Grávida Do Bilionário Arrogante - Julliany Soares
Grávida Do Bilionário Arrogante - Julliany Soares
Grávida Do Bilionário Arrogante - Julliany Soares
Com carinho,
Julliany Soares
Sumário
Nota da autora
Sinopse
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Agradecimentos:
E-mail: jullianysoaresnina@gmail.com
Instagram: @autorajulliany
Dedico a todas leitoras que lutam constantemente
por seus sonhos e não desistem de sua felicidade,
vocês são leoas e eu as admiro muito pela coragem
e força que possuem.
Sinopse
Emma Soares
Acreditei, por um tempo, que minha vida era perfeita. Que ironia. É
a maneira mais fantasiosa de imaginar o meu caos disfarçado de felicidade,
nos últimos três anos. Precisei amadurecer cedo. Minha mãe faleceu quando
eu tinha apenas dez anos, meu pai tentava não culpar a minha irmã, que na
época era uma recém-nascida, já que a mulher da vida dele faleceu por
complicações no parto. Poucos anos depois, ele faleceu após descobrir tarde
demais um câncer de próstata.
Passei por momentos tensos, mas hoje aos vinte e oito anos, me
esforço dando aulas particulares e trabalho a noite em um hotel de luxo,
ajudando na recepção como intérprete para os gringos que visitam o Brasil
e se hospedam no hotel que trabalho. É exaustivo, mas essa foi a herança
que meus avós paternos deixaram para mim, após a morte do meu pai. Fui
para fora do país e aprendi inglês e espanhol, voltei para o Brasil após o
falecimento dos meus avós. Consegui fazer com muito esforço o curso de
letras, mas meu maior sonho é conseguir uma vaga na editora Collins.
Coloquei o sonho da minha irmã em primeiro lugar, ela conseguiu passar no
curso de medicina como bolsista em Harvard. Juntei por cinco anos na
poupança que fiz, uma quantia para dar a ela no seu aniversário de dezoito
anos.
Helena sempre foi muito esforçada e levava para a escola doces para
vender, juntando cada centavo do seu lucro para realizar o seu sonho, mas
hoje estou aqui, em frente ao trabalho do Rick, queria fazer uma surpresa
após ter terminado de dar uma aula no mesmo bairro, mas quem foi
surpreendida fui eu, ao vê-lo beijando uma mulher mais jovem em frente a
empresa.
Pensei muito em ir até eles, mas preferi segui-los, os dois foram até
o restaurante próximo do trabalho e assim que vejo ao longe os dois juntos
lado a lado em uma mesa, íntimos, lembro da minha avó dizendo que uma
escolha errada poderia me levar a caminhos difíceis, mas quando se trata
dos nossos sentimentos não há como escolher o caminho racional, desta
maneira nem sempre o que sentimos nos levará ao que esperamos.
Meu celular toca, mas eu não consigo sequer atendê-lo. O mundo
todo parecia estar como numa das séries da Netflix, que minha irmã sempre
pausa para fazer uma pipoca, mas acontece que essa é a droga da série da
minha vida. Meus pensamentos estão tumultuados pareciam estar pausados
na pior cena, ao ver Rick com outra mulher, eu estava com ele a quase cinco
anos e faziam três anos desde que nos casamos no civil.
Saio em direção ao banco, tento não chorar, mas naquele momento,
as lágrimas que escorriam pela minha face, mostravam que eu não era forte
o suficiente para suportar a dor que mais uma vez invadiu a minha vida.
Respiro profundamente, seco minhas lágrimas e novamente o meu
celular toca, atendo e digo: — Helena, estou ocupada agora, assim que eu
chegar em casa falo com você.
— Emma, eu não estou encontrando aquele vestido que o Rick
comprou para mim no último natal. Sabe onde ele está? — ela me
perguntou, mas naquele momento tudo que me lembrasse o Rick era
insuportável e me causava repulsa.
— Vai no meu quarto e pega aquele meu vestido azul que você
gosta, pode usar ele. Não volta tarde, tenho uma surpresa. Por favor, não
comece a beber. Já conversamos sobre isso.
— Tudo bem irmã, não irei beber. Preciso desligar, beijo — ela
desligou a chamada e eu continuei meu percurso a pé, até conseguir pegar
um táxi.
Assim que chego ao banco, espero meu número para o atendimento
ser chamado, mas o que realmente queria fazer naquele momento, eram as
malas do Rick. A raiva que eu sinto é tão intensa que meus pensamentos
são apenas em uma forma de me vingar.
Finalmente chega a minha vez e então me levanto. Estava distraída e
não percebi o homem que passava, acabo derrubando alguns papéis dele.
Jack Collins
— Acredito que seja cega, caso contrário não faria isso não é moça?
— pergunto enquanto vejo ela catar os meus documentos que estão
espalhados no chão. Logo Connor aproxima-se e a ajuda com a bagunça
que a desastrada fez.
— Senhor, eu sinto muito, mas quer saber? Você sequer abaixou-se
para pegar os seus papéis. Então talvez tenha merecido isso. A propósito,
não sou cega e mesmo que eu fosse, o senhor não tem o direito de ofender
as pessoas.
Ele parecia estar me encarando. Acredito que ele achava que por ser
americano e eu uma brasileira, não entenderia o que ele disse. Dou as costas
para ele e saio correndo para ser atendida, já que ouço algumas pessoas
repetirem o número da minha senha.
Ela não parece ser uma mulher comum. Não imaginava que no
primeiro dia que eu chegasse ao Brasil já encontraria alguém que entende a
minha língua e que ela seria uma mulher, que forma peculiar e abrupta de
conhecer uma mulher.
— Senhor Collins? — Ouço o meu assistente me chamando e então
olho para ele.
— Connor. Qual a probabilidade de um americano conhecer uma
brasileira que entende o que ele diz e ainda ela ser atraente?
— Senhor, eu preciso responder mesmo? Achei que a sua vinda ao
Brasil seria por causa da beleza e inteligência das mulheres deste país —
Certamente o Connor tinha razão, mas não esperava encontrar tão rápido
uma mulher que estimula os meus desejos primitivos e ocultos.
Fico de longe a observando, seus cabelos cacheados, seu corpo, a
pele dela. Começo a imaginar cenas e algumas ações que desejo fazer com
ela. Talvez por eu ser um escritor, seja tão fácil imaginar o que eu faria se
essa mulher fosse minha por um tempo, mas há um pequeno detalhe nela
que percebo. Então desvio o meu olhar e saio do banco com o Connor
segurando todos os documentos e olhando para mim, sem entender nada.
— Senhor Collins, há algo que eu possa fazer? Já escolheu de
quantos meses será o contrato com a mansão que escolheu passar sua
temporada de pesquisa de campo aqui no Brasil?
Connor sabia que tipo de pesquisa eu costumava fazer, ele era um
homem inteligente e por isso trabalhava para mim a pouco mais de oito
anos. Foi o único que mesmo sabendo de todos meus segredos, jamais
questiona a forma como eu lido com tudo que faço ou desejo.
— Se você conseguir fazer uma máquina do tempo, para que uma
mulher casada, volte a ser solteira e nunca tenha conhecido o esposo, para
que ela seja a minha submissa. Eu posso lhe responder a sua pergunta de
quanto tempo irei fazer o contrato, caso contrário, só posso lhe dar uma
resposta, para sua pergunta, quando eu encontrar alguma outra mulher.
Ele fica em silêncio e eu entro no carro. Connor dirige e logo penso
naquele maldito defeito que aquela mulher tinha. Ter em meus
pensamentos, uma mulher que usa aliança, vai contra todos os meus
princípios. Apesar de que eu não tenho limites para nada do que quero,
meus instintos são os piores. Não amo, não sinto paixão, tudo para mim se
resume a prazer e a como me sinto quando escrevo ou pratico o BDSM,
com a minha submissa da vez, já estive com muitas mulheres lindas e
nenhuma delas me fez sentir algo além do prazer. Talvez minha mãe tenha
razão. Dentro do meu coração há uma cidade inteira de gelo, onde ninguém
é capaz de suportar o meu lado frio e arrogante.
Desde que meu irmão Jonathan se tornou pai, minha mãe parou de
se importar. Ela está muito ocupada ajudando na criação do seu neto que
nasceu órfão de mãe. Meu irmão tem uma parcela de culpa por meu coração
ser frio como gelo. Ver ele sofrendo com a morte da mulher que amou, me
fez perceber que as minhas escolhas são as mais viáveis e fáceis de se lidar.
Capítulo 02
Emma Soares
Pego as malas dele e coloco fora de casa, ele sorri dizendo que vou
me arrepender por tirar ele da própria casa, bato a porta e tranco com as
chaves, depois sento ali, no chão e choro.
A dor que eu sentia por saber que por amar e confiar em um homem,
que ele destruiu os sonhos da única pessoa que eu ainda tinha como chamar
de minha família, invadiu meus pensamentos. Tudo o que eu queria saber,
era como iria contar a minha irmã que todas as economias dela e as minhas
foram roubadas pelo homem que pensei ser o amor da minha vida.
Jack Collins
Jack Collins
— Senhor Collins, me chamo Emma. Sinto muito sobre o dia anterior. O senhor precisa que eu o
acompanhe até alguma reunião? Passeio? Talvez algum lugar em especial? — A vejo diante de mim,
eu a desejava, penso estar com os meus lábios na boca dela, sugando sua boca, literalmente eu a
comia com os olhos.
Levanto , continuo a encarando, o que noto que ela parecia um pouco
constrangida. Ela é uma linda mulher.
— É costume as mulheres brasileiras irem para o trabalho sem
aliança? — pergunto, olhando para a mão dela, notando que a mesma não
usava a sua aliança naquela manhã.
Olho para ela, imaginando o motivo pelo qual a mesma está sem a
aliança. Então antes que ela falasse algo, o Connor, aproxima-se de nós dois
com três mulheres, todas eram lindas, de corpo bem feito, arrumadas, bem
maquiadas e com roupas que delineiam os corpos delas.
Continuo encarando ela, mesmo com a presença daquelas mulheres
na sala da melhor suíte do hotel Montreal.
— Senhor Collins, acredito que queira uma entrevista com as
mulheres que acabaram de entrar, então podemos começar na hora que o
senhor desejar.
A coloco contra a parede, sem nem sequer me importar com as
mulheres que estavam ali, me encarando, afinal quem eu queria estava bem
na minha frente — Acredito que possa imaginar o que eu realmente desejo
— ela abaixou sua cabeça, o que me deixou louco, eu estava obcecado por
ela e não me importava com nada mais.
— Senhor Collins, o que o senhor deseja?
Emma Soares
O perfume dele era marcante, seu olhar penetrante, eu era inocente, mas
não o suficiente para não entender o que ele estava querendo, mas como
precisava de dinheiro e não poderia recusar o trabalho de intérprete pelo
qual ele irá me pagar muito bem, decidi arriscar, mesmo sabendo que a
resposta não seja o que eu desejo escutar.
— Senhor Collins, eu preciso do trabalho, mas acredito que está
passando dos limites, se não pode se conter, melhor procurar outra pessoa
para ser intérprete.
As mulheres ficam me encarando, elas pareciam não entender o que
eu dizia. Afinal só falava com ele em inglês, ao contrário delas, o
funcionário dele, entendia o que eu dizia e parecia estar surpreso, o que era
compreensível da parte dele, já que o chefe dele era um homem muito
lindo, talvez nunca tenha visto o Senhor Collins ser rejeitado.
— Tudo bem Emma. Não irei ser inconveniente com você, por
enquanto.
Ele sai de cima de mim, senta em uma das poltronas e me pede que
sente na poltrona ao lado.
— Connor, quero que deixe duas esperando lá fora e apenas entre
uma por vez, para a entrevista, como diz a minha querida intérprete.
Uma das três moças era ruiva, tinha olhos castanhos claros e um
corpo marcante. Ela senta de frente para o senhor Collins, ele fica me
olhando por alguns segundos e então diz: — Agradeça a senhorita por ter
vindo e que o Connor dará uma quantia a ela pelo seu tempo desperdiçado
por vir até aqui.
— Quer que eu a mande embora? Não irá nem ao menos dar a
chance dela ser entrevistada? — Esses ricos hipócritas, olham para a pessoa
e nem se importam no tempo que tivemos para chegar até o local da
entrevista.
— Ele não vai me entrevistar? — a mulher ruiva me perguntou após
ouvir o que eu disse sobre ele.
— Sinto muito, senhorita, mas ele me pediu para avisar que irá
receber uma quantia com o Connor que está lá fora esperando com as
outras, só pelo seu tempo perdido — ela levanta e sai um pouco triste.
Olho para ele um pouco irritada, ele então sorri. Eu fico indignada, ele me
faz mandar a moça ir embora e ainda fica zombando.
— Senhor Collins, acha que tudo se resume a dinheiro? Dólares e
mais dólares?
— Você está aqui por mim, ou pelo valor que irá ganhar? — ele
perguntou friamente, enquanto me encarava com seu olhar sério.
Engoli seco, ele era um homem lindo, atraente, mas bastante
arrogante, o que para mim, deixava ele feio — Pelo que vou ganhar senhor
— falei sem hesitar.
Capítulo 04
Jack Collins
Emma Soares
Emma Soares
Jack Collins
Ela olha para mim,e então abro o envelope com o contrato, antes
que a mesma começasse a ler, o seu celular toca.
— Atenda a ligação, mas essa é a última vez que você irá pegar em
seu celular enquanto estivermos aqui, dentro do meu quarto — disse,
enquanto sentava e olhava para ela.
Emma Soares
— Helena, aconteceu algo?
— Emma, alguns homens estavam aqui em casa, jogaram nossas
coisas para fora. Eles não quiseram dizer nada irmã. Eu implorei dizendo
que eles estavam cometendo um erro, mas falaram que foi o Rick quem
mandou nos tirar da casa. Onde você está? Preciso que venha para cá
irmã.
Helena parecia nervosa e falava enquanto chorava. Tento acalmá-la
e então digo: — Estou indo agora mesmo aí — digo preocupada e assim
que desligo a chamada, ele me olha com seus braços largos apontando o
contrato para mim.
— Você não vai sair sem que tenhamos feito o contrato.
