Relatorio Anual Acesso 2019
Relatorio Anual Acesso 2019
Relatorio Anual Acesso 2019
Índice
Lista de siglas e abreviaturas.............................................................................................................................................. 14
Introdução................................................................................................................................................................................... 17
Sumário executivo ................................................................................................................................................................... 19
Conclusão ..................................................................................................................................................................................195
Anexos….. ...................................................................................................................................................................................196
Índice de Quadros
Quadro 1. Evolução dos principais indicadores de população, natalidade e mortalidade ...................... 26
Quadro 2. Evolução das consultas de apoio intensivo à cessação tabágica ................................................... 36
Quadro 3. Evolução dos indicadores de mortalidade por doenças cerebrovasculares ............................ 41
Quadro 4. Evolução dos indicadores de mortalidade por doenças isquémicas do coração ................... 41
Quadro 5. Evolução de indicadores de mortalidade total e prematura por Diabetes em Portugal .... 44
Quadro 6. Evolução indicadores de mortalidade por doenças do aparelho respiratório, por sexo .... 49
Quadro 7. Evolução do número de utentes inscritos nos cuidados primários com o diagnóstico de
asma ...................................................................................................................................................................... 50
Quadro 8. Evolução da proporção de utentes com DPOC, com registo de avaliação de FeV1 nos
últimos 3 anos ................................................................................................................................................... 51
Quadro 9. Evolução do número de utentes inscritos nos cuidados primários com o diagnóstico de
DPOC ..................................................................................................................................................................... 51
Quadro 10. Evolução do número de utentes SNS que beneficiaram do PNPSO ........................................... 70
Quadro 11. Evolução do número de cheques emitidos, referenciações para higienista oral e
referenciações para consulta de saúde oral nos Cuidados de Saúde Primários, emitidas
por grupo-alvo no âmbito do PNPSO ...................................................................................................... 71
Quadro 12. Evolução do número total de cheques dentista, referenciações para higienista oral e
referenciações para consultas de saúde oral nos Cuidados de Saúde Primários, utilizados
no âmbito do PNPSO ...................................................................................................................................... 71
Quadro 13. Evolução da taxa de utilização por projeto e ano civil .................................................................... 72
Quadro 14. Cartão de Pessoa com Doença Rara ......................................................................................................... 75
Quadro 15. Atividade do Programa de Procriação Médica Assistida ............................................................... 77
Quadro 16. Evolução do número de USF, UCC e UCSP............................................................................................. 78
Quadro 17. Evolução percentual de utentes inscritos com médico de família atribuído, por região. 81
Quadro 18. Resultados do projeto-piloto de saúde oral ......................................................................................... 83
Quadro 19. Monitorização do Rastreio da Retinopatia Diabética de base populacional, por ARS
(2019) ................................................................................................................................................................... 83
Quadro 20. Número de unidades móveis e principais atividade desenvolvidas ......................................... 85
Quadro 21. Movimento assistencial nos cuidados de saúde primários (em milhares) ............................ 86
Quadro 22. Indicadores assistenciais nos cuidados de saúde primários ........................................................ 87
Quadro 23. Número de camas hospitalares do SNS, por região .......................................................................... 90
Quadro 24. Evolução do movimento assistencial nos hospitais do SNS (em milhares) ........................... 96
Quadro 25. Evolução do total de consultas hospitalares nas especialidades com mais atividade ...... 99
Quadro 26. Dinâmica dos pedidos inscritos em consulta no CTH................................................................... 100
Quadro 27. Número de pedidos de consulta de inscritos no CTH, por ARS ................................................ 100
Quadro 28. Mediana do tempo até à realização da primeira consulta .......................................................... 101
Quadro 29. Distribuição dos pedidos de primeira consulta hospitalar por ACES, de 1 de junho de
2016 a 31 de dezembro de 2019 ........................................................................................................... 105
Quadro 30. Distribuição dos pedidos de primeira consulta hospitalar por especialidade, de 1 de junho
de 2016 a 31 de dezembro de 2019 ..................................................................................................... 106
Quadro 31. Evolução global da oferta cirúrgica ...................................................................................................... 108
Quadro 32. Evolução global da oferta cirúrgica, por ARS (2019) ................................................................... 109
Quadro 33. Motivos de cancelamento da inscrição em LIC ................................................................................ 109
Quadro 34. Evolução dos indicadores de procura ................................................................................................. 110
Quadro 35. Motivos de cancelamento - Notas de Transferência e Vales Cirurgia ................................... 113
Quadro 36. Resumo intransferíveis .............................................................................................................................. 113
Quadro 37. Evolução das entradas em LIC com GDH previsional inválido ................................................. 113
Quadro 38. Cobertura populacional de lugares na RNCCI Geral em 2019 – ECCI, UC, UMDR e ULDM
.............................................................................................................................................................................. 120
Quadro 39. Número de acordos na área de saúde mental, por tipologia e região (2019) ................... 120
Quadro 40. Número de lugares contratados na área de saúde mental, por titularidade (2019) ...... 120
Quadro 41. Acordos celebrados no âmbito da RNCCI e entidades prestadoras ....................................... 121
Quadro 42. Evolução anual do número de acordos e de lugares contratados da RNCCI ...................... 121
Quadro 43. Acordos celebrados no âmbito da RNCCI Saúde Mental e entidades prestadoras .......... 122
Quadro 44. Evolução da atividade RNCCI – utentes assistidos, por tipologia ........................................... 123
Quadro 45. Atividade RNCCI – utentes assistidos, por tipologia e por região, em 2019 ...................... 123
Quadro 46. Evolução do número de referenciações por ano e por tipologia de resposta .................... 124
Quadro 47. Número de utentes referenciados na RNCCI por tipologia e região, em 2019 .................. 124
Quadro 48. Mediana do tempo de espera para a RNCCI, em dias (2019) .................................................... 127
Quadro 49. Utentes que aguardavam vaga a 31 de dezembro de 2019 ....................................................... 127
Quadro 50. Taxa de ocupação das unidades da RNCCI, por tipologia (2019) ............................................ 128
Quadro 51. Utentes sob intervenção em CRI no ano*, novos** e readmitidos. Problema aditivo
principal: Problemas Ligados ao Álcool (PLA) ................................................................................ 133
Quadro 52. Utentes sob intervenção em CRI no ano*, novos** e readmitidos. Problema aditivo
principal: Outras Substâncias Psicoativas (OSPA) ......................................................................... 134
Quadro 53. Utentes sob intervenção em CRI - Crianças e jovens em situação de risco ....................... 134
Quadro 54. Utentes sob intervenção em CRI ............................................................................................................ 134
Quadro 55. Evolução do número de dadores de sangue que efetuaram dádiva ....................................... 136
Quadro 56. Atividade de transfusão em 2019 ......................................................................................................... 137
Quadro 57. Dispositivos do INEM .................................................................................................................................. 139
Quadro 58. Número de acionamentos de meios de emergência, por tipo de meio ................................. 140
Quadro 59. Utilização de DAE.......................................................................................................................................... 145
Quadro 60. Atividade no âmbito da expansão do Programa de DAE do INEM no SIEM ....................... 145
Quadro 61. DAE (Espaços Públicos) ............................................................................................................................. 145
Quadro 62. Evolução do número de transporte de doentes registados na plataforma SGTD ............ 146
Quadro 63. Evolução do número doentes transportados e registados na plataforma SGTD.............. 147
Quadro 64. Evolução do número de prestações realizadas aos utentes transportados com registo no
SGTD ................................................................................................................................................................... 147
Quadro 65. Evolução do número de isenções e dispensas de pagamento de taxas moderadoras ... 148
Quadro 66. Rendimentos referentes as taxas moderadoras (em milhões de euros) ............................. 149
Quadro 67. Evolução do número produtos de apoio entregues e respetivos encargos (HH EPE,
SPA/PPP).......................................................................................................................................................... 151
Quadro 68. Evolução do número de beneficiários, por região ......................................................................... 153
Quadro 69. Número de pedidos de reembolso pagos (2019) ........................................................................... 153
Quadro 70. Valor dos pagamentos efetuados, por tipologia (2019) .............................................................. 153
Quadro 71. Número de prestadores de MCDT convencionados, por área clínica .................................... 155
Quadro 72. Encargos no setor convencionado, por área de convenção (em milhões de euros) ....... 156
Quadro 73. Custo médio mensal com colonoscopias e outros procedimentos no setor convencionado
(em euros) ....................................................................................................................................................... 157
Quadro 74. Evolução do número total de doentes por ARS e do total de doentes por 10 mil habitantes
.............................................................................................................................................................................. 158
Quadro 75. Evolução dos custos por ARS (em milhões de euros) .................................................................. 159
Quadro 76. Custos por doente por região de saúde (em euros) ...................................................................... 159
Quadro 77. Assistência médica no estrangeiro – movimento de doentes por especialidade ............. 163
Quadro 78. Evolução dos encargos do SNS e dos utentes com medicamentos e volume de embalagens
comercializadas ............................................................................................................................................. 166
Quadro 79. Atividade operacional SNS 24: Triagem, Aconselhamento e Encaminhamento (2019)173
Quadro 80. Atividade de prestação SNS 24: Triagem Aconselhamento e Encaminhamento (2019)
.............................................................................................................................................................................. 174
Quadro 81. Atividade operacional SNS 24: Serviços Administrativos e Informativos - Telefone (2019)
.............................................................................................................................................................................. 176
Quadro 82. Atividade operacional SNS 24: Serviços Administrativos e Informativos - E-mail (2019)
.............................................................................................................................................................................. 177
Quadro 83. Resumo de marcação de consultas SNS 24: serviço administrativo (2019) ...................... 177
Quadro 84. Atividade operacional SNS 24: Outbound – Nota de Transferência/Vale Cirurgia .......... 178
Quadro 85. Evolução do número de utentes inscritos na Área do Cidadão ................................................ 186
Quadro 86. Evolução de registos do Testamento Vital ........................................................................................ 189
Quadro 87. Evolução do número de receitas com e sem papel ........................................................................ 189
Quadro 88. Evolução prescrição eletrónica do medicamento .......................................................................... 190
Índice de Gráficos
Gráfico 1. Evolução da esperança de vida à nascença ............................................................................................. 27
Gráfico 2. Evolução da esperança média de vida aos 65 anos (em anos) ....................................................... 27
Gráfico 3. Número de utentes (por 100.000) dos CSP do SNS com registo do nível de atividade física
e comportamentos sedentários no sistema informático SClínico - Cuidados de Saúde
Primários ............................................................................................................................................................. 33
Gráfico 4. Número de indivíduos residentes em Portugal com ≥ 15 anos (por 100.000) com emissão
de, pelo menos, um recurso de aconselhamento breve para a atividade física, através do
sistema informático PEM ............................................................................................................................. 33
Gráfico 5. Proporção (%) de utentes adultos que atinge recomendação de, pelo menos, 150
minutos/semana de atividade física de intensidade moderada, avaliados através da
ferramenta digital do SClínico – Cuidados de Saúde Primários.................................................. 34
Gráfico 6. Nível de atividade física moderada (média de minutos/semana) dos utentes adultos
avaliados através da ferramenta digital do SClínico – Cuidados de Saúde Primários ...... 34
Gráfico 7. Prevalência (%) de comportamento sedentário, nas diferentes categorias (“semáforo”
verde vs. amarelo vs. vermelho) definidas na ferramenta de avaliação, dos utentes
adultos avaliados através da ferramenta digital do SClínico – Cuidados de Saúde
Primários ............................................................................................................................................................. 35
Gráfico 8. Evolução do número de rastreios de retinopatia diabética efetuados........................................ 44
Gráfico 9. Evolução do número de utentes com Diabetes tipo 1 em tratamento com PSCI .................... 45
Gráfico 10. Taxas de cobertura geográfica e de adesão no âmbito do Rastreio do Cancro da Mama 47
Gráfico 11. Taxas de cobertura geográfica e de adesão no âmbito do Rastreio do Cancro do Colo do
Útero...................................................................................................................................................................... 48
Gráfico 12. Taxas de cobertura geográfica e de adesão no âmbito do Rastreio do Cancro do Cólon e
Reto ........................................................................................................................................................................ 48
Gráfico 13. Evolução da prescrição de CRD.................................................................................................................. 52
Gráfico 14. Monitorização dos tratamentos de Hepatite C, até 30 de janeiro de 2020 (tratamentos
finalizados) ......................................................................................................................................................... 54
Gráfico 15. Casos de infeção por VIH, casos de SIDA e óbitos (1983-2018): distribuição por ano de
diagnóstico da infeção ou de estádio SIDA, ou ano de morte ...................................................... 55
Gráfico 16. Evolução da taxa de notificação de tuberculose em Portugal, por 100 mil habitantes..... 58
Gráfico 17. Evolução da demora mediana entre o início de sintomas até ao diagnóstico de tuberculose
(em dias).............................................................................................................................................................. 58
Gráfico 18. PNV - Esquema recomendado. Cobertura vacinal por coorte, agente e dose. Avaliação
2019, no Continente ....................................................................................................................................... 64
Gráfico 19. PNV - Esquema cumprido. Cobertura vacinal por coorte e agente. Avaliação 2019, no
Continente .......................................................................................................................................................... 64
Gráfico 20. Vacina contra o Sarampo - 2.ª dose. Cobertura vacinal por coorte. Avaliação 2019, no
continente ........................................................................................................................................................... 65
Gráfico 21. Vacinação contra infeções por HPV. Cobertura vacinal por coorte, sexo feminino.
Avaliação 2019, no Continente .................................................................................................................. 66
Gráfico 22. Vacinação atempada, para as vacinas contra a tosse convulsa e contra S. pneumoniae 13
aos 3 meses de idade. Vacinação atempada para as vacinas contra o sarampo e contra N.
meningitidis C aos 13 meses de idade. Avaliação 2019, no Continente ................................... 66
Gráfico 23. Evolução do número de USF – Modelo A e B ........................................................................................ 79
Gráfico 24. Percentagem de população residente coberta por USF e por UCC............................................. 79
Gráfico 25. Evolução percentual de utentes inscritos com médico de família ............................................. 80
Gráfico 26. Evolução percentual da relação entre os utentes com médico de família atribuído e os
residentes............................................................................................................................................................ 80
Gráfico 27. Evolução do número de utentes sem médico de família atribuído ............................................ 81
Gráfico 28. Evolução percentual de utentes com enfermeiro de família atribuído .................................... 82
Gráfico 29. Número de instituições hospitalares do SNS em 2019.................................................................... 89
Gráfico 30. Peso das primeiras consultas no total ................................................................................................... 96
Gráfico 31. Percentagem de cirurgia de ambulatório .............................................................................................. 96
Gráfico 32. Evolução do número de primeiras consultas externas hospitalares ........................................ 98
Gráfico 33. Evolução do número total de consultas externas hospitalares ................................................... 98
Gráfico 34. Evolução do total de consultas hospitalares na área de oncologia ............................................ 99
Gráfico 35. Evolução do tempo médio de triagem (em dias) ............................................................................ 101
Gráfico 36. Percentagem de consultas realizadas em 2019, dentro e fora dos TMRG ........................... 102
Gráfico 37. Evolução do cumprimento dos TMRG, por nível de prioridade ............................................... 102
Gráfico 38. Percentagem de consultas dentro do TMRG, por especialidade (2019) .............................. 103
Gráfico 39. Número de utentes que escolheram um hospital fora da sua rede de referência, de 1 de
junho de 2016 a 31 de dezembro de 2019 ........................................................................................ 104
Gráfico 40. Percentagem de saídas da LIC por motivo de cancelamento..................................................... 109
Gráfico 41. Evolução de entradas em LIC e número de operados ................................................................... 111
Gráfico 42. Evolução da mediana do tempo de espera da LIC, por nível de prioridade (em meses)
.............................................................................................................................................................................. 111
Gráfico 43. Evolução da mediana do tempo de espera da LIC, por nível de prioridade (em meses)
.............................................................................................................................................................................. 111
Gráfico 44. Evolução de entradas em LIC e número de operados (neoplasia maligna) ........................ 112
Gráfico 45. Evolução das notas de transferência e vales de cirurgia emitidos e percentagem de
cativações ......................................................................................................................................................... 113
Gráfico 46. Evolução anual do número de episódios de urgência (milhares)............................................ 115
Gráfico 47. Percentagem de episódios de urgência que geram internamento .......................................... 115
Gráfico 48. Evolução da percentagem de atendimentos urgentes com prioridade verde, azul e branca
.............................................................................................................................................................................. 115
Gráfico 49. Evolução da percentagem de episódios urgentes atendidos dentro do tempo previsto
.............................................................................................................................................................................. 116
Gráfico 50. Tempo médio de espera entre a triagem e a primeira observação (2016 – 2019) ......... 116
Gráfico 51. Evolução do número de camas de internamento RNCCI ............................................................. 118
Gráfico 52. Evolução do número de camas de internamento contratados e em funcionamento nas
tipologias - UC, UMDR e ULDM ............................................................................................................... 118
Gráfico 53. Número de camas de internamento em atividade por região de saúde (a 31 de dezembro
2019) .................................................................................................................................................................. 118
Gráfico 54. Evolução do número de Equipas de Cuidados Continuados Integrados .............................. 119
Gráfico 55. Evolução anual do total de lugares da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados
.............................................................................................................................................................................. 119
Gráfico 56. Origem dos utentes referenciados no âmbito da RNCCI em 2019 .......................................... 125
Gráfico 57. Distribuição percentual da origem da referenciação em cada região (2019) .................... 125
Gráfico 58. Referenciação para ECCI - Percentagem de utentes referenciados em cada região (2019)
.............................................................................................................................................................................. 126
Gráfico 59. Referenciação para ECCI – Hospital e Centro de Saúde em cada região (2019) .............. 126
Gráfico 60. Episódios de internamento em Unidades de Desabituação - PLA e OSPA ........................... 135
Gráfico 61. Evolução da percentagem de dadores de sangue regulares ...................................................... 136
Gráfico 62. Evolução do número de transplantes ................................................................................................... 137
Gráfico 63. Evolução do número de chamadas de emergência atendidas ................................................... 139
Gráfico 64. Evolução do número de acionamentos de meios de emergência ............................................ 139
Gráfico 65. Número de chamadas transferidas do INEM para a Linha SNS 24 ......................................... 140
Gráfico 66. Número de chamadas encaminhadas pela Linha SNS 24 para o INEM ................................. 140
Gráfico 67. Evolução anual do número de doentes inseridos na Via Verde AVC ...................................... 142
Gráfico 68. Evolução anual do número de registos Via Verde Coronária .................................................... 143
Gráfico 69. Evolução das cinco áreas principais de prestadores de MCDT convencionados .............. 155
Gráfico 70. Distribuição dos doentes por faixa etária (2019) ........................................................................... 158
Gráfico 71. Distribuição de doentes por género e por região de Saúde (2019) ........................................ 158
Gráfico 72. Assistência médica no estrangeiro ........................................................................................................ 162
Gráfico 73. Número total de doentes evacuados dos PALOP para o SNS ..................................................... 164
Gráfico 74. Evolução dos encargos do SNS e dos utentes com medicamentos e volume de embalagens
comercializadas ............................................................................................................................................. 166
Gráfico 75. Evolução do encargo médio do cidadão por embalagem de medicamento ........................ 166
Gráfico 76. Evolução anual da quota de medicamentos genéricos no SNS ................................................. 167
Gráfico 77. Evolução da quota de medicamentos biossimilares, em unidades dispensadas .............. 168
Gráfico 78. Evolução do número de medicamentos inovadores aprovados ou novas indicações ... 168
Gráfico 79. Número de ensaios clínicos realizados .............................................................................................. 170
Gráfico 80. Atividade operacional SNS 24: Triagem, Aconselhamento e Encaminhamento - Chamadas
atendidas (2019) .......................................................................................................................................... 173
Gráfico 81. Atividade de prestação SNS 24: Triagem Aconselhamento e Encaminhamento (2019)
.............................................................................................................................................................................. 174
Gráfico 82. Marcação de consultas SNS 24: serviço administrativo - com sucesso (2019) ................. 178
Gráfico 83. Peso das primeiras consultas CTH no total de primeira consulta ........................................... 179
Índice de Figuras
Figura 1. Resultados da monitorização dos objetivos 90-90-90 para o final de 2017 .............................. 56
Figura 2. PNV 2017: Esquema vacinal recomendado .............................................................................................. 67
Figura 3. Infografia das respostas às Doenças Raras em 2019, divulgada em 29/02/2020, Dia Mundial
das Doenças Raras .............................................................................................................................................. 75
Figura 4. Redes Europeias de Referência em Portugal ........................................................................................... 91
Introdução
O presente relatório dá cumprimento ao disposto no n.º 1 do artigo 30.º da Lei n.º 15/2014, de 21
de março1, alterada pelo Decreto-Lei n.º 44/2017, de 20 de abril, que visa a consolidação dos
direitos e deveres dos utentes dos serviços de saúde, concretizando a Lei de Bases da Saúde, aprovada
pela Lei n.º 95/2019, de 4 de setembro, que salvaguarda as especificidades do Serviço Nacional de
Saúde (SNS).
A informação constante do presente documento é proveniente quer dos dados recolhidos dos
sistemas de informação implementados no SNS, quer dos resultados apresentados pelas várias
entidades do Ministério da Saúde em relação a algumas áreas específicas do acesso aos cuidados de
saúde que são aqui analisadas (e.g. informação dos programas de saúde prioritários).
1 A Lei n.º 15/2014, de 21 de março foi alterada pelo Decreto-Lei n.º 44/2017, de 20 de abril. Em 2017 foi também publicada a Portaria n.º
153/2017, de 4 de maio, que reviu o disposto no n.º 2 do artigo 1.º e nos artigos 25.º a 27.º da Lei n.º 15/2014, de 21 de março, relativamente
aos Tempos Máximos de Resposta Garantidos para todo o tipo de prestações de saúde sem carácter de urgência e publicou a nova carta dos
direitos de acesso.
Este exercício de responsabilidade e de prestação de contas sobre o acesso aos cuidados de saúde
no SNS segue as opções políticas definidas na nova Lei de Bases da Saúde (Lei n.º 95/2019, de 4 de
setembro) e enquadra-se na política de saúde dos XXI e XXII Governos Constitucionais, os quais
convergiram na prioridade atribuída à redução das desigualdades e à qualificação do acesso à saúde,
em conjunto com o reforço da motivação dos profissionais e o investimento na rede do SNS.
Sumário executivo
Os dados do Instituto Nacional de Estatística estimam que, em 2019, residiam em Portugal cerca
de 10.295.909 habitantes, mais 19.292 face a 2018. A população residente no continente, e por isso
abrangida diretamente pelo SNS, era de 9.798.859 em 20192, mais 19.033 do que em 2018.
No que se refere à taxa de mortalidade infantil (até ao primeiro ano de vida), registou-se uma
descida de 3,3 (2018) para 2,8 óbitos por cada mil nados-vivos, resultado que continua a colocar
Portugal como um dos países com melhores resultados a nível mundial. No total, verificaram-se 246
óbitos infantis (-41 que os registados em 2018).
Ao contrário do que havia sido registado no ano de 2018, em 2019 o indicador de natalidade é
negativo, totalizando 86.579 nados-vivos, ou seja, -1% face ao ano anterior.
O segundo capítulo é dedicado aos Programas de Saúde Prioritários, que integram três
plataformas de intervenção: a plataforma de prevenção e gestão das doenças crónicas, a plataforma
da prevenção e gestão das doenças transmissíveis e a plataforma dedicada à saúde mental.
enquadramento do apoio às crianças e jovens com Diabetes Mellitus tipo 1 na Escola; (v) a
revisão do Plano de Saúde Individual para Crianças e Jovens com Diabetes tipo 1; (vi) a
publicação do Manual de Formação sobre Crianças e Jovens com Diabetes Mellitus tipo 1,
para apoio aos profissionais de Saúde e de Educação.
10. No âmbito do Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA, (i) o conhecimento de que
Portugal tinha cumprido as três metas estipuladas pelas ONUSIDA para o combate à infeção
por VIH e SIDA; (ii) o aumento dos materiais preventivos dispensados; (iii) o aumento do
número de testes rápidos (VIH) realizados nos cuidados de saúde primários; (iv) a
continuidade do trabalho na melhoria dos sistemas de informação de suporte; (v) a
implementação da estratégia de Profilaxia Pré-Exposição ao VIH, dirigida às pessoas com
risco acrescido de aquisição de infeção VIH, inicialmente através de um Programa de Acesso
Precoce e atualmente já com medicamentos financiados para esta indicação; (vi) a
continuidade ao projeto TARV – dispensa de terapêutica anti retrovírica combinada nas
farmácias comunitárias.
12. No âmbito do Programa Nacional de Saúde Mental, (i) a preparação para a constituição das
equipas-piloto comunitárias de saúde mental; (ii) o desenvolvimento de atividades de
promoção da saúde e de prevenção da doença mental, envolvendo todos os escalões etários,
populações vulneráveis e muito especialmente indivíduos com doença mental grave.
O terceiro capítulo, integra informação sobre outros programas e iniciativas de saúde, de entre
os quais se destacam:
O quarto capítulo é dedicado aos cuidados de saúde primários. O investimento feito nos últimos
anos em capacitar este nível da prestação de cuidados, que se constitui como o ponto de acesso
primordial dos cidadãos ao SNS, é notório e observável em indicadores como a evolução do número
de cidadãos com médico de família, o número de unidades funcionais do tipo Unidade de Saúde
Familiar, a evolução das consultas médicas, de enfermagem e de outros profissionais de saúde ou o
aumento da procura de consulta hospitalar referenciada através do programa Consulta a Tempo e
Horas. Neste contexto, destacam-se, desde já, os seguintes resultados de 2019: (i) a existência de
mais 32 novas Unidades de Saúde Familiar face a 2018, com o modelo USF a abranger 63,2% da
população inscrita nos cuidados de saúde primários; (ii) a existência de 264 UCC, assegurando a
cobertura de 95,9% dos residentes no continente; (iii) a existência de 92,7% de cidadãos inscritos
nos CSP com médico de família atribuído; (iv) a existência de 85,6% de cidadãos inscritos nos CSP
com enfermeiro de família atribuído; (v) a continuação da concretização de medidas que visam
melhorar a capacidade resolutiva dos cuidados de saúde primários, como a implementação de novas
respostas de saúde oral e de medicina dentária no SNS, o alargamento dos rastreios (nas áreas da
retinopatia diabética e dos cancros da mama, do colo do útero e do cólon e reto) ou a disponibilização
de meios complementares de diagnóstico e terapêutica nos centros de saúde; (vi) a realização de
mais de 31,5 milhões de consultas médicas, de mais de 19 milhões de consultas de enfermagem e
(vii) a evolução positiva nos principais indicadores associados aos programas de saúde
contratualizados com as unidades funcionais dos cuidados de saúde primários.
O quinto capítulo trata dos cuidados de saúde hospitalares. Nesta área, o trabalho de resposta a
uma procura crescente passou pela evolução das respostas assistenciais (destacando-se a
hospitalização domiciliária e o reforço dos mecanismos de telessaúde), mas também das respostas
organizacionais (com a operacionalização dos Centros de Responsabilidade Integrados, o reforço
dos processos de trabalho cooperativo e em rede no SNS, ou o reforço da articulação entre os
hospitais e os cuidados de saúde primários no âmbito da adequação da resposta às situações de
doença aguda e de utilização evitável dos serviços de urgência e emergência). Assim, e apesar da
manutenção da oferta disponível de camas para internamento de doentes agudos, relativamente
estável (existindo 21.251 camas nos hospitais do SNS no final de 2019), observou-se um aumento da
produção hospitalar realizada. No que concerne ao volume e tempestividade dos cuidados prestados
a nível hospitalar, são de destacar (i) o aumento das consultas externas realizadas (+1,9%),
designadamente das primeiras consultas (+2,2%); (ii) o contínuo crescimento do total de
intervenções cirúrgicas que, pela primeira vez nos últimos 9 anos, ultrapassou as 700 mil
intervenções cirúrgicas realizadas no SNS; (iii) o aumento da cirurgia de ambulatório, com as
vantagens inerentes em termos de qualidade da prestação e satisfação dos utentes; (iv) o
crescimento em 3,2% dos pedidos de primeira consulta solicitadas pelos cuidados de saúde
primários através do sistema Consulta a Tempo e Horas; (v) a realização de 1.343.513 consultas
referenciadas pelo médico de família através do CTH, o valor mais elevado de sempre no SNS,
representando um aumento de 2,5% face ao ano anterior (+33.348); (vi) a manutenção da média
nacional de consultas realizadas dentro do TMRG nos 70%; (vii) o crescimento do número de
operados no âmbito do SIGIC face ao ano de 2018 (+5,6%), com um total de 628.282 utentes
operados no SNS, tendo-se ultrapassado, pela primeira vez, a barreira dos 600 mil doentes operados
no SNS; (viii) a manutenção da mediana de tempo de espera da LIC nos 3,5 meses no final de 2019
para um TMRG de 6 meses na prioridade normal, calculado de acordo com a legislação em vigor desde
1 de janeiro de 2018; (ix) o atendimento de 74,3% de episódios de urgência dentro do tempo previsto
no protocolo de triagem de Manchester (+0,6 pp face ao ano anterior).
O sexto capítulo centra-se nos cuidados continuados integrados sendo de destacar, do trabalho
desenvolvido nesta área, (i) o aumento em 5,4% do número de camas de internamento na RNCCI face
a 2018, contabilizando um total de 9.013 camas, divididas entre 8.867 das tipologias UC, UMDR e
ULDM, 17 referentes a UCIP nível 1 e 129 na área da saúde mental; (ii) a existência de 286 ECCI no
final de 2019 (+1,4% em relação a 2018), com 5.651 lugares domiciliários da RNCCI, cerca de 39%
da totalidade dos lugares da rede geral (14.833 camas/lugares no total da RNCCI); (iii) o atendimento
de 50.473 utentes, mais 3,7% que em 2018.
O sétimo capítulo foca os cuidados paliativos nos quais Portugal tem definido estratégias de
aumento destas respostas quer a nível hospitalar quer a nível comunitário. Das atividades
prosseguidas e resultados alcançados em 2019 destacam-se: (i) o Plano Estratégico para o
Desenvolvimento dos Cuidados Paliativos para o biénio 2019-2020; (ii) a existência de 44 Equipas
Intra-Hospitalares de Suporte em Cuidados Paliativos; (iii) a criação de mais três EIHSCP-Pediátricas;
(iv) a existência de 25 equipas comunitárias ou domiciliárias de suporte em cuidados paliativos e de
28 Unidades de Cuidados Paliativos; (v) A taxa de ocupação das UCP-RNCCI foi de 89% e o número
de doentes admitidos aumentou cerca de 8% relativamente a 2018; (vii) a cobertura geográfica total
de cuidados paliativos, ao nível distrital.
O nono capítulo dedica-se à área do Sangue e Transplantação, em que se verifica (i) a diminuição
no número de dadores e dádivas de sangue, em linha com a diminuição das necessidades de consumo
de sangue para transfusão; (ii) o aumento no número total de transplantes realizados (877
transplantes), sendo que o número de transplantes provenientes de dador falecido foi de 792
transplantes realizados, (+5% que em 2018); (iii) o aumento do número de dadores em morte
cerebral (320 dadores falecidos), refletindo uma diminuição no número de órgãos colhidos.
O décimo capítulo foca a emergência médica área na qual se observou, em 2019, (i) o aumento
dos acionamentos de meios de emergência geridos pelo INEM em +0,6% face a 2018 (1.331.307
vezes); (ii) o atendimento de 1.414.858 chamadas de emergência pelo CODU do INEM, o que se
traduz numa média diária de 3.876 chamadas.
Do décimo primeiro ao décimo sétimo capítulos abordam-se diversas áreas relacionadas com o
acesso dos utentes aos cuidados de saúde, quer pelo facto de se constituírem como potenciais
barreiras ao acesso, quer por se tratar de matérias instrumentais ao acesso. Assim, neste capítulo
destacam-se:
O décimo oitavo capítulo refere-se ao SNS Digital, no qual se destaca o Centro de Contacto do
Serviço Nacional de Saúde - SNS 24 salientando-se que, em 2019, (i) foram atendidas cerca de um
milhão e trezentas mil chamadas por enfermeiros no Centro de Contacto do Serviço Nacional de
Saúde – SNS 24, numa média diária de 3.648 chamadas (+22,1% face à média diária de 2018); (ii)
no Serviço de Triagem, Aconselhamento e Encaminhamento, 308.068 dos utentes foram
encaminhados para Autocuidados, 277.847 para observação em Cuidados de Saúde Primários e
394.698 encaminhados para Serviço de Urgência Hospitalar; (iii) na sequência do encaminhamento
para Autocuidados, foram efetuadas 235.596 chamadas de seguimento, o que correspondente a 645
seguimentos por dia.; (iv) Foram atendidas cerca de 150 mil chamadas de cariz administrativo, numa
média diária de 422.
Natalidade e mortalidade
Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) estimam que, em 31 de dezembro de 2019,
residiam em Portugal cerca de 10.295.909 habitantes, mais 19.292 face a 2018. A população
residente no continente, e por isso abrangida diretamente pelo SNS, ascendia a 9.798.859 em 2019
(mais 19.033 residentes do que em 2018). Este resultado traduziu-se numa taxa de crescimento
positiva de 0,2%, sendo o resultado do aumento do saldo migratório, que não se verificava desde
2009 (de 11.570 em 2018 para 44.506 em 2019). O saldo natural manteve-se, no entanto, com valor
negativo (-25.214).
No que se refere à taxa de mortalidade infantil (até ao primeiro ano de vida), registou-se uma
descida de 3,3 (2018) para 2,8 óbitos por cada 1.000 nados-vivos. No total, verificaram-se 246 óbitos
infantis (-41 que os registados em 2018).
Ao contrário do que havia sido registado no ano de 2018, em 2019 o número de nados-vivos
diminui ligeiramente, 86.579 nados-vivos em 2019, ou seja, -0,5% do que em 2018 e +5,1% do que
em 2014 (ano com o valor mais baixo do período analisado).
Em 2019, a idade média da população residente em Portugal situou-se em 45,5 anos, tendo
aumentado cerca de 4 anos na última década.
Indicadores 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
População
População residente (x 1.000) 10 573 10 558 10 487 10 427 10 375 10 341 10 318 10 291 10 277 10 296
Natalidade
Número de nados-vivos 101 381 96 856 89 841 82 787 82 367 85 500 87 126 86 154 87 020 86 579
Taxa bruta de natalidade por 1.000 habitantes 9,6 9,2 8,5 7,9 7,9 8,3 8,4 8,4 8,5 8,4
Mortalidade
Número de óbitos (residentes em Portugal) 105 954 102 848 107 612 106 554 104 843 108 511 110 535 109 758 113 051* 111 793
Número de óbitos infantis (menores de 1 ano) 256 306 303 243 236 250 282 229 287* 246
Número de óbitos de 0 a 4 anos 326 372 367 316 291 308 330 281 350 308
Proporção de óbitos prematuros (óbitos de
n.d. n.d. 22,3% 22,8% 22,4% 21,5% 21,5% 21,3% 20,6% 20,6%
menos de 70 anos / total de óbitos)
Saldo Natural -4 573 -5 992 -17 771 -23 767 -22 476 -23 011 -23 409 -23 409 -26 031 -25 214
* Os dados referentes a 2018 foram revistos, em outubro de 2019, no âmbito da conclusão do processo de codificação das causas de morte nos registos de óbitos de
2018.
Fonte: INE e DGS
Estes valores representam um ganho de 1,5 anos para os homens e de 0,8 meses para as
mulheres, quando comparados com o triénio 2016-2018. Os dados do INE indicam que, numa década,
se verificou um aumento de cerca de 2 anos na esperança de vida para o total da população: 2,11 nos
homens e 1,64 nas mulheres. Enquanto no sexo feminino esse aumento resultou, essencialmente, da
redução da mortalidade nas idades iguais ou superiores a 60 anos, no sexo masculino, o acréscimo
continua a ser maioritariamente proveniente da redução da mortalidade em idades inferiores a 60
anos.
