UNISINOS Pós - Aula - Psicopatologia Forense

Profª. Me.
Sarah Reis Puthin
Especialização em Psicologia Jurídica

Psicopatologia Forense
✓ Psicologia Forense
ROTEIRO
✓ Ciências Criminais
✓ Psicologia Criminal
✓ Psicopatologia Forense
✓ Práticas em Psicologia Criminal

Psicologia
Forense
3
Ciências
Criminais
4
Penal, Sistema
Direito Ciências CriminaisPenal e
Psicologia Criminal
?
? ?
CRIME
?
?
Crime
Ciências Criminais

Fenômeno humano  social
Crime
Ciências Criminais

A história do crime inicia com a própria
história da humanidade
Crime
Ciências Criminais

É a manifestação de algo que a sociedade não
quer ver acontecido, dispondo da pena como
instrumento posterior ao seu acontecimento.
Qual área do Direito se dedica ao crime?
Ciências Criminais
Direito Penal
? ?
?
CriminaisPenal e
Direito Penal
Psicologia Criminal
 Ramo do Direito público dedicado às

Penal, Sistema
normas emanadas pelo Poder Legislativo para reprimir

os delitos, lhes imputando penas com a finalidade de
Direito Ciências
preservar a sociedade e proporcionar o seu

desenvolvimento.
Direito Criminal
Direito Penal
CriminaisPenal e
Psicologia Criminal
Crime
Penal, Sistema
 Resultado de uma ação ou omissão que se

Direito Ciências
consideram criminosas e, para o serem,

devem produzir um dano efetivo ou potencial,
lesão ou perigo de lesão de um bem ou
interesse juridicamente tutelado.
Direito Penal
CriminaisPenal e
Psicologia Criminal
Crime Delito
Penal, Sistema
Teoria do Delito
Direito Ciências
 As teorias do delito foram desenvolvidas

para melhor explicar o crime e seus diferentes
aspectos na dogmática jurídico-penal.
Penal, Sistema
Psicologia Criminal
Crime
Conduta
Ilícita
Típica
Culpável
Culpável  Culpabilidade
Ciências Criminais
 Imputabilidade
 Exigibilidade de Conduta Adversa
 Potencial Consciência da Ilicitude

Imputabilidade Penal  É a capacidade
Ciências Criminais
mental de, ao tempo da ação ou omissão,

entender o caráter ilícito do fato e
determinar-se de acordo com esse
entendimento.
Código Penal Brasileiro
TÍTULO III
Ciências Criminais
DA IMPUTABILIDADE PENAL
Inimputáveis
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença
mental ou desenvolvimento mental incompleto ou
retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão,
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do
fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.
CriminaisPenal e
Sistema Penal: Controle social

Psicologia Criminal
Penal, Sistema
punitivo institucionalizado que

atua desde a ocorrência (ou
Direito Ciências
suspeita de ocorrência) de um
delito até a execução da pena.
Penal, Sistema
Psicologia Criminal
Sistema Penal
Policial
Judicial
Executivo
O direito penal e processual penal e o sistema
Sistema Penal
de justiça penal constituem, no âmbito de um
Ciências Criminais
Estado Democrático de Direito, mecanismos

normativos e institucionais para minimizar e
controlar o poder punitivo estatal, de tal forma
que o objetivo de proteção dos cidadãos contra
o crime seja ponderado com o interesse de
proteção dos direitos fundamentais do acusado.
Criminologia
Ciências Criminais
Direito Direito
Processual
Penal Penal
Ciências
Criminais
 Conjunto de conhecimentos
Criminologia interdisciplinar que estudam o
Ciências Criminais
fenômeno do crime.
 Estuda: causas e fatores envolvidos na

criminalidade, comportamento e personalidade
do criminoso, vitimologia, entre muitos outros
temas da área criminal.
Criminologia
Ciências Criminais
Psicologia
Criminal
Psicologia
Criminal
23
CriminalPenal e
Psicologia Criminal Área da

Psicologia Criminal
Psicologia que tem como objetivo

Penal, Sistema
compreender os crimes e os
DireitoPsicologia
comportamentos e questões subjetivas que

estes envolvem, constituindo uma interface
entre Direito Penal e Psicologia.
CriminalPenal e
Psicologia Criminal
Psicologia Criminal
Penal, Sistema
 Objetivos: investigar, compreender e explicar o

comportamento criminal e os diferentes fatores
DireitoPsicologia
envolvidos no delito.
Psicologia Criminal
CriminalPenal e
Histórico
Psicologia Criminal
Penal, Sistema
 O histórico inicial da área da Psicologia Jurídica

