Astronomia 1
Astronomia 1
Astronomia 1
ASTRONOMIA
AULA 1
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Descrever os movimentos do Sol e da Lua e os fenômenos decorrentes deles
(estações do ano, eclipses, posições características, marés, entre outros).
Créditos: Mr Nai/Shutterstock.
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O auge dessa ciência antiga ocorreu durante a civilização grega, entre 600 a.C. e
200 a.C., superada somente no Renascimento, nos séculos XV e XVI. Os gregos deram
um enorme passo para a astronomia ao acreditarem ser possível descrever os
movimentos celestiais de forma matemática e geométrica (Kepler; Saraiva, 2014).
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celestes pelo céu. O Almagesto foi superado apenas no Renascimento, durante o século
XVI (Kepler; Saraiva, 2014).
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Os gregos antigos definiram pontos e planos na esfera celeste muito úteis na
determinação da posição dos astros no céu. Entre esses pontos, linhas e planos,
destacam-se (Kepler; Saraiva, 2014):
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Para estabelecer um sistema de coordenadas, são necessários um eixo e um plano
fundamental perpendicular a esse eixo. A posição do astro é medida definindo seu
ângulo sobre o plano fundamental e seu ângulo perpendicular a esse plano. Os sistemas
de coordenadas mais utilizados são (Kepler; Saraiva, 2014; Faria, 1985):
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3.2 Movimento diurno do sol
Por definição, um dia é o tempo que leva para a Terra dar uma volta completa
em torno de si mesma. A cada hora, a Terra se desloca 1/24 de volta, ou 15°. O Sol se
desloca pela esfera celeste de leste para oeste, como todos os outros astros. Porém, a
declinação do Sol em relação aos polos celestes não se mantém fixa ao longo do ano,
como as estrelas, mas varia entre -23,5° e +23,5° em torno do equador celeste (Kepler;
Saraiva, 2014).
Créditos: mapichai/Shutterstock.
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4.1 Calendários
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deverá ser corrigido a cada 3300 anos em um dia a menos (Comins; Kaufmann III, 2010).
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Um instrumento simples e prático para perceber o movimento do Sol no ano é o
gnômon, que simplesmente é uma estaca vertical fincada no solo. Ao ser iluminada
pelos raios solares, o gnômon projeta uma sombra no chão, cujo tamanho depende da
hora do dia e da época do ano. A sombra permanece exatamente na direção norte-sul
quando é meio-dia no horário do local de observação. Também nessa hora, o tamanho
da sombra é mínimo. O tamanho da sombra é máximo no exato momento do nascer do
Sol ou no pôr do sol. Ao longo do ano, a sombra mínima do meio-dia é a menor
possível no solstício de verão (primeiro dia do verão) e a maior possível no solstício de
inverno. Muitos povos antigos utilizaram os gnômons para conhecer as estações do ano
e a duração do ano tropical (Kepler; Saraiva, 2014).
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Figura 6 – Solstício de verão no Hemisfério Norte
Créditos: Andramin/Shutterstock.
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Lua nova: quando nenhuma parte iluminada da Lua é vista da Terra.
Créditos: Jojoo64/Shutterstock.
Créditos: muratart/Shutterstock.
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Caso a sombra terrestre obscureça uma parte da Lua, o eclipse será parcial.
Ainda há o eclipse penumbral, quando a Lua está na penumbra da Terra. Durante o
eclipse total, é comum que a Lua não fique completamente escura, mas avermelhada,
situação conhecida como lua de sangue. Isso ocorre devido à refração da luz solar na
atmosfera terrestre: a luz vermelha predomina após a refração e é desviada para a
superfície lunar, que a reflete. Ao contrário de um eclipse solar, visível apenas em partes
do planeta, um eclipse lunar é observado de todo o planeta (Comins; Kaufmann III,
2010).
NA PRÁTICA
Como os pontos cardeais (norte, sul, leste e oeste) são localizados com precisão
desde a Antiguidade com a ajuda de um gnômon? Tente, sem utilizar qualquer
aplicativo ou programa de localização, traçar em um pedaço de papel os pontos cardeais
com base em sua própria noção de espaço. Finque, em um espaço aberto onde os raios
solares cheguem livremente ao chão em qualquer época do ano, uma estaca reta,
chamada de gnômon. Durante um horário determinado durante uma manhã ensolarada,
marque com uma pequena estaca o topo da sombra. Risque, também, o chão ao longo da
sombra. Em seguida, amarre um barbante à base do gnômon e, com um giz, faça do
barbante um compasso. O giz deve ser inicialmente posicionado na pequena estaca
marcada
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pela manhã, e, com um movimento de compasso, risque o chão até alcançar a futura
posição da sombra do gnômon à tarde. Observe com paciência o momento em que o
topo da sombra do gnômon toca o chão riscado com o giz. Nesse instante, risque a outra
sombra, colocando, também, estaca no topo desta segunda sombra. O gnômon e as duas
pequenas estacas, a da manhã e a da tarde, formarão um triângulo. O ângulo do
triângulo do gnômon deverá ser dividido pela metade, traçando-se também um risco
para esse procedimento. O risco estará orientado na direção norte-sul e, como a maior
parte do Brasil está no Hemisfério Sul, esse risco apontará exatamente para o Sul. Seu
sentido oposto apontará para o norte, enquanto o risco que liga as suas pequenas estacas
estará na direção Leste-Oeste, com o lado direito (quando a pessoa está orientada para
ao Norte) apontando para Leste, e o lado esquerdo, para o Oeste.
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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