Livro Faminas Virtual - Gestão de Processos
Livro Faminas Virtual - Gestão de Processos
Livro Faminas Virtual - Gestão de Processos
CDD 658.4038
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Sumário
UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS PROCESSOS
ORGANIZACIONAIS ................................................................................................ 4
3
UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS PROCESSOS ORGANIZACIONAIS
Objetivos
CONCEITUANDO PROCESSOS
Para que possamos começar a compreender o que é um processo, convido você a ler
com atenção o conceito conhecido mundialmente e instituído pela International
Organization for Standardization, ou Organização Internacional para Padronização
(ISO):
4
Perceba que esse conceito já nos direciona para a necessidade de atentarmos para o
nosso dia a dia, afinal, ele é repleto de atividades, desde o momento em que acordamos
até o momento de voltarmos a dormir. Quanto mais atividades desempenhamos, mais
complexos esses processos são, além disso, quanto mais detalharmos uma
determinada atividade, mais percebemos o quão minuciosa ela poderá ser, mesmo
parecendo tão corriqueira.
1. Pegar a carteira;
2. Ir à padaria;
3. Escolher os pães;
4. Efetuar o pagamento;
5. Levar o pães para a casa;
6. Organizar os pães num recipiente;
7. Colocar o pão na mesa.
Em nossa casa podemos dizer que é um processo simples, mesmo assim, ele pode ter
muitas fases, não é mesmo? E se agora, a preparação do café da manhã fosse em um
hotel? Consegue imaginar a quantidade de variáveis que teríamos que gerenciar?
Há muitas fases nesse processo que se não forem bem gerenciadas não alcaçarão o
resultado pretendido, desperdiçando recursos humanos e financeiros, e, principalmente,
não conseguiremos atender as necessidades específicas referentes ao café dos
hóspedes do hotel, que consequentemente ficarão insatisfeitos e não voltarão a utilizar
5
os serviços deste estabelecimento. O Hotel será impactado diretamente no seu
resultado financeiro.
Convido você a refletir um pouco mais sobre o conceito de processo estipulado por Gart
Capote (2011), em uma referência internacional em Business Process Management,
cujo intuito era trazer a tona informações pertinentes de como os processos são
executados para que melhorias possam ser realizadas e para que os processos possam
ser gerenciados possibilitando uma melhor tomada de decisões e visão do negócio
como um todo:
Obverva-se que, no enunciado elaborado por Gart Capote alguns termos devem ser
frisados, são eles: INTERRELACIONADAS, NECESSIDADES e ESPECÍFICAS. Em
um processo nenhuma atividade pode ocorrer de forma isolada, pois as mesmas
precisam se relacionar “ou” se comunicar. Tal interrelação se dá pelo fato de toda a
organização buscar atender às necessidade de um cliente que pode demandar o seu
produto/serviço. Ressalta-se que cada cliente possui suas necessidades especiais,
sendo assim, umas diferentes de outras.
6
esse assunto. Enquanto isso, leia a seguir algumas definições elaboradas por
pensadores e entidades que têm como objeto de estudo o PROCESSO.
A seguir:
Após estudarmos diversos e ricos conceitos elaborados por autores renomados que
discutem o tema, sabe-se que novas abordagens estão surgindo. Ilustremos um pouco
mais com a imagem abaixo:
Modelo de Transformação
Inputs
Recursos a serem
transformados
Materiais
Informações
Pessoais Processo de
Input Transformação Output Consumidor
Instalação Pessoal
Inputs
Recursos de
transformação Imagem 3 – Elaboração pelo autor
Assim, podemos perceber que um processo possui características bem particulares, tais
como: uma sequência coordenada de atividades em que os recursos transformadores
ou a serem transformados denominados Inputs (Entradas) serão a base de
7
sequenciamento para este processo de transformação. Em um segundo momento
ocorrem os PROCESSOS de transformação, em que todos os recursos serão utilizados
e transformados, originando os Outputs (Saídas), ou seja o produto ou o resultado final
deste processo de transformação.
Então é isto que temos que fazer ao gerenciarmos os nossos processos: medir, definir
e entender, pois, somente assim poderemos atingir o sucesso na gestão dos mesmos.
PROCESSO
AGREGAÇÃO DE VALOR
Saída
Resultado Final Cabelo liso e pranchado
9
Agregar valor é
acrescentar inovações,
Agregação de valor valores, é diferenciar Cliente satisfeita com o
aquilo que é colocado no resultado do processo
mercado, de modo a
satisfazer seu cliente.
CADEIA DE VALOR
Infraestrutura
Gestão de Recursos Humanos
Desenvolvimento Tecnológico
Margens
Aquisição/Compras
Logística
Logística Marketing
de Operações Serviços
de Saída e Vendas
Entrada
Atividades Primárias
Imagem 5
10
Todo trabalho realizado em uma organização faz parte de um processo, não existe um
produto ou serviço sem um processo. Sendo então necessário entender as atividades,
diferenciando-as entre PRIMÁRIA e SECUNDÁRIA tendo como intuito maior, a
melhoria no gerenciamento dos processos organizacionais.
Todo processo está inserido em um processo maior e pode ser decomposto em outros
processos.
Macroprocesso
Entrada Saída
Processos
Atividades
Tarefas
Imagem 6 – Elaboração pelo autor
11
facilitando consequentemente a gestão da organização por processos. Permite também
melhorar o entendimento do processo dentro de uma visão sistêmica, e estabelecer
um paralelismo entre o conceito de sistema e de processos.
Estratégica Macroprocesso
Relevância
Processos
Sub-Processos
Atividades
Operacional
Tarefas ou
Operação
Imagem 7– Elaboração pelo autor
12
e destinada a produzir um resultado específico. Exemplo: Realizar a avaliação de
desempenho.
Tarefa – é uma parte específica do trabalho, uma etapa de uma atividade. É o menor
esforço do processo, podendo ser um único elemento e/ou um subconjunto de uma
atividade. Exemplo: enviar avaliação devidamente preenchida.
A REDE DE PROCESSOS
As organizações, mesmo que pequenas são sistemas complexos, dando-se pelo fato
do grande volume de atividades a serem controladas. Portanto, não nos gera nenhuma
relevância avaliarmos um processo de forma isolada, pois sabemos que a diversidade
de atividades que ocorrem nas organizações compõem-se de uma Rede de Processos.
Ainda é possível que em mesmo nível hierárquico ou setorial, ocorra uma grande
quantidade de processos interconectados, acontecendo de forma sequêncial ou
concorrendo de forma paralela (ao mesmo tempo), cada um influenciando o outro.
13
Processo elementar – unidade de um processo, composto de entrada, transformação
e saída. Podemos exemplificar este tipo de processo com a movimentação de
transporte de peças para a fase de fabricação em uma fábrica de parafusos.
Imagem 8
Imagem 9
Cada processo depende e se interrelaciona com outros, gerando uma cadeia de valor.A
esse encadeamento entre processos chamamos Árvore de Processos. Temos como
principais vantagens na elaboração de uma árvore de processos a clareza dos
processos de forma inventariada e desdobrada de forma a identificar os processos
principais e até mesmo aqueles inúteis, aos quais devem ser descartados.
MACRO-PROCESSOS
14
PROCESSO PROCESSO
SUB-PROCESSO SUB-PROCESSO
ATIVIDADES ATIVIDADES
TAREFAS TAREFAS
TIPOS DE PROCESSOS
Sob a ótica da gestão de processos, quanto melhor for a maneira que a organização
optar por executar os seus processos, melhor se atenderá a visão estratégica definida
pela empresa. Interessante entender que, nem todos os processos de uma empresa
possuem o mesmo nível de criticidade ou importância, sendo alguns mais relevantes
que outros. Resumidamente podemos definir estes tipos de processos em 3, sendo os
mesmos:
Exemplo:
Fábrica de automóveis - produção
Loja de eletrodomésticos - vendas
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PROCESSOS DE SUPORTE OU DE APOIO
Exemplo:
✓ Contratação de pessoas.
✓ Aquisição de bens e materiais.
✓ Manutenção predial.
✓ Execução orçamentário-financeira.
São utilizados para medir, monitorar e controlar atividades dos processos de negócio e
de apoio, garantindo o alcance de suas metas.
São necessários para assegurar que a organização opere de maneira eficaz (atingir os
objetivos) e eficiente (fazer com qualidade).
Exemplo:
✓ Gestão por processos.
✓ Planejamento estratégico.
✓ Estabelecimento de indicadores.
✓ Auditoria.
PROCESSOS
DE GESTÃO
Interação
dos processos
16
PROCESSOS PROCESSOS
DE SUPORTE DE NEGÓCIO
Resultado
CLIENTE
(Satisfação)
Imagem 11 – Elasboração pelo autor
Processo crítico: pode ser um processo finalístico ou de apoio, desde que tenha
natureza estratégica, sendo fundamental para o sucesso da organização. Os
processos críticos tem impacto direto na satisfação dos clientes ou nos resultados
financeiros da empresa.
