Guia Formadores
Guia Formadores
Guia Formadores
1. Missão e destinatários
O Centro Qualifica é uma estrutura do Sistema Nacional de Qualificações, que tem por
objetivo melhorar os níveis de educação e formação, numa perspetiva de aprendizagem ao
longo da vida e, assim, contribuir para a qualificação e empregabilidade da população.
2. Etapas de intervenção:
▪ Coordenador/a,
▪ Técnic@s de Orientação, Reconhecimento e Validação de Competências (TORV).
▪ Formadores das diferentes áreas de competência-chave e das diferentes áreas de
educação e formação para o desenvolvimento de processos de reconhecimento,
validação e certificação de competências.
1. Reconhecimento de competências
Esta etapa inicia-se com a apresentação do processo de RVC (introdução aos conceitos
utilizados em RVC, explicação do que é a metodologia de balanço de competências, definição
dos patamares de chegada para a certificação, clarificação da distinção entre o RVC e percursos
de escolarização/formação), dos seus intervenientes, das metodologias de trabalho possíveis,
da duração previsível do processo e do trabalho que se espera que o adulto desenvolva de forma
autónoma.
À medida que o PRA se vai consolidando, a equipa técnico-pedagógica, juntamente com o/a
adulto/a, vai estabelecendo correlações entre esse instrumento/produto e o Referencial de
Competências-Chave.
A evolução do processo de reconhecimento e, em particular, as conclusões que a equipa vai
tirando relativamente às competências que podem ou não ser validadas, devem ser
comunicadas ao/à adulto/a, à medida que as sessões forem decorrendo, em momentos
específicos para o efeito ou no decorrer do balanço de competências.
Cada uma destas ACC é composta por quatro UC que integram um conjunto variável de Critérios
de Evidência, definidos em termos de exemplos de ações/realizações, através das quais o
candidato pode demonstrar o domínio da competência visada.
Para cada um dos níveis de certificação respeitantes aos três ciclos do ensino básico, o RCC-NB
integra um total de 16 UC obrigatórias.
Na figura seguinte exemplifica-se a estruturação e a organização do RCC-NB, tomando-se como
referência a ACC de LC do nível B3.
Cada uma destas ACC inclui um conjunto de Núcleos Geradores (NG), a partir dos quais é possível
evidenciar uma diversidade de competências demonstradas em diferentes contextos,
designados por Domínios de Referência (DR1 – correspondente ao contexto privado; DR2
correspondente ao contexto profissional; DR3 – correspondente ao contexto institucional; DR4
– correspondente ao contexto macroestrutural).
A figura seguinte explicita esta organização para cada ACC:
A cada Domínio de Referência estão associados três Critérios de Evidência que, por sua vez,
correspondem a diferentes Dimensões de Competências, em função da ACC em que se inserem.
No caso das ACC de STC e CLC, a cada Critério de Evidência corresponde diretamente uma das
três Dimensões de Competências (Social, Tecnológica e Científica e Cultural, Linguística e
Comunicacional, em STC e CLC, respetivamente). No caso da ACC de CP, as Dimensões de
Competências (Cognitiva, Ética e Social) não estão diretamente associadas aos três Critérios de
Evidência de cada Domínio de Referência, mas sim a Núcleos Geradores específicos.
Nas figuras seguintes, exemplifica-se a correspondência entre os Critérios de Evidência e as
respetivas Dimensões de Competências nas ACC de STC e CLC, bem como, a correspondência
entre os oito Núcleos Geradores e as Dimensões de Competências da ACC de CP.
