CARGOS
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Os Oficiais da Loja
Os antigos rituais dizem que três maçons formam uma Loja simples, cinco formam uma Loja justa e sete
formam uma Loja perfeita. Os três, referem-se às três luzes da Loja, ou seja, o Venerável Mestre, o
Primeiro Vigilante e o Segundo Vigilante. os cinco incluiriam aí mais dois oficiais, compondo a diretoria,
ou seja, o Orador e o Secretário, e os dois últimos, seriam as demais dignidades, a saber, Tesoureiro e
Chanceler. Entretanto, não há como a Loja trabalhar sem um Mestre de Cerimônias ou um Guarda do
Templo. De fato, para a prático do Rito Escocês Antigo e Aceito, são necessários 22 Oficiais, que devem
ser mestres maçons, além de companheiros e aprendizes, sem os quais a Loja perde sua razão de existir.
Dignidades:
- 4. Orador
- 5. Secretário
As Luzes presidem a Loja, e devem, em conjunto com as dignidades, decidir o planejamento dos
trabalhos e os rumos que a Loja deverá seguir. Embora esse trabalho seja feito em conjunto, cada Oficial
tem suas obrigações específicas, a saber:
O Venerável Mestre é o presidente da Oficina. Sua função é a mais trabalhosa em Loja, pois, além de
conduzir as reuniões, deve dirigir todas as atividades da Loja, planejando seu crescimento e
desenvolvimento. Deve, junto com os demais oficiais, decidir o conteúdo de cada Sessão, ordenar os
trabalhos, além de orientar todos os que lhe pedirem auxílio ou sugestão. Tem ainda a obrigação de
dirigir os estudos dos mestres. Sua jóia, o esquadro, representa a fusão das virtudes de ambos os
Vigilantes, e tem assento em altar no Oriente, sob o dossel, de onde observa a alvorada, o nascimento do
Sol. Em sessões magnas de Iniciação, Elevação ou Exaltação, somente um mestre instalado pode ocupar
o cargo de Venerável Mestre, pois somente os mestres que passaram pela instalação podem portar a
espada flamígera e conceder graus aos Irmãos da Loja. Em caso de impedimento da presença do
Venerável de ofício, um outro mestre instalado deverá conduzir a sessão, se for magna.
O Primeiro Vigilante é o vice-presidente da Loja, e preside a Coluna do Norte. Deve estar sempre
preparado para substituir o Venerável Mestre, se o mesmo tiver que faltar aos trabalhos por qualquer
motivo. Deve transmitir as determinações do Venerável Mestre ao Segundo Vigilantes e é responsável
pela direção dos trabalhos dos companheiros, além de manter a disciplina de todos os membros do
Ocidente. Sua jóia é um nível, representando a igualdade de julgamento entre os Irmãos. Tem assento em
altar ao Ocidente, de onde observa o ocaso do Sol, podendo cumprir ainda sua função de fechar a Loja. É
o Primeiro Vigilante quem determina quais companheiros estão aptos a receber o aumento de salário, isto
é, a exaltação ao grau de mestre. Durante a abertura dos trabalhos, o Primeiro Vigilante tem a função de
verificar se todos os presentes são maçons, podendo, para tanto, deixar o seu trono e circular o Ocidente,
verificando se todos fazem o Sinal corretamente.
O Segundo Vigilante é o segundo vice-presidente da Loja, e preside a Coluna do Sul. Deve estar sempre
preparado para substituir o Primeiro Vigilante, se o mesmo tiver que faltar os trabalhos por qualquer
motivo. Deve transmitir as informações recebidas do Primeiro Vigilante aos membros de sua Coluna. É o
responsável pela direção dos trabalhos dos aprendizes, papel muito importante, pois desse trabalho serão
produzidos os frutos de bons mestres no futuro. Sua jóia é um prumo, representando a retidão de caráter
da qual o Segundo Vigilante deve ser o exemplo, e todos os aprendizes devem ostentar. Toma assento em
altar no Sul, ao meridiano, de onde observa o Sol em seu ponto de maior intensidade, sendo por isso o
repsonsável por dirigir a quantidade de luz e conhecimento que deverá transmitir aos aprendizes. É o
Segundo Vigilante quem determina quais aprendizes estão qualificados para receber o aumento de
salário, isto é, a elevação ao grau de companheiro.