A gestão por processos é um modelo de gestão organizacional com foco nos processos,
com o objetivo de criar uma cultura de eficiência e eficácia operacionais que promova
ganhos de desempenho e de resultados, sejam financeiros ou de qualidade, por meio
da melhoria dos processos.
Lembrando
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A imagem 13 demonstra de forma clara os benefícios que devem ser percebidos aos
clientes através do gerenciamento por processos.
Minimizar o tempo
Aumentar a de atendimento por
agilidade do meio da atimização
atendimento do fluxo de
processos.
Benefícios
para o cliente
Padronizar o
gerenciar a
atendimento ao
variabilidade
cliente
A imagem 14 demonstra de forma clara os benefícios que devem ser percebidos aos
empregados através do gerenciamento por processos.
Minimizar esforços,
Benefícios para Simplificar melhorar a qualidade
os empregados processos de vida, aumentar a
qualificação.
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A imagem 15 demonstra de forma clara os benefícios que devem ser percebidos pela
empresa através do gerenciamento por processos.
Diminuir os
Reduzir os custos custos
operacionais.
Benefícios para a
empresa
Melhorar a
utilização do
Melhorar a
tempo,
produtividde
Imagem 15 – Elaboração pelo autor
equipamentos e
ferramentas.
O QUE É ESTRAGÉGIA?
20
Imagem 16 – Elaboração pelo autor
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
Gabarito:
Em uma fabricação de queijo, o principal item de input pode ser apontado como o
leite, por ser a principal matéria-prima, mas também teremos como exemplo: os
funcionários, caldeiras, sal, água... como input. O Output desse processo é o próprio
21
queijo e também coalhadas e soros (mesmo que estes não sejam o foco da
produção).
Sim, exatamente por isso é importante gerenciar um processo, pois caso contrário,
o resultado obtido pode ser insatisfatório ou diferente do previsto.
RESUMINDO
SUGESTÕES DE LEITURAS
22
PAIM, Rafael, CARDOSO, Vinicius, CAULLIRAUX, Heitor, CLEMENTE, Rafael. Gestão
de Processos: Pensar, Agir e Aprender.. [Minha Biblioteca].
REFERÊNCIAS
HAMMER, Michael. Towards the twenty-first century enterprise. Boston: Hammer & Co.,
1996. (Folheto).
23
Imagem 5 – Elaborada pelo autor.
Imagem 6 – Elaborada pelo autor.
Imagem 7 – Elaborada pelo autor.
Imagem 8 – Elaborada pelo autor.
Imagem 9 – Elaborada pelo autor.
Imagem 10 – Elaborada pelo autor.
Imagem 11 – Elaborada pelo autor.
Imagem 12 – Elaborada pelo autor.
Imagem 13 – Elaborada pelo autor.
Imagem 14 – Elaborada pelo autor.
Imagem 15 – Elaborada pelo autor.
Imagem 16 – Elaborada pelo autor.
Tabela 1 – Elaborada pelo autor.
Tabela 2 – Salão de Beleza – Elaborada pelo autor.
Objetivos
Conceituando:
A estrutura organizacional é o conjunto ordenado de responsabilidades, autoridades,
comunicações e decisões das unidades organizacionais de uma empresa, que são
representadas pelo Organograma, que é uma representação gráfica de uma
estrutura organizacional (ARAÚJO, 2001).
PESSOAS
+
PROCESSOS/SISTEMAS
=
RESULTADOS
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Figura 1: ABQ-Academia Brasileira de Qualidade
Dessa forma, as empresas atuam a partir da interação das pessoas com os processos
organizacionais, para obter os resultados esperados. Essa interação entre essas
diferentes pessoas se dá em dois tipos de estruturas, que de acordo com Oliveira
(2006), são pertinentes a qualquer tipo de empresa: a formal e a informal.
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Os dois tipos básicos de estruturas nas organizações:
A) Formais B) Informais
• Deliberadamente planejada e • É a rede de relações sociais e
formalmente instituída com a pessoais que não é estabelecida
intenção de organizar a ou requerida por diretrizes ou
corporação, em aspectos normas. Surge da interação
relacionados à responsabilidade, social das pessoas, o que
à autoridade, à comunicação e à significa que se desenvolve
atribuição das atividades. espontaneamente entre os
funcionários.
ESTRUTURA FORMAL
Segundo Oliveira (2006, p. 86), a “estrutura formal, objeto de grande estudo das
organizações empresariais, é aquela deliberadamente planejada, e, formalmente
representada, em alguns de seus aspectos, pelo organograma”. Percebe-se assim, que
esse tipo de estrutura, a formal, é aquela que é expressa pelos níveis hierárquicos,
representados pelo organograma (tema que será discutido em breve), bem como
constituída por normas, políticas e diretrizes básicas da empresa.Veja a Figura 2, que
nos elucida esta hierarquia.
Figura 2: tcorganizacional.blogspot.com
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Sendo então, é a forma pela qual as atividades e recursos de uma organização são
divididos, organizados e coordenadas conforme as diretrizes determinadas pela alta
gestão.
ESTRUTURA INFORMAL
Estura formal
No que tange a estrutura informal, Oliveira (2006) aponta que esse tipo de estrutura é
representado pela rede “de relações sociais e pessoais que não é estabelecida ou
requerida pela estrutura formal. Surge da interação social das pessoas, o que significa
que se desenvolve, espontaneamente, quando as pessoas se reúnem. Portanto,
apresenta relações que, usualmente, não aparecem no organograma.” (OLIVEIRA
2006, p.86, sic).
Esse tipo de abordagem, ainda conforme Oliveira (2006, p.86), “está centrada nas
pessoas e em suas relações, enquanto a estrutura formal dá ênfase a posições
em termos de autoridades e responsabilidades.”
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0Figura 3 - tcorganizacional.blogspot.com
Neste tipo de estrutura, as relações não aparecem no organograma, pois estão de forma
solta e vão se encaixando naturalmente sem a necessidade da formalidade, ou
estruturação de cargos e funções.
Figura 4:esgcorp.com.br
29
A Figura 4 nos leva há um emaranhado de questionamentos, pois, muitos enxergam a
empresa de forma parcial, ou seja, entendendo-a somente como algo hierárquico, outros
porém focam somente em uma estratégia pré definida. Tem também aqueles focados
em normas e procedimentos a serem seguidos, enquanto isto existem aqueles que se
concentram em formas e metodologias de controle de processos e procedimentos.
Fica claro que as imagens mostram uma visão funcional, não existindo interfaces nem
preocupação de inter-relacionamento entre as etapas dos processos a serem
realizados. Com o advento da Revolução Industrial e da Administração Científica,
ocorreu a produção em escala e a divisão do trabalho criando assim a especialização
do trabalhador. Esta lógica da divisão do trabalho produziu organizações funcionais,
onde focava-se na atividade e não no todo, situação onde se tinha uma demanda
controlada, um mercado estável e uma economia local que se sustentava
tranquilamente.
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Em geral, organizações estruturadas por função apresentam dificuldades de enxergar
os vários processos que são desenvolvidos para atender às necessidades dos clientes.
Veja a Figura 5, que ilustra este tipo de estrutura.
Figura 5: esgcorp.com.br
Visão Funcional:
É necessário entender que a visão funcional não permite identificar claramente como as
diversas áreas da empresa participam da geração dos produtos e serviços para seus
clientes. Este sistema não permite identificar com clareza o que, como e para quem a
empresa executa as atividades. Não contempla as interrrelações entre as diversas
áreas, onde ocorrem muitas transferências de informações.
A visão funcional não mostra o fluxo dos processos na geração dos produtos e serviços,
não prioriza as necessidades de interrelações, pois cada área cuida da “sua parte”.
Esta visão deixa clara a falta de percepção dos clientes internos, ou seja, há
desconhecimento do processo como um todo. Nesta visão, predomina a existência de
processos, atividades, tarefas inúteis ou repetitivos, sem serem questionados, sendo os
quais não poderiam existir em uma organização.
A visão por processos é um sistema de trabalho que exige novas habilidades, maior
autonomia e compartilhamento de responsabilidade entre pessoas e áreas. Neste
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sistema gerencial, os processos são descentralizados, estimulando a cooperação e
comunicação direta entre as diversas áreas, promovendo o trabalho em equipe,
avaliando os resultados pelos resultados da equipe (fim do individualismo). Sendo
assim, as decisões são baseadas nas necessidades dos clientes, logo, quebra-se o
paradigma da visão por função, passando para a visão do todo (sistêmica).
DEPARTAMENTALIZAÇÃO
Tipos de departamentalização
Existem algumas formas que a empresa pode utilizar para departamentalizar as suas
atividades. Dentre as quais, são destacadas por Oliveira (2002):
b) Departamentalização funcional;
h) Departamentalização matricial;
i) Departamentalização mista.
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A seguir serão abordados as principais características de cada tipo de
departamentalização mencionada.