81,5
78,9
79,0
78,5
78,0
2007 - 2009 2008 - 2010 2009 - 2011 2010 - 2012 2011 - 2013 2012 - 2014 2013 - 2015 2014 - 2016 2015 - 2017 2016-2018 2017-2019
Fonte: INE
No que se refere à esperança de vida aos 65 anos, as estimativas provisórias indicam que o
número médio de anos que uma pessoa que tenha atingido 65 anos em 2019 pode esperar viver, é
de 19,61 anos, mantendo-se as taxas de mortalidade por idades observadas no triénio 2017-2019.
Para os homens o valor referente a este indicador situa-se, em média, nos 17,70 anos e para as
mulheres, nos 21,00 anos. Estes valores representam ganhos de 1,21 e 1,26 anos, nos últimos dez
anos, para os homens e as mulheres respetivamente.
18
2010-2012 2011-2013 2012-2014 2013-2015 2014-2016 2015-2017 2016-2018 2017-2019
Fonte: INE e DGS
Neste âmbito, assume especial relevância a concretização das medidas previstas nos programas
de saúde que visam responder às principais necessidades em saúde da população. É neste contexto
global que a Direção-Geral da Saúde desenvolve, no âmbito do Plano Nacional de Saúde, 12
Programas Nacionais de Saúde Prioritários (conforme Despacho n.º 6401/2016, de 16 de maio,
alterado pelo Despacho n.º 1225/2018, de 5 de fevereiro), nas seguintes áreas:
O programa prioritário da saúde mental integra uma plataforma dedicada, que inclui, a comissão
de acompanhamento do Plano Nacional de Prevenção do Suicídio.
5. Melhorar a qualificação e o modo de atuação dos diferentes profissionais que, pela sua
atividade, podem influenciar conhecimentos, atitudes e comportamentos na área alimentar.
Assim, destaca-se a continuação dos trabalhos com vista à reformulação do perfil nutricional de
algumas categorias de alimentos, no que concerne aos teores de açúcar, sal e ácidos gordos trans. Em
2019, formalizou-se a assinatura de protocolos com várias associações do setor da indústria e da
distribuição alimentar, permitindo a reformulação nutricional de mais de 2 mil produtos (como
batatas fritas, snacks salgados, cereais de pequeno-almoço, refeições prontas a consumir, iogurtes,
refrigerantes, néctares de fruta, entre outros).
Por outro lado, é de realçar a implementação generalizada (desde agosto de 2019) da avaliação
sistemática do risco nutricional a todos os utentes internados, nos hospitais do SNS, por períodos
superiores a 24 horas, determinada pelo Despacho n.º 6634/2018, de 6 de julho, numa tentativa de
combate à desnutrição hospitalar, condição associada a um pior prognóstico clínico dos utentes e a
maiores tempos de internamento.
A promoção da alimentação saudável junto dos mais novos foi também alvo de atuação, através
da introdução de restrições à publicidade de alimentos e bebidas dirigida a menores de 16 anos (Lei
n.º 30/2019 de 23 de abril), tendo o PNPAS definido o perfil nutricional dos alimentos aos quais estas
restrições devem ser aplicadas.
Reconhecendo que alimentação nos primeiros mil dias de vida assume um papel fundamental
na prevenção da obesidade e de outras doenças crónicas, o PNPAS lançou um manual subordinado à
temática da alimentação dos 0 aos 6 anos 3. Neste contexto foram também considerados os estudantes
universitários, tendo sido desenvolvido um projeto intitulado “Alimentação Saudável no Ensino
Superior”. Este projeto pretende distinguir, através da atribuição de um selo de excelência,
instituições de ensino superior que implementem estratégias de promoção de alimentação saudável.
Em 2019, candidataram-se a este selo 11 instituições do ensino superior, que representam 89
escolas/faculdades, com o potencial de atingir cerca de 168 mil estudantes.
Ainda em 2019, o PNPAS publicou o relatório do exercício Health Impact Assessment sobre
rotulagem nutricional, com o apoio da OMS. Este relatório assume extrema importância ao mostrar
que 40% da população portuguesa não consegue compreender a informação nutricional presente
nos rótulos dos alimentos.
O Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física tem como propósito alcançar uma
população residente em território nacional com baixos níveis de inatividade física em todo o ciclo de
vida. Este desígnio terá de ser alavancado por níveis elevados de literacia física e inserido num
ambiente físico e sociocultural facilitador de estilos de vida fisicamente ativos e menos sedentários
nos seus diferentes contextos.
3 Disponível em https://www.alimentacaosaudavel.dgs.pt/
No SNS, e com especial ênfase nos cuidados de saúde primários, a avaliação do nível de atividade
física, bem como o aconselhamento breve a este nível realizado pelos profissionais de saúde, é agora
possível com o apoio de ferramentas digitais desenvolvidas especificamente para o efeito, com base
em princípios e técnicas validadas de modificação comportamental, disponíveis no SClínico –
Cuidados de Saúde Primários e na Prescrição Eletrónica Médica desde o final de 2017.
4A última monitorização, aqui descrita, corresponde aos dados existentes a 31 de março de 2020. Na ausência da disponibilização de dados de
monitorização a 31 de dezembro de 2019, foram utilizados aqueles que remetem à data mais próxima, neste caso, os do primeiro trimestre do
ano seguinte – 31 de março de 2020.
• Uma taxa de avaliação de 2.430 por 100 mil utentes dos CSP, por mais de 150 mil
profissionais de saúde, desde a disponibilização da ferramenta.
• 137 em cada 100 mil indivíduos residentes no país (com idade igual ou superior a 15 anos)
receberam guias de aconselhamento breve emitidos através desta ferramenta digital em
contexto de consulta com o seu médico assistente, num total de 30.563 guias emitidos
durante este período, desde a disponibilização da ferramenta.
Os níveis de atividade física registados para os utentes adultos (idade superior ou igual a 18
anos), através da ferramenta de avaliação do SClínico – Cuidados de Saúde Primários, revelam que:
• No global, menos de um quarto dos utentes avaliados (23%) atinge a recomendação de, pelo
menos, 150 minutos semanais de atividade física de intensidade moderada. No entanto, nas
idades mais jovens (18-29), 36% dos utentes avaliados cumpre essa recomendação (Gráfico
5).
• O nível médio de atividade física dos utentes avaliados é de 89 minutos por semana.
• Nos dias em que ocorre prática de atividade física, esta é realizada durante cerca de 21
minutos, em média.
• O nível médio de atividade física semanal é inferior nas mulheres e diminui com o aumento
da idade em ambos os sexos (Gráfico 6).
• Para todas as classes etárias, quer nos homens, quer nas mulheres, mais de um quarto dos
utentes adultos avaliados passa entre 3 a 7 horas por dia sentado, constituindo, para todos
os casos, a categoria de comportamento sedentário com maior prevalência (Gráfico 7). Na
amostra total de adultos avaliada, a duração média de cada período sentado é de 2,3 horas
por dia.
Há a assinalar, contudo, que para 47% da amostra de adultos avaliada através da ferramenta,
não foi registado o nível de comportamento sedentário (apenas de atividade física), o que poderá
estar a influenciar os resultados de comportamento sedentário encontrados.
Gráfico 3. Número de utentes (por 100.000) dos CSP do SNS com registo do nível de atividade
física e comportamentos sedentários no sistema informático
SClínico - Cuidados de Saúde Primários
3 000
2 430,0
2 500
2 000 1 736,2
1 500
928,1
1 000
500 289,2
0
0
ago/17 mai/18 dez/18 jun/19 mar/20
Fonte: DGS
Gráfico 4. Número de indivíduos residentes em Portugal com ≥ 15 anos (por 100.000) com
emissão de, pelo menos, um recurso de aconselhamento breve para a atividade física,
através do sistema informático PEM
200
160
137,0
120
94,2
80 64,5
43,1
40
0
0
dez/17 mai/18 dez/18 jun/19 mar/20
Fonte: DGS
Gráfico 5. Proporção (%) de utentes adultos que atinge recomendação de, pelo menos,
150 minutos/semana de atividade física de intensidade moderada, avaliados através da
ferramenta digital do SClínico – Cuidados de Saúde Primários
40%
36%
30%
25%
23%
19%
20%
10%
0%
≥ 70 anos 30 - 69 anos 18 -29 anos Total
Nota: Prevalência de cumprimento das recomendações de atividade física (% que atinge, pelo menos, 150
minutos/semana), amostra total e por classe etária
Fonte: DGS
Gráfico 6. Nível de atividade física moderada (média de minutos/semana) dos utentes adultos
avaliados através da ferramenta digital do SClínico – Cuidados de Saúde Primários
180
158,2
150
120 114,5
90
60
30
Homens Mulheres
100%
24%
31%
75%
17%
18%
50%
35%
29%
25%
25% 22%
0%
Homens Mulheres
Em 2017 (último ano com dados disponíveis), segundo estimativas elaboradas pelo Institute of
Health Metrics and Evaluation, morreram em Portugal cerca de 13 mil pessoas por doenças
atribuíveis ao tabaco, ou seja, uma morte a cada 40 minutos.
De acordo com os dados fornecidos pelas ARS, em 2019 foi realizado um total de 41.651
consultas de apoio intensivo à cessação tabágica em ACES e serviços hospitalares, o que representou
um decréscimo de 5,6% face a 2018, e 12.578 primeiras consultas, menos 3,0% do que as realizadas
no ano anterior, ou seja, apesar da maior oferta ocorreu menor procura.
Analisando os dados por região, destaca-se que a ARS Algarve registou um aumento de 10,3%
no número de utentes atendidos (primeiras consultas), seguida da ARS Norte com um aumento de
2,5%. A ARS Alentejo registou um decréscimo de 23,1%. Na ARS de Lisboa e Vale do Tejo houve uma
diminuição de 2,2%, fundamentalmente devida à redução do movimento das consultas hospitalares.
Com base nos dados fornecidos pelo Centro de Controlo e Monitorização do SNS, os
medicamentos comparticipados e dispensados em regime de ambulatório aos utentes do SNS, em
Portugal Continental, registou um aumento de 12,1% no número de embalagens dispensadas no que
se refere ao Bupropiom total e um decréscimo de 0,7% no que se refere à Vareniclina. Os substitutos
de nicotina são de venda livre, não estando sujeitos a comparticipação, pelo que não foram incluídos
nesta análise.
Var.
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
2019/2018
Total de consultas 19 620 20 667 20 898 22 358 26 043 30 706 31 822 39 763 44 099 41 651 -5,6%
Primeiras consultas 4 917 5 778 6 959 5 631 7 527 8 563 7 134 11 493 12 961 12 578 -3,0%
Locais de consulta 181 161 127 118 131 152 180 218 221 237 7,2%
O PPCIRA tem como visão coordenar e orientar as estruturas e iniciativas que, em todo o país,
permitam alcançar taxas de IACS e RAM tão baixas quanto o conhecimento científico permita, bem
como a monitorização de ambas através dos processos de vigilância contínua daquelas infeções, do
consumo de antimicrobianos e da incidência de microrganismos multirresistentes. Na visão do
PPCIRA incluem-se a prevenção da infeção pela adequação das estruturas das unidades de saúde e a
aplicação de boas práticas pelos profissionais, bem como o controlo da emergência de resistências
pelo uso judicioso dos antibióticos.
4. Reduzir o consumo de antibióticos na comunidade <19 DHD (Doses Diárias Definidas/ 1.000
habitantes/dia).
Em 2019 verificou-se uma evolução positiva na adesão dos hospitais aos diferentes programas
de vigilância, tanto nos programas em rede europeia, como em rede nacional.
No caso das unidades de cuidados intensivos, e considerando o último período com avaliação
concluída, 2017-2018, verificou-se:
5 Versão 2.03.2017
observar-se uma evolução positiva do cumprimento da higiene das mãos, passando de 73,6% para
75,1%.
Relativamente às auditorias à qualidade dos processos e das estruturas para o cumprimento das
Precauções Básicas em Controlo de Infeção (10 componentes), além da maior adesão do número de
unidades, registou-se um aumento da percentagem de melhoria dos processos de PBCI (de 89,4%
para 90,4%), bem como de melhoria das estruturas de PBCI (de 83,8% para 84,2%). Esta adesão
aumentou nas três tipologias de cuidados de saúde: nos hospitais (de 38,0% para 39,5%); nos ACES
(de 26,6% para 32,8%); nas UCCI (de 7,1% para 8,4%).
Verificou-se uma redução das resistências aos antimicrobianos na maior parte dos
microrganismos estudados, com exceção das resistências à bactéria Klebsiella pneumoniae aos
vários fármacos que aumentou significativamente, com suscetibilidade reduzida aos carbapenemos
onde se registou um aumento em 36,1% (variação entre 8,6% e 11,7%).
A nível da elaboração de Normas foi publicada a Norma da higiene das mãos e elaborada a Norma
Clínica Profilaxia antibiótica cirúrgica.
finais dos Inquéritos de Prevalência de Ponto das infeções associadas aos cuidados de saúde e do uso
de antimicrobianos nos hospitais europeus de cuidados de agudos em Portugal, de 2017 e do
Inquérito de prevalência de ponto de infeções e uso de antimicrobianos em unidades de cuidados
continuados, de 2017; (vi) a proposta de continuidade do Projeto “STOP: Infeção Hospitalar!”; (vii) a
campanha de comunicação para o Uso Seguro de Antibióticos em Portugal (PORCAUSA); (viii) a
participação em diversos grupos de trabalho; (ix) a colaboração com o ECDC na revisão dos relatórios
europeus dos estudos de prevalência de infeção em hospitais e unidades de internamento de longa
duração (PPS, HALT-3) e dos artigos científicos publicados por esta Entidade; (x) a dinamização de
diferentes palestras relativas ao Controlo da Infeção e RAM; (xi) a representação do PPCIRA no Grupo
Consultivo da Comissão para o desenvolvimento da “Estratégia da Alimentação do Lactente e da
Criança Pequena”; (xii) as ações de formação em Precauções básicas em controlo de infeção e
resistências aos antimicrobianos, em duas regiões do país.
1. Reduzir a mortalidade prematura (<70 anos) por doença cerebrovascular para valores de
taxa de mortalidade padronizada inferiores a 8,5 óbitos por 100 mil habitantes, ou número
de óbitos por ano inferior a 1.000.
2. Reduzir a mortalidade prematura (<70 anos) por doença isquémica cardíaca para valores
de taxa de mortalidade padronizada inferiores a 8,5 óbitos por 100 mil habitantes, ou
número de óbitos por ano inferior a 1.000.
Em 2018, último ano com dados disponíveis, verificou-se uma ligeira diminuição no número de
óbitos por doenças cerebrovasculares (-0,7%), bem como por doenças isquémicas do coração
(-0,7%), em relação a 2017, conforme se demonstra nos quadros seguintes.
Número de óbitos (todas as idades) 13 867 12 690 13 020 11 752 11 296 11 271 11 213 10 799 10 728
Número de óbitos (<70 anos) 1 420 1 342 1 349 1 257 1 220 1 153 1 144 1 076 1 237
Taxa de mortalidade padronizada <70 anos 13,2 12,3 12,2 11,3 10,9 10,1 10 9,3 9,9
Número de óbitos (todas as idades) 7 082 6 582 6 605 6 526 6 966 6 853 6 887 6 861 6 816
Número de óbitos (<70 anos) 1 314 1 259 1 200 1 229 1 635 1 606 1 587 1 684 1 593
Taxa de mortalidade padronizada <70 anos 12,4 11,7 10,9 11,1 14,9 14,4 14,2 15,0 14,0
Ainda no âmbito da reabilitação cardíaca, será elaborada uma Norma de Orientação Clínica de
suporte à implementação dos critérios a observar nos Programas de Reabilitação Cardíaca nos
termos propostos pelo Grupo de Trabalho constituído para o efeito.
Por fim, é de salientar a importância do adequado controlo da Hipertensão Arterial como forma
de reduzir a incidência das doenças cérebro-cardiovasculares, sendo matéria transversal a todas as
áreas de intervenção do PNDCCV.
A diabetes é uma doença crónica e progressiva, tendo a sua prevalência vindo a aumentar, ao
ponto de ser considerada pela OMS como a pandemia do século XXI. Prevê-se que a diabetes possa
atingir, nos próximos 20 anos, mais de 10% da população mundial.
Em Portugal, dados mais recentes indicam que a diabetes afeta 9,9% da população entre os 25 e
os 74 anos e, em cerca de 87% dos casos, esse diagnóstico era conhecido pela pessoa com diabetes.
Adicionalmente, 16% da população encontra-se em situação de pré-diabetes6.
O Programa Nacional para a Prevenção e Controlo da Diabetes existe em Portugal desde a década
de setenta, sendo um dos mais antigos programas nacionais de saúde pública.
Ao longo dos anos, o Programa foi sendo atualizado e revisto, mas as principais estratégias de
intervenção sempre visaram a introdução de modelos de boas práticas na gestão da diabetes focados
quer na deteção e tratamento precoces, quer na intervenção sobre as complicações da diabetes. É,
também, objetivo específico deste Programa a prevenção da diabetes, com particular enfoque nos
doentes com elevado risco de desenvolver diabetes e, consequentemente, nas alterações do estilo de
vida.
6
Marta Barreto et al. on behalf of the INSEF Research Group. Prevalence, awareness, treatment and control of diabetes in Portugal: Results
from the first National Health examination Survey (INSEF 2015). Diabetes Research and Clinical Practice 2018, 140; 271-8
7. Promoção da qualidade no tratamento das Crianças e Jovens com Diabetes tipo 1 nas Escolas.
O rastreio da Retinopatia Diabética continua a ser uma prioridade para o PND, pois esta é uma
das principais complicações da diabetes e uma das grandes responsáveis de cegueira evitável nos
adultos.
Em 2019, foi realizado rastreio a 224.792 doentes, mantendo a tendência crescente no número
de rastreios efetuados e correspondendo a uma taxa de rastreio populacional de 33%.
250 000
224 792
218 223
200 965
200 000
158 526
150 000
115 284 120 481
103 105
93 937 95 535
100 000
50 133
50 000
0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Fonte: DGS
Em 2019, foi efetuada avaliação de risco de pé diabético a 585.902 utentes com Diabetes, com
registo ao nível dos cuidados de saúde primários. A evolução dos cuidados no pé diabético refletiu-
se num número decrescente de amputações por pé diabético verificado entre 2013 e 2017 nos
hospitais do SNS. Também no âmbito dos cuidados ao pé diabético, em 2019 o Programa Nacional
para a Diabetes financiou, na sequência de abertura de concurso nacional, a execução de dois projetos
da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal, na área da prestação de cuidados podológicos a
pessoas institucionalizadas e com dificuldades de locomoção da região do Alentejo.
Globalmente, em 2017 e 2018, a diabetes foi a causa de 3,8% do total de óbitos em Portugal,
verificando-se uma diminuição progressiva desde 2012. Em 2018 face a 2015, o número de óbitos
diminuiu em ambos os sexos, tal como as taxas de mortalidade total e antes dos 70 anos.
em relação ao ano anterior. No final de 2019, 54% dos utentes com registo de tratamento através de
PSCI tinha 18 anos ou menos.
Gráfico 9. Evolução do número de utentes com Diabetes tipo 1 em tratamento com PSCI
3 500
3 070
3 000
2 364
2 500
1 965
2 000
1 565
1 500 1 311
1 150
958
1 000 818
693
501
500
0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Fonte: DGS
Salienta-se, por fim, que em 2019, ocorreram as nomeações das Unidades Coordenadoras
Funcionais da Diabetes para o triénio 2020-2022, nas 5 ARS de Portugal Continental. Na área
geográfica correspondente a cada ACES, as UCFD integram elementos dos cuidados de saúde
primários, dos cuidados hospitalares e a Autoridade Local de Saúde. AS UCFD constituem-se como
um modelo de organização que facilita a articulação, a multidisciplinaridade e a integração de
cuidados às pessoas com diabetes e às pessoas em risco, razão pela qual o PND incentiva a sua
constituição.
As doenças oncológicas têm um peso crescente na nossa sociedade, sendo, no nosso país, a
segunda causa de morte e a primeira antes dos 65 anos de idade. O cancro necessita de uma resposta
articulada por parte das diversas estruturas do SNS, desde a área da prevenção à do diagnóstico e à
do tratamento, obrigando à conjunção de esforços por diversas entidades.
O Programa Nacional para as Doenças Oncológicas tem como missão promover a prevenção,
diagnóstico e tratamento das doenças oncológicas garantindo a equidade e a acessibilidade dos
cidadãos.
Os rastreios das doenças oncológicas em curso (mama, colo do útero e cólon e reto) evoluíram
de forma muito positiva em 2019, pelo que se prevê que em 2020 se atinjam as metas previstas de
100% de cobertura geográfica por ACES para os três rastreios oncológicos de base populacional.
Em 2019, o rastreio do cancro da mama manteve a cobertura geográfica total em quatro ARS e
na RA Madeira e RA Açores.
No final de 2019, foi assinado um protocolo entre a ARS Lisboa e Vale do Tejo e a Liga Portuguesa
Contra o Cancro no sentido de implementar/alargar este rastreio a toda a região a partir de 2020.
No âmbito deste rastreio, foram convidadas 552.322 mulheres das quais 357.332 realizaram
mamografia de rastreio, tendo-se apurado uma taxa de cobertura geográfica por ACES de 79,6% em
Portugal Continental, de 82,8% de cobertura nacional e uma taxa de adesão ao rastreio de 64,7 %.
Foram ainda realizadas 11.689 consultas de aferição e referenciados para o hospital 1.626 casos
positivos.
100%
40%
20%
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Em 2019 foram convidadas 288.695 mulheres das quais 253.884 foram rastreadas, o que reflete
uma taxa de adesão ao rastreio de 87,9% tendo sido referenciados para o hospital 12.565 casos
positivos.
100%
87,0% 98,4% 98,4%
85,0% 90,7%
78,6% 87,9%
80% 82,8%
72,0%
67,5%
64,3% 62,8%
72,0%
70,0%
60%
51,2%
40% 44,4%
42,6% 42,6% 42,6% 42,6%
20%
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
A taxa de cobertura geográfica por ACES é de 75,9% em Portugal Continental e de 78,1% a nível
nacional. Em 2019 foram convidados 396.105 utentes, dos quais 127.330 foram rastreados e
referenciados para o hospital 92 casos positivos. A taxa de adesão ao rastreio do cancro do cólon e
reto é apenas de 32,1%.
0%
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
O aumento sustentado da esperança de vida dos portugueses tem tido impacto na mortalidade
por doença respiratória. Efetivamente, a mortalidade por doença respiratória (excluindo o cancro do
pulmão e a tuberculose) manifesta-se sobretudo acima dos 70 anos,
Esta evolução aponta para uma melhoria da saúde respiratória dos portugueses ao longo dos
anos, decorrente de uma política de saúde centrada no acesso ao diagnóstico e tratamento nesta área
da prestação de cuidados.
Quadro 6. Evolução indicadores de mortalidade por doenças do aparelho respiratório, por sexo
Ambos os sexos
Número de óbitos 11 776 11 914 13 892 12 612 12 147 13 445 13 448 12 803 13 276
TMP todas as idades 57,1 55,7 61,7 55,3 52,4 55,7 55,4 50,7 51,4
TMP <70 anos 10,1 10,3 9,5 9,4 9,6 9,3 11,3 9,1 9,6
TMP ≥70 anos 680,4 658,9 755,4 665,5 620,3 671,8 641,5 602,7 606,3
Sexo masculino
Número de óbitos 6 188 6 246 6 987 6 556 6 293 6 725 7 016 6 524 6 855
TMP todas as idades 81,2 79,6 85,7 78,9 75,1 77,6 79,5 71,3 73,6
TMP <70 anos 15,5 15,9 14,7 14 14,8 14,4 17,6 13,5 15,1
TMP ≥70 anos 954,2 926,5 1 029,4 941,3 876,3 916,8 902,5 838,9 850,3
Sexo feminino
Número de óbitos 5 588 5 668 6 905 6 056 5 854 6 720 6 432 6 279 6 421
TMP todas as idades 41,4 40,1 46,1 40,2 37,7 41,5 39,6 37,3 36,7
TMP <70 anos 5,4 5,4 4,9 5,3 5 4,9 5,8 5,2 4,8
TMP ≥70 anos 519 501,4 593,6 503,9 472 528 489,3 463,7 461,1
Legenda: TMP: Taxa de mortalidade padronizada. Taxas: por 100.000 habitantes. Doenças do aparelho respiratório = Códigos J00-J99 da
CID 10. Método direto de padronização (grupos etários quinquenais). População europeia (WHO, 1976)
Fonte: Elaborado por DGS, com base em dados do INE
O PNDR tem como objetivos essenciais o aumento da capacidade diagnóstica para a asma
brônquica e para a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica ao nível dos cuidados de saúde primários.
Por este motivo procurou-se aumentar a acessibilidade à espirometria neste nível da prestação de
cuidados bem como melhorar a prestação de cuidados e promover as boas práticas na área das
doenças respiratórias.
3. Reduzir em 10% os internamentos por causas sensíveis a cuidados de ambulatório por asma
e DPOC, relativamente a 2014.
ARS Norte 60 037 71 154 81 362 91 241 96 254 103 283 110 181 113 097 122 302
ARS Centro 12 421 14 274 35 986 40 383 41 309 45 957 50 744 54 576 58 508
ARS Lisboa e Vale do Tejo 30 987 41 523 69 582 72 095 84 186 91 610 97 952 96 253 110 550
ARS Alentejo 4 922 5 794 10 469 11 532 11 933 12 619 13 317 13 431 14 336
ARS Algarve 3 699 5 051 6 370 6 723 7 503 8 760 9 496 9 550 11 165
Total 112 066 137 796 203 769 221 974 241 185 262 229 281 690 286 907 316 861
Nota: Os dados de 2011 a 2014 foram retirados da Norma da DGS 2011.016.01. Os dados de 2015 a 2019 foram retirados do indicador
MOR.208
Fonte: DGS
No que se refere à evolução do número de utentes inscritos ativos nos cuidados de saúde
primários, com diagnóstico de DPOC continuou a verificar-se, em 2019, uma tendência crescente de
diagnósticos baseados na espirometria, em todas as regiões de saúde, à exceção da região centro.
Estes dados confirmam o aumento da acessibilidade às espirometrias, ao nível dos cuidados de saúde
primários, refletindo melhor qualidade dos cuidados prestados (Quadro 9). A região que mais se
destacou foi a região do Algarve onde foi implementado um projeto piloto de criação de uma rede de
espirometria, em 2017.
Var.
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
2019/2018
ARS Norte 32 081 38 599 44 400 52 583 52 666 54 355 55 402 53 731 55 194 2,7%
ARS Centro 6 170 7 150 16 947 21 421 21 597 23 627 24 565 24 252 23 865 -1,6%
ARS Lisboa e Vale do Tejo 12 509 18 263 31 413 34 350 38 740 42 852 45 595 42 905 47 120 9,8%
ARS Alentejo 2 834 3 488 5 919 6 734 6 733 7 159 7 306 7 061 7 088 0,4%
ARS Algarve 1 066 1 641 2 343 2 719 3 058 3 639 4 090 4 006 4 659 16,3%
Total 54 660 69 141 101 022 117 807 122 794 131 632 136 958 131 955 137 926 4,5%
Um dos objetivos do programa nacional para as doenças respiratórias passa pela melhoria da
qualidade da prescrição e da utilização de cuidados respiratórios domiciliários.
Em linha com o que se tem vindo a verificar desde 2017, a implementação da prescrição
eletrónica médica para os CRD continua a contribuir para uma melhoria do controlo do processo de
prescrição e evidencia uma melhoria das boas práticas de prescrição, particularmente no que se
refere à aerossolterapia.
O gráfico que se segue apresenta a evolução da prescrição de CRD, no período de 2015 até 2019,
constatando-se, em 2019, um aumento do número de utentes aos quais foram prescritos tratamentos
nas modalidades de ventiloterapia, oxigenoterapia e, também, de utentes com mais do que uma
terapêutica. Importa ainda salientar o aumento do número de equipamentos disponibilizados
(+10,8% face a 2018). Na modalidade de aerossolterapia, manteve-se o decréscimo do número de
utentes, desde 2015. Este decréscimo tem sido acompanhado pelo aumento da prescrição de câmaras
expansoras, suportando a boa prática de substituição da aerossolterapia pela inaloterapia através de
câmara expansora. Efetivamente, em 2019 foram prescritas 108.775 câmaras expansoras,
correspondendo a um aumento de 66.071 (155%) câmaras expansoras face a 2018.
160 000
118 018
140 000
105 653
94 670
120 000
83 765
100 000
80 000
40 444
38 852
36 741
36 440
34 468
60 000
12 980
40 000
11 964
10 943
10 685
9 722
5 165
5 018
4 701
4 225
4 059
3 224
2 910
2 844
2 748
2 544
20 000
0
Ventiloterapia Oxigenoterapia Aerossolterapia Com mais de uma Equipamentos
terapêutica
Fonte: SPMS
O Programa Nacional para as Hepatites Virais propõe até ao final de 2020, alcançar cinco metas:
4. Reduzir, em 10%, a mortalidade associada à infeção crónica por VHB e por VHC.
5. Reduzir, em 30%, o número de crianças infetadas por VHB, por transmissão vertical.
3. A distribuição do Kit do Programa Troca de Seringas para o consumo seguro de drogas por
via injetável.
A promoção do rastreio e diagnóstico da infeção por VHB e VHC nos diferentes níveis de
cuidados de saúde foi concretizada através de diferentes iniciativas que promovem o acesso ao teste
de rastreio da infeção por VHB e VHC em diferentes contextos (hospitais, cuidados de saúde
primários, organizações de base comunitária e farmácias comunitárias), tendo por objetivo a
identificação precoce dos casos, a adequada referenciação hospitalar e a quebra do ciclo de
transmissão.
Doentes não
curados
555
Doentes
curados
15 200
O Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA, alinhado com os objetivos estabelecidos pela
ONUSIDA, traçou como principal meta a alcançar até 2020:
1. Diagnosticar 90% das pessoas que vivem com a infeção por VIH e, destas, assegurar que 90%
estão em tratamento antirretroviral e que, destas, 90% apresentem carga viral suprimida.
Portugal mantém a tendência decrescente do número de novos casos de infeção por VIH, pese
embora apresente uma incidência elevada de novos casos (no contexto da UE).
Até 30 de junho de 2019, foram notificados 973 novos casos de infeção por VIH em que o
diagnóstico ocorreu entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2018, registados na sua maioria (99,7%)
em indivíduos com idade superior ou igual a 15 anos, maioritariamente em indivíduos do sexo
masculino (2,5 casos em homens por cada caso comunicado em mulheres), por transmissão sexual
(93,3%), na sua maioria naturais de Portugal (64,2%) e residentes na Área Metropolitana de Lisboa
(47,2%).
Cumulativamente, foram diagnosticados em Portugal, 59.913 casos de infeção por VIH, dos quais
22.551 atingiram o estádio de SIDA. As taxas anuais de novos diagnósticos, de casos de SIDA e de
óbitos apresentam tendência decrescente.
Gráfico 15. Casos de infeção por VIH, casos de SIDA e óbitos (1983-2018): distribuição por ano de
diagnóstico da infeção ou de estádio SIDA, ou ano de morte
Fonte: Portugal. Ministério da Saúde. Direção-Geral da Saúde/Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.
Infeção VIH e SIDA em Portugal - 2019. Lisboa: DGS/INSA; 2019
diagnosticada, obtendo-se dados que indicavam que em Portugal, em 2017 (dados mais recentes
disponíveis):
• Existiriam 39.820 pessoas com infeção por VIH conhecida [39.219 – 40.485], podendo
concluir-se que 92,2% de todas as pessoas a viver com VIH estavam já diagnosticadas.
• 33.163 [33.085- 33.240] das pessoas diagnosticadas estavam sob tratamento antirretroviral,
correspondendo a 90,2%.
Assim, a partir dos dados obtidos em 2019, conclui-se que Portugal alcançou as 3 metas 90-90-
90 da ONUSIDA em 2017, 3 anos antes do preconizado.
Fonte: Portugal. Ministério da Saúde. Direção-Geral da Saúde/Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.
Infeção VIH e SIDA em Portugal - 2019. Lisboa: DGS/INSA; 2019
Para além das oportunidades de rastreio da infeção por VIH existentes, como sejam os cuidados
de saúde primários (testes por prescrição médica e realização de testes rápidos), centros de
aconselhamento e deteção precoce, organizações não-governamentais, cuidados hospitalares e
farmácias comunitárias, em Portugal passou a ser possível a disponibilização direta ao público dos
dispositivos de autodiagnóstico das infeções por VIH em farmácias comunitárias e postos de venda
de medicamentos não sujeitos a receita médica, nos termos do Decreto-Lei n.º 79/2018, de 15 de
outubro. Desde outubro de 2019, o autoteste VIH é dispensado nas farmácias comunitárias,
observando-se, no primeiro mês, um total de cerca de 400 autotestes vendidos. O número de testes
rápidos realizados pelas diferentes estruturas manteve tendência crescente. Salienta-se o aumento
significativo (+60%) do número de testes rápidos realizados ao nível dos cuidados de saúde
primários, comparativamente com o ano de 2018.
Por outro lado, ao abrigo do programa de distribuição de kits de prevenção de infeção por VIH e
hepatites virais, dirigidos às pessoas que utilizam drogas por via injetável, através da ação de equipas
de rua, cuidados de saúde primários, Posto Móvel e farmácias comunitárias, foram distribuídas
1.413.228 seringas, registando-se um aumento de 9% face a 2018.
Ainda no âmbito das estratégias de prevenção da infeção por VIH adotadas em Portugal, destaca-
se o acesso à Profilaxia de Pré-Exposição para o VIH, com recurso à utilização de antirretrovirais para
a prevenção de novas infeções, dirigida a pessoas que apresentam risco acrescido de infeção.
Disponível em mais de 20 hospitais em todo o país, desde a sua implementação, mais de 1.200
pessoas beneficiaram desta resposta, sendo na sua maioria do sexo masculino, com uma média de
idades de 30 anos e com níveis de escolaridade elevados.
As estratégias desenvolvidas pelos diversos países, incluindo Portugal, têm como propósito
alcançar os objetivos definidos pela OMS até 2035, o que significa, tomando por base o valor de 2015:
Para o cumprimento destes objetivos, o Programa Nacional para a Tuberculose promove uma
atuação centrada na adoção de:
15
10
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Fonte: DGS
A demora mediana entre o início de sintomas e o diagnóstico em 2019 foi de 74 dias. Este valor
tem vindo a aumentar na última década, tanto na sua componente atribuível ao utente como na
componente atribuível aos serviços de saúde, e poderá relacionar-se com menor índice de suspeição
de tuberculose por parte dos profissionais e da própria população. Nesse contexto, o PNTb iniciou,
em 2019, uma estratégia de melhoria da literacia da população, através da produção de vídeos e
folhetos dirigidos à população e dinamização de eventos formativos dirigidos aos profissionais de
saúde, a nível local e regional.
40
20
0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Fonte: DGS
A redução dos casos de tuberculose em populações vulneráveis constitui outro dos objetivos do
Programa Nacional para a Tuberculose. Os dados de 2018 apontam para uma cobertura do rastreio
VIH em 83,4% dos casos, sendo destes 8,5 % VIH-positivos, não havendo ainda dados definitivos de
2019. A proporção de coinfetados tem vindo a diminuir sustentadamente na última década (15,7%
em 2009 vs 10,2% em 2019). Entre os fatores de risco sociais mais prevalentes nos casos
diagnosticados em 2019 está o consumo de álcool (10,3%) e o consumo de drogas ilícitas
endovenosas e/ou inaladas (6,7%).
5. Finalização das iniciativas necessárias para o início, em 2020, da revisão da Lei de Saúde
Mental 36/98.
7. Apoio financeiro a diversos projetos de cariz psicossocial, envolvendo todas as faixas etárias
(com particular ênfase nas crianças e adolescentes), populações vulneráveis e indivíduos
com doença mental grave.
As vacinas que integram o PNV são selecionadas com base na epidemiologia das doenças, na
evidência científica do seu impacto, na sua relação custo-efetividade e na sua disponibilidade no
mercado.