— Senhor Collins, aconteceu algo e preciso ir agora. Peço que deixe
que eu saia, eu só tenho a minha irmã e ela está precisando de mim neste
momento.
Ele levanta e me acompanha até o carro. Connor estava na área
externa da mansão próximo a outro carro luxuoso. Ele se aproxima de nós e
entrega um envelope para o seu chefe e logo o ouço dizendo: — Connor,
quero que acompanhe a senhorita Emma para onde ela desejar ir, porém só
retorne se ela estiver voltando com você, caso contrário, não precisa voltar.
Olho para ele que encara o Connor, como se eles tivessem uma
linguagem visual entre eles, naquele momento o seu funcionário entra no
carro e o senhor Collins, toca em minha cintura e desce até a minha bunda,
aperta e segura firme, enquanto me encara e então eu sussurro para ele
dizendo: — Preciso ir, prometo que volto.
— A deixarei ir, mas você terá que cumprir com sua promessa. Você
pode não ter assinado o contrato ainda, mas você já é minha, está
entendendo?
— Sim senhor Collins, eu sou sua.
— Agora entre nesse carro logo, antes que eu me arrependa de
deixar que saia.
— Preciso que me solte senhor Collins — disse, ainda sentindo o
toque de uma de suas mãos, na minha cintura.
Ele me solta e então entro no carro, Connor dirige e eu respiro
aliviada por ele ter deixado que eu saísse. A minha irmã precisa de mim e
mais uma vez Rick está destruindo a minha vida, mesmo eu tendo assinado
os papéis do divórcio.
Capítulo 07
Jack Collins
Jack Collins
Emma Soares
— Senhor Collins, sei que não posso negar as suas vontades, mas será que podemos esperar até
chegarmos? — sussurro entre o nosso beijo.
— Relaxe Emma. Não vou deixá-la nua dentro do carro, não com o
Connor dentro dele. Se tem uma coisa que não permito é deixar que outro
homem veja a minha submissa nua, você é minha, apenas minha — engulo
em seco. Ele não iria parar. Olho para os lados e me sinto um pouco
aliviada, por ver que os vidros eram escuros. Connor dirigia e acredito eu
que essa não era a primeira vez que ele tinha que dirigir para seu chefe, que
parece um viciado em sexo.
Jack puxa o bico dos meus seios com sua boca, fico arrepiada. A
barba dele bem-feita quando toca o meu pescoço acaba me fazendo sentir
cócegas. Ele abre o zíper da sua calça e coloca a minha mão, para que eu
pudesse ver o quanto ele estava excitado. Faz algumas semanas que eu não
tinha relações com o Rick, o meu corpo parecia desejar as sensações,
desejos e prazer que ele estava me oferecendo.
Ele desce a minha calcinha e eu consigo sentir a intimidade dele
enroscada ao meu clitóris, ele suga os meus seios indo de um para o outro
com vontade. Eu estava com muito tesão, apenas por sentir a intimidade
dele. Acabo esquecendo do meu autocontrole e sem perceber estava
cavalgando nele apenas encostando o meu clitóris no delicioso e grosso pau
dele.
Ele me puxa para o lado, o que me deixa um pouco confusa. Ordena
que eu suba a minha calcinha. Fico o vendo fechar a sua calça, enquanto eu
o desejo dentro de mim de forma incontrolável. Logo volto a realidade e me
arrumo, fico envergonhada, após a sensação de prazer sair do meu corpo.
O celular dele toca e o mesmo olha para o visor e não atende. Em
seguida ele olha para mim com aquele olhar fatal dele, respiro
profundamente, ficamos em silêncio. Assim que chegamos o telefone dele
que já havia tocado algumas outras vezes, volta a tocar.
— Espere, qual o nome dela? — disse Joseph sendo mais uma vez
um bom samaritano.
— Helena. Ela já está no voo em um dos nossos aviões. Em algumas
horas, ela estará chegando. Como está o Clark e a nossa mãe?
— Ele está bem e nossa mãe também está. Ela quer fazer uma
viagem na próxima semana e eu estou tendo que procurar uma babá para
cuidar do Clark por um mês.
— Boa sorte com isso. Preciso desligar. Obrigado mais uma vez.
Capítulo 10
Jack Collins
Emma Soares
— Senhor Collins, eu quero senti-lo — disse tomada pelo desejo e
prazer indescritível, que eu estava sentindo. Eu não conseguia mais me
controlar, precisava dele dentro de mim, como se a minha vida dependesse
disso, pela primeira vez eu estava fora de controle.
Ele deita na cama e com sua intimidade em meu rosto ele coloca em
minha boca e eu o chupo, na mesma proporção que ele me chupa de forma
devastadora.
Jack Collins
Em meio a tantas frases que sua avó mandou, ela foi escolher justo a
que eu vivenciei. Nunca expus meus sentimentos a ninguém, mas Emma,
sem me conhecer, tocou na maior das minhas feridas, o amor doentio que
carreguei por anos ao amar a esposa do meu irmão, a Júlia. Ela nem sempre
foi a esposa dele, no passado, estudamos juntos administração, ela acabou
se tornando a minha melhor amiga, mas quando a levei para minha casa, ela
e o meu irmão pareciam encontrar-se um no outro e de forma rápida e letal,
se apaixonaram e casaram, ainda sofro com a morte dela, apesar de nunca
ter tido a chance de ser amado da mesma forma que eu a amei.
Entro no meu quarto e deito, ouço alguém batendo a minha porta e
então Emma abre. Ela parecia saber quando eu estava precisando dela, ela
deita do meu lado e olha para mim.
— Senhor Collins, peço que me perdoe se disse ou falei algo que o
desagradou.
— Saia do meu quarto Emma.
— Senhor Collins, não posso deixá-lo sozinho. Apesar de ser sua
submissa e ter que fazer tudo o que me pedir, dessa vez não poderei cumprir
com o que está me pedindo.
Ela parecia uma leoa, enfrentando-me, então rasgo seu vestido de
seda e tiro a minha roupa, a viro de costas e a coloco contra a parede.
— Parece que você está desejando muito mais de mim não é Emma?
Vou mostrar a você que quando eu mandar fazer o que quer que seja, você
fará.
Seguro as mãos dela e a levo em direção ao meu quarto do prazer.
Olho para ela com um sorriso no rosto e depois noto que eu estava
sorrindo. Ela tinha algo diferente e isso me amedrontava. Não posso sentir
por ela nada mais do que o desejo de tê-la na minha cama.
— Você dorme quando voltar. Agora precisamos nos arrumar e sair,
tenho um compromisso importante e você vem comigo — ela abre os olhos
lentamente e levanta os seus braços, se espreguiçando.
Entro no banho e não demoro muito, ela entra e ficamos em
silêncio, molhando nossos corpos, eu a abraço e a beijo, ela sorri e então eu
me viro e termino meu banho.
Capítulo 12
Jack Collins
Emma Soares
Rick era tão patético, sequer fez nada, o que fez Summer olhar para
ele de forma desapontada.
— Meu amor, se acalme, solte os cabelos dela.
Ele olha para mim, como se estivesse surpreso. Eu coloco a minha
mão no ombro dele e o mesmo diz: — Não vou deixar que ela te humilhe e
não pague pelo que fez. Não enquanto eu estiver ao seu lado. Então
Summer vai pedir desculpas a minha mulher ou prefere que eu faça um
corte em seu cabelo agora mesmo?
— Desculpa Emma — ela disse sem olhar para mim.
— Alguém traga uma tesoura aqui agora mesmo — ele grita em
fúria.
— Eu já pedi desculpas. O que quer que eu faça agora?
— Você vai se ajoelhar, junto com o merdinha que não está se
importando com você e os dois irão pedir desculpas para Emma.
Summer olha para Rick que parecia estar indiferente, mas ele era tão
ganancioso que estava disposto a se humilhar para conseguir o que queria.
Afinal, um ator não para de atuar até que consiga o ápice de sua fama.
Os dois se ajoelham e pedem desculpas. Eu viro o meu rosto, só de
olhar para o Rick sentia um nojo tão grande dele que poderia cuspir ali
mesmo naquele merdinha.
Joseph Collins
Helena Soares
— Clark, meu filho, ela é uma amiga do seu tio, que veio apenas
para estudar, mas não se preocupe, encontrarei uma babá que você goste.
— Mas papai, eu gosto da Helena.
— Senhor Collins, desculpa interromper a sua conversa com o seu
filho, mas minhas aulas não irão começar agora. Então se caso concordar,
posso ser a babá do Clark por no máximo um mês, ou até o senhor
encontrar uma babá. Sei que não me conhece, mas sou irmã da amiga do
seu irmão, falo inglês como pode ouvir e também posso até ensinar
português ao pequeno Clark. Só tenho dezoito anos, mas sou organizada e
muito inteligente, o que pode ser bom para mim também, ganhar enquanto
minhas aulas não começam.
— Quanto você quer? — disse o senhor Joseph olhando para mim
com menosprezo, ao contrário do filho dele que parecia muito feliz.
— Quanto o senhor está oferecendo para cuidar do seu bem mais
precioso? — pergunto o fazendo pensar bem que um valor baixo para
cuidar do melhor dos melhores diamantes dele, tem que ser no mínimo três
vezes o que eu ganharia no Brasil como babá.
Ele olha para o seu filho que o abraça agradecendo por deixar que
eu seja a babá dele. Eu de certa forma fico feliz, pois não será muito, mas já
posso ajudar a minha irmã com esse emprego.
— Irei lhe pagar semanalmente um valor apropriado, que julgo ser o
justo por cuidar do meu filho. Enquanto eu estiver fora a trabalho, aos
sábados, você estará dispensada e a sua única função será cuidar do meu
filho. Você realmente consegue fazer isso?
— Senhor, não duvide da minha capacidade só por ver o quão nova
eu sou. Prometo que cuidarei dele com todo amor que ele merece — ele
continua me olhando e o Clark me abraça. Eu o pego no colo e subo com
ele até o quarto, para ver seus brinquedos e conhecer o quarto dele.
Sempre fui boa com crianças, o que me motiva após concluir meu
curso de medicina, me especializar em pediatria.
Brinco com o Clark por duas horas e ela acaba dormindo. Eu o
coloco na cama e então quando me viro o ouço dizendo: — Helena!
— Oi pequeno, está com fome? — pergunto, mas ele balança sua
cabeça em sinal negativo, com seus olhinhos quase fechados, ele estica seu
braço e eu seguro a mão dele, depois ele fecha os seus olhos.
Fico sentada no chão, segurando a mão dele e tento não fechar os
meus olhos que pareciam pesados, mas acabo cochilando.
Joseph Collins — Mãe, não sei se fiz certo aceitando que a essa jovem
fosse a babá do Clark.
— Joseph meu filho, ela me pareceu ser uma boa moça, ela é linda.
Não sei qual a relação que ela tem com o seu irmão Jack, mas o que importa
é que o nosso pequeno Clark gostou dela e sendo sincera, fico aliviada.
Assim posso viajar tranquila, eu não vou me mudar, não vou passar meses
fora, será apenas um mês, assim que eu voltar, poderá continuar contando
comigo para cuidar do meu neto que é a minha maior alegria.
— Tudo bem mãe. Não posso ser egoísta e pedir que a senhora
fique. Sou grato por tudo o que tem feito por mim nesses últimos três anos.
— Joseph, hoje à noite, eu preciso que você vá a um restaurante,
faça isso por sua mãe, eu só te peço isso, que dessa vez não se recuse a ir.
— minha mãe esteve comigo desde a morte da Júlia. Desde então não
consigo me envolver com ninguém e ela tenta fazer com que eu saia de
casa, conheça mulheres até mesmo já me fez expulsar uma do meu
escritório, o que me deixou irritado, já que as mulheres são bastantes
motivadas a chamar a minha atenção.
— Mãe, se eu for a esse encontro, me prometa que não irá mais me
colocar nessa situação constrangedora? Eu não estou pronto para me
envolver com ninguém. A senhora precisa parar com esses encontros com
as filhas de suas amigas. — disse enquanto caminhava com ela.
— Prometo meu filho. Até porque a Carolina é a última que sobrou
entre todas filhas de minhas amigas que você já conheceu. Ela é uma
mulher inteligente, tem uma personalidade forte, trabalha como professora
em Harvard e é bastante ocupada, assim como você. Acredito que você vai
gostar dela, se não gostar, eu desisto, pois não haverá mais nenhum tipo de
mulher que possa ser do seu agrado.
Capítulo 14
Joseph Collins
Olho para minha mãe confiante de que dessa vez, ela terá uma nora,
mas não estou disposto a ter nenhuma outra mulher, nenhuma delas é a
Júlia. A minha hemorragia interna não foi curada e não acredito que eu
possa ser curado pela perda do meu grande amor. Queria ser forte, às vezes
invejo o Jack por não ser capaz de amar. Ele pode ter seu coração vazio,
mas não saberá o que é tê-lo em pedaços.
Entro no quarto do meu filho, e vejo o Clark deitado na cama,
segurando a mão da Helena que também dormia, sentada, ao lado da cama
do meu filho.
Aproximo-me deles. Lentamente solto a mão do meu filho e tento
acordá-la, mas parece que ela tem um sono pesado e não acorda, apesar do
meu filho escutar, dando sinais que eu estava fazendo barulho.
Fico pensando no quanto ela deve ser pesada e decido pegá-la em
meus braços. A levo até o quarto de hóspedes e a deito na cama, ela acaba
segurando o meu pescoço. Eu tento lentamente soltar, mas ela acaba me
virando e sem querer, fico deitado de forma desconfortável, com o seu
corpo em cima de mim.
— Como vou sair daqui agora? — digo em voz alta, o que parece ter
feito ela abrir os seus olhos, assim que ela me olha fica assustada.
— Joseph? — Helena levanta assustada e pega o abajur que tinha
próximo a cabeceira da cama e aponta para mim. Sento-me na cama e olho
para ela.
— Ainda bem que acordou. — digo levantando-me.
— Seu pervertido. Eu não estou aqui para brincar de mamãe e papai
com você. Só quero o emprego de babá, como pode se aproveitar de mim?
Saia daqui agora, ou eu vou gritar.