Segundo Oliveira (2002. p.121), “para uma empresa trabalhar com esse tipo de
departamentalização, deve agrupar certo número de pessoas não diferenciáveis que, a
partir dessa situação, têm obrigação de executar tarefas sob as ordens de um superior”.
Percebe-se que esse tipo de departamentalização, ocorre quando o número de pessoas
que executam uma mesma atividade é muito grande para ser administrado por uma
única chefia, existindo a necessidade de supervisões. É aplicada, normalmente, nas
áreas de produção das empresas.
Exemplo:
GERÊNCIA DE
PRODUÇÃO
Subordinados
Figura 6: Departamentalização por quantidade
Fonte: Oliveira (2002, p. 122)
Segundo, Oliveira (2002) a utilidade, do modelo acima, tem diminuído devido aos
seguintes aspectos:
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c) Não serve para os níveis intermediários e mais elevados da empresa. E, mesmo
para os níveis mais baixos da hierarquia empresarial, sua validade restringe-se a
determinados setores do processo produtivo.
Departamentalização funcional
Ainda, Oliveira (2002) cita: “nesse caso, as atividades são agrupadas de acordo com as
funções da empresa, podendo ser considerado o critério de departamentalização mais
usado pelas empresas”. Para o autor, esse tipo de departamentalização funcional é
bastante racional e interessante para a empresa, desde que tenha um padrão de
desempenho adequado. As atividades são conduzidas por pessoal preparado e
especializado.
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Algumas desvantagens da departamentalização funcional, apontadas por Oliveira
(2002, p. 124, 125):
35
Exemplo:
DIRETORIA
GERAL
GERÊNCIA DE GERÊNCIA DE
GERÊNCIA GERÊNCIA DE
PRODUÇÃO RECURSOS
FINANCEIRA MARKETING
HUMANOS
36
Exemplo: BANCO Y
ADMINISTRAÇÃO
CENTRAL
De acordo com Oliveira (2002, p.127), as principais vantagens decorrentes desse tipo
de departamentalização são:
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g) O enfoque da empresa é, predominantemente, sobre os produtos e serviços, e
não sobre sua estrutura organizacional interna. Portanto, esse tipo de
departamentalização apresenta maior versatilidade e flexibilidade;
b) Pode gerar o aumento dos custos devido à duplicidade de atividades para cada
grupo de produtos ou serviços;
Exemplo:
GERÊNCIA DE
LOJA
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Departamentalização por clientes
Segundo Oliveira (2002), esse tipo de departamentalização caracteriza-se por agrupar
as atividades de acordo com as necessidades variadas e especiais dos clientes da
empresa.
Vantagens:
a) Propiciar para a empresa situação favorável para tirar proveito das condições de
grupos de clientes bem definidos; e
Desvantagens:
Exemplo:
GERÊNCIA
COMERCIAL
Seção Seção
Seção Seção Seção Seção Seção
Roupas Roupas
Perfumaria Lingerie modas Brinquedos Calçados
Infantis Masculinas
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Departamentalização por processo
Neste tipo de departamentalização, as atividades são agrupadas de acordo com as
etapas de um processo. Portanto, considera a maneira pela qual são executados os
trabalhos ou processos para a consecução de uma meta ou objetivo específico, afirma
Oliveira (2002, p. 129).
Vantagens
a) Maior especialização dos recursos; e,
b) Comunicação mais rápida de informações técnicas.
Desvantagens
a) Possibilidade de perda da visão do andamento do processo como um todo; e,
b) Flexibilidade restrita para ajustes no processo.
Exemplo:
GERÊNCIA DE
PRODUÇÃO
40
Departamentalização por projetos
41
Exemplo:
DIRETORIA
Administração e Projetos
Comercial
Finanças
Departamentalização matricial
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importante o estudo de liderança dos elementos de alta administração, que têm grande
influência em relação ao conflito inevitável desse tipo de departamentalização, que pode
ser minimizado se administrado com eficiência. (OLIVEIRA, 2002)
Exemplo:
Diretoria
Coordenação
Mecânica Eletricidade Eletrônica
Projetos
Projeto A
Projeto C
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Departamentalização mista
De acordo com os pressupostos de Oliveira (2002), esse tipo de departamentalização é
o tipo mais utilizado nas organizações, pois cada parte da empresa dever ter a estrutura
que mais se adapte a sua realidade organizacional. Dessa forma, percebe-se que a
departamentalização mista, caracteriza-se por ser aquela que apresenta vários tipos de
departamentalização, sendo a mais utilizada.
Exemplo:
DIRETORIA GERAL
GERÊNCIA
GERÊNCIA GERÊNCIA DE
ADMINISTRATIVA/
COMERCIAL PRODUÇÃO
FINANCEIRA
Dessa forma, percebe-se que na Figura 14, existem três tipos de departamentalizações
distintas, sendo a Gerência Comercial representada pelo tipo de departamentalização
Territorial ou Geográfica. Já a estrutura da Gerência Administrativa/Financeira foi
constituída pela departamentalização funcional e, por fim, a Gerência de Produção,
representada pela departamentalização Processos.
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ORGANOGRAMA
Objetivos
De acordo com Araújo (2001, p.131), os organogramas têm por objetivos demonstrar
por meio de uma representação gráfica:
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d) Permitir a análise organizacional, facilitada por uma boa elaboração, o que significa
dizer: organograma com linhas bem definidas, esclarecimento das convenções
utilizadas, abreviações e siglas, mediante uso de legenda colocada na própria folha do
gráfico (frequentemente no canto inferior à direita)”.
Nota-se que, nos organogramas são representados a estrutura geral da empresa como
um todo, já na departamentalização, representamos apenas cada unidade
organizacional que constituirá o organograma.
Tipos de organogramas
a) Linear ou Estrutural;
b) Circular;
c) Funcional;
d) Estrutural-Funcional; e,
e) Matricial.
46
Organograma linear ou estrutural
Segundo Araújo (2001, p.133), esse tipo de estrutura organizacional é uma “técnica
utilizada para representar a maioria das organizações conhecidas.”
Características:
a) Hierarquia clara;
b) Comunicação direta entre chefe e subordinado;
c) Definição clara das responsabilidades; e,
d) Rigidez e inflexibilidade.
Exemplo:
Segundo Araújo (2001) nesse tipo de estrutura existem dois argumentos sólidos que
justificam a utilização dessa técnica:
47
acordo com o autor existem organizações em que a hierarquia, embora presente,
nunca é mencionada. Ao contrário “do organograma elaborado de forma clássica,
que tem como pretensão realçar exatamente os vários graus hierárquicos.”
(ARAÚJO, 2001, p. 135)
Características:
Todo trabalho realizado em uma organização faz parte de um processo, não existe um
produto ou serviço sem um processo.
Exemplo: Co ent
os
Co nsum
m uipam s de
Se pras d
o Eq mpra e
ção e Co ção d
de Se
Compras
Gerência de
ento
De ão de
Assessoria do planejamento
de
Se
spe
Assessoria Financeira
Treinam
ç
Divisão
sas
Recursos Humanos
Contabilidade e
Gerência de
Gerência de
Orçamento
Presidente
to
Orç Cust
Rec isão de
Se ento
men
am os
ção s e
ruta
Div
de
Gerência de
Div Marketing
isã ão
d o vis
Pes e Di de s
a
qui
sa nd
Ve
48
Organograma funcional
Segundo Araújo (2001, p. 137), esse tipo de organograma “tem como origem a
supervisão funcional criada por Frederick W. Taylor à época dos primeiros estudos que
fez e que culminaram com a administração científica, mais tarde embutida na Escola
Clássica.”
Segundo o autor esse tipo de organograma não representa apenas graficamente uma
estrutura organizacional que se articula como as demais estruturas conhecidas.
Demonstra uma forma diferenciada, continua o autor, de como as unidades
organizacionais se transacionam no cotidiano empresarial:
Exemplo:
DIRETORIA
Características:
a) O funcionário ou operário não tem um chefe hierárquico. A subordinação é a
pessoas que ocupa a função correspondente ao que está sendo executado naquele
momento. Assim que o funcionário ou operário termina a operação e passa para
outra, sua subordinação também muda, isto é, nova função, novo chefe, ou melhor,
supervisor. Portanto, as ligações em linha contínua mostram uma vinculação
apenas temporária (ARAÚJO, 2001, p. 137); e
49
Organograma estrutural-funcional
Para Araújo (2001) esse tipo de organograma é considerado como uma técnica
altamente recomendada, pois alia a estrutura da organização às funções básicas ou
principais de cada uma das unidades integrantes da organização.
Características:
a) Só pode ser elaborado por partes, devido ao espaço que ocupa cada uma das
unidades;
b) Retirando-se o prolongamento do retângulo (funções), o organograma
transforma-se no tipo estrutural; e,
c) Alia à sua estrutura as funções básicas de cada área.
Exemplo:
Presidente
1. Presidir as reuniões de diretoria
2. Aprovar compras de equipamentos
3. ..................................................
