Chuveiros Automáticos 2016
Chuveiros Automáticos 2016
Chuveiros Automáticos 2016
Sistema de Chuveiros
Automáticos
5. OPERAÇÃO ........................................................................................................................ 15
A demora no início do combate, o jato de água que não é tão efetivo e a dificuldade
de acesso ao local do fogo são elementos que inviabilizam um sistema sob comando
para esses casos. A água descarregada pelo sistema de chuveiros automáticos produz
menos danos que a lançada através de jatos compactos com mangueiras de
hidrantes.
e combater o fogo.
a distribuição dos chuveiros deve ser por toda a área a ser protegida;
a área máxima de cobertura por chuveiro automático, de acordo com o risco a
com as normas;
4
a escolha da localização em relação ao teto ou ao telhado deve ser bem estudada,
para se obter uma sensibilidade adequada para acionamento, em função do
Figura 2.1.
5
2.1 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
água para um sistema de chuveiros automáticos pode ser feito a partir das seguintes
fontes:
a) reservatório elevado;
b) reservatório com fundo elevado ou com fundo ao nível do solo, piscinas, açudes,
seguintes tipos:
As bombas devem ser diretamente acopladas por meio de luva elástica a motores
elétricos ou motores diesel, sem interposição de correias ou correntes. Elas devem ser
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partida dessa bomba deve ser feito através de pressostatos instalados na linha de
descarga da bomba principal. A bomba de pressurização deve manter a rede do
Para o sistema de tubo molhado, a Válvula de Governo e Alarme (VGA) é uma válvula
do obturador, por diferencial de pressão, impele-o para cima, fornecendo água para
o sistema e provocando a abertura da válvula auxiliar para permitir a passagem de
7
Figura 2.2 Válvula de Governo e Alarme (VGA). Fonte: Skop Sprinkler
2.3.2 Tubulações
A NBR 10897 (ABNT, 2014) também aprova a utilização de tubos de outros tipos de
materiais, desde que comprovadamente testados por laboratórios de entidades ou
a) Ramais
São as ramificações onde os chuveiros automáticos são instalados diretamente ou
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b) Subgeral
É a tubulação que interliga a geral aos ramais e tem a função de alimentar os ramais.
c) Geral
d) Subidas ou descidas
São as tubulações em posição vertical, de subidas ou descidas, conforme o sentido
e) Coluna de alimentação
É a tubulação que interliga a rede do sistema de abastecimento com a rede do
f) Chuveiros
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hermeticamente fechados. Sob a ação do calor de um incêndio, automaticamente
entram em operação.
Entende-se por solta eutética a mistura de dois ou mais metais que dá ponto de
fusão na temperatura mais baixa possível. Em geral, as soltas utilizadas em
bem definidos.
Possui como elemento termosensível uma ampola de vidro especial que contém
um líquido expansível e uma bolha de ar em seu interior. Assim que o líquido é
tampão.
corpo: é a parte dos chuveiros que contém a rosca para a sua fixação na
canalização de água, braços e orifícios de descarga e serve como suporte para os
demais componentes;
obturador: é constituído de um pequeno disco metálico que veda o orifício de
3. TIPOS DE SISTEMAS
Consiste em uma rede de tubulação fixa, que contém água sob pressão de forma
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3.2 SISTEMAS DE AÇÃO PRÉVIA E SISTEMAS DE DILÚVIO
O sistema de ação prévia consiste em uma rede de tubulação seca contendo ar que
pode estar ou não sob pressão, na qual são instalados chuveiros automáticos nos
válvula seja aberta automaticamente. Uma vez aberta ela permite a entrada de água
na rede, que descarregará nos chuveiros ativados pelo fogo. A ação prévia do sistema
Consiste em uma tubulação seca em que são instalados chuveiros abertos (não
possuem elementos termosensíveis e não possuem qualquer tipo de obstrução) em
válvula abre quando ocorre a atuação de qualquer detector, motivado pelo princípio
de incêndio ou mesmo pela ação manual de um controle remoto. Após a abertura da
que tenham ou não seu interior protegido por um sistema de chuveiros automáticos.
Esses sistemas devem ter abastecimento similar ao utilizado em chuveiros
automáticos internos. Cada sistema de chuveiros externos deve ter uma válvula de
controle independente.