— Do que você está falando? – Eu devia ter deixado ela naquele
chão. Agora vai me acusar de ter me aproveitado dela.
— Eu estou aqui. Não precisa ficar falando como se eu não
estivesse. Então você só me trouxe até a cama, mas quando chegou aqui,
achou que eu precisava de você como o meu travesseiro é? — digo, ainda
segurando o abajur, apontando em direção a ele.
— Abaixe esse abajur. Não tenho o menor interesse que seja em me
aproveitar de você mocinha. — disse Joseph saindo do meu quarto e então
eu coloco o abajur no local e vou até o corredor. — Joseph, da próxima vez,
pode me deixar onde eu estiver, ou talvez tente me acordar apenas, não
precisa me carregar em seus braços até uma cama.
— Mas acontece que você não acordou mocinha. Isso é o que dá se
preocupar com as pessoas. Agora você colocou na sua cabeça que eu estava
me aproveitando de você. Acredite, não tenho intenção nenhuma em me
envolver com uma moça, poderia muito bem ser seu pai Helena.
— Se meu pai estivesse vivo, eu acordaria, mas se você diz que não
conseguiu me acordar, vou ter que acreditar, mas acho estranho, muito
estranho.
— Eu vou ter que repetir quantas vezes que tentei acordá-la, só que
parece que nem você sabe o quanto tem um sono pesado.
— Se meu sono é pesado, como eu acordei vendo você na cama ao
meu lado?
— Com licença. Tenho mais o que fazer. Não vou continuar essa
discussão sem sentido com você Helena.
— Isso, vai mesmo e não esqueça, nada de ficar me carregando no
seus braços. — ela diz, entrando no quarto, fecha a porta e a ouço rindo.
Emma Soares
Jack Collins
— O que quer saber Emma? — pergunto sabendo que irei me
arrepender de permitir que ela continue com tal assunto.
— Já amou verdadeiramente uma pessoa que por ela, foi capaz de
não ser egoísta? — disse Emma, bastante interessada em minha vida. Eu a
contratei para ser minha submissa e parecia que eu estava com uma mulher
romântica, cativante e simplesmente boa com suas palavras de reflexão.
— Sim. A amei de tal maneira que jamais você ouvirá eu dizer que
fui capaz de não ser egoísta como fui com ela.
— Então você só criou essa casca dura em você, para não ter que
ferir a si mesmo novamente. Foi um amor impossível?
— Essa é a última pergunta que lhe responderei. Tem certeza de que
quer usar sua última com essa? — pergunto enquanto retiro o short que ela
usava.
— Apenas me responda, senhor Collins — ela parecia interessada
no meu passado, ou talvez no que me levou a ser o que sou hoje.
Jack Collins
Dias depois...
Emma Soares
Emma Soares
CONTRATO
No dia 30 de Maio de 2023
O Sr J. Collins e A Srta. Emma Santos AS PARTES DEVEM
SEGUIR TODAS CLÁUSULAS: 1. A seguir estão os termos de um
contrato vinculativo entre o Dominador e a sua Submissa apenas por
contrato.
2. O propósito fundamental deste contrato é apenas para que a
submissa por seis meses sinta e dê prazer ao Dominador, visto que esse
relacionamento apenas seja para explorar limites dos desejos do Dominado,
de forma segura, com o devido respeito e cuidar de suas necessidades, as
necessidades, principalmente do Dominador, o bem-estar de ambos, sendo
proibido que a submissa se apaixone pelo seu dominador, o traía ou se
relacione com outro homem que não seja o Dominador.
3. Não será permitido que fale ou comente sobre sua relação de
prazer com outras pessoas. Ambos viverão na mesma moradia, dormirão no
mesmo quarto e admitem que tudo o que aconteça sob os termos deste
contrato será consensual e confidencial. Podem acrescentar-se limites e
procedimentos de segurança adicionais.
4. O Dominador e a submissa garantem que não terão relações
sexuais com outros e durante a vigência do contrato que está definido
abaixo ou de qualquer ampliação do mesmo, caso uma das partes for
diagnosticada ou tiver conhecimento de padecer de alguma doença,
compromete-se a informar à outra imediatamente e em todo caso, sendo
dever de continuar com o contrato até que o outro se recupere de qualquer
que seja a enfermidade.
5. É preciso cumprir as garantias e os acordos mencionados (e todo
limite e procedimento de segurança. Toda infração invalidará este contrato
com caráter imediato e ambas as partes aceitam assumir totalmente ante a
outra as consequências.
6. Todos os pontos deste contrato devem ser cumpridos conforme a
necessidade de ambos.
7. O Dominador será responsável pelo bem-estar e por qualquer
necessidade física ou material de sua submissa. Decidirá o tipo de locais
que a mesma pode frequentar, sendo proibida de trabalhar fora ou fazer
qualquer tipo de serviço que envolva seu esforço físico, dentro da moradia
em que eles estiverem atendendo aos termos do seu Dominador.
8. Se em algum momento o Dominador não quiser continuar o
contrato, ele pagará uma multa referente a cinco milhões de dólares. Se a
submissa não continuar com o tempo estipulado do contrato e por qualquer
razão quiser obter quebra de contrato terá que pagar a multa deixando tudo
que lhe foi dado pelo Dominador.
9. O Dominador e sua submissa assinam este contrato na data de
início, conscientes de todas cláusulas, comprometendo-se a aceitar todas
regras e suas condições sem exceção.
10. Este contrato terá efeito durante um período de seis meses,
exceto se o Dominador cancelar ou mudar. Ao expirar a vigência, as partes
comentarão se este contrato e o disposto por eles no mesmo, são
satisfatórios e se estiverem satisfeitas as necessidades de cada parte. Ambas
as partes não podem propor nem ampliar o contrato se estiverem precisando
ainda da ajuda do outro. Ajustar os termos ou os acordos que nele se
estabelecem.
O contrato concluirá e ambas as partes serão livres para seguir sua
vida separados.
11. A submissa estará disponível para o Dominante a qualquer dia,
hora em que ele desejar.
12. O Dominador dará tudo que a submissa desejar, ela terá um
valor mensal para usufruir como quiser, exceto para bebidas. Estará
proibida de ingerir bebidas alcoólicas sem a companhia do Dominador e
jamais deverá chegar tarde em casa sem que tenha uma razão sensata.
13. O Dominador deve priorizar em todo momento a saúde e a
segurança da submissa, portanto ela deverá ligar e comunicar caso seja
necessário fazer algo que a motive a ir a um hospital.
14. A submissa aceita o Dominador como seu namorado de fachada
e entende que agora é de sua responsabilidade a vida dela e que está ao seu
dispor quando o Dominador lhe agrade durante a vigência do contrato em
geral, mas especialmente nas horas em que estiverem juntos no quarto do
prazer.
15. A submissa tomará medidas necessárias para cuidar de sua
saúde. Terá que fazer exames a cada quinze dias e solicitará ou procurará
atenção médica quando a necessitar, seja o que for, e em todo momento
manterá informado o Dominador de qualquer problema de saúde que possa
surgir.
15. A submissa aceitará sem questionar todas e cada uma das ações
disciplinadoras que o Dominador considere necessárias, e em todo
momento recordará seu papel e sua função como submissa.
16. A submissa aceitará todos presentes que o seu Dominador
comprar, e uma quantia no valor mensal de cem mil dólares.
17. A partir do momento que o contrato for assinado, a submissa
terá uma transferência imediata de todo o valor pedido, na sua conta
bancária.
CONCLUSÃO
18. Os abaixo assinantes têm lido e entendido totalmente o que
estipula este contrato.
Aceitamos livremente os termos deste contrato e com nossa
assinatura damos nossa conformidade e concordamos com tudo que foi
apresentada.
___________ Dominador: J.Collins Data:30/05/2023
________
Submissa: Emma Santos Data:30/05/2023
Capítulo 18
Emma Soares
Após ler todo o contrato, olho para ele. O senhor Collins estava
segurando uma caneta, ergo a minha mão e ele a me entrega, assino o
contrato, em seguida digo: — Podemos ir embora senhor Collins?
— Achei que estivesse gostando do jantar. O que houve? Não está
se sentindo bem?
— Não é isso. Estou com dor de cabeça. Acho que não sou muito
boa com bebidas. Talvez o vinho que tomei acabou me deixando assim. —
digo, tocando em minha cabeça e fingindo estar realmente sentindo dor.
— Tudo bem! — disse tocando em minha mão e logo nos
levantamos e saímos em direção ao carro. O garçom vem atrás de nós,
trazendo algumas sacolas, o que eu acredito ser o jantar que não foi
terminado.
Entro no carro e fecho os meus olhos. Meus pensamentos eram de
que ele por um momento, pudesse me deixar sozinha. Eu precisava disso, o
que acredito ser difícil.
O caminho todo, ele não falou nada, não me pediu nada, apenas me
olhava. Eu via o reflexo dele me encarando pela janela do carro naquela
noite iluminada. Tudo se baseia em um contrato e eu preciso focar nisso.
Não posso me permitir continuar apaixonada por ele. Não quero outro
sofrimento na minha vida caótica.
Chegamos na mansão e ele me acompanha, quando chegamos na
porta do quarto, ele beija a minha testa e pede que eu tome o remédio que o
senhor Hunter trará.
Apenas aceno com a cabeça e assim que entro no quarto me deito na
cama e acabo derramando algumas lágrimas.
Jack Collins
Emma Soares
Emma Soares
— Uma vez a minha avó me disse que quando alguém não se
permite amar, ou viver o seu destino, é uma pessoa tão solitária que suga a
própria vida. Talvez você não consiga ver senhor Collins, mas está sugando
a felicidade e o amor da sua vida.
Desligo a chamada e em menos de dez segundos, o celular toca
novamente. Eu não o atendo, ele continua insistindo me ligando, então
resolvo desligar o meu celular.
Assim que chego no hotel, vou até a recepção e vejo a Anna, ela
estava atendendo um homem elegante, assim que chego próximo a eles,
ouço a voz dele dizendo: — Emma, é você mesmo?
— Gabriel? O que faz aqui?
— Achei que não conseguisse lhe encontrar nunca mais, mas aqui
estamos. Você continua linda, mas respondendo a sua pergunta, vim ao
Brasil para visitar minha irmã, ela teve um bebê e decidi não adiar a visita.
— Entendo, fico feliz pela sua, agora você é tio, parabéns Gabriel.
— E você Emma, onde está morando? Decidiu ficar de vez no
Brasil ou só está aqui à passeio?
— Eu estou morando no Brasil, mas acredito que terei que ir para os
Estados Unidos em alguns meses. A minha irmã logo começará o curso de
medicina em Harvard e ela já está lá.
— Entendo. A propósito, será que poderia dizer a recepcionista que
preciso de uma suíte, ela está tentando se comunicar comigo, mas receio
que isso não esteja funcionando. — disse Gabriel me encarando.
Olho para a Anna e então digo: — Amiga, ele quer uma suíte. Achei
que o Fernando estaria aqui, ele não trabalhava no turno do dia e eu a noite?
— O Fernando se demitiu amiga, depois que você saiu. Ele teve que ficar
trabalhando vinte e quatro horas no hotel. Não conseguimos ninguém para
ocupar o seu lugar e sobrou para ele. Então hoje ele surtou e simplesmente
foi embora.
— Nossa. Vou ver se consigo alguém para ajudá-los. — digo
enquanto o Gabriel continua ainda me olhando, viro-me o olho também.
— Foi muito bom te ver Emma. Será que poderíamos jantar?
Olho para ele e me lembro do quanto era divertido estar com ele.
Nos conhecemos nos Estados Unidos, quando eu estudava no cursinho para
aprender inglês. A família dele era muito influente, sua mãe era brasileira e
seu pai americano. Éramos inseparáveis e eu me sentia bem ao lado dele.
Foi difícil voltar para o Brasil sem nem sequer me despedir dele. Minha avó
estava muito doente e eu precisava voltar.
Connor Bennet
— Olá Connor. Vim o mais rápido que pude. O seu chefe gosta de
assustá-lo, não é mesmo? O que houve dessa vez? — disse o doutor Otho.
— Ele estava no seu escritório trabalhando. Então fui até lá para vê-
lo, foi quando o vi convulsionando. Fiz como me orientou nesses casos e
decidi trazê-lo a esse hospital.
— Você fez bem Connor. Como anda a alimentação do seu chefe?
Ele continua bebendo? — disse o médico.
— A alimentação está de acordo com suas orientações, mas quanto
à bebida, ele não parou. Acredito que o problema está no fato dele ter vindo
ao Brasil sem o remédio. Tentei comprar por aqui, mas sem a receita e sem
que ele descobrisse, receio que não está sendo fácil. — digo enquanto olho
para o Jack dormindo.
— Agora estou aqui, pode ficar tranquilo. Trouxe os remédios do
Jack.
— Senhor Otho, preciso fazer um favor ao meu chefe, caso o senhor
precise de mim, me ligue.
— Fique tranquilo, eu falo português, melhor até que você eu diria.
Tenho uma filha que mora no Brasil — disse Otho.
Acabo sorrindo junto com o senhor Otho. Afinal o meu português
era básico. Fui forçado a estudar antes de vir ao Brasil, para conseguir falar
o necessário para as pessoas.
O deixo lá e vou em direção ao hotel para encontrar a senhorita
Emma.
Assim que chego no hotel, procuro pela senhorita Emma e então
vejo uma recepcionista que tentava se comunicar com um americano que
pedia para encomendar flores e chocolates.
— Senhorita, ele quer encomendar flores e chocolates.
Anna olha para Connor e logo diz: — Aí graças a Deus, um gringo
que entende o que eu falo, diz a ele que logo levarão ao quarto dele.
Digo ao homem sobre o que ele está pedindo ser direcionado ao
quarto do hotel em que ele está hospedado, o mesmo agradece e sai.
— Senhorita. Onde posso encontrar a senhorita Emma?
Capítulo 20
Connor Bennet
Emma Soares
Joseph Collins
Estados Unidos...
— Joseph, sei que não me perguntou, mas não acho que a mulher
com quem está saindo seja apropriada para você — disse Helena, me
encarando, andando comigo pela mansão.