O PNV é regularmente revisto e atualizado pela Direção-Geral da Saúde, após proposta de uma
Comissão Técnica de Vacinação em função das vacinas disponíveis, da frequência e distribuição
dessas doenças no nosso país, e da evolução social e dos serviços de saúde.
2019 foi um ano marcado pela avaliação exaustiva de novas estratégias vacinais, pela renovação
da coordenação do PNV a nível nacional e regional e pelo crescente investimento na interação com a
sociedade civil.
A avaliação do cumprimento do PNV realiza-se, anualmente, para verificar se as suas metas estão
a ser cumpridas:
1. 85% de cobertura vacinal para a vacina contra infeções por vírus do Papiloma humano.
• PNV esquema recomendado: percentagem de utentes das coortes de 2019, 2018, 2017,
2013, 2012, 2008 e 2005 (que nasceram em 2019 ou completaram, nesse ano,
respetivamente, 1 ano, 2 anos, 6 anos, 7 anos, 11 anos e 14 anos de idade), vacinados de
acordo com o esquema vacinal recomendado. Decorrente da alteração das idades-chave para
vacinação, imposta pelo PNV 2017, apresentam-se pela primeira vez os resultados das
coberturas vacinais para as coortes que completaram em 2019, 6 e 7 anos de idade, nascidos
respetivamente em 2013 e 2012 e 11 e 14 anos de idade, nascidos respetivamente em 2008
e 2005;
• PNV esquema cumprido: percentagem de utentes das coortes de 2018, 2017, 2013, 2012,
2008, 2005, 1994, 1974, 1954 (que completaram, neste ano, respetivamente, 1 ano, 2 anos,
6 anos, 7 anos, 11 anos, 14 anos, 25 anos, 45 anos e 65 anos de idade), vacinados de acordo
com os esquemas vacinais recomendados (geral e de recurso);
• Vacinação contra infeções por vírus do Papiloma humano: percentagem de utentes entre os
11 e os 14 anos de idade (coortes de 2008 a 2005) que cumpriram o esquema vacinal
recomendado para a vacina HPV (1 e 2 doses);
Avaliação do PNV
Todas as vacinas e doses avaliadas até aos 7 anos de idade (coortes de 2019 a 2012) atingiram
o objetivo de 95% de cobertura, excetuando a 5.ª dose das vacinas contra tétano, difteria e tosse
convulsa (94%) na coorte de 2013 (6 anos de idade). Aos 7 anos de idade, a vacinação com estas
vacinas ultrapassou os 96% (Gráfico 18).
Nas coortes de 2008 e 2005, as coberturas são ligeiramente mais baixas, atingindo-se os 94%
aos 14 anos de idade (Gráfico 18).
Em todas as coortes até aos 7 anos de idade, 95% a 99% das crianças cumpriu os esquemas
vacinais recomendados (geral e de recurso) para todas as vacinas (Gráfico 18). Os reforços da vacina
contra o tétano e difteria ao longo da vida apresentam coberturas de 92% a 97% até aos 25 anos de
idade e de 80% e 82% aos 45 e 65 anos de idade, respetivamente (Gráfico 19).
7 Fonte: VACINAS
8 Fonte: INE
75%
80%
85%
90%
95%
80%
85%
90%
95%
Hepatite B 98% Hepatite B 1 97%
2019
Difteria 95% Hepatite B 3 98%
64
Tétano 95% Difteria 3 99%
Tosse convulsa 95% Tétano 3
2018
99%
Fonte: ARS/VACINAS
Fonte: ARS/VACINAS
H. influenzae b 96% Tosse convulsa 3 99%
2018
Poliomielite 95%
H. influenzae b 3 99%
S. pneumoniae13 96%
2017
H. influenzae b 4 97%
Parotidite ep. 99%
2017
99%
3. OUTROS PROGRAMAS E INICIATIVAS DE SAÚDE
Coorte/Vacina
Tosse convulsa 96% Difteria 5 94%
Coorte/Vacina/Dose
Poliomielite 96% Tétano 5 94%
2013
Sarampo 96% Tosse convulsa 5 94%
Rubéola 96%
Sarampo 2 96%
Difteria 98%
Parotidite ep. 2 95%
2012
Tétano 5 96%
Sarampo 98%
Tosse convulsa 5 96%
Gráfico 19. PNV - Esquema cumprido. Cobertura vacinal por coorte e agente.
Rubéola 98%
Gráfico 18. PNV - Esquema recomendado. Cobertura vacinal por coorte, agente e dose.
Sarampo 2 98%
Tétano 93%
Tétano Parotidite ep. 2 97%
97%
MINISTÉRIO DA SAÚDE
A cobertura vacinal para a primeira dose da vacina contra o sarampo, avaliada no ano em que
A cobertura vacinal para a 2ª dose desta vacina, nos utentes que completaram 6 a 18 anos de
idade, situa-se nos 98%, em todas coortes menos na coorte de 2013 que começou a vacinar-se em
Tétano 92% Rubéola 2 97%
20082005199419741954
3. OUTROS PROGRAMAS E INICIATIVAS DE SAÚDE
Todas as coortes analisadas atingiram uma cobertura vacinal superior ou igual a 93% para a 1ª
dose da vacina HPV. Para a 2ª dose, só a coorte de 2008 (vacinação ainda em curso) ainda não atingiu
a meta dos 85% (Gráfico 21).
A partir dos 12 anos de idade (coorte de 2007 e anteriores), 91% a 95% das raparigas já
completou o esquema recomendado (Gráfico 21).
Aos 13 meses de idade, 14% das crianças ainda não estavam protegidas contra o sarampo, nem
contra a doença invasiva por Neisseria meningitidis do tipo C (Gráfico 22).
Gráfico 20. Vacina contra o Sarampo - 2.ª dose. Cobertura vacinal por coorte.
Avaliação 2019, no continente
105%
98%
98%
98%
98%
98%
98%
98%
98%
98%
98%
98%
98%
100%
96%
95%
90%
85%
80%
75%
2013 2012 2011 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001
Coorte
Fonte: ARS/VACINAS
Gráfico 21. Vacinação contra infeções por HPV. Cobertura vacinal por coorte, sexo feminino.
Avaliação 2019, no Continente
100%
96% 96%
95% 95%
94%
93%
91%
85%
80%
70%
1 2 1 2 1 2 1 2
2008 2007 2006 2005
Coorte/Dose
Fonte: ARS/VACINAS
Gráfico 22. Vacinação atempada, para as vacinas contra a tosse convulsa e contra S. pneumoniae
13 aos 3 meses de idade. Vacinação atempada para as vacinas contra o sarampo e contra N.
meningitidis C aos 13 meses de idade. Avaliação 2019, no Continente
100%
97% 97%
95%
90%
86% 86%
85%
80%
T. convulsa 1 S. pneumoniae13 1 Sarampo 1 N. meningitidis C
2019 2017
(vacinados até aos 3 meses) (vacinados até aos 13 meses)
Coorte/Vacina/Dose
Fonte: ARS/VACINAS
Fonte: DGS
O Programa Nacional de Vigilância da Gripe, desenvolvido pelo INSA, tem como objetivos
caracterizar a atividade gripal em Portugal, em termos de intensidade, distribuição geográfica,
gravidade e impacto, identificar e caracterizar os vírus da gripe em circulação em cada época, bem
como, identificar precocemente vírus emergentes com potencial pandémico e que constituam um
risco para a saúde pública.
Para além da vigilância, caraterização antigénica e genética dos vírus da gripe em circulação no
território nacional, o PNVG permite a identificação e caracterização de outros vírus respiratórios com
importante impacto na morbilidade sazonal.
O PNVG assenta em várias redes (Sentinela e não Sentinela) de médicos de família, Serviços de
Urgência e Hospitais, distribuídos por todo o território continental. Inclui ainda a vigilância da gripe
com apresentação de doença grave e no grupo de risco das grávidas, contando com a colaboração de
unidades de cuidados intensivos e de serviços de obstetrícia de hospitais do SNS.
Os Programas de Rastreio Neonatal são programas de saúde pública que têm como objetivo uma
deteção precoce dos recém-nascidos afetados por determinada patologia, de forma a que se possa
instaurar um tratamento atempado, diminuindo a morbilidade e a mortalidade.
Em 2004, foi possível uma expansão do número de doenças rastreadas, sendo que em 2008
passaram a ser rastreadas, de forma sistemática e a nível nacional, 24 Doenças Hereditárias do
Metabolismo.
Em 2019, após um estudo piloto de mais de 300 mil recém-nascidos, a Fibrose Quística foi
integrada no painel das doenças rastreadas, perfazendo um total de 26 doenças no PNRN.
Nesta Unidade, para além do rastreio neonatal dos bebés nascidos em Portugal (cerca de 350
recém-nascidos/dia) efetua-se a confirmação bioquímica/enzimática e molecular das patologias
rastreadas nos casos identificados.
O Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral institui uma estratégia global de intervenção
assente na promoção da saúde, prevenção e tratamento das doenças orais. Este programa
desenvolve-se ao longo do ciclo de vida e visa a diminuição da incidência e da prevalência da cárie
dentária, a melhoria dos conhecimentos e comportamentos sobre saúde oral e a promoção da
equidade na prestação de cuidados de saúde oral às crianças e jovens e a grupos populacionais com
necessidades de saúde especiais.
O XXI Governo Constitucional assumiu o objetivo de tornar a Saúde Oral acessível a todos os
Portugueses, pelo que, ao abrigo do Despacho n.º 8591-B/2016, de 29 de junho, o PNPSO foi
ampliado, passando a contemplar consultas de saúde oral nos cuidados de saúde primários.
No ano de 2019 tiveram acesso ao PNPSO 462.059 utentes, mais 1,7% que no ano anterior.
Foram emitidos mais de 680 mil cheques/referenciações para higienista oral e para consulta de
medicina dentária nos cuidados de saúde primários, tendo havido um aumento de 8,2% em relação
a 2018.
Até ao final de 2019, os idosos e os utentes portadores de VIH/SIDA, eram os grupos com a mais
elevada taxa de utilização dos cheques (88% e 85%, respetivamente).
No projeto de saúde oral nos cuidados de saúde primários, a taxa de utilização situou-se nos
28,9%, valor que se estima aumentar nos próximos anos face ao reforço progressivo de médicos
dentistas nos cuidados de saúde primários.
Grávidas 39 474 38 855 41 144 40 808 44 424 49 753 51 482 53 766 56 551 57 411 1,5%
Idosos 6 492 5 451 5 300 5 488 5 171 5 305 5 626 6 081 6 101 5 615 -8,0%
Saúde Infantil <=6 anos 19 033 21 155 24 127 20 051 28 667 28 590 28 615 28 606 28 617 28 949 1,2%
Crianças e Jovens 16 anos 3 087 5 318 15 925 21 300 13 540 20 747 20 400 -1,7%
Portadores VIH/SIDA 41 255 244 463 443 392 792 641 692 802 15,9%
Intervenção Precoce no Cancro Oral 2 401 3 831 4 191 4 172 3 896 4 152 6,6%
Total 394 256 346 898 245 677 458 900 380 607 378 253 388 160 410 845 454 472 462 059 1,7%
*Utentes beneficiários de Cheque dentista, Referenciações para Higienista Oral e Referenciações para medicina dentária no centro de saúde
Nota: Quando se referem crianças de 7,10 e 13 anos, os dados dizem respeito a cheques dentista e referenciações para consultas de higiene oral nos centros de
saúde.
Fonte: DGS
10No ano letivo de 2012/2013, as regras de emissão e de utilização de cheques dentista foram alteradas, de forma a coincidir
a utilização dos cheques com o ano civil, pese embora a emissão se inicie com o ano letivo. Esta alteração provocou um
desfasamento na utilização dos cheques emitidos em 2012, que vieram apenas a ser utilizados em 2013. Os dados a partir de
2014 já traduzem a normalidade face ao histórico.
Quadro 11. Evolução do número de cheques emitidos, referenciações para higienista oral e
referenciações para consulta de saúde oral nos Cuidados de Saúde Primários,
emitidas por grupo-alvo no âmbito do PNPSO11
Grávidas 81 322 80 415 85 047 82 641 88 190 97 609 100 804 104 009 107 138 108 249 1,0%
Idosos 10 940 9 377 9 103 9 288 8 745 8 986 9 359 10 223 10 164 9 472 -6,8%
Saúde Infantil <=6 anos 19 033 21 155 24 127 20 051 28 667 28 590 28 615 28 606 28 619 28 949 1,2%
Crianças e Jovens 7/10/13 anos* 463 273 427 807 315 425 510 772 403 915 376 094 375 447 353 935 375 144 409 450 9,1%
Crianças e Jovens 16 anos 3 087 5 316 15 913 21 300 13 540 20 747 20 400 -1,7%
Total 577 927 543 836 440 721 633 961 549 626 545 527 554 639 580 459 629 178 680 736 8,2%
Quadro 12. Evolução do número total de cheques dentista, referenciações para higienista oral e
referenciações para consultas de saúde oral nos Cuidados de Saúde Primários, utilizados no
âmbito do PNPSO
Var.
Cheques dentista 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
2019/2018
Grávidas 68 120 67 626 71 261 67 961 71 624 78 487 80 548 82 268 83 153 84 356 1,5%
Idosos 9 530 8 353 8 118 8 107 7 734 7 870 8 084 8 852 8 668 8 330 -3,9%
Saúde Infantil <=6 anos 10 621 13 126 14 683 11 677 14 452 17 972 16 231 16 134 15 616 19 689 26,1%
Crianças e Jovens 7/10/13 anos* 308 032 318 559 314 931 312 402 300 983 288 145 285 069 275 759 274 919 294 415 7,1%
Crianças e Jovens 16 anos 2 122 4 138 9 906 13 758 9 560 14 658 14 828 1,1%
Total 398 029 411 189 414 373 408 475 407 560 415 400 415 287 435 696 435 858 460 052 5,6%
11No ano letivo de 2012/2013, as regras de emissão e de utilização de cheques dentista foram alteradas, de forma a coincidir
a utilização dos cheques com o ano civil, pese embora a emissão se inicie com o ano letivo. Esta alteração provocou um
desfasamento na utilização dos cheques emitidos em 2012, que vieram apenas a ser utilizados em 2013. Os dados a partir de
2014 já traduzem a normalidade face ao histórico.
Var.
Taxa de utilização de cheques 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
2019/2018
Grávidas 83,8% 84,1% 83,8% 82,2% 81,2% 80,4% 79,9% 79,1% 77,6% 77,9% 0,3 pp
Idosos 87,1% 89,1% 89,2% 87,3% 88,4% 87,6% 86,4% 86,6% 85,3% 87,9% 2,6 pp
Saúde Infantil <=6 anos 55,8% 62,0% 60,9% 58,2% 50,4% 62,9% 56,7% 56,4% 54,6% 68,0% 13,4 pp
Crianças e Jovens 7/10/13 anos 66,5% 74,5% 99,8% 61,2% 74,5% 76,6% 75,9% 77,9% 73,3% 71,9% -1,4 pp
Crianças e Jovens 16 anos 68,7% 77,8% 62,3% 64,6% 70,6% 70,7% 72,7% 2,0 pp
Total 69% 76% 94% 64% 74% 76% 75% 75% 69% 68% -1,0 pp
Fonte: DGS
No ano de 2019, na área de apoio à ASN, desenvolveram-se esforços nas respostas às questões,
pedidos e exposições enviados pelos cidadãos, sobretudo em questões de insalubridade e sanitárias,
mas também sobre Atestados Médicos para a carta de condução e procedimentos para obtenção de
Atestados Médico de Incapacidade Multiusos.
A ASN integrou o Grupo de Trabalho que visa estabelecer o regime jurídico das características
técnicas que os equipamentos de cremação devem observar na sua instalação e funcionamento
(Regulamentação do Art.º 18º do Decreto-Lei nº 411/98, de 30 de dezembro).
Desde 2016, o CESP tem vindo a consolidar o seu papel no âmbito de Epidemic Intelligence, no
que diz respeito à deteção precoce de ameaças à saúde pública, monitorização de indicadores,
eventos e alertas, com a elaboração semanal do Boletim RONDA, cuja lista de distribuição tem vindo
a ser alargada a cada ano. Este boletim permitiu acompanhar a evolução das principais ameaças de
saúde pública, continuando a destacar-se o surto de Ébola na República Democrática do Congo. À
semelhança do ano anterior, foram realizadas várias atividades de preparação para emergências de
saúde pública a nível nacional.
Para além disto, o CESP colaborou também na avaliação, gestão e comunicação de risco,
elaboração de documentos técnicos e resposta direta a questões de cidadãos, tendo vindo a ser
progressivamente reforçado o seu papel como facilitador da articulação interinstitucional, a nível
nacional e internacional, designadamente com a OMS e o ECDC.
• JADE (Joint Assessment and Detection of Events) Exercise: organizado pela OMS Europa.
• MEDEVAC: organizado pela Comissão Europeia para testar Standard Operating Procedures
em caso de pedido de evacuação médica de profissionais de saúde infetados por febre
hemorrágica viral.
São de destacar, igualmente, as Joint Actions europeias “Healthy GateWays” e SHARP, em que
Portugal participou através da DGS em diferentes work packages, sob a coordenação do CESP. No
âmbito da Joint Action “Healthy GateWays”, com vista a reforçar as capacidades dos Estados-
Membros nos pontos de entrada, o CESP coordenou a participação de peritos nacionais nos cursos
sobre preparação e resposta a eventos de saúde pública em portos e em aeroportos.
O “Cartão de Pessoa com Doença Rara” foi criado em 2014, na sequência da Resolução da
Assembleia da República n.º 34/2009, de 7 maio de 2009.
No seu conjunto, existem entre 5 e 8 mil doenças raras, afetando cerca de 6% da população.
Estima-se que, em Portugal, existam cerca de 600 mil pessoas portadoras destas doenças.
Em Portugal existem, hoje, mais de 7.177 pessoas com doença rara detentoras do “Cartão da
Pessoa com Doença Rara”. Até à data foram codificadas no CPDR mais de 1.081 doenças raras.
Número de novas doenças codificadas 168 182 106 301 166 158
Nota: O valor referente ao número de cartões requisitados em 2018 foi atualizado à data.
Fonte: DGS (a partir de dados fornecidos pela SPMS em 2020)
Fonte: DGS
A Lei n.º 17/2016 de 20 de junho veio alargar o âmbito dos beneficiários das técnicas de PMA
estabelecendo, entre outras, que as técnicas de PMA podem ainda ser utilizadas por todas as
mulheres independentemente do diagnóstico de infertilidade.
Este alargamento da atividade permitiu um reforço e uma diversificação do stock com maior
capacidade de resposta a diferentes critérios, como a raça ou o tipo de sangue, assim como, uma
maior aleatoriedade na utilização de gâmetas.
Também no ano de 2017, a atividade desenvolvida pelo Centro Hospitalar Universitário do Porto
e pelos dois Centros afiliados passou a ser financiada por duas linhas específicas, Gâmetas Femininos
e Gâmetas Masculinos, integradas no Contrato-Programa 2017-2019 e valorizadas através de preço
compreensivo.
A atividade que tem vindo a ser desenvolvida nos últimos anos em termos de PMA no SNS é
aquela que em seguida se apresenta, destacando-se em 2019, a redução registada nos tratamentos
mais simples, como a IO e a IIU, e aumento dos tratamentos mais abrangentes e que, geralmente, têm
uma taxa de sucesso mais elevada (ICSI e FIV).
Var.
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
2019/2018
Número total de ciclos IO 1 741 1 897 1 739 1 578 1 472 1 199 1 290 1 138 1 217 1 066 -12,4%
Número total de ciclos IIU 922 1 084 1 213 1 270 1 195 1 368 1 324 1 191 1 282 1 266 -1,2%
Total de Ciclo FIV/ICSIS 2 480 2 394 2 643 2 715 2 872 3 101 3 139 3 067 2 967 3 062 3,2%
Total de ciclos FIV realizados 724 720 1 018 1 194 1 326 1 361 1 481 1 565 1 459 1 540 5,6%
Total de ciclos ICSI realizados 1 595 1 530 1 483 1 360 1 380 1 573 1 512 1 369 1 368 1 399 2,3%
Legenda: Consulta Apoio à Fertilidade (estudo inicial); IO - Indução da Ovulação; IIU - Inseminação Intra-uterina; FIV – Fertilização in vitro; ICSI - Injeção
intracitoplasmática de espermatozoides; ICSI - Injeção intracitoplasmática de espermatozoides recolhidos cirurgicamente.
Nota: Os dados incluem EPE, SPA e PPP.
Fonte: ACSS
Var.
Tipo de unidades
2019/2018
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Valor %
Total de USF 277 320 357 394 418 449 479 495 532 564 32 6,0%
Modelo A 160 183 195 213 225 241 246 261 278 290 12 4,3%
Modelo B 117 137 162 181 193 208 233 234 254 274 20 7,9%
UCSP 518 503 470 464 442 419 397 393 376 345 -31 -8,2%
UCC 66 162 209 218 237 243 249 255 263 264 1 0,4%
Fonte: ACSS
Recorde-se que foi prioridade da política de saúde na legislatura a criação de 100 novas USF
como forma de expandir e melhorar a capacidade de resposta dos cuidados de saúde primários às
necessidades em saúde da população. A inauguração da centésima Unidade de Saúde Familiar da
legislatura ocorreu em julho de 2019.
700
+ 32
+ 37
600 564
+ 16
+ 31 + 30 532
+ 24 495
500 + 37 479
449
+ 37 418
394
400 + 43
357
320
277 290
300 278 274
241 246 261
254
225 233 234
213 208
183 195 181 193
200 160 162
137
117
100
0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Fonte: ACSS
No final de 2019, as 564 USF em atividade abrangiam 63,2% do total de utentes inscritos nos
cuidados de saúde primários, um aumento de cobertura de 3,1 p.p. da população inscrita em USF,
face a 2018.
Por sua vez, as 264 UCC existentes a 31 de dezembro de 2019 asseguravam a cobertura de 95,9%
dos residentes no continente (um aumento de 0,5 p.p. em relação a 2018).
Gráfico 24. Percentagem de população residente coberta por USF e por UCC
100% 95,9%
95,4%
89,2% 92,3%
84,0% 86,2%
+ 0,5 pp
78,3%
80%
65,4%
63,2%
58,2% 58,1% 60,1%
60% 55,8%
52,4%
49,4%
46,0%
+ 3,1 pp
40,0%
40% 35,0%
30,3%
20%
23,7%
0%
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Nota: A estimativa de residentes de 2019 é igual à de 2018, por ainda não estar disponível a de 2019.
Fonte: ACSS
Percentagem de utentes com médico de família atribuído face aos inscritos nos
cuidados de saúde primários
O indicador referente à população inscrita no SNS com médico de família atribuído atingiu, em
2019, os 92,7%, o correspondente a 9.551.178 utentes, em linha com o ano anterior.
98%
88% 86,9%
85,1% 85,5%
83,4%
82,1%
83%
78%
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Fonte: ACSS
Note-se que o diferencial entre a população inscrita nos CSP e a população residente poderá ficar
a dever-se a fatores como a manutenção da inscrição ativa no SNS, por parte dos cidadãos nacionais
residentes no estrangeiro, ou estrangeiros em estadas temporárias.
Gráfico 26. Evolução percentual da relação entre os utentes com médico de família atribuído
e os residentes
100%
97,5%
96,9%
95,6%
95% 94,0%
91,7%
90%
2015 2016 2017 2018 2019
Cobertura regional
Num contexto regional, verifica-se que as regiões de saúde do Norte e do Centro tinham, em 2019,
uma cobertura de utentes inscritos com médico de família atribuído superior a 96% (98,4% e 96,8%,
respetivamente). A região do Alentejo apresentava um valor de 93,9%.
É, ainda, de referir que, no mesmo indicador, a região de saúde de Lisboa Vale do Tejo registou um
aumento de 0,5 p.p. face ao período homólogo (situando-se nos 85,6% no final de 2019). Quanto à região
de saúde do Algarve, a cobertura de utentes inscritos situou-se nos 86,7%.
Quadro 17. Evolução percentual de utentes inscritos com médico de família atribuído, por região
Var.
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
2019/2018
ARS Norte 91,1% 90,8% 92,0% 94,9% 95,5% 97,1% 98,7% 98,2% 99,0% 98,4% -0,6 pp
ARS Centro 94,8% 91,4% 92,1% 93,0% 92,4% 94,4% 97,2% 97,4% 97,1% 96,8% -0,3 pp
ARS Lisboa e Vale do Tejo 75,4% 73,5% 77,6% 81,6% 77,5% 79,9% 83,3% 85,4% 85,1% 85,6% 0,5 pp
ARS Alentejo 95,2% 95,9% 93,5% 92,7% 91,9% 92,6% 96,5% 96,4% 95,5% 93,9% -1,6 pp
ARS Algarve 72,3% 68,9% 69,2% 68,9% 65,0% 77,0% 84,1% 85,5% 88,6% 86,7% -1,9 pp
Fonte: ACSS
Considerando os utentes inscritos nos CSP com médico de família atribuído face à população
residente por ARS, as regiões Norte, Centro e Alentejo apresentaram em 2019 uma cobertura
superior a 100%, sendo que as regiões do Algarve e Lisboa e Vale do Tejo mantiveram os valores
acima dos 96% e 88%, respetivamente.
2 000 000
1 819 248
1 660 609
1 598 659
1 478 271
1 500 000
1 332 425
1 044 945
1 000 000
767 149 730 232
711 081 690 232
500 000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Fonte: ACSS
Portugal acompanha esta tendência, tendo vindo a reforçar a presença dos especialistas de
enfermagem nos cuidados de saúde primários, cujo papel é essencial para a promoção da saúde e
prevenção da doença.
No final de 2019, mais de 85% dos utentes inscritos nos cuidados de saúde primários tinham
um enfermeiro de família atribuído.
90%
85,6%
85% 82,8%
80,0%
80%
74,2%
75%
69,9%
70%
65%
60%
2015 2016 2017 2018 2019
Fonte: ACSS
Saúde oral
No ano de 2019, passaram a efetuar-se consultas de medicina dentária em 110 gabinetes de
Saúde Oral, em 91 centros de saúde, de 47 ACES, de todas as regiões do país, promovendo desta forma
a equidade no acesso.
Número total de consultas de saúde oral realizadas 4 751 68 910 75 927 85 875
*Valores acumulados
Fonte: DGS
Saúde visual
O Rastreio da Saúde Visual Infantil, em 2019, estava implementado em 36 ACES e abrangeu uma
população de 64.696 crianças em Portugal Continental.
O Rastreio da Retinopatia Diabética estava implementado em 81,5% dos ACES (44 dos 54),
abrangendo uma população de 688.394 pessoas com diabetes (Tipo I e Tipo II). Foram rastreados
224.793 utentes e detetados 7.507 casos positivos.
Total ACES/ULS 24 8 15 4 3 54
População Elegível 297 887 122 714 239 787 28 006 n.a. 688 394
Número de convidados 186 607 19 605 209 198 7 891 0 423 301
Número de casos positivos enviados para consulta 6 851 335 n.d. 217 n.a. 7 403
Percentagem de casos positivos referenciados para
100,0% 76,3% n.d. 100,0% n.a. 98,6%
Consulta
Fonte: Administrações Regionais de Saúde
Telerrastreio Dermatológico
O programa de telerreferenciação dermatológica visa contribuir para o diagnóstico precoce de
lesões dermatológicas e do cancro de pele, assim como para melhorar o acesso às consultas de
dermatologia, contribuindo para o cumprimento dos TMRG e para uma resposta mais cómoda para
o utente.
Esta forma de referenciação consiste na inscrição, pelo médico de medicina geral e familiar, de
um pedido de consulta para a especialidade de dermatologia no âmbito do programa Consulta a
Tempo e Horas, com anexação de imagem e de dados clínicos relevantes, seguindo-se uma análise
por parte do especialista hospitalar que estuda o caso clínico e, em função dessa análise, efetua o
diagnóstico e a intervenção terapêutica adequada.
Em 2019, 45% dos pedidos de primeira consulta na área da dermatologia foram resolvidos
através do Rastreio Teledermatológico.
Durante o ano de 2019 continuaram em vigor diversos protocolos estabelecidos entre ACES e
hospitais do SNS que permitem a realização de diversos MCDT, especialmente da área da patologia
clínica, da imagiologia e da anatomia patológica, vertidos na plataforma de Gestão Partilhada de
Recursos no SNS (GPR SNS), entretanto criada.
Em termos gerais, a plataforma GPR SNS encerrou o ano 2019, com 1.866 registos de
disponibilidades e 5.314 registos de necessidades, o que correspondeu, respetivamente, a um
crescimento de 10,7% e de 27,3%, face ao ano 2018, distribuídas pelas seguintes áreas de MCDT:
• Radiologia: 11,5%
• Gastroenterologia: 6,0%
• Pneumologia: 4,0%
• Outras: 9,1%
encontrando-se equipadas com tecnologia de ponta, a nível de diagnóstico, com condições para
prestar cuidados de saúde primários aos utentes do SNS, nomeadamente, na área clínica e de
enfermagem, apoio domiciliário, saúde escolar, vigilância do estado de saúde dos idosos que vivem
isolados, rastreios, campanhas de vacinação.
Número de
Unidades Área geográfica coberta Principais atividades desenvolvidas
Móveis
Fonte: ARS
A atividade realizada em atendimento complementar fora das USF e UCSP continuou a decrescer
(menos 3,2% face ao ano anterior), representando assim uma melhoria da resposta programada nos
cuidados de saúde primários e uma maior concentração da resposta nas equipas onde os utentes
estão inscritos.
Quadro 21. Movimento assistencial nos cuidados de saúde primários (em milhares)
Var.
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
2019/2018
Total de consultas médicas 33 195 32 754 30 537 30 347 29 765 30 473 30 949 30 692 31 184 31 569 1,2%
Presenciais 21 897 21 782 20 044 20 134 19 804 20 605 20 613 20 256 20 583 20 715 0,6%
Não presenciais 7 194 7 592 7 942 7 965 7 922 8 007 8 522 8 753 8 946 9 241 3,3%
Domicílios médicos 174 185 187 197 191 198 199 183 193 198 2,2%
Em atendimento complementar/
3 930 3 195 2 364 2 051 1 848 1 663 1 615 1 500 1 462 1 414 -3,2%
consulta aberta
Total de consultas de enfermagem 15 879 18 155 19 127 19 623 19 754 20 054 19 254 18 756 19 108 19 286 0,9%
Total de consultas de outros técnicos saúde n.d. n.d. n.d. 65 316 358 445 486 587 664 13,2%
Fonte: ACSS
No que se refere aos indicadores assistenciais nos cuidados de saúde primários, continuam a
observar-se melhorias na generalidade dos indicadores, destacando-se:
Incidência de "enfarte agudo do miocárdio" 0,9 0,8 0,8 0,8 0,7 0,7 0,7
Proporção de adultos com DM, com diagnóstico 96,0% 96,1% 97,0% 97,3%
Proporção de adultos com HTA, com diagnóstico 89,1% 89,5% 90,1% 90,2%
Taxa de utilização global de consultas médicas 68,0% 68,6% 67,6% 67,5% 67,6%
Fonte: ACSS
As melhorias da resposta tiveram por base várias reformas com incidência na organização
interna dos hospitais, destacando-se a implementação de diversos mecanismos de responsabilização
e avaliação, a garantia da melhoria da informação clínica e de gestão, o aprofundamento das relações
de parceria e complementaridade entre as várias estruturas do SNS, o reforço da coordenação e a
articulação com outros níveis de cuidados e outros agentes.
60
49
40
33
20
8
5 5
0
Hospitais e centros Unidades Locais de Entidades do Setor Parcerias Público- Total
hospitalares Saúde Público Privadas
Administrativo
Fonte: ACSS
No que se refere ao número de camas, em 2019 existia um total de 21.251 camas hospitalares
no SNS.
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Norte 7 197 7 105 6 325 6 868 6 867 6 853 6 887 6 924 6 985 7 091
Centro 5 080 5 058 4 917 4 839 4 706 4 695 4 679 4 726 4 571 4 567
Lisboa e Vale do Tejo 7 980 8 153 8 002 7 732 7 744 7 749 7 798 7 890 7 857 7 816
Alentejo 946 947 943 918 885 893 890 868 851 856
Algarve 790 825 906 877 889 911 907 917 948 921
Total 21 993 22 088 21 093 21 234 21 091 21 101 21 161 21 325 21 212 21 251
Nota: Os dados incluem EPE, SPA e PPP. O valor referente ao número total de camas para o ano de 2018 foi atualizado à data.
Fonte: ACSS
A infografia que se segue ilustra as unidades de saúde de Portugal que se constituem como
membros nas diferentes redes europeias de referência.
Fonte: DGS
Estes protocolos de afiliação abrangem diversas áreas, com especial destaque para a cooperação
técnica entre os vários serviços e profissionais de saúde, para a partilha de documentação e
Centros de Referência
Os Centros de Referência são qualquer serviço, departamento ou unidade de saúde, reconhecido
como o expoente mais elevado de competências na prestação de cuidados de saúde de elevada
qualidade, em situações clínicas que exigem uma concentração de recursos técnicos e tecnológicos
altamente diferenciados, de conhecimento e experiência, devido à baixa prevalência da doença, à
complexidade no seu diagnóstico, tratamento ou aos custos elevados da mesma, sendo capaz de
conduzir formação pós-graduada e investigação científica nas respetivas áreas médicas.
No final de 2019 estavam oficialmente reconhecidos pelo Ministério da Saúde 112 CRe, cuja lista
poderá ser consultada no Anexo 3 deste relatório.
Durante o ano de 2019, a Comissão Nacional para os Centros de Referência avançou com a
primeira fase do processo de avaliação dos Centros de Referência, nos termos do disposto da alínea
a), do n.º 2 do art.º 4º da Portaria n.º 194/2014, de 30 de setembro, visando garantir o cumprimento
das condições gerais e específicas pelos quais foram reconhecidos oficialmente pelo Ministério da
Saúde.
1. Elaboração de um caderno de auditoria para cada uma das áreas definidas pelos avisos de
abertura de candidaturas, previamente emitidos por uma equipa constituída por membros
do Departamento de Qualidade da DGS e por elementos da CNCR;
5. Análise dos relatórios de auditoria pela CNCR e emissão de parecer a enviar à tutela para
decisão final.
Prevê-se que este processo decorra durante os anos de 2020 e 2021 (em função da
calendarização previamente realizada).
Segundo a informação reportada pelos hospitais, no final de 2019 estavam em atividade 14 CRI,
e mais 6 encontravam-se em fase de preparação.
Em 2018, através do Despacho n.º 9323-A/2018, publicado em Diário República, 2.ª série, N.º
191, de 3 outubro, foi definida a estratégia nacional de implementação das Unidades de
Hospitalização Domiciliária no SNS e foi aprovado o Modelo de Regulamento Interno, que define os
12Como patologias preferenciais indicam-se: - Patologia infeciosa aguda que requer tratamento antibiótico parentérico:
infeção urinária, infeção respiratória, infeção da pele e tecidos moles, colecistite aguda, diverticulite aguda, endocardite,
espondilodiscite e outras controláveis no domicílio; - Patologia crónica agudizada: doença pulmonar obstrutiva crónica,
insuficiência cardíaca, insuficiência renal, cirrose hepática e outras controláveis no domicílio; - Cuidados no pós-operatório
como parte de um protocolo de transição de cuidados, ou no tratamento de patologia médica crónica descompensada no
contexto pôs-cirurgia; - Doença oncológica ou processo orgânico degenerativo em situação terminal que requer cuidados
paliativos intensivos e/ou especializados.
13 Norma da DGS N.º 020/2018, de 20/12/2018 referente a Hospitalização Domiciliária em idade adulta.
2. Centro Clínico Académico - Braga, associação entre a Universidade do Minho, a Escala Braga
- Entidade Gestora de Estabelecimentos e o Hospital CUF Porto, S.A.
8. Centro Académico Clínico das Beiras, consórcio entre o Centro Hospitalar Universitário Cova
da Beira, a Unidade Local de Saúde da Guarda, a Unidade Local de Saúde de Castelo Branco,
o Centro Hospitalar Tondela-Viseu, a Universidade da Beira Interior, através da sua
Faculdade de Ciências da Saúde e do Centro de Investigação em Ciências da Saúde, o Instituto
Politécnico de Castelo Branco, através da sua Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, o
Instituto Politécnico da Guarda, através da sua Escola Superior de Saúde, e o Instituto
Politécnico de Viseu, através da sua Escola Superior de Saúde.
