Ecologia Vegetal
Ecologia Vegetal
Ecologia Vegetal
Dendrologia:
Estudo da árvore, uma ferramenta de identificação, área da ciência botânica, com o objetivo de
identificar de maneira rápida as famílias.
IDENTIFICAÇÃO X CLASSIFICAÇÃO
Feito por meio de comparação ou Feito por taxônomo, botânico, zoólogo.
com o auxílio de chaves.
Nomenclatura:
REINO, DIVISÃO, CLASSE (liliopsida ou magnoliopsida – dicotiledônia), ORDEM, FAMÍLIA, GÊNERO,
ESPÉCIE.
É binominal: um nome para gênero e outro para espécie, sem acento, a 1ª letra em maiúsculo.
Nomes científicos:
Lei da prioridade: quem descobre é considerado “pai” da espécie ex:
Syagrus romanzoffiana (Cham) Glassmass → () quem descobriu, outro nome – quem revisou.
→ Vantagens: Definidos por lei (valem no mundo todo), são exatos, normalmente descritivos
→ Desvantagens: EUA só uniformizou após 1930, qualquer lei ou regra pode gerar injustiça, nomes
podem ser longos e de difícil memorização, não são familiares.
→ Origem para espécie:
Descritivos: autoexplicativo;
Homenagem: a alguém ou um lugar;
Aspectos ecológicos: gênero não possui essa origem, como o ambiente que frequenta.
Nomes populares:
Passam de geração para geração, variam de acordo com o local, podem ser bem definidos ou não.
Fitogeografia do Paraná
83% é composto de florestas e 14% de campos limpos, campos cerrados. Atualmente possui de 3 a
5% de vegetação original.
Mais bem conservada: floresta Atlântica.
Causas da extinção: Agricultura, pastoreio, empreendimentos hidrelétricos, extração de madeira,
extração de plantas ornamentais, invasão de espécies exóticas, exploração de plantas para fins medicinais
ou alimentícios, expansão urbana.
Floresta estacional semi-decidual: parque nacional do Iguaçu e reserva biológica das Perobas.
Sucessão ecológica
Conceito: dinâmica que existe entre os organismos vivos e meio, em que cada mudança no meio
promove uma mudança nas sinusais (comunidades) e o contrário também é válido. Processo de
reconstrução: dinâmica entre organismos vivos e meio.
2ª Fase: começam a aparecer espécies arbustivas, com predomínio de herbáceas (podem ter trepadeiras).
Maior diversidade florística, predomínio de herbáceas intercaladas por subarbustos.
3ª Fase: Capoeirinha, grande quantidade de capins, arbustos intercalados por arvoretas. Etapa de transição
erva – arbusto. Grande densidade de plantas.
4ª Fase: Capoeira, arvoretas crescem, um só estrato arbóreo. Baixa diversidade e grande densidade.
Ausência de epífitas (plantas que crescem sobre outras). Árvores com crescimento rápido.
5ª Fase: Capoeirão, dossel é mais diversificado (estrato inferior, superior, médio e inferior). As plantas mais
baixas que são heliófilas passam a não receber luz solar e são substituídas por cinófilas. Instalação de
epífitas. Espécies mais exigentes podem se desenvolver. Grande diversidade, baixa densidade.
Características: pneumatóforos, fruto em adaga, fruto grudado que desgruda, flutua e fixa-se.
Próximo a maré: constante mudança, instabilidade, em clímax edáfico.
FLORESTA ATLÂNTICA
Floresta Ombrófila densa (DOD):
Ombrófila = “amigo da chuva”, elevada temperatura média, folhas perenes, árvores grandes como
fícus, Guapuruvu. Possui muitas espécies exclusivas.
Floresta Ombrófila Densa (conhecida também por floresta pluvial tropical - Floresta Amazônica e
Floresta Atlântica): caracteriza-se por fanerófitos (plantas que gemas estão a mais de 25 cm do solo), lianas
(Lianas, cipós e trepadeiras pertencem a um grupo de plantas que germinam no solo, mantêm-se
enraizadas no solo durante toda sua vida e necessitam de um suporte para manterem-se eretas e
crescerem em direção à luz abundante disponível sobre o dossel das florestas) e epífitas (Epifitismo é a
relação comensal entre duas plantas ou algas na qual uma vive sobre a outra utilizando-se apenas de apoio
e sem dela retirar nutrientes e sem estabelecer contato com o solo) em abundância. Esta formação está
condicionada a ocorrência de temperaturas elevadas, em média 25ºC, e altas precipitações, bem
distribuídas durante o ano, cujo período seco varia de 0 a 60 dias. Os solos predominantes dessa tipologia
são os LATOSSOLOS VERMELHO Distroférricos (Latossolo roxo distrófico) e excepcionalmente os
LATOSSOLOS VERMELHO Eutroférricos (Latossolo roxo eutrófico), originados de granitos e gnaisses, além
de arenitos com derrames vulcânicos de vários períodos geológicos. Este tipo de vegetação foi subdividido
em cinco faciações ordenadas segundo a hierarquia topográfica que refletem fisionomias diferentes de
acordo com as variações ecotípicas das faixas altimétricas.
