Fisiologia - Artigo Sistema Imune

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UNIVERSIDADE CEUMA

BACHARELADO EM BIOMEDICINA

ANA GABRYELLE VIEIRA DE OLIVEIRA(027577), BARBARA GUIMARÃES


GUEDELHA(027757), ELLEN MARIA PRAZERES ARAÚJO(027727), JOÃO
ALEXANDRE SALOMÃO CARVALHO(025100), LAYSE RIBEIRO DE SOUSA
CARVALHO(028598), LETÍCIA CELY TAVARES DA SILVA(030354), NATHALIA
RODRIGUES DOS REIS(0288570) E YASMIN COSTA OLIVEIRA(028333)

SISTEMA IMUNOLÓGICO

SÃO LUÍS, MA
2022
UNIVERSIDADE CEUMA
BACHARELADO EM BIOMEDICINA

SISTEMA IMUNOLÓGICO

Trabalho acadêmico para segunda nota


do período apresentado ao curso de
Biomedicina, da Universidade Ceuma
Renascença.

Professora: Karla Virginia B. de Castro

SÃO LUÍS, MA
2022
INTRODUÇÃO

O sistema imunológico é formado por órgãos como o timo, baço,


linfonodos, medula óssea e entre outros, além de células e moléculas que
têm a função de manter o equilíbrio do organismo (homeostase),
mantendo a saúde do ser humano. Ele é responsável pela defesa do
corpo por inteiro, sendo contra infecções ou pelos demais problemas que
ameacem o sistema imune. Entre as células presente nesse sistema
estão os leucócitos e linfócitos, ou também conhecidos como os glóbulos
brancos. O sistema imune possui dois tipos de imunidade, sendo elas a
imunidade inata e a imunidade adquirida. A inata é a primeira linha de
defesa e quem faz parte dela são células como os neutrófilos e
macrófagos. A adquirida é uma resposta imunológica gerada no decorrer
da vida. Todos os sistemas possuem sua importância e a imunidade de
cada indivíduo depende do sistema imunológico, pois é ele que
reconhece e não permite a entrada de tudo aquilo que é estranho, ou
seja, tudo que não é comum e não faz parte do organismo . Dessa forma
é de extrema importância os hábitos alimentares saudáveis e a prática de
exercício físico para o bom funcionamento desse sistema.
DESENVOLVIMENTO