— Você tem razão Helena, não lhe perguntei. — digo enquanto
procuro as chaves do meu carro — Sei que precisa disso. De sentir o que é
ser amado. Que tem alguém que é atraente, bonita e charmosa, mas ela não
é o tipo de mulher que gosta de crianças. Ela odeia crianças, como você
pode se envolver com uma mulher dessas?
— Helena, você precisa parar de se envolver na minha vida. Será
que não tem nada melhor para fazer? Suas aulas começam semana que vem.
Procure investir seus pensamentos e tempo nisso — digo ainda procurando
as minhas chaves.
— Eu vou mostrar a você que ela só quer você, mas seu filho não
está nos planos dela. Parece um cavalo, que não gosta de ninguém que
possa colocar rédeas em você, não é mesmo?
— Helena. Onde você colocou as minhas chaves?
— Divirta-se procurando. Nunca irá encontrá-las, pois as guardei
comigo.
— Acha que eu não tenho coragem de pegar de você? — aproximo-
me dela e a coloco contra a parede. Ela parecia nervosa. Consigo sentir sua
respiração ofegante e ela coloca seus braços cobrindo seus seios, onde
supostamente está a chave do meu carro.
— Joseph? — ela chama o meu nome, como se estivesse
implorando para eu hesitar em tirar a força dela, o que me pertence.
Coloco a minha boca em seu ouvido e digo: — Entregue-me as
chaves agora Helena.
— Eu sinto muito Joseph, mas não vou fazer isso.
Olho para ela, a encaro e estava prestes a tirar minhas chaves dela,
mas a mesma também me olhava de forma penetrante. Seus olhos
brilhavam, e acabo olhando para sua boca e ela sem pensar duas vezes, toca
os meus lábios, acabo cedendo e retribuo, a beijando.
— Me desculpe Helena. Não foi intencional. Agora me entregue a
chave do carro. — digo enquanto me afasto dela.
Ela parecia envergonhada, puxa a minha chave do seu bolso, o que
me faz pensar que ela me enganou, me fazendo acreditar que estivesse em
seus seios.
Ela entrega a chave na minha mão e não diz nada, apenas sobe as
escadas indo em direção ao que parece ser o quarto do meu filho.
— Joseph. Essa foi a última vez em que te alertei sobre a Carolina,
não direi mais nada — disse ela em um tom alto, nas escadas.
Talvez a Helena tivesse razão. Eu deveria observar a Carolina. Não
me envolver tão rapidamente com ela, sem saber o quanto ela gosta de
crianças.
Helena era a pessoa preferida do meu filho e eu não posso permitir
que esse erro que cometi ao beijá-la, seja um problema. O Clark se apegou
emocionalmente a ela, como nunca o vi gostar tanto de alguém.
Helena Soares
— Seu pai é tão teimoso. Queria ter o poder de fazê-lo enxergar que
essa Carolina não pode ser sua madrasta. Ele devia ter visto o que ela me
disse sobre você, mas da próxima vez, irei gravar tudo meu anjo. Só quero
que você fique bem. Eu vou sentir tanta saudade de você. Virei sempre que
eu puder, mesmo contra a vontade do seu pai, para lhe ver, eu prometo meu
anjo. — digo enquanto aliso os cabelos do Clark, que dormia
profundamente.
Saio do quarto dele. Vou para o meu quarto e assim que entro deito
na cama. Fico pensando no beijo que eu dei no Joseph. Ele era um homem
mais velho, isso estava nítido, mas tinha algo nele que me atraía.
— Será que ele pensa que estou com ciúmes dele? Nossa. Eu não
devia ter feito isso. Agora ele vai se sentir convencido de que eu estou
apaixonada por ele e por isso estou implicando com ele de estar se
envolvendo com aquela bruxa da Carolina — digo em voz alta e acabo
voltando meus pensamentos para o beijo em que dei nele.
Levanto, troco de roupa e tento dormir, mas a minha inquietude
estava em meus pensamentos. Só conseguia pensar nele, no nosso beijo e
no que ele poderia estar fazendo com a Carolina naquele momento.
Olho para o relógio e só havia se passado uma hora desde que o
Joseph saiu. Eu desço as escadas, vou até a cozinha e pego um pote de
sorvete de quatrocentos mililitros. Com uma colher na mão e o pote na
outra eu saio da mansão, indo para o jardim. Me sento perto da piscina e
começo a tomar o sorvete.
Antes que eu colocasse a colher na minha boca novamente, ouço o
barulho e vejo um carro chegando, era o Joseph. Ele sai do carro e a
primeira visão que ele tem de fora, sou eu. Então viro o meu rosto e
continuo tomando o meu sorvete.
— O que faz aqui fora a essa hora?
— A única criança que tem nesta mansão é o seu filho. Então não
vejo problema algum em estar aqui, aproveitando a noite, enquanto tomo o
meu sorvete.
— Helena, você é muito complicada. Nossa que moça difícil. —ele
diz, pegando a colher da minha boca, tira do pote um pouco do sorvete e
coloca na sua boca.
Eu pensei em discutir com ele, por ter pego a minha colher, mas
quando vi ele experimentando o meu sorvete, não consegui resistir e fiquei
olhando para a boca dele e pensando no nosso beijo.
— Como você consegue gostar de um sorvete tão doce como esse?
— Parece que você gostou também, até sujou a boca. — digo me
aproximando dele e limpo com meu dedo.
Por um momento ficamos em silêncio, nos encarando. O olhar dele,
sua forma única em me encarar e o seu jeito, me vejo envergonhada outra
vez.
Capítulo 22
Helena Soares
Emma Soares
Jack Collins
Ela descia as escadas e nossa como ela estava linda e radiante
naquela noite. Eu estava louco por essa mulher, o que me lembrava de como
eu deveria ser frio e arrogante com ela. Às vezes, eu esquecia de que ela era
apenas a minha submissa e isso me causava medo. A Emma, era sem
sombra de dúvidas, uma mulher incrível, sedutora e sexy, mas eu não podia
continuar fingindo que não sentia nada por ela. Não queria mais ter que ser
apenas o dominador dela, cada vez que a tratava como uma submissa,
minha arrogância com ela me consumia, fazendo com que eu sentisse uma
dor profunda em meu peito. Era tarde demais, sabia que agora já era tarde
demais para negar o que eu sentia por ela. Precisava dela e deixá-la ir não
estava em meus planos. Apesar de meus pensamentos serem apenas de
encerrar o contrato com ela e me afastar, para não a ver nunca mais e parar
de alimentar esse desejo de sentir com ela o amor pelo qual ela tanto
defende e luta.
Joseph Collins
Carolina sai da mansão sem nem sequer falar com a minha mãe que
a convidou. Olho para meu irmão Jack, ele estava literalmente apaixonado
pela irmã da Helena. Me perco em meus pensamentos, imaginando como
vou revelar sobre estar envolvido com a irmã da Emma. O que vão pensar
disso e como vou lidar com tudo.
— Clark, não vai dar o abraço do seu tio favorito? — disse Jack,
olhando para o meu filho, olho os dois abraçados.
Sinto o toque da Helena em uma das minhas mãos, sem que
ninguém notasse. Pergunto se ela está bem e ela acena com a cabeça em
sinal afirmativo. Seu sorriso iluminado me leva a acreditar que posso
enfrentar tudo e todos por ela.
— O que acham de jantarmos fora? — disse a minha mãe olhando
para o que seria o nosso jantar, espalhado no chão da sala de estar.
Capítulo 25
Joseph Collins
— Antes de irmos, tenho algo que preciso falar, para que cenas
como a que ocorreu a pouco, possam ser evitadas. Entendo que a senhora
mãe, não sabia sobre mim e a Carolina, mas ela não é a pessoa certa para
mim. Inclusive quero pedir a senhora que pare de procurar por mulheres
para marcar encontros comigo. Isso não será mais necessário.
— Na verdade filho, como lhe prometi, não irei mais buscar lhe
ajudar com isso, eu cansei. Olha seu irmão, o deixei em paz e já está
apaixonado, por uma mulher que foi destinado a encontrar — disse minha
mãe olhando para Emma e Jack.
— Na verdade, acredito que também já encontrei. A conheci a
pouco tempo e quero aproveitar a presença de todos aqui para falar que
estou namorando — digo olhando para a Helena que segurava o meu filho
em seus braços.
Todos olham para mim, surpresos. Minha mãe parecia ter notado de
quem eu estava falando, ao me pegar olhando para Helena e ver nossas
trocas de olhares.
— Quando iremos conhecê-la Joseph? — disse Jack.
— Em breve. Irei falar com ela e ver se está pronta para esse passo
no nosso relacionamento. Ainda estamos nos conhecendo — digo e em
seguida pego a chave do meu carro e saímos para o restaurante.
Jack Collins
Emma Soares
— Acorde meu amor. Temos que nos encontrar com a sua irmã —
digo enquanto toco nos cabelos cacheados de Emma.
Ela abre os olhos lentamente, olha para mim com um lindo sorriso,
eu a beijo e ela pergunta: — Que horas são?
— Está tarde. Preciso que acorde. Não podemos nos atrasar. Sua
irmã já ligou várias vezes, mas você parecia tão cansada que eu não quis
acordá-la — disse enquanto olhava para ela, sentando na cama e segurando
a minha mão.
— Senhor Collins, sobre ontem a noite... — a interrompi, dando-lhe
um beijo.
— O que precisa saber sobre ontem é que tudo o que lhe falei é real,
assim como tudo o que tivemos no Brasil. Sobre o contrato, ele será
queimado, você estará livre. Se decidir ficar comigo, farei tudo para
demonstrar que realmente estou apaixonado por você, mas se decidir voltar
para o Brasil, entenderei que não sente nada por mim e quanto a sua irmã,
não se preocupe com nada, o curso e todos os gastos que ela fizer ao longo
dos anos em que estiver na universidade, estarão pagos.
— Senhor Collins.
— Apenas Jack, me chame apenas de Jack. A partir de hoje não a
tratarei como minha submissa Emma.
— Jack, eu não posso ir embora como se o que vivemos nessas
últimas semanas fosse apenas um contrato entre o dominador e sua
submissa. Eu estou apaixonada por você, mas tenho medo de que tudo isso
seja apenas um sonho.
— É real. Eu não consigo mais controlar o que eu sinto. Tive muitas
submissas, mas nenhuma delas conseguiu tirar essa proteção que construí
em minha vida. Nenhuma delas ousou me decifrar assim como você.
— Você está disposto a ser verdadeiro comigo? Sabe que fui casada
a pouco tempo e eu não quero ter que passar por incertezas. Eu confio no
senhor, ops, confio em você Jack. Estou apaixonada por você e isso é
assustador, pois tudo o que eu passei a semanas atrás, ao ver o Rick aos
beijos com outra, enquanto ainda estava casado comigo, é que eu não queria
me arriscar a ficar apaixonada novamente por um homem que eu mal
conheço.
— Emma. Eu vivi parte da minha vida amando uma mulher que
jamais seria minha. Não vou deixar que a minha arrogância, o meu medo e
minhas inseguranças, façam afastar-me de você. O que o futuro nos
reserva? Não sei, mas não há nada que eu mais queira hoje, do que estar ao
seu lado, ser seu homem e fazer você feliz, minha pequena leoa — digo
tocando em seu pescoço, a encarando com meu rosto bem próximo ao dela.
Ela me beija e levanta da cama. Espero ela ficar pronta e depois
saímos para a casa do meu irmão, para que ela e a Helena possam sair
juntas, apenas as duas irmãs, em um passeio.
Assim que chegamos, vejo Clark chorando por saber que a Helena
vai sair e ele não irá junto. Abraço o meu sobrinho e o prometo levá-lo ao
parque no dia seguinte. Noto que ele está bastante apegado a irmã da
Emma. As duas saem com o motorista e meu irmão me chama para irmos
até o escritório.
— Não estou aqui hoje para ter que ouvir você falar sobre negócios
irmão. Já disse que fique tranquilo quanto ao prazo do esboço que o autor
J.C, ele sempre entrega, mesmo que com dias de atraso.
— Não lhe chamei aqui para falar sobre trabalho. Na verdade, tenho
que lhe dizer algo antes que os outros saibam — disse Joseph como se
estivesse preocupado.
— O que está acontecendo irmão? O único que costuma dar trabalho
a família sou eu. Então não pense em tomar o meu lugar, mas diga, o que é
tão importante que precisou me trazer até o escritório?
— É sobre a mulher com quem estou namorando, ela é a Helena.
— Que Helena? Não recordo de nenhuma mulher com esse nome,
ela é da empresa? Da sua turma de faculdade? — digo tentando recordar de
onde esse nome me parece familiar.
— Ela é a irmã da sua Emma.
— Você só pode estar de brincadeira comigo. Joseph você tem quase
quarenta anos, a Helena é nova. Ela veio para os Estados Unidos para
estudar, não para se envolver com um homem mais velho. Seja lá o que
vocês já fizeram, acho melhor pararem. Você não a levou para cama, não é?
— Jack. Você sabe muito bem que não sou o tipo de homem que
você costuma ser. Eu não vou usar a Helena. Estamos nos conhecendo, e eu
gosto dela. Tenho receio do que as pessoas vão achar e certamente estou
certo de que não será fácil, a começar por suas conclusões.
— Joseph, você não entende. A Emma se sacrificou por Helena. Ela
fez tudo o que pôde por anos para que a irmã pudesse estar aqui, para
estudar, não para se envolver com um homem mais velho e com um filho.
Precisa entender que isso é loucura. Entendo que deve estar tomado por um
desejo, mas ela é muito nova irmão. Não tem a maturidade que você tem.
Então seja o realista, ela é nova demais, precisa focar nos estudos, na
carreira e não pode se tornar uma mãe e esposa. Eu o conheço e sei que se
continuar com isso, ela vai acabar fazendo o mesmo que a Júlia fez,
deixando de lado todos os sonhos para viver ao seu lado.
— Jack. Não ouse falar da Júlia. Nós dois nos amávamos. Ela
escolheu a mim. Não tirei dela a escolha, foi uma decisão dela, mas você
não sabe dos sacrifícios que as pessoas fazem por amor, nunca foi capaz de
amar ninguém.
