Patologia Florestal
Patologia Florestal
Patologia Florestal
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- Principais Doencas Florestais no Brasil
ViÇOSA - MG.
1989
MANCHA-AREOLADA 325
co-protetor(es) reduzem o risco de aparecimento de linhagens resistentes ao
fungicida sistêmico, além de posslbllltar redução de concentração deste compo-
nente e, conseqüentemente, do custo da aplicação.
As pulverizações com fungicidas cúpricos foram a forma de controle de Phy-
tophthora spp. em seringueira mais usada até recentemente. Para aplicações de
cúpricos em seringueira, alguns pontos devem ser observados: a) em seringais
adultos, a dosagem efetiva de 2 kg de p.a.lha aplicada semanalmente, sem a
intercalagem de outro fungicida, provoca fitotoxicidade à folhagem na forma de
amarelecimento e queda de folhas; b) o máximo de resfduo permitido de cobre
no látex é de 8 ppm. Além desse limite, há depreciação da caracterfsfica de
elasticidade da borracha resultante. Por isso, as pulverizações cúpricas não de-
vem ultrapassar a duas aplicações em todo o período de controle, correspon-
dente ao perfodo de reenfolhamento das árvores. Nessas condições, ou seja,
intercalando-se aplicações de outros fungicidas, não há necessidade se inter-
romperem as sangrias durante o controle quírníco: c) em viveiros, o pegamento
de enxertia é comprometido com o uso de aplicações cúpricas, recomendando-
se outros fungicidas para essa fase.
3. MANCHA-AREOLADA DA SERINGUEIRA
Luadir Gasparotto 1
Francisco A. Ferreira
3.1. Introdução
3.2. Sintom%gia
O isolamento do patógeno pode ser feito pelas vias indireta e direta. No pri-
meiro caso, fragmentos teciduais das bordas da lesão são plantados em BOA,
depois de passados de maneira rápida e consecutiva em álcool etOico a 60% e
em hipoclorito de sódio a 2%, ou em água oxigenada a 3%. No método de iso-
lamento direto, pode-se repicar fragmentos miceliais das lesões abaxiais dos
folrolos para BDA (de preferência contendo estreptomicina a 100 ppm), com o
auxfllo de estilete de ponta bem fina e microscópio estereoscópico. Pode-se
proceder ao isolamento direto do patógeno, a partir dos seus basidiosporos,
adaptando-se técnica de produção desses esporos, utilizada por TRINDADE et
et. (1983), como se segue: - fol(o:os maduros recém-trazidos do campo, com
lesões de largas proporções, já desenvolvidas totalmente e contendo micélio do
pat6geno na superffcle abaxial, são lavados com água destilada. Em seguida,
MANCHA-AREOLADA 327
A fonte de in6culo para infecção de folrolos novos, com 10-15 dias de idade,
são basidiosporos, dissemináveis por ventos e insetos, produzidos em outros
hospedeiros ou num meio saprofftico (partes de plantas em decomposição) (Fi-
gura 66-A, E); pode ser também fragmentos de hifas do pat6geno, disseminá-
veis por insetos, produzidos nas fontes mencionadas (Figura 66-B). Havendo
água livre nos foi rolos de seringueira, originária de orvalho ou chuva, e tempe-
ratura 6tima de 21-25ºC, as estruturas infectivas de T. cucumeris, a partir dos
328 CAPoVI- DOENÇAS DA SERINGUEIRA
Sintomas
pontos
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Fo~has infe~tadas
ca~das no chao
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torna o uso de fungicidas a única medida de controle para essa doença. Na rea-
lidade, não há, atualmente, fungicidas que proporcionem elevado nfvel de con-
trole desta doença. Entretanto, pode-se ter controle satisfat6rio em viveiro, jar-
dim clonal e plantio definitivo com pulverizações semanais à base de cobre, de
0,15% de p.a., e com triadimefon, a 0,3 g de p.a./litro (SILVA, 1979).
4. ANTAACNOSE DA SERINGUEIRA
Luadir Gasparotto 1
. Francisco A. Ferreira
4.2. Sintomatologia