Assessoria em Organização
1. Estudar estruturas organizacionais
do grupo de empresas
2. Atuar, em conjunto, na
implantação de novas rotinas
3. ...........................................
Organograma matricial
50
sem dúvida, a mais recente técnica de organogramação, pois que representa uma
concepção estrutural recente”.
51
Exemplo:
Presidente Conselho
Consultinvo
Alocação de Ligação em
Recursos Mercado
Pessoal Contab.
Produção Engenharia Materiais
& &
Segurança Controle
Projeto Grupo
A
Grupo Grupo Grupo Grupo
Projeto
B
Projeto
C
52
CONDICIONANTES DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Ambiente Externo
Tecnologia
Recursos humanos
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▪ Qualidade da Estrutura Organizacional;
▪ Valor das pessoas (ética, postura, relacionamentos, etc.);
▪ Conhecimento das pessoas;
▪ Motivação das pessoas para fazê-la funcionar da melhor maneira possível; e,
SUGESTÃO DE VÍDEO
O vídeo sugerido para esta Unidade discute um tema muito interessante:
departamentalização
https://www.youtube.com/watch?v=qcfNiKO0f00
SUGESTÃO DE LEITURA
RESUMINDO
Os temas abordados nesta unidade propiciou um amplo entendimento ao qual nos fara
estruturarmos cada vez mais os nossos conhecimentos em gestão de processos, pois
nos permitiu enxergar a visão mais criteriosa da visão por processos, diferenciando-a
da visão funiconal a qual não cabe mais em nosso cenário mercadologico. Sendo então
os processos estão aí, busquemos entende-los e atualiza-los a todo momento. você
conheceu vários tipos de departamentalização, que irá ajudá-lo no esenvolvimento de
uma estrutura organizacional. Fois demonstrado também que departamentalização é o
agrupamento de atividades em unidades organizacionais. Dessa forma, podemos
concluir que os diferentes tipos de departamentalização, quando agrupados em uma
única representação formal, constituem uma estrutura organizacional denominada
organograma.Nesta unidade foram destacados o conceito, objetivos, as diferenças
existentes entre a departamentalização e os organogramas, bem como os cinco tipos
de organogramas que podem ser desenvolvidos na elaboração de estruturas
organizacionais.Fica clara a importância de uma extratégia bem definida, uma busca
contante de entendimento claro de novas tecnologias, entendimento e busca de uma
politica adequada para uma melhor gestão de pessoas.
54
REFERÊNCIAS
55
UNIDADE III – MODELAGEM DE PROCESSOS
Objetivos
56
Muitos negócios são relativamente complexos, assim um modelo poderá consistir de
diversos diagramas.
57
Características de Mapeamento de processos
Dessa forma, maperar o processo consiste no levantamento da situação atual (As Is) do
processo; serve para diagnosticar e orientar as ações de melhoria nos processos
existentes. Nesta etapa é gerado o modelo do processo chamado AS IS. O objetivo da
modelagem AS IS é obter uma formalização sobre o fluxo do processo como é realizado
na situação atual em que é executado na organização. Os aspectos a serem priorizados
nesta documentação de processo são: que atividades e tarefas que são realizadas, a
sequencia e interrelação.
58
Quais processos devem ser mapeados?
Mapeamento de processos
1. Objetivos do processo?
2. O que é feito?
3. Como é feito?
4. Quem faz?
5. Entradas (documentos, materiais, recursos e equipamentos utilizados)?
6. Saídas?
Enfim, descrever como o processo ocorre, ainda que não esteja sendo feito da melhor
maneira. Mantendo-se a veracidade das informações, sem mascarar ou adulterar
informações.Sendo então de extrema importância utilizá especialmente os sentidos do
observador, através “do ver” e “do ouvir”. Após cada observação, deve-se elaborar uma
ficha de registro previamente planejada para que os fenômenos observados sejam
registrados. Sendo então:
59
Exemplo ilustrador dos tópicos citados
Figura 2: SlidePlayer.com.br
60
Vantagens da modelagem Limitações
Quadro 1
METODOLOGIA SIPOC
61
Exemplo de SIPOC – Processo de tratamento de chamadas de entrada em um Call Center
• Treinamento • Verificar as
informações
• Acesso ao CRM e relevantes
informações de
clientes • Fornecer a
solução durante a
• Capacitação oara chamada
resolver
problemas • Protocolar a
chamada com
codigos
apropriados
• Fornecer o
numero de
referencia oara
solicitações/
reclamações
• Ternimar a
chamada
Sendo então, precisamos entender primeiramente esta estrutura para que possamos
aplica-la em qualquer operação em que busquemos fazer nosso processo de gestão e
alinhamento de processos e atividades. Vejamos abaixo mais algumas informações que
embasam a metodologia citada:
62
Figura 3: LinkedIn
Fluxograma
O termo fluxograma vem do inglês flow-chart (flow = fluxo + chart = gráfico). Sendo um
desenho gráfico feito com símbolos padronizados, que mostra a sequência lógica das
atividades de realização de um processo de trabalho.Representa graficamente a
sequência e interrelações das atividades, propiciando a identificação de gargalos no
fluxo.
O fluxograma deve representar o processo exatamente como ele acontece (AS IS). As
sugestões de melhorias levantadas nesse passo deverão ser ANOTADAS, para
posterior utilização e desenho da situação desejada (TO BE).
63
Como construir o fluxograma
SIMBOLOGIA DE FLUXOGRAMAS
Os símbolos utilizados nos fluxogramas têm por objetivo evidenciar a origem, processo
e destino da informação escrita e/ou verbal componente de um sistema.
Existe uma tendência cada vez mais generalizada para a padronização dos símbolos
convencionais que representam elementos ou situações correntes. A utilização desses
símbolos ampliou-se de tal forma que chegou a constituir uma linguagem corrente entre
os usuários.
64
É possível utilizar símbolos diferentes dos convencionais desde que não ofereçam
dificuldade de compreensão para o leitor e desde que sejam definidos previamente. Esta
situação é decorrente de características específicas de alguns sistemas que exigem
essa flexibilidade. Nesses casos, deve-se elaborar uma legenda no final do fluxograma,
esclarecendo o significado dos símbolos utilizados.
65
Contrução de um Fluxograma
ATIVIDADE: descrever a
ação necessária e
indispensável para a
existência deste
processo.
DECISÃO: condição
lógica com
possibilidades
excludentes de
prosseguimento.
Fluxograma de colunas
Segundo Cury (2006, p.351) esse tipo de fluxograma “recebe esse nome pela visão
global que oferece do fluxo de trabalho e também porque os órgãos aparecem no fluxo
sob forma de colunas. A utilização desse fluxograma é mais apropriada para se
transmitir o fluxo de trabalho para toda a organização.”
66
Os símbolos utilizados para esse tipo de fluxograma são representados no quadro a
seguir:
Terminal: Operação:
É utilizado para representar o Representa qualquer ação para
início ou o fim de um processo criar, transformar, conferir ou
ou para referir-se a outro analisar uma operação ou
processo que não seja objeto procedimento. Dentro do símbolo,
de estudo. descreve-se o objeto da ação.
Arquivo: Decisão:
Representa o arquivamento da Indica um ponto no processo que
documentação inerente ao apresenta ações condicionantes,
processo. onde há caminhos alternativos, se
acontecer determinado evento (sim
ou não).
Área / setor:
Utilizado para definir a área ou
o setor responsável pela
atividade ou rotina.
67
Exemplo:
DICAS
1. Todo fluxo deve ter início e fim. Não pode ficar nenhuma
simbologia solta (sem indicação da continuidade do
processo ou com a simbologia de fim).
2. Nunca esquecer das setas no fluxograma.
3. Sempre que se for enviar um documento, utilizar a
simbologia de “documento”.
4. Antes do “arquivo” obrigatoriamente tem que ter a
simbologia de “documento”, já que só se arquivam
documentos.
Fluxograma vertical
Como o nome sugere é formado por “colunas verticais”, e mais utilizado para descrição
de rotinas simples em uma unidade específica da empresa e tem como principais
vantagens:
68
Desvantagem:
Exemplo:
Figura 7: http://www.doceshop.com.br
69
Aplicando-se:
Esse número total é um dado muito importante que, pode gerar a informação sobre
quantas tarefas deverão ser executadas por cada área ou cargo e, principalmente,
assinalar (ou destacar), o excesso de atividades ou o tempo gasto para a execução de
cada uma delas. Assim, para determinar uma possível reestruturação do fluxograma, ou
seja, o número total de tarefas é utilizado como um indicador que pode ser estudo para
dirimir possíveis problemas e excesso de tempo despendido para a obtenção dos
resultados.
70
PROPOSIÇÃO DE MELHORIA APÓS MODELAGEM DE PROCESSOS
Após análise do processo precisamos propor melhorias, mas para que as mesmas
sejam feitas precisamos fazer algumas perguntas que nos nortearão quanto as mesmas:
Após o mapeamento...
