TEXTO 2 - Mudanças Climáticas - BARRY&CHORLEY, 2013
TEXTO 2 - Mudanças Climáticas - BARRY&CHORLEY, 2013
TEXTO 2 - Mudanças Climáticas - BARRY&CHORLEY, 2013
climóticqs
e the Alm
col studies
'rduol urb
29,1-22. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
D. i197
,.
Poper N Depois de ler este copítulo, você:
'onmefliÍ
r entenderó o diÍerenço entre voriobilidode climóiico e mudonço climótico e conheceró os ospectos
corocterísticos que podem constiiuir umo mudonço no climo;
r conheceró os diferentes escolos temporois pelos quois se esÍudom os condiçóes climóticos possodos
e os fonies de evidênciqs que podem ser usodos;
r reconheceró os principois Íolores forçontes do climo e os meconismos de reÍroqlimenioçõo (feed_
bock) e os escolos iemporois em que oluon;
r entenderó os coniribuiçóes ontropogênicos poro os mudonços climóiicos; e
r compreenderó os possíveis impoctos dos mudonços climóticos sobre os sistemqs ombientois.
À coNstDERnçórs GERAIs 150 anos e, ern geral, são formatados co1lt Lit11
Os estudos sobre o clima do passado começa- ção nos possíveis artetàtos clo: :-....'-
ram com alguns indivíduos na década de 1920 registros instrurnerrtirir. c.rc r
e ganharam/orçaníá." 1950 (ver Quadro 13.1).
ças na instrurrentaaar(t i,: r-'
Os registros instrumentais para a maior par- metro\). pritii.r' ,'h..' . .
te do mundo cobrem apenas os últimos I00 a daq erl.icocr. (r1 ,. (' ''
!
§rxç06
ML
'13.1 PioneÊx'CIs dm pesqusism s*hre n'eud*mçcs al§mrát§ses in1
No Íinol do século XlX, oceilovo-se que os condiçóes climóiicos fossem descritos por médios de longo
prozo (às vezes chomodos normois). Quonio mois longo o registro, melhor seriq o oproximoçôo do
medio de longo prozo. O intervolo podrõo poro colculor médios climóticos o poriir de registros instru-
,l971-2000,
meniois odotodo pelo Orgonizoçõo Meteorológico Mundiol e de 30 onos: por exemplo.
Os geólogos e olguns meleorologisios sobiqm que os climos do possodo hoviom sido muito diferentes
do presenÍe e procurovom explicoçóes poro os períodos Glociois em vorioçóes osironômicos e solores.
Duos obros clóssicos de C. E. P. Brooks - The Evolulion of Climote {1922) e ClimoÍes of the Post (1926) lnteraÇ
gelo-atmc
- troziom um quodro notovelmenle obrongente dos vorioçóes oo longo do tempo geológico e estobe-
lecerom os folores Íorçontes possíveis, inlernos e externos oo sislemo climático do Terro. Todovio, foi
somente nos décodos de 1950 e 19ó0 que oumentou q consciêncio dos substonciois íluluoçôes climó-
d
ticos em escolos decenois e seculores. Os registros climóÍicos históricos e dodos climóiicos obiidos com
fonies indiretos (proxy) começorom o ser reunidos. Entre os pioneiros do climoiologio histórico eslóo
Gordon Monley e Hubert Lomb no lngloterro, Hermon Flohn no Alemonho, Emmonuel LeRoy Lodurie
no Fronço e J. Murroy Miichell e Reid Bryson nos Esiodos Unidos.
No décodo de 1970, o olençóo voliou-se iniciolmenle poro o possibilidode de um novo período
Glociol e poro preocupoçóes com o efeiio dos concentroçóes crescentes de dióxido de corbono nq Acopla
otmosÍero. A possibilidode do resfriomenlo globol odvém de duos fontes principois; o primeiro estó ocêanr
nos evidêncios poleoclimotológicos de que os condições interglociois onleriores durorom openos pôi
-l0.000 Uc
voho de onos e de que o período holocênico pós-glociol ió tinho esso duroçõo. Umo conÍerên- I\,4
n
cio intitulodo "The Preseni lnterglociol - how ond when itwill end?" Íoi reolizodo no Brown Universily,
em Providence, Rhode lslond, em 1972 (G. Kuklo, R. Moithews e J. M. Mitchell). A segundo fonle foi o
preocupoçôo com o popel dos oerossóis no reduçôo do rodioçóo solor incidente. Além do preocupo-
çóo com o resfriomento poienciol, no começo do décodo de 1970 houve um oumenlo no extensoo do
Figuro
'1974).