DireitoPsicologia
enfatiza a aproximação da Psicologia e do Direito por

meio da área criminal e da prática da avaliação
psicológica.
Psicologia Criminal
CriminalPenal e
Histórico
Psicologia Criminal
Penal, Sistema
 Diversos autores divergem quanto à origem da

DireitoPsicologia
Psicologia Criminal, pois não existe um único marco

histórico que defina esse momento.
Século Século Século

XIX XX XXI
Psicologia Criminal
CriminalPenal e
Histórico
Psicologia Criminal
Penal, Sistema
 Para muitos, a origem da Psicologia Jurídica data

DireitoPsicologia
do início do século XIX, na Europa, quando médicos

eram chamados por juízes para desvendarem o
‘‘enigma”, em termos subjetivos, de crimes.
Psicologia Criminal
CriminalPenal e
Histórico
Psicologia Criminal
Penal, Sistema
DireitoPsicologia
Psicologia e Crime

XIX XX XXI
Psicologia Criminal
CriminalPenal e
Histórico
Psicologia Criminal
Penal, Sistema
 Certos autores consideram o ano de 1868 como

marco do surgimento da Psicologia Criminal 
DireitoPsicologia
quando o médico francês Despine escreveu sobre

estudos de casos de criminosos da época – sendo
considerado por muitos o pai da Psicologia Criminal.
Psicologia Criminal
CriminalPenal e
Histórico
Psicologia Criminal
Penal, Sistema
DireitoPsicologia
Psicologia Criminal

XIX XX XXI
Psicologia Criminal
CriminalPenal e
Histórico
Psicologia Criminal
Penal, Sistema
 No fim do século XIX, a Criminologia surge no

DireitoPsicologia
cenário das ciências humanas como o saber que viria

dar conta do estudo da relação entre o crime e o
criminoso, estudando causas e fatores da
criminalidade, bem como a personalidade e a
conduta do “delinquente”.
Psicologia Criminal
CriminalPenal e
Histórico
Psicologia Criminal
Penal, Sistema
DireitoPsicologia
Criminologia

XIX XX XXI
Psicologia Criminal
CriminalPenal e
Psicologia Criminal
Histórico
Penal, Sistema
 Um importante autor da história

DireitoPsicologia
da área é Cesare Lambroso 

criador da “Antropologia Criminal”.
Psicologia Criminal
CriminalPenal e
Histórico
Psicologia Criminal
Penal, Sistema
 Lambroso propôs a “Teoria do Criminoso Nato” - certas

DireitoPsicologia
características físicas encontradas em alguns indivíduos

atestariam sua pré-disposição à vida criminosa.
Psicologia Criminal
CriminalPenal e
Histórico
Psicologia Criminal
Penal, Sistema
 A partir do final do século XIX, a Psicologia

DireitoPsicologia
Criminal começou a crescer.
Psicologia Criminal

XIX XX XXI
Psicologia Criminal
CriminalPenal e
Histórico
Psicologia Criminal
Penal, Sistema
 A área da Psicologia Criminal se

DireitoPsicologia
consolidou com o psicólogo Lionel

Haward, após a Segunda Guerra
Mundial, em que este, como
psicólogo, começou a construir perfis
com características de criminosos,
especialmente do regime nazista.
Psicologia Criminal
CriminalPenal e
Histórico
Psicologia Criminal
Penal, Sistema
DireitoPsicologia
Psicologia Forense

XIX XX XXI
Psicologia Criminal
CriminalPenal e
Histórico
Psicologia Criminal
Penal, Sistema
 Posteriormente, o FBI criou o Centro Nacional de

DireitoPsicologia
Análise de Crimes Violentos e a Unidade de Ciência

Comportamental, com o objetivo principal de
aumentar a probabilidade de resolução dos casos
criminais mais complexos.
Psicologia Criminal
CriminalPenal e
Histórico
Psicologia Criminal
Penal, Sistema
DireitoPsicologia
Criminal Profiling

XIX XX XXI
Psicologia Criminal
CriminalPenal e
Histórico
Psicologia Criminal
Penal, Sistema
 Na década de 80, o psicólogo britânico David