1.0. COMPONENTES

1.1. Células leucócitos


Os leucócitos, também conhecidos como glóbulos brancos, são
derivados da medula óssea. Essas células desempenham um papel na
defesa do corpo e são encontradas, por exemplo, no tecido conjuntivo,
nos órgãos linfóides e no fluido da linfa. Eles também atuam como
agentes para remover as células mortas do corpo.
Estas células são responsáveis ​pela defesa do nosso corpo, formando um
verdadeiro exército contra os micróbios patogênicos e qualquer outra
substância estranha que se possa instalar no nosso corpo, como vírus,
bactérias, parasitas ou proteínas de fora do corpo. Os glóbulos brancos
também são responsáveis ​pela limpeza do corpo, destruindo células
mortas e restos de tecido
Estas células são responsáveis ​pela defesa do nosso corpo,
formando um verdadeiro exército contra os micróbios patogênicos e
qualquer outra substância estranha que se possa instalar no nosso corpo,
como vírus, bactérias, parasitas ou proteínas de fora do corpo. Os
leucócitos também são responsáveis ​pela limpeza do corpo, destruindo
células mortas e restos de tecido no sangue gera uma condição chamada
de leucopenia, que pode ocorrer pelo uso de alguns medicamentos.
Os linfócitos
São células de tamanho entre 6-10 um, geralmente redondas, com
alta relação núcleo/citoplasma quando analisadas em microscópio comum
após extensa coloração hematológica. Eles são encontrados
principalmente no baço, medula óssea, gânglios linfonodo e timo. Os
linfócitos podem ser classificados de acordo com seus marcadores de
membrana, resposta a estímulos, padrão de migração e meia-vida. Eles
são importantes nas respostas imunes humoral e celular, e sua função
está ligada não apenas às defesas do corpo contra infecções, mas
também ao desenvolvimento de doenças autoimunes.. (ARKAWI;
NEWSHOLME, 1985).
O linfócito é um tipo de leucócito, Os linfócitos são um tipo de
glóbulo branco, ou glóbulos brancos, presentes no sangue. Os linfócitos
são divididos em dois tipos com base em sua aparência ao microscópio:
linfócitos grandes e linfócitos pequenos. A maioria (mas não todos) dos
grandes linfócitos granulares são as chamadas células natural killer (NK
ou células natural killer). Os linfócitos pequenos podem ser linfócitos T ou
linfócitos B, e os linfócitos desempenham um papel importante na defesa
do organismo. . Uma forma de defesa muito interessante é através da
ação dos linfócitos para proteger nosso organismo da invasão e
proliferação de quaisquer agentes biológicos considerados estranhos.,
COELHO, 2009)
De acordo com Nikolich (2004), Sempre que nosso sistema
imunológico detecta um agente estranho, como um vírus, bactéria, toxina,
fungo ou mesmo células humanas transplantadas (essa detecção é feita
pelo reconhecimento de antígenos presentes na estrutura do agente
estranho), um número muito grande de agentes identicamente
sensibilizados linfócitos (clones) Formados e liberados na circulação,
especificamente formados com capacidade de reconhecer antígenos
inicialmente detectados como estranhos, aderem às estruturas estranhas
onde esses antígenos se encontram, facilitando assim sua destruição
Há uma média de 5.000 a 10.000 glóbulos brancos por milímetro
no sangue de um adulto, e esse valor é de cerca de 20.000 glóbulos
brancos/mm2 de sangue no nascimento, e o valor adulto não é alcançado
até os 12 anos de idade. Essa redução ocorre porque as barreiras
naturais do organismo ainda não estão totalmente desenvolvidas,
havendo maior probabilidade de contrair infecções de diversas naturezas
COELHO,2009)
Várias células desempenham um papel importante na resposta do
sistema imunológico, incluindo os linfócitos, que constituem
aproximadamente 20-30% dos glóbulos brancos, dependendo da saúde
do indivíduo (DACIE, 1995). Segundo Tizard (1998), os linfócitos não são
formados exclusivamente na medula óssea como os demais glóbulos
brancos presentes no sangue. Sua formação sempre ocorre em vários
órgãos ou estruturas do nosso corpo que possuem os chamados tecidos
linfóides: gânglios linfáticos, amígdalas, adenóides, timo, baço, placas de
Peyer.
Os linfócitos têm várias funções no corpo, todas elas muito
importantes para o sistema imune (ROITT et al., 2001). São classificadas
em linfócitos T, linfócitos B e linfócitos NK (Natural Killers), sendo o
linfócito T responsável, especialmente, pelo auxílio ao sistema imunitário
e resposta imunitária celular, o linfócito B responsável pela resposta
imunitária humoral e os linfócitos NK pela resposta imunitária inespecífica.
Os linfócitos T e os linfócitos B produzem respostas imunitárias próprias,
pois ambos são provocados a partir de epitopos de antigénio específico.
Neste sentido, formam populações monoclonais próprias para atacar o
antígeno em questão (GOLDSBY et al., 2003).
1.2. Sistema Linfático
As células do sistema linfático protegem o organismo contra
macromoléculas estranhas, vírus, bactérias e outros patógenos e
eliminam células alteradas e células do sangue envelhecidas ou
danificadas. (GARTNER, 2007)
As células reticulares formam uma estrutura de suporte para as
células de defesa por meio de sua união alongada e produção de fibras
reticulares (a matriz extracelular do tecido). (LOWE; et al 2015). As
células reticulares formam uma estrutura de suporte para as células de
defesa por meio de sua união alongada e produção de fibras reticulares (a
matriz extracelular do tecido). (MONTANARI, 2016)
1.3. linfa
É um líquido claro ou pálido de aspecto branco leitoso que circula
lentamente pelos vasos linfáticos. O fluido linfático é semelhante em
composição ao sangue, exceto que não contém glóbulos vermelhos.
Possui glóbulos brancos, 99% dos quais são linfócitos.
1.4. A função da linfa
O sangue não transporta substâncias diretamente para as células.
A comunicação entre o sangue e os tecidos é feita pelo sistema linfático.
Grosso modo, podemos dizer que as células não recebem sangue
diretamente, mas a linfa as nutre;
Facilita a eliminação das impurezas produzidas durante o metabolismo;
Facilita a drenagem de substâncias e água do espaço intercelular
1.5. Células fagocíticas
Atualmente, quatro tipos de fagócitos são considerados, monócitos,
macrófagos, células dendríticas e neutrófilos. Todos eles removem células
mortas, tecidos e partículas estranhas do hospedeiro, combinando-os e
digerindo-os. (Strauss, 2010; Pacheco e Cardoso, 2012).
Os neutrófilos estão presentes no sangue periférico, embora a maioria
(90%) esteja intimamente associada ao endotélio vascular e, portanto,
seja capaz de migrar facilmente para o espaço extravascular, passando
pelo endotélio sempre que atraídos por substâncias químicas produzidas
na inflamação da lesão (Strauss, 2010).
Além da função fagocitária, possuem mecanismos antibacterianos
muito eficazes, mas são células de vida curta, sobrevivendo apenas por
algumas horas. Os monócitos também circulam no sangue periférico e,
além de sua função fagocitária, desempenham importantes funções
fisiológicas, entre as quais se destaca sua capacidade de se diferenciar
em macrófagos ou células dendríticas quando migram para os tecidos.
(Appelberg, 2005; Cardoso, 2012).
Tanto os macrófagos quanto as células dendríticas são células de
vida longa que têm a função de apresentar antígenos aos linfócitos T e
são chamadas de células apresentadoras de antígenos (APC). A
atividade dos fagócitos é o principal fator do mecanismo de defesa do
hospedeiro, a ação dos fagócitos é controlada pelo sistema imune, ou
seja, pelos linfócitos T, pois, como citado acima, eles possuem uma
variedade de receptores em sua superfície, capazes de interagindo com
diferentes ligantes (Schindl et al., 2006).
2.0. IMUNIDADE INATA