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3.4 SISTEMAS PARA CÂMARAS FRIGORÍFICAS E OUTROS AMBIENTES
REFRIGERADOS
Devem ser utilizados em ambientes cuja temperatura seja inferior a 0°C para evitar a
formação de gelo dentro da tubulação.
fechadas.
Na rede aberta a água circula nos ramais e sub-ramais somente num sentido.
A forma como as tubulações são distribuídas no ambiente vai depender dos
4.1).
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4.2 REDES FECHADAS
Na rede de alimentação fechada, os ramais estão ligados entre si de tal forma que
podem ser alimentados com água pelas suas extremidades, reduzindo a queda de
pressão e os diâmetros. As redes fechadas podem ter duas configurações (Figura 4.2).
Na rede fechada em anel os ramais estão conectados entre si, formando um anel,
permitindo a alimentação de água pelos dois lados.
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5. OPERAÇÃO
Por ocasião de um foco de incêndio, o calor do fogo sobe até onde se encontram os
chuveiros automáticos. Quando o ar aquecido atinge a temperatura de acionamento
aspersão com um determinado raio de ação sobre o local onde irrompeu o fogo.
Assim que a água começa a sair do chuveiro, ocorre a queda da pressão hidráulica na
rede de tubulações, ocasionando o acionamento automático de um dispositivo
incêndio.
Caso um chuveiro automático não seja suficiente para dominar o foco de incêndio, a
sucessivamente até que toda a área atingida pelo calor e pelo fogo esteja sob
aspersão de água.
6. FORMAS DE ORIENTAÇÃO
Os chuveiros automáticos podem ser instalados em várias posições e para cada uma
delas há um formato de defletor e um formato característico da aspersão da água
(Figura 6.1).
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Chuveiro automático lateral ou de parede: foi projetado com defletor especial
para descarregar a maior parte da água para frente e para os lados em forma de
Tem toda a sua descarga de água projetada para baixo, de forma esférica, abaixo
do plano do defletor, dirigido totalmente sobre o foco do incêndio. É o chuveiro
prévia.
área maior que os demais devido ao formato de seu defletor, comparando-o com
o chuveiro padrão, ela é mais de 70% maior. São indicados para controlar ou
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extinguir incêndios de graus de risco específicos ou quando se quer diminuir o
número de chuveiros automáticos.
material em chamas.
extinguir focos de incêndios de altos riscos específicos que exigem uma grande
aplicação de água com baixa pressão, podendo até eliminar a necessidade de
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8. TEMPERATURAS DE ACIONAMENTO
Tabela 8.1: Limites de temperatura, classificação e código de cores dos chuveiros automáticos
(NBR 10897/2014)
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onde é esperada taxa de liberação de calor baixa a média. Como exemplos de
ocupações com risco leve tem-se: igrejas, clubes, escolas públicas e privadas (ensino
9.2.1 Grupo I
serviço de restaurantes.
9.2.2 Grupo II
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pneus, fabricação de produtos de tabaco, processamento de madeira, montagem de
produtos de madeira.
9.3.1 Grupo I
9.3.2 Grupo II
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10. CRITÉRIOS DE PROJETO
cujo tamanho é de acordo com a classe de risco da edificação. A área máxima que
pode ser protegida por um sistema de chuveiros automáticos, controlado por uma
Tabela 10.1: Área máxima a ser protegida por um sistema de chuveiros automáticos. NBR 10897
(ABNT, 2014.
Em edificações em que um único sistema for utilizado para proteger uma área com
e a área total de cobertura do sistema não deve exceder 4800 m². Neste caso, cada
área de risco necessita ter uma chave de fluxo secundaria, ficando sob o controle da
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Ressalta-se que o sistema de chuveiros automáticos é uma importante proteção
contra o foco de fogo. Por isso, o dimensionamento da instalação é feito
Com relação à altura do teto, os gases quentes, por convecção, sobem na forma de
uma nuvem até o teto e ativam o chuveiro. Dessa forma, para tetos mais altos, a
quentes subir;
tetos com vigas ou nervuras tendem a canalizar os gases quentes entre as vigas, e
os telhados inclinados atuam como poços invertidos, nos quais os gases quentes
sobem e podem impedir que os chuveiros operem na base do telhado.
uma vez que a atuação de um chuveiro pode retardar a abertura de outro que está
sobre o foco do incêndio, devido a uma distância inadequada. A Norma estabelece
que a distância máxima permitida entre chuveiros automáticos deve ser baseada na
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distância entre chuveiros automáticos no mesmo ramal ou em ramais adjacentes. A
distância máxima deve ser medida ao longo da inclinação do telhado.
pendentes ou em pé.