DireitoPsicologia
Canter desenvolveu a “Psicologia Investigativa”,

com o objetivo de colaborar com a polícia,
abordando os crimes de um ponto de vista mais
rigoroso e científico, construindo e investigando
perfis de indivíduos.
Psicologia Criminal
CriminalPenal e
Histórico
Psicologia Criminal
Penal, Sistema
DireitoPsicologia
Psicologia Investigativa

XIX XX XXI
Psicologia Criminal
CriminalPenal e
Histórico
Psicologia Criminal
Penal, Sistema
 Na atualidade, a área de Psicologia Criminal se

DireitoPsicologia
desenvolve a partir de diferentes vertentes e ênfases

de estudo do comportamento criminal.

XIX XX XXI
Psicologia Criminal
CriminalPenal e
Psicologia Criminal
Crime
Penal, Sistema
DireitoPsicologia
Criminoso
Psicologia Vítima
Criminal
Contexto
Psicologia Criminal
CriminalPenal e
Crime
Psicologia Criminal
Penal, Sistema
DireitoPsicologia
Psicologia
Criminal
Ciências
Psicologia
Criminais
Psicopatologia
Forense
46
Penal e
Forense
Psicologia Criminal
Penal, Sistema
Psicopatologia
O conhecimento da
Psicopatologia aplicado às
demandas forenses/jurídicas.
Direito
Transtornos Comportamento
Mentais violento
 O comportamento violento está associado a fatores

contextuais e individuais.
Contextuais Individuais
Como, por exemplo, Como a presença de
condições sociais, acesso e transtornos de personalidade,
adequação de tratamento transtornos relacionados ao
psiquiátrico, ... uso de álcool e/ou drogas, ...
A relação entre transtornos mentais graves e criminalidade
é mais complexa e não de simples causalidade.
O crime não é consequência do transtorno mental!

Crimes frequentemente ligados a transtornos mentais:
 Filicídio
 Parricídio
 Crimes sexuais
 Crimes muito violentos

 Diferentes fatores - como idade, condições

socioeconômicas e criminalidade prévia - são
relevantes para entender o crime/criminoso; assim
como outros fatores potencialmente tratáveis -
como abuso de substâncias, uso regular de
medicamentos e transtornos mentais.
Transtornos de Personalidade
Transtornos do Controle dos Impulsos e da Conduta
Transtornos Relacionados a Substâncias e Aditivos
Transtornos Psicóticos
Transtornos Parafílicos
Transtorno de Personalidade Antissocial e Psicopatia
ou
TPAS
Psicopatia
Transtorno de Personalidade Antissocial (DSM-V) 

também já foi referido como psicopatia, sociopatia
ou transtorno de personalidade dissocial.
Transtorno de Personalidade Antissocial

 A característica essencial do TPAS é um padrão invasivo de
desrespeito e violação dos direitos dos outros, que inicia na
infância ou começo da adolescência e continua na idade
adulta.
Atitudes desde os 15 anos Diagnóstico a partir de 18 anos
 Esse comportamento é marcado pela violação dos

regulamentos e das normas sociais, indiciando por pequenas
mentiras e pequenos furtos até condutas extremas de
violência.
 Desrespeitam os desejos, direitos e sentimentos alheios.
 Frequentemente enganam ou manipulam os outros, a fim

de obter vantagens pessoais e/ou prazer.
 Os indivíduos com TPAS não se conformam às normas

legais.
DSM-V

Psicopatia  No DSM-V não há categoria específica a este

transtorno, sendo algumas características em comum à
Psicopatia descritas no TPAS.
 Na CID-10, os critérios para Psicopatia são descritos

no TPAS.
Psicopatia
 A Psicopatia é definida por meio de traços de
personalidade e comportamentos sociais desviantes.
 É caracterizada por um conjunto de características
afetivas e relacionais, com a violação de regras e normais
sociais.
Psicopatia
 Algumas características da personalidade psicopática:
- Ausência de culpa e remorso
- Incapacidade de sentir empatia
- Superficialidade emocional
Psicopatia
 Ainda não se tem dados consolidados sobre a etiologia do
transtorno.
 Em geral, adultos psicopatas apresentaram transtorno de
conduta quando jovens, porém o inverso nem sempre
ocorre.
Psicopatia
 A Psicopatia assume sua ocorrência baseada em critérios
relacionados ao comportamento afetivo e interpessoal,
além de amostras de comportamento criminal.