A imunidade nata, também conhecida como natural, é composta


por células herdadas de nossos pais e desenvolvidas durante a gestação,
atuando em conjunto com a imunidade adaptativa e caracterizando-se
pela resposta rápida e de forma independente do estímulo prévio, sendo a
primeira linha de defesa do organismo. Sendo assim, são ações rápidas
que não dependem do reconhecimento do invasor. É o oposto do que
ocorre com a imunidade adaptativa que é formada pelos linfócitos e
possuem a habilidade para atacar o invasor de maneira mais eficiente,
memorizando a estratégia do ataque para que seja possível repeti-la
depois de um determinado período.
2.1.As células ligadas a imunidade nata:
Macrófagos, neutrófilos, monocitos e dendritos:
Essas células fazem a fagocitose, que é englobar os invasores para
dentro da célula. Elas podem digerir e eliminar o invasor ou levar uma
amostra dele até as células da imunidade adquirida para checar se o
corpo já contém anticorpos para a defesa.
2.2. Natural killer:
No mesmo instante que reconhecem o invasor, essas células já
matam. Geralmente, as natural killer matam células cancerígenas e
células que já foram infectadas por vírus.
2.3. Basófilos e eosinófilos:
São células que liberam substâncias sinalizadoras de inflamação e
de reação alérgica, como citocinas e histaminas. Apesar de algumas
conseguirem combater o invasor diretamente, elas atuam mais como
sinalizadoras.
Ao tentar invadir o organismo de um animal, o invasor se depara
com a primeira linha de defesa, representada por múltiplas camadas.
Essas barreiras são compostas por:
2.4. Barreiras físicas:
são responsáveis por impedir que o agente invasor consiga atingir
regiões mais internas, representada pelos tecidos.
2.5. Barreiras químicas:
É caracterizada por enzimas presentes na saliva, lágrimas e
secreções nasais. Os ácidos graxos presentes no suor e suco gástrico,
impedem que os microrganismos consigam atingir regiões alvo para
desencadear doença por possuírem pH ácido.
2.6. Barreira microbiológica:
É representada pela microbiota intestinal, estomacal, pulmonar,
genital, superfície da pele e entre outras, que agem por exclusão
competitiva, impedindo que agentes patogênicos se liguem aos
receptores, impedindo que eles se multipliquem e acarretem em doenças.
2.7. Barreira mecânica:
É representada pela pele íntegra e composta pela epiderme, rica
em queratina e impede a entrada de microorganismos diversos. Os cílios
e mucosa nasal também são exemplos de barreira mecânica, que
auxiliam a filtrar o ar, fazendo com que os micro-organismos fiquem
aderidos a estes cílios e muco, e impedindo que entrem no corpo.