Figura 10.1: Espaçamento dos chuveiros automáticos ao longo e entre ramais e afastamento das
paredes ou obstruções (baseado em BRENTANO, 2007)
AC =a ∙ b
(Eq. 10.1)
23
Onde:
operação.
Na Tabela 10.2 é apresentada a área máxima de cobertura para cada tipo de chuveiro
24
Tabela 10.2: Área máxima de cobertura por chuveiro automático e distância máxima entre
chuveiros automáticos. NBR 10897 (ABNT, 2014).
25
Tabela 10.3: Áreas de cobertura máxima por chuveiro automático e distância máxima entre
chuveiros automáticos (chuveiros automáticos em pé e pendentes de cobertura
estendida). NBR 10897 (ABNT, 2014).
dele que se forma a camada de calor que é responsável pelo seu acionamento.
Quanto mais próximo do teto estiver o chuveiro automático, mais rapidamente ele
entrará em operação.
26
Os sub-ramais com chuveiros automáticos em tetos inclinados precisam ser
instalados perpendicular ou paralelamente à cumeeira em toda a sua extensão. Os
Figura 10.2: Chuveiros automáticos em tetos inclinados com sub -ramais perpendiculares à
cumeeira e paralelos à inclinação do telhado.
Os chuveiros automáticos devem ser sempre posicionados de tal modo que seja
27
com isso áreas a descoberto. Sempre devem ser encontradas soluções. Se for
necessário devem ser acrescentados mais chuveiros, para que se tenha a densidade e
de aspersão de água.
28
O afastamento lateral mínimo de obstruções localizadas no teto deve ser
determinado a partir do afastamento vertical do defletor da face inferior da
obstrução, para qualquer classe de risco (Figura 10.4).
29
Figura 10.5: Opções de configuração de chuveiros juntos ao teto
em edificações com ocupação de risco leve, cujos tetos sejam planos e lisos.
das paredes ou, então, até o meio do ambiente quando têm dois sub-ramais
localizados em paredes opostas.
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A área máxima de cobertura dos chuveiros automáticos laterais é apresentada na
Tabela 10.4.
Tabela 10.4: Áreas de cobertura máxima por chuveiro automático e distância máxima entre
chuveiros automáticos (chuveiros automáticos laterais de cobertura padrão). NBR
10897 (ABNT, 2014).
longo de uma única parede do ambiente, desde que atendam aos valores máximos
de espaçamentos recomendados, tanto laterais.
Quando a largura do ambiente for maior que o alcance da cobertura dos chuveiros
automáticos laterais, deve ser instalado um novo sub-ramal de chuveiros automáticos
cobertura de outro.
O defletor dos chuveiros laterais deve ser posicionado em relação à parede de forma
que a sensibilidade do acionador térmico não seja afetada e que as obstruções não
interfiram na descarga de água. Os defletores devem ser alinhados paralelamente a
31
10.4 FATOR K DE DESCARGA
Q
K=
√P (Eq. 10.2)
Onde:
Q= vazão;
P = pressão;
Tabela 10.5: Identificação das características de descarga dos chuveiros. NBR 10897 (ABNT, 20 14).
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11. DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS
os sistemas novos. O método por tabela só pode ser utilizado em novas instalações
com área máxima de 465 m² ou em ampliações ou modificações de sistemas
O método de cálculo por tabela só pode ser utilizado em novas instalações com área
utilizado em sistemas com área superior a 465 m², quando a vazão exigida pela
Tabela 11.1 estiver disponível no chuveiro automático mais elevado, a uma pressão
Tabela 11.1: Demanda de água para sistemas calculados por Tabela. NBR 10897 (ABNT, 20 14).
33
ordinário, respectivamente. Para outras situações, devem ser consultadas as tabelas
da NBR 10897 (2014).
Tabela 11.2: Dimensionamento para riscos leves. NBR 10897 (ABNT, 2014).