Componente afetivo deficitário
Psicopatia
 Para a maioria dos autores da área, o psicopata pode ser
considerado completamente consciente sobre suas atitudes
e plenamente capaz de responder de responder suas ações
(HARE, 2013).
Psicopatia TPAS
- Fator nuclear: déficit afetivo - Critério afetivo não é critério
 Insensibilidade emocional diagnóstico;
- Ênfase no relacionamento - Ênfase no comportamento
interpessoal; desviante;
- Frieza - Maiores níveis de - Irritabilidade e agressividade
agressão proativa;  agressões físicas;
Serial Killers
 Assassinato em série  “três ou mais eventos separados

em três ou mais locais separados com um período de
resfriamento emocional entre os homicídios” (definição do
Manual de Classificação de Crimes do FBI).

Conceito é criticado por diferentes autores da área criminal
Serial Killers
Assassinato em série
Uma série de homicídios durante um período de tempo com

alguns dias de intervalos entre eles
Insensibilidade, falta de apreensão do significado afetivo e
características de crueldade
Premeditação dos atos, motivos (especialmente ausência destes)
e grande número de vítimas
Serial Killers
 O mais importante para definir se o crime foi praticado

por um serial killer não é a quantidade, e sim o motivo
(falta deste) e os rituais no cometimento dos crimes.
 Diferente de outros tipos de assassinatos, o motivo do
crime estaria ligado ao desejo do assassino de exercer
controle ou dominação sobre suas vítimas.
Transtornos Disruptivos

Transtornos Disruptivos (DSM-V)  incluem condições

que envolvem problemas de autocontrole de
emoções e de comportamentos.
 Esses problemas se manifestam em comportamentos que
violam os direitos dos outros (p. ex., agressão, destruição de
propriedade) e/ou colocam o indivíduo em conflito
significativo com normas sociais ou figuras de autoridade.
 Transtorno de oposição desafiante
 Transtorno explosivo intermitente
 Transtorno da Conduta
 Piromania
 Cleptomania
DSM-V
DSM-V
DSM-V
DSM-V
DSM-V
DSM-V
DSM-V
Transtornos por Uso de Substâncias (DSM-V) 

sintomas relativos ao uso contínuo de substâncias
(divididas em 10 classes).
Transtornos por Uso de Substâncias

 A característica essencial desse transtorno consiste na
presença de um agrupamento de sintomas cognitivos,
comportamentais e fisiológicos indicando o uso contínuo
pelo indivíduo apesar de problemas significativos
relacionados à substância.
Classes de Substâncias:
 Álcool  Sedativos, Hipnóticos
 Cannabis ou Ansiolíticos
 Alucinógenos  Estimulantes
 Inalantes  Tabaco
 Opioides  Outras substâncias

Transtornos por Uso de Substâncias:
 Transtorno por Uso
 Intoxicação
 Abstinência
 Outros transtornos
Transtornos Psicóticos (DSM-V)  inclui esquizofrenia,

outros transtornos psicóticos e transtorno (da
personalidade) esquizotípica.
Esquizofrenia e Transtornos Psicóticos

 Esses transtornos são definidos por anormalidades em um
ou mais dos cinco domínios a seguir: delírios, alucinações,
pensamento (discurso) desorganizado, comportamento
motor grosseiramente desorganizado ou anormal (incluindo
catatonia) e sintomas negativos.
DSM-V
DSM-V
Esquizofrenia e Transtornos Psicóticos

 Para indivíduos com transtornos psicóticos,
considera-se que a própria condição psicopatológica
seja fator de risco para comportamento violento.
Contudo, o transtorno psicótico não significa o
cometimento de crime (ou comportamento criminal)!
Transtornos Parafílicos (DSM-V)  Relativo a

parafilias ou perversões sexuais  Uma parafilia é
condição necessária, mas não suficiente, para que se
tenha um transtorno parafílico.
 O termo parafilia representa qualquer interesse sexual
intenso e persistente que não aquele voltado para a
estimulação genital ou para carícias preliminares com
parceiros humanos que consentem e apresentam fenótipo
normal e maturidade física.
 Um transtorno parafílico é uma parafilia que está causando
sofrimento ou prejuízo ao indivíduo ou uma parafilia cuja
satisfação implica dano ou risco de dano pessoal a outros.
 Transtorno voyerista
 Transtorno exibicionista
 Transtorno frotteurista
 Transtorno do masoquismo sexual
 Transtorno do sadismo sexual
 Transtorno pedofílico
 Transtorno fetichista
 Transtorno transvéstico
 Outros não inclusos no DSM-V