Para além de estarem associados a diferentes Dimensões de Competências, os Critérios de
Evidência são demonstrados em função de três Elementos de Complexidade:
a) Elemento de complexidade Tipo I – Identificação;
No caso das ACC de STC e CLC, cada Critério de Evidência está associado a uma determinada
Dimensão de Competência, sendo, por isso, possível reconhecer cada Critério de Evidência nos
diferentes Elementos de Complexidade. O Guia de Operacionalização do RCC-NS integra um
conjunto de fichas-exemplo que ilustram casos concretos de Critérios de Evidência, a serem
trabalhados nas diferentes dimensões de competências e elementos de complexidade (anexo 4)
No caso da ACC de CP, cada um dos três Critérios de Evidência, de cada Domínio de Referência,
corresponde diretamente a um Elemento de Complexidade.
c. Formação complementar
2. Validação de competências
A validação de competências é um processo contínuo que vai sendo realizado durante a fase
de reconhecimento, a partir da correspondência entre as competências que vão sendo
evidenciadas no Portefólio e as que integram o referencial de competências-chave em avaliação.
Os Formadores deverão elaborar os seus próprios instrumentos de avaliação, que permitam
ir registando a informação e as justificações necessárias à tomada de decisão. No entanto, e
tendo por base a lógica das metodologias associadas ao processo de RVCC, que pressupõem
uma participação ativa do candidato e, simultaneamente, uma elevada capacidade de reflexão
e consciência do trabalho desenvolvido, este registo deve, nesta fase, integrar a opinião
sustentada do candidato (autoavaliação).
No final da fase de reconhecimento de competências deverá ser aplicada a Grelha de
Validação, a qual deverá servir de suporte à heteroavaliação realizada pelo Técnico de ORVC e
pelos Formadores das diferentes ACC, formalizada em reunião convocada e presidida pelo
coordenador do centro (Sessão de Validação).
Nos processos de RVCC de nível básico (B1, B2 e B3), e na sequência da Sessão de Validação,
apenas são validadas as UC pontuadas nos níveis 3, 4 ou 5 da referida escala. No entanto, para
que as UC de uma ACC, validadas no âmbito da Sessão de Validação, possam avançar para a
etapa de certificação de competências, é necessário que pelo menos uma das quatro UC
obrigatórias que integram cada ACC esteja pontuada no nível 5 da escala.
Nos processos de RVCC de nível secundário, apenas são validados os DR pontuados nos
níveis 3, 4 ou 5 da escala da Grelha de Validação. No entanto, para que o NG de uma ACC possa
avançar para a etapa de certificação de competências, é necessário que, pelo menos, um dos
quatro DR esteja pontuado no nível 5 da escala da Grelha de Validação e exista, pelo menos,
mais um DR validado com pontuação igual ou superior a 3.
3.Certificação de competências
Tendo em vista a certificação das competências, o candidato, deverá ser presente a um júri
de certificação, o qual irá tomar a sua decisão com base no desempenho do candidato numa
prova de certificação (Sessão de Júri de Certificação) e na análise do Portefólio e dos
instrumentos de avaliação aplicados durante a etapa de reconhecimento e validação de
competências.
Esta prova deverá consistir na apresentação de uma exposição e reflexão subordinada a uma
temática integradora, trabalhada no âmbito do Portefólio, que evidencie saberes e
competências das áreas de competências-chave em avaliação.
2 – As TORV iniciam a construção do PRA com recurso aos instrumentos mediadores (anexo 3);
4 – Com o término da exploração da história de vida, pelas TORV, o PRA é entregue à equipa
para a primeira leitura. Neste momento, é preenchida a grelha de análise de PRA (anexo 5) e a
respetiva grelha de levantamento de necessidades (anexo 6). Cada formador deve fazer
anotações/sugestões no próprio documento tendo em vista a sua consolidação.
5 – Após a leitura, os formadores terão agendadas pelo menos duas sessões na etapa de
reconhecimento, onde poderão trabalhar as questões já evidenciadas no PRA, bem como as
respetivas sugestões de melhoria.
8 – O/As adulto/as que cumpram os requisitos necessários serão propostos a júri, sendo
agendada a sessão de validação e respetivas sessões de preparação para júri.
9 – Cada formador é responsável por manter os sumários das sessões ministradas atualizados
na plataforma SIGO. Todos os procedimentos necessários ao registo destas sessões encontram-
se devidamente explicitados no Manual de Utilizador – SIGO Centros Qualifica.