NR 34 Trabalho A Quente
NR 34 Trabalho A Quente
NR 34 Trabalho A Quente
NR 34
NR 34 - SEGURANÇA PARA TRABALHOS A QUENTE
Já o treinamento periódico deve ter uma carga horária mínima de 4h e poderá ser
realizado anualmente ou quando o trabalhador estiver retornando de um afastamento
ao trabalho por período superior a 90 dias.
AS RESPONSABILIDADES DO EMPREGADOR
DOCUMENTAÇÕES DA NR 34
Tal documento é emitido em três vias, sendo uma delas para afixação no local de
trabalho; outra para entrega à chefia imediata dos trabalhadores que realizarão as
atividades e a terceira arquivada de forma a ser encontrada facilmente.
Ademais, deve seguir outras recomendações previstas no artigo 34.4.2 que podemos
ver a seguir:
A Análise Preliminar de Risco – APR é a avaliação inicial dos riscos potenciais, com
suas causas, consequências e medidas de controle.
Esta análise deve ser realizada por uma equipe técnica multidisciplinar e coordenada
por um profissional de SST ou, na inexistência deste, um responsável pelo
cumprimento desta NR 34, devendo, assim, ser assinada por todos participantes.
A NR 34 E O TRABALHO A QUENTE
INSPEÇÃO PRELIMINAR
Nos locais onde se realizam trabalhos a quente, deve ser efetuada uma inspeção
preliminar para averiguar se o local de trabalho e as áreas adjacentes estejam limpos,
secos e isentos de agentes combustíveis, inflamáveis, tóxicos e contaminantes.
• Instalar proteção física contra fogo e derivados para evitar o contato com
materiais combustíveis ou inflamáveis, bem como interferir em atividades paralelas ou
na circulação de pessoas;
• Manter o sistema de combate a incêndio desimpedido e próximo à área de
trabalho, especificado conforme tipo e quantidade de inflamáveis e/ou combustíveis
presentes;
• Inspecionar o local e as áreas adjacentes ao término do trabalho, a fim de evitar
os princípios de incêndio.
UTILIZAÇÃO DE GASES
Nos trabalhos a quente que utilizem gases deve-se utilizar somente gases adequados
à aplicação, de acordo com as informações do fabricante; Seguir as determinações
indicadas na Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos – FISPQ.
EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS
Os terminais de saída devem ser mantidos em bom estado, sem partes quebradas ou
isolação trincada, principalmente aquele ligado à peça a ser soldada, e as conexões
elétricas deverão estar bem ajustadas, limpas e secas.
CONTROLE DE FUMOS E CONTAMINANTES
Para controlar os fumos e contaminantes decorrentes de trabalhos a quente, o
empregador deve limpar adequadamente a superfície e remover os produtos de
limpeza utilizados, antes de realizar qualquer operação.
Salienta-se que sempre que ocorrer mudança nas condições ambientais adequadas,
as atividades devem ser interrompidas, adotando-se as medidas necessárias para
adequar a renovação de ar.
MEDIDAS ESPECÍFICAS
O local deve ser inspecionado antes mesmo do início dos trabalhos a quente, e o
resultado deverá ser registrado na Permissão de Trabalho (PT).
Além disso, as aberturas e canaletas devem ser fechadas ou protegidas, para evitar
projeção de fagulhas, combustão ou interferência em outras atividades.
E quando definido na APR, o observador deve permanecer no local, em contato
permanente com as frentes de trabalho, até a conclusão do serviço.
Importante frisarmos o item 34.5.10.1, que determina que o observador deve
receber treinamento ministrado por trabalhador capacitado em prevenção e
combate a incêndio, conforme o item 1 do Anexo I da NR 3.
TRABALHO A QUENTE
Desde 2001, o CSB investigou 14 incidentes causados por trabalho a quente que
resultaram em 25 mortes e 21 ferimentos de empregados e membros do público.
O CSB continua a analisar os incidentes com o trabalho a quente onde um
monitoramento constante poderia ter alertado os trabalhadores das mudanças
de condições nas áreas onde se realizava o trabalho a quente. Numa sessão de
educação na próxima Conference & Expo, um pesquisador do CSB apresentará
um estudo de caso sobre uma investigação dum incêndio ocorrido em 2016
causado por um incêndio em nuvem de vapor relacionado com trabalho a quente
num terminal petroleiro no Texas.
A NECESSIDADE DE INVESTIGAÇÃO
Em fevereiro 2010, o CSB publicou “Sete lições chave para prevenir as mortes
de trabalhadores durante o trabalho a quente no interior e em volta de tanques
de armazenamento”, um boletim de segurança que proporcionava resumos e
conclusões de 11 investigações. (Também nota que ocorreram 60 mortes
causadas por trabalho a quente entre 1990 e 2010). Além disso, o boletim
oferecia sete lições chave para ajudar a prevenir as mortes de trabalhadores
durante o trabalho a quente no interior e em volta de tanques de armazenamento
que contêm materiais inflamáveis. As lições incluem:
Entre 2010 e 2013, o CSB analisou 187 incidentes de trabalho a quente, dos
quais 85 causaram uma explosão ocorrida durante a execução de trabalho a
quente sobre ou na proximidade dum tanque ou contêiner. Esses incidentes
causaram 48 mortes e 104 ferimentos significativos. Vinte três por cento dos
ferimentos e 42 por cento das mortes envolviam trabalhadores contratados por
empreitada. O CSB continua a ver incidentes catastróficos envolvendo trabalho
a quente sobre tanques e contêineres que contêm vapores inflamáveis. As
investigações que realizamos sobre esses incidentes demonstram uma falta de
consciência dos riscos que apresenta o trabalho a quente em contêineres que
em alguns casos tinham sido limpos anteriormente. O CSB investigou
recentemente dois incidentes que envolviam trabalho a quente, um numa
terminal da Sunoco Logistics LP em Nederland, Texas e outro nas instalações
da PCA em DeRidder, Louisiana. Na Sunoco, sete trabalhadores contratados
ficaram feridos num incêndio em nuvem de vapor quando realizavam trabalho a
quente num oleoduto em 12 de agosto de 2016. Em 8 de fevereiro de 2017, três
contratados sofreram ferimentos mortais numa explosão nas instalações da PCA
quando realizavam trabalho a quente.
Devido à frequência e gravidade dos acidentes com o trabalho a quente, o CSB
definiu as práticas de trabalho a quente seguras como um dos cinco elementos
de seu novo programa “Drivers of Critical Chemical Safety Change”. O programa
está baseado nas recomendações resultantes das investigações e estudos do
CSB. A meta do programa é procurar a implementação de mudanças que
tenham altas probabilidades de alcançar importantes aprimoramentos de
segurança a nível nacional.