Água - Células - Transporte

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ÁGUA E CÉLULAS VEGETAIS

• Fotossíntese requer que plantas extraiam CO2 do ar  perda d’água e


desidratação
• Relação 1/500: 1g de matéria orgânica / 500g de H20 absorvida pelas raízes 
transportada pela planta e perdida para atmosfera (grande parte)
• Equilibrar a absorção e a perda de água  Desafio das plantas terrestres

• Pressão de turgidez: Parede celular suporta grande pressão hidrostática interna


‐ Expansão celular
‐ Abertura estomática
‐ Transporte no floema
‐ Transportes através de membranas
‐ Rigidez e estabilidade mecânica em tecidos
Água

• O mais abundante e o mais limitante dos recursos necessários ás plantas


• Utilizada em enormes quantidades pelas plantas, em comparação aos animais:
somente cerca de 3% da água absorvida fica no vegetal (Crescimento,
Fotossíntese, outros processos metabólicos); restante perdido pela
transpiração.
• Para cada molécula de CO2 absorvida na fotossíntese, 500 moléculas de água
são perdidas na transpiração.
• Estrutura e propriedades:

➢ Estrutura polar

✓ Separação de cargas parciais (H+ e O-) juntamente com a forma, torna


a água uma molécula polar  excelente solvente

✓ Cargas parciais opostas entre moléculas de água vizinhas se atraem


mutuamente  fraca atração eletrostática

✓ Pontes de hidrogênio: alto calor específico, tensão superficial


➢ Tensão superficial e adesão: nas superfícies de evaporação das folhas,
geram as forças físicas que puxam a água pelo sistema vascular

➢ Coesão: atração mútua entre moléculas  grande formação de pontes de


hidrogênio é a responsável

Coesão
Adesão Capilaridade
Tensão Superficial
• Processos de transporte de água

Diferentes meios (parede celular, citoplasma, membrana, espaços de aeração)


 diferentes processos

➢ Difusão molecular
‐ Movimento líquido de moléculas aleatório de regiões de alta
concentração para regiões de baixa concentração  ao longo de um
gradiente de concentração.
‐ Rápida para curtas distâncias, mas lenta para longas distâncias.
➢ Fluxo de massa
‐ Movimento em conjunto de grupos de moléculas em resposta a um
gradiente de pressão.
‐ Principal mecanismo responsável pelo transporte de longa distância de
água no xilema
‐ Fluxo por pressão Independe de gradientes de concentração de soluto

➢ Osmose
‐ Influenciado pelos gradientes de concentração e pressão através de uma
membrana
Potencial hídrico:

Medida de energia livre da água por unidade de volume  grau de

hidratação de uma planta

➢ Concentração, pressão e gravidade  principais fatores que influenciam o

potencial hídrico

➢ Influencia o crescimento celular, fotossíntese e produtividade de cultivos.

➢ Bom indicador geral da saúde da planta.

➢ Água entra e sai da célula em resposta a um gradiente de potencial hídrico.