71
RESUMINDO
Nesta unidade, foi demonstrado o quanto é importante para o gestor entender de forma
clara os processos de uma organização. Sendo então, foi trabalhado os conceitos e
aplicabilidade da modelagem de processos denominado: AS IS e o processo de
mapeamento denominado TO BE. Estes dois novos conceitos nos possibiltarão ver o
quanto precisamos entender os nossos processos de forma atual, entendê-los para e
se necessário, buscarmos adequá-los aos novos cenários e novas demandas.
Aprendemos sobre duas importantes ferramentas de mapeamento, sendo elas a
Metologia SIPOC que nos permite a visualização de toda nossa cadeia de suprimentos
desde a origem, juntos aos fornecedores, até o nosso cliente final. A outra metodologia
aprendida foi o Fluxograma, muito utilizada para a padronização dos processos
organizacionais, com o objetivo de reduzir os desvios dos padrões estabelecidos,
dinamizar a execução das atividades, reduzindo o tempo de execução das tarefas e,
consequentemente, contribuindo para o aumento da produtividade! A adequada gestão
de processos nos possibilita uma melhor gestão de nossas atividades e uma melhor
produtividade, resultado em processos mais competitivos e duráveis.
72
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
73
UNIDADE IV – Gestão da Qualidade com ênfase em Ferramentas da Qualidade
Objetivos
CONCEITUANDO QUALIDADE
"Qualidade é tudo aquilo que melhora o produto do ponto de vista do cliente". (DEMING,
1993, p.56)
74
As conceituações citadas amarraram a essência da qualidade por longos anos, sendo
a formulação de conceitos a base para o nosso direcionamento acadêmico. Veremos a
seguir, alguns destes grandes nomes da area da qualidade e importância de cada um
para a evolução, dos processos e correta gestão do mesmo.
GURUS DA QUALIDADE
Para efeito de ilustração, citam-se fontes teóricas de alguns dos mais importantes gurus
da Qualidade e seus principais estudos, os quais são de suma importância para o
mundo em termos de qualidade:
75
Feigenbaum é o Criador do TQC: Total Quality Control – a
Armand Feigenbaum proposta de um sistema eficiente para integrar o
desenvolvimento, manutenção e aprimoramento da
Qualidade através de esforços dos vários grupos que formam
uma organização tais como marketing, engenharia, produção
e serviços a fim de atingir e satisfazer as necessidades do
consumidor, da maneira mais econômica possível.
Ele introduziu o termo Controle de Qualidade-TQC
Total nos Estados Unidos. Controle da Qualidade Total trata
a qualidade como uma estratégia que requer a participação
efetiva de todos na organização. A qualidade se estende além
dos defeitos no chão de fábrica; é uma filosofia e um
Figura 3
compromisso para com a excelência.
Kaoru Ishikawa
Kaoru Ishikawa desde 1946 já estudava e pesquisava a
Qualidade nas empresas japonesas. Definiu sete ferramentas
como instrumentos fundamentais de auxílio nos processos de
controle da qualidade, podendo ser utilizadas por qualquer
trabalhador. Ishikawa redefiniu o conceito de cliente e criou os
famosos círculos de controle da qualidade -CCQ . Essas 7
ferramentas mais importantes de gestão são abordadas
nessa unidade (Fluxograma, Cartas de controle, Diagrama de
Ishikawa, Folha de verificação, Histograma, Diagrama de
Dispersão, Diagrama de Pareto), além de outras também
Figura 5
julgadas como interessantes a serem conhecidas.
Tabela 1: Gurus da Qualidade
76
AS ERAS DA HISTÓRIA DA QUALIDADE
1. Era da inspeção
Foi a era de grandes mudanças em relação à qualidade, pois até então o que antes era
visto somente como a separação entre produtos perfeitos e produtos defeituosos, agora
passa para a prevenção dos defeitos, ou seja, fazer certo da primeira vez. Ênfase na
prevenção de defeitos, todos os processos passaram a ser verificados de forma à dar
continuidade somente em produtos de acordo a necessidade do meu cliente interno,
sendo produtos ou processos em não conformidade eram eliminados. O ponto central
era o cliente, seja o interno ou o externo, pois se passou a enxergar a empresa também
no ambiente externo.Todos envolvidos no processo são responsáveis pela qualidade,
cabendo- se adequar-se à nova cultura de forma imediata. Passou-se a focar não só as
pessoas que estão dentro da organização como também os clientes e os fornecedores
e todos os outros Stakeholders.
Por seu uso indiscriminado, o termo Qualidade tem sido confundido com luxo, beleza,
virtudes, etiquetas, preço alto ou baixo, falta ou excesso de peso, embalagem bonita,
moda, detalhes de acabamento, etc. (AMBROZEWICZ, 2003)
Não que cada um desses itens não faça parte da Qualidade, como explica o autor
acima. O erro está em considerar que a Qualidade pode ficar restrita, apenas, a um
ou alguns deles. Na verdade, a Qualidade é um conjunto de atributos ou elementos
que compõem um produto ou serviço.
77
Para incorporar a Qualidade no seu processo produtivo, uma empresa deve criar, em
todos os níveis, o que chamamos de uma Cultura da Qualidade. Ou seja, para se
alcançar a Qualidade, deve-se focalizar toda a atividade produtiva no atendimento
ao consumidor.
É o uso que o consumidor vai dar ao produto, ou serviço, que determinará seus
elementos e atributos, sejam eles subjetivos, mensuráveis, declarados,
perfeitamente caracterizados, ou não. A satisfação do consumidor e o desempenho
da empresa em proporcioná-la são os principais itens na avaliação da Qualidade
(AMBROZEWICZ, 2003)
O conceito passa por diversos fatores evolutorios chegando aos dias atuais sendo mais
necessário do que nunca. Para entendermos melhor a aplicabilidade desse conceito,
voltemos às origens do TQC-. O usual termo “controle da qualidade total”( TQC- Total
Quality Control) foi definido por Armand Feigenbaum, em 1956, quando ele propôs a
ideia de que a qualidade surgiria como resultado de um trabalho em conjunto de todos
os envolvidos nos processos e resultados de uma organização, não apenas de um
grupo de pessoas. Feigenbaum também defendia a criação de uma estrutura
organizada ou organizativa de suporte à qualidade, a Engenharia de Qualidade, tendo
como função principal deste setor propor soluções e resolver questões de qualidade
que englobassem mais de uma área da empresa. Já se propondo a ideia de interface e
comunicação entre os diversos setores da empresa, tendo como principais neste
conceito inicial os setores responsáveis por produção, materiais e design.
A visão conceitual citada acima nos dá uma segurança maior para o que estava por vir
à acontecer em um mercado brasileiro que seria abalado e modificado em meados do
século XV, no Brasil como se propõe a leitura a seguir.
ABERTURA DE MERCADO
No Brasil, o mar calmo e tranquilo mudaria após uma decisão que abalaria a qualidade
dos produtos fabricados no país, a abertura de mercado. Ocorrido no governo Collor, a
economia do país se abriu mais amplamente para o mercado externo, inspirada no
modelo neoliberal. O tão comentado plano da época prescrevia à abertura comercial
proposta e instituída na época pelo então Governador Fernado Collor de Melo. O citado
plano se desdobrava em diversas nuances sendo as situações abaixo que mais
impactariam na evolução da qualidade de produtos interno. O plano previa a redução
gradual das tarifas de importação, para forçar o aumento da competição. Com
importados mais baratos, os produtores nacionais seriam forçados a reduzir seus preços
78
e melhorar a qualidade dos produtos. Neste plano econômico, expunha-se a indústria
brasileira a um ambiente ao qual a mesma não estava ambientada, pois, a concorrência
que até então era local, a partir daquele momento se tornava global. O amadorismo já
não tinham mais espaço, partindo da premissa de que: ou “muda ou morre”. Muitas
empresas que não se adequaram fecharam suas portas, ficando somente aquelas que
tinha capacidade de resposta a um cenário complexo, sendo questão de sobrevivência
a adaptação ao mesmo. A necessidade de melhoria fez com que muitas empresas
buscassem alinhar à sua estratégia organizacional à de grandes corporações, sendo
uma de suas estratégias a de que a qualidade de seus produtos tinha que melhorar.
Buscou-se parceiros, formaram-se cadeias produtivas, aplicaram-se metodologias e
sitemas de qualidade adequados à evolução que o momento exigia.
No cenário citado acima, percebe-se o início de uma mudança que iria durar por
décadas a fio, e de fato, dura até os dias de hoje.
As teoria de Controle de Qualidade total, citado tão fortemente mundo afora, evoluiu,
dando a necessidade de sair do foco de produtos e serviços, e, a partir da ideia de
controlar tudo com a excelência devida, surgiu a necessidade de entendimento da GQT(
Gestão da Qualidade Total), dando-se pelo fato de que, a gestão por sua excelência irá
controlar todas as suas atividades ao maior nível de excelência possível.
