Direito Comercial e Do Consumidor
Direito Comercial e Do Consumidor
Direito Comercial e Do Consumidor
Oksandro Gonçalves
Anelize Pantaleão Puccini Caminha
IESDE BRASIL
2021
© 2021 – IESDE BRASIL S/A.
É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do
detentor dos direitos autorais.
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Gonçalves, Oksandro
Direito comercial e do consumidor / Oksandro Gonçalves, Anelize
Pantaleão Puccini Caminha. - 1. ed. - Curitiba [PR] : IESDE, 2021.
134 p. : il.
Inclui bibliografia
ISBN 978-65-5821-040-5
6 Gabarito 132
APRESENTAÇÃO
Vídeo
A insatisfação com esse sistema fez aos poucos surgir uma classe
denominada burguesia, que, ao contrário da classe feudal, não estava
vinculada a aspectos relacionados ao direito de propriedade imobiliá-
ria, mas à prestação de serviços e aos atos de comércio, ainda que ru-
dimentares (GONÇALVES NETO, 2000).
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/496956/000983388.pdf?sequence=1
A teoria dos atos de comércio foi uma das fases mais importantes para o Di-
reito Comercial, tendo vigorado por um longo período, pois foi construída na
época da Revolução Francesa, e perdurado no Brasil até a edição do Código
Civil de 2002. Nesse sentido, recomendamos a leitura do artigo Code civil
francês: gênese e difusão de um modelo, de Eugênio Facchini Neto, publicado
na Revista de Informação Legislativa, para ampliar seus conhecimentos.
Um Código de comércio deve ser redigido sob os princípios adotados por todas
as nações comerciantes, em harmonia com os usos ou os estilos mercantis dos
diversos povos do mundo.
Artigo
http://seer.ufrgs.br/revfacdir/article/download/73484/41374
Direito Privado
O Direito Comercial não surgiu com o comércio, pois este é anterior à normatização
estudada neste livro. Até a construção do que viria a ser o Direito Comercial, vigora-
vam regras costumeiras que orientavam as relações comerciais, as quais somente
vieram a ser organizadas muito tempo depois, surgindo a disciplina estudada neste
capítulo. Assim, o Direito Comercial certamente é um ramo que nasceu com os co-
merciantes para atender às suas necessidades, especialmente a de promover certa
segurança jurídica às relações emergentes e que se mostravam altamente rentáveis
para todos os envolvidos, mas que logo se desprendeu dos seus criadores para abran-
ger um número cada vez maior de relações.
Até 2003 vigorava no ordenamento jurídico o Código Comercial de 1850, com forte influência do Direito francês. O
conceito girava em torno da figura do comerciante do ato de comércio, por isso era chamado de teoria dos atos de
comércio. Porém, um conjunto de mudanças econômicas, culturais e sociais transformou o comerciante nas figuras
que hoje se conhece como empresário e empresa.
Embora socialmente já tivesse ocorrido a mudança de enfoque do comerciante e dos atos de comércio para o em-
presário e a empresa há muito tempo, foi somente após o Código Civil de 2002 que houve a positivação desse novo
sistema. O Direito Comercial passou a se orientar por meio das noções de empresário e empresa, justificando o uso
da expressão Direito Empresarial, ainda que Direito Comercial continue sendo largamente utilizada.
Autonomia formal
Contempla a existência de um código autônomo, ou seja, cada disciplina tem seu próprio código. Por exem-
plo, o Direito Comercial teria o Código Comercial, o Direito Civil teria o Código Civil, e assim por diante.
Autonomia substancial
Permite determinar de maneira científica a matéria a ser estudada por determinado ramo do Direito por meio
do conteúdo e dos princípios específicos.
Autonomia didática
Glossário
ontologia: reflexão com base
em um sentido abrangente e que A autonomia do Direito Comercial, portanto, é de natureza ontológica, e não
possui múltiplas existências. Por propriamente científica.
exemplo, o mandato possui um
sentido abrangente que comporta
múltiplas existências, sendo uma
delas na forma de mandato civil e Cabe ressaltar o fato de que a unificação do direito das obri-
outra na de mandato comercial.
gações e a ausência de um código não afetam a autonomia como
um todo do Direito Comercial. Mantém-se viva a ideia do Direito
Comercial como um direito especial, dedicado agora às figuras do
empresário e da empresa, e um direito comum, o Direito Civil, que
oferece respostas aos problemas derivados das demais relações
jurídicas. A rigor, um ramo do Direito somente será especial se
houver outro comum, o que não ocorre em casos com total sime-
tria. Por exemplo, o Direito Societário não possui equivalência de
nenhuma ordem no Direito Civil, embora este trate da figura da
pessoa jurídica, que é essencial para o Direito Societário.