coberturo de neve no Hemisfério Norte (Kuklo e Kuklo, Quose insionloneomenie,,[orérrr, co- Fonie: lP(
meçovom os primeiros conferêncios sobre o dióxido de corbono e o oquecimento coJsodofpelo eÍeito
estufol A ocorrêncio de mudonços climóticos obruptos duronte o Íinol do Pleisioceno e o Holoceno co-
-l980. de, qut
meçou o ser ideniificodo nos décodos de 1970 e Mois notóvel é o severo resfriomento de 1.000
-l2.000 geralm
onos, conhecido como younger dryos, que ocorreu porvolto de onos otrós.
O inieresse em climos possodos foi motivodo pelo conceito de que "o possodo é o chove do Íutu- climáti
ro". A portir doí, houve es{orços poro documenior e entender os condições ocorridos duronte períodos internt
hislóricos e o possodo geológico remoio, quondo o climo globol voriou em umo Íoixo de extremos ou mu
muito mois omplos. Como observoçóo finol, cólculos recenles de forçontes orbità-is indicom que o
compo
otuol inlerglociol duroró por outros 30.000 onos.
o
ção pa
L3.2. L
ou mesmo erros em dados transcritos. Formas (IPCC), refere-se a flutuações no estado médio de fonl
indiretas de registro podem ter erros nas datas e outras estâtísticas (como o desvio-padrão, pode a
ou na interpretação. Mesmo quando os sinais os extremos ou a forma da distribuição de mento
do clirna são reais, pode ser difícil atribuí-los a frequência, ver Nota l) de elementos climáti- rápida
càLrsas únicas, devido à complexidade do siste- cos em todas as escalas espaciais e temporais, tendên
nra climático, que justamente se caracteriza por além das de eventos climáticos individuais.,{ do mé
lnr.r r-niríade de interações entre seus diversos variabilidade pode ser associada a processos sem al
- ,::|.(rnL'ntes, em uma variedade de escalas es- internos naturais do sistema climático, ou a do regi
--,::.;-. e tenporais (Figura 13.1). variações nas forçantes climáticas naturais ou tazoa\
,.1 ,-,,. c a clistinção entre variabilidade e antropogênicas. As mudanças climáticas, por semip(
,.:.,,. : .nrrticas? A r.ariabilidade climá- outro lado, sáo consideradas pelo IPCC como outra l
- '. rrr'.: -:.leiinicào do Painel Inter- uma variaçáo estatisticamente significativa no apenaÍ
. r-:: :. - ,b:'e \ludirncas Clirnáticas estado médio do clima ou em sua variabilida- Uma v
CAPÍTULO l3 Mudonços climóticos 429
Mudanças no
inÍluxo solar
Nuvens
AtmosÍera
Alividadê vulcânica
Aerossóis N,,O,,
Ar, HrO, CO,,
I
JT CStr
Biosfêra
de terÍa
Acoplamento HidrosÍera:
mantos de
oceanô-gelo rios e lagos
"
Mudanças no oceano: circulação, MudanÇas na superfície de terra:
nível do mar, biogeoquímica uso da terra, vegêtação, ecossistemas
Figuro 13.1 Esquemo de processos que cousom voriobilidode e mudonços no sislemo climótlco'
Eonie:IPCC{2OOl),Copíluol,Historlco overviewo{climotechongescience'ReportoÍWG1 l' PCC'P'l0'1'FAQI'2'{ig'i
de, que persiste por um período prolongado, neira prevista pelo IPCC, compreende flutua-
e temPorais
geralmente de décadas ou mais. As mudanças ções em todas as escalas espaciais
climáticas podem ser decorrentes de processos além de eventos meteorológicos sinóticos, é
internos naturais, forçantes externas naturais, possível considerar, de rnaneira legítima, todos
ou mudanças antropogênicas persistentes na os comportamentos na figura como expres-
composição atmosférica e no uso da terra. sões de variabilidade. Por outro lado, embora
O estudante está desculpado, se a distin- se possa dizer corretamente (por exemplo)
que os principais ciclos glaciais e interglaciais
ção parecer-lhe nebulosa. Considere a Figura
L3,2. lJm determinado registro climático, seja áo Pleistoceno sáo expressôes de variabilidade
de fontes instrumentais ou fontes alternativas, climática nos ultimos 2 milhões de anos, tam-
pode apresentar uma variedade de comporta- bém é correto considerar a evoluçáo de condi-
interglaciais
mentos. Ele talvez documente uma mudança ções glaciais plenas para condiçôes