Tabela 11.3: Dimensionamento para riscos ordinários. NBR 10897 (ABNT, 20 14).
34
4. Determinação da área do pavimento (importante para definir o layout do
sistema).
11. Determinação da capacidade da bomba (de posse dos valores finais de pressão e
vazão nominais pode-se estabelecer a capacidade e o tipo de bomba para o
sistema).
Para o dimensionamento por cálculo hidráulico com o emprego da NBR 10897 (2014)
35
Tabela 11.4: Demanda de hidrantes e duração do abastecimento de água para sistemas
projetados por cálculo hidráulico. NBR 10897 (ABNT, 20 14).
36
2. Determinação da área máxima de cobertura por chuveiro (em função do risco de
ocupação).
Figura 11.1.
A
N= (Eq. 11.1)
AS
Onde:
A= área de aplicação;
11. A determinação da dimensão do lado maior do retângulo, que seja paralelo aos
ramais deve ser igual a 1,2 vezes a raiz quadrada da área de aplicação.
37
chuveiro por meio da equação a seguir. A mínima pressão de operação de
qualquer chuveiro deve ser 48 kPa, enquanto a máxima pressão de operação
10Q 2
P= ( ) (Eq. 11.2)
K
Onde:
Q1,85
J=605∙ 1,84 4,87
∙105 (Eq. 11.3)
C ∙D
Onde:
Q= vazão [L/min];
C= fator de Hazen-Williams;
38
14. Determinação da capacidade da bomba
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Tratando-se de um edifício de escritórios, o risco de ocupação da edificação pode ser
considerado leve. Para o risco envolvido, tem-se que a opção economicamente mais
O chuveiro mais desfavorável hidraulicamente, por sua vez, é o que se encontra mais
distante da VGA, ou seja, o no 1. O chuveiro 1, assim como a sua área de cobertura,
A 139
N= = =7,75 chuveiros; ∴ N=8 chuveiros (Eq. 12.1)
AC 17,94
1,2∙√A 1,2∙√143,52
= = 3,12 ≈ 3 chuveiros por ramal (Eq. 12.3)
a 4,60
A pressão neste chuveiro também pode ser calculada, considerando o fator nominal
Q1 2 73,55 2
P1 = ( ) = ( ) ∴P1 = 84,53 kPa (Eq. 12.5)
K 80
40
Para o cálculo da vazão no chuveiro 2, é preciso antes determinar perda de carga
hidráulica entre os chuveiros 1 e 2 (trecho 1-2), que está relacionada com a perda de
ΔP1-2 = L1-2 ∙ J1-2 = 4,60 x 3,81 ∴ ΔP1-2 = 17,51 kPa (Eq. 12.7)
K 80
Q2 = ∙√P2 = ∙√102,04 ∴ Q2 = 80,81 L⁄min (Eq. 12.9)
10 10
ΔP2-3 = L2-3 ∙ J2-3 = 4,60 x 15,00 ∴ ΔP2-3 = 69,01 kPa (Eq. 12.12)
Q*2 P1
=√ (Eq. 12.13)
Q2 P2
41
É necessário também determinar a vazão e a diferença de pressão no trecho entre o
chuveiro 3 e o ponto A (note que o diâmetro nesse trecho é maior: D=32 mm e a
Como o exemplo em questão apresenta uma distribuição uniforme dos chuveiros nos
sub-ramais, tem-se que os chuveiros (1, 4 e 7); (2, 5 e 8) e (3, 6 e 9) são equivalentes
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compatibilização é necessária nos pontos em que chegam mais de um ramo do
sistema (ramal ou sub-ramal, por exemplo), de forma que:
Onde:
O ponto B recebe as vazões provenientes dos trechos A-B e 6-B, de modo que a
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Q*2 P1 Q*2 203,27
=√ → =√ ∴ Q*2 = 321,84 L⁄min
Q2 P2 259,00 131,64
Portanto:
Como a pressão na VGA ainda é muito menor do que a pressão máxima admitida, é
possível realizar uma segunda tentativa de dimensionamento, buscando diminuir o
45
Tabela 12.3: Resumo dos resultados do dimensionamento do sistema
Em resumo:
2014.
SEITO, A.I. (coord.). A segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto
Editora, 2008.
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