O Direito Comercial volta-se à integração das práticas A atividade empresarial é caracterizada pelos
mercantis entre os povos, sendo comum a busca da uni- seus aspectos econômico e especulativo, que
formização, quando possível, dessas práticas. visam ao lucro como forma de remuneração do
capital empregado ao seu desenvolvimento.
Informalismo
O Direito Comercial é o direito do Fragmentarismo
dinamismo e, por isso, demanda a Dois fatores contribuem para essa característica. O pri-
criação de mecanismos jurídicos que meiro deles é a dinamicidade dos fatos econômicos que
agilizem as transações. atingem o Direito Comercial, e o segundo é a alta especi-
ficidade das disciplinas que o compõem, como o Direito
Societário e o Direito Falimentar.
Artigo
https://www.revistas.usp.br/rfdusp/article/download/67933/70541/89365
Por livre iniciativa se entende o regime jurídico que permite ao indivíduo exercer livre-
mente qualquer tipo de atividade econômica, sem interferência do Estado como regra,
existindo, contudo, exceções em alguns casos. A regra é da livre iniciativa, da liberdade
de empreender qualquer ramo econômico em busca do lucro. Trata-se de um reflexo do
direito à propriedade privada.
Artigo Texto
A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I – a soberania;
II – a cidadania;
1º
III – a dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos
ou diretamente, nos termos desta Constituição.
A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por
fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os
seguintes princípios:
I – soberania nacional;
II – propriedade privada;
III – função social da propriedade;
IV – livre concorrência;
V – defesa do consumidor;
170
VI – defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto
ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação;
VII – redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII – busca do pleno emprego;
IX – tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasilei-
ras e que tenham sua sede e administração no País.
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independen-
temente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.
Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo
Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevan-
te interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º. A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista
e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de
bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
[...]
173 § 2º. As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais
não extensivos às do setor privado.
§ 3º. A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade.
§ 4º. A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação
da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.
§ 5º. A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, esta-
belecerá a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza, nos
atos praticados contra a ordem econômica e financeira e contra a economia popular.
Dessa forma, o Estado e o particular, no exercício de uma atividade econômica, são co-
locados em igualdade, pois os princípios são aplicáveis a ambos, observada a função
social. Ainda que o Estado decida exercer uma atividade econômica, deverá respeitar o
regime jurídico próprio das empresas privadas, ou seja, sem qualquer vantagem.
II Redigir enunciados que impeçam a entrada de novos competidores nacionais ou estrangeiros no mercado.
III Exigir especificação técnica que não seja necessária para atingir o fim desejado.
Redigir enunciados que impeçam ou retardem a inovação e a adoção de novas tecnologias, processos
IV
ou modelos de negócios, ressalvadas as situações consideradas em regulamento como de alto risco.
Artigo
https://periodicos.ufpe.br/revistas/ACADEMICA/article/download/2084/2930
O artigo Livre iniciativa: considerações sobre seu sentido e alcance no Direito brasileiro,
de Ricardo Lupion Garcia e Cláudio Kaminski Tavares, apresenta um conceito
elementar para compreender o Direito Comercial brasileiro: a livre iniciativa. Vale a
pena a leitura para aprofundar seus conhecimentos a respeito desse assunto.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Direito Comercial passou da teoria dos atos do comércio e do
regime legal do Código Comercial de 1850 para um novo modelo com
base na teoria da empresa, cujo marco legal é o Código Civil de 2002.
Embora seu regramento esteja no Código Civil, continua a existir o Di-
reito Comercial, dadas as suas autonomias didática e substancial, ainda
que tenha perdido, em parte, sua autonomia legislativa.
A passagem para a teoria da empresa está bem delimitada no or-
denamento jurídico nacional, e existe, além do Código Civil, uma série
de outras leis regulando algum aspecto do Direito Comercial, como a
lei que aborda a falência e a recuperação do empresário, o qual é um
sujeito de direitos e obrigações das relações jurídicas envolvendo essa
área do Direito.
O exercício da atividade econômica empresarial exige o
preenchimento de várias obrigações previstas em lei, destacando-se
a obrigação do registro perante as Juntas Comerciais dos estados,
bem como a manutenção de uma escrituração contábil, de livros obri-
gatórios e facultativos, além de várias outras obrigações para manter
sua regularidade.