como uma expressáo de mudanças climáticas'
rápida de um estado médio para outro (B), uma
De maneira semelhante, embora consideremos
tendência gradllal, seguida por um novo esta-
do médio (C) ou uma mudança na variância, o aumento na temperatura global nÓs ullimos
sem alterações na média ao longo do período 100 anos como uma mudança climática, reser-
do registro (D), Mesmo com um estado médio vando o termo variabilidade para aspectos ob-
razoavelmente estável pode haver flutuações servados em uma escala temporal mais curta,
semiperiódicas (B) ou não periódicas (C). De o aquecimento de um século também pode ser
outra forma, um registro pode se caractetizar visto como um aspecto da variabilidade climá-
apenas por longas oscilações periódicas (A). tica ao longo dos últimos 1000 anos. A distin-
portanto,
Uma vez que a variabilidade climática, da ma- ção entre variabilidade e mudança,
-J- - :.'a I :^-a:=C mO
(A)
Varação per ódica
Forr
Diferente
(B) ser identi
sociadas
[,4udanÇa impulsiva
da tendência cêntra - .. - se-ipe.iooica
VariaÇão . Tectr
@
o
geoli
o $rânt
E
(6 nho
6
o-
(c)
o bacia
! Tendência dê queda
da média feríct
E
o vidac
õ Tendências centrais estáveis
(estac onárias) dúvi<
I o a1b
traçõ
globe
Variabilidade crescente
(D) rnodi
cadei
- -
tado,
padrr
Ern 1
Figuro 13.2 DiÍerentes tipos de vorioçõo climóticcr. As escolos sôo orbitrórios. conti
ForÍe: Hore (19l9). Cortesio do Wor d f,4eteoro ogicol Orgonizotion. mina
-Teffipô- ideia
movi.
depende da estrutura temporal em que se con- tura do ar junto à superfície. Variações anuais
fosse
sideram âs estatísticas climáticas. e mesmo decenais nesse valor podem ocorrer
altera
A
United Nations Framework Conven- devido a processos puramente internos ao sis-
contr
tion on Climate Change (UNFCCC) oferece tema climático. A fase quente do ENSO, por
princ
uma definiçáo diferente que pode ajudar a re- exemplo, pode ser vista como um prõcesso in-
distar
solver alguns desses problemas. Eles definem terno, no qual o calor no reservatório oceânico
fera d
mudança como "uma alteraçáo no clima que é (i.e., calor qrue jâÍazparte do sistema climático)
com
atribuída direta ou indiretamente à atividade é transferido para a atmosfera, expresso como
- Iriás
humana, que modifica a composição da atmos- um aumento na temperatura média global da vão) <
fera e que se soma à variabilidade climática na- superfície. Ao considerar escalas temporais de
No de
tural observada ao longo de escalas temporais décadas ou mais, deve-se pensar rtas
forçantes a elev
comparáveis'i Essa definição é útil porque delra climáticas e nos feedbacks correspondentes. Os
do Hi
clara uma distinção entre processos naturais e fatores forçantes representam perturbações im-
cação,
influências antropogênicas. O restante deste postas sobre o sistema global, e sáo definidos
China
capítulo analisará as mudanças climáticas nes- como positivos quando induzem um aumento
Perioa
se contexto. A variabilidade, por sua vez, será na temperatura média global na superfície, e
servac
avaliada em associaçáo com processos naturais. negativos quando induzem uma reduçáo. Os ra ao
fatores forçantes podem, por sua vez, ser de ori-
de lon
gem natural ou antropogênica. A magnitude da
FORçANTES, FEEDBACKS E distrit
reposta da temperatura global à forçante depen-
RESPOSTAS CtIMÁTICAS solar i
de dos feedbacks. Os feedbacks positivos ampli-
ças fic
: - -: .t-..:.i: i.:ndamental do estado climáti- ficam a mudança de temperatura, enquanto os Milan
.:.rr- :: :::;..: global anual da tempera- feedbacks negativos reduzem a mudança. moM
CAPíTULO l3 Mudonços ciimóriccs 43'l
Excentricidade
(A) (B) Pêriodicidadê
c. 100.000 ênos
----+-- !
§
[4iáxima p
'E 0,ô3
c
Têrra o o,o2
.t@
a
6 U 0,01
0,017
0,00
500 400 Presente
Anos A.P. (milhares)
Obliquidade
(c) (D)
Min.
24,4'Max. Periodicidadê
25"
p @
24'
c. 41-43.000 anos
p "".