O Orador é o Guarda da Lei, e responsável por observar que todos os trabalhos da Loja sejam feitos de
acordo com os Rituais, com o Estatuto e Regimento Interno da Loja e, quando a Loja estiver filiada à uma
obediência, de acordo com as Constituições e Leis dessa obediência. Assim, nenhuma Loja está
concluída sem a aprovação deste, e a ele compete representar a autoridade da Lei em Loja, quando a
mesma não for observada. Além disso, suas funções incluem a leitura de Atos e Decretos, quando
necessário, a conferência das Bolsas de Propostas e Informações e de Beneficência, da qual fará o
anúncio, além da saudação aos irmãos recém-iniciados, aos visitantes, às autoridades e ao Pavilhão
Nacional. Sua jóia é um Livro aberto, que alude tanto ao Livro da Lei quanto às Constituições e Leis.
Tem assento no Oriente, em altar ao Norte, ao lado da balaustrada.
O Secretário é o responsável por registrar todos os acontecimentos das reuniões em Atas, além de
gerenciar a correspondência da Loja e as documentações que devem ser retiradas ou submetidas à
obediância, quando houver esta. Deve ainda, antes das reuniões, em conjunto com o Venerável Mestre,
relacionar os temas a ser abordados na reunião, bem como definir o tempo que será dispensado a cada
assunto. Por estas razões, o Secretário deve estar sempre a par de tudo o que ocorre com a Loja, e o
Oficial que ocupará este cargo deve cuidar para faltar o mínimo possível. Sua jóia são duas penas
cruzadas, representando o trabalho de lavrar as Atas e Documentos da Loja e também tem assento em
altar no Oriente, porém do lado Sul, ao lado da Balaustrada.
O Tesoureiro é quem administra as finanças da Loja. Seu dever é receber as mensalidades dos Irmãos,
além de outros rendimentos que a Loja pode ter e doações, registrando tudo em livros-caixa, além de
pagar as contas da Loja. Deve solicitar autorização do Venerável Mestre para utilizar os recursos da
Tesouraria, com a compra de novos materiais ritualísticos, paramentos, etc., e deve também,
trimestralmente, apresentar à Comissão responsável a prestação de contas para aprovação, e após essa
aprovação, apresentá-la a todos os Irmãos. Sempre que solicitado, deverá fornecer relação com os nomes
dos Irmãos e a situação de cada um ao Venerável Mestre. Sua jóia é duas chaves cruzadas, representando
o cofre onde guarda os fundos da Loja. Tem assento em altar no Ocidente, ao Norte, encostado à
Balaustrada.
O Chanceler é reponsável pelo controle social da Loja, guardando as listas de presença dos Irmãos,
lembrando dos aniversários e felicitando os Irmãos e suas famílias em nome da Loja, rementendo
convites para os eventos e cuidando para que todos os Irmãos sejam lembrados. Quando observar falta
dos Irmãos aos trabalhos, deve telefonar para verificar o motivo das ausências, trabalho este que pode
ser feito em parceria com o Hospitaleiro, auxiliando os Irmãos a retornar aos trabalhos o quanto antes.
Deve, sempre que solicitado, apresentar relatório detalhado de freqüência dos Irmãos. Sua jóia é um
timbre, o timbre do Selo da Loja, com o qual chancelará todos os documentos e a participação de todos
os Irmãos nos trabalhos. Seu assento também é em altar no Ocidente, ao Sul, encostado à Balaustrada.
O Mestre de Cerimônias é o responsável pela condução do cerimonial das Sessões da Loja, iniciando
com a distribuição dos cargos, a formação do cortejo, o ingresso ao Templo, e encerramento. Durante a
reunião, deve cumprir diversas funções para que a ritualística seja perfeita, além de conduzir os Irmãos
que, por algum motivo, precisem se deslocar no Templo. Sua jóia é um régua, e carrega também essa
régua no topo de seu bastão, para que todos os Irmãos possam vê-lo e identificá-lo no meio do grupo. A
régua aqui, representa sua fiel observação à ritualística maçônica. Seu assento é no Ocidente, ao Sul,
encostado à Balaustrada, em cadeira colocada logo à frente do altar do Chanceler.