3.0. IMUNIDADE ADAPTATIVA OU ESPECÍFICA

O sistema imunológico é a defesa que o nosso organismo tem


contra agentes estranhos que prejudicam o funcionamento do corpo, ele
utiliza dois grupos principais de defesas, a imunidade adaptativa é uma
delas.
A imunidade adaptativa diferente da imunidade inata é específica
ou seja ela responde de maneira personalizada para cada patogênico ou
organismo estranho que entra em contato com o ser humano, isso é
possível pois esses agentes carregam consigo antígenos que atuam
como impressões digitais. Quando o sistema imunológico entra em
contato uma primeira vez com um patogênico específico, a imunidade
adaptativa vai memorizar a maneira de se defender a esse mesmo
patogênico com especificidade, assim que esse agente estranho invadir o
corpo uma segunda vez ele vai saber exatamente como agir, criando uma
resposta muito mais eficaz e rápida a esse invasor específico.
As principais células responsáveis pela imunidade adaptativa são
os glóbulos brancos, exclusivamente os linfócitos T e linfócitos B, cada
um vai fazer parte dos dois tipos de imunidade adaptativa: a imunidade
humoral e a imunidade celular.
A imunidade humoral funciona com a produção de anticorpos que
são capazes de reagir com o antígeno de maneira específica, levando o
patogênico à destruição. Os produtores de anticorpos são os linfócitos do
tipo B que tem tanto a sua origem quanto a sua maturação na medula
óssea, a possibilidade do linfócito reconhecer o antígeno é viável pois, na
sua maturação ele recebe na membrana receptores específicos, que são
capazes de reconhecer antígenos de maneira específica, cada célula
depois que reage a um antígeno pelos receptores começa um processo
de duplicação até se formar várias, uma parte dessas células que serão
efetoras vão ser denominadas de plasmócitos, elas irão combater o
invasor de imediato, a outra parte das células duplicadas ficarão
guardadas para outro possível contato, são chamadas de células de
memória.
O outro tipo é a imunidade celular, que tem o linfócito T,
responsável por essa defesa. Quando anticorpos falham em matar o
invasor são eles os responsáveis por eliminar o perigo, assim como o
linfócito B ele também terá origem na medula, mas sua maturação ocorre
no timo, para que ele seja ativado deve ser apresentado por células
apresentadoras de antígenos (APC) que capturam o organismo estranho
e levam aos linfócitos T para serem destruídos.

4.0. MEMÓRIA IMUNOLÓGICA

É um mecanismo do sistema imunológico que permite a defesa do


organismo quando este entra em contato com um agente infeccioso com
o qual já teve contato prévio, esse mecanismo é desempenhado pelas
chamadas células de memória que são os linfócitos T de memória e
linfócitos B de memória, essas células fazem a identificação do antígeno e
produzem uma resposta imunitária que costuma ser secundária ou
sucessiva, pois a memória é criada na primeira exposição do indivíduo,
que assim que receber o estímulo imunógeno ativa as células de defesa.
A memória imunológica possibilita que o organismo seja acometido
por alguns antígenos apenas uma vez, pois o corpo produz anticorpos
que são ativados como uma resposta do sistema imunitário quando o
vírus é reconhecido pelos linfócitos. Assim, a memória imunitária também
permitiu a criação das vacinas, onde ocorre a introdução do agente
infeccioso modificado ou enfraquecido no corpo para criação dessa
memória prévia, criando a imunidade.