Quadro 24. Evolução do movimento assistencial nos hospitais do SNS (em milhares)
Var.
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
2019/2018
Total de Consultas Médicas 10 875 1 127 11 195 11 614 11 806 12 000 12 048 12 082 12 187 12 420 1,9%
Primeiras consultas 3 089 3 181 3 237 3 341 3 372 3 448 3 479 3 478 3 498 3 575 2,2%
Consultas Subsequentes 7 786 7 945 7 958 8 273 8 434 8 553 8 569 8 603 8 689 8 846 1,8%
Urgência (Atendimentos) 6 411 6 416 5 940 6 108 6 168 6 118 6 406 6 318 6 365 6 426 0,9%
Internamentos (Doentes Saídos) 854 838 835 836 819 815 814 797 785 788 0,4%
Total de Intervenções Cirúrgicas 655 614 632 645 647 654 666 674 672 704 4,8%
Programadas 546 507 526 541 546 552 566 576 572 603 5,3%
Convencionais 275 246 242 238 231 228 221 210 197 204 3,5%
Ambulatório 271 262 284 302 315 325 345 365 375 399 6,2%
Urgentes 109 107 107 104 101 102 100 98 99 101 2,0%
% Cirurgias em Ambulatório 49,5% 51,6% 54,0% 55,9% 57,6% 58,8% 60,9% 63,5% 65,5% 66,1% 0,6pp
Nota: Os dados incluem EPE, SPA, PPP.
Fonte: ACSS
Gráfico 30. Peso das primeiras consultas Gráfico 31. Percentagem de cirurgia de ambulatório
no total
30% 70%
65,5% 66,1%
65% 63,5%
60,9%
60% 58,8%
57,6%
29% 28,9% 28,9%
28,8% 28,8% 28,8% 28,8% 55,9%
28,7% 54,0%
28,6% 28,6% 55%
51,6%
28,4%
49,5%
50%
28% 45%
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Nota: Os dados incluem EPE, SPA e PPP. Nota: Os dados incluem EPE, SPA e PPP.
Fonte: ACSS Fonte: ACSS
Morbilidade Hospitalar
A Morbilidade Hospitalar permite caracterizar de forma sistematizada, transversal e
estruturada os diagnósticos e procedimentos relativos a episódios de doentes agudos internados,
bem como da área da cirurgia de ambulatório e parte do ambulatório médico. Este processo de
codificação clínica é efetuado com base na ICD10CM/PCS.
No que se refere à distribuição destes episódios de internamento por GCD, verifica-se que 11,4%
respeita a doenças e perturbações do aparelho respiratório, com uma demora média de 9,9 dias e
uma severidade da doença maioritariamente moderada ou extrema (cerca de 74% dos episódios).
Importa ainda salientar que os episódios relativos a gravidez parto e puerpério, representam
10,6% do total, com uma demora média de 3,6 dias, o correspondente à maioria dos episódios
(96,7%) de severidade menor ou moderada. 10% dos episódios dizem respeito a doenças e
perturbações do aparelho circulatório, com demora média de 8,3 dias, maioritariamente de
severidade menor ou moderada (71,2%).
No total, estas três Grandes Categorias de Diagnóstico agregam mais de 30% dos episódios de
internamento agudo (32,0%).
No que concerne à taxa de mortalidade, verifica-se uma taxa de 5,7% no total de episódios de
internamento. A GCD com maior taxa de mortalidade foi a relativa às Pré-Grandes Categorias
Diagnósticas14 (com 26,6%), seguida da relativa a Doenças Infeciosas e Parasitárias (24,3%).
De referir que, enquanto em termos totais, mais de 80% dos episódios apresentaram um risco
de mortalidade menor ou moderado, nestas duas GCD verifica-se que mais de metade dos episódios
(63,9% e 55,0%, respetivamente) apresentaram um risco de mortalidade major ou extremo.
14 Onde se incluem, por exemplo, os Transplantes, a Traqueostomia com ventilação mecânica >96h ou a Oxigenação por
3 800 000
+ 15,7%
3 574 567
3 600 000
3 478 511 3 478 204 3 497 730
3 447 667
3 371 929 + 2,2%
3 400 000 3 340 856
3 236 888
3 181 371
3 200 000
3 088 872
3 000 000
2 800 000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
13 400 000
12 900 000
+ 14,2%
12 420 101
12 400 000 12 186 702
12 047 907 12 081 522
12 000 347
11 806 327
11 900 000
11 613 613 + 1,9%
10 400 000
9 900 000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
A análise dos dados referentes à evolução das consultas externas no período 2010-2019, por
especialidade, e considerando aquelas que integram o grupo de especialidades com mais atividade,
permite verificar, em 2019, um acréscimo da produção.
À semelhança dos anos anteriores, o aumento é mais relevante nas especialidades que
habitualmente têm mais procura e em relação às quais existe mais pressão no sentido de garantir a
todos os utentes do SNS uma resposta adequada e em tempo útil.
Quadro 25. Evolução do total de consultas hospitalares nas especialidades com mais atividade
Var.
Especialidades 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
2019/2018
Anestesiologia 320 025 327 870 334 945 351 911 355 480 353 428 345 237 333 211 333 628 330 247 -1,0%
Cirurgia Geral 805 746 819 661 800 783 801 025 777 955 777 882 769 902 761 771 770 041 778 158 1,1%
Dermato-Venereologia 328 078 328 338 341 703 361 422 364 652 371 036 362 417 361 392 361 144 360 518 -0,2%
Estomatologia 219 591 218 666 216 219 224 104 223 818 225 026 221 814 214 300 211 000 201 998 -4,3%
Ginecologia 472 036 486 882 475 903 482 772 467 757 471 849 462 556 452 965 466 821 470 039 0,7%
Obstetrícia 377 876 366 404 374 457 374 562 382 147 391 064 388 016 391 659 377 718 377 619 0,0%
Hematologia Clínica 212 650 213 491 202 636 198 307 210 655 216 554 222 303 226 530 233 695 243 354 4,1%
Imuno-alergologia 106 272 104 136 106 170 111 106 119 973 128 564 139 414 146 277 144 556 156 982 8,6%
Medicina Física e Reabilitação 286 650 293 264 298 370 312 296 317 471 318 223 303 984 297 539 294 615 287 550 -2,4%
Medicina Interna 531 414 541 149 523 899 538 090 557 406 541 721 537 268 536 287 548 488 560 046 2,1%
Neurologia 284 109 289 735 301 171 315 196 325 893 339 355 345 138 365 582 375 404 385 903 2,8%
Oftalmologia 873 283 891 820 899 104 957 983 991 493 1 026 618 1 034 892 1 032 849 1 027 050 1 036 230 0,9%
Oncologia 391 008 406 812 415 257 431 359 441 840 462 379 476 185 493 654 504 874 527 829 4,5%
Ortopedia 747 346 764 459 756 844 791 433 803 146 797 957 800 560 812 115 818 016 844 023 3,2%
Otorrinolaringologia 460 266 460 788 480 551 494 095 489 179 491 852 509 601 513 721 500 249 496 121 -0,8%
Pediatria 543 163 555 353 555 093 578 155 592 916 604 058 599 619 598 828 616 640 632 873 2,6%
Urologia 343 078 346 003 342 779 349 080 348 967 350 813 353 185 357 073 354 412 366 997 3,6%
Endocrinologia - Nutrição 200 740 210 896 216 009 225 680 238 594 242 360 246 545 265 209 269 581 280 273 4,0%
Gastrenterologia 261 046 261 669 260 859 266 741 271 054 281 849 278 869 282 799 284 967 301 267 5,7%
Cardiologia 466 420 458 627 453 221 448 193 449 088 453 034 454 788 452 712 463 015 475 376 2,7%
Pneumologia 302 837 313 315 316 660 343 069 362 639 376 159 391 056 406 845 411 021 433 701 5,5%
Nefrologia 158 424 160 148 164 062 171 840 178 190 184 537 187 914 187 458 191 517 204 556 6,8%
Psiquiatria 465 127 489 939 647 289 689 105 704 935 720 718 726 696 740 462 740 920 753 126 1,6%
Total 9 157 185 9 309 425 9 483 984 9 817 524 9 975 248 10 127 036 10 157 959 10 231 238 10 299 372 10 504 786 2,0%
550 000
527 829
504 874
493 654
500 000
476 185
462 379
441 840
450 000 431 359
415 257
406 812
391 008
400 000
350 000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Fonte: ACSS
Num contexto regional, a ARS Centro apresenta a maior variação do acesso à inscrição para
primeira consulta hospitalar no CTH com +9,0% em relação a 2018, seguindo-se-lhe a ARS Algarve
com +8,6%.
Salienta-se que, em 2019, foram realizadas 1.343.513 consultas referenciadas pelo médico de
família através do CTH, o valor mais elevado de sempre no SNS, o que representa um aumento de
2,5% face ao ano anterior (+33.348), comprovando assim o reforço do acesso à consulta de
especialidade via CTH (o CTH monitorizou 35,1% do total de primeiras consultas realizadas nos
hospitais em 2019).
Por sua vez, os pedidos não concluídos, que representam um proxy da “lista de espera para
primeira consulta hospitalar” (LECO) situaram-se, no final de 2019 em 645.443, uma diminuição face
a 2018 de 8,9%.
Var.
2019/2018
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Valor %
Pedidos de consulta
969 435 1 193 924 1 352 143 1 507 982 1 595 838 1 694 646 1 766 264 1 773 449 1 775 618 1 832 621 57 003 3,2%
inscritos no CTH
Entidades SNS 960 540 1 081 244 1 229 837 1 351 516 1 462 303 1 554 797 1 627 171 1 652 953 1 659 623 1 713 074 53 451 3,2%
Entidades não SNS 8 895 112 680 122 306 156 466 133 535 139 849 139 093 120 496 115 995 119 547 3 552 3,1%
Pedidos concluídos 802 785 1 101 091 1 274 271 1 557 570 1 477 671 1 579 037 1 774 237 1 781 830 1 763 679 1 869 631 105 952 6,0%
Consultas realizadas 361 655 810 949 938 376 1 061 646 1 146 849 1 194 080 1 285 912 1 305 465 1 310 165 1 343 513 33 348 2,5%
Var.
Destino do Pedido 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
2019/2018
ARS Norte 462 924 480 995 519 773 564 400 615 236 660 117 683 188 680 765 688 530 701 827 1,9%
ARS Centro 145 494 177 376 202 046 229 522 258 574 276 322 285 898 298 398 278 488 303 440 9,0%
ARS Lisboa e Vale do Tejo 273 589 339 320 422 658 459 758 485 160 507 182 541 232 553 347 567 490 579 199 2,1%
ARS Alentejo 44 802 47 688 49 096 55 776 62 387 67 343 72 264 73 143 74 089 73 180 -1,2%
ARS Algarve 33 731 35 865 36 264 42 060 40 946 43 833 44 589 47 300 51 026 55 428 8,6%
Entidades não SNS 8 895 112 680 122 306 156 466 133 535 139 849 139 093 120 496 115 995 119 547 3,1%
Total 969 435 1 193 924 1 352 143 1 507 982 1 595 838 1 694 646 1 766 264 1 773 449 1 775 618 1 832 621 3,2%
A evolução destes dois indicadores pode estar relacionada com o aumento do número de
pedidos inscritos no CTH (+ 57.003) em 2019.
ARS Centro 78,2 83,9 79,5 77,1 68,7 68,3 73,9 78,8 79,8 83,0
ARS Lisboa e Vale do Tejo 70,0 67,9 68,7 71,7 75,1 74,0 78,9 83,1 78,9 79,0
ARS Alentejo 65,0 55,6 75,0 74,1 62,7 65,7 62,0 61,7 57,2 55,1
ARS Algarve 110,9 108,8 111,7 95,2 60,9 59,1 54,6 56,1 63,8 76,1
Entidades não SNS 46,1 68,2 99,2 86,8 108,3 98,1 107,0 105,9 82,0 74,8
Total 80,1 82,0 81,5 80,8 81,5 82,1 85,0 85,9 81,0 83,6
32
29,8
27,7
28 26,3
24 22,9
20
17,1 16,8
16,4 16,0
16
13,7
13,1
12
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Em 2019, a média nacional de consultas realizadas dentro do TMRG foi de 70%, em linha com o
valor registado em 2018. O gráfico que se segue detalha os valores dos hospitais de cada ARS.
dos TMRG registou-se nas consultas triadas como prioritárias (75,5%), seguido das consultas muito
prioritárias (73,2%) e das consultas triadas com prioridade normal (69,0%).
Gráfico 36. Percentagem de consultas realizadas em 2019, dentro e fora dos TMRG
100%
15%
31% 29% 28% 29% 30%
33%
75%
50%
85%
69% 71% 72% 71% 70%
67%
25%
0%
ARS Norte ARS Centro ARS Lisboa e ARS Alentejo ARS Algarve Entidades não Total
Vale do Tejo SNS
Fonte: ACSS e SPMS
A análise da evolução do cumprimento dos TMRG é efetuada com base nos tempos médios de
espera das consultas realizadas. Assim, sempre que se atua sobre as listas de espera e se recuperam
consultas em atraso, como sucedeu em 2019 com o plano específico desenhado para o efeito, o
indicador do cumprimento dos TMRG é afetado negativamente.
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
98%
83,2%
88%
77,1%
77,0%
75,5%
75,3%
74,2%
74,1%
74,0%
74,0%
73,7%
73,6%
73,2%
72,8%
72,5%
71,2%
71,1%
71,0%
70,7%
70,5%
70,2%
78%
69,0%
67,2%
67,1%
67,0%
66,4%
60,9%
59,9%
68%
55,5%
54,8%
50,3%
58%
48%
Normal Prioritário Muito Prioritário
Paramiloidose/Neurologia 100,0%
Cirurgia - CR Cancro Hepatobilio/Pancreático 100,0%
Anestesiologia - Medicina Hiperbárica 100,0%
Obstetrícia 98,4%
Cirurgia Cardio-Torácica 98,0%
Anestesiologia - Dor 97,8%
Senologia 97,8%
Doenças Infeciosas 97,2%
Obstetrícia-diagnóstico pré-natal 97,1%
Neuropediatria 97,1%
Psicologia 96,7%
Endocrinologia - Nutrição 95,8%
Imuno-hemoterapia 95,7%
Cirurgia Cabeça e Pescoço 95,5%
Nefrologia 94,9%
Cirurgia Maxilofacial 94,4%
Medicina interna 93,4%
Cirurgia pediátrica 91,5%
Medicina Tropical 90,9%
Cirurgia Plástica Reconstrutiva 90,4%
Cirurgia Geral 89,8%
Psiquiatria - Consulta Geral 89,4%
Pediatria 89,1%
Cardiologia pediátrica 89,0%
Medicina Física e de Reabilitação - Fisiatria 88,5%
Hematologia Clínica 85,7%
Dor 83,9%
Estomatologia 83,9%
Psiquiatria da infância e da adolescência 83,0%
Diabetologia 82,0%
Dermatologia - rastreio teledermatológico 77,6%
Endocrinologia 77,0%
Cardiologia 76,2%
Angiologia/Cirurgia Vascular 75,5%
Doenças Auto-imunes 74,5%
Ginecologia 71,0%
Urologia 69,7%
Imunoalergologia 68,9%
Neurologia 68,0%
Gastrenterologia 67,5%
Sono 65,2%
Reumatologia 64,9%
Otorrinolaringologia 63,8%
Pneumologia 61,2%
Cirurgia Geral - Cirurgia de Ambulatório 59,9%
Ortopedia 56,2%
Oftalmologia 54,9%
Genética Médica 52,7%
Dermato-Venerologia 50,6%
Desde a sua implementação até ao final de 2019, 11,4% dos utentes, a nível nacional, optaram
por hospitais fora da Rede de Referenciação hospitalar “tradicional”, o correspondente a 711.264
utentes.
Num contexto regional, e à semelhança do ano anterior, foi na ARS de Lisboa e Vale do Tejo que
a procura por outro hospital foi mais elevada (16,6%), com um total de 344.696 pedidos.
Os dados permitem ainda concluir que entre os diferentes ACES das zonas urbanas, o número
de pedidos para realização da primeira consulta fora da área de referenciação em 2019, aproximou-
se dos 29%, sendo os ACES de Sintra, Oeste Sul Amadora, Arco Ribeirinho e Tâmega III – Vale do
Sousa Norte, os que registaram uma maior percentagem.
Fonte: ACSS
Quadro 29. Distribuição dos pedidos de primeira consulta hospitalar por ACES,
de 1 de junho de 2016 a 31 de dezembro de 2019
ACES Tâmega III - Vale do Sousa Norte 105 030 26 914 131 944 20,4%
ACES Grande Porto II - Gondomar 104 680 22 922 127 602 18,0%
ACES Tâmega II - Vale do Sousa Sul 102 794 21 028 123 822 17,0%
ACES Grande Porto IV - Póvoa do Varzim/Vila do Conde 99 238 17 724 116 962 15,2%
ACES Cávado III - Barcelos/Esposende 106 997 17 415 124 412 14,0%
ACES Alto Trás-os-Montes II - Alto Tâmega e Barroso 45 487 6 973 52 460 13,3%
ACES Entre Douro e Vouga II - Aveiro Norte 71 474 10 124 81 598 12,4%
ACES Lisboa Ocidental e Oeiras 122 098 15 815 137 913 11,5%
ACES Entre Douro e Vouga I - Feira/Arouca 95 301 10 364 105 665 9,8%
ACES Grande Porto V - Porto Ocidental 106 234 10 988 117 222 9,4%
ACES Grande Porto VII - Gaia 105 341 9 394 114 735 8,2%
ACES Grande Porto III - Maia/Valongo 155 570 13 225 168 795 7,8%
ACES Grande Porto VIII - Espinho/Gaia 106 897 8 632 115 529 7,5%
ACES Alto Ave - Guimarães/Vizela/Terras de Basto 160 180 11 638 171 818 6,8%
ULS do Alto Minho, E.P.E. 159 917 5 889 165 806 3,6%
Fonte: ACSS
Quadro 30. Distribuição dos pedidos de primeira consulta hospitalar por especialidade,
de 1 de junho de 2016 a 31 de dezembro de 2019
Radioncologia 3 0 3 0,0%
Fonte: ACSS
No ano de 2019, realizaram-se 704.235 cirurgias no SNS. Neste ano, o número de doentes
operados no âmbito do SIGIC voltou a crescer face ao ano de 2018, com um total de 628.282 utentes
operados (+5,6%). Este valor é o mais elevado de sempre desde que existe o SIGIC, tendo sido
operados mais 67.881 doentes do que em 2015 (+12,1%) e mais 144.217 do que em 2010 (+29,8%).
A atividade cirúrgica da responsabilidade do SNS reparte-se entre hospitais do SNS que incluem,
Entidades Públicas Empresarias, Setor Público Administrativo e Parcerias Público-Privadas, sendo
responsáveis por 89,4% da produção total em 2019, mas considera também a atividade realizada
pelos hospitais protocolados (6,1%) e pelos hospitais convencionados (4,5%).
No que se refere à média do tempo de espera dos operados, o valor de 2019 manteve-se em
linha com o período homólogo, ou seja, nos 3,3 meses.
Em 2019, os dados relativos aos cancelamentos das inscrições em LIC, mantiveram o padrão dos
principais motivos de cancelamento, nomeadamente “Desistência” (28,5%), “Proposta não adequada
à situação clínica do utente” (15,5%) e “Não ativação da nota de transferência/vale cirurgia no prazo
de validade” (7,0%), apesar de se observar uma diminuição face ao ano anterior.
Var.
2019/2018
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Valor %
Total operados 484 065 503 919 534 415 544 377 549 987 560 401 568 765 588 813 594 978 628 282 33 304 5,6%
Operados H. SNS
458 497 460 179 481 597 501 722 505 055 513 205 524 928 534 545 529 758 561 943 32 185 6,1%
(inclui PPP)
Operados nas PPP* 19 238 26 559 37 302 47 187 52 710 53 768 53 581 55 584 59 772 33 163 -26 609 -44,5%
Operados H.
25 568 24 654 26 853 15 915 18 336 20 054 16 200 24 608 30 962 28 204 -2 758 -8,9%
Convencionados
Operados H.
- 19 086 25 962 26 740 26 596 27 142 27 637 29 660 34 258 38 135 3 877 11,3%
Protocolados
Média do TE dos
2,6 2,7 2,8 2,7 2,8 2,9 3,1 3,1 3,3 3,3 0,0 0,0%
operados (meses)
Saídas 576 426 599 476 639 561 634 105 641 287 650 735 660 399 680 520 692 466 727 795 35 329 5,1%
Fonte: ACSS e SPMS
*O Hospital de Braga deixou de ser uma PPP a partir de setembro de 2019, o que enviesa a comparação deste grupo de hospitais com o período homólogo de anos
anteriores.
Operados
Operados Operados Total Var. hom.
ARS Hosp. SNS
Hosp. Convencionados Hosp. Protocolados operados Total operados
(inclui PPP)
Norte 247 417 5 890 34 372 287 679 7,1%
Lisboa e Vale do Tejo 182 848 10 252 1 396 194 496 3,4%
Motivo cancelamento 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Desistência 23,6% 20,6% 22,3% 26,5% 28,3% 30,5% 31,0% 29,9% 27,2% 28,5%
Proposta não adequada à situação clínica do utente 14,0% 12,1% 11,3% 13,5% 15,8% 15,3% 15,7% 15,7% 14,2% 15,5%
Não ativação do NT/VC no prazo de validade 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 6,8% 12,9% 7,0%
Faltou sem motivos plausíveis 0,1% 0,2% 0,5% 1,4% 5,0% 5,7% 6,1% 6,3% 6,2% 5,9%
Sem indicação cirúrgica 1,2% 1,3% 1,4% 2,0% 4,9% 6,3% 5,7% 5,8% 5,1% 5,0%
Operado noutra instituição 4,4% 3,8% 4,5% 4,2% 3,6% 3,7% 3,9% 3,8% 4,6% 4,7%
Utente s/ condições operatórias por motivos clínicos 0,4% 0,6% 0,4% 1,2% 1,7% 3,1% 3,9% 4,3% 3,8% 3,8%
Por duplicação 1,2% 1,2% 1,3% 1,6% 2,2% 2,6% 2,5% 2,9% 3,4% 3,6%
Óbito 1,9% 1,6% 1,7% 2,1% 2,4% 2,7% 2,8% 3,4% 3,0% 3,6%
Transferência de responsabilidade 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 4,1% 2,7% 2,6%
Criação de proposta em episódio errado 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,7% 1,9% 2,2% 2,6% 2,7% 2,8%
Já operado de urgência no HO 0,9% 0,9% 0,9% 1,4% 1,9% 2,3% 2,3% 2,3% 2,5% 2,5%
Proposta resolvida no âmbito de outro episódio 0,1% 0,1% 0,2% 0,2% 1,5% 2,1% 1,9% 2,0% 2,1% 2,6%
Não contactável 3,0% 1,6% 1,8% 2,3% 2,3% 2,2% 2,3% 2,4% 2,0% 2,5%
Fonte: ACSS
18%
16,8%
16,1%
16% 15,6%
12%
10%
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Fonte: ACSS
Da análise efetuada aos indicadores do SIGIC, associados à procura de cuidados por parte dos
utentes do SNS em 2019, constata-se que o número de propostas cirúrgicas (entradas) apresentou
um acréscimo de 2,6%, face ao ano anterior, o correspondente a mais 18.131 utentes que tiveram
acesso à Lista de Inscritos para Cirurgia.
A análise do quadro que se segue permite concluir que o aumento da atividade cirúrgica
programada que se registou no SNS em 2019 continuou a ser inferior ao aumento do acesso dos
utentes à inscrição na LIC (entradas), pelo que no final do ano referido estavam 242. 949 utentes em
LIC (-0,6%, face a 2018).
Por seu turno, a mediana de tempo de espera da LIC situou-se nos 3,5 meses no final de 2019,
para um TMRG de 6 meses na prioridade normal, de acordo com a legislação em vigor desde 1 de
janeiro de 2018. A percentagem de inscritos para cirurgia que ultrapassam os TMRG situou-se em
32,1%,
Pela sua importância crescente em termos de necessidades em saúde, importa destacar ainda
que, em 2019, se verificou um aumento do número de doentes operados na área da neoplasia maligna
(+5,7% em relação a 2018, ou seja, mais 2.637 doentes operados).
Var.
2019/2018
Indicadores 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Valor %
Entradas em LIC 611 535 624 226 644 178 649 386 662 642 670 913 699 132 706 103 724 234 18 131 2,6%
Nº de utentes inscritos - Protocolados 5 141 3 582 3 677 4 044 3 238 2 864 4 692 5 011 5 313 302 6,0%
Nº de utentes inscritos – PPP* 9 182 12 197 15 657 14 459 16 141 22 598 29 801 31 519 14 949 -16 570 -52,6%
Percentil 90 TE LIC (meses) 10,3 10,4 9,3 9,1 9,3 10,3 9,7 11,4 13,3 1,9 17,0%
750 000
706 103 724 234
699 132
700 000 670 913
662 642
644 178 649 386
650 000 624 226 628 282
611 535
588 813 594 978
600 000 573 527 568 765
560 401
544 377 549 987
550 000 534 415
503 919
500 000 484 065
450 000
400 000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Gráfico 42. Evolução da mediana do tempo de espera da LIC, por nível de prioridade (em meses)
5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
0,0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Gráfico 43. Evolução da mediana do tempo de espera da LIC, por nível de prioridade (em meses)
2 000 2 215
2 034 2 049 2 086
1 980 1 977 1 977 2 004
1 838 1 757
1 500
1 419
1 000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Nota: Os dados incluem quatro técnicas cirúrgicas: Banda Gástrica; Bypass Gástrico; Gastrectomia Linear Vertical
(Sleeve) e Transposição Duodenal; Derivação Bílio-Pancreática.
Fonte: ACSS e SPMS
60 000
54 365
55 000
51 278 51 888
51 182 50 833
50 217
49 349
50 000 48 676
47 144 46 827
46 038 46 436 46 039
45 534
44 610 44 264 44 865
45 000
41 996 41 705
39 403
40 000
35 000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Para além da análise dos indicadores da oferta e da procura cirúrgica no âmbito do SIGIC,
importa também observar os principais indicadores relacionados com o processo de gestão da LIC,
nomeadamente sobre o recurso a hospitais de destino do SNS (notas de transferência) ou do setor
social e convencionado com o SNS (vales cirurgia).
O gráfico que se segue apresenta a distribuição dos episódios com notas de transferência ou
vales cirurgia emitidos durante o período 2010 a 2019, assim como a percentagem de cativação.
50 000
5,0%
0 0,0%
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Motivo de
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
cancelamento
Recusa transferência 60,1% 58,6% 63,5% 56,8% 64,9% 58,1% 54,0% 62,0% 70,1% 67,2%
NT/VC expirado 20,7% 19,7% 19,5% 17,5% 17,9% 17,9% 25,3% 24,8% 21,1% 21,8%
Outros 19,2% 21,2% 15,4% 11,9% 11,8% 19,9% 13,7% 7,4% 4,3% 5,4%
Fonte: ACSS
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Valor 13 629 10 752 9 750 9 762 10 252 8 151 8 677 10 789 7 862 12 389
Fonte: ACSS
Quadro 37. Evolução das entradas em LIC com GDH previsional inválido
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Entradas com GDH de erro* 46 915 60 212 58 520 63 143 55 920 49 004 50 230 44 699 24 542 20 050
Para o CTH:
(i) Durante o ano de 2019, reduziu-se em cerca 40 mil o número de utentes em espera para
consulta CTH com mais de 1 ano (- 38,9%).
(ii) Cerca de metade dos hospitais terminaram o ano sem doentes à espera para consulta CTH
com mais de 1 ano e os restantes melhoraram genericamente a sua resposta, excetuando-
se algumas especialidades específicas em alguns destes hospitais.
Para o SIGIC:
(i) No final de 2019 existiam 27.279 utentes em espera para cirurgia com mais de 1 ano
(+27,0% do que em 2018).
(ii) Cerca de 20% dos hospitais terminaram o ano sem doentes à espera para cirurgia com mais
de 1 ano, 45% mantinham esta realidade circunscrita a especialidades específicas e os
restantes continuavam a perseguir o objetivo traçado, registando ainda assim melhorias
em diversas especialidades.
Atendimentos urgentes
Em 2019, registaram-se 6.425.560 episódios de urgência, em linha com a atividade registada
em anos anteriores (acréscimo de 0,9% face a 2018).
6 800
6 411 6 416 6 406 6 365 6 426
6 318
6 400 6 189
6 108 6 118
5 966
6 000
5 600
5 200
4 800
4 400
4 000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Fonte: ACSS
9%
8,7%
8,5% 8,5%
8,4%
8,3%
8,2% 8,2%
8,1% 8,1%
8% 7,9%
7%
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
45%
44%
43%
42,0% 42,0%
41,8% 41,8%
42%
40,8% 40,7%
41%
40,4%
40%
39%
2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Fonte: ACSS
80%
70%
60%
50%
2016 2017 2018 2019
Nota: São considerados os episódios classificados de acordo com o protocolo Triagem de Manchester com
prioridade vermelha, laranja, amarela, verde e azul, sendo que apenas se consideram as instituições com
informação completa para construção do indicador O valor referente a 2018 foi atualizado à data.
Fonte: ACSS
Gráfico 50. Tempo médio de espera entre a triagem e a primeira observação (2016 – 2019)
120
100
80
60
40
20
01/jan 01/fev 01/mar 01/abr 01/mai 01/jun 01/jul 01/ago 01/set 01/out 01/nov 01/dez
Importa salientar que, a partir de 2016 e 2017, respetivamente, a RNCCI alargou a sua
intervenção às áreas da saúde infantil e saúde mental através de experiências-piloto. Por outro lado,
em 2017, a RNCCI deixou de incluir os Cuidados Paliativos.
Na área da saúde mental a RNCCI inclui residências de apoio máximo adultos, residências de
apoio moderado, residências autónomas, residências de treino de autonomia e residências de treino
de autonomia - tipo A infância e adolescência.
10 000
9 013
8 172 8 553
8 112
8 000 7 481
6 975
6 447
5 718
6 000 5 405
4 465
4 000
2 000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Nota: Em 2016, o valor total não inclui as 10 camas referentes aos cuidados pediátricos. A redução registada em 2017 resulta da
transferência das camas para cuidados paliativos, ema abril de 2017.
Fonte: ACSS
Unidades de Convalescença Unidades de Média Duração e Reabilitação Unidades de Longa Duração e Manutenção
6 500
4 916
4 794
4 723
4 703
4 411
4 094
5 000
3 692
3 031
2 873
2 752
2 674
2 578
2 548
3 500
2 306
2 286
2 021
1 895
1 820
1 747
1 497
1 078
2 000
935
906
867
860
860
811
811
764
682
500
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Fonte: ACSS
3 500
2 752
2 439
3 000
2 344
2 500
1 623
2 000
1 304
1 237
1 500
869
842
805
804
1 000
527
441
331
311
265
260
216
148
142
500
74
0
Norte Centro Lisboa e Vale do Tejo Alentejo Algarve
Fonte: ACSS
Relativamente às ECCI o número de lugares em funcionamento em 2019 era de 286 ECCI (+1,4%
em relação a 2018), com 5.651 lugares domiciliários, cerca de 39% da totalidade dos lugares da rede
geral.
ARS Norte ARS Centro ARS Lisboa e Vale do Tejo ARS Alentejo ARS Algarve
100
92 92
86 85 87
84 84 82 84
71 72 70
75 68
66 66
6160 63
58 58 60 60 59 59 60
54 54
50 45
42 40
36 37 37 37 37 37 38
35 35
30 32 32 32 32
28 29
26 26 26
25
15
0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Fonte: ACSS
Considerando todos os lugares de RNCCI, que incluem para além dos lugares de internamento e
ambulatório, os lugares domiciliários, no final de 2019 existiam no total 14.833 lugares, um
acréscimo de 2,8% face ao período homólogo.
15 000 14 833
14 376 14 430
14 066 14 123
14 000 13 741
13 500
12 901
13 000 12 737
12 528
12 000
11 000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Nota: Em 2016, o valor total não inclui os 20 lugares referentes aos cuidados pediátricos. A redução registada em
2017 resulta da transferência das camas para cuidados paliativos, ema abril de 2017 e do reajustamento dos lugares
na ECCI.
Fonte: ACSS
Os lugares da RNCCI registam, ainda, assimetrias regionais que se podem constatar no quadro
seguinte e que importa continuar a corrigir.
Lisboa e Vale do Tejo 696 815 2 344 336 2 092 300 4 436 637
61% 39%
Nota: O quadro faz referência à população com idade igual ou superior a 65 anos, por se considerar que a RNCCI Geral é dirigida a pessoas com dependência, e
esta ser uma condição mais acentuada na população com a idade referida. Assim, não estão contabilizadas as tipologias pediátricas e as de saúde mental.
Fonte: ACSS
Os quadros que se seguem refletem o número de acordos por tipologia e região, no ano de 2019,
na área da saúde mental.
Quadro 39. Número de acordos na área de saúde Quadro 40. Número de lugares contratados na
mental, por tipologia e região (2019) área de saúde mental, por titularidade (2019)
Norte Centro LVT Alentejo Algarve Total Norte Centro LVT Alentejo Algarve Total
RA 1 1 1 3
IPSS 94 76 74 10 254
RAMa 1 1 2
Privados 0
RAMo 2 2 4
RTA 1 1 1 3 SCM 24 24
USO 2 2 SNS 0
RTA/A 1 1
Total 118 76 74 10 0 278
USO/IA 2 2 4
Fonte: ACSS
EAD 1 1
Total 8 4 7 1 0 20
Fonte: ACSS
31 de dezembro de 2019
Entidade Número de acordos Percentagem total de Número de lugares Percentagem de camas por
Prestadora celebrados acordos celebrados contratados acordos celebrados
SNS 8 2,2% 200 2,2%
À semelhança do que se tinha verificado em 2018, também em 2019 as IPSS registaram uma
evolução positiva com um crescimento de 2,5% relativamente ao número de acordos, o
correspondente a mais 2,6% em número de lugares.
Var.
2016 2017 2018 2019
2019/2018
SCM 179 3 964 180 3 985 183 4 112 188 4 206 2,7% 2,3%
IPSS
Outras 92 2 272 90 2 186 92 2 267 94 2 338 2,2% 3,1%
Total IPSS 271 6 236 270 6 171 275 6 379 282 6 544 2,5% 2,6%
Privada com fins lucrativos 60 1 696 60 1 721 63 1 825 74 2 160 17,5% 18,4%
Total 338 8 122 337 8 082 347 8 423 364 8 904 4,9% 5,7%
Fonte: ACSS
No âmbito das IPSS, e como figura no quadro que se segue, as Santas Casas da Misericórdia
representaram 5% do total de acordos celebrados, com 24 lugares contratados, o correspondente a
8,6% do total de lugares. As outras entidades prestadoras IPSS (não SCM) representaram 95% do
total de acordos celebrados, com 254 lugares contratados, ou seja, 91,4% do total de lugares.
Quadro 43. Acordos celebrados no âmbito da RNCCI Saúde Mental e entidades prestadoras
31 de dezembro de 2019
Número de acordos Percentagem total de acordos Número de lugares Percentagem de lugares por
Entidade Prestadora
celebrados celebrados contratados acordos celebrados
SCM 1 5% 24 8,6%
IPSS
Outras 19 95% 254 91,4%
Total 20 278
Fonte: ACSS
À semelhança do ano anterior, foram as ECCI que registaram maior atividade com 17.056
utentes assistidos (33,8% do total).
Importa ainda salientar que a população adulta da RNCCI geral mantém o perfil traçado em
períodos anteriores: envelhecida, maioritariamente feminina e com baixo nível de escolaridade
(88,4% possui escolaridade inferior a 6 anos). Em 2019, o sexo feminino representou 56,2% do total
de utentes (+0,3% em comparação com o período homólogo). Na faixa etária superior a 65 anos, esta
percentagem ascendia a 50,4% e com idade superior a 80 anos, 65,1%.