O Hospitaleiro é responsável pelas ações de beneficência e solidariedade da Loja, e pelo bem estar dos
Irmãos. Deve trabalhar em conjunto com o Chanceler e, sempre que souber que algum Irmão está em
dificuldades, deverá solicitar à Loja auxílio para o Irmão. É o Hospitaleiro quem circula o Tronco de
Beneficência nas Lojas, e guarda os valores arrecadados por esse Tronco, que devem obrigatoriamente
ser investidos em ações sociais e no socorro aos Irmãos. Embora esses valores não passem pela custódia
do Tesoureiro, deve informar ao mesmo a situação de seu caixa, que deverá ser registrado nos livros-
caixa da Loja, embora em separado. Também deverá prestar contas trimestralmente, além de
disponibilizar relatórios sempre que solicitado pelo Venerável Mestre. Sua jóia é o Tronco de
Beneficência, recordando sempre que ele está à disposição para socorrer e auxiliar os Irmãos
necessitados. Tem assento no Ocidente, ao Norte, encostado à Balaustarda, em cadeira colocada à frente
do altar do Tesoureiro.
Os Diáconos participam da abertura e encerramento dos trabalhos, formando o pálio sob qual é aberta a
Loja. Além disso, é função do Primeiro Diácono levar e trazer as ordens e documentos do Venerável
Mestre para todos os presentes no Oriente, além dos Vigilantes e Dignidades no Ocidente. O Segundo
Diácono, por sua vez, transmite as ordens e determinações do Primeiro Vigilante para o Segundo
Vigilante, e dos dois Vigilantes aos demais Obreiros, além de guardar para que todos os Irmãos se
portem em seus lugares de maneira respeitosa e correta, com respeito disciplina e ordem. A jóia dos
diáconos é um pombo, representando sua função de transmitir as mensagens pela Loja, e os Diáconos
portam bastão com Pombos também, para que possam ser vistos, levando as instruções de um Oficial, à
outro. O Primeiro Diácono tem assento no Oriente, à direita do altar do Venerável Mestre, abaixo do
sólio, para receber as ordens deste e transmití-las aos demais, e o Segundo Diácono tem assento no
Ocidente, à direita do altar do Primeiro Vigilante, para transmitir as ordens deste à todos no Ocidente.
Os Expertos são os condutores dos candidatos à Iniciação. Seu trabalho tem início na recepção dos
candidatos, e termina apenas quando os mesmos recebem a Luz. Durante o cerimonial de Iniciação os
Expertos tem o maior trabalho, e são os grandes responsáveis por uma boa Iniciação, razão pela qual
devem se dedicar de corpo e alma à função. Suas jóias são um punhal, e seus assentos são no Ocidente,
próximos à porta do Templo.
O Cobridor Interno é o Guarda Espiritual da Loja. Com espada em punho durante toda a sessão, sua
função não é proteger a Loja de uma invasão de uma Loja inimiga - se tal coisa existisse - mas ser um
Guarda Espiritual, para que pensamentos e sentimentos profanos não adentrem ao Templo. Para conseguir
sucesso em tal tarefa, o Cobridor Interno deve chegar à Loja com antecedência, e esquecer quaisquer
problemas do mundo profano, transmitindo a todos os Irmãos a sensação de confiança, respeito e carinho.
Além disso, o Cobridor Interno é responsável por anunciar à assembléia toda vez que alguma pessoa
encontrar-se do lado de fora do Templo, solicitando ingresso. Durante a abertura dos trabalhos, e após a
circulação do Tronco de Beneficência, nenhum Irmão pode adentrar ao Templo. Sua jóia são duas
espadas cruzadas, e seu assento é no Ocidente, ao Sul, encostado à porta do Templo. O Cobridor Externo
é o responsável por conferir se as pessoas que chegam aos trabalhos durante a sessão estão aptos a
freqüentá-la. Deve certificar-se que a pessoa que deseja ingresso está qualificada para lá ingressar,
avisando ao Cobridor Interno sempre que um Irmão puder acessar a Loja. Durante a abertura e após a
circulação do Tronco de Beneficência, o Cobridor Externo permanece fora do Templo, guardando para
que ninguém mais entre, sem saber se a Loja está trabalhando ou não. Durante o restante da sessão, o
Cobridor Externo entra discretamente no Templo, sem solicitar autorização ou chamar a atenção, e toma
assento específico, somente saindo para verificar quem chega se alguem tocar a campainha do prédio.