5.0. TIPOS DE IMUNIZAÇÃO

Os tipos de imunização dividem-se em:


5.1. Imunização ativa
Na imunização ativa, usam-se vacinas para estimular os
mecanismos naturais de defesa do corpo, decorrentes após o contato
com um antígeno ou agente infeccioso. As vacinas são preparações que
contêm anticorpos e glóbulos brancos, capazes de reconhecerem e
atacarem as bactérias ou vírus específicos, oferecendo proteção
duradoura. Elas podem conter um (por exemplo, BCG) ou mais antígenos
(por exemplo, DTP). As que possuem dois ou mais antígenos são
denominadas vacinas combinadas. Existem, também, as vacinas
conjugadas, que apresentam dois ou mais produtos em sua composição,
são produzidas quando o patógeno não possui uma molécula
imunologicamente potente, como é o caso do polissacarídeos do
Haemophilus influenzae.
5.2. Imunização passiva
Na imunização passiva, o corpo não desenvolve uma reação
imunológica. Ocorre que o organismo recebe já prontos os produtos
dessa reação, como os anticorpos, ao invés de produzi-los por meio de
seu próprio sistema imunológico. Pode acontecer na transferência de
anticorpos de maneira natural e artificial. Na forma natural, por exemplo, a
transferência de anticorpos da mãe para o bebê por meio da placenta. Na
forma artificial, temos a administração deles por meio dos soros, como o
soro antitetânico. O indivíduo também pode obter imunidade passiva por
meio de hemoderivados contendo anticorpos, como a imunoglobulina, que
pode ser administrada quando a proteção imediata contra uma doença
específica é necessária, ao contrário da vacinação, que induz a produção
de anticorpos no corpo, a imunidade passiva consiste no recebimento de
anticorpos.
Tanto a imunidade ativa quanto a passiva podem ser classificadas
em natural ou artificial. A imunidade ativa natural ocorre quando ficamos
doentes, por exemplo. Já a imunidade ativa artificial é aquela que ocorre
como consequência da vacinação.

6.0. TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E O SISTEMA IMUNOLÓGICO

O transplante é uma especialidade cirúrgica que consta na


reposição de um órgão, podendo ser coração, pulmão, rim, pâncreas,
fígado ou tecidos como, medula óssea, ossos, córnea, de uma pessoa
doente (receptor), por outro órgão ou tecido normal de um doador vivo ou
morto. No Brasil, a lei determina que a família seja a responsável pela
decisão final, não tendo mais valor a informação de doador ou não doador
de órgãos, registrada no documento de identidade. Há ainda o Sistema
Nacional de Transplante que foi criado para dar maior controle e
organização às atividades: o transplante de órgãos/tecidos só pode ser
realizado pelos estabelecimentos de saúde previamente autorizados pelo
Gestor Nacional do Ministério da Saúde.
Porém, o que a doação de órgãos ou tecidos tem haver com o
sistema imunológico? O sistema imune tem papel importante na proteção
do corpo contra agentes invasores. Nos transplantes também é assim: o
corpo entende o órgão transplantado como um agente estranho e logo
tenta atacá-lo na intenção de proteger a integridade das nossas células.
A rejeição resulta de reações inflamatórias que vão danificar os
tecidos transplantados. Para tentar contornar esse problema, os agentes
imunossupressores são fundamentais na hora de prevenir a rejeição. O
objetivo desses medicamentos é inibir a ativação de linfócitos T. Em
contrapartida, por silenciar as células “matadoras” (linfócitos T), pacientes
que fazem uso de imunossupressores pós transplante se tornam
suscetíveis a infecções.
Os tipos de rejeição são:
6.0.1. Rejeição hiperaguda:
Ocorre minutos após o transplante e se caracteriza por trombose
dos vasos (oclusão por formação de coágulos) e necrose isquêmica (falta
de fornecimento sanguíneo) do enxerto.
6.0.2 Rejeição aguda:
Ocorre dentro de dias ou semanas após o transplante. É a principal
causa de falha precoce.
6.0.3 Rejeição crônica:
Ocorre de forma indolor ao longo dos meses ou anos, podendo
levar à perda de função do órgão transplantado. É a principal causa de
falha nos transplantes.
Logo, como saber se um órgão é compatível? A compatibilidade
necessária nos transplantes de medula chama-se HLA (Human Leukocyte
Antigen). O exame de HLA é feito por laboratórios especializados em uma
amostra de sangue simples, como as que são coletadas para fazer um
hemograma. Nos transplantes de órgãos, é importante que doador e
receptor tenham a mesma tipagem sanguínea (A, B, O, AB).