Var.
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
2019/2018
Unidade de Convalescença 6 287 7 744 8 704 8 791 8 833 7 192 7 201 7 219 7 546 8 724 15,6%
Unidade de Média Duração e Reabilitação 6 672 7 741 8 578 9 352 9 990 10 672 11 349 11 954 11 973 12 180 1,7%
Unidade de Longa Duração e Manutenção 5 802 6 489 7 728 8 675 10 541 11 328 11 611 11 985 12 184 12 133 -0,4%
Equipas de Cuidados Continuados Integrados 5 278 9 139 11 578 13 804 14 577 15 221 15 582 15 215 16 664 17 056 2,4%
Total 24 039 31 113 36 588 40 622 43 941 44 413 45 768 46 525 48 677 50 473 3,7%
Unidade de Cuidados Paliativos* 1 951 1 600 1 821 1 903 1 827 2 115 2 384
Quadro 45. Atividade RNCCI – utentes assistidos, por tipologia e por região, em 2019
Unidade de Média Duração e Reabilitação 4 053 3 394 3 075 925 733 12 180
Unidade de Longa Duração e Manutenção 3 902 3 903 2 613 1 057 658 12 133
Equipas de Cuidados Continuados Integrados 5 675 2 064 6 110 1 329 1 878 17 056
Nota: Não se consideram neste quadro a EIHSCP/ECSCP, que têm referenciação direta, bem como as unidades e Equipas de Cuidados Paliativos, que
passaram a integrar a RNCP em 2017.
Fonte: ACSS
Quadro 46. Evolução do número de referenciações por ano e por tipologia de resposta
Var.
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
2019/2018
Unidade de Convalescença 5 903 7 118 7 085 8 943 7 833 7 036 6 828 7 065 7 617 8 232 8,1%
Unidade de Média Duração e Reabilitação 6 483 7 240 6 656 8 788 9 600 10 333 10 684 11 509 11 717 11 822 0,9%
Unidade de Longa Duração e Manutenção 5 550 5 896 5 363 6 751 9 249 9 969 11 118 10 450 10 826 10 529 -2,7%
Equipas de Cuidados Continuados Integrados 3 475 6 952 7 789 11 219 10 500 11 419 11 752 10 844 12 620 12 911 2,3%
Unidade de Cuidados Paliativos* 2 593 2 897 1 700 2 050 2 187 2 360 2 275
*As unidades e Equipas de cuidados paliativos passaram a integrar a Rede Nacional de Cuidados Paliativos em 2017
Fonte: ACSS
Quadro 47. Número de utentes referenciados na RNCCI por tipologia e região, em 2019
Região Origem ECCI UC UCIP 1 ULDM UMDR UAP EAD EAD/IA RA RAMa RAMo RTA RTA/A USO USO/IA Total
Os dados relativos à origem de referenciação dos utentes para RNCCI em 2019, evidenciam que
os hospitais referenciaram 63,2% dos utentes, menos 0,2% face a 2018. Já a referenciação pelos CSP
registou um aumento de 0,2% em relação ao período homólogo (36,8% de utentes referenciados).
Centros de Saúde
36,8%
Hospitais
63,2%
Fonte: ACSS
100%
80%
53,5%
58,2% 62,3%
64,5%
68,8%
60%
40%
46,5%
20% 41,8% 37,7%
35,5%
31,2%
0%
Norte Centro Lisboa e Vale do Tejo Alentejo Algarve
Fonte: ACSS
Na referenciação para ECCI constata-se uma variabilidade significativa entre as várias regiões
importando, consequentemente, melhorar a utilização desta resposta.
Gráfico 58. Referenciação para ECCI - Percentagem de utentes referenciados em cada região
(2019)
60%
45% 43,0%
36,3%
33,3%
30%
24,9%
14,4%
15%
0%
Centro Alentejo Lisboa e Vale do Tejo Norte Algarve
Fonte: ACSS
Gráfico 59. Referenciação para ECCI – Hospital e Centro de Saúde em cada região
(2019)
100%
32,8% 34,5%
80% 37,1%
47,3% 43,5%
58,8%
60%
40%
67,2% 65,5%
62,9%
52,7% 56,5%
20% 41,2%
0%
Norte Centro Lisboa e Vale do Alentejo Algarve Nacional
Tejo
Fonte: ACSS
Em 2019, a mediana do tempo de espera para a RNCCI situava-se nos 40 dias para a tipologia
de UC, de 94 dias para UMDR, de 193 dias para ULDM e de 122 dias para ECCI, distribuídos por ARS
conforme quadro infra.
Fonte: ACSS
Em 2019, à data de 31 de dezembro, estavam 1.621 utentes a aguardar vaga na RNCCI (incluindo
as tipologias ECCI, UC, ULDM e UMDR).
Fonte: ACSS
O quadro que se segue ilustra o contexto nacional, a nível de taxa de ocupação da RNCCI.
Quadro 50. Taxa de ocupação das unidades da RNCCI, por tipologia (2019)
Unidade de Média Duração e Reabilitação 97% 95% 95% 95% 94% 95%
Unidade de Longa Duração e Manutenção 99% 97% 98% 96% 98% 98%
Equipas de Cuidados Continuados Integrados 83% 69% 70% 66% 64% 72%
Os dados recolhidos no ano de 2019 permitem ainda concluir que 11,6% dos utentes tiveram
como destino pós alta “Lar/resposta ou equipamento social”. Num contexto nacional, 74,1% do
destino pós-alta foi para o domicílio. Em 75,5% dos casos do destino pós-alta para o domicílio foi
registada necessidade de suporte.
Quanto ao indicador “motivo de alta”, e também a nível nacional, baseado nos registos com
informação no aplicativo informático da RNCCI, o terem sido atingidos os objetivos da intervenção
planeada pelo Plano Individual de Cuidados, efetuado pelos profissionais, representou 82,2%.
A incidência de úlceras de pressão na RNCCI foi de 2,3%. A prevalência de úlceras de pressão foi
de 14,9%.
Em 2019, a percentagem de óbitos nos utentes assistidos na RNCCI foi de 10,5%. De salientar
ainda que 39,3% do total dos óbitos ocorre em ECCI e 39,5% em ULDM.
7. Cuidados paliativos
A prestação de cuidados aos doentes com doenças graves e/ou avançadas e progressivas com o
objetivo de promover o seu bem-estar e qualidade de vida é um elemento qualitativo.
• 28 Unidades de Cuidados Paliativos com 379 camas, das quais 213 em UCP hospitalares e
166 em UCP – RNCCI.
Assim, no final de 2019, Portugal Continental mantinha uma cobertura geográfica total de
cuidados paliativos, na medida em que todos os distritos dispunham de pelo menos um recurso
específico destes cuidados.
A cobertura populacional está, no entanto, aquém do desejado na medida em que muitas das
equipas em funcionamento necessitam de reforço dos seus recursos humanos, dois distritos do país
não dispõem de UCP (Leiria e Viana do Castelo) e seis que não têm qualquer ECSCP (Aveiro, Braga,
Castelo Branco, Coimbra, Portalegre e Vila Real).
Dos três eixos de ação identificados no Plano Estratégico para o Desenvolvimento dos Cuidados
Paliativos no biénio 2019-2020, destacam-se as principais iniciativas realizadas em 2019:
• Criação de quatro novas ECSCP, nos ACES Maia-Valongo, Espinho-Gaia, Gondomar e Gaia
(as duas últimas iniciaram funções já em 2020).
• Definição da formação mínima que devem ter os profissionais das equipas especificas de
CP e CPP15 (ver PEDCP 2019-2020).
• Abertura de uma nova EIHSCP com consulta externa, no Hospital Dr. Francisco Zagalo,
em Ovar.
• Abertura de três novas ECSCP (nos ACES Estuário do Tejo, Maia-Valongo e Espinho-
Gaia), alargamento da ECSCP do ACES Sintra para o polo Rio de Mouros-Colares e
reabertura da Equipa Domiciliária de Suporte em CP do Centro Hospitalar e
Universitário São João, totalizando 25 equipas em funcionamento no final de 2019 e
3 em preparação para abrir no início de 2020 (duas na ARS Norte e uma na ARS LVT).
Para além das atividades de formação descritas no Eixo Prioritário I, destaca-se a realização de
três cursos sobre a utilização de instrumentos de identificação precoce de doentes com necessidades
paliativas (Gold Standards Framework, NECPAL e outros). Estes cursos destinavam-se aos
profissionais de saúde que lidam frequentemente com doentes em fim de vida (ex: Medicina Interna,
Oncologia, Medicina Geral e Familiar), nas ARS do Algarve, Alentejo e Norte.
No que se refere à população mais jovem, também se verificam alguns indícios de evolução
positiva. Segundo os dados apurados no Estudo sobre o Consumo de Álcool, Tabaco, Drogas e Outros
Comportamentos Aditivos - 2019, realizado pelo SICAD, verificou-se que em jovens entre os 13 e os
18 anos, os comportamentos de maior risco estão limitados a uma minoria de inquiridos, são mais
esporádicos do que frequentes, sendo que as prevalências aumentam na razão direta da idade.
Na área do álcool, comparando os resultados do ECATD, para o Continente, entre 2015 e 2019,
verificou-se uma ligeira descida nas temporalidades ao longo da vida e nos últimos 30 dias, e uma
tendência de estabilização no consumo recente sendo de salientar, igualmente, a diminuição nas
prevalências de embriaguez.
No estudo já referido é possível ainda aferir que o uso da internet, mais concretamente no que
respeita ao acesso a redes sociais, é atualmente uma prática generalizada entre os mais jovens, assim
como os jogos eletrónicos, sendo o jogo a dinheiro menos prevalente.
Nos jovens de 18 anos, de acordo com as conclusões do Inquérito aos participantes do Dia da
Defesa Nacional 2019, os comportamentos aditivos mais comuns incluem o consumo de bebidas
alcoólicas e o uso intensivo de redes sociais (4 ou mais horas diariamente).
No entanto, enquanto cerca de metade dos jovens fuma ou joga online, apenas um terço refere
a utilização de substâncias ilícitas. Verifica-se também que os consumos de substâncias psicoativas
são, sobretudo, ocasionais, sendo o Alentejo a região onde se verifica a percentagem mais elevada de
consumo de bebidas alcoólicas e no Algarve, o consumo proporcionalmente mais elevado de
substâncias ilícitas.
A análise dos dados entre 2015 e 2019 mostra que os consumos mais frequentes de bebidas
alcoólicas se mantêm razoavelmente estáveis. Contudo, a prevalência de consumo binge e de
embriaguez severa tem vindo a aumentar. Do mesmo modo, nos últimos 5 anos assistiu-se, a um
incremento paulatino do consumo recente de cannabis, ainda que com estabilização entre 2018 e
2019.
Ainda que a prevalência destas situações não seja significativa, regista-se um aumento no
número de utentes sob intervenção em Centros de Respostas Integradas por consumo de
buprenorfina ou metadona não prescritas, bem como de hipnóticos e sedativos.
Nas Unidades de Desabituação, como ilustrado no Gráfico 59, verificou-se o internamento de 624
utentes PLA (ligeiramente abaixo dos 638 utentes registados em 2018) e 646 utentes OSPA, (um
incremento face aos 613 utentes internados no ano anterior).
16 Consumo de 5 ou mais bebidas numa única ocasião (raparigas) ou 6 ou mais bebidas numa única ocasião (rapazes)
Outra medida estruturante e de relevância ao nível da intervenção integrada nesta área, que
manteve continuidade em 2019, foi o Plano Operacional de Repostas Integradas (PORI), gerido pelo
SICAD e operacionalizado em estreita colaboração com as Divisões de Intervenção para os
Comportamentos Aditivos e Dependências das Administrações Regionais de Saúde. Este Plano
permite conferir cofinanciamento público a pessoas coletivas, privadas e sem fins lucrativos,
celebrando contratos de atribuição de fundos a Programas de Respostas Integradas. Neste âmbito,
em 2019 foram financiados, acompanhados e monitorizados 77 projetos.
Por último, destaca-se a ação do SICAD no âmbito das Comissões para a Dissuasão da
Toxicodependência, área transversal da intervenção em CAD, assente nos princípios da deteção e
intervenção precoce, da motivação para a mudança de comportamentos e no tratamento da
dependência, que visa, assim, promover a aproximação, aos sistemas de saúde dos consumidores de
substâncias psicoativas ilícitas, indiciados por contraordenação, ao abrigo da Lei nº 30/2000, de 29
de novembro.
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Utentes em tratamento no ano 10 382 10 848 11 117 11 616 11 881 12 498 13 678 13 828 13 422 13 951
Novos utentes 1 549 3 009 3 344 3 403 3 353 3 704 3 759 3 352 3 403 3 416
Utentes readmitidos 284 665 1 244 1 157 930 657 690 1 047 1 202 1 181
*Utentes inscritos com problemas relacionados com o uso de álcool e com pelo menos um evento assistencial no ano
**Utentes inscritos com problemas relacionados com o uso de drogas que recorreram pela primeira vez às estruturas da rede de cuidados
especializados em CAD (primeiros pedidos de tratamento)
***Principais fontes de referenciação: ARS e SICAD
Fonte: ARS e SICAD
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Utentes em tratamento no ano 31 248 29 781 29 062 28 133 27 689 26 993 27 834 27 150 25 582 25 421
Novos utentes 1 514 1 715 2 001 1 985 1 950 2 024 2 090 1 769 1 858 1 959
Utentes readmitidos 2 568 2 376 4 012 2 154 1 803 1 365 1 211 1 538 1 603 1 512
Fonte: SICAD
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Fonte: SICAD
950
850
788
750
642 654 638 646
650
624
550 613
442
450 508
350 394
250
2015 2016 2017 2018 2019
Fonte: SICAD
9. Sangue e transplantação
Sangue
Acompanhando a tendência verificada desde 2010, no ano de 2019 verificou-se uma diminuição
no número de dadores e dádivas de sangue, em linha com a diminuição das necessidades de consumo
de sangue para transfusão.
O número de dadores de sangue que efetuaram dádiva diminuiu 1,4% em 2019, quando
comparado com o período homólogo. Por oposição, os dadores regulares apresentaram em 2019 um
acréscimo de 2,3 p.p. relativamente a 2018.
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019*
Número de dadores
293 778 271 159 249 168 237 826 226 882 223 924 217 431 211 170 203 294 200 545
que efetuaram dádiva
*Dados provisórios
Fonte: IPST StatLink: https://www.sns.gov.pt/monitorizacao-do-sns/colheita-de-sangue-2/
80%
75%
70%
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Fonte: IPST
Plaquetas obtidas de uma unidade de sangue total 7 912 -6,3% 917 -6,2%
Plasma fresco congelado, com redução patogénica 3 305 -12,7% 925 44,8%
Fonte: IPST
Transplantação
• Aumento do número de dadores falecidos em morte cerebral (320 em 2019 e 316 em 2018).
O gráfico que se segue ilustra a evolução do número total de transplantes de 2011 a 2019, sendo
que em 2019 se realizou um total de 877 transplantes.
895
900 877
864
838 829
824
789
800
747
700
680
600
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Fonte: IPST
Através da utilização dos meios de telecomunicações ao seu dispor, o CODU tem capacidade para
acionar os diferentes meios de socorro, apoiá-los durante a prestação de socorro no local das
ocorrências e, de acordo com as informações clínicas recebidas das equipas no terreno, selecionar e
preparar a receção hospitalar dos diferentes doentes.
Em 2019 foram atendidas 1.414.858 chamadas de emergência, o que se traduz numa média
diária de 3.876 chamadas.
Deste total, 61.516 foram provenientes da Linha “SNS24”, o que representa uma média diária
de 169 chamadas encaminhadas pela Linha “SNS24” para os CODU do INEM. Importa ainda referir
que, no mesmo período, foram transferidas 71.157 chamadas para a Linha “SNS 24”, ou seja, uma
média de 195 chamadas por dia.
Para cumprimento das suas obrigações no âmbito do SIEM, o INEM tem à sua disposição um
conjunto diversificado de meios, complementares entre si.
Importa referir que a procura crescente dos serviços de emergência médica, têm reflexo na
atividade dos CODU e, consequentemente, na atividade dos meios de emergência médica, cujo
número de acionamentos acompanha o número de chamadas atendidas nos CODU.
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Ambulâncias de Socorro sedeadas em entidades do SIEM 238 241 261 265 275 300 300 305 332 351
Ambulâncias de Socorro sedeadas em entidades do SIEM* 172 174 191 188 180 157 155 147 135 123
Total 642 644 636 649 653 651 656 653 657 658
*A alteração do número de Postos Reservas (PR) e NINEM deve-se ao facto de alguns destes meios passarem a PEM.
**Os meios NINEM são Ambulâncias de Socorro igualmente pertencentes a Corpos de Bombeiros/Delegações da CVP que, apesar de não terem protocolo de
colaboração, o INEM recorre aos seus serviços, em regra por indisponibilidade/ inexistência de meios INEM (meios próprios, PEM ou Reservas), ou por se situarem
em áreas mais próximas das ocorrências.
Nota: O número de Ambulâncias SIV a 01/01/2019, já inclui a SIV de S. Pedro do Sul. O valor de 2018 foi atualizado à data.
Fonte: INEM
1 000 000
800 000
600 000
400 000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Fonte: INEM
1 600 000
600 000
400 000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Fonte: INEM
Var.
2019/2018
Tipo de Meio 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Valor %
SHEM 1 054 1 247 1 304 1 053 912 920 1 033 986 1 020 947 -73 -7,2%
VMER 53 304 59 226 84 232 101 644 95 855 91 535 96 096 90 156 93 993 95 633 1 640 1,7%
TIP 1 407 1 500 1 294 1 289 1 222 1 204 1 405 1 374 1 423 1 436 13 0,9%
SIV 26 649 28 506 28 953 33 475 33 508 35 878 37 794 34 826 35 597 36 367 770 2,2%
AEM 120 545 126 137 140 261 161 384 174 397 167 323 171 899 161 424 151 771 139 970 -11 801 -7,8%
MEM 1 582 2 745 3.488 5 648 9 219 7 546 7 106 7 002 6 383 6 105 -278 -4,4%
UMIPE 271 393 340 360 554 581 539 358 757 603 -154 -20,3%
PEM 393 646 395 191 476 984 576 984 618 179 688 022 752 420 752 521 839 432 878 319 38 887 4,6%
PR 110 891 115 698 158 047 170 303 175 430 171 239 176 555 173 621 148 809 129 189 -19 620 -13,2%
Ambulâncias
31 966 34 615 31 477 21 230 25 368 32 315 35 475 46 928 44 369 42 738 -1 631 -3,7%
Não INEM
Total 741 315 765 258 922 892 1 073 370 1 134 644 1 196 563 1 280 322 1 269 196 1 323 554 1 331 307 7 753 0,6%
Fonte: INEM
60 000
35 000 31 474
51 376
50 029 25 000 20 887
45 068
46 322 14 220 14 679 14 360 15 591
15 000
40 000 5 000
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Fonte: INEM
Fonte: INEM
Ainda em termos de garantias de acesso aos serviços de saúde, salienta-se a alteração verificada
no que concerne ao contacto telefónico com o CIAV que, em julho de 2019, passou a ser feito através
de um número completamente gratuito: 800 250 250.
Na vertente AVC
A fase pré-hospitalar da Via Verde do Acidente Vascular Cerebral, responsabilidade do INEM,
tem por objetivo orientar os doentes com sinais e sintomas de AVC para o hospital adequado, onde o
diagnóstico será confirmado e o tratamento efetuado.
Em 2019, e com o objetivo de melhorar o acesso destes doentes, o INEM continuou a participar
na sua orientação adequada, incrementando a sua participação no transporte inter-hospitalar,
nomeadamente através das equipas das VMER e/ou das ambulâncias SIV, no seu modelo integrado
no serviço de urgência.
Durante o ano de 2019 foram registadas 4.529 situações de doentes com sinais e sintomas de
AVC, uma média de 377 por mês, ou seja, 12 casos por dia.
Das 4.529 situações de adultos com sinais e sintomas de AVC registadas durante o ano de 2019,
2.384 eram do género feminino e 2.015 do género masculino, havendo cerca de 130 situações sem
registo de género (58 na região Norte, 20 na região Centro e 52 na região Sul).
Em termos de distribuição geográfica do registo das situações relativas a doentes com AVC, pese
embora este registo seja mais acentuado nos centros urbanos, verificou-se que ocorreram 1.894
situações de registos Viva Verde AVC na região Norte, seguindo-se a região Sul com 1.789 registos e
a região Centro com 846 situações, sendo mais frequente no género feminino comparativamente com
o masculino.
Gráfico 67. Evolução anual do número de doentes inseridos na Via Verde AVC
5 000
4 529
4 000
3 386 3 496
3 115 3 164
3 036 2 920
3 000
2 000
1 000
0
2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Fonte: INEM
Na vertente Coronária
Durante o ano de 2019, foi mantido o objetivo de melhorar o acesso dos doentes com enfarte
agudo do miocárdio com EAMST a Angioplastia Primária, continuando o INEM a promover a
articulação entre o pré-hospitalar e os Centros Coronários, no sentido de aumentar a eficácia desta
Via Verde e, dessa forma, o número de doentes submetidos a desobstrução mecânica primária.
Em 2019 foram inseridos na Via Verde Coronária 676 doentes, o que representa, em média, 56
casos por mês, ou 2 casos por dia.
No mesmo período, em 74,1% dos casos decorreram menos de duas horas entre a identificação
dos sinais e sintomas e o encaminhamento da vítima através desta Via Verde, enquanto que em 19,5%
o processo foi efetuado entre as duas e as doze horas de evolução da sintomatologia e 1,6% dos casos
dizem respeito a situações com mais de doze horas de evolução.
900 853
820
750
719 731
682 676
600
300
2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Em 2017 e 2018 o INEM deu contributos para a revisão da Norma da Via Verde Sépsis,
contemplando a possibilidade de oferecer maior cobertura na operacionalização desta Via Verde, no
caso, a extensão de procedimentos às ambulâncias SIV, estando prevista para 2020 uma atualização
da referida norma.
Em 2019, o INEM deu continuidade às atividades para implementação da Via Verde da Sépsis
em contexto extra-hospitalar, de forma a identificar mais precocemente doentes com Sépsis grave e
proceder à sua estabilização inicial e encaminhamento para os centros de tratamento de Sépsis grave,
criados ao abrigo da norma da DGS.
Na vertente do Trauma
No ano de 2019, o INEM continuou a efetuar a referenciação dos traumatizados graves para os
Centros de Trauma definidos na revisão da rede de Serviços de Urgência, no sentido de fazer bypass
aos Serviços de Urgência que não são os mais adequados para determinados doentes, fazendo chegar
o doente certo ao local certo, no mais curto espaço de tempo possível (conceito de “Via Verde”).
O INEM tem colaborado ativamente nos trabalhos da Comissão Nacional de Trauma (criada pelo
Despacho n.º 8977/2017, de 11 de outubro), com vista, à operacionalização da Via Verde de Trauma
e à criação do Registo Nacional de Trauma, entre outros objetivos.
O número de utilizações de DAE ascendeu às 7.972, em 2019. Em 736 dessas utilizações, foram
recomendados choques, o que é demonstrativo de um número potencial muito significativo de vidas
salvas.
O aumento do número de utilizações de DAE face ao ano de 2018 (+29,9%) é justificado, por um
lado, pelo aumento do número de programas de DAE licenciados e do número de novos meios de
emergência médica (no caso, PEM) e, por outro lado, pelos novos DAE pertencentes aos Corpo dos
Bombeiros, cuja monitorização relativa à utilização do DAE é realizada pelo INEM.
Número de Casos com choque 532 547 483 483 584 540 736
Fonte: INEM
Número de operacionais (BV e CVP) formados* 581 787 987 739 1 449 6 138 7 237
Número de Equipamentos de DAE 141 394 206 272 344 420 681
Número de Espaços Públicos com DAE 115 368 205 252 307 374 549
Número de Operacionais de DAE 1 230 2 711 1 859 2 158 2 514 3 245 5 137
Fonte: INEM
As condições em que o SNS assegura os encargos com o Transporte não Urgente de Doentes
estão definidas na Portaria n.º 142-B/2012, de 15 de maio.
No que se refere aos custos unitários, a ARS Algarve é a região que apresenta valores mais
elevados. Em sentido oposto, as ARS Norte e Centro são as que registam os valores mais baixos.
Em 2019, as ARS Algarve e Lisboa e Vale do Tejo representaram a maior proporção dos custos
com transportes (26% e 22%, respetivamente).
À semelhança do que já se verificava em 2018, os custos unitários por doente transportado têm
diminuído, sendo que, desde 2014 decresceram 23,5%.
Em termos globais importa salientar que o custo com transporte de doentes ascende a 57
milhões de euros, sendo a região de saúde do Norte a que apresentou o valor mais elevado.
Quanto ao número de prestações de saúde a que os utentes registados no SGTD tiveram acesso
em 2019, num total de 2.717.516 prestações, verificou-se novamente um acréscimo face ao período
homólogo (+ 4,3%).
Var.
2014 2015 2016 2017 2018 2019
2019/2018
ARS Norte 98 225 109 049 112 493 116 729 126 728 159 640 26,0%
ARS Lisboa e Vale do Tejo 72 525 73 440 76 219 80 401 83 006 106 081 27,8%
Total 236 926 256 186 267 396 280 249 291 787 360 809 23,7%
Var.
2018 2019
2019/2018
Var.
2014 2015 2016 2017 2018 2019
2019/2018
ARS Norte 947 853 993 896 1 004 002 1 062 166 1 157 741 1 227 769 6,0%
ARS Centro 360 281 367 176 389 224 398 164 426 378 446 392 4,7%
ARS Lisboa e Vale do Tejo 763 567 766 404 784 197 815 481 837 749 868 623 3,7%
ARS Algarve 93 209 101 798 100 160 102 894 120 526 122 251 1,4%
Total 2 219 160 2 290 333 2 347 550 2 460 321 2 605 931 2 717 516 4,3%
Insuficiência económica 2 697 212 2 627 847 2 882 094 2 671 330 2 577 898
Menores até 17 anos e 365 dias 1 821 597 1 789 399 1 696 462 1 685 129 1 680 574
Incapacidade igual ou superior a 60% 209 809 228 948 232 333 260 836 295 389
Doentes crónicos 890 120 890 120 1 160 191 1 251 854 1 311 230
Dadores vivos de células, tecidos e órgãos 1 741 1 960 1 748 1 983 2 349
95 323
Dadores benévolos de sangue 128 100 140 794 106 455 113 966
*Em 2017 ocorreu uma alteração de critério no RNU, pelo que as parcelas não podem StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explor
ser somadas (existem doentes com mais do que um benefício ativo no RNU). e/dataset/utentes-isentos/?sort=periodo
Fonte: ACSS e SPMS
Entidade 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019*
Serviços e Fundos Autónomos 0,03 M€ 0,02 M€ 0,02 M€ 0,03 M€ 0,03 M€ 0,03 M€ 0,02 M€ 0,03 M€ 0,03 M€
Administrações Regionais de Saúde 40,3 M€ 90,5 M€ 88,3 M€ 88,7 M€ 95,0 M€ 88,8 M€ 87,9 M€ 92,5 M€ 97,6 M€
ARS Norte 8,3 M€ 29,6 M€ 28,6 M€ 28,9 M€ 31,5 M€ 30,4 M€ 29,5 M€ 33,3 M€ 34,8 M€
ARS Centro 4,6 M€ 15,9 M€ 15,7 M€ 15,7 M€ 16,5 M€ 15,6 M€ 15,7 M€ 16,5 M€ 17,6 M€
ARS LVT 21,9 M€ 37,1 M€ 37,0 M€ 37,3 M€ 40,4 M€ 36,6 M€ 36,5 M€ 36,1 M€ 37,5 M€
ARS Alentejo 1,7 M€ 2,9 M€ 1,9 M€ 2,1 M€ 2,1 M€ 2,1 M€ 2,1 M€ 2,2 M€ 2,8 M€
ARS Algarve 3,9 M€ 5,0 M€ 5,0 M€ 4,8 M€ 4,5 M€ 4,1 M€ 4,2 M€ 4,4 M€ 4,9 M€
Hospitais 57, M€ 86,7 M€ 93,2 M€ 90,4 M€ 94,5 M€ 83,5 M€ 74,9 M€ 69,9 M€ 72,3 M€
Hospitais SPA 2,7 M€ 2,8 M€ 2,5 M€ 2,2 M€ 2,2 M€ 2,4 M€ 2,3 M€ 1,2 M€ 0,5 M€
Hospitais, Centros Hospitalares e ULS, EPE 54,4 M€ 83,9 M€ 90,7 M€ 88,2 M€ 92,2 M€ 81,1 M€ 72,6 M€ 68,7 M€ 71,8 M€
Total Rendimentos 97,4 M€ 177,2 M€ 181,5 M€ 179,1 M€ 189,5 M€ 172,4 M€ 162,8 M€ 162,5 M€ 169,9 M€
Taxas cobradas** - 165,8 M€ 173,8 M€ 166,5 M€ 173,8 M€ 153,3 M€ 149,7 M€ 154,7 M€ 158,1 M€
*Dados provisórios
**Dados entre 2012 e 2014 apurados em Sistema Informático Gestão Económico Financeiro (SIGEF) e dados desde 2015 apurados em Sistema de Informação de
Gestão Orçamental (SIGO).
Fonte: ACSS
Para este efeito, entende-se por “pessoa com deficiência” aquela que, por motivo de perda ou
anomalia, congénita ou adquirida, de funções ou de estruturas do corpo, incluindo as funções
psicológicas, apresente dificuldades específicas suscetíveis de, em conjugação com os fatores do
meio, lhe limitar ou dificultar a atividade e a participação em condições de igualdade com as demais
pessoas. Por sua vez, “pessoa com incapacidade temporária” é aquela que por motivo de doença ou
acidente encontre, por um período limitado e específico no tempo, dificuldades específicas
suscetíveis de, em conjugação com os fatores do meio, lhe limitar ou dificultar a sua atividade e
participação diária em condições de igualdade com as demais pessoas.
Dada a sua natureza, o SAPA integra alguns produtos que se constituem como dispositivos
médicos e, por essa razão, o Ministério da Saúde tem vindo a promover a definição de regimes de
comparticipação de alguns desses produtos procurando, assim, facilitar o acesso dos utentes do SNS
e desburocratizar os mecanismos em que o acesso é assegurado, ao mesmo tempo que se simplifica
o processo de prescrição e controlo de despesa.
Neste contexto, os dispositivos médicos para apoio aos doentes ostomizados e com
incontinência ou retenção urinária, regulam-se pelos regimes de comparticipação definidos pela
Portaria n.º 92–E/2017, de 3 de março, alterada e republicada pelas Portarias n.º 111/2018, de 26
de abril e n.º 284/2016, de 4 de novembro, alterada e republicada pela Portaria n.º 92-F/2017, de 3
de março, respetivamente.
Estes regimes de comparticipação facilitam o acesso, na medida em que não acarretam qualquer
custo para os utentes do SNS, ao assegurarem a comparticipação a 100%, como referido nos diplomas
legais aplicáveis, sendo a respetiva dispensa efetuada nas farmácias comunitárias.
Em 2019, o SNS despendeu 23.880.798 euros com estes produtos, valor este que, face a 2018,
cresceu 31%, traduzindo-se em mais 161 mil prescrições.
Neste contexto, em 2019 o SNS efetuou cerca de 1.646.279 reembolsos, sensivelmente mais 468
mil reembolsos do que em 2018, correspondendo a uma despesa de 1.605.257 euros, valor este
superior em 46%, face ao período homólogo.
Importa também referir que a partir de 2018, o financiamento dos hospitais EPE, que outrora
era efetuado ao abrigo de um Programa Vertical, passou a integrar a verba atribuída nos Contratos-
Programa hospitalares, o que levou a que o tempo decorrido entre o reconhecimento da necessidade
de um produto de apoio em contexto de consulta externa e a sua atribuição ao utente passasse, a
partir desse momento, a depender apenas do tempo decorrido do desenvolvimento do processo de
aquisição. Assim, apenas os estabelecimentos hospitalares SPA e PPP mantêm o modelo de
financiamento por Programa Vertical de Ajudas Técnicas.
No decurso do ano 2019, o SNS apresentou despesa, no âmbito dos produtos de apoio atribuídos
em meio hospitalar, num total de 7.241.054 euros que corresponde a 14.916 produtos de apoio
disponibilizados diretamente aos utentes.
Var.
2016 2017 2018 2019
2019/2018
Encargos com produtos de apoio 4 184 330 € 6 081 604 € 7 810 020 € 7 241 054 € -7,3%
Nota: Nota: A execução financeira dos Hospitais EPE no âmbito do Contrato-Programa, ainda não se encontra concluída, pelo que os valores
apresentados são provisórios.
Fonte: ACSS
• Uma participação financeira em 75% da despesa na aquisição de óculos e lentes até ao limite
de 100 euros, por cada período de dois anos.
Estes benefícios, efetuados por reembolso, incidem apenas sobre a parcela não comparticipada
ou reembolsada.
A nível nacional, estavam inscritos 22.237 beneficiários do BAS no final de 2019 (- 858 do que
em 2018),
Em linha com o que se tinha verificado nos anteriores, a ARS Norte registou o maior número de
beneficiários, com uma percentagem de 50%, face ao total nacional, seguindo-lhe a ARS Centro com
uma percentagem de 24% de beneficiários inscritos.
Em relação ao número de pedidos de reembolso pagos, constata-se que, em 2019, 95% dos
pedidos (correspondente a 79.493) reportam-se a pedidos de reembolso de medicamentos, sendo
residual o número de pedidos de reembolso ao nível de despesa com a aquisição de óculos e lentes
(2.797) ou reparação de próteses dentárias removíveis (1.501).
Do montante total da despesa incorrida em 2019 (1.963.792 euros), cerca de 47%, o equivalente
a 926.708 euros da despesa, ocorreu na ARS Norte, região com maior número de beneficiários.
No que concerne ao reembolso de despesas com medicamentos, o valor dos pagamentos foi de
1.481.266 euros, que corresponde a cerca de 75% do montante total da despesa com a atribuição do
BAS.
Em 2019 registou-se uma diminuição de 10% na despesa total, quando comparada com a do
período homólogo.
Fonte: ACSS
Fonte: ACSS
ARS Norte 703 998 € 109 689 € 113 021 € 926 708 €
ARS Lisboa e Vale do Tejo 265 987 € 48 462 € 59 841 € 374 290 €
Fonte: ACSS
A ACSS desenvolveu o modelo de análise para a respetiva avaliação, dando ainda cumprimento
aos Despachos n.º 724/2013 e n.º 2296/2013, respetivamente de 14 de outubro e 1 de fevereiro, e
às recomendações do Tribunal de Contas, no sentido de que a celebração dos acordos com as IPSS
seja precedida de um levantamento das necessidades do SNS, da fixação de objetivos assistenciais
pretendidos pelo Estado e de uma análise custo-benefício que considere, designadamente, a
capacidade instalada do setor público.
Sobre este setor que complementa a resposta do SNS, foram preparadas as novas convenções de
âmbito nacional para as áreas de anatomia patológica e medicina nuclear, cujos trabalhos
culminaram na abertura de novas convenções em abril de 2017.
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Análises Clínicas 359 342 309 266 243 225 219 212 199 182
Anatomia Patológica 24 25 23 22 19 20 19 20 19 23
Cardiologia 232 236 209 212 206 200 202 202 202 198
Medicina Nuclear 11 10 8 8 10 9 8 8 9 9
Eletro-Encefalografia 26 25 20 18 17 16 16 19 17 16
Gastroenterologia 120 118 109 108 105 105 157 159 155 151
Medicina Física e de Reabilitação 288 297 284 279 296 296 300 299 297 296
Otorrinolaringologia 16 18 15 15 16 15 18 18 19 17
Pneumologia/Imunoalergologia 33 37 35 35 34 34 37 39 35 37
Neurofisiologia 6 6 5 3 1 1 6 9 8 8
Radiologia 364 356 334 331 329 323 323 320 320 315
Especialidades Médico-Cirúrgicas 40 35 19 18 19 21 20 20 17 14
Psicologia 7 9 6 4 2 3 3 5 3 3
Fonte: ACSS
Gráfico 69. Evolução das cinco áreas principais de prestadores de MCDT convencionados
400
350
315
300
296
250
198
200
182
150
151
100
50
0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Fonte: ACSS
encargos de 7% face ao valor faturado ao SNS em 2018, conforme se apresenta no quadro que se
segue.