Água e raízes

➢ Água disponível no solo

➢ Contato entre a superfície radicular e o solo é imprescindível para

absorção efetiva de água

➢ Contato: > área de superfície

➢ Área de superfície: raízes e pêlos radiculares


Pêlos radiculares

➢ Extensões microscópicas das células da epiderme radicular

➢ Aumentam significativamente a área de superfície radicular

➢ Consequentemente, aumenta a capacidade de absorção de íons e água do

solo
Penetração de água na raiz

➢ Pela porção apical, que inclui a zona de pêlos radiculares

➢ As “regiões” mais maduras possuem uma camada hidrofóbica em suas

paredes, denominadas de exoderme ou hipoderme

➢ Tais camadas conferem a estas partes da raiz características de “relativa

impermeabilidade”
Movimento da água na raiz - rotas

➢ No solo – H2O transportada pelo fluxo de massa

➢ Quando em contato com a superfície radicular, este transporte torna-se

complexo

➢ Da epiderme até a endoderme radicular, há 3 rotas possíveis pelas quais a

água poderá fluir


1. Rota Apoplástica

➢ Água move-se exclusivamente pela parede celular sem atravessar

qualquer membrana

Apoplasto : sistema contínuo de paredes celulares e espaços

intercelulares nos tecidos vegetais


2. Rota Transmembrana

➢ Onde a água sequencialmente entra em uma célula por um lado e sai pelo

outro, entra em outra célula da série e assim por diante

➢ Neste caso, a água atravessa a membrana citoplasmática pelo menos duas

vezes para cada célula: na entrada e na saída


3. Rota Simplástica

➢ Movimento da água de uma célula a outra através dos plasmodesmos

➢ Plasmodesmos: extensões tubulares da membrana plasmática


Pressão de Raiz

➢ Raiz gera pressão hidrostática positiva, absorvendo íons da solução

diluída do solo e os transportando para o xilema

➢ Mais provável que ocorra quando os potenciais hídricos do solo estão

altos e as taxas de transpiração são baixas

➢ Plantas que desenvolvem pressão de raiz frequentemente produzem

gotículas nas margens das folhas → Gutação, através dos hidatódios


Transpiração Vegetal

➢ Água da folha para a atmosfera através da difusão de vapor d’água pelos


poros dos estômatos

➢ Da folha para a atmosfera, água é puxada do xilema para as paredes


celulares do mesofilo, evaporando para os espaços intercelulares da folha

➢ Força propulsora para a perda de água é a diferença de concentração de


vapor de água
Complexo Estomático
➢ Células-guarda
➢ Células subsidiárias
➢ Poro (Ostíolo)
➢ Quando a temperatura e o suprimento de água são adequados, a luz induz a
abertura dos estômatos e o escuro seu fechamento.

LUZ → FOTOSSÍNTESE → QUEDA NA CONCENTRAÇÃO INTERNA DE CO2 → ABERTURA ESTOMÁTICA

✓ O mecanismo fisiológico que provoca a abertura estomática está ligado diretamente à absorção de água
pelas células-guarda.

✓ Quando as folhas são expostas à luz e o CO2 é “fixado” (fotossíntese), ocorre um aumento significativo na
concentração de solutos, inclusive orgânicos, sintetizados nestas células.

✓ Isto causa um decréscimo no potencial osmótico e, consequentemente no potencial Hídrico. Com isso, a
água move-se para dentro das células-guarda provocando aumento na sua turgescência.

✓ O aumento na turgescência, associado ao espessamento diferenciado das paredes celulares e ao arranjo


radial das microfibrilas de celulose, leva à abertura estomática.
Regulação da perda de água pelas folhas

➢ Força propulsora para a perda de água é a diferença de concentração de vapor de água


➢ Resistência estomática: controle da abertura dos estômatos
➢ Camada de ar na superfície da folha (resistência da camada limitante)
➢ Características anatômicas e morfológicas das folhas
Estômatos, em geral, na parte abaxial das folhas
Tricomas
Estômatos em cavidade
Tamanho e forma da folha

Cutícula
Células buliformes
DÉFICIT HÍDRICO

➢ Na natureza ocorrem flutuações diárias no “status” interno de água das plantas.

➢ Durante o dia, embora a taxa de absorção de água seja alta, ela é menor que a taxa de
transpiração;

➢ Durante a noite a planta praticamente não transpira e a taxa de absorção de água,


embora seja pequena, mantém-se maior que a transpiração, promovendo a
rehidratação dos tecidos;

➢ A demanda de água pela planta depende primariamente da taxa de transpiração, a qual


varia amplamente, dependendo do tamanho da planta e das condições meteorológicas;

➢ O suprimento de água, por sua vez, depende da densidade de raízes, da eficiência das
raízes na absorção de água e da condutividade hidráulica do solo;
A energia para o
movimento da água é,
em última instância,
fornecida pelo sol.
Transporte de água através do xilema

➢ Células do xilema (elementos traqueais) apresentam anatomia especializada


que permitem transportar grande quantidade de água

➢ 2 tipos importantes de elementos traqueais:

Traqueídes

Elementos de vaso
Traqueídes

➢ Células fusiformes alongadas, dispostas em filas verticais sobrepostas

➢ A água flui entre traqueídes por meio de numerosas pontoações das paredes

laterais

➢ Tais pontoações estão tipicamente localizadas em oposição às pontoações

adjacentes
Elementos de vaso

➢ Tendem a ser mais curtos e mais largos que traqueídes

➢ Tem paredes terminais perfuradas, estabelecendo a placa de perfuração

➢ Também possuem pontoações em suas paredes laterais


➢ Transporte de água no xilema em árvores enfrenta desafios físicos

▪ Tensão da água no xilema

▪ Cavitação

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