Toda essa legislação, contudo, está encimada pela Constituição Fe-
deral (isto é, a Constituição está acima de todas as normas), a qual
garante a liberdade de iniciativa de qualquer indivíduo, que pode de-
senvolver atividade econômica sem prévia autorização, salvo em situa-
ções excepcionais.
REFERÊNCIAS
ASQUINI, A. Perfis da empresa (Profili dell’impresa, in Rivista del Diritto Commerciale,
1943, v. 41, I). Revista de Direito Mercantil, Industrial, Econômico e Financeiro, ano XXXV (nova
série), n. 104, p. 109-126, out./dez. 1996.
BORGES, J. E. Curso de Direito Comercial Terrestre. São Paulo: Forense, 1959.
BRASIL. Constituição Federal (1988). Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 5
out. 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm.
Acesso em: 11 fev. 2021.
BRASIL. Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Diário Oficial da União, Poder Legislativo,
Brasília, DF, 11 jan. 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/
l10406compilada.htm. Acesso em: 11 fev. 2021.
BRASIL. Lei n. 13.874, de 20 de setembro de 2019. Diário Oficial da União, Poder Executivo,
Brasília, DF, 20 set. 2019. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-
2022/2019/lei/L13874.htm. Acesso em: 11 fev. 2021.
COELHO, F. U. Curso de Direito Comercial. São Paulo, Saraiva, 2002.
COELHO, F. U. Manual de Direito Comercial: Direito da Empresa. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2016.
CORDEIRO. A. M. Manual de Direito Comercial. Coimbra: Almedina, 2001.
FERREIRA. W. M. Instituições de Direito Comercial. São Paulo: Max Limonad, 1956.
FRANCO, V. H. de. M. Manual de Direito Comercial. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.
GONÇALVES NETO, A. de A. Manual de Direito Comercial. Curitiba: Juruá, 2000.
MARTINS, F. Curso de Direito Comercial. 28. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Forense, 2002.
REQUIÃO, R. Curso de Direito Comercial. São Paulo: Saraiva, 1993. v. 1.
REQUIÃO, R. Curso de Direito Comercial. São Paulo: Saraiva, 2003.
Registro público de
empresas mercantis e
atividades afins
Código Civil,
Lei n. 8.934/1994 Decreto n. 1.800/1996
artigos 1.150 a 1.154
Essa regra é repetida, com outras palavras, nos artigos 967, 984 e
985 do Código Civil, demonstrando a importância do registro como
obrigação do empresário.
Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Públi-
co de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de
sua atividade.
[...]
Art. 984. A sociedade que tenha por objeto o exercício de atividade
própria de empresário rural e seja constituída, ou transformada, de
acordo com um dos tipos de sociedade empresária, pode, com as
formalidades do art. 968, requerer inscrição no Registro Público de
Empresas Mercantis da sua sede, caso em que, depois de inscrita,
ficará equiparada, para todos os efeitos, à sociedade empresária.
[...]
Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscri-
ção, no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constituti-
vos (arts. 45 e 1.150). (BRASIL, 2002, grifos nossos)
Se o prazo de 30 dias não for respeitado, o ato ainda assim pode ser levado a regis-
tro, mas nesse caso somente produzirá efeitos a contar da data do efetivo registro.
Garantia
Se o ato está registrado numa Junta Comercial, aquele que a consulta tem garantia de
que o ato cumpriu os requisitos legais e está produzindo efeitos.
Publicidade
Trata-se de um registro público, ou seja, qualquer pessoa pode solicitar informações nas
Juntas Comerciais sobre qualquer empresário ou sociedade empresária que lá esteja
registrado. O procedimento é muito simples, basta ter alguns dados, como nome, razão
social ou CNPJ, e formular o pedido de cópia dos atos (por exemplo, de um contrato
social). Efetuado o pagamento dos custos exigidos pela Junta Comercial, em alguns dias
o solicitante terá acesso aos documentos. Todo empresário ou sociedade empresária
ao registrar-se sabe que seus atos se tornam públicos e de livre acesso.
Autenticidade
Se o ato está registrado na Junta Comercial, ele se presume autêntico até prova em
sentido contrário. O objetivo da lei é dar validade ao documento, conferindo-lhe au-
tenticidade. Assim, qualquer pessoa pode pedir à Junta Comercial que autentique os
documentos que lá estão e lhe forneça uma cópia. Por exemplo, é possível solicitar a
cópia autenticada do contrato social de qualquer sociedade.