7.0. DOENÇAS AUTOIMUNES

“Doenças autoimunes” é um termo genérico utilizado para designar


um grupo de doenças onde o sistema imunológico ataca o próprio corpo.
É como se o sistema imunológico deixasse de operar da forma correta.
Sendo, de modo geral, mais comuns em pacientes do sexo feminino.
Podemos dividir as doenças autoimunes em:
7.1.Doenças sistêmicas:
Não afetam um órgão específico, mas podem atacar vários. É o
caso da doença celíaca ou da esclerose lateral amiotrófica (ELA).
7.2. Síndromes locais:
Atacam um tecido em particular. Podem ser de caráter
dermatológico, hematológico ou endócrino. Entre elas, encontramos a
tireoidite de Hashimoto ou a colite ulcerosa. Existem mais de 50 tipos de
doenças autoimunes, as mais conhecidas são: Lúpus Artrite Reumatoide
Doença de Crohn Vitiligo Diabetes tipo 1 Esclerose múltipla Doença
celíaca Vasculite Psoríase.
7.3. Causas:
Ainda não se sabe ao certo o motivo pelo qual o sistema imunitário
leva o organismo a produzir um ataque contra si mesmo. Assim, as
doenças autoimunes acontecem quando esses anticorpos passam a
atacar as células do próprio organismo, órgãos e tecidos. Em pessoas
que já trazem alguma predisposição genética para desenvolver uma
doença auto-imune é possível que alguns fatores sejam desencadeantes
para uma resposta auto-imune, como:
• bactérias; • vírus; • toxinas; • hormônios; • medicamentos
específicos; • estresse.
7.4. Sintomas:
Apesar de os pacientes com doenças autoimunes podem
apresentar alguns sinais inespecíficos, como cansaço, febre baixa, perda
ou aumento súbitos de peso, dores fortes localizadas, desânimo e
mal-estar geral, o quadro clínico de cada doença autoimune é muito
diferente. Os sintomas variam de acordo com o tipo de doença autoimune
que o paciente possui e depende da idade, do estilo de vida e do grau de
avanço da doença.
7.5. Diagnóstico:
O diagnóstico das patologias autoimunes é habitualmente feito com
base no quadro clínico e na pesquisa de auto-anticorpos no sangue. O
auto-anticorpo mais comum é o FAN. Que pode estar positivo em várias,
mas não todas, doenças autoimunes.
7.6. Tratamento:
O tratamento das doenças autoimunes também varia de acordo
com a doença que o paciente possui. Pode envolver o uso de drogas
imunossupressoras, ou seja, que inibem a ação do sistema imunológico,
por exemplo. Não existe um tratamento único que sirva para qualquer
doença autoimune.
CONCLUSÃO

Neste trabalho foi abordado o assunto Sistema Imunológico, seus


componentes, seus mecanismos e sua função, que é de defesa;
concluímos que o Sistema Imunológico foi concebido para defender o
corpo contra invasores estranhos ou perigosos.Tais invasores incluem:
• Micro-organismos (comumente chamados germes, como bactérias, vírus
e fungos).
• Parasitas (como vermes).
• Células cancerígenas.
• Órgãos e tecidos transplantados.
Cumprimos todos os objetivos que nos tínhamos proposto em
relação a explicar como funciona todo o sistema e suas complexidades,
ele envolve uma série de células e órgãos que, em conjunto, funcionam
como uma grande barreira de proteção. Esse trabalho foi muito
importante para a nossa compreensão e aprofundamento acerca deste
tema, visto que nos permitiu conhecer e compreender melhor como
funciona todo o Sistema Imunológico, a imunidade, algumas doenças e
casos clínicos.
REFERÊNCIAS

O sistema imunológico (I): conceitos gerais, adaptação ao exercício


físico e implicações clínicas
https://www.scielo.br/j/rbme/a/KzSkBYkSszWjrzwzDtsdnwg/abstract/?lang
=pt. Acesso em 29/11/2022.

Leucócitos: células que defendem nosso organismo


https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/leucocitos.htm. Acesso em
29/11/2022.

Sistema Imunológico https://


www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/sistema-imunológico.
Acesso em 29/11/2022.