• Foco no cliente;
• Trabalho em equipe;
• Decisões baseadas em fatos e dados;
• Busca constante da solução de problemas; e
• Diminuição de erros.
A gestão da qualidade total tem como foco principal o da valorização do ser humano,
pois entende-se que, quando indivíduo está envolvido e um determinado processo a
capacidade de resposta e dissolução de problemas ocorrerá de forma imediata. Neste
cenário, o funcionário passou a perceber que o seu sucesso implica diretamente no
sucesso da empresa. Sendo então, as relações internas passaram a ser mais
participativas, a estrutura formal foi descentralizada e a reponsabilidade e controle
passou a ser de todos.
79
Sistemas de controle são necessários em qualquer organização. Porém, se forem
burocráticos ou tradicionais, as pessoas reagem com pouca participação, pouca
criatividade e pouca responsabilidade. O auto-controle, que significa que a
responsabilidade pela qualidade final dos serviços e/ou produtos é a conseqüência do
esforço conjugado de todas as áreas da empresa, onde todos precisam saber, a todo
momento, o que fazer e como fazer, com informações objetivas e imediatas sobre o seu
desempenho, permite que as pessoas respondam com participação, criatividade e
responsabilidade.
A medida que o funcionário se sente responsável pelo processo ao qual está envolvido,
ele busca usar de sua criatividade, procurando constantemente por inovações e
soluções para melhoria de processos diversos.
DE PARA
80
representá-los e trabalhá-los de forma constante, extenuando qualquer variável ou
dúvida que não venha a somar ou a quantificá-lo de forma positiva.
A gestão da qualidade nos traz como apoio na resolução desta e de outras perguntas
atreladas a gestão de processos, o uso das ferramentas da qualidade e metodologias
de gestão da qualidade. As Ferramentas da Qualidade têm como finalidade a
mensuração, definição, análise e também busca de soluções sobre problemas que
impactam na fluidez de um processo. Quando utilizamos estas técnicas melhoramos o
controle de processos, e, consequentemente, maximizamos resultados e melhorias de
projetos.São frequentemente usadas como suporte ao desenvolvimento da qualidade
ou ao apoio à decisão na análise de determinado problema. Podem ser usadas de forma
isolada ou em conjunto, como parte de um processo de implantação de programas da
qualidade.
Vamos começar?!
81
O Diagrama de Pareto
O Diagrama de Pareto foi formalizado no século XIX pelo economista italiano Vilfredo
Pareto que, desenvolveu estudos e modelos para descrever a distribuição desigual das
riquezas. Na conclusão de seus estudos, percebeu-se que 20% da população ficavam
com 80% das riquezas.
O Diagrama de Pareto é um gráfico utilizado para identificar quais são os fatores mais
significativos, auxiliando na tomada de decisão, indicando os itens que devem ser
priorizados. Originalmente, foi criado para estudar perdas na indústria, organizando-as
por ordem de frequência, por isso é comum dizer que o diagrama de Pareto ajuda a
estabelecer prioridades por mostrar a ordem em que as causas das perdas devem ser
sanadas. Entretanto, também pode ser utilizado em várias outras situações, como por
exemplo, na implantação de melhorias.
82
Diagrama de ISHIKAWA (Causa e Efeito)
O Diagrama de Ishikawa é também conhecido como Diagrama de Espinha de Peixe,
por causa do seu formato, ou Diagrama de Causa e Efeito, por ser composta pelo
problema e suas possíveis causas.
83
Palavra
Definição
chave
84
Apesar da existência dessas categorias, a ferramenta é flexível para que a empresa
adeque as categorias de acordo com a sua necessidade. A ferramenta foi desenvolvida
com o intuito de facilitar a visualização das fontes de um problema, para simplificar a
análise de causa e chegar à causa-raiz do problema. Preenchido, o diagrama é uma
exibição do nível de compreensão do problema. Quanto maior o número de ramificações
no diagrama, mais profundo é o entendimento e detalhamento da ocorrência do
problema. Além de análise de processo, também é muito utilizada na gestão de projetos
e gestão de riscos.
Folha de Verificação
Figura 8: Checklist
É uma formulário planejado para coletar dados, portanto, é uma ferramenta genérica
que serve como primeiro passo no início da maioria dos controles de processo ou
esforços para solução de problemas.
• Localização de defeito;
• Contagem de quantidades;
85
• Classificação de medidas;
• Existência de determinadas condições;
• Tipos de reclamações;
• Causas de efeitos;
• Causas de defeitos.
Histograma
O Histograma ou Gráfico de distribuição de frequências é uma representação gráfica
para distribuição de dados numéricos, ou seja, um modelo estatístico para a
organização dos dados, exibindo a frequência que uma determinada amostra de dados
ocorre. Estamos sempre lidando com variáveis qualitativas como: peso, largura,
comprimento, temperatura, volume, tempo, entre outras grandezas. Após coletarmos
esses dados em um determinado intervalo de tempo, podemos fazer uma análise gráfica
do comportamento dessa variável, que pode ser de números absolutos ou não. Se
falarmos, por exemplo, de uma pesquisa de satisfação onde os clientes avaliam o seu
produto de 1 a 5, o Histograma ajudará a visualizar graficamente quantas vezes cada
nota foi dada. O histograma é uma variação do gráfico de barras. Enquanto, o gráfico
de barras descreve os dados em barras e categorias separadas, o histograma
representa os dados da mesma categoria no intervalo analisado, por isso, sem espaço
entre as barras.
Exemplo:
86
Brainstorming
Hoje sempre que um problema ocorre ou um processo precisa ser modificado, é
consenso que envolver todas as partes traz melhores resultados na decisão. O
brainstorming difundido como “tempestade de ideias”, tem com objetivo gerar o máximo
de ideias possível sobre um assunto durante um período de tempo, procurando evitar
qualquer tipo de decisão precipitada.
Este é um método em que várias pessoas são envolvidas e podem fazer parte da
tomada de decisão através da geração de ideias, que irão contribuir para solução de um
problema ou melhoria do processo.
Como Funciona:
✓ Reúne-se um grupo de pessoas envolvidas com um assunto específico, que deverá
apresentar todas as ideias possíveis sem racionalizar em um primeiro momento;
✓ Estas ideias serão anotadas à medida que forem sendo geradas;
✓ Todas as ideias apresentadas deverão ser levadas em consideração, mesmo que
num primeiro momento pareçam inúteis e sejam descartadas mais tarde, pois
poderão trazer inspiração para novas ideias.
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Por que utilizar:
✓ Faz com que o usuário esteja atento para o fato gerador do problema;
✓ Proporciona aspectos que fazem com que as ideias sejam vistas de vários ângulos,
o que facilita a melhor decisão; e
✓ Funciona como ? lubrificante? num processo de solução de problemas, pois auxilia
na identificação das causas mais difíceis de solucionar, principalmente se não são
visíveis.
Tipos de Brainstorming:
3. Pedir para que cada participante aguarde sua vez para expor suas ideias, evitando
que todos falem ao mesmo tempo.
Longe de ser uma solução definitiva, o Brainstorming é uma ótima alternativa e pode
funcionar na maioria dos casos, além de disso, pode ser utilizado para realizar análise
de causas e em conjunto com outras ferramentas da qualidade, como por exemplo,
diagrama de causa e efeito e diagrama de Pareto. Lembrando que o tempo para duração
do mesmo de de ve ser ao entorno de 20 a 60 minutos.
88
Matriz GUT
A matriz GUT é uma ferramenta de gestão para priorização dos problemas. Esta
matriz serve para fazer a classificação dos problemas mais importantes de uma
empresa sob a perspectiva da gravidade, urgência e da tendência. A utilização da matriz
GUT auxilia o gestor na elaboração de um plano de trabalho. As demandas da
organização surgem constantemente e de forma autônoma e, por isso é preciso que o
administrador estabeleça como vai lidar com cada uma das demandas e quais vão ser
priorizadas.
A matriz GUT serve como forma de análise direcionada de um problema sob três
aspectos relevantes: Gravidade, Urgência e Tendência.
Gravidade: Essa variável refere-se ao impacto que o problema apresentará se não for
resolvido. Estes danos podem ser avaliados quantitativa e qualitativamente. Se um
problema for considerado de grave a extremamente grave a empresa envolvida pode
até vir a incorrer em falência.
Urgência: A urgência tem a ver com o fator tempo (prazo). De quanto tempo você
dispõe até resolver o problema? Qual é o grau de urgência que um problema tem? O
problema pode esperar? Essa variável avalia o resultado da pressão do tempo sobre o
problema identificado.
89
Tendência: Essa variável representa o potencial de desenvolvimento do problema. Em
outras palavras, situações que podem se agravar, caso não sejam resolvidas
imediatamente, possuem um nível de tendência maior do que problemas que não se
agravam com o tempo.