Compreende a formação vegetal distribuídas sobre as planícies de acumulação de sedimentos dos rios
que deságuam nas regiões litorâneas, sujeitas ou não a inundação periódica (neossolos flúvicos e
gleissolos). Solos aluviais são extremamente variáveis quanto a condição química e mineralógica, por isso a
florística varia bastante de local para local.
Espécies com alto e médio porte com predomínio daquelas que possuem baixa densidade (espécies
de crescimento rápido que apresentam madeira leve como Cytharexylum myruanthum. Comuns formando
o dossel: Syagrus romanzoffiana, Cariniana strellensis.
Formações florestais distribuídas sobre sedimentos quaternários de origem marinha, situadas entre
o nível do mar e aproximadamente 20 m de altitude (faixa de restinga até porte arbóreo) a fisionomia,
estrutura e composição pode variar de acordo com o regime hídrico do solo.
Em solos de drenagem deficiente (quando hidromórficos): Calophyllym brasiliense – uma das
ochloespécies desta formação, com um estrato arbóreo contínuo entre 20 e 25m.
Em solos de melhor drenagem (quando não hidromórficos): o Calophyllym quase não aparece.
Formações florestais que ocupam a planície litorânea com sedimentos quaternários continentais
(depósitos coluviais – ação da gravidade) e o início das encostas da Serra do mar, de 20 a 600 m de
altitude. Dossel de 30 a 35m de altura.
Bioindicadores de altitude: indicam a transição da submontana para montana (não aguentam
geadas que ocorrem na montana)
Formações florestais que ocupam porção intermediária das encostas da Serra do Mar, entre 600 a
1200 m de altitude. É fisionomicamente parecida com a montana mas a florística é diversificada. É
encontrada a única coniferales nativa da F.A. Podocarpus sellowii.
Ocorre geadas, os solos são mais rasos.
Floresta Ombrófila Densa Altomontana
Formações florestais mais elevadas, em média mais de 1200 m de altitude. Árvores vão de 3 a 7m de
altura devido ao condicionante climático e pedológico. Ocorre a redução do epifistismo vascular e aumenta
o avascular. Espécies exclusivas:
▪ Tabebuia catarinenses
▪ Weinmannia humilis
▪ Clethra uleana
É uma formação típica e exclusiva dos planaltos da região sul do BR (área córica), ocorre disjunção
no Paraguai, Argentina e em outros estados que não os listados. Predominantemente está entre 800 e
1200 m de altitude. A Araucária coloniza áreas abertas, precisa de geadas e solos profundos.
Possui um estrato dominante e contínuo (+ 30 m), o epifitismo é presente mas menos expressivo
que nas FOD.
Também conhecida como mata das araucárias ou pinheiral, é um tipo de vegetação do planalto
meridional. É considerado um clímax climático, embora apresente disjunções florísticas em refúgios
situados nas Serras do Mar e Mantiqueira.
Presença de Bracatinga, que possui o ciclo rápido (cresce rapidamente), é termoblástica, fixadora
de N e produz elevada quantidade de biomassa.
FLORESTA DE GALERIA
Floresta Ombrófila Mista Aluvial (FOMA)
CAMPOS
Estepe Gramíneo-Lenhosa
Capões: floresta de araucária, ilhas de floresta com araucária (já que ela invade áreas abertas).
CERRADO
Savana no Brasil
Vegetação Xemórfica , sobrevivem com a ausência de água, estações chuvosa e seca bem definidas.
Uma adaptação a mais que campos: xilopódio (pés de madeira, adaptação ao fogo). Deve ser preservado
devido a fragilidade do solo.
FLORESTA SEMICADUCIFÓLIA
Floresta Estacional Semidecidual
Termo estacional: vinculado a uma estação seca, seja por estiagens prolongadas como NE e Centro
Oeste, ou pelo frio intenso no S e SE e por uma estação úmida (com intensas chuvas de verão), isso
ocorre de maneira bem definida o que caracteriza a estacionalidade climática.
Cerca de 20 a 50% das espécies são caducas, ocorre normalmente abaixo de 500 m de altitude.
Sobre diferentes solos.
Espécie mais famosa: Polyneuron com um dossel elevado de 30 a 40 m de altura e denso. Presença
de ipê roxo (Tabebuia heptaphylla) com madeira dura.
Presente no Rio Paraná, na planície de inundação. Solos hidromórficos, geralmente com espécies
pioneiras. Com a cheia e baixa do rio, ocorreu o depósito de sedimentos, que possibilitou a formação
vegetal, com a estabilização do rio, a vegetação evolui. Os barrancos dos rios estão em situações
pedológicas mais estáveis.
Aristolochia wedelliana: trepadeira com pétalas fundidas, cheiro de carne podre (polinizada por
moscas).