Sol Terra u
o zt'
300 20a 1 00 Presente
Anos A.P. (m lhares)
Precessão
(Ê) o (F)
@
Pêriodicidadês
E c. 23.000 anos
e 10
'õ c. 18.000 anos
üq 0
Sol
9*
Àã
't
E 300 200 100 Presente
-q Anos A.P. (milhares)
a
Figuro 13.3 Síntese dos efeitos ostronômicos (orbitois) sobre o irrodioçõo solor e suos escolos temporois re-
levontes nos últimos 500.000 onos. (A) e (B): excentricidode ou olongomento orbitol; (C) e (D): obliquidode or
inclinoçoo oxiol; {E) e (F): precessÕo.
Fonle:BroeckereVonDonkl9T0;eHenderson-SellerseMcGuffielgB4.B,DeF:ReviewoíGeophysicsondSpocephysicsE
(1970). Com permissóo do Americon Geophysicol Union.
dade das manchas e chamas solares estava 100 vezes acima da atual, e talvez também
muito reduzida (especialmente no Mínimo pelos efeitos de uma Terra que era coberta
de Maunder de 1645-1715) talvez estejam principalmente por água (ou seja, muito
associados a reduções de aproximadamente vapor de água na atmosfera).
0,5"C na temperatura global. A variabilida- Erupções yulcânicas. Grandes erupções
de solar também parece ter desempenhado explosivas individuais injetam poeira e
um papel nas variações da temperatura glo- gases sulfurosos (especialmente dióxido
bal em escala decenal, até o final do século de enxofre) na estrâtosfera, formando go-
XX, quando os efeitos antropogênicos se tículas de ácido sulfúrico. As plumas de
tornaram dorninantes. Com relação ao pas- erupção equatoriais se espalham para os
sado distante, sabe-se que a irradiação solar dois hemisférios, ao passo que as plumas
há 3 bilhoes de anos (durante o Arqueano) de erupções em latitudes médias a altas fi-
era de 807o do valor atual. De maneira in- cam confinadas ao hemisferio em questão.
teressante, o efeito desse débil Sol precoce Eüdências observacionais dos últimos 100
Provavelmente era compensado por uma anos demonstram que grandes erupções
coacentração de dióxido de carbono talvez podem estar associadas ao resfriamento
CAPíTULO 13 Mudonços climóricos 433
As mudanças climáticas globais (mudan- Por exemplo, uma das respostas à elevação nos tre as I
cas decorrentes das influências humanas, con- gases de efeito estufa seria um aumento na co- na ciêr
bertura de nuvens, que, pelo aumento no albedo A
tblme as convenções que adotamos) devem ser
listas no contexto da forçante radiativa global' planetário, representaria tm feedback negativo- da sen
\o r.nodelo do IPCC adotado aqui, a forçante Todavia, esse e outrosf edbacks negativos po- model,
li.tliatir-a se refere especificamente à quantida- tenciais somente pareceriam capazes de reduzir climáti
taxa de aquecimento, e não de revertê-la. global
.r.' Felir qual utn fator altera o equilíbrio radia- a
..'.,' slobrl e truual no topo da atmosfera, ex- Embora os feedbacks climáticos sejam po- após u
2,
- , =..,, s,,, unidacles de W m avaliada como sitivos ou negativos, eles também podem ser xido d
r'--..:r:. tclatir-ir ao ano 1750, o começo da diferenciados com base ta rapidez com que conceÍ
, ----.-,., I:t.iu:trial. Eln 2005, a forçante ra- atuam. No modelo da forçante radiativa global a uma
' , r: i-..irr.,'. Ll.lra as atividades humanas apropriado para entender as mudanças climáti- vonol
cas antropogênicas, osfeedbacks rápidos sáo os 4Wr
a-
CAPÍTULO l3 r,1uc:-::i - --: =
ótic os relevantes. Os mais importantes são as mudan- perfície e a atmostêra se aquecer.:::-. : :'
ças no vapor de água e no albedo (mencionadas determinado ponto, o equilíbrio radt::..
anteriormente), que podem operar em escalas restaurado, colr uma nova e rnais alta::::.:.-
temporais de dias e até menos. A cobertura de ratura superficial. Estimativas da ser.rsibiiii.:.
nuvens também pode variar rapidamente (ho- do equilíbrio climático obtidas com a atllal s.-
ras). Exemplos de feedbacks lentos são as mu- ração de modelos climáticos globais valiam de
danças na extensáo dos mantos de gelo conti- 2-4,5"C, com a melhor estimativa em 3,0'C. -{
nentais (que influenciam o albedo planetário) e incerteza está principalmente na ampliação das
os gases de efeito estufa durante o Pleistoceno, estimativas dos modelos dos feedbacks climáti-
a:i
em resposta a periodicidades de Milankovich. cos, particularmente p ar a fe e db acks de nuvens.