Olho para meu irmão, eu estava furioso. Ele não sabia do que eu fui
capaz de sacrificar para vê-lo feliz ao lado da mulher que também o amava,
levanto e antes de sair digo: — Se o que você sente pela Helena é real, é
verdadeiro, saberá que esse é o momento de você colocar em prática o que
acabou de me dizer sobre os sacrifícios que um homem é capaz de fazer por
amor.
Capítulo 26
Joseph Collins
Jack Collins
— E a senhora não vai dizer nada ao seu filho? Ela só tem dezoito
anos. O Joseph tem o dobro da idade dela. Está esperando-o vir lhe contar?
— Jack, meu filho. Acho que você deveria ser o primeiro a entender
que não podemos mandar no nosso coração, desejos e paixões que
sentimos. Você me lembra muito o seu pai. Ele sempre enfrentou tudo com
uma força incrível e na vida dele houveram sacrifícios que precisou lidar,
assim como você ao ver a mulher que era perdidamente apaixonado, com o
seu irmão. Não sei como superou, mas sei que seu coração é gigante e irá
aceitar que a Helena é a única pessoa que deve dizer se o que sente por ele é
mais importante que a diferença de idade deles.
— Quando soube sobre a Júlia? — digo intrigado. Acreditava que
ninguém sabia sobre os meus sentimentos por ela.
— Eu sou sua mãe Jack. Uma mãe sempre conhece o seu filho.
Nunca comentei com você sobre isso, pois assim como o seu pai, você é o
tipo de homem que gosta de manter segredos, mas não se preocupe, esse
segredo manterei guardado. A Júlia era uma boa amiga, mas o destino dela
estava ligado ao do seu irmão. Sei que não foi fácil para você perdê-la para
o seu irmão. Eu lhe admiro muito por ter priorizado a felicidade dela, mas
você merece ser feliz meu filho. Então não estraga tudo com a Emma. Ela
me parece ser uma mulher muito especial e pelo que notei ontem, ela te
olha como eu olhava o seu pai, com amor e paixão.
— Ela é muito especial, disso não tenha dúvidas. Eu não consigo
tirar ela dos meus pensamentos, desde que a conheci no Brasil.
— Espero que seja muito feliz meu filho. Você merece isso. Quanto
ao seu irmão, não se preocupe. Ele não seria capaz de entrar na vida da
Helena para tirar os sonhos dela. Posso dizer também, que mesmo ela sendo
nova, tem uma personalidade forte. Saberá lidar com tudo, seja lá o que for
que ela sinta pelo seu irmão.
— Mãe, a Emma teve que fazer sacrifícios para que a Helena
estivesse aqui. Eu só temo que ela acabe deixando de lado os estudos, para
se tornar uma mãe para o Clark e uma esposa para o Joseph.
— Jack a Helena não é a Júlia, mas também você precisa saber que
o sonho da sua melhor amiga, era se tornar mãe. Quando ela deixou a
empresa no passado, não foi por escolha do Joseph, essa foi uma escolha
dela. E por mais que você esteja preocupado com o futuro da irmã da
mulher que você ama, pare de se preocupar com os outros. Tente viver
intensamente o seu presente e olhe apenas para o seu futuro meu filho —
disse minha mãe, enquanto tocava em minha mão, como se ela quisesse me
dizer que estava na hora de eu deixar de ser apenas o escritor das minhas
experiências, mas ser o autor da minha história, do meu tempo e da minha
vida.
— Eu preciso ir mãe. Tenho que resolver algumas coisas antes da
Emma voltar com a Helena do passeio — digo levantando. Ela me abraça e
eu saio em direção a porta.
— Eu te amo filho.
— Também te amo mãe.
Emma Soares
Olho para ele, tento disfarçar tudo o que estou pensando, com um
sorriso e logo digo: — Acredito que não fui eu quem senti tanto a sua falta,
a julgar pela forma como está me abraçando.
— Podemos ir? — disse ele segurando uma das minhas mãos.
— Na verdade, a sua mãe nos convidou para ficarmos para o jantar.
Não sei o que aconteceu, mas ela me pediu para convencê-lo.
Ele olha para o Clark e Helena, pede licença e sai comigo para fora
do quarto do seu sobrinho, desce as escadas comigo e eu fico sem entender
onde ele quer me levar.
— Jack, o que está acontecendo?
— Tem algo que precisa saber, não sei como vou contar, mas não
posso adiar isso — disse ele enquanto caminhava comigo para o jardim da
mansão.
Será que ele iria me contar sobre o que eu estava pensando? Será
que ele viu que eu segurava a foto da falecida esposa do irmão dele? Paro
perto da piscina e então digo: — Jack eu acho que sei o que você quer me
contar. Eu não queria entrar lá de propósito. Sei que estou a pouco tempo na
sua vida. Entendo que não deve ter sido fácil, mas... — ele me interrompe,
dizendo: — O meu irmão está com a Helena. Eu sinto muito Emma.
— Então é sobre isso?
— Do que você estava falando? — disse ele, me olhando confuso.
— Não é nada. Eu só achei que fosse me dizer algo sobre o seu
passado.
— Você escutou o que eu disse Emma?
— Que Joseph e Helena estão juntos? Sim! Mas não entendi por que
sente muito. Seu irmão por acaso tem os mesmos gostos peculiares que
você? Devo me preocupar com isso?
— Não. O meu irmão, ao contrário de mim, não se envolve com
mulheres por puro prazer. Ele estava sozinho, desde a morte da Júlia até a
chegada da sua irmã. Eu sinto muito por confiar nele. Achei que ele não
ficaria apaixonado por uma moça tão jovem, que tem idade para ser filha
dele. Sei o quanto se esforçou, para sua irmã estar aqui com o propósito de
realizar um sonho. Temo que esse relacionamento possa prejudicá-la.
Jack Collins
Jack Collins
— Eu sei que ela não é apenas sua vizinha Jack. Vi como ela te
olhava. Ela foi sua submissa, não foi?
— Sim, ela foi. Só quero que saiba, que não sinto nada por ela,
apesar de ela estar obcecada por mim. Quando a contratei, como minha
submissa, ela não era a minha vizinha. Então entenda que ela é louca, e eu
não vou ceder, nem permitir que ela continue com essa obsessão.
Ela vira-se para mim, olha nos meus olhos e diz: — Jack. Apenas
prometa que vai continuar sendo verdadeiro comigo. Não me importo com
o motivo que aquela mulher veio lhe procurar, mas não vou aceitar que me
engane ou esconda de mim as coisas.
Ela estava me pedindo mais do que eu poderia dar a ela. Eu a beijei
e fomos juntos até a casa do meu irmão.
Assim que chegamos, todos estavam na sala de estar, sentados,
conversando. Joseph levanta como se quisesse sair, eu me aproximo dele e
digo: — Desculpa irmão. Só quero que seja feliz. Então fique tranquilo.
Não precisa sair de perto de mim, estou na sua casa.
— Obrigado Jack. Significa muito para mim, que esteja me
apoiando. Sabe que não faria nada para machucá-la, muito menos a faria
escolher entre os sonhos dela e a mim.
— Então está na hora de vocês dois parar de esconder o que estão
sentindo para os outros. Somos uma família e acredito que todos aqui
sabem, exceto pelo Clark.
— O Clark já sabe — disse Helena com um sorriso no rosto.
— Todos nós sabemos — disse a minha mãe.
Nos dirigimos para a mesa. Olho para a Helena e o Joseph juntos e
estava claro que eram um casal apaixonado. Emma parecia distante, não sei
se foi pelo o que aconteceu a pouco com a visita da Isabela, ou por algo que
nem mesmo eu poderia imaginar.
Após o jantar ficamos conversando no jardim. A noite estava
agradável. Clark parecia muito feliz, o que me levou a lembrar de Júlia, ele
tem o mesmo sorriso da mãe.
Nos despedimos deles, depois Connor chegou com o carro e entrei
com Emma.
— A noite está agradável. Podíamos ir caminhando para sua casa.
— Tudo bem Gabriel, boa noite. Até mais — digo olhando para o
Jack. Ele pega o meu celular e desliga a chamada.
— Quem é Gabriel?
— Um amigo que conheci nos Estados Unidos, anos atrás, quando
fazia o cursinho.
— Não sei se você é ingênua ou está apenas querendo me ver
irritado. Sabe que esse Gabriel está querendo o que é meu, não sabe?
— O que é seu? Eu não sou sua propriedade Jack. Sou sua
namorada, e o Gabriel e eu, somos amigos de longa data. Se tivesse algo
acontecendo entre nós, teria acontecido a muito tempo.
— Você é minha Emma!
— Jack. O que houve entre você e sua cunhada? — digo voltando
ao assunto que estávamos antes do Gabriel ligar.
— Emma a Júlia era minha melhor amiga. O Joseph conheceu ela
através de mim, quando a convidei para um almoço lá em casa alguns anos
atrás. Foi assim que ela se tornou minha cunhada.
— Entendo. Então vocês eram apenas amigos, como o meu caso e o
do Gabriel?
— Antes de se tornar minha cunhada, ela era minha amiga.
— Então por qual motivo, você tem fotos dela na sua casa? Eu
nunca guardei fotos do Gabriel ou de nenhum amigo, não em locais que
levassem os outros acreditar que era um segredo, algo que não poderia ser
exposto.
— Emma. Aonde você quer chegar com essas especulações?
— Só quero que diga a verdade. A Júlia, era a mulher que você foi
apaixonado por muito tempo, e abriu mão dela para que a mesma fosse feliz
com o seu irmão?
— Emma. Eu gosto de você. Não vamos falar sobre o passado.
Quero apenas que pense no nosso futuro.
— Jack. Se não quer falar sobre isso, eu posso compreender. Sei o
quanto deve ter sido difícil para você, ver a pessoa que amava, feliz ao lado
do homem que você nem poderia sentir raiva. Carregasse um enorme peso
por muito tempo, tendo que esconder de todos seus sentimentos e ainda ter
que renunciar a eles, para ver as pessoas que você amava, juntos e felizes.
Sua vida não deve ter sido fácil, mas eu estou aqui, de coração leve e
entregue a você. Eu tive que suportar grandes dores, que jamais pensei que
conseguiria lidar, até elas serem colocadas diante de mim. Perdi os meus
pais, e em seguida meus avós. Queria que soubesse que não precisa
enfrentar suas dores do passado sozinho. Estou aqui por você Jack.
Ele olha para mim, me beija e o carro para. Olho para os lados e
vejo uma mansão que parecia ser um castelo, miro Jack e então pergunto:
— Onde estamos?
— Na mansão do seu escritor predileto.
— Você conhece ele, mas como? Ninguém nunca o viu e nem sabe
como ele é. Eu vou conhecê-lo?
— Nossa, desse jeito irei ficar com ciúmes desse escritor — digo
com um sorriso no rosto. Chega a ser engraçado eu ter ciúmes de mim
mesmo.
— Ele é talentoso. Acredito que também seja charmoso e lindo, mas
não se preocupe. Não é o tipo de homem que se apaixonaria por mim.
— Emma. Você é uma mulher fantástica e incrivelmente sedutora.
Sua beleza não está apenas na sua aparência, mas também nas suas
palavras. Qualquer homem que tenha o prazer em conhecê-la, seria sortudo.
Então, não acredito que ele não se apaixonaria por você, mas confesso que
eu sou inteligente o suficiente para não deixar que você se apaixone por
outro. Sou o único homem que a fará feliz.
— Isso foi lindo. Obrigada Jack, mas confesso que não esperava
pela última frase que disse. Você até para me elogiar precisa sempre gabar-
se.
— Eu não diria que estou me gabando. Estou sendo realista. Sei que
você me ama Emma. Que sou o homem que a faz sentir-se feliz, e o único
capaz de dar tudo a você, inclusive um prazer como nunca pensou sentir.
— Eu não posso discordar — digo enquanto ele toca em minha
cintura e desce lentamente seus dedos até o meu bumbum.
— Podemos entrar? — digo entusiasmada e em completa euforia.
— Claro, minha pequena leoa. Não te traria até aqui para ficar
apenas admirando o castelo do seu escritor favorito.
Emma Soares
— Anna. Você não pode contar nada ao Jack. Ele não quer ter filhos.
— Amiga, mas ele é o pai. Como você vai fazer? Vai esconder sua
barriga dele a cada mês? Sabe que é impossível esconder uma gestação, não
sabe?
Anna tinha razão. Eu não poderia esconder de Jack que estava
grávida, mas o fato é que eu não vou permitir que ele me faça escolher entre
nosso filho e ele.
Coloco minhas mãos na minha cabeça. Penso no caos que ele vai
ficar, assim que eu contar a ele sobre minha gravidez.
Começo a chorar e Anna me abraça, preocupada comigo.
— Amiga, não chora. Sei que acreditava que não poderia ter filhos,
mas eu estou aqui com você. Tudo vai ficar bem.
— Amiga, eu sei que parece loucura, mas estou chorando de
felicidade. Sempre quis ser mãe e quando recebi a notícia de que eu não
poderia ter filhos, fiquei destruída. Acabei me conformando, mas aqui estou
eu grávida. Não sei como o Jack vai reagir com essa notícia, mas eu o amo
e sei que ele também me ama e vamos juntos nos tornar pais.
Saio do consultório com a ultrassonografia. Decido esperar o melhor
momento para contar ao Jack. Anna estava muito empolgada, me fez ir até
uma loja de produtos para bebês. Eu estava tão feliz, comprei um macacão
amarelo com a frase escrita Best gift “melhor presente. ”
O meu bebê realmente era o meu melhor presente. A Anna comprou
pequenos sapatinhos e logo voltamos para casa.
Jack e Connor já haviam chegado. Anna foi rapidamente para perto
do seu homem e o beijou. Eu estava com as sacolas da loja de bebês e não
sabia como esconder dele naquele momento.
— Já se cansou de mim Emma? — disse ele sentado, me encarando.
Eu tentei disfarçar com um sorriso no rosto. Anna olhou para mim e
logo percebeu. Ela correu em minha direção, pegou as sacolas e disse: —
Obrigada pelos presentes amiga.
Connor pega as sacolas e acaba pegando o macacão. Ele entende
tudo errado e beija a Anna, acreditando que ela está grávida.
