Jus1361 - Previa Do Livro
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PORTUGUÊS
para Concursos
Gramática
3ª edição
Interpretação de textos Revista, ampliada
e atualizada
Redação discursiva
Redação oficial
2021
Capítulo 2 • Morfologia PARTE 1 • Gramática
CAPÍTULO 2
Morfologia
Estrutura e formação de palavras
1. INTRODUÇÃO
Morfologia é a parte da gramática responsável pelo estudo das palavras. As-
sim, nesta seção, estudaremos os vocábulos da língua portuguesa no que diz
respeito à estrutura, ao processo de formação e à classe gramatical a que per-
tencem.
Em relação a essas três atribuições básicas da Morfologia, posso afirmar
que o conteúdo inerente à estrutura das palavras é o que menos aparece em
questões de concursos públicos, salvo aqueles das carreiras militares. A parte
de processos de formação também é cobrada em alguns concursos, mas não
chega a aparecer com uma frequência muito significativa. Finalmente, o conte-
údo relacionado ao estudo das classes gramaticais – especialmente a classe dos
pronomes e a dos verbos – é o que mais nos importa, uma vez que é cobrado
com mais frequência nas provas. Então, agora é o momento de respirar, buscar
energias e lutar pelos nossos sonhos. Avante!
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Capítulo 2 • Morfologia PARTE 1 • Gramática
J Observações:
1. Há um entendimento majoritário de que o singular das palavras
acontece pela ausência de desinência de número. No entanto, para
gramáticos como Evanildo Bechara, essa “ausência” é marcada por
um morfema, designado, simplesmente, “morfema zero”.
2. A palavra “qualquer” flexiona-se no plural, excepcionalmente, com
a inserção da desinência de número plural no meio do vocábulo:
“quaisquer”.
3. Diferentemente do que consta na maioria das gramáticas, Rocha
Lima afirma que palavras no masculino, na verdade, apresentam
desinência zero. Isso faria com que disséssemos que palavras como
“gato” possuem, ao final, uma vogal temática, e não uma desinência
de gênero. Contudo, esse posicionamento do gramático não costu-
ma ser levado em consideração pelas bancas de concursos públicos.
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MesA
TristE
TribO E perceba que esse “o” não é desinência de gênero,
uma vez que não existe “triba”.
J Observações:
Os nomes que terminam com vogais tônicas (como café, cipó, ca-
qui) não possuem vogal temática. Os nomes terminados em con-
soante não possuem também, no entanto, a vogal temática pode
aparecer quando a palavra é flexionada no plural: barEs.
2.5. Tema
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Capítulo 2 • Morfologia PARTE 1 • Gramática
� (PMMG – 2010 – CTSP) A respeito da estrutura das palavras, assinale a alternativa que
esteja em desacordo com as normas gramaticais:
a) Em “garotos” e “garota” há desinências nominais que indicam flexão de número
apenas na segunda palavra.
Comentário: Sabemos que, na primeira palavra, ou seja, em “garotos”, temos a
desinência de gênero masculino O e a desinência de número S. Na segunda pala-
vra, “garota”, há desinência de gênero feminino “A” e não há desinência de núme-
ro. Se a afirmação é falsa, então esta é a ALTERNATIVA CORRETA.
b) As palavras “cafeteria” e “gaseificado” apresentam, respectivamente, consoante de
ligação e vogais de ligação.
Comentário: Na primeira palavra, temos a consoante de ligação T e, na segunda,
a vogal I.
c) Nas palavras “campo” e “inútil” o radical coincide com a raiz.
Comentário: Radical é o termo usado pela gramática normativa. Raiz é um ter-
mo ligado à etimologia. Nós não tínhamos obrigação de ter essa informação para
resolver se a afirmação desta alternativa está correta ou incorreta, mas tínhamos
a obrigação de saber que a letra A da questão estava incorreta. Por isso, provavel-
mente, não anularam a questão.
d) ( ) O tema das palavras “fingidor” e “imperdoável” é, respectivamente, “FINGI” e
“-PERDOÁ-”.
Comentário: O tema é o radical mais a vogal temática. Sendo assim, a afirmação
está correta.
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Capítulo 2 • Morfologia PARTE 1 • Gramática
J Observações:
1. Os verbos formados por derivação parassintética são obtidos
a partir de substantivos (joelho → ajoelhar) ou adjetivos (gordo
→ engordar).
2. De acordo com o gramático Pestana, substantivos terminados em
–mento não podem ser formados por parassíntese, uma vez que
esse tipo de derivação origina apenas verbos e adjetivos.
J Observações:
1. O processo “normal” de formação de palavras de nossa língua segue
a ordem: SUBSTANTIVOS O VERBOS.
2. CUIDADO com questões que fazem afirmações do tipo: “Telefone é
formado por derivação regressiva”. Nós somos induzidos a pensar
que sim, que TELEFONE vem do verbo TELEFONAR. No entanto,
TELEFONE não é substantivo abstrato, não é nome de ação e não
é fruto da ação do verbo “telefonar”. O fruto da ação de telefonar
é TELEFONEMA, formado por derivação sufixal. Sendo assim, não
é telefone que vem de telefonar: é TELEFONAR que vem de TE-
LEFONE. Ou seja, nesse caso, não aconteceu processo de derivação
regressiva, pois foi o substantivo que originou o verbo. TELEFONE
O TELEFONAR
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Capítulo 2 • Morfologia PARTE 1 • Gramática
• Se forem formadas com até três letras ou se cada letra for pronuncia-
da separadamente, deverão ser grafadas com maiúsculas.
CEP – Código de Endereçamento Postal
UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais
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Lá, você encontrará itens que ditam regras sobre alguns casos vis-
tos aqui e outros casos relativos ao emprego de hifens em palavras
compostas. Se não tiver interesse em aprofundar nesses detalhes
agora, deixe para fazer esse estudo mais adiante, a fim de que não
perca o “enredo” da matéria.
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