,-':a.,-..-,:
=
Os registros em testemunhos de gelo mostram Osfeedbacks de nuvens são complexos e difíceis
:,,1 --.: .,--.1
de rnodelar. Talvez os Jbedáacks negativos atuem
que esses ciclos glaciais-interglaciais eram
quase coincidentes com flutuações nos níveis quando o maior aquecimento global gera rnais
de dióxido de carbono (t50 ppm) e metano evaporação e quantidades maiores de cobertura
(ttsO ppb). A natureza desses feedbacks de de nuvens em grandes altitudes, refletindo mais
gases-traço ainda precisa ser determinada. Os radiaçâo solar incidente. Todavia, outros tipos
mecanismos potenciais são mudanças na quí- de nuvens, e nuvens nas regiões polares, podem
mica dos oceanos, maior crescimento planctô- induzir aquecimento superficial.
nico agindo de maneira a sequestrar dióxido de Expressa de forma mais conveniente, a me-
carbono, a supressão de trocas ar-rrrar pelo gelo thor estimativa, de 3"C, para a duplicação do
marinho, mudanças na temperatura oceânica teor de dióxido de carbono equivale a um au-
que afetam a solubilidade do dióxido de car- nrento de 0,75"C na ternperatura média global
t
bono e alterações na circulação dos oceanos. O por W m para a forçante. Enfatiza-se que as si-
mais provável é que uma variedade de processos mulações climáticas usadas a fim de obter esses
atue em conjunto. As alterações negativas (po- números para a ser.rsibilidade lidam apenas com
os feedb acks rápidos. Se nào houve sse fee db acks
sitivas) nas concentrações de gases de efeito es-
tufa estáo associadas a períodos frios (quentes), presentes no sistema climático, a sensibilida-
t.
conforme ilustra a Figrxa2.6. de climática seria de apenas 0,3'C por W m
Embora a sensibilidade climática no modelo do
3 ResposÍo climóticq IPCC baseie-se em L1ü14 duplicação do equiva-
lente atmosférico em dióxido de carbono, pa-
Quanto a temperatura média da superfície g1o- rece que a resposta a qualquer forçante radia-
bal muda em resposta a uma forçante radiativa tiva, no sentido de buscar uma temperatura de
de uma determinada magnitude? Quanto tem- equilíbrio, é aproxirnadamente a mesma. Esse é
po leva para a mudança ocorrer? Essas estâo en- um conceito importante, pois significa que, em
tre as perguntas mais importantes e prementes r.rrna primeira aproximação, é possíve1 adicionar
na ciência das mudanças climáticas. dit-erentes forçantes linearmente para obter um
A primeira pergunta lida com a questão valor líquido, a partir do qual seja viáve1 estimar
da sensibilidade do equilíbrio climático. No uma mudança na temperatura de equilíbrio.
modelo do IPCC, a sensibilidade do equilÍbrio Também parece que a maior parte da res-
climático é a alteraçáo do equilíbrio na média posta da temperatura de equilíbrio a uma for-
global anual da temperatura do ar superficial çante radiativa com os feedáaclcs rápidos atuan-
após uma duplicação no equivalente do dió- tes ocorre ao longo de um período de 30 a -50
xido de carbono atmosférico. A duplicaçáo na anos. A maior parte dessa defasagem se ciele ir
concentraçáo de dióxido de carbono equivale grande inercia térmica dos oceanos. A qr.rest1,
a uma forçante radiativa (desequilíbrio radiati- é que os oceanos podem absorver e an.lraz..'.i:
vo no topo da atmosfera) de aproximadamente uma grande quantidade de calor sertt ilrti :..-
