Biologia 12º Ano
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Biologia 12º Ano
Regulação Hormonal
Regulação hormonal feminina / Controlo hormonal feminino
Na mulher:
O sistema reprodutor feminino funciona pela sincronização dos dois ciclos: Ciclo
uterino e ciclo ovárico.
Ao contrário da espermatogénese, a oógenese e os fenómenos associados ocorrem
em ciclos periódicos de cerca de 28-29 dias, desde a puberdade até à menopausa.
Ciclo Ovárico
Ocorre em duas fases distintas separadas pela ovulação: Fase Folicular e Fase
Luteínica (influenciado pelas hormonas hipofisárias FSH e LH)-
Alguns folículos primordiais (cerca de 15-20) desenvolvem-se, mas normalmente
apenas um atinge a maturação enquanto os outros degeneram.
Após a ovulação, a fase luteínica inicia-se com a formação do corpo lúteo, que
regride na ausência de fecundação.
Biologia 12 - Larissa A.
Ciclo Uterino
Está relacionado com modificações do endométrio no útero.
Caso não ocorra fecundação no ciclo anterior, na fase menstrual, o corpo lúteo
atrofia, inibindo a produção de progesterona e estrogénio, o que provocará a
desagregação da maior parte da camada funcional do endométrio, com ocorrência
de hemorragias. Estas hemorragias, em conjunto com os restos da mucosa,
designados por menstruação, formam um fluxo que dura cerca de 5 dias.
Fase Pré-Ovulatória
Em cada ciclo sexual que se inicia, o hipotálamo segrega a hormona GnRH, que vai
induzir a produção, na hipófise, de pequenas quantidades de LH e FSH.
As células dos folículos primordiais imaturos com receptores ativos para a FSH, mas
NÃO para a LH, são estimulados e crescem libertando estrógenio.
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O aumento dos níveis de estrogénio no sangue inibe a libertação de GnRH (ao nível
do hipotálamo), que, por sua vez, inibe a produção das hormonas hipofisárias, por
um mecanismo de feedback negativo.
Fase Ovulatória
Os folículos agora possuem recetores para a LH.
O pico de concentração de LH, causado pela elevada concentração de
estrogénio, promove a ovulação e a libertação do oócito II, como consequência do
rompimento do folículo ovárico.
Fase Pós-Ovulatória
As células foliculares que restam no ovário pós ovulação, na presença da LH,
transformam-se no corpo lúteo (ou corpo amarelo).
Fecundação
Condições necessárias para ocorrer fecundação
➢ Ocorrência de ovulação;
➢ Deslocação do oócito II nas trompas
➢ Espermatogénese
➢ Ocorrência de relações sexuais
➢ Deslocação dos espermatozóides até às trompas (secreções vaginais, muco
cervical)
➢ Atração química dos gâmetas
Cariogamia
Cariogamia é a fusão das membranas dos núcleos gaméticos no decorrer da
fecundação. Os cromossomas haploides de cada gâmeta são agrupados num só
núcleo, que passa a ser diploide.
Etapas da fecundação
1. Libertação de substâncias químicas, pelo oócito II, que atraem os
espermatozoides.
2. Os espermatozóides atravessam as células foliculares e atingem a zona
pelúcida, ligando-se a recetores específicos existentes nessa zona.
3. Desencadeia-se a reação acrossómica, isto é, por exocitose libertam-se as
enzimas hidrolíticas, existentes no acrossoma, que vão degradar a zona
pelúcida e permitir a fusão da membrana plasmática dos dois gâmetas.
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Figura 3. Fecundação.
O muco cervical, rico em fibras, é produzido pela vagina e pelo colo do útero (cérvix)
e influencia a mobilidade dos espermatozoides.
No período fertil:
➢ A quantidade de muco produzido é elevada e o muco é pouco viscoso
(elevada percentagem de água).
➢ A rede de fitas glicoproteicas forma canais alongados que facilitam a
deslocação dos espermatozoides.
Elevados valores da hormona HCG acabam por exercer uma retroação negativa
sobre o complexo hipotálamo-hipófise, não ocorrendo, assim, uma nova evolução
folicular.
Para além destes fatores hormonais (HORMONAL), a pressão exercida pelo feto
sobre o colo do útero, desencadeia o aparecimento das primeiras contrações
uterinas. (NEURO).
Dicionário
Reação acrossómica: A reação acrossómica é um dos passos preponderantes para que
ocorra a fertilização. Esta reação consiste na libertação/exocitose de enzimas hidrolíticas
presentes numa vesícula do espermatozóide (denominada acrossoma) que degradam a
zona pelúcida do oócito e permite a fusão das membranas do espermatozóide e oócito.
Esta reação é induzida pela ativação de recetores membranares do espermatozóide através
da ligação de proteínas da zona pelúcida.