90
Esta ferramenta é extremamente útil para as empresas, uma vez que elimina por
completo qualquer dúvida que possa surgir sobre um processo ou sua atividade. Em um
meio ágil e competitivo como é o ambiente corporativo, a ausência de dúvidas agiliza e
muito as atividades a serem desenvolvidas por colaboradores de setores ou áreas
diferentes. Afinal, um erro na transmissão de informações pode acarretar diversos
prejuízos à sua empresa, por isso é preciso ficar atento à essas questões decisivas, e
o 5W2H é excelente neste quesito!
O nome desta ferramenta foi assim estabelecido por juntar as primeiras letras dos
nomes (em inglês) das diretrizes utilizadas neste processo. Abaixo você pode ver cada
uma delas e o que elas representam:
5W2H
WHAT – O QUE SERÁ FEITO (ETAPAS)
WHY – POR QUE SERÁ FEITO (JUSTIFICATIVA)
WHERE – ONDE SERÁ FEITO (LOCAL)
WHEN – QUANDO SERÁ FEITO (TEMPO)
WHO – POR QUEM SERÁ FEITO (RESPONSABILIDADE)
HOW – COMO SERÁ FEITO (MÉTODO)
HOW MUCH – QUANTO CUSTARÁ FAZER (CUSTO) Tabela 5: 5W2H
91
Há ainda outros 2 tipos de nomenclatura para esta ferramenta, o 5W1H (onde exlui-se
o “H” referente ao “How much”), sendo o mais recente 5W3H (onde inclui-se o “H”
referente ao “How many”, ou Quantos). Todas elas podem ser utilizadas perfeitamente
dependendo da necessidade do gestor, respeitando sempre as características
individuais.
Como utilizar?
Antes de utilizar o 5W2H é preciso que você estabeleça uma estratégia de ação para
identificação e proposição de soluções de determinados problemas que queira sanar.
Para isso pode-se utilizar de brainstorm para se chegar a um ponto comum. É preciso
também ter em conta os seguintes pontos:
A ferramenta 5W2H é uma das mais fáceis de ser implementada e traz grandes
benefícios para os gestores e suas atividades organizacionais. Por isso, não deixe de
utilizá-la em seu dia-a-dia empresarial. Você só tem a ganhar!
Ciclo PDCA
O Ciclo PDCA é um método gerencial de tomada de decisões para garantir o alcance das
metas necessárias à sobrevivência de uma organização. É o método de trabalho que leva
as pessoas a assumir responsabilidades, a pensar, a desejar o desconhecido (novas metas)
e, portanto, a ter vontade de aprender novos conhecimentos. A figura 13 demostra o
gerenciamento de controle de processo através do Ciclo PDCA.
92
Ciclo PDCA – Método de gerenciamento de processos.
PLANEJAMENTO (P)
Consiste em estabelecer metas e estabelecer o método para alcançar as metas
propostas. As metas podem ser qualificadas como meta boa e meta ruim.
Meta boa – surge a partir do plano estratégico, sendo baseado nas exigências do
mercado e na necessidade de sobrevivência da empresa.
Meta ruim – proveniente das anomalias crônicas no processo que impede a empresa de
atingir as metas boas provenientes do planejamento estratégico, já que a maior parte do
tempo dedicado ao alcance de metas será voltada à solução das metas ruins. O trabalho
que objetiva o alcance de metas ruins não agrega valor, já que apenas corrige algo que
anteriormente foi mal feito. Após, estabelecida a meta e a identificação do problema,
deve ser feita uma análise do problema para localizar a origem do mesmo. Pode-se
utilizar a análise do processo, que tem por objetivo a descoberta das causas
fundamentais dos problemas. Após a condução da análise do processo, deve ser
estabelecido o Plano de Ação, que é um conjunto de contramedidas com o objetivo de
bloquear as causas fundamentais.
EXECUÇÃO (D)
Executar as tarefas exatamente como foi previsto na etapa de planejamento e coletar
dados que serão utilizados na próxima etapa de verificação do processo. Na etapa de
execução são essenciais a educação e o treinamento no trabalho.
93
VERIFICAÇÃO (C)
A partir dos dados coletados na execução, comparar o resultado alcançado com a meta
planejada. Se o resultado não foi alcançado, devemos retornar à fase de observação,
fazer uma nova análise, elaborar um novo plano de ação e emitir um relatório chamado
de três gerações, que é o documento que relata o esforço de se atingir a meta por meio
de giro do PDCA. O relatório deve mostrar: o que foi planejado (passado), o que foi
executado (presente), os resultados obtidos (presente), os pontos problemáticos e os
responsáveis pelo não atingimento da meta (presente), a proposição (plano) para
resolver os pontos problemáticos (futuro).
Esta etapa consiste em atuar no processo em função dos resultados obtidos. Existem
duas formas de atuação possíveis: adotar como padrão o plano proposto, caso a meta
tenha sido alcançada. Agir sobre as causas do não atingimento da meta, caso o plano
não tenha sido efetivo. A fase de padronização da etapa “A” consiste em adotar como
padrão às etapas que deram certo.
Lean Manufacturing
Você sabe o que quer dizer o termo LEAN?
O termo "lean" foi cunhado originalmente no livro “A Máquina que Mudou o Mundo” (The
Machine that Changed the World), de Womack, Jones e Roos, publicado nos EUA em
1990. Trata-se de um abrangente estudo sobre a indústria automobilística mundial
realizada pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology). Nesse trabalho, ficaram
evidentes as vantagens do desempenho do Sistema Toyota de Produção, que traziam
enormes diferenças em produtividade, qualidade, desenvolvimento de produtos etc., e
explicava, em grande medida, o sucesso da indústria japonesa.
Surgiu na Toyota, no Japão, pós-Segunda Guerra Mundial. Seu criador foi Taiichi Ohno,
engenheiro da Toyota, e seus precursores: Sakichi Toyoda, fundador do Grupo Toyoda
em 1902; Kiichiro Toyoda, filho de Sakichi Toyoda, quem encabeçou as operações de
manufatura de automóveis entre 1936 e 1950; e Eiji Toyoda. Inicialmente, muitas
empresas enxergavam apenas a área de produção. Hoje, preferimos definir por
Lean Enterprise ou Lean Business System, ou seja, a filosofia Toyota aplicada a todas
as dimensões dos negócios de uma organização.
94
O lean manufacturing baseia-se numa abordagem sistemática para identificar e eliminar
o desperdício (aquilo que não agrega valor) através da melhoria contínua, com fluxo de
material puxado, buscando qualidade total. Origem no Sistema Toyota de Produção.
Baseia-se nos seguintes princípios: ter (e manter) os itens certos nos lugares certos,
no tempo certo e na quantidade correta; criar e alimentar relações efetivas dentro da
Cadeia de Valor; trabalhar voltado à melhoria contínua em busca da “qualidade
ótima” na primeira unidade entregue.
Onde aplicar?
Para o sucesso da transformação lean, o ideal é que o conceito seja aplicado em todas
as áreas da empresa, de vendas a compras, de finanças a recursos humanos. Deve-se
sempre priorizar onde existe maior quantidade de desperdícios e oferecer a essas áreas
maiores oportunidades de melhoria com impactos substanciais sobre a equação do
negócio. Mas isso deve ser feito, é claro, enxergando o negócio como um todo.
Os conceito Lean podem beneficiar as empresas pequenas da mesma forma com que
as grandes. Esse conceito não está vinculado à escalas de produção, setores da
economia e outros fatores. É uma proposta de mudança da mentalidade, voltada para
sua empresa/produto, visando à satisfação total do cliente, sem que ele tenha que pagar
pelas falhas e desperdícios que ocorrem durante os processos envolvidos em sua
fabricação/manuseio.
95
SUGESTÕES DE VÍDEOS E LEITURAS
O vídeo sugerido para esta Unidade demonstra de forma clara e objetiva, exemplos
da aplicação das ferramentas da gestão da qualidade em processos.
https://www.youtube.com/watch?v=25Bdv_n8Xsg
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
96
3- A cerca da gestão da qualidade e do modelo de excelência gerencial, pode-se
afirmar que a gestão da qualidade prevê a eliminação ou a simplificação de
processos que não adicionem valor ao produto?
GABARITO
RESUMINDO
97
do mercado, precisamos adotar esta filosofia de processos enxutos, somente
assim, acompanharemos este novo mundo, cheio de desafios, mas recheado de
oportunidades.
REFERÊNCIAS
Figura 1: Disponível em
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/a/a3/W._Edwards_Deming.gif
Figura 4: Disponivel em
http://www.historiadaadministracao.com.br/jl/images/stories/Imagens/Philip%20Crosby
%202.jpg
98
Figura 5: Disponível em http://herramientas-para-
decisiones.blogspot.com.br/2014/07/diagrama-de-ishikawa.html
99
UNIDADE V – DELEGAÇÃO, CENTRALIZAÇÃO, DESCENTRALIZAÇÃO E
EMPOWERMENT
Objetivos
DELEGAÇÃO
Vamos ao conceito:
100
a) A tarefa que foi transferida do chefe para o subordinado; e
Para que o processo de delegação seja mais efetivo, o autor sugere as seguintes regras
práticas:
101
i) Promover/propor incentivos adequados.