Segurança
Trata-se de um ponto chave do processo de registro, pois, uma vez registrado perante a
Junta Comercial, aquele que consulta os atos tem a segurança de que eles são verdadei-
ros, autênticos e que são capazes de produzir efeitos perante terceiros.
Uma vez que o ato foi registrado na Junta Comercial, ele produz eficácia perante tercei-
ros, isto é, a ninguém é dado dizer que desconhecia se tratar de um empresário ou de
uma sociedade empresária, se eles foram devidamente registrados. Trata-se de uma
proteção para todas as partes envolvidas: para o empresário, porque ele poderá opor o
ato registrado contra qualquer um; e para o terceiro que consulta, o qual, por exemplo,
pretende celebrar um contrato com o empresário, porque assim ele saberá as condi-
ções do registro (se está regular ou não, se quem assina tem os poderes necessários ou
não, dentre outros detalhes que o registro concede).
Sua função principal é estabelecer as diretrizes gerais para o registro público de empre-
sas mercantis; por isso, uma de suas finalidades é supervisionar e coordenar as Juntas
Comerciais no plano técnico. Outra função é a de estabelecer e consolidar as normas e as
diretrizes das Juntas Comerciais, o que faz em caráter exclusivo.
deficiências nas Juntas Comerciais, poderá atuar supletivamente para contradas para acesso
público no link a seguir.
promover, providenciar ou adotar qualquer medida para sanar o pro-
Disponível em: https://www.gov.
blema. Isso também implica prestar colaboração técnica e financeira br/economia/pt-br/assuntos/drei/
às Juntas, visando melhorar a prestação de serviços. No Brasil, há gran- legislacao/instrucoes-normativas-
-em-vigor. Acesso em: 6 abr. 2021.
de disparidade econômica entre os estados, mas todos têm obrigação
de manter uma Junta Comercial. Consequentemente, algumas Juntas
dispõem de maior e melhor estrutura do que outras, como a Junta Co-
mercial do Estado de São Paulo (estado mais rico do país), a qual cer-
tamente não se compara em orçamento a outras Juntas situadas em
estados com menor atividade econômica.
Junta
Comercial
Secretaria-
Presidência Plenário Turmas Procuradoria
-Geral
Processo
decisório
Quadro 1
Exemplo de prazo de registro
Quadro 2
Processo revisional das Juntas Comerciais
Fonte: Elaborado pelo autor com base nos artigos 64 a 74 do Decreto n. 1.800 (BRASIL, 1996).
São impostos por lei ao empresário; por exemplo, o livro Diário que é imposto pelo
Código Civil como indispensável (artigo 1.180).
Livros facultativos
É importante destacar que a lei prevê que não somente os livros deve-
rão ser objeto de guarda pelo empresário, mas também a documentação
pertinente ao exercício da atividade empresarial, pois “tal exigência pren-
de-se ao fato de que tais documentos contêm elementos que nem sempre
são lançados no Diário, servindo como meio de prova posterior das nego-
ciações e operações praticadas” (FRANCO, 2004, p. 74).
Saiba mais que se discrimine os bens que estão englobados. Ainda, se for englo-
bada, estão compreendidos todos os bens do estabelecimento, sejam
A universalidade de fato está
prevista no artigo 90 do Código eles corpóreos, sejam incorpóreos. Além da transferência englobada,
Civil, sendo conceituada como “a também é possível a transferência individualizada dos bens, atribuin-
pluralidade de bens singulares
do-se a cada um deles um valor, destacando-se ou não do valor final. É
que, pertinentes à mesma
pessoa, tenham destinação uni- importante lembrar que, por uma universalidade de fato, os bens não
tária”; enquanto a universidade perdem a sua individualidade, ou seja, existe o estabelecimento como
de direito está prevista no artigo
um todo e existem os bens que o compõem, os quais podem ser con-
91, sendo conceituada como
“o direito complexo de relações siderados individualmente. Por exemplo: uma máquina pode ser vista
jurídicas, de uma pessoa, dotada e valorada dentro do estabelecimento com todos os demais elementos
de valor econômico” (BRASIL,
2002). que o circundam, ou pode ser vista e valorada de maneira individuali-
zada, apenas como uma máquina.
Artigo
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/236/edicao-1/estabelecimento-empresarial
6 abr. 2021.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este capítulo tratou do registro do comércio, ou registro público de
empresas, demonstrando passo a passo como o empresário ou a so-
ciedade empresária deve agir para estar e permanecer regular no exer-
cício da atividade empresarial.
ATIVIDADES
Vídeo 1. O que é estabelecimento comercial?
REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto n. 1.800, de 30 de janeiro de 1996. Diário Oficial da União, Poder Executivo,
Brasília, DF, 31 jan. 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/
d1800.htm. Acesso em: 5 abr. 2021.
BRASIL. Lei n. 8.934, de 18 de novembro de 1994. Diário Oficial da União, Poder Executivo,
Brasília, DF, 21 nov. 1994. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8934.
htm. Acesso em: 5 abr. 2021.
BRASIL. Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Diário Oficial da União, Poder Executivo,
Brasília, DF, 11 jan. 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/
l10406compilada.htm. Acesso em: 5 abr. 2021.
BRASIL. Lei n. 11.101, de 9 de fevereiro de 2005. Diário Oficial da União, Poder Legislativo,
Brasília, DF, 9 fev. 2005. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2005/lei/l11101.htm. Acesso em: 5 abr. 2021.
BRASIL. Lei n. 13.874, de 20 de setembro de 2019. Diário Oficial da União, Poder Executivo,
Brasília, DF, 20 set. 2019. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-
2022/2019/lei/L13874.htm. Acesso em: 5 abr. 2021.
BRASIL. Ministério da Economia. Instrução Normativa n. 81, de 10 de junho de 2020. Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 15 jun. 2020. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/
dou/-/instrucao-normativa-n-81-de-10-de-junho-de-2020-261499054. Acesso em: 5 abr.
2021.
FRANCO, V. H. de. M. F. Manual de Direito Comercial. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.
GONÇALVES NETO, A. de. A. Manual de Direito Comercial. Curitiba: Juruá, 2000.
REQUIÃO, R. Curso de Direito Comercial. São Paulo: Saraiva, 1993.
Nome empresarial
Quadro 1
Exemplos de denominação
renciada, sendo conferida pela Lei n. 9.279/1996, por se tratar de • Nome empresarial 01.
um sinal distintivo. Assim, a logo do Itaú é um exemplo de marca Disponível em: https://you-
tu.be/2vEgo94I4fY.
registrada em um órgão responsável, no caso, o Instituto Nacional
• Direito Empresarial I –
de Propriedade Industrial (Inpi). Embora haja uma pretensa confu-
Estudo 7: nome empresarial.
são entre essas nomenclaturas, há nos âmbitos de proteção uma Disponível em: https://
perfeita distinção do nome comercial em relação à marca, como se youtu.be/NE94c1l2rMg.
é incomum um empresário poder utilizar um nome no Paraná, mas Disponível em: https://www.
não poder usar o mesmo nome em São Paulo, por exemplo. Entre- juntacomercial.pr.gov.br/Pagina/
Consulta-Previa-de-Viabilidade.
tanto, uma vez conferida a proteção nacional, o nome empresarial Acesso em: 4 maio 2021.
estará protegido em todos os estados brasileiros.
Legislação Regra
Código Civil, artigo 1.162 “A sociedade em conta de participação não pode ter firma ou denominação”.
Fonte: Elaborado pelo autor com base em Brasil, 1994; Brasil, 2002, grifos nossos.
em tese, que esses terceiros pretendessem fazer uso daquele direito. Disponível em: https://www.
consolidesuamarca.com.br/blog/
Assim, para resguardar esse direito e impedir que outros exerçam con- o-que-e-propriedade-intelectual-
comitantemente sobre ele direitos ao domínio, previu-se uma obriga- e-propriedade-industrial. Acesso
em: 4 maio 2021.
ção genérica de abstenção.
Figura 1
Exemplo de registro de marca
Por meio de uma ação de nulidade, medida de caráter judicial, que poderá
ser proposta tanto pelo Inpi quanto por qualquer pessoa com interesse
legítimo no resultado do processo – ou seja, na obtenção da nulidade da
marca registrada. Isso permite a concessão de liminar para suspender os
efeitos do registro e do uso da marca e pode causar grandes prejuízos ao
seu titular, motivo pelo qual é concedida mediante apreciação criteriosa.
Marca de certificação
Marca coletiva
Figura 4
Exemplos de diferentes marcas de achocolatado
Figura 7
Exemplos de registo de desenho industrial
Exame formal
Sigilo
Publicação
Requerimento
Exame técnico
Parecer
Decisão
(Continua)
Nome empresarial e propriedade industrial 87
Carta patente
Sugere-se a leitura do Caso superada a fase administrativa, ainda é possível buscar a via
manual de consultas do
judicial, por meio da ação de nulidade prevista no artigo 56 e seguintes
Inpi, intitulado Diretriz
de exame de patentes da LPI. A nulidade pode ser proposta a qualquer momento pelo próprio
de modelo de utilidade,
Inpi, que concede a patente, ou por qualquer pessoa que apresente um
que apresenta algumas
diretrizes das análises interesse legítimo violado pela patente. Não há um prazo para o exer-
de pedidos de patente e
cício desse direito, tanto que a nulidade pode ser arguida a qualquer
modelo de utilidade.
tempo como matéria de defesa.