À semelhança de anos anteriores, e no que se refere à distribuição dos encargos por área de
convenção, verifica-se que as mais representativas, em termos de despesa pública, são as Análises
Clínicas (37%), a Radiologia (23%), a Medicina Física e de Reabilitação (22%) e a Endoscopia
Gastrenterológica (11%).
Nas áreas de Análises Clínicas e de Radiologia, o crescimento rondou os 6%. Com efeito, através
dos Despachos n.º 3668-E/2017 e n.º 3668-G/2017, ambos de 24 de abril, aplicou-se, entre 2017 e
2019, um desconto sobre fatura e uma redução de preços, respetivamente, o que estará na base da
contenção do referido crescimento da despesa.
Desde 2011 tem sido muito acentuada a evolução do custo médio mensal com colonoscopias e
procedimentos relacionados, totalizando um valor médio de 3,6 milhões de euros em 2019, mais 4%
que em 2018.
Quadro 72. Encargos no setor convencionado, por área de convenção (em milhões de euros)
Var.
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
2019/2018
Análises Clínicas 235,2 M€ 198,9 M€ 160,1 M€ 160,2 M€ 166,9 M€ 173,7 M€ 169,0 M€ 171,2 M€ 176,4 M€ 186,4 M€ 5,7%
Anatomia Patológica 4,2 M€ 3,8 M€ 3,4 M€ 3,7 M€ 4,2 M€ 4,4 M€ 5,1 M€ 4,4 M€ 5,3 M€ 6,6 M€ 25,5%
Cardiologia 26,0 M€ 22,1 M€ 21,1 M€ 21,4 M€ 22,4 M€ 22,7 M€ 23,3 M€ 23,7 M€ 25,0 M€ 27,2 M€ 8,7%
Medicina Nuclear 1,4 M€ 2,8 M€ 4,3 M€ 4,5 M€ 4,2 M€ 4,3 M€ 4,6 M€ 3,6 M€ 3,4 M€ 4,0 M€ 20,3%
Eletroencefalografia 0,7 M€ 0,5 M€ 0,4 M€ 0,4 M€ 0,3 M€ 0,3 M€ 0,3 M€ 0,2 M€ 0,2 M€ 0,3 M€ 13,6%
Gastrenterologia 12,6 M€ 12,0 M€ 12,1 M€ 12,1 M€ 25,2 M€ 36,9 M€ 43,9 M€ 47,7 M€ 52,2 M€ 54,7 M€ 4,8%
Medicina Física e de Reabilitação 96,8 M€ 87,6 M€ 78,6 M€ 71,7 M€ 77,9 M€ 80,4 M€ 86,7 M€ 91,6 M€ 100,6 M€ 110,1 M€ 9,5%
Otorrinolaringologia 0,2 M€ 0,2 M€ 0,1 M€ 0,1 M€ 0,2 M€ 0,2 M€ 0,2 M€ 0,2 M€ 0,2 M€ 0,2 M€ 10,2%
Pneumologia e Imunoalergologia 2,5 M€ 2,0 M€ 1,5 M€ 1,6 M€ 1,8 M€ 2,0 M€ 2,1 M€ 2,1 M€ 2,3 M€ 2,5 M€ 11,3%
Neurofisiologia 0,3 M€ 0,2 M€ 0,2 M€ 0,2 M€ 0,2 M€ 0,1 M€ 0,2 M€ 0,3 M€ 0,4 M€ 0,5 M€ 41,0%
Radiologia 152,4 M€ 123,7 M€ 98,7 M€ 96,6 M€ 100,9 M€ 104,3 M€ 104,0 M€ 104,5 M€ 107,6 M€ 114,2 M€ 6,1%
Especialidades Médico-Cirúrgicas 0,9 M€ 0,4 M€ 0,3 M€ 0,3 M€ 0,3 M€ 0,3 M€ 0,3 M€ 0,3 M€ 0,2 M€ 0,1 M€ -18,5%
Psicologia 0,0061 M€ 0,0059 M€ 0,0133 M€ 0,0124 M€ 0,0005 M€ 0,0005 M€ 0,0003 M€ 0,0014 M€ 0,0004 M€ 0,0002 M€ -50,2%
Total 533,3 M€ 454,3 M€ 380,8 M€ 372,7 M€ 404,4 M€ 429,6 M€ 439,6 M€ 450,1 M€ 473,8 M€ 507,0 M€ 7,0%
Fonte: ACSS
Var.
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
2019/2018
Fonte: ACSS
Em termos de distribuição de doentes por faixa etária, regista-se uma concentração semelhante
na faixa etária igual ou superior a 75 anos de idade, e na faixa etária dos 25 aos 64 anos de idade
(38,8% e 33,6%, respetivamente) sendo também de destacar valores bastante reduzidos na faixa
etária entre os 0 e os 24 anos de idade (0,6%), valores em linha com os observados em 2018.
As regiões de saúde do Centro e do Algarve continuam a ter uma proporção de doentes do sexo
masculino superior à média nacional e à proporção observada nas restantes regiões, como ilustra o
Gráfico 70.
Quadro 74. Evolução do número total de doentes por ARS e do total de doentes
por 10 mil habitantes
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Número Número de
ARS Número de doentes de doentes/
doentes 10.000 Hab.
Norte 2 593 2 715 2 797 2 795 2 962 2 993 3 169 3 598 3 602 3 700 10,4
Centro 1 688 1 501 1 577 1 619 1 767 1 695 1 690 1 796 1 830 1 896 11,5
LVT 3 956 4 424 4 515 4 750 4 823 5 045 5 128 5 305 5 412 5 482 15,0
Alentejo 454 557 550 582 575 594 603 606 629 621 13,3
Algarve 367 416 406 389 412 426 412 505 478 480 10,9
Total 9 058 9 613 9 845 10 135 10 539 10 753 11 002 11 810 11 951 12 179 12,5
Fonte: ACSS
0-24
0,6%
25-64
33,6%
≥ 75
38,8%
65-74
27,0%
Fonte: ACSS e SPMS
Gráfico 71. Distribuição de doentes por género e por região de Saúde (2019)
Feminino Masculino
100%
80%
60% 62% 60% 61% 64%
60%
40%
0%
Norte Centro Lisboa e Vale do Tejo Alentejo Algarve
A insuficiência renal crónica é uma condição cujo controlo e acompanhamento exige a prestação
de um conjunto de cuidados específicos (sessões de diálise, medicamentos, MCDT). Desde 2008, o
Ministério da Saúde incentivou uma abordagem de gestão integrada da doença, de forma a garantir
aos doentes o acesso à maioria dos cuidados inerentes à sua condição, no mesmo local de prestação
e sem necessidade de deslocação ao hospital de referência (e.g. para levantamento de medicação).
Antes da implementação do modelo, a convenção em vigor apenas garantia ao doente em
hemodiálise, no próprio local de prestação, o acesso aos tratamentos dialíticos, sendo as restantes
componentes asseguradas em outras sedes. O estabelecimento de um preço compreensivo e a
prestação integrada de cuidados representou, uma profunda alteração na forma de aquisição dos
serviços de saúde pelo SNS, no seio do Setor Convencionado da Saúde.
Os dados referentes a 2019 evidenciam uma redução de 6,8% no que se refere aos custos com
hemodiálise, quando comparados com o período homólogo. Esta redução é justificada pelos
movimentos contabilísticos de especialização efetuados pela ARS Norte e pela ARS Lisboa e Vale do
Tejo em 2018.
Quadro 75. Evolução dos custos por ARS (em milhões de euros)
ARS 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018* 2019*
Norte 74,6 M€ 72,6 M€ 68,3 M€ 71,7 M€ 79,0 M€ 75,9 M€ 80,1 M€ 77,6 M€ 102,5 M€ 87,8 M€
Centro 36,6 M€ 41,3 M€ 37,1 M€ 38,7 M€ 38,1 M€ 39,7 M€ 39,2 M€ 48,4 M€ 40,0 M€ 41,2 M€
Lisboa e Vale do Tejo 113,2 M€ 113,2 M€ 116,9 M€ 119,9 M€ 124,9 M€ 126,0 M€ 117,8 M€ 122,9 M€ 129,1 M€ 122,2 M€
Alentejo 11,6 M€ 12,5 M€ 12,1 M€ 16,4 M€ 16,1 M€ 14,5 M€ 18,1 M€ 14,9 M€ 15,3 M€ 16,4 M€
Algarve 10,6 M€ 10,2 M€ 9,7 M€ 9,9 M€ 10,4 M€ 10,7 M€ 11,0 M€ 10,8 M€ 10,8 M€ 10,0 M€
Total 246,5 M€ 249,7 M€ 244,1 M€ 256,6 M€ 268,4 M€ 266,8 M€ 266,2 M€ 274,6 M€ 297,7 M€ 277,6 M€
*Dados provisórios
Nota: Variação entre 2017 e 2018 justificada pelos movimentos contabilísticos de especialização num total de 25M€ referentes a anos anteriores e
efetuados pela ARS Norte e de 10M€ pela ARS LVT referentes a registos da especialização de faturação não emitida de hospitais.
Fonte: ACSS e SPMS
Quadro 76. Custos por doente por região de saúde (em euros)
ARS 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018* 2019*
Norte 28 756 € 26 739 € 24 411 € 25 656 € 26 654 € 25 409 € 25 275 € 21 661 € 28 452 € 23 738 €
Centro 21 669 € 27 496 € 23 520 € 23 897 € 21 538 € 20 798 € 23 220 € 27 528 € 21 864 € 21 728 €
Lisboa e Vale do Tejo 28 626 € 25 585 € 25 895 € 25 235 € 25 890 € 25 294 € 22 971 € 23 226 € 23 856 € 22 293 €
Alentejo 25 465 € 22 448 € 22 076 € 28 229 € 28 070 € 24 565 € 29 959 € 24 464 € 24 360 € 26 338 €
Algarve 28 869 € 24 438 € 23 816 € 25 386 € 25 291 € 25 169 € 26 673 € 21 509 € 22 629 € 20 818 €
Total 27 218 € 25 978 € 24 795 € 25 315 € 25 471 € 24 572 € 24 194 € 23 393 € 24 914 € 22 792 €
*Dados provisórios
Nota: O valor total referente a 2018 foi atualizado à data, em consequência dos movimentos contabilísticos de especialização num total de 25M€, referentes a anos anteriores
e efetuados pela ARS Norte e de 10M€ da ARS LVT no registo da especialização referente a faturação não emitida de hospitais.
Fonte: ACSS e SPMS
Para além da clarificação dos direitos dos doentes, a Diretiva visa ainda estabelecer as condições
em que os custos com a prestação de cuidados de saúde noutros Estados-Membros podem ser
reembolsados, tendo em conta a jurisprudência do Tribunal de Justiça Europeu.
Neste contexto, o beneficiário do SNS poderá recorrer à prestação de cuidados de saúde fora do
território nacional, sendo reembolsado pelos custos incorridos até ao limite que seria assumido pelo
Estado português, enquanto responsabilidade financeira do SNS, nos termos da tabela de preços em
vigor e do regime geral das comparticipações no preço dos medicamentos.
Por outro lado, o cidadão nacional de outro Estado-Membro pode recorrer a cuidados de saúde
prestados em Portugal, de acordo com a legislação em vigor.
Autorização Prévia
Na sequência da transposição desta legislação europeia, está sujeito a autorização prévia o
reembolso dos cuidados de saúde transfronteiriços cirúrgicos que exija internamento durante pelo
menos uma noite, assim como, os cuidados de saúde transfronteiriços que exijam recursos a
infraestruturas ou equipamentos médicos altamente onerosos e de elevada especialização,
identificados através da Portaria n.º 91/2014, de 25 de setembro. A autorização prévia é um
mecanismo que se aplica aos pedidos apresentados pelos beneficiários do SNS que pretendam aceder
a cuidados de saúde noutro Estado-Membro, no âmbito da Diretiva 2011/24/UE.
Reembolso
Sem prejuízo do referido quanto à autorização prévia, os beneficiários do SNS têm direito ao
reembolso das despesas diretamente relacionadas com os cuidados de saúde transfronteiriços
prestados noutro Estado-Membro, desde que os cuidados em questão se constituam como cuidados
de saúde, que caberia ao Estado português garantir através do SNS ou dos Serviços Regionais de
Saúde e o Estado português seja considerado Estado-Membro de afiliação.
As prestações de saúde elegíveis para reembolso são as previstas na tabela de preços do SNS 17,
bem como nos regimes jurídicos das comparticipações do Estado no preço dos medicamentos.
Este instrumento é um mecanismo de acesso exclusivo dos hospitais públicos nacionais que,
perante a sua incapacidade de resposta à situação clínica apresentada, desencadeiam o pedido de
assistência médica no estrangeiro. Após o deferimento da Diretora-Geral da Saúde, a
17 APortaria nº254/2018, de 7 de setembro, altera a Portaria n.º 207/2017, de 11 de julho, que aprova os Regulamentos e as Tabelas de
Preços das Instituições e Serviços Integrados no Serviço Nacional de Saúde
responsabilidade financeira das despesas resultantes da mencionada prestação, assim como outros
encargos previstos na Lei, são assumidos pelo Estado português.
O SNS assume, assim, o compromisso ético e deontológico de garantir a cada doente o acesso a
cuidados de saúde de qualidade e em conformidade com os melhores padrões de segurança. Na
impossibilidade de assegurar a resposta em determinadas condições, designadamente por falta de
capacidade instalada para prestar cuidados de elevada especialização, o SNS assegura a referenciação
dos utentes para centros estrangeiros de elevada diferenciação.
600
528 532
499
500 462
400 376
332
310
300 279
200
100
0
2016 2017 2018 2019
Fonte: DGS
O quadro seguinte reflete o movimento de doentes por especialidade, sendo que a referenciação
na área da Genética é de produtos biológicos (e não de doentes) para estudo genético, estudo
molecular ou laboratorial (42%). Seguem-se as áreas da Cirurgia de Cardiotorácica (18%), da
Oftalmologia (8%), da Ginecologia/Obstetrícia (6%), da Pediatria (4%) e da Pneumologia (3%).
Genética Médica* 85 30% 128 41% 136 41% 199 53% 550 42%
Ginecologia/Obstétrica 26 9% 26 8% 13 4% 7 2% 72 6%
Pediatria 21 8% 11 4% 12 4% 14 4% 58 4%
Pneumologia 9 3% 9 3% 12 4% 9 2% 39 3%
Total 279 100% 310 100% 332 100% 376 100% 1 301 100%
* Não existe a deslocação do doente, mas apenas o produto biológico do doente é enviado para estudo ou exame molecular/genético
Fonte: DGS
18 Consideram-se Países Terceiros aqueles que não pertencem ao espaço do Espaço Económico Europeu e Suíça.
Estes doentes estão sujeitos a regras e procedimento no acesso ao SNS que os distinguem dos
demais cidadãos estrangeiros, por força da aplicação dos referidos acordos de cooperação,
adquirindo o estatuto de doentes evacuados.
Não são abrangidos pelo âmbito dos Acordos de cooperação no domínio da saúde, os pedidos de
assistência médica de cidadãos dos PALOP, que não tenham sido aprovados pela Junta Médica
Nacional ou pela autoridade de saúde competente do respetivo país, rececionados e validados pela
Direção-Geral da Saúde.
O gráfico seguinte apresenta a evolução do fluxo do acesso destes cidadãos, durante 2019.
Gráfico 73. Número total de doentes evacuados dos PALOP para o SNS
3 200
2 705
2 800
2 307
2 400
1 748
1 692
2 000
1 595
1 250
1 600
1 200
831
661
659
654
619
618
800
284
234
229
222
123
400
82
59
46
35
32
14
11
0
Angola Cabo Verde Guiné-Bissau Moçambique S.Tomé e Príncipe Total
Fonte: DGS
Sustentabilidade
O Compromisso para a sustentabilidade e o desenvolvimento do SNS, assinado no dia 26 de
fevereiro de 2016 entre o Ministério da Saúde e as associações representativas da indústria
farmacêutica, das farmácias, dos grossistas e da indústria de dispositivos médicos, visa manter a
convergência numa política sustentável na área do medicamento e produtos de saúde, conciliadora
do rigor orçamental.
A 15 de março de 2016 foi assinado um acordo entre os Ministérios da Saúde, da Economia e das
Finanças e a APIFARMA, promovendo um controlo da despesa com medicamentos nos mercados
hospitalar e ambulatório e a introdução de medicamentos inovadores, com vigência para 2016-2018,
e renovado até 2020.
Mercado do medicamento
No ano de 2019, os encargos do SNS e dos utentes com medicamentos apresentam um aumento
de 5,8% e 3,1%, respetivamente, quando comparados com 2018.
Gráfico 74. Evolução dos encargos do SNS e dos utentes com medicamentos e
volume de embalagens comercializadas
SNS (em milhões de euros) Utente (em milhões de euros) Embalagens (em milhões)
2 000 180
1 639 160
Milhões de Embalagens
1 600 140
Milhões de Euros
1 326 1 327
1 214 1 255 120
1 173 1 160 1 170 1 182 1 190
1 200
100
799 80
707 683 689 703 710 697 700 711 733
800
60
400 40
20
0 0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Fonte: INFARMED
Quadro 78. Evolução dos encargos do SNS e dos utentes com medicamentos e
volume de embalagens comercializadas
Var.
Coluna1 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
2019/2018
SNS 1 639 M€ 1 326 M€ 1 173 M€ 1 160 M€ 1 170 M€ 1 182 M€ 1 190 M€ 1 214 M€ 1 255 M€ 1 327 M€ 5,8%
Utente 707 M€ 799 M€ 683 M€ 689 M€ 703 M€ 710 M€ 697 M€ 700 M€ 711 M€ 733 M€ 3,1%
Embalagens (em milhões) 140 140 140 149 153 155 156 157 161 165 2,4%
Fonte: INFARMED
8€
6€ 5,71 €
4,87 €
4,62 € 4,59 € 4,58 € 4,47 € 4,45 € 4,44 €
4,41 €
4€
2€
0€
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Fonte: INFARMED
Ainda em relação aos genéricos, importa destacar que, em 2019, se alcançou o melhor resultado
de sempre em termos de consumo de medicamentos genéricos em Portugal, quer se analise a quota
de medicamentos genéricos em unidades (48,7%) quer em Dose Diária Definida (54,4%).
Quota de medicamentos genéricos em Dose Diária Definida Quota de medicamentos genéricos no mercado concorrencial
100%
80%
64,4%
64,4%
64,1%
63,6%
63,5%
63,0%
61,4%
59,0%
54,4%
54,3%
53,7%
53,0%
52,9%
52,8%
52,7%
51,5%
48,7%
48,4%
47,5%
47,3%
47,3%
47,0%
46,5%
60%
44,7%
42,0%
41,2%
36,2%
25,4%
40%
25,0%
24,6%
24,3%
24,1%
23,0%
22,8%
21,0%
20%
4,6%
0%
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
80%
72,2%
67,3%
62,7%
60%
47,9%
42,5%
40% 36,0%
26,0% 25,4%
20% 13,8%
7,3%
4,1% 4,6%
0%
2014 2015 2016 2017 2018 2019
Fonte: INFARMED
Ambulatório Hospitalar
60
50 50
40
49
23 35
30 13
7
31
13
20
11
13 24 22 24 24
10
16 16
12 11 9
5
0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Fonte: INFARMED
Neste ano, Portugal participou ativamente nos projetos europeus, em particular na avaliação
conjunta no âmbito da EUnetHTA, sendo pela primeira vez autor de uma avaliação conjunta ao nível
europeu.
Ensaios clínicos
Os ensaios clínicos são um instrumento indispensável para a investigação e desenvolvimento de
novos medicamentos, tendo assim um papel fundamental na melhoria das condições de saúde dos
utentes.
19 Destacam-se duas cooperações internacionais: EUnetHTA, rede europeia de colaboração das autoridades de avaliação de tecnologias de saúde
cujo Comité Executivo o INFARMED integra, que visa a avaliação de tecnologias de saúde bem como o desenvolvimento de ferramentas de
avaliação; Declaração de La Valletta, onde 10 Estados Membros (Portugal, Chipre, Croácia, Eslovénia, Espanha, Grécia, Irlanda, Itália, Malta, e
Roménia) expressaram vontade política de cooperar com objetivo de garantir acesso dos pacientes a novos medicamentos e tratamentos,
garantindo a sustentabilidade dos sistemas de saúde. Para alcançar este objetivo, foi criado um comité permanente, Valletta Technical
Committee, co-presidido pelo INFARMED, que tem trabalhado na promoção do acesso ao medicamento através de troca de informação sobre
medicamentos e outras tecnologias bem como avaliação e negociação conjunta.
200
40
0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Hepatite C
No âmbito do acesso à terapêutica para tratamento do vírus da Hepatite C encontram-se
disponíveis 5 medicamentos antivíricos de ação direta para tratar a doença.
A decisão do Ministério da Saúde de tratar todas as pessoas infetadas pelo vírus da Hepatite C
faz com que Portugal seja um dos primeiros países a nível mundial, a implementar uma medida
estruturante para a eliminação deste grave problema de saúde pública.
Neste sentido, os primeiros números revelam que 36% da despesa com dispositivos médicos no
meio hospitalar ocorre na área dos dispositivos médicos de uso geral, 26% e 25% da despesa surge
na área da musculosquelética/ortopedia e cardiologia, respetivamente.
Neste capítulo são apresentados os sistemas de informação que registaram melhorias em 2019,
através da inclusão de mecanismos que permitem a introdução de melhores práticas na organização
da prestação de cuidados e na resposta do SNS, com ganhos de eficácia e eficiência, maior equidade
no acesso a cuidados, maior responsabilização a todos os níveis do sistema de saúde e maior
transparência da informação para utentes, profissionais e instituições prestadoras de cuidados,
entidades pagadoras, reguladoras, cidadãos em geral.
18.1 SNS 24
O SNS 24 é constituído por uma equipa multidisciplinar, onde trabalham médicos, enfermeiros,
farmacêuticos, psicólogos, gestores, informáticos, biomédicos e administrativos. A equipa que atende
telefonicamente, por exemplo, conta com cerca de 800 enfermeiros e 30 administrativos. Estes
recursos estão disponíveis 7 dias por semana, 24 horas por dia.
i. Nos casos em que seja identificada uma situação de emergência, o contacto é transferido
direta e imediatamente, através de linha dedicada para o INEM, a fim de serem
desencadeados os meios de emergência necessários.
ii. Nos casos em que seja identificada uma situação de intoxicação, o contacto deve ser
transferido direta e imediatamente para o Centro do Informação Antivenenos (CIAV) do
INEM, a fim de serem desencadeados as ações de diagnóstico e tratamento adequados.
Quadro 79. Atividade operacional SNS 24: Triagem, Aconselhamento e Encaminhamento (2019)
fev/19 129 452 127 822 1 011 513 99,5% 0,4% 24 019
mar/19 104 780 103 789 729 215 99,7% 0,2% 18 812
out/19 107 999 105 435 1 775 722 99,3% 0,7% 19 412
nov/19 111 679 109 411 1 641 553 99,4% 0,5% 19 275
dez/19 138 483 135 205 1 871 946 99,0% 0,7% 23 593
Fonte: SPMS
240 000
180 000
186 368
135 205
120 000
127 822
0
jan/19 fev/19 mar/19 abr/19 mai/19 jun/19 jul/19 ago/19 set/19 out/19 nov/19 dez/19
Fonte: SPMS
Quadro 80. Atividade de prestação SNS 24: Triagem Aconselhamento e Encaminhamento (2019)
Fonte: SPMS
450 000
350 000
308 068
300 000 277 847
250 000
200 000
150 000
100 000
61 311
50 000
9 648
0
Serviço de Urgência Autocuidados Cuidados de Saúde Transferência INEM Transferência CIAV
Primários
Fonte: SPMS
Serviços Administrativos
Estes serviços para contactos de teor não clínico distinguem-se dos serviços informativos, por
implicarem o acesso a consulta e registo da informação administrativa do cidadão. Atualmente estão
implementados os seguintes serviços: (i) marcação de consultas nos CSP; (ii) submissão de
requerimentos de isenção de taxas moderadoras por insuficiência económica; (iii) campanha
outbound de vale cirurgia onde são contactados utentes com nota de transferência/vale cirurgia ativo
no sentido de informar sobre este procedimento, e de sensibilizar para uma tomada de decisão célere
sobre a utilização do vale.
Serviços de Telecuidados
No âmbito de serviços de telecuidados foi iniciado e desenvolvido em 2018, um projeto no
contexto da Avaliação Biopsicossocial Sénior – o projeto Proximidade Sénior. Este projeto foi
desenhado em colaboração com os dois ACES participantes (ACES Oeste Sul e ACES Porto Oriental)
para acompanhamento da população idosa frágil. Constituiu-se uma nova abordagem baseada na
integração de cuidados. O SNS 24 contacta os utentes incluídos no projeto com um telefonema
semanal onde são abordados vários conteúdos de saúde e identificadas situações que necessitam de
uma intervenção de proximidade realizada a nível local.
Assim os utentes frágeis incluídos no projeto são contactados, através de telefonema semanal,
onde se abordam vários conteúdos de saúde e identificadas situações que necessitem de outro tipo
de intervenção, realizada a nível local.
O projeto que arrancou com 19.030 utentes (universo de utentes com mais 75 anos, inscritos
nas unidades de saúde da área de influência dos ACES referidos, com telefone fixou ou móvel), teve
continuidade em 2019, realizando-se mais de 85 mil contactos com os cidadãos idosos.
Chamadas Chamadas
Chamadas Chamadas %
Coluna1 abandonadas abandonadas % Abandono
Oferecidas Atendidas Atendimento
<=15s >15s
jan/19 15 507 15 298 163 47 98,7% 1,1%
Fonte: SPMS
Enfermeiros Administrativos
Coluna1
Recebidos Tratados Recebidos Tratados
Fonte: SPMS
Quadro 83. Resumo de marcação de consultas SNS 24: serviço administrativo (2019)
Gráfico 82. Marcação de consultas SNS 24: serviço administrativo - com sucesso (2019)
900
765
750
623
580
600
413 415
450
345 353
432
300
0
jan/19 fev/19 mar/19 abr/19 mai/19 jun/19 jul/19 ago/19 set/19 out/19 nov/19 dez/19
Fonte: SPMS
Quadro 84. Atividade operacional SNS 24: Outbound – Nota de Transferência/Vale Cirurgia
O SIGA constitui-se como uma oportunidade de melhorar o acesso dos utentes ao SNS, com
impacto geral nos serviços prestados pelos hospitais, nos cuidados primários e na resposta aos
utentes.
Em 2019, através do CTH foram monitorizadas 35,1% do total de primeiras consultas realizadas,
um acréscimo de 0,4 p.p. em relação a 2018.
Gráfico 83. Peso das primeiras consultas CTH no total de primeira consulta
40%
34,2% 34,7% 35,1%
33,9%
32,7%
31,3%
28,8%
30% 26,4%
23,9%
20%
10%
0%
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Fonte: ACSS
O Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia, criado em 2004, pela Resolução do
Conselho de Ministros n.º 79/2004, de 24 de junho, efetua, através de uma base de dados
centralizada, a gestão integrada da resposta do SNS no âmbito da cirurgia programada.
O SIGIC também está integrado no SIGA SNS, permitindo assim monitorizar a continuidade da
resposta programada aos utentes e rentabilização da capacidade instalada no SNS, com ganhos ao
nível da melhoria da eficiência da resposta cirúrgica e do cumprimento dos TMRG.
A aplicação SIGLIC tem como objetivo o cumprimento do regulamento do SIGIC, tendo um papel
fundamental na centralização dos dados de todos os hospitais da rede SNS, independentemente do
seu sistema hospitalar, e nos processos relacionados com as transferências de utentes entre
hospitais, públicos ou privados convencionados.
Além dos módulos de Gestão, Consulta Externa, Hospital de Dia, Internamento, Nutrição e
Alimentação, TSDT, Triagem, Urgência e Bloco Operatório, o SClínico Hospitalar integra dois novos
módulos, nomeadamente a VCI – Visão Clínica Integrada (que substituirá a funcionalidade atual de
processo clínico eletrónico) e o BI Hospitalar (business intelligence para profissionais).
• a migração para SONHO V2, do Centro Hospitalar e Universitário de São João e Unidade Local
de Saúde do Nordeste.
• a migração de mais três serviços de Urgência para SClínico Hospitalar (Unidade Local de
Saúde do Baixo Alentejo, Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira e Hospital
Distrital de Santarém).
• Projeto Piloto no Hospital Garcia de Orta para Whiteboard digital, em substituição do quadro
branco das salas de enfermagem.
Em 2019, contabilizaram-se mais de 600 profissionais de saúde com acesso a esta ferramenta
de gestão, com a possibilidade de analisar, em detalhe, os mais de 1.511 milhões de episódios
codificados nesse ano, num total de mais de 11.929 milhões de episódios a monitorizar e acompanhar
desde 2013.
Esta ferramenta, desenvolvida pela SPMS, está implementada em mais de 300 instituições,
sendo utilizada por cerca de 18 mil profissionais.
O SClínico CSP insere-se na estratégia definida pelo Ministério da Saúde para a área de
informatização clínica do SNS, que prevê a uniformização dos procedimentos dos registos clínicos,
de forma a garantir a normalização da informação.
O acesso a informação clínica variada do utente, a utilização e partilha dos dados com
profissionais de saúde de diversas áreas e a sistematização dos mesmos, permite homogeneizar as
práticas e a informação recolhida a nível nacional, tornando a atuação dos profissionais de saúde
mais eficaz e eficiente, fazendo com que desempenhem melhor o seu papel na equipa
multidisciplinar, possibilitando um melhor apoio, assistência e acompanhamento ao utente.
O SISO é uma aplicação web acedida por serviços públicos e por prestadores privados que inclui
todas as funcionalidades necessárias à gestão do Programa, a partir de qualquer nível da
administração do sistema de saúde, disponibilizando dados sobre a oferta de cuidados, o número e
tipo de beneficiários, a utilização dos cheques dentista, a saúde oral dos utentes e permitindo,
também, o acompanhamento da execução do programa na vertente da sua integração com o
Programa de Saúde Escolar, o controlo da faturação e pagamento dos atos terapêuticos e, ainda, a
emissão dos cheques dentista.
A informação referente à atividade desta área para 2019 encontra-se explanado no 3.4 deste
relatório.
Para operacionalização dos BAS foi implementado um sistema informático centralizado na ACSS,
o sistema de Informação sobre Benefícios Adicionais em Saúde, disponibilizado via web e acedido
pelos ACES e respetivas Unidades Funcionais. Através do SISBAS é realizado o registo dos pedidos de
reembolso e despesas efetuadas e ainda não reembolsadas, bem como a transmissão da informação
referente às respetivas ordens de pagamento e à efetiva liquidação dos reembolsos.
A informação referente aos Benefícios Adicionais de Saúde para 2019, encontram-se disponíveis
no ponto 14 do presente relatório.
No que diz respeito à segurança para o utente, esse benefício traduz-se no acesso, pelos
profissionais de saúde, a toda a informação disponível sobre o utente, independentemente do seu
local de registo, sempre com a concordância e autorização do próprio, responsável pelos seus dados.
Essa situação traduz-se, igualmente, no apoio à boa prática clínica, uma vez que o contexto dessa
prática ficará alicerçado num mais amplo e fidedigno conjunto de informação, dado que agrega todo
o conhecimento registado isoladamente sobre o utente em cada uma das organizações.
O acesso à informação pelo RSE está disponível através de quatro portais específicos, seguros e
contextualizados.
O ano de 2019 permitiu não só continuar a melhorar nesta área como aumentar a
disponibilização de informação ao cidadão, permitindo uma navegação mais intuitiva e uma mais
clara alocação dos serviços eletrónicos por categorias, criando a componente de Planos de Cuidados
e Percurso de Vida.
É possível ao cidadão aceder aos seguintes serviços digitais, a partir da Área do Cidadão do
Portal SNS:
• Marcar consulta para o médico de família na sua unidade de saúde dos cuidados de saúde
primários.
• Consultar o estado de referenciação dos pedidos efetuados dos hospitais para os cuidados
de saúde (apenas para alguns hospitais).
Como referido anteriormente, caso o cidadão assim o autorize, toda a informação por este
registada na Área do Cidadão do Portal SNS, pode ser partilhada com os profissionais de saúde que o
acompanham, simplificando o processo de recolha de informação e acompanhamento dos utentes.
Adicionalmente, e segundo a Lei n.º 52/2014, de 25 de agosto, o cidadão pode autorizar a partilha do
seu Resumo de Saúde a profissionais de saúde de outros Estados-Membros para que o possam
consultar numa emergência médica.
O quadro que se segue apresenta a evolução do número de utentes inscritos na Área do Cidadão
que, tal como observado em anos anteriores, continua a registar um acréscimo.
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Fonte: SPMS
O acesso a esta Área do Profissional é efetuado através do sistema informático utilizado pelo
prestador de serviços de saúde e está disponível em instituições públicas e privadas,
disponibilizando acesso a informação constante das bases de dados locais.
Este portal permite a intercomunicação entre os sistemas de informação de cada uma das
instituições de saúde do SNS, viabilizando, assim, a agregação e visualização da informação de saúde
dos utentes registados, quando e onde for necessário. Em 2019 verificaram-se 25.107.631 acessos
em dias úteis.
O processo de acesso e visualização das imagens e relatórios do utente no SNS tornou possível
que os MCDT, que tenham sido efetuados nos hospitais, com licença adequada, possam ser
consultados, em qualquer ponto do SNS em que ele se encontre, durante o processo de prestação de
cuidados. Até finl de 2019, esta partilha de imagens era possível em 50 instituições de saúde.
O RSE Live constitui-se como uma área geral para aplicação da telemedicina, que permite a
teleconferência com utentes e entre entidades do SNS para aqueles que dispõem de computador
pessoal com webcam para realização de uma teleconsulta, com partilha de imagens e outros
documentos.
Área Institucional
A Área Institucional pretende disponibilizar, à Área do Profissional, um conjunto de estatísticas
referentes ao SER (backoffice do módulo Vacinas, Gestão de Convocatórias e Estatísticas). Nesta fase,
esta área do portal permite essencialmente a obtenção de dados sobre o uso do sistema para
auditoria e monitorização, e detetar falhas, usos indevidos, e assim contribuir para garantir a
proteção de dados e da privacidade.
Área Administrativa
A Área Administrativa, integrada no RSE, permite fornecer serviços administrativos ao Centro
de Contacto do Serviço Nacional de Saúde - SNS24, nomeadamente o acesso a algumas
funcionalidades já disponíveis na Área do Cidadão, com o intuito de apoiar o atendimento do utente
pelo SNS 24, tais como:
No ano de 2019, destaca-se a ativação do Cartão de Receitas e Guias de Tratamento (com 3,5
milhões de ativações), do Cartão de Identificação no SNS (com 741,8 milhões de ativações) e o
Boletim de Vacinas (com 612,8 milhões de ativações).
Quanto ao indicador referente ao número de downloads das aplicações móveis MySNS durante
o ano de 2019, identificam-se mais de 129 mil downloads da MySNS (perfazendo um total cumulativo
de 360.789), 15.137 downloads da MySNS Tempos (perfazendo um total cumulativo de 74.542) e
233.914 downloads da aplicação MySNS Carteira (um total cumulativo de 504.965).
Quanto à aplicação móvel SICO Mobile, destinada à emissão de certificados eletrónicos de óbito,
registou um total de 754 certificados de óbito emitidos via smartphone ou tablet.
Em 2019, o número de downloads das aplicações para profissionais de ascendeu aos 22.811
downloads para a PEM Móvel e 729 downloads para o SICO Mobile (um total cumulativo de 1.028).