HIERÁQUIA
Para que possamos seguir com o nosso assunto, segue uma pergunta:
Fonte: http://www.jrmcoaching.com.br
102
CENTRALIZAÇÃO
Vejamos o conceito:
O distanciamento da cúpula para com a operação acabam por deixar uma enorme
lacuna, causando então ruídos e perdas de informações importantes quanto aos
processos.
103
a) Menor número de níveis hierárquicos;
DESCENTRALIZAÇÃO
Vejamos o conceito:
Nesse sentido, ainda para o autor, a descentralização não significa uma separação
física de uma empresa de seu escritório central com a fábrica ou filiais. A
descentralização ocorre na divisão do poder decisório a partir da alta gestão para com
as gestão de níveis hierárquicos inferiores.
104
Após a ilustração acima (repare no preenchimento azul dos níveis hierárquicos),
percebe-se que, os gerentes assumem uma responsabilidade maior pois as ações que
estavam centralizada na alta gestão passaram a ser dividas pelo nível tático ou
gerencial, dando-lhe autonomia e poder decisório. Ganha-se com a descentralização a
empresa, pois a mesma adquire um perfil mais dinâmico na tomada de decisões dando-
se pelo fato da proximidade da operação.
105
MAS AFINAL, EXISTEM DIFERENÇAS
ENTRE DESCENTRALIZAÇÃO E
DELEGAÇÃO?
A resposta é sim!
Descentralização Delegação
1) Ligada ao cargo 1) Ligada à pessoa
106
EMPOWERMENT: poder e energia para as pessoas
Vejamos o conceito:
O assunto abordado neste módulo está sempre em grande ênfase no âmbito acadêmico
da Administração: o Empowerment.
O mundo dos negócios encontra-se bem marcado por forças bem distintas das que
outrora existiram e influenciavam o meio empresarial. Várias são as estratégias
utilizadas pelas organizações para enfrentarem as adversidades externas.
107
Mills (1996) aponta que downsizing , ou seja, redução de níveis hierárquicos
e delegação e equipes interfuncionais exemplificam atitudes empresariais
empregadas para superar situações de crise. Contudo, tais estratégias não
são o bastante.
Utilizar empowerment não é algo que siga orientação do gênero “apenas faça”. A
empresa que deseja beneficiar-se da ferramenta precisa estar preparada para aplicá-la
adequadamente.
108
b) Quando os executivos e gerentes, freqüentemente, sabotam os programas de
empowerment, ainda que o façam inconscientemente;
Até breve!
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
1) Descentralizada
2) Os indivíduos possuam dúvidas quanto ao que vem a ser empowerment.
3) Descentralização
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SUGESTÃO DE LEITURA
MOMENTO DE REFLEXÃO
Sugiro o filme Vida de Inseto da Walt Disney
Pictures.
Em nome dos "insetos oprimidos do mundo", uma
formiga inteligente chamada Flik reúne um grupo
de guerreiros para defender a sua colônia de um
bando de gafanhotos, liderado pelo maligno
Hopper.
RESUMINDO
110
REFERÊNCIAS
111
UNIDADE VI – ARRANJO FÍSICO
Objetivos
Definição de layout;
Um arranjo físico bem estruturado influi nas distâncias do trajeto de materiais, pessoas
e equipamentos. Os custos operacionais recebem influencia de um bom arranjo, pois,
evitam-se altos volumes de estoques, filas e excesso de movimentação interna. O
ambiente pode ser planejado com o intuito de gerar conforto e boa adequação dos
funcionários.
As decisões sobre um arranjo físico são importantes, pois geralmente exercem impacto
direto nos custos de produção. No caso das empresas do ramo de confecção, a
distribuição física do ambiente deve estar de acordo com a sequência operacional,
reduzindo as perdas por deslocamento de materiais e pessoas (BORBA; DEUS; BUA,
2009).
112
O QUE É ARRANJO FÍSICO
Vamos ao conceito:
Por serem as decisões de arranjo difíceis e caras, os gerentes de operações podem vir
a relutar em tomá-las com frequência, sendo então as decisões quanto aos arranjos
devem ser tomadas somente após exaustivos estudos quanto aos objetivos principais
da confecção do arranjo físico, ou seja, o que se quer alcançar com a estruturação do
mesmo.
113
informações sobre os setores específicos, ganhando tempo e comodidade na busca
por seus itens de consumo .
• Clareza de fluxo – Todo o fluxo de materiais e clientes deve ser sinalizado de forma
clara e evidente para funcionários e clientes. Por exemplo, as operações de
manufatura geralmente possuem corredores claramente identificados. Operações
de serviços tendem a usar rotas sinalizadas, como, por exemplo, os hospitais que
em muitos casos apresentam linhas coloridas pintadas no chão para indicar as rotas
dos diversos departamentos.
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ETAPAS DE ELABORAÇÃO DO ARRANJO FÍSICO
ARRANJO FÍSICO
No momento em que procuramos elaborar o projeto de uma arranjo físico não podemos
nos dar ao luxo de cometermos erros que poderão comprometer toda a operação de
uma organização. Sendo então, devemos focar em pontos chave para a estruturação
do mesmo. Vejamos algumas situações as quais devemos nos atentar:
A maioria dos arranjos físicos na prática deriva de apenas quatro tipos básicos de
arranjo físico:
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❖ ARRANJO FÍSICO POSICIONAL
116
Vantagens Desvantagens
117
EXEMPLOS DE ARRANJO FUNCIONAL:
Supermercado – a área em display dos produtos define o layout de acordo com o tipo
de produto e a necessidade de refrigeração ou não, aliado a estratégias de marketing.
Ex. Produtos de limpeza ficam próximos uns dos outros e distantes de produtos
alimentícios.
Produtos refrigerados ficam em área restrita, mas também seguem uma classificação:
ex. pratos prontos, laticínios, etc.
Vantagens Desvantagens
A imagem abaixo mostra duas células produtivas com o formato em U, busca-se com
este sistema agrupar processos mais complexos em células de produção. Este
agrupamento tem como objetivo principal, a execução de forma acertiva e um controle
adequado das inúmeras atividades a serem executadas. Passa-se para uma segunda
célula somente no momento em que se executar todas as etapas da célula anterior,
atingindo-se assim uma excelência na gestão adequada dos inúmeros processos a
serem executados pela célula produtiva.
118
Figura 3 - Fonte: Prof. Dr. Dario Ykuo Miyake - PRO/EPUSP
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Vantagens Desvantagens
• Pode-se conseguir uma boa
• Pode ser caro reconfigurar o arranjo
relação entre custo e
físico atual.
flexibilidade para operações
• Pode requerer capacidade
com variedade relativamente
adicional.
alta.
• Pode reduzir níveis de utilização de
• Atravessamento rápido.
recursos.
• Trabalho em grupo pode resultar
em maior motivação.
Quadro 3: Elaborado pelo autor
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Figura 4 - Fonte: Prof. Dr. Dario Ykuo Miyake - PRO/EPUSP
Figura 5
Vantagens Desvantagens
• Baixos custos unitários para altos • Pode ter baixa flexibilidade de mix.(
volumes. capacidade de mudança do produto
• Dá oportunidade para ou serviço executado)
especialização de equipamento. • Não muito robusto contra
• Movimentação de clientes e interrupções.
materiais conveniente. • Trabalho pode ser repetitivo.
121
❖ ARRANJO FÍSICO MISTO
O arranjo físico misto é aquele que utiliza mais de um modelo de arranjo, ou seja, utiliza
mais de um arranjo com o intuito de melhor execução de sua operação.Muitas
operações ou projetam arranjos mistos que combinam elementos de alguns ou todos os
tipos básicos de arranjo em diferentes partes da operação. Por exemplo, um hospital
normalmente seria arranjado conforme os princípios do arranjo físico funcional – cada
departamento representando um tipo particular de processo ( departamento de
radiologia, salas de cirurgia, laboratório de processamento de sangue, entre outros).
Ainda assim, dentro de cada departamento, diferentes tipos de arranjo físico são
utilizados. O departamento de radiologia provavelmente e arranjado para o processo,
as salas de cirurgia, segundo um arranjo físico posicional, e o laboratório de
processamento de sangue conforme um arranjo físico por produto.
Para que possamos aplicar os conceitos de arranjo físico em uma operação, precisamos
primeiramente conhecer todas as etapas e processos de forma clara e objetiva gerando
então resultados mais seguros e adequados no planejamento do mesmo.
Até breve!
LEITURAS
Sugiro a leitura do primeiro capítulo do livro que esta na plataforma MINHA
BIBLIOTECA:
MOMENTO DE REFLEXÃO
https://www.youtube.com/watch?v=vsD9P9cIbV0
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ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
Gabarito
RESUMINDO
REFERÊNCIAS
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