Jack vai até ele e o abraça e parabeniza a Anna, que me olha como
se não soubesse o que fazer. Eu olho para ela como se implorasse para não
falar nada e então ela acaba deixando que eles pensem que ela é a grávida.
— É Connor. Parece que vou precisar mandar o meu alfaiate
preparar outro terno, um para o meu casamento e outro para o seu.
— Jack e Connor, a Anna não está grávida.
— Como não? De quem são esses presentes então? Não vai me
dizer que a Helena quem está grávida, é isso Emma? — disse Jack olhando
para mim.
— Vamos Connor. Preciso de uma ajuda na cozinha, venha comigo
— disse Anna, saindo da sala com seu namorado, me deixando a sós com o
Jack.
Aproximo-me dele e então respiro profundamente. Eu não sabia
como ele reagiria ao que estava prestes a dizer, mas não suporto mentiras.
Precisava dizer a verdade de uma vez.
— Jack, a Helena não está grávida, mas eu estou.
Naquele momento, me senti como um objeto de vidro, sendo jogado
e quebrado em pedacinhos. O maior pesadelo se tornou realidade. Como um
homem, como eu poderia ter um filho? Eu estava feliz ao lado da Emma,
mas é sempre assim. Quando me sinto feliz, a vida sempre traz à tona, o
quanto não mereço isso. Não sabia o que falar, diante dessa notícia. Como
vou dizer a mulher que eu amo, que não posso me tornar pai do nosso bebê?
De que maneira vou lidar com a minha doença? A possível situação de risco
que ela pode estar com uma gravidez não planejada.
— Jack. Sei que você não esperava por isso agora. Eu te amo e nada
vai mudar. Tenho ciência que tem medo do novo, mas tenho certeza que
será um bom pai — disse ela, enquanto tocava em uma das minhas mãos,
eu mal conseguia olhar para ela.
Levanto e subo até o nosso quarto. Eu não estava preparado para
aceitar essa gravidez, mas também não estava disposto a perdê-la.
Ela parecia entender que era difícil para mim. Não veio atrás de
mim. Se quer questionou o fato de não ter dito nada após a sua confissão.
Aquela noite seria longa. Minha cabeça parecia pesada demais. Pego
uma garrafa de Whisky que guardei dentro de uma caixa no closet e começo
a beber, sem pensar nas consequências do que poderia acontecer comigo.
— Senhor Collins? — disse o Connor enquanto batia na porta do
meu quarto.
— O que quer Connor? — digo indo em direção a porta.
— Senhor Collins. A senhorita Emma pegou o carro e saiu sozinha.
Ela não parecia bem e a Anna está bastante preocupada.
— Deixe que ela saia para onde quiser Connor. Não a culpo por
estar com raiva de mim.
— Ao menos com isso tenho que concordar com o seu chefe
Connor. Se não pode ser um bom homem para Emma e fazê-la feliz, que
não a faça perder tempo com você.
— Anna! Não fale assim com o senhor Collins querida.
— Connor. Sei que ele é o seu chefe, mas não posso ficar do lado
dele, nem mesmo do seu, não enquanto esse idiota estiver errado — disse
Anna bastante irritada comigo.
Eu fecho a porta e acabo sentindo uma tontura, tento me segurar e
acabo derrubando algumas coisas no chão, consigo chegar na cama e antes
que eu deitasse acabo caindo no chão. Ouço vozes ao fundo e antes que eu
tentasse me levantar, ouço a voz do Connor.
— Senhor Collins, acorde! Senhor Collins.
— O que houve com ele Connor? — disse Anna ao meu lado.
— Anna. Preciso que chame uma ambulância e não conte a ninguém
sobre o que aconteceu aqui, nem mesmo a sua amiga Emma. Vou precisar
sair com ele. Então não se preocupe comigo.
Não demora muito e a ambulância chega. Anna não entendia o que
estava acontecendo, mas a fiz prometer não contar sobre nada do que
aconteceu com o senhor Collins.
Assim que chegamos ao hospital o médico já estava o aguardando.
Levam ele depressa, fico pensando em tudo que ele está passando e fico
triste. Trabalho com o Jack um pouco mais que cinco anos, quando o
conheci no hospital. Não esperava que ele fosse me contratar para ser o seu
funcionário. Eu visitava a minha mãe todos os dias e um dia, ele estava em
frente a máquina do café, pediu que eu lhe comprasse um e depois daquele
dia, acabamos nos tornando amigos.
Sempre o achei solitário, mas o mesmo dizia que tinha a mim para
ser ele mesmo como um amigo que poderia contar.
Com esse trabalho consegui fazer meu curso, pagar as despesas do
hospital e tive um amigo no momento mais difícil da minha vida, após
perder a minha mãe.
O senhor Collins, como costumo chamá-lo, nunca me tratou como
um empregado, apesar de que eu sempre o tratei como meu chefe.
Ele já tinha enfrentado muitas situações em sua vida. Eu sempre
soube da sua paixão pela Julia. Da forma que ele tratava as suas submissas e
como ele era um homem frio que escondia, até mesmo da sua família, a
doença genética que o seu pai tivera anos atrás, o levando a falecer.
Pela primeira vez, desde que trabalho para ele, o vi feliz ao lado da
Emma, mas o medo que ele tem de um futuro que ele julga não conseguir
viver, o faz com que se afaste de tudo que ele ame. Prefere acreditar que a
Júlia nunca o amou e perdeu a oportunidade para o irmão dele, do que
pensar no que realmente aconteceu quando ela pensou em dizer que tinha
sentimentos por ele, antes mesmo de chegar a conhecer o Joseph.
— Connor, o seu chefe está fora de perigo. Ele agora está sedado,
mas receio que se ele continuar ingerindo bebidas alcoólicas e tendo esses
níveis altos de estresse, não sei se ele conseguirá viver uma vida normal.
— Doutor. O que seria uma vida normal para um homem que tem
porfiria aguda? Eu estou a anos trabalhando com ele, e já o vi ter muitos
episódios, como os de hoje. Não acho que ele evitando o estresse e bebida
ele possa viver como uma pessoa que não tem essa doença — digo e logo
vejo o doutor sair, meu celular toca e atendo.
— Oi Anna!
— O seu chefe, como ele está?
— Não se preocupe. Ele está bem, foi só uma queda de pressão, mas
ele já foi atendido.
— Caso ele esteja preocupado com a Emma, avisa a ele que ela já
chegou e está no quarto dormindo.
— Tudo bem meu amor. Obrigado por avisar.
— Você volta hoje? — disse Anna.
— Só amanhã. Não precisa esperar por mim.
Me despeço dela e desligo a chamada. Após algumas horas acabo
cochilando na poltrona ao lado do quarto em que o Jack estava internado.
Emma Soares
Jack Collins
Saio depressa até o hospital. Me sinto culpado por tudo que está
acontecendo. Evitá-la foi doloroso e agora tudo o que eu mais desejo é que
ela esteja bem.
Assim que chego no hospital, pergunto sobre ela, mas não havia
nada lá que pudesse comprovar que ela estava lá.
— Preciso ver as câmeras desse hospital — digo furioso.
— Senhor. Tente ficar calmo. Não tenho acesso às câmeras. Não
acho que isso seja possível — disse a recepcionista do hospital.
— Nada é impossível para mim — digo e em seguida vou até a sala
do diretor do hospital.
Logo sou atendido pelo diretor que me leva até a sala de acesso às
câmeras do hospital. Vejo os vídeos salvos e encontro a Emma.
— Como se chama esse médico? — digo, olhando para a tela.
O funcionário aproxima a imagem do homem e logo me diz: — Ele
é o doutor Caleb. É o novo obstetra do hospital. Um bom homem. As
pessoas falam muito bem dele.
Saio de lá procurando pelo doutor Caleb, foi quando eu o vi
passando pelo corredor.
— Doutor Caleb? — digo o encarando, enquanto o vejo caminhar
em direção a um dos quartos. Então paro de frente para ele.
— Como posso ajudá-lo? — disse ele com um sorriso no rosto, que
fez com que eu me lembrasse que trouxe Emma para este hospital.
— Onde está a minha mulher?
— Qual o nome da sua mulher? O senhor já tentou perguntar na
recepção?
— Você a trouxe até este hospital. Onde está a Emma? — digo
irritado, segurando com força o jaleco que ele usava.
— Fala da mulher que estava dirigindo sozinha com risco de um
aborto ao tentar chegar ao hospital? Onde o senhor estava que ela precisou
passar por tudo isso sozinha?
— Eu não estou aqui para dar satisfações da minha vida ao senhor.
Quero que me diga onde ela está agora.
— Ela já teve alta médica. Apesar de não concordar que ela ficasse
sozinha, quando dei o meu celular para ela ligar para alguém da família, a
mesma disse que não tinha ninguém. Acho melhor se afastar dela. Sei muito
bem que não é o esposo dela, não há alianças, nem na mão dela e muito
menos na sua. Deixe-a em paz.
— Olha aqui doutor, acredito que não seja daqui. Não sabe com
quem está falando, mas parece que está muito interessado na minha mulher.
Vou deixá-lo avisado, que ela não está disponível, se não faço com que seja
demitido por ter sido você quem a trouxe até aqui, caso contrário, seria um
médico desempregado.
— Acho que não está sendo condizente senhor. Não há como me
demitir, mesmo que você fosse poderoso o suficiente até para tentar
comprar todos hospitais da rede Forster. Eu sou o CEO de todos hospitais,
que foram passados de geração em geração, e eu criei filiais por diversos
países. Espero que sua ganância pelo poder, não o faça diminuir as pessoas,
como tentou a pouco fazer comigo. Tenha uma boa vida. Com licença —
disse ele saindo como se nada tivesse acontecido.
Pego o meu celular e ligo para Emma, mas ainda continua
desligado. Saio do hospital em direção ao carro. Dirijo o mais rápido que
posso até a mansão. Assim que chego, subo até o quarto dela e não a vejo.
Apenas algumas roupas em cima da cama. Vou até o closet e noto alguns
cabides vazios.
Pego um vestido e seguro ele. Cheiro aquela peça de roupa e choro,
pensando em tudo que estava acontecendo. Ela apenas foi embora, não
atendia as minhas ligações e tudo que eu tive com ela, pareciam ser apenas
lembranças que estavam vivas em minhas memórias.
Dias se passaram e por mais que eu tentasse ligar para ela, sempre
deixava cair na caixa postal. Eu não conseguia comer, trabalhar. Apenas
escrevia tudo o que eu estava sentindo sem tê-la na minha vida.
Capítulo 30
Jack Collins
Jack Collins
Acordo sentindo uma dor intensa em meu corpo. Olho para os lados
e vejo que estou em uma cama de hospital. Tento me levantar, mas me sinto
fraco. Sinto náusea e uma dor que me incomodava bastante. Vejo o Connor
com o médico, então digo: — O que houve dessa vez?
—Senhor Collins. Connor lhe trouxe aqui após um episódio de
convulsão, chegando aqui desmaiado.
— Connor e a Emma?
— Eu sinto muito senhor Collins, ela já partiu.
— Descubra para onde ela foi. Iremos para o aeroporto, ligue para o
piloto imediatamente — digo tentando me levantar.
— Senhor Collins. Precisa tomar as medicações. Não há nada que
possa fazer agora. Necessita ao menos se recuperar — respondeu
preocupado. Me levantei e antes que eu começasse a andar em direção a
porta, minhas pernas estavam doloridas. Tive que me sentar novamente e
acabei vomitando. Além da dor, das convulsões, as náuseas agora faziam
parte dos meus sintomas.
— Connor, quero que descubra imediatamente onde está a Emma.
Eu não vou perder ela, não enquanto eu estiver vivo.
Olho para a enfermeira que entra no quarto e coloca uma das
medicações por via intravenosa. Eu peço a ela que me dê um sonífero.
Precisava o mais breve possível ficar bem para me encontrar com Emma.
Sinto os meus olhos pesarem e antes que eu conseguisse ligar para ela,
acabo fechando os olhos sob o efeito do sonífero — Connor? O que faz
aqui? Onde está o seu chefe? — disse Cassie preocupada. Eu precisava
dizer toda a verdade a ela.
— Senhora Collins. Sinto muito ter vindo aqui sem avisar, mas
preciso falar algo.
— Sente-se Connor. Aconteceu algo com o Jack? Ele está bem?
— Sinto muito ter que lhe trazer notícias preocupantes, mas há algo
que o meu chefe vem escondendo da família. Talvez por não querer que
fiquem preocupados com ele, mas eu não me sentiria bem se dessa vez eu
chegasse até a sua casa com uma notícia triste.
— Connor. Diz logo o que está acontecendo. Você está me deixando
nervosa.
— O seu filho vem escondendo, há alguns anos, que também possui
porfiria aguda. Ele estava aparentemente bem a meses atrás, mas algumas
situações na vida dele, tem o feito piorar. Os sintomas atacam o corpo dele,
e no momento ele está muito frágil. Está no hospital. Queria trazer boas
notícias, mas infelizmente o médico me informou que esse momento era a
hora da família saber. Eu acredito que ele não esteja melhorando com as
medicações — digo, enquanto vejo a mãe do Jack chorar.
— Ele suportou todas as dores e nunca me disse nada. Como eu não
percebi que havia algo de errado com o meu filho? Que tipo de mãe eu sou?
Connor eu vou pegar minha bolsa e você irá me levar imediatamente para o
hospital.
Levanto ainda em choque. Vejo a Helena e o Joseph passando,
sorrindo e os dois me olham assustados.
Joseph Collins
Connor Bennet
Emma Soares
Emma Soares
Helena Soares
Cambridge...
Emma Soares
Empurro ele para longe de mim com todas as minhas forças e acabo
deixando que as lágrimas percorram a minha face.
— Eu não vou fazer o que quer. Não vou fingir ser sua esposa.
Nunca farei isso.
— Emma. Acho que você não entendeu. Não está aqui para fazer o
que quer, mas o que eu quero.
Ele aproxima-se de mim e toca em meus braços, eu cuspo nele, o
deixando irritado.
— Para o seu próprio bem, é melhor que não me desafie.