Linfa,o que é,composição, formação.


https://www.todamateria.com.br/linfa/#:~:text=A%20
linfa%20%C3%A9%20um%20l%C3%ADquido,exceto%20por%20n%C3%
A3o%20 possuir%20 hem%C3%A1rias .Acesso em 29/11/2022

Sistema imunitário - Parte I. Fundamentos da imunidade inata com


ênfase nos mecanismos moleculares e celulares da resposta
inflamatória https://www.scielo.br/j/rbr/a/QdW9KFBP3XsLvCYRJ8Q7SRb/
Acesso em 29/11/2022

Imunidade Adquirida: o que é, classificação e muito


mais!https://www.sanarmed.com/imunidade-adquirida . Acesso em
29/11/2022.

1.Andrade L.E.C, Araújo J.A.P, Catelan T.T.T., Cruvinel W.M., Júnior D.M.,
Silva N.P., Souza A.W.S. Sistema imunitário: Parte I. Fundamentos da
imunidade inata com ênfase nos mecanismos moleculares e
celulares da resposta inflamatória. Scielo 2010.

SANTOS, Gabriela Sena; SENA, Andrea Dantas; AQUINO, Maria


Eduarda; DUARTE, Maria do Carmo. Resposta imune adaptativa
(humoral e celular). Aula apresentada no dia 22 de julho de 2021.
Faculdade Pernambucana de Saúde. 2021.

Imunidade especifica e não especifica


https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$imunidade-(especifica-e-nao-espec
ifica)#:~:text=A%20imunidade%20espec%C3%ADfica%20leva%20a,mec
anismo%20designado%20de%20mem%C3%B3ria%20imunit%C3%A1ria
Acesso em 29/11/2022

O que já foi descoberto sobre a memória imunológica do


SARS-CoV-2 após a infecção
https://www.sanarmed.com/o-que-ja-foi-descoberto-sobre-a-memoria-imu
nologica-do-sars-cov-2-apos-infeccao-colunistas . Acesso em 29/11/2022

Catapora em adultos: sintomas, possíveis complicações e


tratamento https://www.tuasaude.com/catapora-em-adultos/ . Acesso em
29/11/2022

Imunidade.https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/imunidade.htm.
Acesso em 29/11/2022.

Transplante de órgãos e tecidos.Biblioteca virtual em saúde


Ministério da saúde.2008.Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/transplante-de-orgaos-e-tecidos/. Acesso em:
22/11/2022

Transplante de Órgãos: como nosso corpo


reage?.Vitallogy.2019.Disponível em:
https://vitallogy.com/feed/Transplante+de+Orgaos%3A+como+nosso+corp
o+reage%3F%26nbsp%3B/514#:~:text=O%20nosso%20sistema%20imun
e%20tem,a%20integridade%20das%20nossas%20c%C3%A9lulas.
Acesso em: 22/11/2022

Compatibilidade HLA.Associação da medula


óssea.AMEO.2016.Disponível em:
https://ameo.org.br/compatibilidade-hla/. Acesso em: 22/11/2022
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
1.0. COMPONENTES
1.1. Células leucócitos
1.2.Sistema linfático
1.3. Linfa
1.4. Função da linfa
Celulas fagociticitas

2.0. IMUNIDADE INATA


2.1. As células ligadas a imunidade
2.2. Natural Killer
2.3. Basófilos e eosinófilos
2.4. Barreiras físicas
2.5. Barreiras químicas
2.6.Barreiras microbiológica
2.7.Barreira mecânica

3.0. IMUNIDADE ADAPTATIVA OU ESPECÍFICA


4.0. MEMÓRIA IMUNOLÓGICA
5.0. TIPOS DE IMUNIZAÇÃO
5.1. Imunização ativa
5.2. Imunização passiva

6.0. TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E O SISTEMA IMUNOLÓGICO


6.1. Rejeição hiperaguda
6.2. Rejeição aguda
6.3 .Rejeição crônica

7.0. DOENÇAS AUTOIMUNES


7.1.Doenças sistêmicas
7.2. Síndromes locais
7.3. Causas
7.4.Sintomas
7.5. Diagnóstico
7.6. Tratamento
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS

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