Desde a sua implementação até ao final de 2019, mais de 30 mil portugueses registaram o seu
testamento vital, um documento registado eletronicamente, onde se manifesta o tipo de tratamento
e de cuidados de saúde que se pretende ou não receber, numa situação de incapacidade em expressar
a sua vontade. Este sistema permite ainda, ao cidadão, nomear um ou mais procuradores de cuidados
de saúde.
Dos 30. 475 testamentos vitais registados, 19.996 são de mulheres e 10.479 de homens.
Total Testamento Vital (TVs) 881 1 168 4 234 11 983 6 064 6 145
TVs Masculinas (< 65 anos) 134 171 900 2 526 1 350 1 210
TVs Masculinas (>= 65 anos) 214 253 632 1 515 686 888
TVs Femininas (< 65 anos) 242 335 1 495 4 441 2 400 2 284
TVs Femininas (>= 65 anos) 291 409 1 207 3 501 1 628 1 763
Fonte: SPMS
No ato da dispensa nas farmácias, o utente poderá optar por levantar todos os produtos
prescritos, ou apenas parte deles, sendo possível levantar os restantes em diferentes
estabelecimentos e em datas distintas.
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Número Receitas com Papel - 49 545 541 61 714 082 92 912 147 108 558 894 112 256 823 58 877 162 6 132 715 3 345 729 3 561 282
Número Receitas sem Papel 0 0 0 0 0 22 369 24 260 830 49 139 634 51 787 248 53 357 374
Nota: A partir de 2016, o número total de receitas regista uma diminuição, devido ao facto de
StatLink: https://www.sns.gov.pt/monitorizacao-
conterem maior número de prescrições por receita.
Fonte: SPMS do-sns/receita-sem-papel/
Com a Receita Sem Papel, o cidadão recebe a prescrição por e-mail ou SMS, podendo levantar os
medicamentos em qualquer farmácia e consultar o seu guia de tratamento no tablet ou telemóvel,
através da Área do Cidadão do Portal SNS. Basta registar-se em www.sns.gov.pt/cidadão. É ainda
possível usar a MySNS Carteira para aceder às Guias de Tratamento.
O projeto Exames Sem Papel visa a desmaterialização de todo o processo associado à realização
de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica, preconizando uma alteração de paradigma
quanto à gestão dos recursos do SNS.
O projeto arrancou com a primeira requisição desmaterializada em julho de 2018, tendo sido
emitidas até ao final do ano de 2019 cerca de 5.535.747 requisições desmaterializadas, contendo
cerca de 29.267.575 MCDT distintos. Paralelamente, até final do ano de 2019 foram prestados
20.724.440 MCDT.
Também no final de 2019, eram já 53 as entidades (47 entidades convencionadas e seis unidades
do SNS) que se encontravam a partilhar resultados de exames na Área do Cidadão do Portal SNS dos
seus utentes e na área dos seus profissionais de saúde, totalizando 2.941.300 partilhas de resultados
de MCDT (851.488 resultados com origem no sector convencionado e 2.089.812 resultados com
origem no SNS). Adicionalmente, verificou-se que 2.474.265 de utentes distintos receberam
requisições desmaterializadas desde julho 2018 até final de 2019.
Em 2019, foi publicado o Despacho n.º 7275/2019, de 16 de agosto 20, que define os
procedimentos relativos à prescrição de CRD a utentes do SNS, assim como os relativos à faturação e
pagamento aos fornecedores destes serviços prestados no âmbito dos respetivos contratos públicos
de aprovisionamento em vigor.
todo o território nacional – bem como da componente de WIFI para todos os utentes do SNS e, ainda,
um modelo de comunicação unificada para os cuidados de saúde primários, assente em tecnologia
VoIP e na disponibilização de equipamentos móveis e fixos.
Em janeiro de 2018, o RON passou a ser um sistema central sendo que, atualmente, 73
instituições públicas e privadas do continente e da Região Autónoma da Madeira e, ainda, 4 ACES do
continente e 6 centros de saúde da RAM, registam no RON.
Durante o ano de 2019 foi desenvolvido um elevado número de indicadores públicos e privados
a disponibilizar, gradualmente, durante o ano de 2020.
Esta solução foi desenhada e disponibilizada com informação que permitisse caracterizar todas
as unidades funcionais dos CSP, qualificar o seu desempenho de forma integrada e multidimensional,
contribuindo assim para o seu desenvolvimento e melhoria contínua.
O portal BICSP, nas suas três componentes, foi disponibilizado a 15 de dezembro de 2017 e
passou por desenvolvimentos ao longo do ano de 2018 e 2019, resultando no enriquecimento da
informação relevante e pertinente no diagnóstico dos cuidados de saúde primários no SNS:
3. Ferramenta para criação dos planos de ação das unidades funcionais (contratualização
interna).
Conclusão
Genericamente, os resultados demonstram que o ano de 2019 foi um ano positivo em termos
de acesso dos cidadãos à prestação de cuidados de saúde.
Não obstante, reconhece-se que o aumento da oferta gera procura, pelo que as instituições do
SNS enfrentam desafios significativos.
Por esse motivo, em 2020, o XXII Governo Constitucional aumentou o orçamento inicial do
Serviço Nacional de Saúde em mais de 941 milhões de euros face ao orçamento de 2019, no maior
reforço da dotação orçamental inicial da sua história.
Este esforço orçamental é o reflexo de escolhas políticas de capacitação do SNS e de uma ação
governativa focada em três vértices: (i) qualificação do acesso; (ii) motivação dos profissionais de
saúde; e (iii) investimento na rede do SNS.
O sucesso deste compromisso assenta não só em mais recursos financeiros, mas, sobretudo, nas
pessoas: nos profissionais de saúde - nas suas condições de trabalho, na sua motivação – e nos
cidadãos – na resposta às suas necessidades, na aposta na sua literacia e na abertura à sua
participação.
Anexos
Var. Var.
2018 2019
2019/2018 2019/2015
Número de
Número de
utentes
utentes Percentagem Percentagem Percentagem Percentagem
Número de Número de inscritos
inscritos de utentes de utentes de utentes de utentes
Concelho utentes utentes com
com médico com médico com médico com médico com médico
inscritos inscritos médico de
de família de família de família de família de família
família
atribuído
atribuído
Arcos de Valdevez 21 540 21 519 99,9% 21 517 21 498 99,9% 0,0% 0,6%
Cabeceiras de Basto 16 450 16 442 100,0% 16 375 16 360 99,9% -0,1% 0,2%
Castelo de Paiva 16 072 16 064 100,0% 16 016 16 006 99,9% -0,1% 0,4%
Oliveira de Azeméis 67 394 67 287 99,8% 67 665 67 612 99,9% 0,1% 2,8%
Paredes de Coura 8 692 8 638 99,4% 8 757 8 751 99,9% 0,5% 0,6%
Ponte da Barca 11 828 11 815 99,9% 11 763 11 752 99,9% 0,0% 2,1%
Ponte de Lima 43 126 43 091 99,9% 42 956 42 915 99,9% 0,0% 0,1%
Póvoa de Lanhoso 21 342 21 330 99,9% 21 376 21 353 99,9% 0,0% 1,0%
Póvoa de Varzim 67 591 67 520 99,9% 68 060 67 970 99,9% 0,0% 0,1%
São João da Madeira 22 912 22 895 99,9% 22 895 22 871 99,9% 0,0% 0,4%
Vieira do Minho 12 345 12 327 99,9% 12 230 12 216 99,9% 0,0% 6,8%
Marco de Canaveses 51 576 51 470 99,8% 51 287 51 208 99,8% 0,0% 13,3%
Mondim de Basto 7 040 7 003 99,5% 6 951 6 935 99,8% 0,3% 8,8%
São João da Pesqueira 7 211 7 200 99,8% 7 121 7 109 99,8% 0,0% 10,7%
Vale de Cambra 21 949 21 889 99,7% 21 899 21 857 99,8% 0,1% 1,3%
Vila do Conde 82 534 82 425 99,9% 83 241 83 104 99,8% -0,1% 0,0%
Guimarães 161 621 161 360 99,8% 162 066 161 515 99,7% -0,1% 1,2%
Var. Var.
2018 2019
2019/2018 2019/2015
Número de
Número de
utentes
utentes Percentagem Percentagem Percentagem Percentagem
Número de Número de inscritos
inscritos de utentes de utentes de utentes de utentes
Concelho utentes utentes com
com médico com médico com médico com médico com médico
inscritos inscritos médico de
de família de família de família de família de família
família
atribuído
atribuído
Murça 5 666 5 657 99,8% 5 643 5 628 99,7% -0,1% 0,4%
Porto de Mós 23 946 23 895 99,8% 24 028 23 947 99,7% -0,1% 11,1%
Santa Comba Dão 11 163 11 131 99,7% 11 090 11 057 99,7% 0,0% 1,2%
Sever do Vouga 11 977 11 883 99,2% 11 990 11 955 99,7% 0,5% 9,1%
Viana do Castelo 87 649 87 437 99,8% 88 518 88 245 99,7% -0,1% 1,4%
Vila Viçosa 7 869 7 850 99,8% 7 773 7 753 99,7% -0,1% -0,1%
Aguiar da Beira 5 269 4 934 93,6% 5 193 5 170 99,6% 6,0% 10,2%
Castro Daire 14 660 14 609 99,7% 14 579 14 524 99,6% -0,1% 2,0%
Gondomar 169 502 169 222 99,8% 170 172 169 372 99,5% -0,3% -0,1%
São Pedro do Sul 15 787 15 721 99,6% 15 699 15 623 99,5% -0,1% 2,2%
Viana do Alentejo 5 483 5 466 99,7% 5 543 5 514 99,5% -0,2% -0,4%
Vila Nova de Famalicão 134 085 133 254 99,4% 134 941 134 283 99,5% 0,1% 3,8%
Vila Real 51 942 50 228 96,7% 52 178 51 928 99,5% 2,8% 1,1%
Alcácer do Sal 11 939 11 896 99,6% 11 877 11 806 99,4% -0,2% 49,4%
Figueiró dos Vinhos 5 820 4 483 77,0% 5 799 5 766 99,4% 22,4% 0,8%
Var. Var.
2018 2019
2019/2018 2019/2015
Número de
Número de
utentes
utentes Percentagem Percentagem Percentagem Percentagem
Número de Número de inscritos
inscritos de utentes de utentes de utentes de utentes
Concelho utentes utentes com
com médico com médico com médico com médico com médico
inscritos inscritos médico de
de família de família de família de família de família
família
atribuído
atribuído
Fronteira 3 103 3 088 99,5% 3 067 3 049 99,4% -0,1% 1,4%
Penalva do Castelo 7 670 7 605 99,2% 7 621 7 574 99,4% 0,2% 15,6%
Ferreira do Alentejo 7 772 7 726 99,4% 7 648 7 591 99,3% -0,1% -0,6%
Moimenta da Beira 9 881 9 858 99,8% 9 853 9 780 99,3% -0,5% 24,3%
Terras de Bouro 6 744 6 728 99,8% 6 726 6 678 99,3% -0,5% 35,2%
Vila Velha de Ródão 3 092 3 070 99,3% 3 096 3 074 99,3% 0,0% 0,4%
Carrazeda de Ansiães 5 781 5 743 99,3% 5 727 5 680 99,2% -0,1% 3,6%
Vila Flor 6 239 6 221 99,7% 6 236 6 189 99,2% -0,5% 0,8%
Fornos de Algodres 4 696 4 652 99,1% 4 626 4 585 99,1% 0,0% 4,0%
Maia 138 233 137 227 99,3% 138 960 137 707 99,1% -0,2% -0,2%
Vila Nova de Cerveira 8 870 8 773 98,9% 8 853 8 775 99,1% 0,2% 2,0%
Vila Nova de Poiares 7 648 7 615 99,6% 7 630 7 558 99,1% -0,5% 18,5%
Ribeira de Pena 6 448 6 365 98,7% 6 420 6 353 99,0% 0,3% 2,7%
Santa Maria da Feira 141 080 139 832 99,1% 141 704 140 234 99,0% -0,1% 0,3%
Vila Pouca de Aguiar 12 436 12 296 98,9% 12 285 12 166 99,0% 0,1% 0,7%
Braga 190 209 186 307 97,9% 194 630 192 513 98,9% 1,0% 1,0%
Castelo de Vide 3 230 3 210 99,4% 3 187 3 153 98,9% -0,5% -0,4%
Var. Var.
2018 2019
2019/2018 2019/2015
Número de
Número de
utentes
utentes Percentagem Percentagem Percentagem Percentagem
Número de Número de inscritos
inscritos de utentes de utentes de utentes de utentes
Concelho utentes utentes com
com médico com médico com médico com médico com médico
inscritos inscritos médico de
de família de família de família de família de família
família
atribuído
atribuído
Macedo de Cavaleiros 15 102 14 979 99,2% 15 079 14 918 98,9% -0,3% 1,0%
Miranda do Corvo 12 741 11 249 88,3% 12 709 12 562 98,8% 10,5% -0,6%
Torre de Moncorvo 7 170 7 136 99,5% 7 052 6 967 98,8% -0,7% -0,5%
Vila de Rei 3 129 3 118 99,6% 3 128 3 089 98,8% -0,8% -0,6%
Vila Nova de Paiva 4 731 4 649 98,3% 4 695 4 638 98,8% 0,5% 8,6%
Leiria 130 701 126 310 96,6% 132 212 130 559 98,7% 2,1% 9,0%
Ferreira do Zêzere 8 130 8 040 98,9% 8 149 8 035 98,6% -0,3% 33,1%
Mesão Frio 4 074 4 033 99,0% 3 972 3 915 98,6% -0,4% 1,7%
Barcelos 118 739 118 625 99,9% 119 027 116 952 98,3% -1,6% -1,0%
Pampilhosa da Serra 3 601 3 562 98,9% 3 569 3 510 98,3% -0,6% -0,7%
Torres Novas 35 784 35 532 99,3% 35 596 34 974 98,3% -1,0% 18,9%
Matosinhos 175 328 172 803 98,6% 176 696 173 565 98,2% -0,4% 0,1%
Vila Nova da Barquinha 7 253 7 220 99,5% 7 155 7 026 98,2% -1,3% -1,7%
Castro Marim 6 702 6 671 99,5% 6 834 6 702 98,1% -1,4% -1,9%
Celorico da Beira 7 158 7 111 99,3% 7 039 6 900 98,0% -1,3% 7,9%
Castanheira de Pêra 2 896 2 816 97,2% 2 855 2 791 97,8% 0,6% 0,5%
Var. Var.
2018 2019
2019/2018 2019/2015
Número de
Número de
utentes
utentes Percentagem Percentagem Percentagem Percentagem
Número de Número de inscritos
inscritos de utentes de utentes de utentes de utentes
Concelho utentes utentes com
com médico com médico com médico com médico com médico
inscritos inscritos médico de
de família de família de família de família de família
família
atribuído
atribuído
Oliveira de Frades 9 936 9 676 97,4% 10 011 9 778 97,7% 0,3% -1,0%
Carregal do Sal 9 732 9 526 97,9% 9 690 9 427 97,3% -0,6% 15,0%
Paços de Ferreira 56 381 55 577 98,6% 56 518 54 871 97,1% -1,5% -2,2%
Vendas Novas 11 429 11 202 98,0% 11 468 11 123 97,0% -1,0% -2,3%
Viseu 102 810 102 101 99,3% 103 744 100 636 97,0% -2,3% 4,4%
Vila Verde 46 590 46 541 99,9% 46 862 45 247 96,6% -3,3% 0,5%
Castelo Branco 55 041 52 512 95,4% 55 446 53 518 96,5% 1,1% -0,2%
Porto 240 229 238 070 99,1% 241 466 232 211 96,2% -2,9% -0,8%
Marinha Grande 40 109 39 812 99,3% 40 075 38 326 95,6% -3,7% 14,1%
Vila Nova de Gaia 308 493 300 622 97,4% 311 236 297 151 95,5% -1,9% -2,9%
Oliveira do Bairro 23 795 23 345 98,1% 24 137 23 037 95,4% -2,7% 5,1%
Coimbra 150 905 146 749 97,2% 152 322 144 896 95,1% -2,1% -3,4%
Figueira da Foz 63 871 61 700 96,6% 63 657 60 525 95,1% -1,5% 4,3%
Almada 174 739 160 697 92,0% 177 944 165 059 92,8% 0,8% 10,5%
Oliveira do Hospital 20 367 20 261 99,5% 20 304 18 811 92,6% -6,9% 26,3%
Var. Var.
2018 2019
2019/2018 2019/2015
Número de
Número de
utentes
utentes Percentagem Percentagem Percentagem Percentagem
Número de Número de inscritos
inscritos de utentes de utentes de utentes de utentes
Concelho utentes utentes com
com médico com médico com médico com médico com médico
inscritos inscritos médico de
de família de família de família de família de família
família
atribuído
atribuído
Peso da Régua 16 662 16 641 99,9% 16 477 15 262 92,6% -7,3% -6,3%
Rio Maior 21 890 17 743 81,1% 22 434 20 749 92,5% 11,4% 27,2%
Vila Franca de Xira 134 067 113 663 84,8% 136 535 126 175 92,4% 7,6% 21,7%
Odivelas 152 575 134 859 88,4% 155 173 142 336 91,7% 3,3% 16,6%
Caldas da Rainha 52 568 44 793 85,2% 53 089 48 497 91,4% 6,2% -3,4%
Oeiras 168 936 159 319 94,3% 170 354 153 247 90,0% -4,3% 4,1%
Lisboa 547 563 486 126 88,8% 555 939 495 342 89,1% 0,3% 5,8%
Seixal 162 676 143 084 88,0% 166 088 147 924 89,1% 1,1% 6,7%
Torres Vedras 80 246 70 458 87,8% 80 629 71 758 89,0% 1,2% 14,0%
Vila Nova de Foz Côa 6 492 6 426 99,0% 6 378 5 672 88,9% -10,1% -10,6%
Cascais 206 802 186 234 90,1% 210 724 185 922 88,2% -1,9% 10,5%
Sobral de Monte
9 959 8 550 85,9% 9 976 8 802 88,2% 2,3% 3,2%
Agraço
Vila do Bispo 5 432 3 339 61,5% 5 659 4 989 88,2% 26,7% 1,1%
Celorico de Basto 17 479 16 518 94,5% 17 357 14 972 86,3% -8,2% -6,5%
Loures 203 228 176 543 86,9% 206 451 177 797 86,1% -0,8% 1,7%
Santiago do Cacém 27 549 27 073 98,3% 27 799 23 818 85,7% -12,6% 2,1%
Var. Var.
2018 2019
2019/2018 2019/2015
Número de
Número de
utentes
utentes Percentagem Percentagem Percentagem Percentagem
Número de Número de inscritos
inscritos de utentes de utentes de utentes de utentes
Concelho utentes utentes com
com médico com médico com médico com médico com médico
inscritos inscritos médico de
de família de família de família de família de família
família
atribuído
atribuído
Benavente 28 950 24 666 85,2% 29 364 24 698 84,1% -1,1% 5,7%
São Brás de Alportel 10 950 9 945 90,8% 11 201 9 260 82,7% -8,1% -3,9%
Campo Maior 8 773 7 180 81,8% 8 770 7 180 81,9% 0,1% -17,3%
Ponte de Sor 15 600 12 977 83,2% 15 636 12 771 81,7% -1,5% 18,0%
Castro Verde 7 022 6 980 99,4% 7 006 5 707 81,5% -17,9% 0,5%
Sintra 377 642 300 354 79,5% 383 229 297 901 77,7% -1,8% 2,9%
Pedrógão Grande 3 677 3 609 98,2% 3 639 2 820 77,5% -20,7% -2,3%
Amadora 174 154 128 629 73,9% 176 778 129 234 73,1% -0,8% -3,7%
Salvaterra de Magos 21 322 15 911 74,6% 21 603 15 649 72,4% -2,2% 20,1%
Setúbal 122 469 85 794 70,1% 123 963 83 804 67,6% -2,5% 1,5%
Arruda dos Vinhos 14 209 11 115 78,2% 14 096 8 836 62,7% -15,5% -25,7%
Fonte: ACSS
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra ERN BOND Rede europeia de referência para as doenças ósseas
Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte Endo-ERN Rede europeia de referência para as doenças endócrinas
Centro Hospitalar Universitário do Porto ERN LUNG Rede europeia de referência para as doenças respiratórias
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra ERN EYE Rede europeia de referência para as doenças oftalmológicas
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra ERN RARE-LIVER Rede europeia de referência para as doenças hepáticas
Centro Hospitalar de Lisboa Central Rede europeia de referência para as doenças musculosqueléticas
ERN ReCONNET
Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte e do tecido conjuntivo
• ECMO (3);
Anexo 4. Intransferíveis
Hospital Origem 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
H Braga 265 962 1 348 536 104 129 597 211 1 088
CH Univer. do Algarve 376 113 175 543 604 474 404 888 730 869
H Garcia de Orta - Almada 315 735 702 473 1 257 1 679 2 001 2 166 252 580
CH Univer. Lisboa Central 180 330 301 243 133 152 115 234 394 562
CH Univer. de Coimbra 4 777 2 982 375 340 1 100 307 255 675 512 469
CH Tondela - Viseu 816 634 2 783 3 839 3 397 2 644 2 430 1 615 576 409
Fonte: ACSS
Especialidade 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Ortopedia 3 183 1 951 3 392 3 225 2 870 1 878 1 922 2 059 1 508 3 368
Oftalmologia 1 749 1 560 1 656 1 436 1 558 1 678 2 678 4 722 2 445 3 207
Cirurgia Geral 3 544 2 546 1 971 1 545 1 789 1 258 1 055 1 459 1 196 2 002
Otorrinolaringologia 1 227 849 619 1 123 1 700 1 724 1 006 898 863 1 111
Urologia 886 843 451 314 413 344 339 434 417 511
Ginecologia 941 558 426 554 403 199 314 163 227 375
Cirurgia Plástica e Reconstrutiva 517 493 651 690 698 437 433 329 292 327
Fonte: ACSS
Fonte: ACSS
Número de episódios com NT/VC e número de operados em Hospital de Destino, por ARS
(2019)
Fonte: ACSS
Episódios com
Hospital Operados HD
NT/VC
Fonte: ACSS
2019
Média
Percenti Var. Var. % Var. Var.
Mediana Var. Tempo do TE
Var. Var. LIC l 90 do Percentil % LIC LIC Operado Média
do TE da Mediana resoluçã Op. dos
ARS/Hospital Entradas Entradas LIC 2019- TE da 90 do TE >TMR >TMRG Op. s TE Op.
LIC TE LIC o LIC padrão Op.
2019-2018 2018 LIC da LIC G 2019- 2019- 2019-
(meses) 2019-2018 (meses) (meses
(meses) 2019-2018 2018 2018 2018
)
Norte
CH Entre o Douro e
18 330 12,8% 6 459 22,6% 2,3 -9,1% 6,9 -15,1% 16,2% -15,9% 4,5 14 754 3,5% 10 754 3,55 5,3%
Vouga
CH Médio Ave -
7 900 -3,6% 2 349 -2,5% 2,3 -8,1% 5,9 0,6% 10,1% 13,5% 3,5 6 603 -4,0% 4 043 3,8 1,9%
Famalicão
CH Póvoa do Varzim/VC 4 589 -0,1% 1 087 9,9% 1,6 2,1% 3,4 -8,0% 0,2% -84,8% 2,9 4 235 -1,3% 3 160 2,5 7,5%
CH Tâmega e Sousa 20 706 6,9% 5 086 1,3% 1,8 -29,3% 6,4 -1,8% 12,8% -20,7% 3,0 17 839 3,2% 11 515 2,4 -22,8%
CH Trás-os-Montes e Alt.
14 314 6,3% 4 259 -11,6% 3,0 -18,9% 10,3 -2,8% 25,2% -16,9% 3,5 12 360 13,6% 8 344 3,0 -4,4%
Douro
CH Univer. de São João 48 970 1,0% 13 781 -10,6% 3,1 -3,2% 9,6 4,0% 32,4% 17,9% 3,3 43 518 18,1% 32 387 2,7 32,2%
CH Univer. do Porto 38 746 6,4% 12 498 28,8% 3,4 25,6% 9,4 4,1% 28,9% 39,1% 4,2 34 672 17,9% 23 190 2,5 26,0%
CH V. Nova de
27 088 1,3% 7 267 -3,3% 2,4 -11,3% 8,9 6,4% 19,6% -1,8% 3,2 23 152 3,0% 16 065 2,9 7,7%
Gaia/Espinho
H Braga 37 268 -3,5% 18 340 1,4% 4,7 20,5% 18,0 38,8% 43,1% 24,5% 5,9 28 075 2,3% 19 590 4,0 2,3%
H Sra da Oliveira -
15 859 4,0% 7 353 23,4% 3,2 -8,6% 8,5 -5,5% 30,4% 26,9% 6,2 12 886 14,2% 9 136 3,6 0,6%
Guimarães
H Sta Maria Maior -
6 251 -0,3% 1 534 27,1% 1,6 0,0% 3,5 -10,5% 1,7% 70,5% 3,1 5 839 0,8% 3 848 2,2 -17,2%
Barcelos
IPO Porto 12 669 -0,5% 1 599 -11,9% 1,5 -13,5% 20,6 -16,5% 29,9% -9,3% 1,5 11 494 1,0% 8 968 1,3 5,0%
ULS Alto Minho - V.
14 774 6,0% 3 862 -3,0% 2,1 -10,1% 5,9 -20,5% 11,0% -31,2% 3,1 12 555 4,2% 8 597 2,9 -9,5%
Castelo
ULS Matosinhos 17 579 -2,5% 5 994 0,3% 3,0 -6,3% 7,4 -5,1% 17,5% -15,3% 4,1 13 994 0,2% 9 559 3,5 -7,5%
ULS Nordeste - Bragança 6 390 10,0% 1 791 -5,1% 2,1 -7,4% 7,8 16,4% 17,4% 8,2% 3,4 5 487 6,6% 3 828 3,4 -18,9%
Centro
CH Baixo Vouga 13 245 4,6% 3 757 -5,4% 2,3 -8,7% 5,8 -13,1% 11,1% -23,5% 3,3 11 709 0,3% 7 923 3,2 -18,4%
CH Leiria 17 700 -0,4% 8 033 3,2% 3,7 0,0% 8,8 23,4% 24,0% 1,1% 5,5 12 846 4,7% 8 045 4,2 33,4%
CH Tondela - Viseu 17 811 -3,2% 9 739 -2,6% 6,5 10,9% 22,5 19,2% 59,5% 15,9% 6,5 13 606 9,7% 9 484 5,6 24,1%
CH Univer. Cova da Beira 5 955 -4,0% 1 697 -18,8% 3,0 -27,4% 10,3 6,8% 22,4% -28,7% 3,2 4 961 3,6% 3 202 3,0 23,5%
CH Univer. de Coimbra 45 033 -1,8% 19 305 1,8% 4,9 6,6% 14,0 11,7% 42,4% 9,4% 5,2 33 723 3,9% 26 286 3,6 21,2%
H Arc. J. Crisóst. -
763 -26,4% 154 -4,3% 2,0 35,6% 3,7 -8,4% 0,6% -65,2% 2,4 669 -24,6% 439 2,5 13,4%
Cantanhede
H D. Figueira da Foz 6 789 11,1% 2 019 2,2% 2,5 -10,7% 5,5 23,9% 8,9% 289,3% 3,6 6 294 32,5% 4 244 2,8 9,6%
H Dr. Franc. Zagalo - Ovar 1 818 11,5% 518 -5,0% 2,4 31,5% 5,7 32,5% 8,1% 100,9% 3,4 1 570 26,9% 1 064 3,8 29,3%
IPO Coimbra 5 395 0,8% 1 004 -5,0% 1,8 0,0% 21,0 63,6% 42,9% 12,0% 2,2 4 606 7,2% 2 901 1,4 -1,7%
ULS Castelo Branco 4 646 -1,2% 1 097 -4,5% 2,6 13,0% 6,0 -10,4% 10,7% -31,5% 2,8 4 074 -0,6% 2 639 2,6 -4,6%
ULS Guarda 5 925 -0,5% 1 974 -6,4% 3,8 0,4% 8,9 -13,1% 30,2% 2,5% 3,9 4 676 -3,0% 3 113 3,3 -1,5%
Lisboa e Vale do Tejo
CH Barreiro Montijo 8 697 14,9% 2 908 14,7% 3,5 -4,6% 8,8 -2,8% 26,4% -3,8% 4,2 6 826 11,5% 4 468 2,9 -18,4%
CH Lisboa Ocidental 19 258 -4,2% 5 650 -4,2% 4,6 16,1% 19,6 36,6% 44,5% 22,1% 3,6 16 347 -1,2% 13 043 2,7 9,7%
CH Médio Tejo -T. Novas 10 922 3,2% 4 177 12,7% 2,8 -9,6% 9,3 -27,5% 22,3% -17,1% 4,8 9 355 7,6% 5 787 3,1 -8,5%
CH Oeste 6 570 -5,3% 2 802 -14,8% 3,9 -10,3% 10,3 -7,0% 27,5% -11,6% 4,8 5 238 4,3% 3 331 4,2 -5,0%
CH Setúbal 14 749 4,5% 6 602 -5,8% 4,8 5,8% 13,1 12,8% 43,1% 10,7% 5,2 12 445 20,4% 8 524 4,3 3,4%
CH Univer. de Lisboa
25 525 -2,1% 10 180 -5,4% 4,7 7,6% 16,6 33,3% 43,9% 21,1% 4,7 20 576 10,2% 15 633 3,3 16,9%
Norte
CH Univer. Lisboa Central 38 211 -0,7% 15 889 5,1% 5,2 12,1% 21,0 11,9% 46,8% 12,1% 5,1 30 325 -1,4% 24 450 3,0 7,0%
H Beatriz Ângelo - Loures 16 886 7,2% 7 393 28,0% 4,6 25,7% 10,5 16,7% 32,4% 19,2% 5,8 13 297 -1,6% 8 709 3,1 -2,0%
H D. Santarém 8 809 2,1% 4 420 21,3% 4,6 23,4% 16,6 -12,5% 40,5% 5,6% 6,6 6 012 -3,1% 4 067 3,2 2,2%
H Fern. Fonseca - Lx 18 941 -6,9% 5 965 -20,2% 4,2 1,6% 15,5 37,8% 38,1% 14,9% 3,5 14 388 -2,9% 9 947 2,9 3,9%
H Garcia de Orta - Almada 20 305 6,0% 10 420 15,9% 5,3 -9,7% 21,9 23,3% 50,3% -4,9% 6,4 14 424 1,2% 9 690 3,5 -1,7%
H V. F. Xira 11 936 1,1% 4 967 -7,7% 3,7 -0,9% 15,7 22,7% 29,9% -10,5% 4,8 10 588 4,2% 6 703 4,1 -9,1%
HPP - H Cascais 10 718 7,7% 2 698 18,1% 2,6 27,9% 7,5 28,0% 19,9% 81,9% 3,1 9 278 7,2% 5 604 2,1 -18,4%
Inst. Oft. Dr. Gama Pinto -
8 253 10,6% 2 312 19,4% 2,5 27,1% 6,1 27,1% 10,9% 140,7% 3,5 7 264 13,0% 4 139 2,8 4,5%
Lx
IPO Lisboa 7 198 -11,1% 1 774 18,7% 2,0 52,5% 10,4 31,6% 42,5% 35,4% 3,1 6 429 -9,7% 5 676 1,7 6,3%
Alentejo
H Espírito Santo - Évora 12 498 15,9% 3 280 -4,0% 2,7 -1,2% 13,8 -4,5% 26,2% -10,7% 3,1 10 753 18,6% 7 497 2,8 -24,9%
ULS Baixo Alentejo - Beja 4 472 9,4% 1 181 13,6% 2,1 5,0% 6,2 -33,2% 12,3% -39,2% 3,3 3 847 1,8% 2 466 2,2 -29,8%
ULS Litoral Alent. - Sant.
3 904 7,8% 1 803 12,5% 3,5 9,4% 9,5 21,6% 29,3% 17,7% 5,9 2 983 1,7% 1 970 4,8 10,0%
Cacém
ULS Norte Alentejano -
4 866 4,5% 1 853 38,5% 3,2 29,3% 9,2 10,8% 28,2% 58,4% 5,1 3 788 -1,4% 2 575 2,9 -3,1%
Portalegre
Algarve
CH Univer. do Algarve 19 452 14,4% 8 573 23,1% 3,5 -3,6% 10,6 0,8% 32,0% 9,9% 5,8 11 583 18,5% 8 433 3,0 -2,3%
Fonte: ACSS
2018
Var. Var.
Var. Percentil Var. % Média
Var. Var. Mediana Percentil Tempo Var. Média
Mediana 90 do LIC do TE
Entradas LIC do TE 90 do TE % LIC resolução Operados Op. do TE
ARS/Hospital Entradas LIC TE LIC TE da >TMRG Op. dos
2018- 2018- da LIC da LIC >TMRG LIC 2018- padrão dos Op.
2018- LIC 2018- Op.