Disponível em: https://www.gov.
br/inpi/pt-br/servicos/patentes/ O foro competente para apreciar o pedido de nulidade é a Justiça Fe-
pagina_consultas-publicas/
arquivos/diretriz_de_mu_ deral, e o Inpi deve compor a ação, intervindo no feito quando não for ele
versao_2_original.pdf. Acesso em: próprio o autor. O prazo para responder à ação é especial e consta da LPI,
4 maio 2021.
sendo de 60 dias. Uma vez proferida a decisão, cabe ao Instituto anotar o
resultado para a ciência de terceiros, pois tem caráter público.
Figura 9
Exemplo de patente de invenção
Pedido de patente
Decisão
Recomenda-se como
leitura complementar
A patente será concedida depois do deferimento do pedido, desde que
o artigo As patentes e a comprovado o pagamento da retribuição, expedindo-se a carta patente.
proteção da invenção,
do Sebrae, que ajuda o
empreendedor a com- O prazo de vigência de uma patente de invenção é de 20 anos,
preender a importância
não podendo ser inferior a 10 anos, a contar da data da concessão.
das patentes e como
isso confere segurança Isso se dá para garantir ao inventor um tempo mínimo de uso e frui-
à invenção.
ção da patente, visto que o processo de registro é demorado.
Disponível em: https://www.
sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ Concedida a patente, surge o direito de o seu titular impedir que
artigos/as-patentes-e-a- qualquer pessoa, sem que tenha obtido formalmente o seu consenti-
seguranca-da-invencao,047aa866
e7ef2410VgnVCM100000b27201 mento, possa usar, vender ou dispor de qualquer forma daquele inven-
0aRCRD. Acesso em: 2 maio 2021. to, de acordo com o artigo 41 da LPI (BRASIL, 1996b).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este capítulo tratou do nome empresarial e da propriedade industrial,
elementos muito importantes para o empresário desenvolver as suas ati-
vidades. O nome empresarial é essencial porque é a forma pela qual o
empresário se identifica em suas atividades; já a propriedade industrial
visa proteger um conjunto de institutos que ele utiliza. A marca é a pro-
priedade industrial mais comum, uma vez que envolve a identidade visual
ou a nomenclatura do empresário. Assim, todos podem e devem registrar
suas marcas no Inpi para protegê-la.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto n. 1.800, de 30 de janeiro de 1996. Diário Oficial da União, Poder Executivo,
Brasília, DF, 31 jan. 1996a. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/
d1800.htm. Acesso em: 4 maio 2021.
BRASIL. Lei n. 8.934, de 18 de novembro de 1994. Diário Oficial da União, Poder Executivo,
Brasília, DF, 21 nov. 1994. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8934.
htm. Acesso em: 4 maio 2021.
BRASIL. Lei n. 9.279, de 14 de maio de 1996. Diário Oficial da União, Poder Executivo,
Brasília, DF, 15 maio 1996b. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
l9279.htm. Acesso em: 4 maio 2021.
BRASIL. Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Diário Oficial da União, Poder Executivo,
Brasília, DF, 11 jan. 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/
l10406compilada.htm. Acesso em: 4 maio 2021.
BRASIL. Lei n. 12.441, de 11 de julho de 2011. Diário Oficial da União, Poder Legislativo,
Brasília, DF, 12 jul. 2011. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2011/lei/l12441.htm. Acesso em: 4 maio 2021.
BRASIL. Lei n. 13.874, de 20 de setembro de 2019. Diário Oficial da União, Poder Executivo,
Brasília, DF, 20 set. 2019. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-
2022/2019/Lei/L13874.htm. Acesso em: 4 maio 2021.
INPI. Consulta à base da dados do Inpi. Instituto Nacional de Propriedade Industrial,
2021a. Disponível em: https://busca.inpi.gov.br/pePI/servlet/MarcasServletController?
Action=detail&CodPedido=11083. Acesso em: 20 maio 2021.
INPI. Consulta à base da dados do Inpi. Instituto Nacional de Propriedade
Industrial, 2021b. Disponível em: https://busca.inpi.gov.br/pePI/servlet/
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INPI. Consulta à base da dados do Inpi. Instituto Nacional de Propriedade Industrial, 2021c.