 Os oito transtornos listados não esgotam a lista de
possíveis transtornos parafílicos.
 Esses transtornos constam no DSM por duas razões
principais: são relativamente comuns em comparação com
outros transtornos parafílicos; e alguns deles implicam ações
para sua satisfação que, devido à característica nociva e ao
dano potencial a outros, são classificadas como delitos
criminais.
DSM-V
DSM-V
DSM-V
DSM-V
DSM-V
Transtorno Pedofílico  Abuso Sexual Infantil

 Abuso Sexual Infantil  Abrange qualquer ato sexual
envolvendo uma criança, com intenção de propiciar
gratificação sexual a um adulto (DSM-V).
Outros transtornos
Síndrome de Munchausen por Procuração

 O termo descreve a criança e/ou adolescente cuja
o responsável produz histórico de doença e sustenta
tal histórico por meio de sinais e sintomas
fabricados, ou mesmo pela alteração de testes
laboratoriais.
DSM-V
Outros transtornos
Transtorno de Estresse Pós-Traumático

 Um distúrbio da ansiedade caracterizado por um
conjunto de sinais e sintomas físicos, psíquicos e
emocionais em decorrência de o portador ter sido
vítima ou testemunha de atos violentos ou de
situações traumáticas que, em geral, representaram
ameaça à sua vida ou à vida de terceiros.
DSM-V
DSM-V
DSM-V
Outros transtornos
Síndrome de Estocolmo
 Estado psicológico particular em que uma pessoa,
submetida a um tempo prolongado de intimidação
(como, por exemplo, sequestro), passa a ter simpatia
e/ou até mesmo um sentimento afetivo quanto a
seu agressor.
 Embora as evidências estatísticas e empíricas

demonstrem ligação entre transtornos mentais
graves e comportamento violento, isso representa
uma pequena proporção da violência presente na
comunidade.
 Em países com altos índices de violência, como o

Brasil, a violência e a criminalidade têm intensa
associação com a precariedade de condições
socioeconômicas.
 Sendo menos associadas a Psicopatologias.
 É importante enfatizar que a conduta criminosa

constitui processo sociocultural, visto que os
indivíduos com transtornos mentais se inserem
neste cenário.
O transtorno mental pode funcionar como

facilitador de comportamento violento, não
como gerador de conduta criminal, por si só.
Imputabilidade  Inimputabilidade
Imputabilidade  condição psíquica da
punibilidade  condição de quem tem aptidão
para realizar com pleno discernimento um ato, ou
seja, representa a imputabilidade uma relação de
causalidade psíquica entre o fato e o seu autor.
 Responsabilidade  existência dos pressupostos

psíquicos pelos quais alguém é chamado a
responder penalmente pelo crime que praticou.
 Ao cometer um delito, um indivíduo considerado:
Responsável será submetido a uma pena
Inimputável será aplicada uma medida de segurança

Práticas em
Psicologia Criminal
11
6
Psicologia Criminal
CriminalPenal e
Práticas da Psicologia no contexto jurídico-criminal:

Psicologia Criminal
Ψ Pesquisa Científica
Penal, Sistema
Ψ Perícia Psicológica Criminal

DireitoPsicologia
Ψ Práticas diversas no Sistema Prisional

Ψ Depoimento Especial
Ψ Criminal Profiling
Ψ [...]
Psicologia Criminal
CriminalPenal e
Pesquisa Científica
Psicologia Criminal
Penal, Sistema
Ψ O psicólogo com interesse na área criminal

pode se dedicar a pesquisas sobre os diferentes
DireitoPsicologia
temas da área
Psicologia Criminal
CriminalPenal e
Perícia Psicológica
Psicologia Criminal
Penal, Sistema
Ψ No contexto jurídico-criminal, são realizadas

Avaliações Psicológicas tanto da vítima (ex. dano
DireitoPsicologia
psíquico) como do acusado (ex. imputabilidade penal).
Vítima
Perícia Acusado
Psicológica
Psicologia Criminal
CriminalPenal e
Psicologia Criminal
Penal, Sistema
Ψ No Brasil, a avaliação do acusado não é comum