2017 2017 (meses) (meses) (meses) 2017 (meses)
2017 2018- 2017 2018-
2017 2017
Norte
CH Entre o Douro e Vouga 16 257 1,5% 5 268 -3,8% 2,6 4,1% 8,2 2,0% 19,2% -2,1% 3,8 14 249 5,6% 11 915 3,4 4,4%
CH Médio Ave - Famalicão 8 198 6,0% 2 408 5,1% 2,5 2,8% 5,8 15,1% 8,9% 71,9% 3,6 6 876 2,4% 5 355 3,7 -6,7%
CH Póvoa do Varzim/VC 4 594 5,3% 989 32,4% 1,6 26,3% 3,7 9,8% 1,2% 806,4% 2,7 4 289 -1,2% 3 814 2,3 2,0%
CH Tâmega e Sousa 19 362 -0,3% 5 023 -17,7% 2,5 1,4% 6,5 -5,3% 16,1% -13,8% 2,9 17 283 6,5% 13 262 3,1 1,6%
CH Trás-os-Montes e Alt. Douro 13 471 -13,0% 4 817 1,8% 3,7 16,8% 10,6 0,6% 30,3% 3,1% 4,3 10 881 -19,6% 8 807 3,2 13,0%
CH Univer. de São João 48 482 4,0% 15 412 33,8% 3,2 -12,0% 9,2 11,7% 27,5% -9,2% 4,1 36 859 -4,8% 36 001 2,0 -3,5%
CH Univer. do Porto 36 405 8,4% 9 701 35,2% 2,7 -1,2% 9,0 -26,7% 20,8% -25,4% 3,4 29 408 -2,3% 24 099 2,0 -15,4%
CH V. Nova de Gaia/Espinho 26 732 2,8% 7 513 6,7% 2,7 6,7% 8,4 -0,8% 20,0% -5,5% 3,4 22 476 1,6% 21 308 2,7 11,9%
H Braga 38 624 5,5% 18 080 8,7% 3,9 1,7% 13,0 31,0% 34,6% 7,8% 5,9 27 443 7,0% 24 851 3,9 16,2%
H Sra da Oliveira - Guimarães 15 242 6,6% 5 957 5,7% 3,5 -13,9% 9,0 -16,6% 24,0% -32,5% 4,8 11 284 -2,2% 10 982 3,5 -4,5%
H Sta Maria Maior - Barcelos 6 269 17,1% 1 207 -5,0% 1,6 -29,9% 3,9 -23,5% 1,0% -83,4% 2,3 5 794 20,9% 4 684 2,6 -16,5%
IPO Porto 12 728 -4,6% 1 814 -5,2% 1,7 -20,0% 24,7 31,0% 33,0% -14,3% 1,7 11 381 -4,9% 10 122 1,2 -2,6%
ULS Alto Minho - V. Castelo 13 939 -5,3% 3 980 -1,4% 2,3 3,0% 7,5 -15,2% 16,0% -21,0% 3,4 12 044 -9,7% 10 317 3,2 0,9%
ULS Matosinhos 18 035 -0,5% 5 976 -23,3% 3,2 -19,5% 7,8 -8,6% 20,6% -34,9% 3,6 13 968 -4,2% 11 281 3,8 -18,5%
ULS Nordeste - Bragança 5 808 -3,5% 1 888 -17,9% 2,3 -9,3% 6,7 -2,0% 16,0% 5,5% 3,7 5 145 11,2% 4 672 4,1 2,6%
Centro
CH Baixo Vouga 12 659 1,0% 3 970 -25,9% 2,5 -32,3% 6,6 -11,2% 14,5% -44,2% 3,4 11 678 27,0% 9 542 4,0 0,1%
CH Leiria 17 777 6,5% 7 781 21,9% 3,7 13,4% 7,1 3,9% 23,7% 34,1% 5,7 12 267 -3,6% 10 895 3,1 2,3%
CH Tondela - Viseu 18 395 7,9% 10 000 22,5% 5,8 1,7% 18,9 22,7% 51,4% 3,0% 7,3 12 400 -0,4% 10 599 4,5 21,5%
CH Univer. Cova da Beira 6 206 2,7% 2 090 13,4% 4,1 21,6% 9,6 18,6% 31,4% 2,7% 4,2 4 790 0,4% 3 769 2,4 1,9%
CH Univer. de Coimbra 45 867 2,3% 18 967 16,1% 4,6 6,2% 12,5 14,6% 38,8% -0,4% 5,3 32 465 -7,6% 33 847 3,0 2,0%
H Arc. J. Crisóst. - Cantanhede 1 036 -27,1% 161 -42,9% 1,5 -30,8% 4,1 -4,7% 1,9% 425,5% 1,7 887 -23,7% 590 2,2 19,2%
H D. Figueira da Foz 6 108 11,6% 1 976 73,5% 2,8 35,5% 4,5 7,9% 2,3% 17,9% 4,6 4 749 -3,4% 3 644 2,5 20,5%
H Dr. Franc. Zagalo - Ovar 1 631 -5,6% 545 26,7% 1,8 -8,5% 4,3 -36,6% 4,0% -80,9% 4,3 1 237 -16,9% 1 100 2,9 -5,1%
IPO Coimbra 5 354 0,4% 1 057 18,8% 1,8 -2,7% 12,8 -19,5% 38,3% -0,3% 2,4 4 295 -5,9% 3 472 1,4 5,3%
ULS Castelo Branco 4 704 -1,5% 1 149 -3,4% 2,3 -28,1% 6,7 -22,4% 15,6% -38,5% 2,9 4 098 3,4% 3 651 2,7 7,0%
ULS Guarda 5 957 -0,6% 2 109 0,6% 3,7 -1,3% 10,2 2,7% 29,4% -22,6% 4,3 4 822 -4,6% 3 968 3,4 5,3%
Lisboa e Vale do Tejo
CH Barreiro Montijo 7 567 3,9% 2 536 -9,6% 3,6 -21,0% 9,1 -5,5% 27,4% -31,2% 3,9 6 123 4,4% 4 837 3,6 -4,0%
CH Lisboa Ocidental 20 112 4,9% 5 897 12,2% 3,9 0,9% 14,3 27,0% 36,4% -3,0% 3,7 16 542 1,1% 16 779 2,4 12,0%
CH Médio Tejo -T. Novas 10 583 -7,0% 3 706 -10,4% 3,1 -13,8% 12,8 53,0% 26,8% -2,7% 4,0 8 692 -0,6% 6 579 3,4 2,8%
CH Oeste 6 940 -5,3% 3 290 -15,5% 4,4 0,0% 11,0 11,5% 31,1% -19,7% 5,2 5 022 -3,6% 3 839 4,4 -11,0%
CH Setúbal 14 116 0,8% 7 007 7,4% 4,6 1,5% 11,6 15,8% 39,0% -1,4% 6,2 10 338 -6,2% 8 905 4,1 2,4%
CH Univer. de Lisboa Norte 26 065 -3,2% 10 756 17,2% 4,4 13,4% 12,5 28,8% 36,2% 4,2% 5,3 18 677 -10,4% 20 956 2,8 10,0%
CH Univer. Lisboa Central 38 476 -1,1% 15 119 12,4% 4,7 6,1% 18,7 20,1% 41,7% 0,1% 4,9 30 753 -3,0% 30 785 2,8 -4,7%
H Beatriz Ângelo - Loures 15 747 5,6% 5 774 12,7% 3,6 21,1% 9,0 29,8% 27,2% 28,0% 4,6 13 512 9,2% 9 907 3,2 -3,4%
H D. Santarém 8 625 -5,0% 3 645 -14,9% 3,7 -42,5% 19,0 33,8% 38,4% -29,0% 4,7 6 204 -2,5% 5 226 3,2 -14,9%
H Fern. Fonseca - Lx 20 342 -2,4% 7 473 9,8% 4,2 5,9% 11,3 -2,0% 33,1% -15,6% 4,5 14 814 -5,0% 12 281 2,8 3,2%
H Garcia de Orta - Almada 19 158 5,5% 8 991 11,9% 5,9 11,4% 17,7 42,2% 52,9% 13,7% 5,9 14 251 6,9% 11 590 3,6 -5,1%
H V. F. Xira 11 807 -6,4% 5 380 -6,1% 3,7 -14,0% 12,8 17,5% 33,4% -14,9% 5,4 10 164 1,6% 8 703 4,5 20,3%
HPP - H Cascais 9 955 18,4% 2 285 -1,1% 2,0 -18,7% 5,8 -24,2% 10,9% -59,2% 2,7 8 653 14,4% 6 470 2,6 -12,7%
Inst. Oft. Dr. Gama Pinto - Lx 7 464 19,2% 1 936 36,4% 2,0 -3,3% 4,8 0,7% 4,5% 15,2% 3,3 6 428 20,5% 4 160 2,7 24,0%
IPO Lisboa 8 100 -9,9% 1 494 7,4% 1,3 -11,1% 7,9 15,0% 31,4% 0,6% 2,2 7 120 -8,8% 7 474 1,6 12,2%
Alentejo
H Espírito Santo - Évora 10 784 9,1% 3 415 -14,6% 2,8 -39,4% 14,5 5,7% 29,3% -28,4% 3,6 9 063 18,3% 7 838 3,8 20,1%
ULS Baixo Alentejo - Beja 4 089 -18,5% 1 040 -41,8% 2,0 -24,1% 9,2 1,1% 20,2% -30,6% 2,6 3 779 -5,2% 3 143 3,2 22,0%
ULS Litoral Alent. - Sant. Cacém 3 622 -2,4% 1 603 1,1% 3,2 -6,8% 7,8 -7,0% 24,9% -3,1% 5,3 2 934 -9,5% 2 564 4,4 -2,9%
ULS Norte Alentejano - Portalegre 4 657 -8,1% 1 338 -19,1% 2,5 -20,2% 8,3 -16,5% 17,8% -31,4% 3,3 3 843 -4,8% 3 083 2,9 -2,5%
Algarve
CH Univer. do Algarve 16 997 -2,7% 6 967 -17,2% 3,7 -23,1% 10,5 7,7% 29,1% -31,9% 4,5 9 778 -5,3% 8 741 3,1 -2,1%
Fonte: ACSS
2017
Var. Var.
Var. Percentil Var. % Média
Var. Var. Mediana Percentil Tempo Var. Média
Mediana 90 do LIC do TE
Entradas LIC do TE 90 do TE % LIC resolução Operados Op. do TE
ARS/Hospital Entradas LIC TE LIC TE da >TMRG Op. dos
2017- 2017- da LIC da LIC >TMRG LIC 2017- padrão dos Op.
2017- LIC 2017- Op.
2016 2016 (meses) (meses) (meses) 2016 (meses)
2016 2017- 2016 2017-
2016 2016
Norte
CH Entre o Douro e Vouga 16 011 6,8% 5 478 14,0% 2,5 -6,3% 8,0 -10,7% 19,7% -17,8% 4,3 13 490 -1,8% 12 263 3,2 -17,0%
CH Médio Ave - Famalicão 7 734 4,8% 2 291 -12,6% 2,4 -8,3% 5,1 -28,0% 5,2% -64,1% 3,4 6 713 4,8% 5 745 4,0 -16,1%
CH Póvoa do Varzim/VC 4 362 -2,2% 747 -17,0% 1,3 -28,3% 3,4 -40,4% 0,1% -98,2% 2,0 4 340 4,2% 4 326 2,3 -14,4%
CH Tâmega e Sousa 19 430 9,6% 6 100 19,1% 2,5 2,8% 6,9 5,6% 18,7% 46,7% 4,0 16 224 6,0% 14 056 3,0 7,3%
CH Trás-os-Montes e Alt. Douro 15 479 13,7% 4 730 -8,1% 3,2 -15,2% 10,5 -6,5% 29,4% -9,4% 3,6 13 533 19,1% 11 442 2,8 -13,7%
CH Univer. de São João 46 611 3,6% 11 516 21,7% 3,6 31,7% 8,3 15,3% 30,3% 75,6% 3,1 38 731 1,3% 42 176 2,1 6,6%
CH Univer. do Porto 33 570 -2,6% 7 177 -20,1% 2,8 -19,4% 12,3 -19,2% 27,8% -12,9% 2,4 30 098 0,4% 26 354 2,3 -4,8%
CH V. Nova de Gaia/Espinho 26 013 5,2% 7 041 15,8% 2,5 5,6% 8,4 11,5% 21,2% 27,0% 3,4 22 121 0,3% 23 504 2,4 -13,9%
H Braga 36 614 15,9% 16 635 47,7% 3,8 29,2% 9,9 -7,8% 32,1% 6,7% 6,4 25 643 3,6% 26 510 3,4 17,5%
H Sra da Oliveira - Guimarães 14 300 -0,2% 5 636 -8,5% 4,1 -6,2% 10,8 -17,7% 35,5% 1,5% 4,6 11 534 0,5% 11 862 3,7 -7,4%
H Sta Maria Maior - Barcelos 5 352 -4,8% 1 270 -22,5% 2,2 -33,0% 5,1 -40,2% 6,0% -76,4% 2,7 4 793 8,1% 4 141 3,1 4,4%
IPO Porto 13 346 -3,4% 1 914 -4,5% 2,2 30,0% 18,9 20,5% 38,5% 17,2% 1,7 11 964 -0,9% 11 480 1,3 -1,1%
ULS Alto Minho - V. Castelo 14 719 8,6% 4 038 -12,4% 2,2 -15,2% 8,8 31,3% 20,3% 23,0% 3,2 13 342 11,4% 12 534 3,2 -18,7%
ULS Matosinhos 18 130 3,4% 7 789 9,9% 3,9 4,4% 8,5 8,5% 31,7% 7,9% 5,4 14 586 0,7% 12 551 4,7 -0,9%
ULS Nordeste - Bragança 6 017 1,6% 2 301 28,1% 2,5 10,3% 6,8 15,2% 15,2% 59,8% 5,0 4 628 -5,0% 4 937 4,0 4,3%
Centro
CH Baixo Vouga 12 536 10,1% 5 361 21,8% 3,7 17,0% 7,5 -30,7% 26,0% -3,1% 5,5 9 194 -0,8% 8 677 4,0 1,8%
CH Leiria 16 695 8,8% 6 385 16,5% 3,2 1,0% 6,9 -19,5% 17,7% -20,3% 4,9 12 723 3,5% 12 423 3,1 -1,6%
CH Tondela - Viseu 17 046 -0,5% 8 164 28,3% 5,7 38,7% 15,4 18,5% 49,9% 34,7% 6,6 12 444 -8,8% 11 731 3,7 6,2%
CH Univer. Cova da Beira 6 040 -0,1% 1 843 16,7% 3,4 7,4% 8,1 29,9% 30,5% 123,3% 3,8 4 770 -2,3% 4 048 2,4 -11,6%
CH Univer. de Coimbra 44 854 -0,8% 16 339 4,3% 4,3 11,2% 10,9 0,3% 38,9% 29,5% 4,4 35 154 -2,1% 40 040 2,9 5,5%
H Arc. J. Crisóst. - Cantanhede 1 422 3,5% 282 18,5% 2,2 71,1% 4,3 45,5% 0,4% 2,5 1 163 -8,1% 778 1,9 -18,3%
H D. Figueira da Foz 5 474 7,3% 1 139 15,2% 2,1 14,8% 4,1 15,0% 1,9% 855,1% 2,6 4 916 5,0% 4 121 2,1 -3,1%
H Dr. Franc. Zagalo - Ovar 1 728 -4,6% 430 -3,8% 2,0 0,0% 6,8 11,5% 21,2% 89,2% 3,0 1 489 -2,7% 1 280 3,1 8,3%
IPO Coimbra 5 332 9,3% 890 -1,7% 1,9 6,7% 16,0 4,8% 38,4% -7,5% 2,0 4 564 7,4% 4 176 1,3 -13,9%
ULS Castelo Branco 4 778 5,9% 1 189 17,8% 3,2 1,1% 8,6 -51,4% 25,3% -15,4% 3,1 3 963 -6,6% 3 953 2,5 4,3%
ULS Guarda 5 991 -1,4% 2 096 5,0% 3,8 10,2% 10,0 -2,8% 38,0% 32,9% 4,2 5 057 -5,2% 4 519 3,2 -9,3%
CH Barreiro Montijo 7 285 0,2% 2 804 -9,3% 4,6 -8,6% 9,6 -31,7% 39,9% -8,0% 4,4 5 864 -0,5% 5 070 3,7 3,3%
CH Lisboa Ocidental 19 179 5,2% 5 255 15,6% 3,9 23,2% 11,3 19,8% 37,6% 34,8% 3,4 16 366 5,6% 19 330 2,2 -1,3%
CH Médio Tejo -T. Novas 11 384 5,4% 4 137 27,6% 3,6 0,9% 8,4 -11,0% 27,6% 13,6% 4,6 8 743 -2,1% 7 410 3,3 -3,8%
CH Oeste 7 332 9,2% 3 893 -4,9% 4,4 -9,7% 9,9 -29,4% 38,7% -2,2% 6,2 5 208 10,2% 4 621 5,0 3,9%
CH Setúbal 14 005 11,2% 6 527 8,1% 4,5 3,1% 10,0 -15,5% 39,5% 3,9% 5,8 11 025 11,4% 10 617 4,0 4,8%
CH Univer. de Lisboa Norte 26 939 5,1% 9 174 23,6% 3,9 20,8% 9,7 -5,4% 34,8% 31,7% 4,4 20 851 -0,2% 26 091 2,5 -3,5%
CH Univer. Lisboa Central 38 900 2,8% 13 448 4,7% 4,4 3,1% 15,6 10,6% 41,7% 5,0% 4,2 31 695 3,8% 33 298 2,9 4,0%
H Beatriz Ângelo - Loures 14 907 3,5% 5 125 24,1% 3,0 5,9% 6,9 -2,8% 21,3% 16,8% 4,4 12 375 -0,6% 9 736 3,3 7,6%
H D. Santarém 9 076 12,1% 4 284 5,8% 6,4 28,7% 14,2 10,3% 54,1% 24,9% 5,7 6 365 14,8% 5 794 3,7 -8,5%
H Fern. Fonseca - Lx 20 848 -0,1% 6 807 4,1% 3,9 0,9% 11,5 9,5% 39,3% 15,3% 3,8 15 586 -3,6% 13 856 2,7 0,8%
H Garcia de Orta - Almada 18 155 1,4% 8 034 -1,5% 5,3 21,5% 12,5 15,8% 46,5% 23,0% 5,4 13 330 -1,0% 11 785 3,8 0,6%
H V. F. Xira 12 618 3,8% 5 730 27,7% 4,3 65,4% 10,9 38,1% 39,2% 86,6% 6,0 10 003 5,0% 10 017 3,7 18,5%
HPP - H Cascais 8 407 0,2% 2 311 -14,9% 2,5 -0,7% 7,7 -3,8% 26,8% 9,7% 3,2 7 563 10,4% 6 441 3,0 11,2%
Inst. Oft. Dr. Gama Pinto - Lx 6 263 26,0% 1 419 36,0% 2,0 35,6% 4,8 41,6% 3,9% 929,0% 2,9 5 336 18,4% 3 706 2,2 1,2%
IPO Lisboa 8 994 10,6% 1 391 34,1% 1,5 -10,0% 6,9 5,4% 31,2% -20,1% 1,9 7 809 8,5% 8 766 1,5 -3,1%
Alentejo
H Espírito Santo - Évora 9 881 -6,1% 3 998 11,4% 4,6 25,7% 13,7 0,5% 40,9% 30,8% 5,0 7 659 -13,6% 7 464 3,1 -7,1%
ULS Baixo Alentejo - Beja 5 020 -2,3% 1 788 17,7% 2,6 0,0% 9,1 2,6% 29,1% 26,2% 4,5 3 988 -6,9% 3 840 2,6 1,7%
ULS Litoral Alent. - Sant. Cacém 3 710 -20,0% 1 585 -5,6% 3,4 37,3% 8,4 17,0% 25,7% 49,7% 5,0 3 241 -6,3% 2 997 4,5 31,0%
ULS Norte Alentejano - Portalegre 5 067 -0,7% 1 654 -5,5% 3,1 -8,7% 9,9 -34,9% 25,9% -28,3% 3,8 4 035 1,5% 3 679 3,0 0,5%
Algarve
CH Univer. do Algarve 17 476 0,7% 8 413 -9,6% 4,8 10,9% 9,7 -10,4% 42,7% 21,6% 5,5 10 326 7,5% 10 523 3,2 -14,6%
Fonte: ACSS
2016
Var.
Var. Percentil Percentil Var. % Var.
Var. Var. Mediana Tempo Var. Média
Mediana 90 do 90 do LIC Média
Entradas LIC do TE % LIC resolução Operados Op. do TE
ARS/Hospital Entradas LIC TE LIC TE da TE da >TMRG Op. TE Op.
2016- 2016- da LIC >TMRG LIC 2016- padrão dos Op.
2016- LIC LIC 2016- 2016-
2015 2015 (meses) (meses) 2015 (meses)
2015 (meses) 2016- 2015 2015
2015
Norte
CH Entre o Douro e Vouga 14 991 -5,9% 4 806 -10,5% 2,6 0,0% 9,0 3,1% 23,9% -7,9% 3,7 13 732 -1,6% 13 356 3,9 7,7%
CH Médio Ave - Famalicão 7 378 -13,2% 2 620 -22,3% 2,6 -16,5% 7,0 -13,8% 14,5% -34,7% 3,9 6 406 -1,6% 5 343 4,8 18,2%
CH Póvoa do Varzim/VC 4 462 -10,4% 900 -23,7% 1,8 -5,4% 5,7 41,4% 7,6% 112,1% 2,3 4 164 -4,0% 4 197 2,7 -10,6%
CH Tâmega e Sousa 17 727 2,0% 5 122 12,9% 2,4 1,4% 6,5 9,3% 12,7% 27,7% 3,6 15 309 1,1% 13 714 2,8 -0,8%
CH Trás-os-Montes e Alt. Douro 13 615 0,4% 5 146 0,5% 3,7 11,4% 11,3 20,3% 32,5% 1,4% 4,5 11 366 9,5% 10 454 3,2 6,4%
CH Univer. de São João 45 009 2,2% 9 460 14,2% 2,7 17,1% 7,2 12,6% 17,3% 34,0% 2,6 38 238 -0,9% 42 598 2,0 4,0%
CH Univer. do Porto 34 466 1,6% 8 983 -0,1% 3,4 18,4% 15,2 39,9% 31,9% 18,9% 3,1 29 976 2,4% 26 763 2,5 7,4%
CH V. Nova de Gaia/Espinho 24 728 -0,7% 6 081 -8,7% 2,4 -1,4% 7,6 -9,6% 16,7% -24,5% 2,9 22 058 6,5% 24 993 2,8 12,9%
H Braga 31 593 5,8% 11 263 31,6% 3,0 4,7% 10,7 13,0% 30,1% 1,3% 4,7 24 751 0,9% 25 991 2,9 23,3%
H Sra da Oliveira - Guimarães 14 323 -0,5% 6 158 8,8% 4,3 15,0% 13,2 -2,5% 35,0% 1,4% 5,3 11 479 -0,8% 11 829 4,0 9,6%
H Sta Maria Maior - Barcelos 5 619 -4,4% 1 638 -7,2% 3,3 20,5% 8,5 11,0% 25,3% 11,2% 3,4 4 434 0,7% 3 652 3,0 -4,6%
IPO Porto 13 809 0,9% 2 005 16,9% 1,7 11,1% 15,7 -11,0% 32,8% 7,6% 1,8 12 071 -1,3% 11 629 1,3 7,6%
ULS Alto Minho - V. Castelo 13 558 0,9% 4 610 -9,2% 2,6 -13,2% 6,7 29,7% 16,5% 380,3% 4,0 11 979 10,2% 11 379 3,9 22,5%
ULS Matosinhos 17 531 -0,2% 7 089 1,7% 3,8 7,6% 7,9 5,4% 29,4% 12,3% 4,9 14 487 0,8% 13 667 4,7 4,2%
ULS Nordeste - Bragança 5 924 -12,3% 1 796 -6,9% 2,3 -4,2% 5,9 -23,6% 9,5% -49,4% 3,6 4 873 -16,9% 5 087 3,9 12,5%
Centro
CH Baixo Vouga 11 389 -3,3% 4 400 -0,2% 3,1 -10,5% 10,8 1,9% 26,8% -16,5% 4,6 9 272 -6,5% 8 485 3,9 -9,3%
CH Leiria 15 350 -2,8% 5 483 6,0% 3,2 21,5% 8,5 9,4% 22,2% 25,4% 4,4 12 297 2,1% 12 303 3,1 10,4%
CH Tondela - Viseu 17 127 0,1% 6 364 23,1% 4,1 31,9% 13,0 46,1% 37,0% 35,3% 4,8 13 639 -5,6% 13 075 3,5 20,9%
CH Univer. Cova da Beira 6 044 17,7% 1 579 6,8% 3,2 1,1% 6,2 -19,2% 13,7% -47,6% 3,1 4 881 16,7% 4 168 2,7 3,9%
CH Univer. de Coimbra 45 231 -0,4% 15 659 11,1% 3,9 19,6% 10,9 13,9% 30,1% 7,8% 4,3 35 925 -1,0% 41 515 2,8 -5,7%
H Arc. J. Crisóst. - Cantanhede 1 374 2,5% 238 -15,3% 1,3 -20,8% 2,9 -15,4% 0,0% 2,0 1 265 10,2% 858 2,3 -8,2%
H D. Figueira da Foz 5 100 2,3% 989 1,2% 1,8 -15,6% 3,6 -18,2% 0,2% -85,9% 2,3 4 681 2,8% 4 083 2,2 -8,3%
H Dr. Franc. Zagalo - Ovar 1 811 -0,3% 447 -0,4% 2,0 -9,2% 6,1 11,7% 11,2% 25,6% 3,0 1 531 0,3% 1 421 2,9 1,8%
IPO Coimbra 4 877 -5,6% 905 -2,7% 1,7 2,0% 15,2 77,1% 41,5% 52,7% 2,2 4 249 -1,9% 4 223 1,6 1,2%
ULS Castelo Branco 4 513 0,4% 1 009 -16,5% 3,2 21,8% 17,8 15,7% 29,9% 9,0% 2,6 4 245 5,3% 4 195 2,4 -13,7%
ULS Guarda 6 073 -3,7% 1 996 -16,2% 3,4 -14,5% 10,3 -0,7% 28,6% -25,9% 3,7 5 334 6,4% 4 851 3,5 8,3%
CH Barreiro Montijo 7 268 1,9% 3 090 0,8% 5,0 -5,6% 14,1 10,7% 43,4% -5,3% 5,1 5 893 9,4% 5 320 3,6 6,5%
CH Lisboa Ocidental 18 226 4,3% 4 546 20,6% 3,2 -3,1% 9,4 5,2% 27,9% -13,1% 3,1 15 493 3,3% 19 309 2,2 5,4%
CH Médio Tejo -T. Novas 10 800 9,3% 3 242 -5,2% 3,6 6,9% 9,4 -5,7% 24,3% -17,6% 3,6 8 933 14,9% 7 699 3,5 1,2%
CH Oeste 6 717 -7,5% 4 094 4,9% 4,8 -5,8% 14,0 31,5% 39,6% -7,8% 7,5 4 728 -0,3% 4 316 4,8 32,8%
CH Setúbal 12 599 0,1% 6 040 12,1% 4,4 -3,7% 11,8 25,9% 38,0% -7,1% 6,1 9 894 4,8% 9 575 3,9 10,5%
CH Univer. de Lisboa Norte 25 623 0,0% 7 424 3,9% 3,2 10,3% 10,2 2,6% 26,4% -7,7% 3,5 20 895 1,2% 27 182 2,6 10,8%
CH Univer. Lisboa Central 37 851 1,9% 12 850 10,9% 4,3 6,7% 14,1 26,7% 39,7% 7,0% 4,2 30 544 2,6% 33 204 2,8 11,5%
H Beatriz Ângelo - Loures 14 400 0,4% 4 131 59,7% 2,8 9,0% 7,1 13,8% 18,2% 61,3% 3,6 12 450 -4,2% 10 113 3,1 37,9%
H D. Santarém 8 095 7,3% 4 051 7,5% 5,0 -10,7% 12,9 1,8% 43,3% -11,3% 6,1 5 545 12,2% 4 791 4,1 11,4%
H Fern. Fonseca - Lx 20 872 10,0% 6 536 -3,2% 3,9 -14,0% 10,5 -7,1% 34,1% -18,9% 3,7 16 169 21,7% 14 336 2,6 3,6%
H Garcia de Orta - Almada 17 905 5,7% 8 159 18,4% 4,3 -20,2% 10,8 -16,5% 37,8% -23,7% 5,6 13 464 8,8% 12 218 3,8 21,9%
H V. F. Xira 12 157 7,0% 4 488 59,8% 2,6 21,9% 7,9 38,0% 21,0% 124,4% 5,1 9 528 -0,5% 9 350 3,2 34,3%
HPP - H Cascais 8 389 10,6% 2 716 24,3% 2,5 3,4% 8,0 3,4% 24,4% 3,4% 4,2 6 852 2,7% 5 879 2,7 -19,9%
Inst. Oft. Dr. Gama Pinto - Lx 4 970 10,2% 1 043 10,0% 1,5 -10,0% 3,4 -4,7% 0,4% 21,2% 2,6 4 508 10,1% 3 161 2,2 3,8%
IPO Lisboa 8 133 -3,5% 1 037 -6,0% 1,7 16,3% 6,5 -1,7% 39,1% 15,2% 1,5 7 197 -3,0% 10 312 1,5 0,8%
Alentejo
H Espírito Santo - Évora 10 526 -0,5% 3 590 0,2% 3,6 -1,8% 13,6 12,7% 31,3% -8,6% 4,1 8 866 1,3% 9 355 3,4 11,2%
ULS Baixo Alentejo - Beja 5 140 3,4% 1 519 9,8% 2,6 12,9% 8,9 9,1% 23,0% 1,2% 3,6 4 283 3,2% 4 139 2,5 -6,7%
ULS Litoral Alent. - Sant. Cacém 4 636 54,8% 1 679 42,8% 2,5 -15,3% 7,2 -27,1% 17,2% -40,7% 4,9 3 460 55,6% 3 098 3,4 2,7%
ULS Norte Alentejano - Portalegre 5 101 -20,7% 1 751 -11,6% 3,4 -4,6% 15,3 51,7% 36,2% 2,5% 3,8 3 976 -7,8% 3 660 3,0 2,2%
Algarve
CH Univer. do Algarve 17 353 2,3% 9 310 3,9% 4,3 -5,1% 10,9 10,9% 35,1% -19,7% 6,6 9 608 1,9% 9 149 3,7 17,8%
Fonte: ACSS
2019
Cirurgia Geral 125 126 -2,5% 42 407 -11,8% 3,4 3,9 13,6 31,4% 2,6% 110 932 4,0%
Cirurgia Pediátrica 11 355 3,1% 4 568 -5,2% 3,1 4,6 10,2 24,8% -5,9% 9 784 8,8%
Cirurgia Plástica /
45 553 1,5% 12 598 -12,5% 3,5 3,2 16,7 35,9% 9,7% 39 751 5,2%
Dermatologia
Cirurgia Vascular 21 872 0,5% 8 944 -4,9% 4,6 4,8 14,2 39,8% 23,9% 18 400 12,4%
Ginecologia/ Obstetrícia 51 714 -0,8% 11 746 -5,3% 2,3 2,7 6,8 15,8% -7,9% 45 466 3,1%
Laboratórios 438 -4,2% 2 -75,0% 7,0 0,1 8,1 50,0% 387 -8,9%
Neurocirurgia 13 551 2,3% 7 435 19,6% 6,2 7,1 23,0 54,6% 13,8% 10 435 -0,5%
Oftalmologia 226 290 6,8% 57 170 3,5% 2,6 3,0 8,4 19,8% -3,8% 207 639 8,2%
Ortopedia 114 572 5,1% 55 614 4,4% 4,6 5,9 17,0 40,7% 8,8% 90 825 7,0%
Outros Serviços 2 255 19,7% 176 43,1% 0,5 1,0 2,5 11,9% 22,3% 2 041 23,2%
Urologia 40 103 3,1% 14 889 7,8% 3,3 4,6 13,8 39,2% 9,9% 32 780 2,1%
Total 724 234 2,6% 242 949 -0,6% 3,5 4,0 13,3 32,1% 6,7% 628 282 5,6%
Fonte: ACSS
2018
Cirurgia Geral 128 361 0,2% 48 094 7,3% 3,7 4,6 11,7 30,6% -3,8% 106 709 -1,1%
Cirurgia Pediátrica 11 013 -2,7% 4 817 8,4% 3,2 5,4 9,3 26,3% -1,9% 8 989 -3,7%
Cirurgia Plástica /
44 877 -0,7% 14 396 3,3% 3,4 3,9 13,4 32,7% -6,2% 37 789 -0,4%
Dermatologia
Cirurgia Vascular 21 770 3,9% 9 409 16,8% 3,6 5,5 11,7 32,1% -1,0% 16 366 -3,1%
Ginecologia/ Obstetrícia 52 106 -0,9% 12 408 9,9% 2,4 2,9 7,0 17,2% 0,3% 44 097 -3,4%
Laboratórios 457 14,8% 8 300,0% 0,6 0,2 2,1 0,0% 0,0% 425 13,3%
Neurocirurgia 13 249 -4,2% 6 216 3,6% 5,4 5,8 19,5 48,0% -2,7% 10 488 -5,0%
Oftalmologia 211 867 3,4% 55 254 1,5% 2,6 3,1 8,4 20,5% -1,4% 191 978 5,7%
Ortopedia 109 012 0,8% 53 267 5,3% 4,6 6,0 14,1 37,4% -4,0% 84 915 2,6%
Outros Serviços 1 884 38,9% 123 95,2% 0,4 0,8 2,0 9,8% 3,4% 1 657 31,0%
Urologia 38 907 -1,7% 13 817 8,5% 3,2 4,4 11,8 35,6% 1,0% 32 101 -3,6%
Total 706 103 1,0% 244 501 5,7% 3,5 4,2 11,4 30,0% -2,3% 594 978 1,0%
Fonte: ACSS
2017
Tempo Percentil 90 Var. %
Var. Var. LIC Mediana do Var. Média
resolução do % LIC LIC
Grupo de Serviço Entradas Entradas LIC 2017- TE da LIC Operados Operados do Peso
LIC TE da LIC >TMRG >TMRG
2017-2016 2016 (meses) 2017-2016 Relativo
(meses) (meses) 2017-2016
Cirurgia Cabeça e
Pescoço (inclui ORL, 61 494 1,6% 23 235 5,0% 3,7 4,6 9,7 31,8% 0,8% 50 747 1,9% 0,8
Estomatologia)
Cirurgia Cardiotóracica 11 363 -1,5% 1 661 15,3% 2,7 1,8 6,9 17,5% -1,7% 10 092 -4,1% 3,5
Cirurgia Geral 128 118 0,3% 44 809 4,2% 3,7 4,2 10,4 34,4% 2,4% 107 908 1,0% 1,0
Cirurgia Pediátrica 11 320 5,9% 4 445 20,6% 3,4 5,0 8,8 28,2% 6,6% 9 331 5,4% 0,7
Cirurgia Plástica /
45 191 3,6% 13 933 4,5% 3,9 3,7 11,3 38,9% 5,4% 37 942 6,9% 0,9
Dermatologia
Cirurgia Vascular 20 958 2,3% 8 057 2,7% 3,6 4,6 9,7 33,1% 1,2% 16 886 1,2% 1,2
Ginecologia/ Obstetrícia 52 564 -1,5% 11 293 9,5% 2,3 2,6 6,9 16,9% -1,1% 45 646 -3,1% 0,6
Laboratórios 398 168,9% 2 -80,0% 0,1 0,1 0,1 0,0% 0,0% 375 184,1% 0,9
Neurocirurgia 13 825 3,8% 6 000 9,2% 5,9 5,4 17,1 50,7% 8,0% 11 042 8,4% 1,8
Oftalmologia 204 812 10,5% 54 446 17,2% 2,9 3,3 7,6 21,9% 6,6% 181 547 10,2% 0,7
Ortopedia 108 153 4,9% 50 569 12,3% 4,8 5,9 11,6 41,4% 6,2% 82 738 -0,7% 1,5
Outros Serviços 1 356 -25,0% 63 -10,0% 0,4 0,5 1,9 6,3% -0,8% 1 265 -23,0% 0,7
Urologia 39 580 0,8% 12 737 5,4% 3,1 3,9 10,1 34,6% 0,6% 33 294 -0,4% 0,7
Total 699 132 4,2% 231 250 9,6% 3,6 4,1 9,7 32,3% 3,9% 588 813 3,5% 1,0
Fonte: ACSS
2016
Tempo Percentil 90
Var. Var. LIC Mediana do Var. % LIC Var. Média do
resolução do % LIC
Grupo de Serviço Entradas Entradas LIC 2016- TE da LIC >TMRG Operados Operados Peso
LIC TE da LIC >TMRG
2016-2015 2015 (meses) 2016-2015 2016-2015 Relativo
(meses) (meses)
Cirurgia Cabeça e
Pescoço (inclui ORL, 60 519 5,1% 22 129 8,3% 3,6 4,5 10,0 31,0% 1,7% 49 778 5,4% 0,9
Estomatologia)
Cirurgia Cardiotóracica 11 534 0,04% 1 440 -0,6% 2,4 1,5 7,2 19,2% -9,4% 10 524 -1,5% 3,6
Cirurgia Geral 127 763 -2,5% 43 007 5,9% 3,6 4,1 10,9 32,0% 1,7% 106 875 -4,8% 1,0
Cirurgia Pediátrica 10 692 -2,7% 3 687 15,8% 2,7 4,3 8,7 21,6% 6,5% 8 854 -2,4% 0,7
Cirurgia Plástica /
43 637 -3,1% 13 335 13,2% 3,6 3,8 12,0 33,5% 0,7% 35 495 -5,3% 0,9
Dermatologia
Cirurgia Vascular 20 490 -3,2% 7 845 0,6% 4,0 4,6 10,8 31,9% -2,6% 16 685 -0,4% 1,2
Ginecologia/ Obstetrícia 53 385 -4,2% 10 310 -1,1% 2,1 2,3 7,5 18,0% 0,8% 47 107 -3,6% 0,6
Laboratórios 148 -11,4% 10 150,0% 0,1 0,8 0,1 0,0% 0,0% 132 -14,8% 0,9
Neurocirurgia 13 320 0,6% 5 492 13,3% 5,0 5,2 14,9 42,7% 0,2% 10 188 -4,1% 1,8
Oftalmologia 185 293 9,0% 46 448 15,4% 2,4 3,1 7,0 15,3% 0,0% 164 762 9,9% 0,7
Ortopedia 103 054 -2,3% 45 045 0,0% 4,1 5,2 12,5 35,2% -2,8% 83 280 0,1% 1,5
Outros Serviços 1 808 9,9% 70 37,3% 1,3 0,5 2,4 7,1% 7,1% 1 642 13,9% 0,8
Urologia 39 270 0,6% 12 088 4,6% 3,2 3,7 11,3 34,0% 1,0% 33 443 2,3% 0,7
Total 670 913 1,2% 210 906 6,8% 3,3 3,8 10,3 28,4% -0,3% 568 765 1,5% 1,0
Fonte: ACSS