Sua jóia é uma alfanje e seu assento é no Ocidente, ao Norte, enconstado à porta do Templo.
O Mestre de Banquetes é o responsável pela realização dos eventos especiais da Loja, Aniversários,
Banquetes Ritualísticos, Sessões Especiais Públicas, etc.. Para estes eventos especiais, o Mestre de
Banquetes deverá trabalhar em conjunto com a Comissão de Banquetes, as Luzes e com o Tesoureiro para
realização desses eventos, além de contar com os esforços do Chanceler e do Secretário, para realizar os
convites formais aos Irmãos do quadro e famílias (Chanceler) e a maçons visitantes, Lojas amigas, e
autoridade maçônicas (Secretário). Além disso, para as reuniões ordinárias, o Mestre de Banquetes deve
providenciar que, após a sessão, exista um pequeno banquete para os membros da Loja, pois além de
prover alimento que é importante, pois muitos Irmãos não tem tempo de comer antes de ir para a Loja, e
muito tempo sem alimentação pode causarlhes mal, o ágape após as reuniões, geralmente chamado "Copo
D'água" é uma tradição que descende dos tempos de Zoroastro, o místico persa, que sempre encerrava os
trabalhos religiosos de seu grupo com um banquete. Sua jóia é uma cornucópia, elemento místico e
mágico que provê alimentos infinitos à quem precisa. Não tem lugar próprio em Templo, geralmente
tomando assento na base da Coluna do Norte, em seu lado mais Oriental. O Mestre de Banquetes pode,
com autorização do Venerável, deixar os trabalhos após a circulação do Tronco de Beneficência, a fim de
adiantar o trabalho do Copo D'água.
O Arquiteto é o último Oficial da Loja, mas seu trabalho não é menos importante. Cumpre a ele vistoriar
todo o material ritualístico e administrativo, certificando-se que a Loja possúi todos os paramentos, jóias
e acessórios necessários para seus trabalhos, além de materiais não duráveis, velas, papéis, envelopes,
enfim, todos os materiais que a Loja precisa. Sempre que algum ítem necessitar substituição ou reparo, o
Arquiteto solicitará ao Tesoureiro recursos para aquisição dos mesmos. Sua jóia é uma Trolha, símbolo
do trabalho para assentar a massa e aparar os detalhes, pois seu trabalho é justamente garantir para que
nunca faltem à loja àqueles pequenos detalhes, ítens geralmente baratos mas que tornam os trabalhos
muito mais agradáveis. Assim como o Mestre de Banquetes, não tem assento definido dentro do Templo,
geralmente sentando-se na base da Coluna Norte, em seu lado mais Oriental.
De todos os cargos aqui apresentados, à exceção das Luzes, os demais Oficiais podem nomear adjuntos
para auxiliá-los em suas atribuições, além de substituí-los quando a ausência for inevitável, sem
prejudicar assim, o andamento dos trabalhos.
As Luzes e as Dignidades devem ser eleitas pela Loja a cada dois anos, de acordo com a capacidade e
vontade dos Irmãos. Os demais Oficiais são nomeados pelo Venerável Mestre. Mas, como regra geral, os
Irmãos devem ter sempre em mente que não existe cargo mais importante do que outro; A Loja pracisa
tanto de um Venerável Mestre quanto de um Cobridor para cumprir seus trabalhos. Cabe a cada Irmão
julgar assim quais são as atribuições que mais lhe agradam, antes de se oferecer para uma função ou
outra. Todos são importantes. E, mais importante do que ter um cargo, é esforçar-se ao máximo para
executá-lo, buscando sempre a perfeição, e fazendo-no com alegria.