achados sugerem a variabilidade na presença do antígeno de interesse nas


diferentes amostras analisadas. A mudança de coloração de azul para amarelo
corrobora a reação positiva, reforçando a eficácia do teste na detecção da interação
entre antígenos e anticorpos.
REFERÊNCIAS:

FERREIRA, Paulo RB et al. Teste de ELISA indireto para diagnóstico sorológico de


leishmaniose visceral em canídeos silvestres. Pesquisa Veterinária Brasileira, v. 33,
p. 528-534, 2013.

Imagens: arquivo pessoal.

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