Disponível em: https://busca.inpi.gov.br/pePI/servlet/DesenhoServletController?
Action=detail&CodPedido=1595420&SearchParameter=POLTRONA. Acesso em: 20
maio 2021.
INPI. Consulta à base da dados do Inpi. Instituto Nacional de Propriedade Industrial, 2021d.
Disponível em: https://busca.inpi.gov.br/pePI/servlet/DesenhoServletController?
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INPI. Consulta à base da dados do Inpi. Instituto Nacional de Propriedade Industrial, 2021e.
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CodDiretoria=200&NumeroID=7f4d4f6e9d411289daaabd1c7379ae5dfbcdadc
5f1079f300544bee987602d27&certificado=undefined&numeroProcesso=
&ipasDoc=undefined&codPedido=1416073. Acesso em: 20 maio 2021.
INPI. Consulta à base da dados do Inpi. Instituto Nacional de Propriedade Industrial,
2021f. Disponível em: https://busca.inpi.gov.br/pePI/servlet/PatenteServletController?
Action=detail&CodPedido=1480214&SearchParameter=TELA%20SENSIVEL%20
TOQUE%20%20%20%20%20%20&Resumo=&Titulo=. Acesso em: 20 maio 2021.
INPI. O que é marca. Instituto Nacional de Propriedade Industrial, 2021g. Manual de
marcas. Disponível em: http://manualdemarcas.inpi.gov.br/projects/manual/wiki/02_O_
que_%C3%A9_marca. Acesso em: 4 maio 2021.
normativa regulatória.
Glossário
De modo diferente do que ocorre no Direito Civil, em que há a força
cláusula draconiana:
obrigatória dos contratos – podendo ser modificados apenas por moti- excessivamente severa ou
2
vos imprevisíveis –, no direito do consumidor deve ser observada a fun- que institui uma punição
cruel ou injusta.
ção social do contrato. Nesse sentido, ele não pode integrar as cláusulas
draconianas ou prejudiciais ao consumidor. É importante salientar que 3
o consumidor é naturalmente a parte vulnerável da relação. A teoria da imprevisão
ocorre nos casos em
Caso haja necessidade, é possível modificar ou rever as cláusulas
que há um desequilíbrio
contratuais nas hipóteses de prestações desproporcionais ou em en- no contrato decorren-
te de uma condição
sejo de fatos supervenientes. Isso ocorre nos casos em que a cláusula
superveniente.
3
se torna excessivamente onerosa, aplicando a teoria da imprevisão .
VIII A facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova,
a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou
quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências.
Educação e divulgação
Filme
Proteção à vida, saúde Informação adequada
a respeito do consumo Recomenda-se o filme
e segurança. e clara.
adequado. Os delírios de consumo de
Becky Bloom, que retrata
a vida de uma jovem jor-
Modificação das nalista com problemas
Proteção contra a cláusulas contratuais causados pelos desejos
Efetiva prevenção e publicidade enganosa com prestações de consumo exagera-
reparação de danos e abusiva, os métodos desproporcionais dos. Na produção, a
patrimoniais, morais, comerciais coercitivos ou sua revisão por personagem principal é
individuais, coletivos e ou desleais, bem como fatos supervenientes altamente afetada pelas
difusos. as práticas e cláusulas que as tornem propagandas e pelos
abusivas ou impostas. excessivamente desejos de consumo, o
que acarreta sérios pro-
onerosas.
blemas para a sua vida.
No que tange aos serviços prestados pelos órgãos públicos, também Leitura
se aplica o Código de Defesa do Consumidor, ainda que o serviço seja Recomenda-se a
prestado por empresas, concessionárias, permissionárias ou outra for- leitura do texto
Defesa do consumidor:
ma de empreendimento. Nesse caso, o serviço oferecido deve ser rea- responsabilidade do forne-
lizado de maneira adequada, eficiente, segura e, nos casos de serviço cedor por vício e por defeito
do produto, de André
essencial, contínua. Caso haja o descumprimento dessas obrigações, Motoharu Yoshino, que
ainda que parcialmente, deverá ser reparado o dano, como estabelece o detalha de maneira espe-
cífica o tratamento legal
artigo 22 (BRASIL, 1990). do vício no Código de
Defesa do Consumidor.