4 W m-2. Em resposta a essa duplicação, a su- mento exPressivo na telnPet'iltr.ll.l -...':. l.-.-.
{irr:ediante). Considere o que está acontecendo vidades humanas cresceu no século passado e Outra
€m resposta à atual forçante radiativa das ativi- continuará a crescer no futuro, indicando que diz respeil
dades humanas de 1,6 W m-'. O uso da sensi- o valor da temperatura de equilíbrio mudou entre as c(
bilidade do equilíbrio climático de 0,75 implica e continuará a mudar. Dito de outra forma, o quanto as
que essa forçante radiativa, se mantida, acaba- quadro ao longo dos últimos 100 anos e para as concenl
ú gerando cerca de 1,2"C de aquecimento. Ao o futuro é de um sistema climático que tenta rante essas
longo do registro instrumental, a temperatura constantemente alcançar uma forçante radiati- te comof
global média subiu 0,7'C, sugerindo que resta va crescente, mas que está sempre defasado em condições
0,5'C depois que o oceano aqueceu suficien- relaçáo a ela. dois estadr
temente. Em quanto já aumentou o conteúdo tos podem
do calor do oceano? Com base em dados hi- § A importôncio do modelo Com estin
drográficos existentes de 1955-1998, o oceano Enquanto a distinção entre forçante climática e global entr
mundial, entre a superfície e a profundidade de tes, tem-se
feedback é razoavelmente clara quando se consi-
3000 m, ganhou -1,6 X 1022f. Comparado com lidade do r
deram mudanças na temperatura média global,
a energia cinética atmosferica (p. Z0), esse é um tidos par
devemos enfatízar que essa distinçáo pode ser a
número muito grande. alterada com a adoção de um modelo diferente, com os adl
Uma limitaçâo óbvia do conceito de sensi- como a avaliação da variabilidade e mudanças Assim, em
bilidade do equilíbrio climático é que a forçante climáticas em âmbito regional. Por exemplo, colhido, o
radiativa está sempre mudando. Considere as devido à perda da cobertura de gelo marinho, forçante de
explosivas erupções l"ulcânicas. Embora a for- espera-se que os aumentos na temperatura da
çante radiativa global de uma única erupção
possa ser bastante significativa (2-3 W m-'no
superfície do ar sejam especialmente acentua- ] ORE
dos sobre o Oceano Ártico. Segundo o modelo
pico), ela é efêmera (alguns anos), de modo que das mudanças globais antropogênicas (ver Ta- tr Orel
o sistema jamais entra em equilíbrio com ela bela 13.2), isso pode ser considerado parte do
(enquanto a temperatura da superfície global Entender o
processo de feedback que amplifica a resposta
pode ser temporariamente reduzida em vários ao longo dr
da temperatura global média às concentrações
jam vistas r
décimos de grau, isso é muito menor do que a crescentes de gases de efeito estufa. Todavia,
mudança calculada na temperatura em equilí- anteriores.
se fôssemos conduzir um estudo regional do
brio com a forçante máxima). De maneira se- clima globr
Ártico, deveríamos considerar a perda de gelo
melhante, o sistema jamais estaria em equilíbrio tre estados
marinho legitimamente como uma forçante
com a variabilidade solar associada ao ciclo de e períodos
sobre a mudança de temperatura no Ártico. De
ll anos das manchas solares. Se íôssemos con- nentais. A,
maneira semelhante, as mudanças climáticas
gelar a atual forçante radiativa das atividades ve pelo mr
globais podem ser auxiliadas por alteraçÕes nos
humanas em seu valor atual, o sistema climático padrões de circulação troposférica, precipita-
primeiro o
acabaria se aproximando de uma nova tempe- no períodc
ção e cobertura de nuvens. Enquanto na escala
ratura de equilíbrio (pressupondo que não hou- global esses fatores seriam considerados como entre 900 ,
plonc
arçôes de 400 ka.
O último período interglacial, conhecido como no dé
periodicidades estão ligadas às for-
Essas (
Eemiano, atingiu seu pico por volta de 125 ka
çantes de Milankovich discutidas anteriormen- Eml
atrás. O último ciclo glacial após o Eemiano
te (ver também Capítuio 3A). A assinatura da logos
precessão (19 e23 ka) é mais aparente em regis-
foi caracÍerizado por períodos de gelo amplo nhos
(conhecido como glacial) e menos amplo (co- com€
tros de latitudes baixas, ao passo que a obliqui-
nhecido como interglacial). O volume máximo senv(
daite (41 ka) é representada em latitucles eleva- temp
de gelo global (o Último Miáximo Glacial, ou
das. Todavia, o sinal da excentricidade orbital supe
de 100 ka é predominante de modo geral. A UMG) ocorreu há cerca de 25-18 ka. O UMG foun,
ideia básica é que o começo das condições gla- terminou com um aquecimento abrupto entre troço
ciais e iniciado por forçantes de Milankovich, 15 e 13 ka, dependendo da latitude e área, in- Ous
que produzem resfriamento no verão sobre as terrompido por uma regressáo fria chamada tivos
glob
massas de terra setentrionais. Isso favorece a so- Dryas Recente (Younger Dryas), 13-11,7 ka,
800.