DireitoPsicologia
em casos gerais.
 Quando há, é instituída a perícia psicológica em
casos de imputabilidade penal (geralmente, fase
processual) e “exame criminológico” (fase de execução
penal).
Psicologia Criminal
CriminalPenal e
Psicologia Criminal
Penal, Sistema
Ψ A ação criminal é dividida em 3 principais estágios:

DireitoPsicologia
Sistema Penal
Policial  Investigativa
Judicial  Processual (Penal)
Executivo  Execução Penal
Psicologia Criminal
CriminalPenal e
Lei de Execução Penal (LEP)

Psicologia Criminal
Penal, Sistema
Art. 5º Os condenados serão

classificados, segundo os seus
DireitoPsicologia
antecedentes e personalidade, para

orientar a individualização da
execução penal.
 Psicologia
Psicologia Criminal
CriminalPenal e

Psicologia Criminal
Penal, Sistema
Art. 7º A Comissão Técnica de Classificação, existente

em cada estabelecimento, será presidida pelo diretor
DireitoPsicologia
e composta, no mínimo, por 2 (dois) chefes de

serviço, 1 (um) psiquiatra, 1 (um) psicólogo e 1 (um)
assistente social, quando se tratar de condenado à
pena privativa de liberdade.
Psicologia Criminal
CriminalPenal e

Psicologia Criminal
Penal, Sistema
 A LEP cria 2 mecanismos distintos para atuação do

psicólogo no sistema penal, em situações igualmente
DireitoPsicologia
distintas:
(a) exame diagnóstico, com objetivo de elaboração do
projeto “individualizador”;
(b) exame prognóstico, voltado à instrução dos
processos de execução penal.
Psicologia Criminal
CriminalPenal e
Práticas diversas no Sistema Prisional

Psicologia Criminal
Penal, Sistema
 Práticas instituídas realizadas por psicólogos no

DireitoPsicologia
sistema prisional:
Ψ Avaliação
Psicologia Criminal
CriminalPenal e

Psicologia Criminal
Penal, Sistema
 Práticas não instituídas realizadas por psicólogos no

DireitoPsicologia
sistema prisional:
Ψ Acompanhamento / Atendimento Psicológico

Ψ Atividades coletivas e grupais
Ψ Ações com familiares
Ψ Atividades com egressos
Psicologia Criminal
CriminalPenal e

Psicologia Criminal
Penal, Sistema
Ψ Resolução CFP 012/2011 - Regulamenta a atuação da(o)

DireitoPsicologia
psicóloga(o) no âmbito do sistema prisional
 Suspensa por decisão judicial
Ψ Referências Técnicas para a atuação das(os) psicólogas(os)

no Sistema Prisional
Psicologia Criminal
CriminalPenal e
Depoimento Especial
Psicologia Criminal
Penal, Sistema
Ψ Consiste em uma metodologia diferenciada de

DireitoPsicologia
escuta judicial de crianças e adolescentes vítimas ou

testemunhas de violência, executada por equipe
multidisciplinar, objetivando, principalmente,
minimizar a revitimização e contribuir para a
fidedignidade do depoimento, por meio da utilização
de uma metodologia cientificamente testada.
Práticas da Psicologia
Depoimento Especial
Psicologia Criminal
CriminalPenal e
Depoimento Especial
Psicologia Criminal
Penal, Sistema
Ψ Foi sancionada, em 04 de abril de 2017, a lei que

DireitoPsicologia
torna obrigatória a aplicação do depoimento especial

em todo o país.
Psicologia Criminal
CriminalPenal e
Criminal Profiling
Psicologia Criminal
Penal, Sistema
Ψ É uma forma de análise comportamental que se

DireitoPsicologia
destina a auxiliar os investigadores a conhecer as

características de sujeitos criminosos desconhecidos, a
criar uma lista de suspeitos ou a reduzir um grupo de
suspeitos, a elaborar perfis vitimológicos e a fazer
análises motivacionais.
Psicologia Criminal
CriminalPenal e
Criminal Profiling
Psicologia Criminal
Penal, Sistema
Ψ É uma forma de análise comportamental que se