— Você pode estar cego de amor por sua esposa, mas talvez o que te
deixou desse jeito foi a forma como você a tratou. Mesmo que eu perdesse a
memória, não iria querer ficar com um homem como você. Por isso ela
provavelmente fugiu, seu louco.
Ele levanta a mão para mim e antes que eu pudesse me esquivar,
sinto o meu rosto arder com o soco que ele dá na minha bochecha.
— Emma. Eu sinto muito. Você me deixou irritado. Eu não queria
ter feito isso.
Cuspo sangue e olho para ele furiosa, pego a bandeja que estava na
cama e jogo nele. Saio pegando tudo o que eu posso e jogo nesse monstro.
— Fique longe de mim! — grito enquanto o vejo sair do quarto.
Vou até o banheiro, que ficava no quarto, olho no espelho e lavo o
meu rosto, minha boca que ainda sangrava e ao ver a minha imagem
refletida no espelho novamente eu choro.
Estar presa em um lugar desconhecido, com um homem que não
consegue controlar seus impulsos, grávida e pensando no Jack que está no
hospital, me deixa completamente desnorteada. Eu não posso sequer ter
notícias dele. Pela primeira vez senti medo de não conseguir enxergar o
meu futuro, mas eu precisava fazer algo para sair desse lugar.
Helena Soares
Chicago…
Chegamos no hospital em que Emma está trabalhando desde que
chegou em Chicago e não consigo encontrá-la. Vou até a recepcionista e
pergunto: — Será que poderia me ajudar? A Emma começou a trabalhar
recentemente neste hospital. Eu sou a irmã dela. Poderia me informar se ela
ainda está trabalhando?
Uma enfermeira que passava, me olha e pergunta o que sou dela,
logo digo que somos irmãs. Ela me chama para ir até a cafeteria do hospital,
Joseph fica me aguardando na recepção.
— A sua irmã saiu hoje pela manhã, só que não saiu do hospital. Ela
subiu, acredito que eu, que deve ter ido para o terraço, o doutor Caleb saiu
da sala dele assim que ela pegou o elevador. Ele viajou com o helicóptero
do hospital.
— Como posso entrar em contato com o doutor Caleb? Teria como
conseguir o contato dele?
— Ele não é o tipo de homem que conversa com as enfermeiras. É
um homem muito reservado. Eu não tenho como ajudá-la com isso.
— Obrigada mesmo assim — digo me levantando e indo até a
recepção.
— Joseph. A Emma não está no hospital desde que eu liguei para
ela. Onde eu vou encontrá-la se não tenho nenhum endereço de onde ela
está morando aqui em Chicago? A enfermeira disse que ela saiu com Caleb.
— Precisamos descobrir onde o Caleb mora. Se descobrirmos onde
ele está, poderemos encontrar a Emma.
Jack Collins
Acordo ainda fraco, mas percebo que não sinto mais dor. Fiquei dias
neste hospital, tentando me recuperar das dores em meu corpo. Apesar de
que, maior que a dor intensa que tive nos últimos dias, a pior delas era a do
arrependimento. Eu deveria ter contado toda a verdade a mulher que eu
amo. Olho para o lado e vejo a minha mãe cochilando, sentada em uma
poltrona ao lado da minha cama, enquanto segurava a minha mão.
Ela abre os seus olhos e assim que me vê, aproxima-se de mim para
dar um abraço.
— O que faz aqui mãe?
— Jack, meu filho. Você esqueceu que tem uma mãe? Como que
fica doente e não me conta nada?
— Onde está o Connor? O que ele falou para a senhora?
— Ele falou tudo. Você não devia ter escondido da sua família isso.
Pode até achar que eu sou uma mulher fraca, mas eu suporto tudo por você
e pelo seu irmão. Me prometa filho, que não irá sofrer sozinho. Sou sua mãe
e quero que possa contar comigo.
Connor entra no quarto, olho para ele e a única coisa que consigo
pensar é na Emma.
— Onde está a Emma, conseguiu encontrá-la?
— Senhor receio que não vai gostar da notícia que descobri. O
detetive encontrou o endereço do Caleb, mas ele está registrado como nosso
vizinho. Quando fomos até lá, fomos recebidos pela Isabela.
— A Isabela? Onde quer chegar com isso? — digo levantando da
cama.
— A Isabela senhor, ela é a irmã do Caleb, mas há mais para
descobrir, do que eu possa lhe dizer. Acho melhor que o senhor veja tudo o
que o detetive conseguiu sobre o Caleb — disse Connor me entregando
uma pasta. Assim que abro, vejo fotos do casamento onde a Emma estava
com ele. Não consigo entender tudo o que vejo, até o Connor me mostrar
um laudo médico, de uma mulher chamada Manuela que parecia ser a
Emma.
— O que significa isso? — pergunto ao Connor confuso.
— A Emma tem uma irmã gêmea. Quando o detetive mostrou fotos
do Caleb com ela, mostrei a Helena que disse que a irmã não estava nos
Estados Unidos na época. Ela até conseguiu mostrar fotos da formatura da
irmã, do dia seguinte ao dia, que o Caleb e a irmã gêmea da Emma casaram.
Pego minhas roupas e vou até o banheiro me trocar. Minha mãe me
puxa dizendo que devo descansar e me recuperar, mas eu não vou ficar nem
mais um dia deitado nessa cama de hospital, enquanto que a mulher que eu
amo e o meu filho, podem estar em perigo.
Capítulo 34
Jack Collins
Assim que troco de roupa, saio com o Connor e minha mãe até o
nosso residencial. Assim que chego, vou até a casa da Isabela que comprou
uma ao lado da minha apenas para tentar me seduzir e ameaçar.
Assim que ela abre a porta eu a puxo até o sofá e jogo seu corpo
contra ele.
— Senti falta disso senhor Collins — ela se ajoelha diante de mim e
coloca um dedo em sua boca.
— Eu não estou aqui para lhe dar prazer sua louca. Quero que me
diga agora onde está o seu irmão. Ele não vai ficar com a minha mulher e
meu filho.
— Se quer tanto a sua atual submissa de volta, vai ter que me dar
prazer antes. O quanto você quer a Emma?
— Eu não vou foder com você sua ninfomaníaca. Acha que só você
sabe dos meus segredos?
— Você descobriu que sou viciada em sexo, mas não consegue
encontrar a Emma. Se quer tanto aquela mulher terá que foder comigo.
Tiro o meu cinto e amarro as mãos dela, a jogo no sofá e vejo ela se
contorcer imaginando que eu irei fazer o que ela tanto quer.
— Diga onde a Emma está! — sussurro no ouvido dela, a fazendo
suspirar de tesão.
— Ela está na antiga casa em que eu e meu irmão morávamos
quando crianças — ela diz enquanto coloco a minha mão no pescoço dela.
A viro de costas. Ela pede que eu tire a calcinha, mas eu ando em
direção a porta e saio a deixando lá amarrada gritando e chamando por
mim.
— Vamos Connor. Já sei onde a Emma está.
Entro no carro e dessa vez dirijo em direção ao local em que espero
ser onde a Emma está.
Após duas horas dirigindo, chego na casa e não penso sequer em
bater na porta ou tocar a campainha. Derrubo tudo por onde passo e assim
que vejo o Caleb, faço o mesmo com ele e dou um soco no rosto dele.
— Onde está ela? — pergunto ainda o socando sem piedade.
— Senhor Collins. Acho que ela está em um dos quartos lá em cima.
Deixe que eu cuido dele.
Subo as escadas e saio quebrando cada porta que encontro,
chamando por Emma, até que escuto uma voz rouca.
— Jack, eu estou aqui.
— Se afaste da porta Emma — conto até cinco e chuto a porta, a
derrubando. Assim que entro no quarto e a vejo, sinto uma imensa raiva do
Caleb.
— O que ele fez com você? Eu sinto muito Emma. Não devia ter
escondido de você sobre a minha doença. Se eu tivesse sido sincero, você
não estaria passando por isso — digo olhando para ela, que estava com
hematomas nos braços e no rosto. Me sinto culpado por tudo que ela
passou, que me abraça como se tivesse feliz em me ver.
— Jack. Você está aqui? Isso é real? — disse ela chorando ainda
abraçada a mim, que me segurava com força, como se não estivesse
acreditando que eu estava ali.
— Emma, não vou deixar que nada mais aconteça a você e ao nosso
filho — a pego em meus braços e saio com ela de lá, a levando para o
hospital.
Connor entrega o Caleb para a polícia, Isabela havia fugido. Mando
que preparem uma mala para mim e para Emma assim que saio do hospital
com ela. Nostálgico ao ouvir o coração do nosso bebê pela primeira vez;
emocionado e aliviado que ela e nosso filho. Filho não, mas sim uma filha e
elas estão bem.
— Para onde estamos indo? — disse ela com sua cabeça deitada em
meu ombro, que coloca a sua mão entre as minhas pernas e passa a língua
em sua boca, me deixando completamente excitado.
Eu a beijo e digo:
— Emma. Pare com isso. Você precisa se recuperar.
— Jack. Eu senti a sua falta. Pensei que o perderia. Tudo o que eu
mais quero é sentir você.
Eu toco nos lábios dela e a beijo dando leves chupadas em sua boca.
— Eu senti a sua falta. Eu te amo Emma.
Ela parecia loucamente insaciável. Segurava com firmeza enquanto
me acariciava, me fazendo querer parar o carro, tiro a mão dela e a beijo.
— Descanse um pouco. Não falta muito para chegarmos.
Ela deita sua cabeça no meu ombro e então me diz: — Jack. Me
promete que nunca mais esconderá nada de mim.
Olho para ela. Fico em silêncio pensando em como direi a ela, que
sou o escritor J.C? Como direi sobre ter amado a Júlia, a falecida esposa do
meu irmão? Esses eram os únicos segredos que ainda não havia revelado.
Ela olhava para mim, esperando que eu dissesse algo. O carro para e
o motorista abre a porta, saio com ela e digo: — Eu prometo ser sincero.
Eu sabia que não poderia esconder isso dela e estava disposto a
contar tudo. Não posso perdê-la outra vez.
Faziam anos que eu não ia à casa de praia da minha família. Era o
meu lugar preferido, mas acabou também se tornando o da Júlia após casar
com o Joseph. Meu irmão não suportava a ideia de que algum de nós
voltássemos para cá. Talvez por não querer que voltássemos a lembrar dela,
cuidando de cada parte dessa casa, como o seu lar.
Eu tinha boas lembranças do lugar em que passei anos vindo com o
meu pai. Era como se eu pudesse ainda ver aquelas lembranças que foram
apagadas com o passar dos anos pela ausência dele, após a sua morte.
Pego a Emma em meus braços e entro com ela na casa. A levo para
o quarto. Ela puxa a minha camisa social, a rasgando enquanto nos
beijamos. Eu a levo para a cama e toco em sua intimidade, puxo sua
calcinha. Em seguida ela tira o vestido, escuto ela gemer com dor ao ter
passado o vestido por um hematoma que está em seu braço.
Eu sento na cama olhando para o braço dela, preocupado e me
sentindo culpado. Ela me abraça e diz: — Está tudo bem. Logo vou me
recuperar.
Ela era uma mulher forte. A admirava e sentia como se toda a minha
felicidade estivesse diante dos meus olhos. Ela era tudo para mim. Eu não
podia continuar escondendo dela mais nada.
— Emma. Tem coisas que preciso lhe dizer.
— Seja o que for, pode esperar. Eu quero você. Quero sentir você.
Quero que me foda Jack — ela sussurrou em meu ouvido, enquanto abria o
zíper da minha calça. Eu estava alterado, louco para penetrar nela e fazê-la
gemer.
Jack Collins
Acordo cedo. Olho para o Jack que ainda dormia. Desço as escadas
para pegar água e levou um susto ao ver diante de mim a mesma mulher
que vi apenas em retratos. Eu não acreditava que era um espírito, ela
parecia real, exceto pelo fato de que eu sabia que ela estava morta. Era isso
que eu acreditava que havia acontecido com a mãe do Clark, esposa do
irmão do Jack.
— Eu devo estar sonhando. Só pode ser isso.
— Quem é você? O que faz na minha casa? — disse Júlia me
encarando. Eu não sabia mais, se era real ou se pela primeira vez, eu estava
em um sonho em que falavam comigo.
Fecho os meus olhos e abro várias vezes. Ela continuava ali, parada,
me encarando.
Ouço Jack perguntar se estou bem enquanto o vejo descer as escadas
e assim que ele me olha. Ainda sem acreditar no que eu estou vendo eu
pergunto: — Você está vendo-a?
Jack tira o seu olhar de mim e assim que olha para a suposta falecida
esposa do Joseph, diz: — Júlia?
Ele parecia tão espantado quanto eu, até que ela se aproxima dele e
o abraça.
— Como você está viva? Eu fui para o seu velório. Meu irmão
chorou e ficou de luto por sua causa. O que realmente aconteceu? — digo e
logo a solto de mim.
— Jack. Eu não podia continuar com uma vida de farsas. Nunca
amei o seu irmão. A única pessoa que sabia que estava viva era a sua mãe.
— A minha mãe? Se você não amava o meu irmão, por que se casou
com ele Júlia? Você teve um filho dele. Fingiu por três anos estar
perdidamente apaixonada por ele. És com certeza uma boa atriz na vida da
minha família.
— Olha, eu vou subir. Acho que vocês têm muito o que falar meu
amor. Com licença — disse Emma, me olhando ainda assustada com toda a
situação.
— Não demoro muito meu amor. Já subo para tomar um banho e
irmos tomar o café da manhã em uma cafeteria que tem aqui próximo —
seguro na cintura dela e a beijo.
Assim que ela sobe, eu sento no sofá e olhando para Júlia. Aponto
para a poltrona que tinha na sala, ela senta e logo começa dizendo: — Você
é casado.
— Ainda não, mas muito em breve serei.
— Jack. O Joseph sempre foi muito atencioso, carinhoso e eu achei
que conseguiria ser feliz com ele, mas assim como você, me enganei.
— Assim como eu? Júlia você deixou seu filho sem mãe desde que
ele nasceu. A minha mãe deve ter um bom motivo para ter deixado que
você fosse embora e ainda sustentasse a mentira de que você estava morta.