brevivência da cobertura de neve durante o ve- sendo seguido por uma nova tendência súbi-
r âo, rm fe e db ack que pron-rove mais re sfriarnen - ta de aquecimento (Figura 13.4). Considera- os ol
to e crescimento do manto de gelo, levando a -se que o Holoceno (nosso interglacial atual) del
mor!
gio,
HemisÍério NoÊê Global
Hemisfério Nortê Europa Oriental Hemisfério Norte Schv
cw CW C
X, c<
G>+ biolr
200. + roio
1
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1 0.000
500 400.000 t foro
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800.000
' 1.5'C
(E) oc(
900.000
l4 pro
1 . Ni1áximo térrnico da década dê 1 940 '10"c'
2. Ant
3. F-- 1trc---*{ liso
4.
0,5'c 5. cob
6.
7. cer(
Figuro l3'4 Principois tendêncios no climo globol duronte o Último milhóo de onos (A): Hemisfério Norte'
': - --:'r ,':': ,rédios lerro-or; (B): Europo Orieniol, temperoturos de inverno; (C): HemisÍério Norte' temperotu-
:: :r r! ':''::-.r; lD): HemisÍério Norte, temperoturcrs médios do or porciolmente boseodos nos temperoturos
'..- t'. r- - r'r '! :ternperoturcrs médios globois derivodos de testemunhos morinhos proÍundos'
: :r : r- -r---';rqe:AProgrorrÍorAclion(1975)'CompermissõodoNotionolAcodemyPress'Woshington'DC
CAPÍTULO l3 Mudonços climólicos 439
E
I3.2 Documenlsndo Poleo(
Os geólogos que documentorom o último pe- c:: 3 :: : 'r: :-- :: c melros estudos sobre os po-
l"o.'íi-or'nofinol doséculoXlX.Oprogressc -'::: lt:--l::': r'e'iezossobreoidodedo
Terroeoduroçóodoregisirogeologico io"o'' " :^--:-- 1r!:r- :r l:::-J
quehouvepelomenos
quotrooucináepisodúsglo.ioi,Ào,Ap"'' -: :^-- -r :: - ; :- r-'- : l::c: doPleistoceno'
Foromprocurodosexplicoçóesen"voroc:t''l: :i lll:ll l I ::l'-l- :r"l:'o-odoTer-
3-'': :- '::- '::: ::-- : ::::: --:::--'-:-'tesolor
ro,notovelmenieporJ.Croll (1875) el'/'' "'
'-: r:' :--- ::r r'-:-^ ::^-3 --'
rl e (G. C. Simpson,1934,1957)' Aconflr-::Ó: :: r-: r' :: '::r:: --13^::! -:' ;:':^- -
r:--
ois 'morcoposso" dos períodos Glocio;s -Óc :::-:::- :-' :-: :s :'3-':: '
plonciônicos nos registros de sedlmentcs l:aô^ cc: '-cesser '3' 633:16ocs 3 JC'c::' ::^- :':' :::
-l970
no décodq de (1. Hqys, J lmbr e e N' Snoc< Etor, l?/ó '
c cl':s'
O uso de evidêncios indirelos poro nvestigor o climo possodo começou quose um se(!
-l9,10, (vorviios) em
Em o cientisto sueco Borôo G. de Geer usou os depósitos onuois de sedimentos
de pólen' Os tesiemu-
logos glociois poro dotor mudonços no vegeioçóo, inferidos o poriir do registro
logos'
nhos de pólen que otrovessovom o períodã pós-glociol, extroídos de pônlonos,l950 " l"diT::]:'de
e o ae;
começorom o ser estudodos no Europo e Américo do Norie nos décodos de ]l!! inOsmesmo
senvoivimento do dotoçôo de moteriois orgônicos com rodiocorbono porW' Libby em l95l Ao
de torominíteros
tempo, o registro sediÃentor oceônico de mudonços no microfouno morinho - ionlo
1
1tt"-.flfitt
possibilttorom I
founo ossociàdos o di{erentes mossos de óguo (polor, subpolor, loÍitude médio' tropicol) I
troçor os omplos mudonços loliiudinois ocorridos nos lemperoturos oceônicos duronte QuoternÓrro'
o.