DireitoPsicologia
destina a auxiliar os investigadores a conhecer as

características de sujeitos criminosos desconhecidos, a
criar uma lista de suspeitos ou a reduzir um grupo de
suspeitos, a elaborar perfis vitimológicos e a fazer
análises motivacionais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE PSIQUIATRIA. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – 5ª
edição. Trad. M.I.C. Nascimento et al. Porto Alegre: Artmed, 2014.
Bem-vindos à
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Resolução CFP 08/2010. Brasília: CFP, 2010.
GAVA, L. L.; PELISOLI, C.; DELL’AGLIO, D. D. A perícia psicológica em casos de suspeita de abuso sexual
infanto-juvenil. Avaliação Psicológica, v. 12, n. 2, p. 137-145, 2013.
HUSS, M. T. Psicologia forense: pesquisa, prática clínica e aplicações. Porto Alegre: Artmed, 2011.
LAGO, V. de M. et. al. Um breve histórico da Psicologia Jurídica no Brasil e seus campos de atuação. Estudos
de Psicologia. Campinas, v. 26, n. 4, p. 483-491, out./dez. 2009.
ROVINSKI, S. L. R. Avaliação Psicológica Forense em Situações de Suspeita de Abuso Sexual em Crianças:
possibilidades e riscos. Práksis, v. 2, p. 19-25, 2014.
ROVINSKI, S. L. R. Fundamentos da Perícia Psicológica Forense. 3. ed. São Paulo: Vetor Editora, 2013.
SÁ, A. A. de; SHECAIRA, S. S. Criminologia clínica e execução penal: proposta de um modelo de terceira
geração. [S.l: s.n.], 2015.
SÁ, A. A. de. Criminologia clínica e psicologia criminal. 2. ed. São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, 2010.
VASCONCELLOS, S. J. L.; LAGO, V. de M. A Psicologia Jurídica e suas interfaces: um panorama atual. Santa
Maria: Ed. da UFSM, 2016. www.expersitepsi.com.b
r

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Especialização em Psicologia Jurídica

✓ Práticas em Psicologia Criminal

 Ramo do Direito público dedicado às

normas emanadas pelo Poder Legislativo para reprimir

preservar a sociedade e proporcionar o seu

 Resultado de uma ação ou omissão que se

consideram criminosas e, para o serem,

 As teorias do delito foram desenvolvidas

 Exigibilidade de Conduta Adversa

 Potencial Consciência da Ilicitude

mental de, ao tempo da ação ou omissão,

Sistema Penal: Controle social

punitivo institucionalizado que

Estado Democrático de Direito, mecanismos

 Estuda: causas e fatores envolvidos na

Psicologia Criminal Área da

Psicologia que tem como objetivo

comportamentos e questões subjetivas que

 Objetivos: investigar, compreender e explicar o

 O histórico inicial da área da Psicologia Jurídica

enfatiza a aproximação da Psicologia e do Direito por

 Diversos autores divergem quanto à origem da

Psicologia Criminal, pois não existe um único marco

Século Século Século

 Para muitos, a origem da Psicologia Jurídica data

do início do século XIX, na Europa, quando médicos

Século Século Século

 Certos autores consideram o ano de 1868 como

quando o médico francês Despine escreveu sobre

Século Século Século

 No fim do século XIX, a Criminologia surge no

cenário das ciências humanas como o saber que viria

Século Século Século

 Um importante autor da história

da área é Cesare Lambroso 

 Lambroso propôs a “Teoria do Criminoso Nato” - certas

características físicas encontradas em alguns indivíduos

 A partir do final do século XIX, a Psicologia

Criminal começou a crescer.

Século Século Século

 A área da Psicologia Criminal se

consolidou com o psicólogo Lionel

Século Século Século

 Posteriormente, o FBI criou o Centro Nacional de

Análise de Crimes Violentos e a Unidade de Ciência

Século Século Século

 Na década de 80, o psicólogo britânico David

Canter desenvolveu a “Psicologia Investigativa”,

Século Século Século

 Na atualidade, a área de Psicologia Criminal se

desenvolve a partir de diferentes vertentes e ênfases

Século Século Século

 O comportamento violento está associado a fatores

é mais complexa e não de simples causalidade.

O crime não é consequência do transtorno mental!

Crimes frequentemente ligados a transtornos mentais:

 Crimes muito violentos

 Diferentes fatores - como idade, condições