O fato de o fornecedor ignorar o vício não é justificativa para
Disponível em: https://www.
isentá-lo da responsabilidade nos casos em que o vício é de qualidade
migalhas.com.br/depeso/120332/
por inadequação dos produtos ou serviços, de acordo com o artigo 23. defesa-do-consumidor-
responsabilidade-do-fornecedor-
Nesse sentido, cláusulas que impossibilitem, exonerem ou atenuem a
por-vicio-e-por-defeito-do-
obrigação de indenizar são vedadas no contrato, conforme o artigo 25. produto-ou-servico. Acesso em: 19
maio 2021.
Além disso, “a garantia legal de adequação do produto ou serviço inde-
pende de termo expresso, vedada a exoneração contratual do fornece-
dor”, como determina o artigo 24 (BRASIL, 1990).
Condições integrais
da oferta, incluídas
Características essenciais modalidades
Informações claras e de pagamento,
do produto ou do serviço,
ostensivas a respeito de disponibilidade, forma
incluídos os riscos à
quaisquer restrições à e prazo da execução do
saúde e segurança dos
fruição da oferta. serviço ou da entrega
consumidores.
ou disponibilização do
produto.
Direito de arrependimento.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste capítulo foi abordado o Código de Defesa do Consumidor (CDC)
e as diversas formas de proteção das garantias e dos direitos do consu-
midor. Na primeira seção foi estudado o Sistema Nacional de Defesa do
Consumidor, que possui previsão na Constituição e no CDC. O Sistema es-
tabelece um rol de órgãos e entidades que objetivam garantir os direitos
do consumidor e atuar de maneira ativa nos casos de sua violação.
Na segunda seção foram detalhados os direitos básicos do consumi-
dor determinados no CDC. Verifica-se que o fornecedor deve observar os
direitos em consonância com os princípios determinados no artigo 4º do
CDC. Também foram observadas as responsabilidades por vício nos pro-
dutos ou serviços. Nesse sentido, o CDC estabelece a responsabilidade
objetiva do fornecedor e, em algumas situações, a solidária.
Por fim, foi discutido o direito do consumidor no comércio eletrônico,
o qual, nos últimos anos, expandiu-se de maneira significativa, devendo
serem observadas suas regras específicas.
ATIVIDADES
1. Qual é o objetivo da Política Nacional das Relações de Consumo?
Vídeo
2. Quando haverá a responsabilidade solidária pelo vício do produto?
P IXE
RED
trada na prática comercial como garantia estendida, muitas
vezes oferecida na compra de eletrodomésticos ou na prestação
de serviços. Ressalta-se que de maneira alguma essa garantia poderá
30 dias 90 dias
Fornecimento
Fornecimento
de serviço e de
de serviço e de
produtos não
produtos duráveis.
duráveis.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Estudou-se, na primeira seção do presente capítulo, a dignidade do con-
sumidor, com a aplicação dos princípios constitucionais fundamentais na
proteção e defesa dele. Verificou-se que, além dos princípios determinados
no CDC, os princípios da dignidade da pessoa humana e do direito à vida,
à privacidade, à honra e à imagem são aplicáveis nas relações de consumo.
Na segunda seção, verificou-se os contratos nas relações de consumo.
Conclui-se que, além da teoria geral dos contratos, o CDC estabelece re-
gras específicas para aqueles que versam sobre as relações de consumo,
as quais se estruturam levando em consideração a situação de vulnerabi-
lidade do consumidor.
Na terceira seção, desenvolveu-se a defesa do consumidor em juízo.
Para tanto, viu-se que existem as ações individuais e as coletivas, ambas
com o objetivo de proteger o consumidor, e que em alguns casos, inclusive,
é necessária a intervenção dos legitimados ativos determinados no CDC.
Por fim, na última seção foram abordadas as regras de prescrição e
decadência estabelecidas no Código de Defesa do Consumidor, ou seja,
os prazos determinados para a busca do direito do consumidor em juízo.
ATIVIDADES
Vídeo 1. Além dos princípios relacionados diretamente à defesa do consumidor
na Constituição Federal, quais outros são aplicáveis de maneira
implícita?
REFERÊNCIAS
BRASIL. Conselho da Justiça Federal. Enunciado n. 531. VI Jornada de Direito Civil, Brasília,
DF, jun. 2013. Disponível em: https://www.cjf.jus.br/cjf/corregedoria-da-justica-federal/
centro-de-estudos-judiciarios-1/publicacoes-1/jornadas-cej/vijornadadireitocivil2013-
web.pdf. Acesso em: 28 maio 2021.
2. O que é marca?
A marca é uma representação linguística ou simbólica que identifica
um produto ou serviço.