esirmo-
O ,so de rozóes de isótopos de oxigênio (O"/Otu) por C' Emilioni e S Epstein proporcionou I
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Figuro 13.5 T.onsiçÕo do último período glociol poro interglociol 114,7 a 11,ó ko), indicodo por d'8O (ppm), +(
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CAPíTULO l3 Mudonços climóiicos 4al
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CAPíTULO 13 Mudonços climóiicqs 443
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temperatura global (p. ex., da Unidade de pes- decorrer do século XX e tinha aproximadamen- E
o
20"s c
quisa Climática do Reino Unido) diferem um te 270 dias na década de 1990, em comparação
pouco, mas contam a mesma história de con- com cerca de 230-250 dias nos séculos XVIII
dições muito quentes para a última década. A a XIX. No Ártico, existem fortes evidências de
característica espacial fu ndamental da mudança relações entre o aquecimento e as transições
ao longo da última década (Figura 13.9) é um regionais de tundra para vegetação arbustiva. Figuro ll
aquecimento muito forte sobre as latitudes al- Outra tendência dos últimos 50 anos é uma re- voso l9ól
tas setentrionais. Isso é especialmente visível no dução na faixa diurna da temperatura; as tem- FonÍe: Houç
outono e no inverno e sobre o Oceano Ártico, e peraturas mínimas noturnas aumentaram em
está relacionado com as mudanças na circula- rossóis tr
0,8'C durante 1951-1990 em pelo menos meta-
não forar
ção atmosferica e o declínio na extensáo do gelo de das áreas do norte, em comparação com ape-
marinho. Com relação a este último fator, áreas Asa
nas 0,3'C para as temperaturas máximas do dia.
anômalas de água aberta no outono e inverno mais difí
Isso parece resultar principalmente do aumento
permitem grandes fluxos de calor da superfí- ve um au
na nebulosidade, que, por srtavez, pode ser uma
cie oceânica para a atmosfera inferior. Observe aproximt
resposta à elevação os gases de efeito estufa e ae-
a década
parte dor
aspectos
zonais, rr
plo dessz
variaçõer
sobre áre
de 1990.
duções n
s" parte da
úr te Asiátir
episódio
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ü e da Aur
cias do
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século X
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de anos
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como ono_
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1968, co
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CAPÍTULO 13 Mudonçosclimóticos 445
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1920 1960
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1 9201
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sobre áreas cóntinentais até a metade da década J
iafo üopical de leste e a limitada penetraçâo ao danças em períodos maiores. por exemplo,
norte do escoamento monsônico oeste_africano os anteriores); r
invernos têm sido mais úmidos desde 1gã0,
de sudoeste. Todavia, Sharon Nicholson atri_ em 1989 e 1990
comparaçáo com a parte anterior do registro.
bui as oscilações da precipitação à contração
As mudanças também dependem da eíaçâo
seco de 28 r
e expansão do núcleo árido do Saara, Grã-Bretant
e não às - enquanto a pluviosidade de inverno aumen_
mudanças norte-sul na margem do deserto. ríodo mais r
Na tou de 1960 ao final do registro, a precipitação
Austrália, as alterações na pluviosidade A Europa te'
estavam de verão diminuiu de modo geral ào longo'do
relacionadas a mudanças nalocalizaçâoe em2003 e2C
inten_
sidade de anticiclones subtropicais á
a modifi_
T.:To período. Os registros para estaçoãs in_
dividuais mostram que mesmo em distâncias Unidos, nas r
cações associadas na circulaçâo atmosférica. to notável ni
A relativamente pequenas pode haver diferencas
pluüosidade no inverno diminuiu no sudoeste peraturas m(
consideráveis na magnitude das anomalias,
da Austrália, enquanto a de verão total. Em
armertou ro e.m especial na direçâo leste_oeste
191
sudeste, particularmente depois de 1950. ao longo das
A re_ Ilhas Britânicas. intenso em r
giâo nordeste da AusLrá[ia apresenta oscilações comparável r
No final do século XX e começo do XXi,
decenais e grande variabilidade interanual. cias de um a
houve a extremos climáticos mais ireqrentes.
A Figura 13.12 ilustra as flutuações de in_ intensos (Cat
Por exemplo, a Grã-Bretanha passou poi
verno e verão na precipitação para a Inglater- várias
secas importantes durante esse períoào (1976,
ra e o País de Gales. Eíste ampla variabiiidade
1984, 1989-Í992 e 1995); sete períodos
interanual, e algumas mudançàs decenais frios
con_ severos ocorreram nos invernos entre
l97g e
CtIMÁ
sideráveis sâo evidentes. Também existem
mu_ 7987 (comparados com apenas três nos
40 anos Embora as er
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