— Desde o dia que eu te conheci, me apaixonei por você Jack. Dei
todos os sinais possíveis que uma mulher pode dar. Eu só não tive coragem
de dizer, mas você nunca notou ou talvez fingiu não perceber. Comecei a
me relacionar com o Joseph, acreditando que você iria perceber que eu
estava cometendo um erro, mas quem cometeu o maior dos erros, fui eu. A
sua mãe notou o que eu estava fazendo, me pediu para contar a verdade ao
Joseph, pois ele não merecia ser enganado. Foi então que fiquei grávida e
não podia continuar com a mentira. Apenas após o parto, eu fui para outro
hospital e troquei meu nome com a outra mulher que havia morrido no
parto. Sua mãe me ajudou a sustentar toda mentira e dessa forma, eu
comecei uma nova vida aqui, nessa casa de praia em que ela me deu.
— Eu acreditava que amava você. Achei que por causa da minha
doença, eu fugia desse amor, que na verdade não passou de uma paixão. Me
agarrei nessa possibilidade de que a amava, mas se eu realmente sentisse
por você algo que nunca fui capaz de sentir antes até encontrar a Emma, eu
não teria deixado que se casasse com o meu irmão. Vou sair com Emma
para a cafeteria e depois sairei daqui e encontrarei um hotel. Adeus Júlia.
— Jack. Tem algo que precisa saber.
— Acho que já chega por hoje Júlia. Você me falou muito mais do
que eu posso entender.
— Eu tenho câncer. Talvez mais alguns meses de vida, ou posso
morrer amanhã — disse, segurando o meu braço, enquanto eu subia as
escadas.
— Sinto muito. Aproveite seu pouco tempo de vida, da forma que
passou os últimos anos, fingindo estar morta. Não ouse voltar para a vida da
minha família. Jamais vou deixar que fira os sentimentos do meu irmão e
sobrinho.
— Você realmente ama a Emma?
Viro-me e olhando nos olhos dela, digo: — Um dia da minha vida
sem a presença dela é como o céu sem sol em plena manhã. Ela é tudo o
que eu mais busquei em uma mulher. Estive com muitas mulheres, mas
desde que a conheci, não há um só dia que não seja iluminado quando eu
acordo ao lado dela Ela solta o meu braço e continuo subindo as escadas.
Assim que entro no quarto, vou rapidamente em direção a Emma, que
estava sentada na varanda, de frente para o mar. Coloco a minha mão no
ombro dela e segurando sua mão a ajudo a levantar.
Toco em sua barriga e depois a beijo com muito desejo. Ela era
incrível e exalava calmaria.
A olho nos seus olhos castanhos e ela fixa seu olhar em direção ao
mar. Ficamos por alguns minutos ali, abraçados.
— Sabe o que esse mar e meu amor por você tem em comum?
— Ele é real? — diz ela, com um sorriso largo e um brilho intenso
em seu olhar.
— Ele é incapaz de ser medido. É como o amor que eu sinto por
você Emma.
— O que deu em você? Não conhecia esse seu lado romântico,
calmo e sereno.
Jack Collins
Emma Soares
Helena e Clark me abraçam. Logo ele olha para minha barriga e diz:
— Titia, vai ter um bebê?
— Sim Clark, a sua prima — digo o colocando em meus braços.
— Emma não segura o Clark. Não quero que faça esforço — Jack
aproxima-se de mim e coloca o Clark em seu colo.
Abraço a minha irmã novamente e a Cassie aparece. Jack solta o
Clark e vai até sua mãe a levando para fora da mansão. Eu sabia que ele iria
confrontá-la por saber sobre a Júlia. Só não imaginava que seria assim que a
visse.
— O que é isso meu filho? Como você sai me puxando para fora de
casa. Acaso ficou louco?
— Não tanto como a senhora mãe. Como consegue olhar nos olhos
do Joseph e do Clark e fingir por anos que a Júlia estava morta?
— O que você está dizendo Jack? — ela tenta disfarçar e continuar
com sua mentira.
— Eu estava na casa de praia mãe. Já sei que a Júlia está viva.
— Jack. É melhor ver meu filho sofrer, acreditando que a sua
mulher faleceu, do que ter que vê-lo sofrer por saber que foi enganado por
anos, ao lado de uma mulher que desejava o irmão dele.
— Espero que ela não venha até aqui para estragar a vida dele, pois
se ela contar a verdade que a senhora sabia sobre ela estar viva, o Joseph
não vai lhe perdoar.
Capítulo 37
Jack Collins
Jack Collins
Clark estava animado, pela primeira vez ele iria dormir na minha
casa. Emma ainda não sabia sobre os meus planos, mas acabou me
ajudando. Talvez ela soubesse, ou apenas estivesse feliz, por me ver no
mesmo dia que lhe disse que talvez demorasse para voltar.
— Emma. Tenho que lhe dizer algo — meu celular toca e era a
Júlia. Ela parecia obstinada e me pedia que deixasse que ela visse o seu
filho naquela noite.
— Iremos para uma pizzaria. Te envio o endereço por mensagem.
Desligo a chamada e envio o endereço para ela, em seguida Emma
me olha e pergunta: — É sobre a Júlia, não é? — disse ela sussurrando
enquanto olhava para o Clark.
— Sim, mas como você sabe? — pergunto intrigado.
— Sua mãe sabia que iria até ela, talvez para tentar ajudá-la. Eu não
sei se é o certo, mas confio em você Jack. Então qual é o plano? — ela
estava radiante e eu sentia vontade de viver. Tinha esperanças para o futuro.
Não queria perder sequer um segundo da minha vida sem ela ao meu lado.
— Apenas realizar um desejo dela — digo sussurrando para ela.
— Que seria ver o filho? — disse ela me encarando.
Balancei a minha cabeça em sinal positivo. Entro no carro com
Clark e Emma e vamos direto para a pizzaria. Assim que terminamos de
jantar, olho para o lado da minha mesa e lá estava Júlia, sozinha, comendo
uma pizza enquanto aproveitava cada segundo daquela noite. Ao ver e ouvir
a voz do seu filho, mesmo que em uma outra mesa, ela parecia feliz e ao
mesmo tempo lágrimas desciam em sua face.
Levanto com Emma e Clark e Júlia acaba derrubando algo no chão,
o meu sobrinho rapidamente pega e entrega a ela. Júlia o abraça, Clark
retribui.
Olho para ela, que gesticula um obrigada, sem precisar deixar que
sua voz saísse.
Clark entrega a pequena caixa que Júlia havia derrubado, então ela
diz: — Pode ficar. Nunca se esqueça que um anjo o protege.
— Obrigado senhora. Tio Jack, eu posso ficar? — ele me pergunta,
mostrando um pingente de anjo para mim.
— Pode! — digo e logo saio com Emma e Clark.
Naquela mesma noite o gerente do hotel me liga, informando que a
Júlia havia falecido, enquanto entrava no hotel.
Ela precisava ver o seu filho, abriu mão do seu futuro, para que o
Clark pudesse ter um. Naquela noite, pela primeira vez, eu chorei como um
menino. Desde que meu pai havia morrido, eu nunca consegui derramar
uma lágrima, mas segurando aquele papel e o lendo novamente, em casa, ao
lado da Emma que dormia, tive medo de perdê-la, eu desejava viver como
nunca desejei tanto algo em minha vida.
— O que foi Jack? — pergunto assim que acordo e o vejo sentado
na cama.
Ele não diz nada, parecia distante. Eu o abraço e noto que ele
segurava um pequeno pedaço de papel. Ele vira-se para mim e diz: — Casa
comigo Emma!
Olho para ele confusa. Não parecia ser o tipo de homem que casaria
algum dia.— sinto suas mãos tocarem minhas costas.
— O que aconteceu Jack? Você estava chorando? O que houve?
— A Júlia está morta, o meu pai está morto. Eu não quero passar
mais nenhum dia da minha vida sem que eu possa chamá-la de minha
esposa.
— Jack. Eu preciso ir para o hospital, a minha bolsa acabou de
estourar.
Ele levanta rapidamente e fica desnorteado andando de um lado para
o outro, até que sinto o cheiro forte de xixi nos lençóis.
Começo a dar gargalhadas altas e ele se aproxima de mim, confuso.
— Estava mentindo Emma?
— Eu achei que a bolsa tinha estourado, mas foi apenas minha
bexiga cheia.
— Você fez xixi na cama? — ele dava gargalhadas e eu ficava
envergonhada, apesar de não parar de rir também.
— Eu aceito Jack!
— Devo me preocupar após o casamento? Irei precisar colocar
fraldas em você meu amor?
— Que engraçadinho. Acho que não vou aceitar me casar com você.
— Já aceitou. Não pode mudar de ideia. Você será minha e eu serei
seu para sempre, então não ouse dizer não, eu sei que você me ama.
— É verdade. Eu te amo Jack e amo esse novo homem que se
tornou.
— Isso é totalmente culpa sua Emma. Chegou na minha vida, como
um furacão, derrubando tudo e mudando o que eu precisava para tornar-me
um homem digno do seu amor.
Ela parecia feliz, me beijou e senti sua mão empurrando meu corpo
para o tapete que tinha no quarto.
Ela me deixa ali, enquanto vai até o banheiro tomar um banho, me
levanto e caminho em direção a ela, pego o sabonete e passo delicadamente
pelo seu corpo, ela sente minhas mãos acariciando os seus seios, enquanto
passo a minha barba em seu pescoço, a deixando arrepiada.
Assim que saímos do banho, a levo pro quarto do prazer, deitamos
na cama redonda com teto espelhado e ela me deixa completamente
excitado ao me chupar, a levanto e prendo seus braços na cabeceira da cama
e toco em seu clitóris, a fazendo gemer de prazer, em seguida encaixo
minha intimidade nela e coloco meus dedos em seus lábios enquanto
transamos.
Emma não queria um enorme casamento, os dias foram se passando
e minha mãe organizava com ela, uma pequena cerimônia na igreja. Ela
insistiu para que não tivesse uma festa, preferiu apenas um jantar em
família com poucos amigos.
A cada dia ela estava mais iluminada. Faltavam poucas semanas
para a nossa filha nascer. Eu nunca me vi em um terno para meu casamento,
mas aqui estou eu, provando um terno para no final de semana me casar.
— Como estou? — Joseph perguntou, enquanto olhava para o
espelho.
— Está parecendo que quem irá se casar será você. Achei que seu
terno seria azul marinho — digo intrigado.
— Esse terno é para uma outra ocasião. Não é para o seu casamento.
— Já está pensando em pedir a Helena em casamento?
— Sim! Hoje irei buscá-la na universidade e irei fazer o pedido. Em
seguida iremos para o hotel fazenda da nossa família — disse ele, logo pego
da minha carteira camisinhas e o entrego.
— O que significa isso Jack?
— Não engravide a irmã da Emma antes dela terminar o curso.
Joseph Collins
Helena Soares
Emma Soares
Jack Collins
— Está tudo bem meu amor? — pergunto preocupado.
— Jack. Eu preciso tomar um banho e você precisa me ajudar
pegando as coisas e levando para o carro — ela entrou no chuveiro.
Enquanto ela tomava banho e eu pegava as malas, podia escutar ela gritar
de dor com as contrações.
A ajudei a se secar e ase vestir. Massageei as costas dela e assim que
as contrações cessaram, por alguns minutos desço com ela até o carro.
Connor já estava dentro do carro nos aguardando. Fui o caminho todo
fazendo massagens em suas costas.
Assim que chegamos ao hospital, ela foi diretamente para a sala de
parto. Entro junto e estava com cinco centímetros de dilatação, foram horas
até a nossa filha nascer. Emma foi forte e tentou parto normal, mas ela não
tinha passagem e foi feito uma cesariana. O que importava para mim,
naquele momento, era apenas elas duas.
Fim!
Agradecimentos:
Agradeço a Deus, em primeiro lugar, por seu infinito amor e por me proporcionar o dom da escrita,
um dos belos presentes que me confiou nesta vida repleta de pessoas que admiro e as tenho como
tesouros doados pelo Senhor.
Agradeço à minha mãe, uma mulher única, admirável, guerreira e de fibra, que sempre me ensina a
ter fé em todos momentos, por seu amor e carinho, por acreditar nos meus sonhos, mesmo que eles
ainda sejam apenas desejos do meu coração, sempre me motivando a continuar e me dando total
apoio, que Deus a conceda muitos anos para que juntas, possamos vivenciar nossas conquistas, pois
sem o seu amor, não seria a mulher que me tornei hoje.
Agradeço a minha família, meu esposo Michel, que foi o meu maior incentivador para que eu
iniciasse como autora de romances, acreditando em mim, antes mesmo que eu, me fazendo idealizar
esse sonho que se tornou realidade em minha vida, como escritora. Aos meus filhos que me torna a
cada dia uma mãe que não desiste de lutar e alcançar os sonhos, sou grata a Deus por ter vocês em
minha vida, os amo muito.
A Adri Luna que por muito tempo, me incentiva a iniciar minha carreira de escritora na Amazon, me
ajudando sempre, para que essa meta se tornasse realidade, Deus te abençoe amiga, muito obrigada
pelo carinho e pela persistência em acreditar no meu sucesso.
A minha editora e amiga Ingrid Lopes, muito obrigada por todo carinho, pela sua amizade, pelo seu
jeito especial de cuidar tão bem dos meus enredos e a delicadeza em doar-se, fazendo o seu melhor
como editora e amiga.
Somos todas estrelas, e eu não seria a autora que me tornei hoje sem as minhas lindas estrelas que são
as leitoras que me acompanham nessa jornada linda, apaixonante e envolvente, no mundo dos
romances. Muito obrigada por todo apoio e incentivo. Em especial a minha segunda família, todas
que fazem parte do grupo leoas literárias e a equipe de adms, que me ajudam diariamente e me fazem
sentir que sou querida e amada, muito obrigada pela dedicação, quero que saibam que vocês me
inspiram, amo vocês!
Muito obrigada a todas colaboradoras que fizeram parte do meu primeiro lançamento na amazon,
como Vick, designer, Marta Ceccato, revisora, Maya Silva, capista, Adriana Letícia, diagramadora e
Leticia Ribas, leitura coletiva.
Table of Contents
Nota da autora
Sinopse
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Agradecimentos: